Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
5 O sistema cardiovascular consiste dos seguintes componentes: • Coração: bombeia o sangue através da circulação • Circulação pulmonar: uma circulação fechada entre o coração e os pulmões para as trocas gasosas • Circulação sistêmica: uma circulação fechada entre o coração e todos os tecidos do corpo Os vasos do sistema circulatório incluem os seguintes: • Artérias: vasos que carreiam sangue para fora do coração • Veias: vasos que retornam sangue para o coração Em repouso, o volume cardíaco é de 5L/min em ambas as circu- lações pulmonar e sistêmica. A quantidade de fl uxo sanguíneo por minuto (Q), como uma porcentagem do volume cardíaco e relativo para a porcentagem de oxigênio usado por minuto (VO2) em vários sistemas orgânicos, é mostrada para o estado de repouso na ilustração. Em algum ponto, a maior parte do sangue (64%) reside nas veias (um sistema de baixa pressão), sendo retornada para o lado direito do coração. O lado arterial da circu- lação sistêmica (um sistema de alta pressão) possui quantidades signifi cantes de músculo liso na parede dos vasos, e as artérias de pequeno calibre e as arteríolas são largamente responsáveis pela maior parte da resistência no sistema circulatório. COLORIR � 1. O lado arterial (lado direito) da fi gura esquemática central de vermelho � 2. O lado venoso (lado esquerdo) de azul. Observe que os vasos que passam do ventrículo direito (VD) para os pulmões são as artérias pulmonares (embora o sangue seja menos saturado com oxigênio), e os vasos dos pulmões para o átrio esquerdo (AE) são denominados veias pulmonares (totalmente saturadas com oxigênio) Ponto Clínico: A hipertensão (pressão sanguínea alta) é o principal fator de risco para a aterogênese, doença cardiovascular aterosclerótica, infarto, doença arterial coronária e insufi ciência renal. A hipertensão pode resultar de uma causa desconhecida (idiopática, ou hipertensão essencial) ou de uma causa secundária (p. ex., medicamentos, desbalanço hormonal, tumores). A hipertensão é defi nida como duas ou mais leituras de pressão sanguínea de pressão sistólica maior que 140 mmHg ou uma pressão diastólica maior que 90 mmHg. Uma leitura de uma pressão sistólica acima de 210 mmHg ou de uma diastólica acima de 120 mmHg também indicam hipertensão. Prancha 5-2 Organização Geral Sistema Cardiovascular 5 A cavidade torácica é dividida em um saco pleural esquerdo e direito, o qual contém os pulmões; e um “septo médio” denominado mediastino, sendo este dividido nas seguintes regiões: • Superior: encontra-se profundamente ao manúbrio do esterno e contém os grandes vasos (veia cava superior e aorta) • Inferior: apresenta três subdivisões: • Anterior: encontra-se profundamente ao corpo do esterno, contendo alguma gordura e tecido conjuntivo • Médio: encontra-se profundamente ao mediastino anterior, contendo o coração encaixado em seu saco pericárdico • Posterior: encontra-se profundamente ao coração, contendo a parte descendente da aorta, ducto torácico e esôfago COLORIR as seguintes subdivisões do mediastino, utilizando uma cor diferente para cada uma delas: � 1. Mediastino médio � 2. Mediastino anterior � 3. Mediastino superior � 4. Mediastino posterior O coração está no mediastino médio, encaixado dentro de um saco fi broso duro denominado pericárdio. O pericárdio tem uma camada externa dura conhecida como pericárdio fi broso, que se refl ete sobre os grandes vasos no mediastino superior. Uma lâmina parietal do pericárdio seroso limita o aspecto interno do pericárdio fi broso, e então se refl ete sobre o próprio cora- ção como a lâmina visceral do pericárdio seroso (epicárdio). As camadas serosas secretam um delgado fi lme de fl uido seroso, o qual lubrifi ca as paredes do pericárdio e reduz a fi cção criada pelo batimento do coração. As características do pericárdio são apresentadas na tabela a seguir. CARACTERÍSTICA DEFINIÇÃO Pericárdio fi broso Dura camada externa que se refl ete sobre os grandes vasos Pericárdio seroso Camada que delimita o aspecto interno do peri- cárdio fi broso (lâmina parietal); refl ete-se sobre o coração como o epicárdio (lâmina visceral) Inervação Nervo frênico (C3-5) para transmitir dor; inervação vasomotora via simpático Seio transverso Espaço posterior à aorta e tronco pulmonar; é possível segurar vasos com dedos neste seio e acima Seio oblíquo Espaço posterior ao coração COLORIR os componentes do pericárdio, utilizando uma cor diferente para cada um deles: � 5. Pericárdio fi broso � 6. Lâmina parietal do pericárdio seroso � 7. Lâmina visceral do pericárdio seroso (epicárdio) Observe que, quando olhamos o pericárdio in situ, o coração não pode ser visto, porque está encaixado dentro do saco pericár- dico. Os grandes vasos no mediastino superior são visíveis superiormente ao pericárdio, e o timo gorduroso pode ser visto sobre a porção superior do pericárdio. A base do pericárdio e do coração está sobre o músculo diafragma, com os pulmões limitando o pericárdio em cada lado. COLORIR as seguintes características do pericárdio in situ, utilizando as cores sugeridas: � 8. Arco da aorta (vermelho) � 9. Timo (amarelo) � 10. Veia cava superior (azul) � 11. Pericárdio (cinza ou marrom-claro) Ponto Clínico: Doenças do pericárdio envolvem condições infl amatórias (pericardites) e efusões (acumulação de fl uido no saco pericárdico). Adicionalmente, sangramento na cavidade do pericárdio pode causar tamponamento cardíaco. É possível que o sangramento seja de um aneurisma aórtico rompido, infarto do miocárdio rompido, ou uma injúria penetrante (ferida de pontada). A coleção de sangue na cavidade do pericárdio é denominada hemopericárdio e comprime o batimento do coração, diminuindo o retorno venoso ao coração e afetando o volume cardíaco. O sangue acumulado necessita ser drenado para fora da cavidade do pericárdio, e o apropriado retorno iniciado, pois isso é uma condição frequente de risco de vida. Coração I Prancha 5-3 Consulte o Netter Atlas de Anatomia Humana, 4a edição, Prancha 211. Sistema Cardiovascular 5 5 4 3 2 1 6 7 9 11 10 8 Netter Anatomia para Colorir Prancha 5-3 Coração I Primeira costela [I] A. Vista lateral do tórax: regiões do mediastino Coração Saco pericárdico B. Paredes do pericárdio Primeira costela [I] Artéria e veia subclávia Veia braquiocefálica direita Artéria carótida comum esquerda Veia jugular interna Diafragma C. Pericárdio e coração: coração in situ 5 O coração humano tem quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. O sangue, retornando da circulação sistêmica, entra no átrio direito e ventrículo direito, e é bombeado para a circulação pulmonar para as trocas gasosas. O sangue, retornando da circulação pulmonar, entra no átrio e ventrículo esquerdo, e então é bombeado para a circulação sistêmica. Os átrios e ventrículos estão separados por valvas atrioventri- culares (tricúspide no lado direito e bicúspide no lado esquerdo) que previnem o refl uxo sanguíneo para os átrios quando os ventrículos se contraem. Da mesma forma, os dois maiores vasos de saída de fl uxo, o tronco pulmonar do ventrículo direito e a parte ascendente da aorta do lado esquerdo também possuem valvas denominadas valvas semilunares (valva do tronco pulmo- nar e valva da aorta). Cada valva semilunar tem três folhetos em forma de lua crescente, consequentemente “semilunar”. Detalhes das características de cada câmara do coração estão resumidos na tabela a seguir. CARACTERÍSTICA DEFINIÇÃO Átrio Direito Aurícula Apêndice como bolsa do átrio; derivado do tubo cardíaco embrionário Músculo pectíneo Cristas de miocárdio dentro da aurícula Crista terminal Crista que segue da abertura da veia cava inferior (VCI) para a abertura da veia cava superior (VCS); sua extensão superior marcao local do nó sinoatrial Fossa oval Depressão no septo interatrial; anterior ao local do forame oval Aberturas atriais Uma para cada VCS, VCI, e seio coronário (retorno venoso das veias coronárias) Ventrículo Direito Trabécula cárnea Cristas irregulares do miocárdio ventri- cular Músculos papilares Projeções de miocárdio anterior, posterior e septal, estendendo-se na cavidade ventricular; previnem o prolapso das válvulas. Cordas tendíneas Cordas fi brosas que conectam os múscu- los papilares às válvulas Trabécula septomarginal Banda muscular que carrega o feixe atrioventricular do septo para a base do ventrículo no local do músculo papilar anterior Aberturas ventriculares Uma para o tronco pulmonar através da valva do tronco pulmonar; uma para receber o sangue do átrio direito através da valva tricúspide Átrio Esquerdo Aurícula Pequeno apêndice representando o átrio embrionário primitivo cuja parede possui o músculo pectíneo Parede atrial Parede ligeiramente mais espessa que a delgada parede do átrio direito Aberturas atriais Geralmente quatro aberturas para as quatro veias pulmonares CARACTERÍSTICA DEFINIÇÃO Ventrículo Esquerdo Músculos papilares Músculos anterior e posterior maiores que aqueles do ventrículo direito Cordas tendíneas Cordas fi brosas que conectam os músculos papilares às válvulas Parede ventricular Parede muito mais espessa que a do ventrículo direito Septo membranáceo Muito delgado na porção superior do septo interventricular; local da maioria dos defeitos septais ventriculares (DSVs) Aberturas ventriculares Uma para a aorta através da valva da aorta; uma para receber sangue do átrio esquerdo através da valva mitral COLORIR as seguintes características das câmaras do coração, utilizando uma cor diferente para cada uma delas, exceto onde a cor já está sugerida: � 1. Fluxo para fora do tronco pulmonar (azul) � 2. Átrio esquerdo � 3. Veias pulmonares (geralmente duas de cada lado) (vermelho-claro) � 4. Valva mitral � 5. Parte ascendente da aorta e arco da aorta (vermelho) � 6. Veia cava superior (azul) � 7. Valva da aorta � 8. Átrio direito � 9. Valva tricúspide � 10. Ventrículo direito � 11. Veia cava inferior (azul) � 12. Músculos papilares � 13. Ventrículo esquerdo � 14. Valva do tronco pulmonar Ponto Clínico: Tipicamente, os sons do coração são descritos como “lub-dub”, signifi cando os sons emitidos pelo fechamento das valvas atrioventriculares, seguidos rapidamente pelo fechamento das valvas semilunares. Dois sons adicionais ocorrem com o enchimento dos ventrículos, mas são mais difíceis de serem discernidos. Usando um estetoscópio, é possível ouvir as quatro valvas para determinar se estão funcionando adequadamente. Para isso, é melhor colocar o estetoscópio sobre a parede do tórax e coração no ponto em que o sangue passa através da valva para a câmara do coração ou para um vaso, pois o som é mais bem levado em um fl uido médio. Os pontos cinza na parte C mostram o apropriado colocamento do estetoscópio para auscultar cada valva. Coração II Consulte o Netter Atlas de Anatomia Humana, 4a edição, Pranchas 222 e 224.Prancha 5-4 Sistema Cardiovascular 5 6 1 8 14 9 7 4 3 4 7 13 5 9 10 11 12 12 3 2 Coração II Netter Anatomia para Colorir Prancha 5-4 A. Coração seccionado B. Coração em diástole: vista da base com os átrios removidos Área aórtica Área pulmonar Área tricúspide Área mitral Valva tricúspide Valva mitral Valva da aorta Valva do tronco pulmonar Valvas C. Áreas precordiais de auscultação 5 O pericárdio é inervado por fi bras de dor somáticas que seguem nos nervos frênicos (C3-C5), embora o coração seja inervado pelo sistema nervoso autônomo. Os componentes principais dessa inervação padrão incluem: • Parassimpáticos: derivados do nervo vago (X) que seguem para o plexo cardíaco; a estimulação parassimpática desacelera a frequência cardíaca e diminui a força de contração • Simpáticos: derivam dos nervos cervicais e torácicos cardíacos que se originam no núcleo intermediolateral de T1-T4, essas fi bras seguem para o plexo cardíaco; estimulações simpáticas aumentam a frequência cardíaca e a força de contração • Aferentes: fi bras nervosas sensitivas seguem do coração nos nervos simpáticos para o gânglio sensitivo do nervo espinal associado aos níveis de T1-T4 da medula espinal; essas fi bras conduzem sinais de dor relacionados à isquemia miocárdica O coração mantém um ritmo espontâneo intrínseco de aproximadamente 100 bpm, mas o tônus parassimpático normal anula essa frequência intrínseca e conserva o coração em repouso com aproximadamente 72 bpm. O músculo cardíaco existe em duas formas: • Miocárdio contrátil • Miocárdio de condução especializado O miocárdio de condução especializado não se contrai, mas transmite a onda de despolarização rapidamente através das câmaras do coração. Os impulsos são iniciados no nó sinoa- trial (SA) e conduzidos para o nó atrioventricular (AV). Daqui, os impulsos passam pelo feixe atrioventricular comum (de His) e, então, transmitem através dos ventrículos via os ramos dos feixes direito e esquerdo e do sistema das fi bras de Purkinje. Componentes desse sistema de condução intrínseco estão resu- midos na tabela a seguir. CARACTERÍSTICA DEFINIÇÃO Nó sinoatrial Marcapasso do coração; local onde o potencial de ação é iniciado Nó atrioventricular Nó que recebe impulsos do nó sinoatrial e os transmite para o feixe atrioventricular comum (de His) Ramos do feixe Feixes direito e esquerdo que carregam impulsos para baixo ou para lateral do septo interventricular para o sistema de Purkinje A onda de despolarização, iniciada no nó sinoatrial, e a repola- rização do miocárdio geram a eletrocardiografi a familiar (ECG) padrão (ondas P, QRS e T), usada clinicamente para avaliar o sistema de condução do coração. COLORIR as características da rota de condução intrínseca do coração e os elementos (formas da onda do potencial de ação) do ECG listados utilizando as coras sugeridas: � 1. Nó sinoatrial (azul) � 2. Nó atrioventricular (amarelo) � 3. Feixe atrioventricular comum (de His) � 4. Ramos do feixe ventricular (sistema de Purkinje) Ponto Clínico: A fi brilação atrial é a arritmia mais comum (embora pouco comum em crianças) e afeta aproximadamente 4% das pessoas acima dos 60 anos. Taquicardia ventricular é a disritmia originada de um foco ventricular com uma frequência cardíaca tipicamente maior que 120 bpm. É geralmente associada à doença arterial coronária, pois isquemia miocárdica frequen- temente afeta o endocárdio ventricular, onde o sistema de condução de Purkinje está localizado. Sistema CardiovascularConsulte o Netter Atlas de Anatomia Humana, 4a edição, Prancha 225.Prancha 5-5 Coração III 5 1 2 3 4 P 0,2 0,4 0,6 T U QRS 2 1 3 4 Netter Anatomia para Colorir Prancha 5-5 Coração III Músculo atrial Fibras de Purkinje Músculo ventricular Potenciais de ação A. Eletrocardiografi a e sistema de condução cardíaco Veia cava superior Aorta Valva do tronco pulmonar Banda moderadora Músculo papilar anterior B. Lado direito do sistema de condução 5 O primeiro grupo de artérias coronárias que surge da parte ascendente da aorta quando ela deixa o coração é o das artérias coronárias, que, literalmente, “coroam” o coração, resultado da referência para coronária (coroação). Assim, o coração recebe o primeiro sangue mais saturado em oxigênio para satisfazer suas altas necessidades metabólicas. Existem duas artérias coroná- rias, esquerda e direita, e três veias cardíacas principais, magna, interventricular posterior e parva. Essas veias retornam a maior parte do sangue para o seio coronário e átrio direito, embora muitas outras pequenas veias também retornem o fl uxo sanguí- neo coronário para as câmarascardíacas. O suprimento vascular para o coração está resumido na tabela a seguir. VASO CURSO Artéria coronária direita Consiste dos ramos principais: ramo do nó sinoatrial (SA), ramo marginal direito, ramo interventricular posterior, ramo do nó atrioventricular (AV) Artéria coronária esquerda Consiste dos ramos principais: ramo circunfl exo, ramo interventricular anterior, ramo marginal esquerdo Veia cardíaca magna Paralela ao ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda e drena para o seio coronário Veia interventricular posterior Paralela ao ramo interventricular posterior da artéria coronária direita e drena para o seio coronário Veia cardíaca parva Paralela ao ramo marginal direito da artéria coronária direita e drena para o seio coronário Veias anteriores do ventrículo direito São várias pequenas veias que drenam diretamente para o átrio direito Veias cardíacas mínimas Drenam através da parede cardíaca para todas as quatro câmaras O fl uxo sanguíneo coronário varia com a pressão aórtica, mas também é infl uenciado por fatores físicos, tais como a compressão de vasos durante a contração das câmaras do coração (o fl uxo coronário é signifi cantemente diminuído quando a contração do miocárdio comprime as artérias coronárias), e por fatores metabólicos liberados dos miócitos. Um número de fatores metabólicos tem sido implicado na regulação do fl uxo sanguíneo coronário. • H+ • CO2 • Diminuição de O2 • K+ • Ácido lático • Óxido nítrico • Adenosina (provavelmente o fator mais importante) Quando a demanda de trabalho cardíaco aumenta, a adeno- sina é liberada pelos miócitos e lidera para a vasodilatação e aumento do fl uxo sanguíneo nas artérias coronárias. COLORIR cada uma das artérias coronárias e veias cardíacas listadas, utilizando as cores sugeridas: � 1. Artéria coronária esquerda e seus principais ramos (ramo interventricular anterior, ramo circunfl exo e ramo marginal esquerdo) (laranja) � 2. Veia cardíaca magna (azul) � 3. Veia cardíaca parva (marrom) � 4. Artéria coronária direita e seus principais ramos (ramo do nó sinoatrial, ramo marginal direito, ramo interventricular posterior) (vermelho) � 5. Seio coronário (roxo) � 6. Veia interventricular posterior (verde) Ponto Clínico: Angina peitoral é a sensação causada pela isquemia do miocárdio, sendo geralmente descrita como pressão, desconforto ou um sentimento de choque na região peitoral esquerda ou subesternal que se irradia para o ombro e braço esquerdo, como para o pescoço, mandíbula e dentes, abdome e dorso. Esse padrão irradiado é um exemplo de “dor referida”, na qual a aferência visceral a partir do coração entra na parte torácica superior da medula espinal junto da aferência somática, ambas convergindo na coluna posterior da medula espinal. A interpretação da dor visceral pode, inicialmente, ser confundida com sensações somáticas do mesmo nível da medula espinal. A isquemia do miocárdio devido à aterosclerose e trombose da artéria coronária é a principal causa de infarto do miocárdio (IM), que afeta mais de 1 milhão de americanos a cada ano. Se a isquemia for severa o bastante, pode ocorrer necrose (morte tecidual) do miocár- dio, sendo em geral iniciada no subendocárdio, pois essa região é a mais pobremente perfundida da parede do ventrículo. Prancha 5-6 Consulte o Netter Atlas de Anatomia Humana, 4a edição, Prancha 216. Sistema Cardiovascular Coração IV 5 1 2 3 4 4 3 5 6 Netter Anatomia para Colorir Prancha 5-6 Coração IV Ramo do nó sinoatrial (SA) Aorta (cortada) Ramo circunfl exo da artéria coronária esquerda Ramo interventricular anterior da artéria coronária esquerda A. Face esternocostal Ramo circunfl exo da artéria coronária esquerda Ramo marginal esquerdo Ramo do nó sinoatrial (SA) Nó sinoatrial (SA) (intramural) Ramo interventricular posterior da artéria coronária direita Ramo marginal direito B. Face diafragmática 5 Artérias e veias são compostas de três camadas essenciais (túnicas) (exceto capilares e vênulas pós-capilares), que incluem a: • Túnica íntima: uma camada interna de epitélio escamoso simples, denominada endotélio, que limita todas as artérias, veias e capilares • Túnica média: uma camada média, de camadas de músculo liso, orientada concentricamente; nas artérias de grande calibre (aorta), as lamelas elásticas estão interceptadas entre as camadas de músculo liso • Túnica adventícia: uma camada externa de tecido conjuntivo, composta primariamente de colágeno e umas poucas fi bras elásticas As artérias podem ser classifi cadas em quatro diferentes tipos com base em seu tamanho e em sua relativa espessura ou presença das túnicas: • Artérias de grande calibre (elásticas): aorta e porções proximais da subclávia e artérias carótidas comuns • Artérias de médio calibre (musculares): a maioria das artérias comumente “nomeadas” no corpo • Artérias de pequeno calibre e arteríolas: responsáveis pela maior parte da resistência vascular; as arteríolas regulam o fl uxo sanguíneo dentro dos leitos capilares • Capilares: consistem de apenas um endotélio e são funcionalmente responsáveis pelas trocas gasosas e de metabólitos entre os tecidos e o sangue As veias podem ser classifi cadas em três diferentes tipos com base em seu tamanho e na relativa espessura da túnica média: • Vênulas e veias de pequeno calibre: as vênulas incluem vênulas pós-capilares (endotélio e pericitos, somente) e as vênulas musculares (1-2 camadas de músculo liso na túnica média); as veias de pequeno calibre têm duas ou três camadas de músculo liso • Veias de médio calibre: a maioria das veias comumente “nomeadas” no corpo; essas veias nas extremidades contêm valvas que ajudam no retorno venoso contra a gravidade. • Veias de grande calibre: uma túnica adventícia muito espessa comparada com a túnica média, inclui as veias subclávias e as veias cavas O corpo humano contém 80.500 km de vasos sanguíneos, e as características chaves para distinguir esses vasos estão resumi- das na tabela a seguir. Características das Artérias, Capilares e Veias VASO DIÂMETRO CAMADA INTERNA (TÚNICA ÍNTIMA) CAMADA MÉDIA (TÚNICA MÉDIA) CAMADA EXTERNA (TÚNICA ADVENTÍCIA) Artérias Artéria de grande calibre (artéria elástica) >1 cm Endotélio; tecido conjuntivo; músculo liso Músculo liso; lamela elástica Tecido conjuntivo; fi bras elásticas; mais delgada que a túnica média Artéria de médio calibre (artéria muscular) 2-10 mm Endotélio; tecido conjuntivo; músculo liso Músculo liso; fi bras colágenas; pouco tecido elástico Tecido conjuntivo; algumas fi bras elásti- cas; mais delgada que a túnica média Artéria de pequeno calibre 0,1-2 cm Endotélio; tecido conjuntivo; músculo liso Músculo liso (8-10 camadas celula- res); fi bras colágenas Tecido conjuntivo; algumas fi bras elásti- cas; mais delgada que a túnica média Arteríola 10-100 μm Endotélio; tecido conjuntivo; músculo liso Músculo liso (1-2 camadas celulares) Delgada, mal defi nida Capilar 4-10 μm Endotélio Ausente Ausente Veias Vênula pós-capilar 10-50 μm Endotélio; pericitos Ausente Ausente Vênula muscular 50-100 μm Endotélio; pericitos Músculo liso (1-2 camadas celulares) Tecido conjuntivo; algumas fi bras elásticas; mais espessa que a túnica média Veia de pequeno calibre 0,1-1 mm Endotélio; tecido conjuntivo; músculo liso (2-3 camadas) Músculo liso (2-3 camadas contínuas com a túnica íntima) Tecido conjuntivo; algumas fi bras elásti- cas; mais espessa que a túnica média Veia de grande calibre 1-10 mm Endotélio; tecido conjuntivo; mús- culo liso; algumas possuem valvas Músculo liso; fi bras colágenas Tecido conjuntivo; algumas fi bras elásticas; mais espessa que a túnica média Veia de grande calibre >1 cm Endotélio; tecido conjuntivo; músculo liso Músculo liso (2-15 camadas); fi bras colágenas Tecido conjuntivo; algumas fi bras elásticas,fi bras musculares lisas longitudinais; muito mais espessa que a túnica média Consulte o Netter Atlas de Anatomia Humana, 4a edição, Prancha 33. Sistema CardiovascularPrancha 5-7 COLORIR as seguintes características dos vasos sanguíneos, utilizando diferentes cores para cada uma delas: � 1. Túnica íntima (endotélio) � 2. Túnica média � 3. Túnica adventícia Ponto Clínico: Um espessamento e um estreitamento da parede arterial e uma eventual deposição de lipídio dentro da parede pode levar à formação de aterosclerose. É possível que a artéria estreitada não seja capaz de reunir as necessidades metabólicas de seus tecidos adjacentes, com o dano que ela pode tornar-se isquêmica (perda de oxigênio). Múltiplos fatores, in- cluindo infl amação focal da parede arterial, podem resultar nessa condição. 5Características das Artérias, Capilares e Veias Netter Anatomia para Colorir Prancha 5-7 1 2 3 1 2 3 Veias Características dos vasos sanguíneos Veia de grande calibre Artérias Artéria de grande calibre ou elástica Valva Veia de médio calibre Artéria de médio calibre ou muscular Anastomose AV Capilares Vênula Capilar Pericito Célula muscular lisa Leito microcirculatório Arteríola Pericito Célula endotelial Pages from anatomia_para_color (2).pdf Pages from anatomia_para_color (2)-2.pdf
Compartilhar