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LEGISLAÇÃO NAS DIFERENTES ÁREAS DO DESIGN

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DESCRIÇÃO
O mercado de trabalho em design e as diferentes áreas da profissão. A aplicação do Código de
Defesa do Consumidor e das normas técnicas da ABNT aos projetos de design. Preparação de
currículo e portfólio para apresentação do trabalho do designer. Elaboração de proposta de
projeto e de contrato de prestação de serviços para organização profissional.
PROPÓSITO
Conhecer o mercado de trabalho e a legislação que se aplica às diferentes áreas do design,
além de técnicas para elaboração de currículo, portfólio, propostas de projeto e contratos de
prestação de serviços é importante para a sua formação, pois você poderá elaborar projetos
que se enquadrem na lei e organizar sua vida profissional.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar, tenha em mãos o Código de Defesa do Consumidor, que está disponível no
site do Governo Federal.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Aplicar o Código de Defesa do Consumidor e as normas técnicas da ABNT a projetos das
diferentes áreas do design
MÓDULO 2
Formular currículos, portfólios, propostas de projeto e contratos para uma boa organização e
divulgação profissional
INTRODUÇÃO
Vamos aprender sobre o mercado de trabalho em design e suas diversas áreas de atuação,
além de conhecer as leis do Código de Defesa do Consumidor e as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), refletindo sobre sua aplicação aos projetos de design
voltados para as diferentes áreas da profissão.
Estudaremos ainda técnicas para elaboração de um bom currículo, um bom portfólio, de
propostas de projeto e contratos de prestação de serviço adequados, focando na organização,
criação de oportunidades e divulgação do trabalho do designer.
MÓDULO 1
 Aplicar o Código de Defesa do Consumidor e as normas técnicas da ABNT a projetos
das diferentes áreas do design
O MERCADO DE TRABALHO EM DESIGN
Em um mundo cada vez mais tecnológico e visual, o design vem ganhando mais espaço e as
empresas e consumidores têm reconhecido que um bom design faz diferença. No Brasil, ainda
temos um caminho a percorrer na conscientização sobre como o esse campo do conhecimento
é um diferencial competitivo, ou seja, que ajuda nas vendas e que vale a pena investir nele.
Mas ainda assim, nas últimas décadas, o design tem ganhado espaço nas empresas
brasileiras e o mercado de trabalho em suas áreas de atuação vem se expandindo.
 
Foto: Shutterstock.com
 VOCÊ SABIA
Em 1995, o então Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços criou o “Programa
Brasileiro de Design”. Segundo o site do Governo Federal, o programa se destina a “promover
o desenvolvimento do design no Brasil, em virtude da forte identidade criativa do país, apto a
desenvolver a marca Brasil no competitivo mercado internacional”. Ele propõe a criação de
parcerias com agentes econômicos e sociais do setor público e privado com o propósito de
“intensificar, ampliar e fortalecer as possibilidades existentes, bem como criar mecanismos e
instrumentos de apoio, fomento e financiamento para o design” (MINISTÉRIO DA ECONOMIA,
2016).
A iniciativa demonstra que o governo vem, desde a década de 1990, reconhecendo a
importância do design para a economia e a indústria brasileiras, percebendo que ele é um fator
de diferenciação e competividade, além de incentivar o crescimento do mercado de trabalho
para os designers.
Se você olhar à sua volta, vai perceber que a maior parte das coisas que o rodeiam foram
concebidas por designers. Desde as suas roupas, passando pelos móveis e eletrodomésticos
do ambiente em que você se encontra, até o computador ou celular em que você está
estudando. Isso sem falar nos livros, nos sites e aplicativos. Se o design está em tantas coisas,
é natural que as possibilidades de atuação profissional dos designers também sejam bastante
variadas.
 
Foto: Shutterstock.com
De acordo com o professor de design Marcos da Costa Braga, “o design hoje pode estar
dividido em cerca de 20 profissões diferentes. Ele tem esse caráter, essa identidade
multidisciplinar e interdisciplinar. Está na origem de várias profissões, inclusive
recentes, como o design de games, por exemplo, ou o webdesign nos anos 1990. Então,
na verdade, existem vários designs” (BRAGA, 2019). Essa característica multidisciplinar
permite que designers trabalhem em áreas diversas, muitas vezes em conjunto com outros
profissionais, como publicitários, engenheiros, programadores, entre outros.
O PERFIL DO PROFISSIONAL DE DESIGN
Mesmo existindo diversas áreas, cada uma com suas especificidades, algumas qualidades são
exigidas dos profissionais de design, independentemente do seu campo de atuação.
De modo geral, os designers trabalham com criação. Consequentemente, a criatividade é
fundamental para ser um bom designer. E, diferentemente do que muitos pensam, essa não é
uma qualidade inata, que algumas pessoas têm e outras não. Todos podem ser criativos, já
que a criatividade pode ser aprendida e estimulada pelo ambiente e pelos estímulos que
recebemos.
 DICA
É muito importante que o profissional de design seja curioso, esteja sempre atento ao que
acontece no seu entorno e desenvolva um extenso repertório cultural. Conhecimento sobre
arte, sobre diferentes culturas, sobre economia e política é indispensável para desenvolver
uma mente criativa. A constante atualização tecnológica também é um requisito muito
importante para se tornar um bom profissional. A arte fornece as bases estéticas para a
criação. A observação da sociedade permite que sejam elaborados projetos adequados
às suas demandas. E a tecnologia, que muda cada vez mais rapidamente, é o meio pelo qual
o designer realiza o seu trabalho.
Outro aspecto imprescindível é uma conduta profissional ética. Ter um comportamento ético no
ambiente de trabalho inclui construir com os colegas relações que sejam baseadas no respeito
e na parceria, contribuir para o adequado funcionamento das rotinas de trabalho cumprindo as
obrigações e os prazos que lhe são designados, além de prezar pela formação de uma imagem
positiva da empresa para a qual você trabalha, seja qual for a sua área de atuação.
AS ÁREAS DO DESIGN
Como vimos, o design é uma atividade multidisciplinar, ou seja, engloba diferentes áreas de
conhecimento. Além disso, é um campo que se divide em várias especializações. Muitas
vezes, elas se relacionam e profissionais com diferentes formações podem trabalhar juntos e
até transitar entre diferentes habilitações. A seguir, você vai conhecer as principais áreas do
design contemporâneo.
 
Foto: Shutterstock.com
DESIGN DE INTERIORES
Os designers de interiores projetam ambientes internos dos mais variados tipos, desde
residenciais a comerciais e institucionais. Um projeto de interiores pode ser um quarto de uma
casa, uma loja, um estande em um aeroporto, o saguão de um hotel e tantos outros locais. O
designer de interiores deve organizar os elementos de um determinado ambiente pensando
não só na estética, mas também nos gostos e necessidades dos usuários do local. Esse
profissional decora os espaços e, mais que isso, concilia fatores como conforto, temperatura,
iluminação, saúde e segurança dos usuários e a funcionalidade do ambiente. Os projetos
incluem a definição de mobiliário, objetos de decoração, cores, materiais e revestimentos de
pisos e paredes.
 
Foto: Shutterstock.com
DESIGN DE PRODUTO
O designer de produto projeta bens de consumo, isto é, bens utilizados por um indivíduo ou
uma família para satisfazer suas necessidades cotidianas. Logo, o design de produto é a área
que desenvolve vários tipos de objetos, como utensílios, eletrodomésticos, máquinas, móveis e
muitos outros. Esse profissional é responsável por pensar qual será a concepção estética do
produto e elaborar a sua identidade visual, adequando-a aos materiais, processos produtivos, à
ergonomia, ao público-alvo e ao meio ambiente. Entre as tarefas desempenhadas por ele estão
a elaboração dos desenhos e especificações técnicas do produto, a seleção do material queserá utilizado, a definição de como será o processo produtivo, o acompanhamento da
fabricação, das estratégias de comercialização e até da percepção do público.
 
Foto: Shutterstock.com
DESIGN DE MODA
O designer de moda cria um tipo específico de produto: os produtos de moda, tais como
roupas, sapatos, bolsas e demais acessórios. Ele é responsável por conceber itens de
vestuário, tendo como base as tendências de moda, sempre considerando a ergonomia, os
gostos e desejos dos consumidores, e a cultura local. Assim, esse profissional é capaz não só
de criar e desenhar os produtos, mas também de administrar processos produtivos no setor de
moda, estando habilitado a desenvolver a modelagem das peças, a coordenar a produção na
fábrica e a gerenciar as campanhas de divulgação das coleções e estratégias de marketing da
marca. O designer de moda pode ainda trabalhar com assessoria pessoal e de artistas, com
criação de figurino e produção de moda para veículos de comunicação.
 
Foto: Shutterstock.com
DESIGN DE JOIAS
O design de joias se relaciona tanto com o design de moda como com o design de produto. O
designer de joias é especializado em desenvolver modelos e coleções de joalheria e em
restaurar joias. A criação e restauração das peças é um processo ainda bastante artesanal e o
profissional da área é responsável pela escolha dos materiais, cores, formatos, pela definição
de como será a cravação e a lapidação das gemas.
 
Foto: Shutterstock.com
DESIGN TÊXTIL E DESIGN DE ESTAMPAS
O designer têxtil, como o nome sugere, trabalha com tecidos, em geral voltados para moda e
decoração. Esse profissional elabora projetos criando estampas, texturas e cores que seguem
as tendências de mercado. Além da estamparia propriamente dita, ele cria aplicações sobre
tecidos e superfícies têxteis por meio do entrelaçamento dos fios, de diferentes tipos de
tingimentos e de beneficiamentos variados. Já o designer de estampas desenvolve também
projetos para produtos que não são têxteis, tais como canecas, objetos decorativos etc.
 
Foto: Shutterstock.com
DESIGN GRÁFICO
O designer gráfico cria projetos de comunicação visual para meios impressos ou para meios
digitais. Os projetos envolvem o desenvolvimento de identidades visuais, logotipos e
ilustrações; embalagens e rótulos; publicações impressas como jornais, livros ou revistas;
formatação de materiais visuais como outdoors, cartazes, panfletos, cartões de visita etc.
O design digital, que é um ramo do design gráfico, tem seu foco voltado para a produção de
artefatos multimídia que serão reproduzidos em diversos meios digitais. O designer gráfico
especializado em design digital costuma trabalhar na concepção visual de sites, blogs e
banners para a internet, em editoração eletrônica e e-books, e com animação e jogos.
Um desdobramento do design gráfico que tem crescido devido à sua aplicação no cinema, na
publicidade, na internet e em videoclipes é o motion graphics (traduzido para o português como
videografismo). O motion designer cria animações digitais com vídeos, efeitos e imagens,
sendo responsável pela direção de arte e gestão de produtos audiovisuais.
 
Foto: Shutterstock.com
DESIGN DE JOGOS
O designer de jogos desenvolve jogos eletrônicos. Ele cria a história, elabora os personagens e
define as regras do jogo. Esse profissional precisa ter uma visão ampla sobre o projeto, pois
ele participa de todos os processos de produção do jogo, desde a criação conceitual até a
estética, trabalhando ainda na sua divulgação.
 
Foto: Shutterstock.com
UX DESIGN (DESIGN DE EXPERIÊNCIA)
O UX designer é um especialista em projetar a experiência do usuário, gerando satisfação com
a plataforma ou produto e criando uma boa relação entre o consumidor e a marca/empresa.
Pensar na experiência do usuário é fundamental para a criação de qualquer tipo de artefato,
desde os mais simples aos mais complexos, tanto no ambiente físico como no virtual. No
entanto, o UX design está muito relacionado ao ambiente tecnológico e, por isso, o profissional
é muito requisitado para a construção de plataformas digitais, em startups e empresas de
tecnologia.
 
Foto Shutterstock.com
DESIGN DE SERVIÇOS
O foco do design de serviços, como o nome já sugere, é no gerenciamento e criação de
serviços. Trata-se de uma atividade que envolve todos os componentes de um serviço:
planejamento de processos, organização de pessoas, administração de infraestrutura e
comunicação com o público. O foco é aumentar a qualidade dos serviços prestados pela
empresa, sejam eles no ambiente físico ou virtual, gerando mais resultados mediante o
atendimento às necessidades dos usuários. O propósito do designer de serviços é elaborar
projetos que proporcionem um atendimento mais amigável, mais relevante, que fidelize os
clientes e que, consequentemente, seja mais competitivo para a empresa.
LEGISLAÇÃO E NORMATIZAÇÃO NO
DESIGN
Como vimos, as áreas do design têm suas especificidades e, naturalmente, cada uma delas
também apresenta diferentes demandas em relação à aplicação da legislação para a criação e
comercialização de produtos e serviços. No entanto, existem alguns códigos e normas que são
comuns às atividades desenvolvidas pelos designers, ainda que em cada uma das áreas sua
aplicação seja diferente. Entre eles, destacamos o Código de Defesa do Consumidor e as
normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
A Constituição Federal de 1988 consagrou a proteção do consumidor como um direito
fundamental do cidadão e um princípio da ordem econômica, e determinou que cabe ao Estado
a promoção da defesa do consumidor. O Código de Defesa do Consumidor (CDC), por sua
vez, foi criado em 1990, por meio da Lei n. 8.078/1990.
Esse código “assegura o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor e estabelece a
boa-fé como princípio basilar das relações de consumo. O Código, reconhecido
internacionalmente como um paradigma na proteção dos consumidores, estabelece princípios
básicos como a proteção da vida e da saúde e da segurança, a educação para o consumo, o
direito à informação clara, precisa e adequada, a proteção contra a publicidade enganosa e
abusiva por meio do equilíbrio das relações de consumo.” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DA
SEGURANÇA PÚBLICA, s.d.)
 RESUMINDO
As normas do Código de Defesa do Consumidor têm como objetivo regular as relações de
consumo para que elas sejam justas, e proteger os cidadãos de prejuízos físicos ou materiais
na aquisição de produtos ou serviços. Ele é bastante abrangente, incluindo bens materiais ou
imateriais, móveis ou imóveis. O CDC regulamenta as relações de compra de bens de
consumo não duráveis (como roupas, brinquedos, cosméticos, medicamentos, alimentos e
objetos em geral), de bens de consumo duráveis (carros, eletrodomésticos, mobiliário,
apartamentos) e também a contratação de serviços (transportes, telefonia, assistência médica,
educação, hotelaria etc.).
 
Foto: Shutterstock.com
 O Código de Defesa do Consumidor foi criado para 
proteger os consumidores e regular as relações de consumo.
O código tem como princípios a vulnerabilidade e a hipossuficiência do consumidor, e
considera como consumidor “toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final” e, como fornecedor, “toda pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem
atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.” (CDC,
1990)
 COMENTÁRIO
E o que o design tem a ver com isso?
Tudo! Pois essa atividade está enquadrada na definição de fornecedores, uma vez que o
designer trabalha na produção, criação e, muitas vezes, até na comercialização de produtos ou
serviços. Além disso, o designer é um prestador de serviço para uma empresaou até para uma
pessoa física. Ou seja, é um trabalhador que vende um serviço que é a sua capacidade de
projetar. Independentemente da forma como se estabelece o contrato de trabalho, o designer
fornece seus serviços para desenvolver algum tipo de produto, seja ele tangível ou não.
Quanto à prestação de serviços, o CDC determina, em seu art. 20, que “o fornecedor de
serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes
diminuam o valor”. Logo, caso o designer, seja ele de qual área for, ofereça seus serviços para
a realização de um projeto e não o realize conforme o acordado com o cliente, este último
pode, legalmente, exigir que o trabalho seja refeito, pode solicitar a restituição do pagamento
ou ainda pagar apenas o valor proporcional à parcela do trabalho que foi realizada.
ALGUNS EXEMPLOS DE SITUAÇÕES QUE SE
ENQUADRAM NESSE ARTIGO SÃO:
um designer de interiores é contratado para decorar o apartamento de alguém e só
entrega o projeto de um dos quartos;
um designer de moda entrega um projeto de coleção depois do prazo estabelecido para
produção e lançamento das peças;
um designer gráfico entrega uma identidade visual que contém plágio;
um designer de produto desenvolve algum artefato que não cumpre sua função
corretamente;
um designer de UX elabora aplicativo de celular que não é passível de ser utilizado pelos
usuários.
O CDC estabelece alguns direitos básicos do consumidor e os mais relevantes para o trabalho
do designer são:
1. PROTEÇÃO DA VIDA, DA SAÚDE E DA SEGURANÇA
CONTRA RISCOS PROVOCADOS PELO
FORNECIMENTO DE PRODUTOS OU SERVIÇOS.
Esse direito estabelece um dever de segurança do fornecedor, que não pode colocar o
consumidor em risco. Um designer que trabalhe para uma fábrica automobilística, por exemplo,
é encarregado de desenhar componentes do automóvel que mantenham os motoristas e os
passageiros em segurança. Ou um designer de moda, que está projetando uma coleção de
roupas de bebê, deve considerar que determinados tipos de materiais e aviamentos, como
botões que se soltam, podem colocar em risco a saúde dos pequenos usuários.
2. EDUCAÇÃO E DIVULGAÇÃO SOBRE O CONSUMO
ADEQUADO E CORRETO DOS PRODUTOS E
SERVIÇOS.
Esse item diz respeito à obrigação que o fornecedor tem de prestar as informações sobre o
produto antes mesmo de ele ser adquirido pelo consumidor. Elas devem ser passadas de modo
claro e preciso, sem erros ou omissões. A divulgação dessas informações, incluindo os riscos
que o produto pode causar, é essencial para a tomada de decisão do usuário de consumir ou
não um determinado bem ou serviço. Um exemplo de aplicação dessa lei é a obrigatoriedade
da inclusão da frase “Evite o consumo excessivo de álcool” nos rótulos de cerveja, rótulos
esses que são desenvolvidos por designers gráficos. Embalagens e rótulos de remédios, que
também são projetados por designers gráficos, devem conter as informações sobre a
necessidade de prescrição médica. Um e-commerce que vende brinquedos, projeto da alçada
dos designers digitais ou de UX design, deve especificar a partir de que idade as crianças
podem brincar com cada um dos produtos à venda, pois artigos com certos componentes
podem ser perigosos para crianças pequenas.
3. INFORMAÇÕES (QUANTIDADE, CARACTERÍSTICAS,
COMPOSIÇÃO, QUALIDADE, TRIBUTOS, PREÇO E
RISCOS) SOBRE OS PRODUTOS E SERVIÇOS.
Esse direito se relaciona com o anterior, já que também se refere a informações – aqui, porém,
informações mais técnicas. Embalagens de alimentos, por exemplo, devem conter exatamente
a quantidade e a composição precisa do produto, pois certos componentes podem causar
alergias ou problemas de saúde nos consumidores. Uma loja de roupas deve apresentar na
vitrine os preços de cada um dos produtos expostos, do mesmo modo que um estabelecimento
que fornece determinado serviço, como um salão de beleza, deve exibir uma tabela com o
valor de cada um dos serviços prestados. Um aplicativo ou um e-commerce também deve
apresentar de forma clara todas as informações referentes ao que é oferecido. A clareza e a
objetividade das informações prestadas vão permitir ao consumidor, que já foi educado sobre
como se utiliza ou se consome aquele bem ou serviço, fazer a escolha mais adequada para si
e não ser induzido ao erro.
4. PROTEÇÃO CONTRA A PUBLICIDADE ENGANOSA E
ABUSIVA.
Uma propaganda é considerada enganosa quando são fornecidas informações completa ou
parcialmente falsas ao consumidor, ou seja, não correspondem verdadeiramente ao que está
sendo oferecido. Esse tipo de propaganda é capaz, até mesmo por omissão, de induzir o
consumidor ao erro no que diz respeito à natureza, qualidade, quantidade, origem, às
características, propriedades, ao preço e a qualquer outro tipo de dado acerca de um produto
ou serviço. Já uma publicidade abusiva se caracteriza como tal quando é discriminatória,
quando incita a violência, explora o medo ou superstição dos consumidores, desrespeita
valores ambientais ou ainda quando é capaz de incitar o consumidor a se comportar de forma
prejudicial ou perigosa à sua própria saúde ou segurança. Além das embalagens e dos demais
materiais gráficos voltados para publicidade e que são projetados por designers, muitas vezes
esse profissional é responsável também por determinar outras estratégias de comunicação
com o cliente e de divulgação de um produto ou serviço. Por isso, deve estar atento a esse
direito fundamental dos usuários.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS (ABNT)
A Associação Brasileira de Normas Técnicas é uma entidade privada sem fins lucrativos,
fundada em 1940, com a finalidade de administrar a normalização técnica no Brasil. Ela é um
dos membros fundadores da Organização Internacional de Normalização (ISO), entidade global
que reúne todos os órgãos responsáveis pela determinação de normas técnicas do mundo.
De acordo com o site da instituição, a normalização é uma “atividade que estabelece, em
relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização
comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado
contexto. Consiste, em particular, na elaboração, difusão e implementação das Normas”.
E a norma é “o documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo
reconhecido, que fornece regras, diretrizes ou características mínimas para atividades
ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um
dado contexto.” (ABNT, s.d.)
Em outras palavras, a ABNT é o órgão brasileiro responsável por formular regras para a
solução ou prevenção de algum tipo de problema. Com o auxílio da tecnologia, ela estabelece,
da forma mais neutra e objetiva possível, as condições que “possibilitem que o produto, projeto,
processo, sistema, pessoa, bem ou serviço atendam às finalidades a que se destinam, sem se
esquecer dos aspectos de segurança” (ABNT, s.d.). Essas condições são organizadas nas
normas técnicas, que incluem regras, diretrizes, medidas, procedimentos ou características
mínimas para execução de determinada atividade ou produto. As normas técnicas são
observadas e seguidas por diversos setores do comércio, indústria e prestação de serviços no
Brasil.
Existem duas normas da ABNT acerca dos serviços de design. Elas foram produzidas por
profissionais e estudiosos do design e têm como propósito definir boas práticas e padronizar as
nomenclaturas pertinentes ao setor. Com a utilização das definições de termos e práticas, há
um aumento da qualidade e homogeneidade dos “processos de contratação, execução e
entrega desse segmento, o que contribui para o desenvolvimento do mercado de design”
(SEBRAE, 2017). São elas:
Serviços de design – Diretrizes para boas práticas (ABNT NBR 16585)
Serviços de design – Terminologias (ABNT NBR 16516)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
SERVIÇOS DE DESIGN – DIRETRIZES PARA
BOAS PRÁTICAS (ABNT NBR 16585)
Essa norma define as boas práticas para a prestação de serviçosde design. A utilização
de práticas adequadas em relação à execução do projeto e no trato com o cliente
colabora para que seja prestado um melhor serviço por parte do designer, já que promove
javascript:void(0)
javascript:void(0)
a redução de erros e inconsistências, aumenta a assertividade do projeto e melhora a
organização das informações (SEBRAE, 2017).
SERVIÇOS DE DESIGN – TERMINOLOGIAS
(ABNT NBR 16516)
Essa norma explica e define os termos utilizados no setor. Seu objetivo é promover o
entendimento entre designers e empresas e instituições envolvidas com os serviços de
design por meio do incentivo à utilização de uma linguagem uniforme e conhecida por
todos (SEBRAE, 2017).
Os designers também devem estar atentos às normas técnicas referentes aos projetos dos
quais eles participam, já que elas definem características necessárias aos produtos ou serviços
que deles são resultado.
Design De Moda E Têxtil
Na área de design de moda e têxtil, por exemplo, a norma ABNT NBR NM ISO
3758:2013 “estabelece um sistema de símbolos gráficos, destinado a ser utilizado na
etiquetagem de artigos têxteis, e para o fornecimento de informações sobre os
tratamentos severos para que não provoquem danos irreversíveis para o artigo durante o
processo de tratamento têxtil, e especifica o uso destes símbolos em etiquetagem de
cuidados.” (ABNT CATÁLOGO, 2013)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Já os designers de interiores devem estar atentos a uma série de normas, entre elas as
relativas à acessibilidade nos ambientes, ao conforto acústico, à iluminação, aos pisos e
revestimentos, entre outras.
Designers Gráficos
Os designers gráficos, por sua vez, têm como referência normas sobre tecnologia
gráfica, como a ABNT NBR 14869-1:2012, que “classifica os livros em categorias, de
acordo com o substrato utilizado no miolo, tipo de capa e lombada. Esta Norma se aplica
aos setores editorial e gráfico e ao público em geral” (ABNT CATÁLOGO, 2012). Existem
também diversas normas sobre a criação de embalagens, dependendo do tipo de
produto que elas carregam.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Como você deve ter notado, em cada área do design e para cada projeto específico vão existir
diferentes normas. E elas são muitas e muito variadas! É importante que você as consulte
conforme o tipo de produto ou serviço resultante do projeto que você venha a desenvolver.
O especialista Hely Júnior fala sobre os conhecimentos do mercado de trabalho em design,
onde os designers trabalham e exemplos de atividades para cada uma das áreas do design:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ANALISE AS AFIRMATIVA A SEGUIR ACERCA DA RELAÇÃO DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR COM O TRABALHO DO
DESIGNER: 
 
I. O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR É IMPORTANTE PARA O
DESIGNER PORQUE ELE CRIA PROJETOS QUE SERÃO
COMERCIALIZADOS NO MERCADO. 
 
II. PROJETOS DA ÁREA DE DESIGN DIGITAL NÃO ESTÃO SUJEITOS AO
CDC. 
 
III. UM DESIGNER QUE ENTREGA SOMENTE UMA PARTE DO
COMBINADO PODE SER PENALIZADO FINANCEIRAMENTE. 
 
IV. O ARTIGO DO CDC QUE TRATA DE PUBLICIDADE ENGANOSA E
ABUSIVA DIZ RESPEITO À ÁREA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL, E NÃO DO
DESIGN.
A) I e III, apenas.
B) II e III, apenas.
C) I, II e III, apenas.
D) II, III e IV, apenas.
E) I, II, III e IV.
2. ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR E MARQUE A OPÇÃO
INCORRETA ACERCA DA ABNT E DAS NORMAS TÉCNICAS QUE SE
APLICAM AO DESIGN:
A) Associação Brasileira de Normas Técnicas é uma entidade privada sem fins lucrativos que
atua em conformidade com normas internacionais.
B) Uma norma técnica é um documento fornece regras, diretrizes ou características mínimas
para variadas atividades e produtos.
C) Não existem normas específicas para o design, mas normas referentes aos produtos que
são resultado dos projetos.
D) As normas técnicas referentes aos projetos de design definem características necessárias
aos produtos ou serviços que deles são resultado.
E) Para cada área do design existem diferentes normas que são aplicadas aos variados tipos
de projetos.
GABARITO
1. Analise as afirmativa a seguir acerca da relação do Código de Defesa do Consumidor
com o trabalho do designer: 
 
I. O Código de Defesa do Consumidor é importante para o designer porque ele cria
projetos que serão comercializados no mercado. 
 
II. Projetos da área de design digital não estão sujeitos ao CDC. 
 
III. Um designer que entrega somente uma parte do combinado pode ser penalizado
financeiramente. 
 
IV. O artigo do CDC que trata de publicidade enganosa e abusiva diz respeito à área da
comunicação social, e não do design.
A alternativa "A " está correta.
 
A afirmativa I está correta: o design se encaixa na definição de fornecedores, uma vez que o
designer trabalha na produção, criação e, muitas vezes, até na comercialização de produtos ou
serviços.
A afirmativa II está incorreta: projetos da área de design digital também estão sujeitos aos
CDC, que legislam sobre produtos tangíveis e intangíveis.
A afirmativa III está correta: quanto à prestação de serviços, o CDC determina que o
fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao
consumo ou lhes diminuam o valor, e pode ser penalizado com a devolução do valor pago, não
pagamento ou pagamento proporcional.
A afirmativa IV está incorreta: além dos materiais gráficos voltados para publicidade, muitas
vezes o designer é responsável também por determinar estratégias de comunicação com o
cliente e divulgação de um produto ou serviço.
2. Analise as afirmativas a seguir e marque a opção incorreta acerca da ABNT e das
normas técnicas que se aplicam ao design:
A alternativa "C " está correta.
 
Existem duas normas técnicas que tratam especificamente do fornecimento de serviços em
design.
MÓDULO 2
 Formular currículos, portfólios, propostas de projeto e contratos para uma boa
organização e divulgação profissional
PARA QUE SERVE O CURRÍCULO?
Qualquer profissional que busca sucesso na carreira e que pretende conquistar uma boa vaga
de emprego deve ter um bom currículo. Com o designer, seja qual for a sua área de atuação,
não poderia ser diferente. Apesar de nesse meio profissional existirem outros recursos para
mostrar suas habilidades – como o portfólio, sobre o qual falaremos em breve –, é o currículo
que fornece ao recrutador a primeira impressão sobre você. Por isso, é importante
compreender bem a finalidade e a importância desse tipo de documento.
Traçando um paralelo com a maneira como escolhemos os produtos que consumimos,
podemos pensar sobre as suas embalagens. Se você se deparar com um produto com a
embalagem rasgada, amassada ou mal projetada, que não tenha as informações que você
precisa sobre aquilo que pretende comprar, provavelmente você não vai escolher esse produto
e vai procurar um com melhor apresentação. O currículo segue a mesma lógica. Ele funciona
como uma espécie de propaganda sobre você (ou como a embalagem), que vai contar suas
qualidades, suas capacidades, sua experiência e sua formação para o recrutador de uma vaga
de emprego.
 
Foto: Shutterstock.com
 O currículo funciona como uma carta de apresentação do 
candidato à vaga de emprego.
Simoni Aquino (2012), consultora em gestão estratégica de pessoas, lista algumas finalidades
para o currículo:
1. Gerar entrevistas.
2. Comunicar seu objetivo profissional.
3. Mostrar que tem competência para exercer a função.
4. Demonstrar cuidado, atenção e organização.
5. Servir de roteiro para a entrevista.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
GERAR ENTREVISTAS
Normalmente é seu currículo e não você que chega primeiro à empresa. Ele é enviado
atendendo a anúncios, por meio de sites de oferta de vagas, do site da própria empresa,
por e-mail ou pela sua rede de amigos e colegas de faculdade ou de trabalhos anteriores.
De modo geral, você só terá a “a oportunidade de ir à empresa se o selecionadortiver o
interesse de conhecê-lo melhor, por isso seu currículo deve ser atrativo e bem elaborado
para que você tenha a chance de obter uma entrevista.” (AQUINO, 2012)
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COMUNICAR SEU OBJETIVO PROFISSIONAL
O currículo deve fornecer ao recrutador os subsídios para que ele possa analisar a sua
trajetória profissional e acadêmica e avaliar se ela é compatível com os propósitos da
empresa. Por isso, ele deve apontar claramente qual é seu objetivo profissional.
MOSTRAR QUE TEM COMPETÊNCIA PARA
EXERCER A FUNÇÃO
Você deve mostrar que está apto a preencher a vaga, apresentando sua experiência de
forma clara e objetiva. Inclua no currículo as suas qualificações, realizações, cursos,
concursos, e trajetória acadêmica e profissional. Mas lembre-se: é muito importante que
as informações sejam totalmente verdadeiras, pois em algum momento da seleção ou
depois de contratado você pode ser confrontado a respeito daquilo que está no seu
currículo. Como mentir não é nada ético, a descoberta de uma mentira pode acabar com
as suas chances na empresa e até prejudicar sua reputação no mercado.
DEMONSTRAR CUIDADO, ATENÇÃO E
ORGANIZAÇÃO
“Um profissional que apresenta essas características no seu currículo demonstra que
poderá ter esse mesmo respeito e cuidado ao exercer suas responsabilidades na
empresa.” (AQUINO, 2012)
SERVIR DE ROTEIRO PARA A ENTREVISTA
Quando o currículo é bem elaborado, atrativo e objetivo, ele fornece dados para que o
selecionador possa fazer perguntas sobre sua trajetória profissional, sua formação
acadêmica e suas qualificações, funcionando como uma espécie de roteiro.
COMO MONTAR UM CURRÍCULO
Agora que você já sabe qual é a finalidade do currículo, vai aprender também como montá-lo.
Todo currículo tem informações essenciais e você deve tomar alguns cuidados básicos na hora
de elaborá-lo.
O preenchimento começa pelos dados pessoais, que permitem ao recrutador saber quem é o
candidato e traçar o seu perfil. Coloque os seus dados básicos: nome completo, idade,
endereço, perfil em redes sociais profissionais (como o LinkedIn) e contatos (telefone e e-mail).
No caso do currículo de designers, é importante incluir também o link do seu portfólio
digital, sobre o qual falaremos em breve.
Coloque também o seu objetivo para com a empresa. Procure se informar bem sobre ela e
sobre a vaga, antes de definir esse objetivo. Aqui não se trata de metas pessoais ou sonhos
profissionais, mas do que você almeja dentro da empresa, caso seja selecionado. Por exemplo,
se você é designer gráfico e está pleiteando uma vaga em uma editora, um bom objetivo pode
ser “desenvolver projetos gráficos para o mercado editorial”.
A sua formação deve constar no seu currículo, mas não é necessário colocar todo o histórico
escolar. Liste as suas últimas formações e aquelas relacionadas à atividade que você vai
desempenhar: pós-graduação, graduação, curso técnico, cursos de extensão. Comece pela
mais importante e mais recente e organize da seguinte forma:
Modalidade do curso
Nome do curso
Instituição
Local e período do curso (se já foi concluído ou previsão de conclusão)
Como no exemplo a seguir:
 EXEMPLO
Bacharelado em Design de Moda
Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro
Início em 2016 – conclusão em 2020
As experiências profissionais também devem ser apresentadas da mais recente para a mais
antiga. Essa é uma parte muito importante do currículo e, caso você tenha realizado muitas
atividades profissionais, inclua somente os trabalhos relacionados à vaga. Se você está
pleiteando uma vaga como designer de interiores, talvez não precise colocar que você já
trabalhou como vendedor em uma loja de roupas. Os dados que devem constar são:
Nome da empresa
Período de trabalho ou estágio na empresa (ou se ainda está nela)
Cargo ocupado e setor
Descrição das atividades realizadas
 EXEMPLO
Universidade Estácio de Sá (fevereiro de 2019 – fevereiro 2020)
Estagiário do Escritório Modelo de Design Gráfico
Atividades: desenvolvimento de projetos gráficos, criação de identidades visuais, manipulação
e tratamento de imagens
Se você estudou alguma língua estrangeira, não se esqueça de incluir as informações sobre
sua capacidade de comunicação com ela, apontando o nível (básico, intermediário, avançado,
fluente) e se você fala, lê ou escreve nessa língua.
E por falar em língua, cuidado com o emprego do português. Não é necessário usar uma
linguagem rebuscada, mas também não é bom usar uma coloquial demais, com gírias e
abreviações. Use a norma culta, mas sem exageros: utilize termos simples e frases objetivas.
Sempre faça uma boa revisão de texto para evitar erros de ortografia e frases que não façam
sentido. Se possível, antes de enviar o currículo, peça para alguém com bom domínio de
português lê-lo para verificar se algum erro passou despercebido por você.
 DICA
Caso você ainda não tenha experiência no mercado formal, coloque os projetos dos quais você
já participou na faculdade ou desenvolveu de forma voluntária, intercâmbios, cursos de
idiomas, workshops, palestras etc. Mostre, por meio de sua vivência como estudante, que você
tem potencial. E capriche na descrição das habilidades e na lista das qualificações que são
adequadas para a vaga. Diga se você é criativo e trabalha bem em equipe, se domina
determinada tarefa porque fez um curso sobre o assunto, se é muito bom em softwares etc.
O CURRÍCULO DO DESIGNER
Não existem normas ou regras precisas sobre o formato do currículo. Mas, em geral, é
aconselhável que ele siga um modelo mais tradicional. Isso significa que o tamanho ideal é de
no máximo duas páginas A4, utilizando formatação simples e fontes básicas como Arial,
Verdana e Times New Roman (tamanho 12 para o texto, e 14 ou 16 para títulos e subtítulos);
quando necessária sua versão física, deve ser impresso em papel branco.
No entanto, em profissões que envolvem criação, pode ser diferente. Se o currículo é a
primeira impressão do empregador sobre o funcionário, não surpreende que, na seleção para
vagas em design, currículos que demonstrem a capacidade criativa do candidato sejam
valorizados.
 
Fonte: Shutterstock
 É comum que designers usem a criatividade para criar currículos 
diferentes dos convencionais.
 RECOMENDAÇÃO
Por isso, em muitas empresas, as vagas para cargos criativos permitem currículos que fujam
dos padrões tradicionais. Mas, mesmo assim, é importante que ele seja claro, objetivo e
sucinto e convém não exagerar. Não abuse de muitas cores, formas e fontes, pois isso
pode dificultar a leitura. E é importante estar atento também ao perfil da empresa. É
comum que designers sejam contratados para cargos específicos, envolvendo criação, em
empresas com perfil mais tradicional. Nesse caso, pode ser mais garantido entregar um
currículo mais próximo do formato padrão e deixar para mostrar seu potencial criativo no
portfólio.
O QUE É UM PORTFÓLIO
É bastante comum que seleções para vagas em design peçam, além do currículo, um portfólio.
Isso acontece porque, como já vimos, o currículo é um documento que mostra ao empregador
quem é o candidato, por onde ele passou e quais são suas qualificações. Já o portfólio mostra
como é o seu trabalho, seu estilo e sua qualidade técnica. Por isso, independentemente da
área do design em que você pretenda atuar, é fundamental ter um bom portfólio.
O portfólio pode ser definido como “uma compilação de materiais ou trabalhos desenvolvidos
por um profissional (ou empresa) que demonstra suas habilidades, competências, qualificações
e experiências” (PIMENTA, 2019). Além de seleções para vagas de emprego, esse tipo de
documento serve também para divulgar seu trabalho, atrair clientes, fechar negócios e até para
fins acadêmicos.
 
Foto: Shutterstock.com
 Por meio do portfólio, você mostra para o cliente a qualidade dos seus projetos.
O portfólio pode ser impresso ou digital. Se vocêachar essencial que ele seja impresso, não
economize na qualidade da impressão nem do papel, pois é importante causar impacto no
cliente ou entrevistador e que tenha aspecto profissional. Mesmo que você opte por imprimir,
devido à ampla utilização da tecnologia, é imprescindível ter também uma versão digital.
Entre as vantagens do portfólio digital estão a facilidade de compartilhamento, o baixo custo de
confecção e a relativa facilidade de montagem. Atualmente, existem inclusive plataformas de
portfólio online gratuitas. Algumas delas são Adobe Portfolio, Carbonmade, PortfolioBox,
Cargo Collective, Koroflot e ainda o Behance e o Dribbble. Esses dois últimos funcionam
também como uma espécie de rede social de profissionais criativos, que postam seus
trabalhos nas plataformas e criam redes de contatos, e utilizam os projetos dos colegas como
fonte de inspiração para suas próprias criações autorais.
COMO FAZER UM PORTFÓLIO DE DESIGN
Para montar um bom portfólio, copiar e colar seus trabalhos não é suficiente. Do mesmo modo
que no currículo, não são todas as informações que interessam, não é qualquer projeto que
deve fazer parte do seu portfólio.
ETAPA 01
ETAPA 02
ETAPA 03
ETAPA 01
O primeiro passo é a definição do objetivo do seu portfólio. Você pode criar um para divulgar
suas ilustrações, pode mostrar que você está se especializando em um tipo de projeto, pode
mostrar um tipo de produto que você cria e comercializa, e pode até fazer um portfólio para
demonstrar que está apto a preencher uma vaga específica ou a fechar determinado negócio
com um cliente.
ETAPA 02
A seguir, escolha os seus melhores trabalhos. Um portfólio deve ser objetivo e mostrar para o
seu futuro cliente ou empregador o que você é capaz de fazer. Por isso “não deve parecer um
diário, contendo inúmeras informações e fotos de todos os trabalhos que você já fez. É claro
que, se você começou há pouco tempo, certamente terá poucos trabalhos para apresentar.
Mas, se não for esse o caso, selecione os projetos dos quais você mais se orgulha.”
(PIMENTA, 2019)
Se você ainda não trabalhou de fato com design, pode fazer um portfólio com os seus
melhores trabalhos da faculdade, com projetos pessoais e até mesmo criar projetos para incluir
no documento.
ETAPA 03
Outra dica é a criação de categorias para os tipos de trabalhos. Por exemplo, se você está
montando um portfólio de projetos de design de interiores, você pode criar as categorias
‘projetos de ambientes comerciais’ e ‘projetos de ambientes domésticos’. Isso facilita a
navegação pelo seu portfólio, do mesmo modo que o uso de um layout simples e a redação de
textos claros e objetivos.
PROPOSTAS DE PROJETO
No mercado de design, é bastante comum que designers trabalhem como freelancers. Antes
de assumir esse tipo de trabalho, em geral o designer elabora uma proposta de projeto que
pode ou não ser aceita pelo cliente. Uma proposta de projeto bem elaborada e de acordo com
as demandas do futuro cliente aumenta consideravelmente as chances de você conseguir
fechar negócio.
O primeiro passo é ter uma boa conversa com o possível cliente sobre o que ele precisa e o
que pretende com o desenvolvimento do projeto. Faça uma boa pesquisa sobre o cliente:
reúna informações sobre a empresa e seu porte, observe quem são seus concorrentes, os
produtos ou serviços que ela oferece etc. Identificar o público-alvo para o qual se destina o
projeto é fundamental para a elaboração de uma boa proposta e determinação de quais são as
caraterísticas desejáveis para o projeto.
Para que você possa definir os requisitos necessários para o desenvolvimento do trabalho, é
indispensável entender a dimensão e a complexidade do projeto solicitado pelo cliente. Só
então você listará os materiais e recursos necessários. É também a partir da definição do
escopo do projeto que você vai determinar os prazos e elaborar a proposta de orçamento. O
ideal é montar um cronograma com as etapas e tarefas necessárias para alcançar o objetivo
final. A organização do tempo também auxilia na definição do preço do seu trabalho. Afinal,
trabalhos complexos que requerem mais tempo são mais caros; já os mais simples e mais
rápidos são mais baratos.
ATIVIDADE DE REFLEXÃO COMPLETAR
FRASES
despesas
hora
materiais
orçamento
porte
prazo
projeto
recursos
O orçamento deve considerar o
da empresa e o impacto
do no mercado em que
ela atua, além da dimensão do
projeto e do desejado
pelo cliente para sua elaboração.
Contabilize também todos os tipos
de que você possa ter
com e . Além
disso, calcule a sua de
trabalho e a quantidade de horas e
dias que serão necessários para a
finalização do projeto. Se possível,
mostre para o cliente como foi feito
o cálculo do , pois isso
estabelece uma relação baseada
em transparência e confiança, bem
como demonstra que você é um
profissional organizado.
Caso o cliente queira contratar o seu trabalho, naturalmente você vai precisar aprofundar as
pesquisas e ampliar as informações que foram coletadas para a proposta, mas, a partir delas,
você já terá um bom briefing para o início do projeto.
CONTRATOS DE TRABALHO
Uma vez aceita a sua proposta de projeto, é importante que os pontos acordados para a
realização do trabalho sejam documentados. A melhor forma de fazer isso é firmando com o
seu cliente um contrato de prestação de serviços.
Um contrato é, por definição, “um acordo de vontades firmado por duas ou mais pessoas”.
Existem variados tipos de contratos: eles podem ser unilaterais, em que uma parte é credora e
outra devedora; podem ser bilaterais, quando tanto contratante como contratado têm
responsabilidades um com o outro; ou plurilaterais, que envolvem mais de duas partes (IDEC,
2011).
 
Foto: Shutterstock.com
 Um contrato é um acordo entre duas ou mais partes, que podem ser 
pessoas físicas ou empresas.
Os contratos nem sempre são firmados por escrito, já que “a compra de um produto, seja ele
uma caixa de fósforo ou uma bala, constitui um contrato; no caso, um contrato de compra e
venda. Quando você entra em um ônibus e paga a passagem, você está realizando um
contrato de transporte.” (IDEC, 2011)
TEORIA NA PRÁTICA
No entanto, quando o negócio ou transação envolve um interesse maior, como é o caso dos
contratos de trabalho, o que é mais recomendado?
RESOLUÇÃO
É recomendado adotar a forma escrita, pois ela traz segurança às partes, já que é por meio
desse instrumento que são estabelecidos os deveres e as obrigações de cada um dos
envolvidos.
Como vimos, o designer é um prestador de serviços que oferece a sua capacidade de projetar
algo que vai resultar em um produto tangível ou não. Por isso, no caso do trabalho do designer,
firma-se um contrato de prestação de serviços.
Esse tipo de contrato estabelece as responsabilidades e o nível de comprometimento do
prestador – o designer – em relação ao contratante – o cliente. Ele também determina as
obrigações e os direitos do cliente; os procedimentos no caso de uma das partes ser
prejudicada de alguma maneira; e as garantias de que o trabalho será entregue de acordo com
o prometido durante a negociação. O contrato de prestação de serviços, portanto, “determina
que o contratante receba aquilo pelo que pagou e que o prestador de serviços cumpra com
aquilo que fora prometido.” (SOUZA, 2019)
 COMENTÁRIO
Em outras palavras: o contrato de prestação de serviço fornece proteção para os envolvidos no
acordo de trabalho e assegura que o projeto vai transcorrer da maneira como foi planejado.
Isso porque ele garante que o contratante vai receber o combinado e que o designer vai
receber o pagamento previamente acordado. Caso isso não aconteça, o contrato fornece
respaldo jurídico para que a parte prejudicada busque a justiça para reparação.
COMO ELABORAR UM CONTRATO DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Para que um contrato de prestação de serviços tenha validade e possa oferecer a proteção
necessária aos envolvidos no projeto, ele precisa conter algunselementos fundamentais.
O primeiro deles é a identificação das partes, que consiste na definição do contratante e do
contratado. É importante conferir bem os dados, pois enganos – como divergência na
numeração do documento de identificação ou erros de digitação – podem complicar bastante o
processo, caso seja necessário envolver a justiça. As seguintes informações são requeridas
de ambas as partes: nome completo; número do RG e do CPF, nacionalidade, estado
civil, profissão e endereço.
O próximo passo – a definição do objeto do contrato, que é o próprio serviço a ser prestado – é
muito importante:
“NESSE MOMENTO É NECESSÁRIO ESCLARECER E
DETALHAR TUDO O QUE ENGLOBA O SERVIÇO.
QUANTO MAIS DETALHADA ESSA PARTE FOR, MAIS
FÁCIL SE TORNA ALINHAR AS EXPECTATIVAS E MAIS
SEGURO O CONTRATO PASSA A SER DE MANEIRA
GERAL. É NECESSÁRIO ESTABELECER, POR
EXEMPLO, QUAIS SERÃO AS ETAPAS NECESSÁRIAS
PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO EM QUESTÃO E
QUAL É A ESTRUTURA REQUERIDA PARA QUE TUDO
POSSA SER FEITO.”
(SOUZA, 2019)
Caso seja uma prestação de maior duração, deve-se estabelecer quais as atividades a serem
desempenhadas de maneira contínua e por qual período.
Também devem ser estabelecidas as obrigações do contratado, ou seja, tudo aquilo que o
prestador de serviço, no caso o designer, comprometa-se a fazer. Nesse tópico, podem constar
quantidades, prazos de entrega, resultados, alterações que podem ser solicitadas etc.
Do mesmo modo, devem ser especificadas as obrigações do contratante, já que ele:
“TAMBÉM PRECISA SE COMPROMETER EM SEGUIR
UMA SÉRIE DE AÇÕES. A DEFINIÇÃO DESSAS
OBRIGAÇÕES É NECESSÁRIA PORQUE MUITAS
VEZES O CONTRATADO PRECISA TER A SEU DISPOR
CERTA ESTRUTURA PARA CONSEGUIR
DESEMPENHAR SUAS FUNÇÕES E É OBRIGAÇÃO DO
CONTRATANTE GARANTIR QUE ESSA ESTRUTURA
SEJA DISPONIBILIZADA ADEQUADAMENTE. ALÉM
DISSO, AS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE TAMBÉM
TRATAM DO PAGAMENTO ADEQUADO E EM DIA,
ALÉM DO FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES
NECESSÁRIAS PARA A REALIZAÇÃO DO SERVIÇO
ADEQUADO.”
(SOUZA, 2019)
No contrato devem constar também as informações sobre preços, condições de pagamento e
prazos. O preço deve ser calculado levando em consideração a complexidade do projeto. E as
condições de pagamento dizem respeito a parcelamento, se o pagamento será feito antes ou
depois do fim do projeto etc. Já o prazo “determina por quanto tempo o contrato é válido e deve
estar de acordo com a complexidade do serviço a ser prestado” porque “a vigência depende
fortemente do prazo de entrega do serviço que fora estabelecido pela parte contratada.”
(SOUZA, 2019)
Finalmente, mas não menos importante, são estabelecidas as condições que determinam o
descumprimento de contrato, sua rescisão ou pagamento de multa. Caso o cliente não forneça
as condições necessárias para o desenvolvimento do trabalho, caso ele pague com atraso, ou
a entrega do serviço pelo designer esteja aquém da qualidade esperada, há descumprimento
do contrato. O documento deve descrever as medidas a serem tomadas para que a outra parte
não saia no prejuízo. A rescisão ocorre quando um dos envolvidos deseja encerrar o contrato
antes da conclusão, e pode ser estabelecida uma multa para essa situação.
É preciso lembrar que o contrato não é só uma formalidade ou uma burocracia incômoda. Ele é
um dispositivo legal que protege tanto o seu cliente quanto você, que é contratado para
fornecer seus serviços como designer.
O especialista Hely Júnior fala sobre proposta de projeto e a sua relação com o briefing inicial
de projeto:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ESTUDAMOS QUE UM BOM CURRÍCULO DEVE SER CLARO E
OBJETIVO. CONSIDERANDO O QUE FOI DEBATIDO SOBRE O TEMA,
ANALISE AS AFIRMATIVAS E A RELAÇÃO PROPOSTA ENTRE ELAS: 
 
I. APESAR DE O DESIGN SER UMA ATIVIDADE CRIATIVA, OS
CURRÍCULOS DE DESIGNERS DEVEM SEGUIR O MODELO
TRADICIONAL. 
 
II. EM SELEÇÕES PARA VAGAS DE EMPREGO, NÃO HÁ ABERTURA
PARA O CANDIDATO MOSTRAR SEU POTENCIAL CRIATIVO. 
 
A RESPEITO DESSAS ASSERÇÕES, ASSINALE A OPÇÃO CORRETA:
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da
I.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são proposições falsas.
2. ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR SOBRE PORTFÓLIOS: 
 
I. É DESEJÁVEL QUE OS DESIGNERS ELABOREM PORTFÓLIOS, MAS
ELES NÃO SÃO INDISPENSÁVEIS. 
 
II. O PORTFÓLIO É UM COMPILADO DOS MELHORES TRABALHOS
FEITOS POR UM PROFISSIONAL. 
 
III. O PORTFÓLIO DEVE SER IMPRESSO EM ALTA QUALIDADE. 
 
IV. O PORTFÓLIO DIGITAL É MENOS IMPORTANTE DO QUE O IMPRESSO. 
 
É CORRETO O QUE SE AFIRMA EM:
A) I e IV, apenas.
B) II e III, apenas.
C) I, II e III, apenas.
D) II, III e IV, apenas.
E) I, II, III e IV.
GABARITO
1. Estudamos que um bom currículo deve ser claro e objetivo. Considerando o que foi
debatido sobre o tema, analise as afirmativas e a relação proposta entre elas: 
 
I. Apesar de o design ser uma atividade criativa, os currículos de designers devem
seguir o modelo tradicional. 
 
II. Em seleções para vagas de emprego, não há abertura para o candidato mostrar seu
potencial criativo. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
A alternativa "E " está correta.
 
Em muitas empresas, as vagas para cargos criativos permitem currículos que fogem dos
padrões tradicionais. Por isso, é comum que currículos de designers sejam elaborados de
forma mais livre.
2. Analise as afirmativas a seguir sobre portfólios: 
 
I. É desejável que os designers elaborem portfólios, mas eles não são indispensáveis. 
 
II. O portfólio é um compilado dos melhores trabalhos feitos por um profissional. 
 
III. O portfólio deve ser impresso em alta qualidade. 
 
IV. O portfólio digital é menos importante do que o impresso. 
 
É correto o que se afirma em:
A alternativa "B " está correta.
 
A afirmativa I é incorreta: é fundamental que o designer tenha um bom portfólio porque esse
material mostra como é feito seu trabalho e qual é seu estilo.
A afirmativa II é correta: apenas os melhores trabalhos desenvolvidos pelo designer devem
entrar no portfólio.
A afirmativa III é correta: caso se opte por imprimir o portfólio, não se deve economizar na
qualidade da impressão nem do papel para causar impacto no cliente ou entrevistador e dar
um aspecto profissional ao documento.
A afirmativa IV é incorreta: atualmente, graças à ampla utilização da tecnologia, é
imprescindível que o designer elabore uma versão digital do portfólio.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecemos o mercado de trabalho em design e as diversas áreas de atuação profissional.
Como vimos, o designer deve considerar, na sua prática projetual, as leis estabelecidas pelo
Código de Defesa do Consumidor e as normas técnicas propostas pela ABNT.
Aprendemos os aspectos fundamentais à elaboração de um bom currículo profissional e um
bom portfólio para divulgar as qualidades do designer e criar oportunidades de trabalho. Além
disso, estudamos como montar uma boa proposta de projeto e um contrato de prestação de
serviço que proteja legalmente o designer e o cliente.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DESIGNERS DE INTERIORES. ABD. Normas. Consultado
em meio eletrônico em: 4 jan. 2021.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. Normalização. In. ABNT, s.d.
Consultado em meio eletrônico em: 4 jan. 2021.
ABNT CATÁLOGO. ABNT NBR NM ISO 3758:2013 In. ABNT Catálogo. Publicado em: 11 mar.
2013.
ABNT CATÁLOGO. ABNT NBR 14869 1:2012. In. ABNT Catálogo. Publicado em: 5 set. 2012.
AQUINO, S. Qual a finalidade de um currículo. In. Administradores.com. Publicado em: 5
ago. 2012.
BRASIL. Casa Civil. Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do
Consumidor. Publicado em: 11 set. 1990.
BRAGA, K. Os desafios para o designer no mercado de trabalho. In. Jornal daUniversidade. Porto Alegre: UFRGS. Publicado em: 30 set. 2019.
IDEC. Entenda a definição de contrato. In. IDEC. Publicado em: 2 mai. 2011.
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. O Programa Brasileiro de Design (PBD). Publicado em: 28
jan. 2016.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA. A defesa do consumidor no Brasil.
Consultado em meio eletrônico em: 5 jan. 2021.
PIMENTA, M. O que é portfólio? Guia completo sobre como fazer e exemplos para criar um
portfólio impecável. In. Rockcontent. Publicado em: 10 set. 2019.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. SEBRAE.
Conheça as normas de serviços de design da ABNT. Publicado em: 20 jun. 2017.
SOUZA, I. de. Saiba o que deve ter em um contrato de prestação de serviços. In.
Rockcontent. Publicado em: 10 ago. 2019.
EXPLORE+
Conheça mais sobre a formulação das normas de design da ABNT no vídeo Normas de Design
/ ABNT, com Gabriel Patrocínio, diretor da ADP Brasil (Associação dos Designers de Produto),
disponível no YouTube.
Estude mais sobre criação de portfólio assistindo ao vídeo Designer iniciante: como criar um
portfólio (e sem clientes), no canal do designer Ton Rangel, no YouTube.
CONTEUDISTA
João Dalla Rosa Júnior
 CURRÍCULO LATTES
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