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DESCRIÇÃO O mercado de trabalho em design e as diferentes áreas da profissão. A aplicação do Código de Defesa do Consumidor e das normas técnicas da ABNT aos projetos de design. Preparação de currículo e portfólio para apresentação do trabalho do designer. Elaboração de proposta de projeto e de contrato de prestação de serviços para organização profissional. PROPÓSITO Conhecer o mercado de trabalho e a legislação que se aplica às diferentes áreas do design, além de técnicas para elaboração de currículo, portfólio, propostas de projeto e contratos de prestação de serviços é importante para a sua formação, pois você poderá elaborar projetos que se enquadrem na lei e organizar sua vida profissional. PREPARAÇÃO Antes de iniciar, tenha em mãos o Código de Defesa do Consumidor, que está disponível no site do Governo Federal. OBJETIVOS MÓDULO 1 Aplicar o Código de Defesa do Consumidor e as normas técnicas da ABNT a projetos das diferentes áreas do design MÓDULO 2 Formular currículos, portfólios, propostas de projeto e contratos para uma boa organização e divulgação profissional INTRODUÇÃO Vamos aprender sobre o mercado de trabalho em design e suas diversas áreas de atuação, além de conhecer as leis do Código de Defesa do Consumidor e as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), refletindo sobre sua aplicação aos projetos de design voltados para as diferentes áreas da profissão. Estudaremos ainda técnicas para elaboração de um bom currículo, um bom portfólio, de propostas de projeto e contratos de prestação de serviço adequados, focando na organização, criação de oportunidades e divulgação do trabalho do designer. MÓDULO 1 Aplicar o Código de Defesa do Consumidor e as normas técnicas da ABNT a projetos das diferentes áreas do design O MERCADO DE TRABALHO EM DESIGN Em um mundo cada vez mais tecnológico e visual, o design vem ganhando mais espaço e as empresas e consumidores têm reconhecido que um bom design faz diferença. No Brasil, ainda temos um caminho a percorrer na conscientização sobre como o esse campo do conhecimento é um diferencial competitivo, ou seja, que ajuda nas vendas e que vale a pena investir nele. Mas ainda assim, nas últimas décadas, o design tem ganhado espaço nas empresas brasileiras e o mercado de trabalho em suas áreas de atuação vem se expandindo. Foto: Shutterstock.com VOCÊ SABIA Em 1995, o então Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços criou o “Programa Brasileiro de Design”. Segundo o site do Governo Federal, o programa se destina a “promover o desenvolvimento do design no Brasil, em virtude da forte identidade criativa do país, apto a desenvolver a marca Brasil no competitivo mercado internacional”. Ele propõe a criação de parcerias com agentes econômicos e sociais do setor público e privado com o propósito de “intensificar, ampliar e fortalecer as possibilidades existentes, bem como criar mecanismos e instrumentos de apoio, fomento e financiamento para o design” (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2016). A iniciativa demonstra que o governo vem, desde a década de 1990, reconhecendo a importância do design para a economia e a indústria brasileiras, percebendo que ele é um fator de diferenciação e competividade, além de incentivar o crescimento do mercado de trabalho para os designers. Se você olhar à sua volta, vai perceber que a maior parte das coisas que o rodeiam foram concebidas por designers. Desde as suas roupas, passando pelos móveis e eletrodomésticos do ambiente em que você se encontra, até o computador ou celular em que você está estudando. Isso sem falar nos livros, nos sites e aplicativos. Se o design está em tantas coisas, é natural que as possibilidades de atuação profissional dos designers também sejam bastante variadas. Foto: Shutterstock.com De acordo com o professor de design Marcos da Costa Braga, “o design hoje pode estar dividido em cerca de 20 profissões diferentes. Ele tem esse caráter, essa identidade multidisciplinar e interdisciplinar. Está na origem de várias profissões, inclusive recentes, como o design de games, por exemplo, ou o webdesign nos anos 1990. Então, na verdade, existem vários designs” (BRAGA, 2019). Essa característica multidisciplinar permite que designers trabalhem em áreas diversas, muitas vezes em conjunto com outros profissionais, como publicitários, engenheiros, programadores, entre outros. O PERFIL DO PROFISSIONAL DE DESIGN Mesmo existindo diversas áreas, cada uma com suas especificidades, algumas qualidades são exigidas dos profissionais de design, independentemente do seu campo de atuação. De modo geral, os designers trabalham com criação. Consequentemente, a criatividade é fundamental para ser um bom designer. E, diferentemente do que muitos pensam, essa não é uma qualidade inata, que algumas pessoas têm e outras não. Todos podem ser criativos, já que a criatividade pode ser aprendida e estimulada pelo ambiente e pelos estímulos que recebemos. DICA É muito importante que o profissional de design seja curioso, esteja sempre atento ao que acontece no seu entorno e desenvolva um extenso repertório cultural. Conhecimento sobre arte, sobre diferentes culturas, sobre economia e política é indispensável para desenvolver uma mente criativa. A constante atualização tecnológica também é um requisito muito importante para se tornar um bom profissional. A arte fornece as bases estéticas para a criação. A observação da sociedade permite que sejam elaborados projetos adequados às suas demandas. E a tecnologia, que muda cada vez mais rapidamente, é o meio pelo qual o designer realiza o seu trabalho. Outro aspecto imprescindível é uma conduta profissional ética. Ter um comportamento ético no ambiente de trabalho inclui construir com os colegas relações que sejam baseadas no respeito e na parceria, contribuir para o adequado funcionamento das rotinas de trabalho cumprindo as obrigações e os prazos que lhe são designados, além de prezar pela formação de uma imagem positiva da empresa para a qual você trabalha, seja qual for a sua área de atuação. AS ÁREAS DO DESIGN Como vimos, o design é uma atividade multidisciplinar, ou seja, engloba diferentes áreas de conhecimento. Além disso, é um campo que se divide em várias especializações. Muitas vezes, elas se relacionam e profissionais com diferentes formações podem trabalhar juntos e até transitar entre diferentes habilitações. A seguir, você vai conhecer as principais áreas do design contemporâneo. Foto: Shutterstock.com DESIGN DE INTERIORES Os designers de interiores projetam ambientes internos dos mais variados tipos, desde residenciais a comerciais e institucionais. Um projeto de interiores pode ser um quarto de uma casa, uma loja, um estande em um aeroporto, o saguão de um hotel e tantos outros locais. O designer de interiores deve organizar os elementos de um determinado ambiente pensando não só na estética, mas também nos gostos e necessidades dos usuários do local. Esse profissional decora os espaços e, mais que isso, concilia fatores como conforto, temperatura, iluminação, saúde e segurança dos usuários e a funcionalidade do ambiente. Os projetos incluem a definição de mobiliário, objetos de decoração, cores, materiais e revestimentos de pisos e paredes. Foto: Shutterstock.com DESIGN DE PRODUTO O designer de produto projeta bens de consumo, isto é, bens utilizados por um indivíduo ou uma família para satisfazer suas necessidades cotidianas. Logo, o design de produto é a área que desenvolve vários tipos de objetos, como utensílios, eletrodomésticos, máquinas, móveis e muitos outros. Esse profissional é responsável por pensar qual será a concepção estética do produto e elaborar a sua identidade visual, adequando-a aos materiais, processos produtivos, à ergonomia, ao público-alvo e ao meio ambiente. Entre as tarefas desempenhadas por ele estão a elaboração dos desenhos e especificações técnicas do produto, a seleção do material queserá utilizado, a definição de como será o processo produtivo, o acompanhamento da fabricação, das estratégias de comercialização e até da percepção do público. Foto: Shutterstock.com DESIGN DE MODA O designer de moda cria um tipo específico de produto: os produtos de moda, tais como roupas, sapatos, bolsas e demais acessórios. Ele é responsável por conceber itens de vestuário, tendo como base as tendências de moda, sempre considerando a ergonomia, os gostos e desejos dos consumidores, e a cultura local. Assim, esse profissional é capaz não só de criar e desenhar os produtos, mas também de administrar processos produtivos no setor de moda, estando habilitado a desenvolver a modelagem das peças, a coordenar a produção na fábrica e a gerenciar as campanhas de divulgação das coleções e estratégias de marketing da marca. O designer de moda pode ainda trabalhar com assessoria pessoal e de artistas, com criação de figurino e produção de moda para veículos de comunicação. Foto: Shutterstock.com DESIGN DE JOIAS O design de joias se relaciona tanto com o design de moda como com o design de produto. O designer de joias é especializado em desenvolver modelos e coleções de joalheria e em restaurar joias. A criação e restauração das peças é um processo ainda bastante artesanal e o profissional da área é responsável pela escolha dos materiais, cores, formatos, pela definição de como será a cravação e a lapidação das gemas. Foto: Shutterstock.com DESIGN TÊXTIL E DESIGN DE ESTAMPAS O designer têxtil, como o nome sugere, trabalha com tecidos, em geral voltados para moda e decoração. Esse profissional elabora projetos criando estampas, texturas e cores que seguem as tendências de mercado. Além da estamparia propriamente dita, ele cria aplicações sobre tecidos e superfícies têxteis por meio do entrelaçamento dos fios, de diferentes tipos de tingimentos e de beneficiamentos variados. Já o designer de estampas desenvolve também projetos para produtos que não são têxteis, tais como canecas, objetos decorativos etc. Foto: Shutterstock.com DESIGN GRÁFICO O designer gráfico cria projetos de comunicação visual para meios impressos ou para meios digitais. Os projetos envolvem o desenvolvimento de identidades visuais, logotipos e ilustrações; embalagens e rótulos; publicações impressas como jornais, livros ou revistas; formatação de materiais visuais como outdoors, cartazes, panfletos, cartões de visita etc. O design digital, que é um ramo do design gráfico, tem seu foco voltado para a produção de artefatos multimídia que serão reproduzidos em diversos meios digitais. O designer gráfico especializado em design digital costuma trabalhar na concepção visual de sites, blogs e banners para a internet, em editoração eletrônica e e-books, e com animação e jogos. Um desdobramento do design gráfico que tem crescido devido à sua aplicação no cinema, na publicidade, na internet e em videoclipes é o motion graphics (traduzido para o português como videografismo). O motion designer cria animações digitais com vídeos, efeitos e imagens, sendo responsável pela direção de arte e gestão de produtos audiovisuais. Foto: Shutterstock.com DESIGN DE JOGOS O designer de jogos desenvolve jogos eletrônicos. Ele cria a história, elabora os personagens e define as regras do jogo. Esse profissional precisa ter uma visão ampla sobre o projeto, pois ele participa de todos os processos de produção do jogo, desde a criação conceitual até a estética, trabalhando ainda na sua divulgação. Foto: Shutterstock.com UX DESIGN (DESIGN DE EXPERIÊNCIA) O UX designer é um especialista em projetar a experiência do usuário, gerando satisfação com a plataforma ou produto e criando uma boa relação entre o consumidor e a marca/empresa. Pensar na experiência do usuário é fundamental para a criação de qualquer tipo de artefato, desde os mais simples aos mais complexos, tanto no ambiente físico como no virtual. No entanto, o UX design está muito relacionado ao ambiente tecnológico e, por isso, o profissional é muito requisitado para a construção de plataformas digitais, em startups e empresas de tecnologia. Foto Shutterstock.com DESIGN DE SERVIÇOS O foco do design de serviços, como o nome já sugere, é no gerenciamento e criação de serviços. Trata-se de uma atividade que envolve todos os componentes de um serviço: planejamento de processos, organização de pessoas, administração de infraestrutura e comunicação com o público. O foco é aumentar a qualidade dos serviços prestados pela empresa, sejam eles no ambiente físico ou virtual, gerando mais resultados mediante o atendimento às necessidades dos usuários. O propósito do designer de serviços é elaborar projetos que proporcionem um atendimento mais amigável, mais relevante, que fidelize os clientes e que, consequentemente, seja mais competitivo para a empresa. LEGISLAÇÃO E NORMATIZAÇÃO NO DESIGN Como vimos, as áreas do design têm suas especificidades e, naturalmente, cada uma delas também apresenta diferentes demandas em relação à aplicação da legislação para a criação e comercialização de produtos e serviços. No entanto, existem alguns códigos e normas que são comuns às atividades desenvolvidas pelos designers, ainda que em cada uma das áreas sua aplicação seja diferente. Entre eles, destacamos o Código de Defesa do Consumidor e as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR A Constituição Federal de 1988 consagrou a proteção do consumidor como um direito fundamental do cidadão e um princípio da ordem econômica, e determinou que cabe ao Estado a promoção da defesa do consumidor. O Código de Defesa do Consumidor (CDC), por sua vez, foi criado em 1990, por meio da Lei n. 8.078/1990. Esse código “assegura o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor e estabelece a boa-fé como princípio basilar das relações de consumo. O Código, reconhecido internacionalmente como um paradigma na proteção dos consumidores, estabelece princípios básicos como a proteção da vida e da saúde e da segurança, a educação para o consumo, o direito à informação clara, precisa e adequada, a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva por meio do equilíbrio das relações de consumo.” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DA SEGURANÇA PÚBLICA, s.d.) RESUMINDO As normas do Código de Defesa do Consumidor têm como objetivo regular as relações de consumo para que elas sejam justas, e proteger os cidadãos de prejuízos físicos ou materiais na aquisição de produtos ou serviços. Ele é bastante abrangente, incluindo bens materiais ou imateriais, móveis ou imóveis. O CDC regulamenta as relações de compra de bens de consumo não duráveis (como roupas, brinquedos, cosméticos, medicamentos, alimentos e objetos em geral), de bens de consumo duráveis (carros, eletrodomésticos, mobiliário, apartamentos) e também a contratação de serviços (transportes, telefonia, assistência médica, educação, hotelaria etc.). Foto: Shutterstock.com O Código de Defesa do Consumidor foi criado para proteger os consumidores e regular as relações de consumo. O código tem como princípios a vulnerabilidade e a hipossuficiência do consumidor, e considera como consumidor “toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final” e, como fornecedor, “toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.” (CDC, 1990) COMENTÁRIO E o que o design tem a ver com isso? Tudo! Pois essa atividade está enquadrada na definição de fornecedores, uma vez que o designer trabalha na produção, criação e, muitas vezes, até na comercialização de produtos ou serviços. Além disso, o designer é um prestador de serviço para uma empresaou até para uma pessoa física. Ou seja, é um trabalhador que vende um serviço que é a sua capacidade de projetar. Independentemente da forma como se estabelece o contrato de trabalho, o designer fornece seus serviços para desenvolver algum tipo de produto, seja ele tangível ou não. Quanto à prestação de serviços, o CDC determina, em seu art. 20, que “o fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor”. Logo, caso o designer, seja ele de qual área for, ofereça seus serviços para a realização de um projeto e não o realize conforme o acordado com o cliente, este último pode, legalmente, exigir que o trabalho seja refeito, pode solicitar a restituição do pagamento ou ainda pagar apenas o valor proporcional à parcela do trabalho que foi realizada. ALGUNS EXEMPLOS DE SITUAÇÕES QUE SE ENQUADRAM NESSE ARTIGO SÃO: um designer de interiores é contratado para decorar o apartamento de alguém e só entrega o projeto de um dos quartos; um designer de moda entrega um projeto de coleção depois do prazo estabelecido para produção e lançamento das peças; um designer gráfico entrega uma identidade visual que contém plágio; um designer de produto desenvolve algum artefato que não cumpre sua função corretamente; um designer de UX elabora aplicativo de celular que não é passível de ser utilizado pelos usuários. O CDC estabelece alguns direitos básicos do consumidor e os mais relevantes para o trabalho do designer são: 1. PROTEÇÃO DA VIDA, DA SAÚDE E DA SEGURANÇA CONTRA RISCOS PROVOCADOS PELO FORNECIMENTO DE PRODUTOS OU SERVIÇOS. Esse direito estabelece um dever de segurança do fornecedor, que não pode colocar o consumidor em risco. Um designer que trabalhe para uma fábrica automobilística, por exemplo, é encarregado de desenhar componentes do automóvel que mantenham os motoristas e os passageiros em segurança. Ou um designer de moda, que está projetando uma coleção de roupas de bebê, deve considerar que determinados tipos de materiais e aviamentos, como botões que se soltam, podem colocar em risco a saúde dos pequenos usuários. 2. EDUCAÇÃO E DIVULGAÇÃO SOBRE O CONSUMO ADEQUADO E CORRETO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS. Esse item diz respeito à obrigação que o fornecedor tem de prestar as informações sobre o produto antes mesmo de ele ser adquirido pelo consumidor. Elas devem ser passadas de modo claro e preciso, sem erros ou omissões. A divulgação dessas informações, incluindo os riscos que o produto pode causar, é essencial para a tomada de decisão do usuário de consumir ou não um determinado bem ou serviço. Um exemplo de aplicação dessa lei é a obrigatoriedade da inclusão da frase “Evite o consumo excessivo de álcool” nos rótulos de cerveja, rótulos esses que são desenvolvidos por designers gráficos. Embalagens e rótulos de remédios, que também são projetados por designers gráficos, devem conter as informações sobre a necessidade de prescrição médica. Um e-commerce que vende brinquedos, projeto da alçada dos designers digitais ou de UX design, deve especificar a partir de que idade as crianças podem brincar com cada um dos produtos à venda, pois artigos com certos componentes podem ser perigosos para crianças pequenas. 3. INFORMAÇÕES (QUANTIDADE, CARACTERÍSTICAS, COMPOSIÇÃO, QUALIDADE, TRIBUTOS, PREÇO E RISCOS) SOBRE OS PRODUTOS E SERVIÇOS. Esse direito se relaciona com o anterior, já que também se refere a informações – aqui, porém, informações mais técnicas. Embalagens de alimentos, por exemplo, devem conter exatamente a quantidade e a composição precisa do produto, pois certos componentes podem causar alergias ou problemas de saúde nos consumidores. Uma loja de roupas deve apresentar na vitrine os preços de cada um dos produtos expostos, do mesmo modo que um estabelecimento que fornece determinado serviço, como um salão de beleza, deve exibir uma tabela com o valor de cada um dos serviços prestados. Um aplicativo ou um e-commerce também deve apresentar de forma clara todas as informações referentes ao que é oferecido. A clareza e a objetividade das informações prestadas vão permitir ao consumidor, que já foi educado sobre como se utiliza ou se consome aquele bem ou serviço, fazer a escolha mais adequada para si e não ser induzido ao erro. 4. PROTEÇÃO CONTRA A PUBLICIDADE ENGANOSA E ABUSIVA. Uma propaganda é considerada enganosa quando são fornecidas informações completa ou parcialmente falsas ao consumidor, ou seja, não correspondem verdadeiramente ao que está sendo oferecido. Esse tipo de propaganda é capaz, até mesmo por omissão, de induzir o consumidor ao erro no que diz respeito à natureza, qualidade, quantidade, origem, às características, propriedades, ao preço e a qualquer outro tipo de dado acerca de um produto ou serviço. Já uma publicidade abusiva se caracteriza como tal quando é discriminatória, quando incita a violência, explora o medo ou superstição dos consumidores, desrespeita valores ambientais ou ainda quando é capaz de incitar o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua própria saúde ou segurança. Além das embalagens e dos demais materiais gráficos voltados para publicidade e que são projetados por designers, muitas vezes esse profissional é responsável também por determinar outras estratégias de comunicação com o cliente e de divulgação de um produto ou serviço. Por isso, deve estar atento a esse direito fundamental dos usuários. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) A Associação Brasileira de Normas Técnicas é uma entidade privada sem fins lucrativos, fundada em 1940, com a finalidade de administrar a normalização técnica no Brasil. Ela é um dos membros fundadores da Organização Internacional de Normalização (ISO), entidade global que reúne todos os órgãos responsáveis pela determinação de normas técnicas do mundo. De acordo com o site da instituição, a normalização é uma “atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto. Consiste, em particular, na elaboração, difusão e implementação das Normas”. E a norma é “o documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece regras, diretrizes ou características mínimas para atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto.” (ABNT, s.d.) Em outras palavras, a ABNT é o órgão brasileiro responsável por formular regras para a solução ou prevenção de algum tipo de problema. Com o auxílio da tecnologia, ela estabelece, da forma mais neutra e objetiva possível, as condições que “possibilitem que o produto, projeto, processo, sistema, pessoa, bem ou serviço atendam às finalidades a que se destinam, sem se esquecer dos aspectos de segurança” (ABNT, s.d.). Essas condições são organizadas nas normas técnicas, que incluem regras, diretrizes, medidas, procedimentos ou características mínimas para execução de determinada atividade ou produto. As normas técnicas são observadas e seguidas por diversos setores do comércio, indústria e prestação de serviços no Brasil. Existem duas normas da ABNT acerca dos serviços de design. Elas foram produzidas por profissionais e estudiosos do design e têm como propósito definir boas práticas e padronizar as nomenclaturas pertinentes ao setor. Com a utilização das definições de termos e práticas, há um aumento da qualidade e homogeneidade dos “processos de contratação, execução e entrega desse segmento, o que contribui para o desenvolvimento do mercado de design” (SEBRAE, 2017). São elas: Serviços de design – Diretrizes para boas práticas (ABNT NBR 16585) Serviços de design – Terminologias (ABNT NBR 16516) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal SERVIÇOS DE DESIGN – DIRETRIZES PARA BOAS PRÁTICAS (ABNT NBR 16585) Essa norma define as boas práticas para a prestação de serviçosde design. A utilização de práticas adequadas em relação à execução do projeto e no trato com o cliente colabora para que seja prestado um melhor serviço por parte do designer, já que promove javascript:void(0) javascript:void(0) a redução de erros e inconsistências, aumenta a assertividade do projeto e melhora a organização das informações (SEBRAE, 2017). SERVIÇOS DE DESIGN – TERMINOLOGIAS (ABNT NBR 16516) Essa norma explica e define os termos utilizados no setor. Seu objetivo é promover o entendimento entre designers e empresas e instituições envolvidas com os serviços de design por meio do incentivo à utilização de uma linguagem uniforme e conhecida por todos (SEBRAE, 2017). Os designers também devem estar atentos às normas técnicas referentes aos projetos dos quais eles participam, já que elas definem características necessárias aos produtos ou serviços que deles são resultado. Design De Moda E Têxtil Na área de design de moda e têxtil, por exemplo, a norma ABNT NBR NM ISO 3758:2013 “estabelece um sistema de símbolos gráficos, destinado a ser utilizado na etiquetagem de artigos têxteis, e para o fornecimento de informações sobre os tratamentos severos para que não provoquem danos irreversíveis para o artigo durante o processo de tratamento têxtil, e especifica o uso destes símbolos em etiquetagem de cuidados.” (ABNT CATÁLOGO, 2013) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Já os designers de interiores devem estar atentos a uma série de normas, entre elas as relativas à acessibilidade nos ambientes, ao conforto acústico, à iluminação, aos pisos e revestimentos, entre outras. Designers Gráficos Os designers gráficos, por sua vez, têm como referência normas sobre tecnologia gráfica, como a ABNT NBR 14869-1:2012, que “classifica os livros em categorias, de acordo com o substrato utilizado no miolo, tipo de capa e lombada. Esta Norma se aplica aos setores editorial e gráfico e ao público em geral” (ABNT CATÁLOGO, 2012). Existem também diversas normas sobre a criação de embalagens, dependendo do tipo de produto que elas carregam. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Como você deve ter notado, em cada área do design e para cada projeto específico vão existir diferentes normas. E elas são muitas e muito variadas! É importante que você as consulte conforme o tipo de produto ou serviço resultante do projeto que você venha a desenvolver. O especialista Hely Júnior fala sobre os conhecimentos do mercado de trabalho em design, onde os designers trabalham e exemplos de atividades para cada uma das áreas do design: VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ANALISE AS AFIRMATIVA A SEGUIR ACERCA DA RELAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR COM O TRABALHO DO DESIGNER: I. O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR É IMPORTANTE PARA O DESIGNER PORQUE ELE CRIA PROJETOS QUE SERÃO COMERCIALIZADOS NO MERCADO. II. PROJETOS DA ÁREA DE DESIGN DIGITAL NÃO ESTÃO SUJEITOS AO CDC. III. UM DESIGNER QUE ENTREGA SOMENTE UMA PARTE DO COMBINADO PODE SER PENALIZADO FINANCEIRAMENTE. IV. O ARTIGO DO CDC QUE TRATA DE PUBLICIDADE ENGANOSA E ABUSIVA DIZ RESPEITO À ÁREA DA COMUNICAÇÃO SOCIAL, E NÃO DO DESIGN. A) I e III, apenas. B) II e III, apenas. C) I, II e III, apenas. D) II, III e IV, apenas. E) I, II, III e IV. 2. ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR E MARQUE A OPÇÃO INCORRETA ACERCA DA ABNT E DAS NORMAS TÉCNICAS QUE SE APLICAM AO DESIGN: A) Associação Brasileira de Normas Técnicas é uma entidade privada sem fins lucrativos que atua em conformidade com normas internacionais. B) Uma norma técnica é um documento fornece regras, diretrizes ou características mínimas para variadas atividades e produtos. C) Não existem normas específicas para o design, mas normas referentes aos produtos que são resultado dos projetos. D) As normas técnicas referentes aos projetos de design definem características necessárias aos produtos ou serviços que deles são resultado. E) Para cada área do design existem diferentes normas que são aplicadas aos variados tipos de projetos. GABARITO 1. Analise as afirmativa a seguir acerca da relação do Código de Defesa do Consumidor com o trabalho do designer: I. O Código de Defesa do Consumidor é importante para o designer porque ele cria projetos que serão comercializados no mercado. II. Projetos da área de design digital não estão sujeitos ao CDC. III. Um designer que entrega somente uma parte do combinado pode ser penalizado financeiramente. IV. O artigo do CDC que trata de publicidade enganosa e abusiva diz respeito à área da comunicação social, e não do design. A alternativa "A " está correta. A afirmativa I está correta: o design se encaixa na definição de fornecedores, uma vez que o designer trabalha na produção, criação e, muitas vezes, até na comercialização de produtos ou serviços. A afirmativa II está incorreta: projetos da área de design digital também estão sujeitos aos CDC, que legislam sobre produtos tangíveis e intangíveis. A afirmativa III está correta: quanto à prestação de serviços, o CDC determina que o fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, e pode ser penalizado com a devolução do valor pago, não pagamento ou pagamento proporcional. A afirmativa IV está incorreta: além dos materiais gráficos voltados para publicidade, muitas vezes o designer é responsável também por determinar estratégias de comunicação com o cliente e divulgação de um produto ou serviço. 2. Analise as afirmativas a seguir e marque a opção incorreta acerca da ABNT e das normas técnicas que se aplicam ao design: A alternativa "C " está correta. Existem duas normas técnicas que tratam especificamente do fornecimento de serviços em design. MÓDULO 2 Formular currículos, portfólios, propostas de projeto e contratos para uma boa organização e divulgação profissional PARA QUE SERVE O CURRÍCULO? Qualquer profissional que busca sucesso na carreira e que pretende conquistar uma boa vaga de emprego deve ter um bom currículo. Com o designer, seja qual for a sua área de atuação, não poderia ser diferente. Apesar de nesse meio profissional existirem outros recursos para mostrar suas habilidades – como o portfólio, sobre o qual falaremos em breve –, é o currículo que fornece ao recrutador a primeira impressão sobre você. Por isso, é importante compreender bem a finalidade e a importância desse tipo de documento. Traçando um paralelo com a maneira como escolhemos os produtos que consumimos, podemos pensar sobre as suas embalagens. Se você se deparar com um produto com a embalagem rasgada, amassada ou mal projetada, que não tenha as informações que você precisa sobre aquilo que pretende comprar, provavelmente você não vai escolher esse produto e vai procurar um com melhor apresentação. O currículo segue a mesma lógica. Ele funciona como uma espécie de propaganda sobre você (ou como a embalagem), que vai contar suas qualidades, suas capacidades, sua experiência e sua formação para o recrutador de uma vaga de emprego. Foto: Shutterstock.com O currículo funciona como uma carta de apresentação do candidato à vaga de emprego. Simoni Aquino (2012), consultora em gestão estratégica de pessoas, lista algumas finalidades para o currículo: 1. Gerar entrevistas. 2. Comunicar seu objetivo profissional. 3. Mostrar que tem competência para exercer a função. 4. Demonstrar cuidado, atenção e organização. 5. Servir de roteiro para a entrevista. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal GERAR ENTREVISTAS Normalmente é seu currículo e não você que chega primeiro à empresa. Ele é enviado atendendo a anúncios, por meio de sites de oferta de vagas, do site da própria empresa, por e-mail ou pela sua rede de amigos e colegas de faculdade ou de trabalhos anteriores. De modo geral, você só terá a “a oportunidade de ir à empresa se o selecionadortiver o interesse de conhecê-lo melhor, por isso seu currículo deve ser atrativo e bem elaborado para que você tenha a chance de obter uma entrevista.” (AQUINO, 2012) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) COMUNICAR SEU OBJETIVO PROFISSIONAL O currículo deve fornecer ao recrutador os subsídios para que ele possa analisar a sua trajetória profissional e acadêmica e avaliar se ela é compatível com os propósitos da empresa. Por isso, ele deve apontar claramente qual é seu objetivo profissional. MOSTRAR QUE TEM COMPETÊNCIA PARA EXERCER A FUNÇÃO Você deve mostrar que está apto a preencher a vaga, apresentando sua experiência de forma clara e objetiva. Inclua no currículo as suas qualificações, realizações, cursos, concursos, e trajetória acadêmica e profissional. Mas lembre-se: é muito importante que as informações sejam totalmente verdadeiras, pois em algum momento da seleção ou depois de contratado você pode ser confrontado a respeito daquilo que está no seu currículo. Como mentir não é nada ético, a descoberta de uma mentira pode acabar com as suas chances na empresa e até prejudicar sua reputação no mercado. DEMONSTRAR CUIDADO, ATENÇÃO E ORGANIZAÇÃO “Um profissional que apresenta essas características no seu currículo demonstra que poderá ter esse mesmo respeito e cuidado ao exercer suas responsabilidades na empresa.” (AQUINO, 2012) SERVIR DE ROTEIRO PARA A ENTREVISTA Quando o currículo é bem elaborado, atrativo e objetivo, ele fornece dados para que o selecionador possa fazer perguntas sobre sua trajetória profissional, sua formação acadêmica e suas qualificações, funcionando como uma espécie de roteiro. COMO MONTAR UM CURRÍCULO Agora que você já sabe qual é a finalidade do currículo, vai aprender também como montá-lo. Todo currículo tem informações essenciais e você deve tomar alguns cuidados básicos na hora de elaborá-lo. O preenchimento começa pelos dados pessoais, que permitem ao recrutador saber quem é o candidato e traçar o seu perfil. Coloque os seus dados básicos: nome completo, idade, endereço, perfil em redes sociais profissionais (como o LinkedIn) e contatos (telefone e e-mail). No caso do currículo de designers, é importante incluir também o link do seu portfólio digital, sobre o qual falaremos em breve. Coloque também o seu objetivo para com a empresa. Procure se informar bem sobre ela e sobre a vaga, antes de definir esse objetivo. Aqui não se trata de metas pessoais ou sonhos profissionais, mas do que você almeja dentro da empresa, caso seja selecionado. Por exemplo, se você é designer gráfico e está pleiteando uma vaga em uma editora, um bom objetivo pode ser “desenvolver projetos gráficos para o mercado editorial”. A sua formação deve constar no seu currículo, mas não é necessário colocar todo o histórico escolar. Liste as suas últimas formações e aquelas relacionadas à atividade que você vai desempenhar: pós-graduação, graduação, curso técnico, cursos de extensão. Comece pela mais importante e mais recente e organize da seguinte forma: Modalidade do curso Nome do curso Instituição Local e período do curso (se já foi concluído ou previsão de conclusão) Como no exemplo a seguir: EXEMPLO Bacharelado em Design de Moda Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro Início em 2016 – conclusão em 2020 As experiências profissionais também devem ser apresentadas da mais recente para a mais antiga. Essa é uma parte muito importante do currículo e, caso você tenha realizado muitas atividades profissionais, inclua somente os trabalhos relacionados à vaga. Se você está pleiteando uma vaga como designer de interiores, talvez não precise colocar que você já trabalhou como vendedor em uma loja de roupas. Os dados que devem constar são: Nome da empresa Período de trabalho ou estágio na empresa (ou se ainda está nela) Cargo ocupado e setor Descrição das atividades realizadas EXEMPLO Universidade Estácio de Sá (fevereiro de 2019 – fevereiro 2020) Estagiário do Escritório Modelo de Design Gráfico Atividades: desenvolvimento de projetos gráficos, criação de identidades visuais, manipulação e tratamento de imagens Se você estudou alguma língua estrangeira, não se esqueça de incluir as informações sobre sua capacidade de comunicação com ela, apontando o nível (básico, intermediário, avançado, fluente) e se você fala, lê ou escreve nessa língua. E por falar em língua, cuidado com o emprego do português. Não é necessário usar uma linguagem rebuscada, mas também não é bom usar uma coloquial demais, com gírias e abreviações. Use a norma culta, mas sem exageros: utilize termos simples e frases objetivas. Sempre faça uma boa revisão de texto para evitar erros de ortografia e frases que não façam sentido. Se possível, antes de enviar o currículo, peça para alguém com bom domínio de português lê-lo para verificar se algum erro passou despercebido por você. DICA Caso você ainda não tenha experiência no mercado formal, coloque os projetos dos quais você já participou na faculdade ou desenvolveu de forma voluntária, intercâmbios, cursos de idiomas, workshops, palestras etc. Mostre, por meio de sua vivência como estudante, que você tem potencial. E capriche na descrição das habilidades e na lista das qualificações que são adequadas para a vaga. Diga se você é criativo e trabalha bem em equipe, se domina determinada tarefa porque fez um curso sobre o assunto, se é muito bom em softwares etc. O CURRÍCULO DO DESIGNER Não existem normas ou regras precisas sobre o formato do currículo. Mas, em geral, é aconselhável que ele siga um modelo mais tradicional. Isso significa que o tamanho ideal é de no máximo duas páginas A4, utilizando formatação simples e fontes básicas como Arial, Verdana e Times New Roman (tamanho 12 para o texto, e 14 ou 16 para títulos e subtítulos); quando necessária sua versão física, deve ser impresso em papel branco. No entanto, em profissões que envolvem criação, pode ser diferente. Se o currículo é a primeira impressão do empregador sobre o funcionário, não surpreende que, na seleção para vagas em design, currículos que demonstrem a capacidade criativa do candidato sejam valorizados. Fonte: Shutterstock É comum que designers usem a criatividade para criar currículos diferentes dos convencionais. RECOMENDAÇÃO Por isso, em muitas empresas, as vagas para cargos criativos permitem currículos que fujam dos padrões tradicionais. Mas, mesmo assim, é importante que ele seja claro, objetivo e sucinto e convém não exagerar. Não abuse de muitas cores, formas e fontes, pois isso pode dificultar a leitura. E é importante estar atento também ao perfil da empresa. É comum que designers sejam contratados para cargos específicos, envolvendo criação, em empresas com perfil mais tradicional. Nesse caso, pode ser mais garantido entregar um currículo mais próximo do formato padrão e deixar para mostrar seu potencial criativo no portfólio. O QUE É UM PORTFÓLIO É bastante comum que seleções para vagas em design peçam, além do currículo, um portfólio. Isso acontece porque, como já vimos, o currículo é um documento que mostra ao empregador quem é o candidato, por onde ele passou e quais são suas qualificações. Já o portfólio mostra como é o seu trabalho, seu estilo e sua qualidade técnica. Por isso, independentemente da área do design em que você pretenda atuar, é fundamental ter um bom portfólio. O portfólio pode ser definido como “uma compilação de materiais ou trabalhos desenvolvidos por um profissional (ou empresa) que demonstra suas habilidades, competências, qualificações e experiências” (PIMENTA, 2019). Além de seleções para vagas de emprego, esse tipo de documento serve também para divulgar seu trabalho, atrair clientes, fechar negócios e até para fins acadêmicos. Foto: Shutterstock.com Por meio do portfólio, você mostra para o cliente a qualidade dos seus projetos. O portfólio pode ser impresso ou digital. Se vocêachar essencial que ele seja impresso, não economize na qualidade da impressão nem do papel, pois é importante causar impacto no cliente ou entrevistador e que tenha aspecto profissional. Mesmo que você opte por imprimir, devido à ampla utilização da tecnologia, é imprescindível ter também uma versão digital. Entre as vantagens do portfólio digital estão a facilidade de compartilhamento, o baixo custo de confecção e a relativa facilidade de montagem. Atualmente, existem inclusive plataformas de portfólio online gratuitas. Algumas delas são Adobe Portfolio, Carbonmade, PortfolioBox, Cargo Collective, Koroflot e ainda o Behance e o Dribbble. Esses dois últimos funcionam também como uma espécie de rede social de profissionais criativos, que postam seus trabalhos nas plataformas e criam redes de contatos, e utilizam os projetos dos colegas como fonte de inspiração para suas próprias criações autorais. COMO FAZER UM PORTFÓLIO DE DESIGN Para montar um bom portfólio, copiar e colar seus trabalhos não é suficiente. Do mesmo modo que no currículo, não são todas as informações que interessam, não é qualquer projeto que deve fazer parte do seu portfólio. ETAPA 01 ETAPA 02 ETAPA 03 ETAPA 01 O primeiro passo é a definição do objetivo do seu portfólio. Você pode criar um para divulgar suas ilustrações, pode mostrar que você está se especializando em um tipo de projeto, pode mostrar um tipo de produto que você cria e comercializa, e pode até fazer um portfólio para demonstrar que está apto a preencher uma vaga específica ou a fechar determinado negócio com um cliente. ETAPA 02 A seguir, escolha os seus melhores trabalhos. Um portfólio deve ser objetivo e mostrar para o seu futuro cliente ou empregador o que você é capaz de fazer. Por isso “não deve parecer um diário, contendo inúmeras informações e fotos de todos os trabalhos que você já fez. É claro que, se você começou há pouco tempo, certamente terá poucos trabalhos para apresentar. Mas, se não for esse o caso, selecione os projetos dos quais você mais se orgulha.” (PIMENTA, 2019) Se você ainda não trabalhou de fato com design, pode fazer um portfólio com os seus melhores trabalhos da faculdade, com projetos pessoais e até mesmo criar projetos para incluir no documento. ETAPA 03 Outra dica é a criação de categorias para os tipos de trabalhos. Por exemplo, se você está montando um portfólio de projetos de design de interiores, você pode criar as categorias ‘projetos de ambientes comerciais’ e ‘projetos de ambientes domésticos’. Isso facilita a navegação pelo seu portfólio, do mesmo modo que o uso de um layout simples e a redação de textos claros e objetivos. PROPOSTAS DE PROJETO No mercado de design, é bastante comum que designers trabalhem como freelancers. Antes de assumir esse tipo de trabalho, em geral o designer elabora uma proposta de projeto que pode ou não ser aceita pelo cliente. Uma proposta de projeto bem elaborada e de acordo com as demandas do futuro cliente aumenta consideravelmente as chances de você conseguir fechar negócio. O primeiro passo é ter uma boa conversa com o possível cliente sobre o que ele precisa e o que pretende com o desenvolvimento do projeto. Faça uma boa pesquisa sobre o cliente: reúna informações sobre a empresa e seu porte, observe quem são seus concorrentes, os produtos ou serviços que ela oferece etc. Identificar o público-alvo para o qual se destina o projeto é fundamental para a elaboração de uma boa proposta e determinação de quais são as caraterísticas desejáveis para o projeto. Para que você possa definir os requisitos necessários para o desenvolvimento do trabalho, é indispensável entender a dimensão e a complexidade do projeto solicitado pelo cliente. Só então você listará os materiais e recursos necessários. É também a partir da definição do escopo do projeto que você vai determinar os prazos e elaborar a proposta de orçamento. O ideal é montar um cronograma com as etapas e tarefas necessárias para alcançar o objetivo final. A organização do tempo também auxilia na definição do preço do seu trabalho. Afinal, trabalhos complexos que requerem mais tempo são mais caros; já os mais simples e mais rápidos são mais baratos. ATIVIDADE DE REFLEXÃO COMPLETAR FRASES despesas hora materiais orçamento porte prazo projeto recursos O orçamento deve considerar o da empresa e o impacto do no mercado em que ela atua, além da dimensão do projeto e do desejado pelo cliente para sua elaboração. Contabilize também todos os tipos de que você possa ter com e . Além disso, calcule a sua de trabalho e a quantidade de horas e dias que serão necessários para a finalização do projeto. Se possível, mostre para o cliente como foi feito o cálculo do , pois isso estabelece uma relação baseada em transparência e confiança, bem como demonstra que você é um profissional organizado. Caso o cliente queira contratar o seu trabalho, naturalmente você vai precisar aprofundar as pesquisas e ampliar as informações que foram coletadas para a proposta, mas, a partir delas, você já terá um bom briefing para o início do projeto. CONTRATOS DE TRABALHO Uma vez aceita a sua proposta de projeto, é importante que os pontos acordados para a realização do trabalho sejam documentados. A melhor forma de fazer isso é firmando com o seu cliente um contrato de prestação de serviços. Um contrato é, por definição, “um acordo de vontades firmado por duas ou mais pessoas”. Existem variados tipos de contratos: eles podem ser unilaterais, em que uma parte é credora e outra devedora; podem ser bilaterais, quando tanto contratante como contratado têm responsabilidades um com o outro; ou plurilaterais, que envolvem mais de duas partes (IDEC, 2011). Foto: Shutterstock.com Um contrato é um acordo entre duas ou mais partes, que podem ser pessoas físicas ou empresas. Os contratos nem sempre são firmados por escrito, já que “a compra de um produto, seja ele uma caixa de fósforo ou uma bala, constitui um contrato; no caso, um contrato de compra e venda. Quando você entra em um ônibus e paga a passagem, você está realizando um contrato de transporte.” (IDEC, 2011) TEORIA NA PRÁTICA No entanto, quando o negócio ou transação envolve um interesse maior, como é o caso dos contratos de trabalho, o que é mais recomendado? RESOLUÇÃO É recomendado adotar a forma escrita, pois ela traz segurança às partes, já que é por meio desse instrumento que são estabelecidos os deveres e as obrigações de cada um dos envolvidos. Como vimos, o designer é um prestador de serviços que oferece a sua capacidade de projetar algo que vai resultar em um produto tangível ou não. Por isso, no caso do trabalho do designer, firma-se um contrato de prestação de serviços. Esse tipo de contrato estabelece as responsabilidades e o nível de comprometimento do prestador – o designer – em relação ao contratante – o cliente. Ele também determina as obrigações e os direitos do cliente; os procedimentos no caso de uma das partes ser prejudicada de alguma maneira; e as garantias de que o trabalho será entregue de acordo com o prometido durante a negociação. O contrato de prestação de serviços, portanto, “determina que o contratante receba aquilo pelo que pagou e que o prestador de serviços cumpra com aquilo que fora prometido.” (SOUZA, 2019) COMENTÁRIO Em outras palavras: o contrato de prestação de serviço fornece proteção para os envolvidos no acordo de trabalho e assegura que o projeto vai transcorrer da maneira como foi planejado. Isso porque ele garante que o contratante vai receber o combinado e que o designer vai receber o pagamento previamente acordado. Caso isso não aconteça, o contrato fornece respaldo jurídico para que a parte prejudicada busque a justiça para reparação. COMO ELABORAR UM CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Para que um contrato de prestação de serviços tenha validade e possa oferecer a proteção necessária aos envolvidos no projeto, ele precisa conter algunselementos fundamentais. O primeiro deles é a identificação das partes, que consiste na definição do contratante e do contratado. É importante conferir bem os dados, pois enganos – como divergência na numeração do documento de identificação ou erros de digitação – podem complicar bastante o processo, caso seja necessário envolver a justiça. As seguintes informações são requeridas de ambas as partes: nome completo; número do RG e do CPF, nacionalidade, estado civil, profissão e endereço. O próximo passo – a definição do objeto do contrato, que é o próprio serviço a ser prestado – é muito importante: “NESSE MOMENTO É NECESSÁRIO ESCLARECER E DETALHAR TUDO O QUE ENGLOBA O SERVIÇO. QUANTO MAIS DETALHADA ESSA PARTE FOR, MAIS FÁCIL SE TORNA ALINHAR AS EXPECTATIVAS E MAIS SEGURO O CONTRATO PASSA A SER DE MANEIRA GERAL. É NECESSÁRIO ESTABELECER, POR EXEMPLO, QUAIS SERÃO AS ETAPAS NECESSÁRIAS PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO EM QUESTÃO E QUAL É A ESTRUTURA REQUERIDA PARA QUE TUDO POSSA SER FEITO.” (SOUZA, 2019) Caso seja uma prestação de maior duração, deve-se estabelecer quais as atividades a serem desempenhadas de maneira contínua e por qual período. Também devem ser estabelecidas as obrigações do contratado, ou seja, tudo aquilo que o prestador de serviço, no caso o designer, comprometa-se a fazer. Nesse tópico, podem constar quantidades, prazos de entrega, resultados, alterações que podem ser solicitadas etc. Do mesmo modo, devem ser especificadas as obrigações do contratante, já que ele: “TAMBÉM PRECISA SE COMPROMETER EM SEGUIR UMA SÉRIE DE AÇÕES. A DEFINIÇÃO DESSAS OBRIGAÇÕES É NECESSÁRIA PORQUE MUITAS VEZES O CONTRATADO PRECISA TER A SEU DISPOR CERTA ESTRUTURA PARA CONSEGUIR DESEMPENHAR SUAS FUNÇÕES E É OBRIGAÇÃO DO CONTRATANTE GARANTIR QUE ESSA ESTRUTURA SEJA DISPONIBILIZADA ADEQUADAMENTE. ALÉM DISSO, AS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE TAMBÉM TRATAM DO PAGAMENTO ADEQUADO E EM DIA, ALÉM DO FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A REALIZAÇÃO DO SERVIÇO ADEQUADO.” (SOUZA, 2019) No contrato devem constar também as informações sobre preços, condições de pagamento e prazos. O preço deve ser calculado levando em consideração a complexidade do projeto. E as condições de pagamento dizem respeito a parcelamento, se o pagamento será feito antes ou depois do fim do projeto etc. Já o prazo “determina por quanto tempo o contrato é válido e deve estar de acordo com a complexidade do serviço a ser prestado” porque “a vigência depende fortemente do prazo de entrega do serviço que fora estabelecido pela parte contratada.” (SOUZA, 2019) Finalmente, mas não menos importante, são estabelecidas as condições que determinam o descumprimento de contrato, sua rescisão ou pagamento de multa. Caso o cliente não forneça as condições necessárias para o desenvolvimento do trabalho, caso ele pague com atraso, ou a entrega do serviço pelo designer esteja aquém da qualidade esperada, há descumprimento do contrato. O documento deve descrever as medidas a serem tomadas para que a outra parte não saia no prejuízo. A rescisão ocorre quando um dos envolvidos deseja encerrar o contrato antes da conclusão, e pode ser estabelecida uma multa para essa situação. É preciso lembrar que o contrato não é só uma formalidade ou uma burocracia incômoda. Ele é um dispositivo legal que protege tanto o seu cliente quanto você, que é contratado para fornecer seus serviços como designer. O especialista Hely Júnior fala sobre proposta de projeto e a sua relação com o briefing inicial de projeto: VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ESTUDAMOS QUE UM BOM CURRÍCULO DEVE SER CLARO E OBJETIVO. CONSIDERANDO O QUE FOI DEBATIDO SOBRE O TEMA, ANALISE AS AFIRMATIVAS E A RELAÇÃO PROPOSTA ENTRE ELAS: I. APESAR DE O DESIGN SER UMA ATIVIDADE CRIATIVA, OS CURRÍCULOS DE DESIGNERS DEVEM SEGUIR O MODELO TRADICIONAL. II. EM SELEÇÕES PARA VAGAS DE EMPREGO, NÃO HÁ ABERTURA PARA O CANDIDATO MOSTRAR SEU POTENCIAL CRIATIVO. A RESPEITO DESSAS ASSERÇÕES, ASSINALE A OPÇÃO CORRETA: A) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas. 2. ANALISE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR SOBRE PORTFÓLIOS: I. É DESEJÁVEL QUE OS DESIGNERS ELABOREM PORTFÓLIOS, MAS ELES NÃO SÃO INDISPENSÁVEIS. II. O PORTFÓLIO É UM COMPILADO DOS MELHORES TRABALHOS FEITOS POR UM PROFISSIONAL. III. O PORTFÓLIO DEVE SER IMPRESSO EM ALTA QUALIDADE. IV. O PORTFÓLIO DIGITAL É MENOS IMPORTANTE DO QUE O IMPRESSO. É CORRETO O QUE SE AFIRMA EM: A) I e IV, apenas. B) II e III, apenas. C) I, II e III, apenas. D) II, III e IV, apenas. E) I, II, III e IV. GABARITO 1. Estudamos que um bom currículo deve ser claro e objetivo. Considerando o que foi debatido sobre o tema, analise as afirmativas e a relação proposta entre elas: I. Apesar de o design ser uma atividade criativa, os currículos de designers devem seguir o modelo tradicional. II. Em seleções para vagas de emprego, não há abertura para o candidato mostrar seu potencial criativo. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: A alternativa "E " está correta. Em muitas empresas, as vagas para cargos criativos permitem currículos que fogem dos padrões tradicionais. Por isso, é comum que currículos de designers sejam elaborados de forma mais livre. 2. Analise as afirmativas a seguir sobre portfólios: I. É desejável que os designers elaborem portfólios, mas eles não são indispensáveis. II. O portfólio é um compilado dos melhores trabalhos feitos por um profissional. III. O portfólio deve ser impresso em alta qualidade. IV. O portfólio digital é menos importante do que o impresso. É correto o que se afirma em: A alternativa "B " está correta. A afirmativa I é incorreta: é fundamental que o designer tenha um bom portfólio porque esse material mostra como é feito seu trabalho e qual é seu estilo. A afirmativa II é correta: apenas os melhores trabalhos desenvolvidos pelo designer devem entrar no portfólio. A afirmativa III é correta: caso se opte por imprimir o portfólio, não se deve economizar na qualidade da impressão nem do papel para causar impacto no cliente ou entrevistador e dar um aspecto profissional ao documento. A afirmativa IV é incorreta: atualmente, graças à ampla utilização da tecnologia, é imprescindível que o designer elabore uma versão digital do portfólio. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Conhecemos o mercado de trabalho em design e as diversas áreas de atuação profissional. Como vimos, o designer deve considerar, na sua prática projetual, as leis estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor e as normas técnicas propostas pela ABNT. Aprendemos os aspectos fundamentais à elaboração de um bom currículo profissional e um bom portfólio para divulgar as qualidades do designer e criar oportunidades de trabalho. Além disso, estudamos como montar uma boa proposta de projeto e um contrato de prestação de serviço que proteja legalmente o designer e o cliente. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DESIGNERS DE INTERIORES. ABD. Normas. Consultado em meio eletrônico em: 4 jan. 2021. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. Normalização. In. ABNT, s.d. Consultado em meio eletrônico em: 4 jan. 2021. ABNT CATÁLOGO. ABNT NBR NM ISO 3758:2013 In. ABNT Catálogo. Publicado em: 11 mar. 2013. ABNT CATÁLOGO. ABNT NBR 14869 1:2012. In. ABNT Catálogo. Publicado em: 5 set. 2012. AQUINO, S. Qual a finalidade de um currículo. In. Administradores.com. Publicado em: 5 ago. 2012. BRASIL. Casa Civil. Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Publicado em: 11 set. 1990. BRAGA, K. Os desafios para o designer no mercado de trabalho. In. Jornal daUniversidade. Porto Alegre: UFRGS. Publicado em: 30 set. 2019. IDEC. Entenda a definição de contrato. In. IDEC. Publicado em: 2 mai. 2011. MINISTÉRIO DA ECONOMIA. O Programa Brasileiro de Design (PBD). Publicado em: 28 jan. 2016. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA. A defesa do consumidor no Brasil. Consultado em meio eletrônico em: 5 jan. 2021. PIMENTA, M. O que é portfólio? Guia completo sobre como fazer e exemplos para criar um portfólio impecável. In. Rockcontent. Publicado em: 10 set. 2019. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. SEBRAE. Conheça as normas de serviços de design da ABNT. Publicado em: 20 jun. 2017. SOUZA, I. de. Saiba o que deve ter em um contrato de prestação de serviços. In. Rockcontent. Publicado em: 10 ago. 2019. EXPLORE+ Conheça mais sobre a formulação das normas de design da ABNT no vídeo Normas de Design / ABNT, com Gabriel Patrocínio, diretor da ADP Brasil (Associação dos Designers de Produto), disponível no YouTube. Estude mais sobre criação de portfólio assistindo ao vídeo Designer iniciante: como criar um portfólio (e sem clientes), no canal do designer Ton Rangel, no YouTube. CONTEUDISTA João Dalla Rosa Júnior CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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