Buscar

Desafios na Formação de Professores

Prévia do material em texto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS - CAMPUS MANAUS CENTRO
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE EDUCAÇÃO BÁSICA E FORMAÇAO DE PROFESSORES
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA
Disciplina: Didática Geral 
Profa. Dra. Maria Rutimar
Aluna: Carla Monique LF4V
FORMAÇÃO DE PROFESSORES: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
A questão Formação de Professores sempre foi um tema complexo com frequente discussões na comunidade acadêmica, atualmente, estes debates vêm crescendo nacionalmente no contexto sociopolítico, explanados pelas mídias e especialistas da comunidade.
Devido as recentes mudanças na Legislação Educacional terem sido elaboradas e aprovadas sem o conhecimento da comunidade e especialistas da área, tornou-se necessário um novo olhar para o processo de formação dos docentes. Para isto é necessário entender o contexto educacional e suas diretrizes nos seus desafios e perspectivas.
Atualmente, o Brasil vive sob a forte influência do “ultra neoliberalismo”, onde o Estado favorece por meio de políticas os interesses privados na área da educação, os privatistas têm um espaço enorme com direitos à recursos públicos para as suas atividades financistas, transformando a educação em uma mercadoria, ou seja, a educação pública, gratuita, laica e de qualidade tem se tornado um grande mercado de negociações, contrariando o direito da educação que é um direto constitucional de todos. 
Nesse cenário, esses financistas são uma ameaça as conquistas do sistema educacional, porque na concepção deles os professores são os grandes culpados pelos resultados precários da educação básica, segundos eles os alunos saem da escola sem saber porque as universidades só trabalharam teoria na formação de professores, como se aprender a ser professor na universidade fosse uma coisa desnecessária e junto com esse ataque, que é um ataque ideológico, esses grupos privatistas entram no setor educacional e põem uma perspectiva no Estado de diminuição dos gastos com a educação e consequentemente cortando o salário dos professores, cortando a carreira dos professores, transformando os professores em empregados por hora a aula sem direitos nenhum, sem espaço de valorização, vistos como meros reprodutores de conhecimentos, invalidando todas as conquistas alcançadas ao longo dos anos.
Para (Demo 2004, p.36), “professor não é quem ensina, mas o eterno aprendiz, aquele que aprende melhor, está à frente dos outros neste desafio, ou que faz disso sua própria profissão; cabe ao professor o direito de estudar durante o trabalho, porque é trabalho: quem não estuda não tem aula para dar; quem não reconstrói conhecimento, só pode repassar a sucata disponível; para que o aluno bem aprenda, é mister que conviva com professor que aprende bem”. Assim, é possível observar um retrocesso nas perspectivas educacionais eficientes e fortes tendências tecnicistas do passado, principalmente nos cursos de licenciatura, que têm como objetivo ensinar a ensinar e não apenas a reproduzir, tendo em vista extensos debates sobre as atuais políticas educacionais levando em consideração o nosso contexto histórico-social da sociedade estruturada na divisão de classes sociais com interesses distintos e antagônicos.
Nas universidades, os desafios na formação dos cursos de licenciaturas, é a própria, as universidades fazem a separação das áreas de conhecimento então você tem de um lado o poder de algumas áreas que foram se desenvolvendo junto com o desenvolvimento do capitalismo, as áreas das ciências exatas por exemplo que foram muito fortes para a construção da indústria e do desenvolvimento industrial. Então essas áreas, elas acabam habitando o âmbito da universidade como disciplinas fragmentadas e que no caso da formação de professores isso acaba tendo impactos enormes, pois se a universidade vai formar um professor de física, esse indivíduo precisa saber física e consequentemente saber ensinar física. Portanto o individuo precisa aprender a ensinar física, então esse é um dos principais desafios da universidade, essa estrutura universitária que resisti numa política reprodutora e dentro dela os cursos de licenciatura reproduzindo essa segregação dos saberes em disciplinas rígidas e distanciadas em dois blocos, na área de humanas e áreas de exatas, nesta perspectiva é preciso de ter um lugar próprio de formação em licenciatura, em que apenas professores conscientes e que querem formar professores estejam nesse espaço com projetos políticos pedagógicos próprios que seja claro e definido para formar professores para a educação básica de qualidade, portanto superando essa ruptura dos saberes educacionais e pedagógicos. 
Com isso questionar os modelos de formação que inviabilizam a articulação entre teoria e pratica, revisando os princípios que reforçam a docência com aplicação de modelos.
Reforçar a didática cuja essência seja partida na formação e fortalecer a escola pública, gratuita e de qualidade, a escola pública como referência da formação, que tenha desde o princípio da formação as escolas públicas como objeto do estágio, e o estágio para a formação teórico-prática ao longo do desenvolvimento do indivíduo dentro do curso de licenciatura, pois com isso desenvolvemos a pesquisa pois o indivíduo precisa conhecer e identificar os condicionantes da escola. E por fim fortalecer que a principal atividade do professor é o ensino.
REFERENCIAIS 
Sembio 2022 - SEMANA DE BIOLOGIA IFAM – CMC http://www2.ifam.edu.br/campus/cmc
DEMO, Pedro. Universidade, aprendizagem e avaliação: horizontes reconstrutivos. Porto Alegre: Mediação, 2004.

Continue navegando