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UNIVERSIDADE pitágoras UNOPAR 
segunda licenciatura Em HISTÓRIA
CÉLIA DUARTE MOREIRA
AS VÁRIAS FORMAS DE TRABALHO: ESCRAVA, SERVIL E ASSALARIADA
Itapetinga - BA
2022
CÉLIA DUARTE MOREIRA
AS VÁRIAS FORMAS DE TRABALHO: ESCRAVA, SERVIL E ASSALARIADA
Itapetinga - BA
2022
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar Individual – PTI, como requisito parcial para obtenção da média semestral nas disciplinas: História Antiga, História Medieval, História Moderna, História do Brasil, História da América e Práticas Pedagógicas: Gestão da Aprendizagem.
 
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo a produção textual interdisciplinar individual, que tem como temática: “As várias formas de trabalho: escrava, servil e assalariada”, onde se busca construir, refletir e articular conhecimentos teóricos sobre as diversas formas da concepção de trabalho construído ao longo da história das sociedades ocidentais. Tendo como enfoque os diferentes conceitos de escravidão construídos historicamente referente a antiguidade e Idade Moderna. Como também, a elaboração de uma proposta didática pedagógica de um plano de aula com o conteúdo/tema “ As várias formas de trabalho: escrava, servil e assalariada”, que possa ser utilizado no primeiro ano do ensino médio. 
Para tanto, se fez necessário uma pesquisa sobre a temática, através da leitura de trechos de texto de TOMAZI (2010), do livro Sociologia para o Ensino Médio; leitura de verbetes escravidão, servidão e trabalho, presentes no Dicionário de Conceitos Históricos (2009); leitura do artigo Escravidão antiga e moderna (1998).
Através dos estudos realizados foi construído o desenvolvimento do trabalho com a construção do texto pela apropriação do conhecimento sobre a construção da concepção do trabalho e suas várias formas ao longo dos períodos histórico e através das representações de cenas do cotidiano, como: pintura, quadros, fotografias, imagens, foi possível uma ideia das realidades existentes nestes contextos históricos. 
2. DESENVOLVIMENTO
Segundo Silva e Silva (2009), o conceito de trabalho mudar no decorrer da história. De forma mais comum, se tem como trabalho toda ação de transformação da matéria natural em cultura, ou seja, toda transformação realiza pela ação do homem. A depender da cultura o trabalho tem significado diferenciado, o que pode ser trabalho em uma cultura pode não ser em outra.
Os filósofos tinham o trabalho como algo que se associa ao esforço para se atingir um fim, esforço esse físico e espiritual. O ocidente diferenciou o trabalho em braçal e o intelectual, sendo o intelectual considerando, em diferentes período históricos, superior ao do braçal. A filósofa Suzana Albornoz, considera essa distinção é em si mesma preconceituosa, pois, o trabalhador que executa tarefas manuais não deixa nunca de usar a criatividade e outras exigências do trabalho considerado intelectual. O trabalho é tanto o esforço quanto o resultado desse esforço.
 A sociedade contemporânea entende o trabalho como uma categoria única, um tipo unificado de conduta, uma atividade regulamentada que visa a produzir valores úteis ao grupo. 
Na Antiguidade, por outro lado, cada tarefa se definia a partir de seu produto particular, e não havia uma percepção geral de que toda a produção de alguma coisa era um esforço humano criador de valor social. Assim, na Grécia antiga não existia o trabalho como função humana que abarca todas as atividades.
	A escravidão ao longo da história tem se apresentado com características mais ou menos universais, porém seus significados variaram ao longo do tempo histórico. Seu conceito tem que se fundamentar em sua própria historicidade, ou seja, nas diferentes formas que assumiu e nos significados que cada sociedade e época lhe atribuíram. 
Conforme sustenta Adonia Antunes Prado (2005,on-line) “A condição do trabalhador escravizado é a de alguém que não pode decidir por si próprio, não é sujeito de direitos e é tratado como mercadoria.”, ou seja, é a prática social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre outro denominado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força
Desde o Egito antigo, passando pela Babilônia, Assíria, Grécia, Roma, Itália, China, parte da Europa Medieval, as sociedades escravagistas elaboraram arcabouço jurídico para definir o escravo como coisa. Apesar disso, a escravidão e a identidade do escravo não pose ser definida somente pelo aspecto jurídico. Os juristas romanos, reconheceram, que o escravo era tanto uma coisa como uma pessoa.
Os gregos antigos foram os primeiros a atribuir um conceito mais racional e jurídico a escravidão, e, em vez de usarem estigmas físicos e tatuagem, definiram o escravo, ou doulos, com maior precisão legal. O doulo pertencia a um grupo à parte, seria um “tipo de propriedade com alma”. Os romanos seguia a mesma ideia dos gregos, porém, os egípcios e os árabes percebiam mais a distinção racial. A escravidão moderna, das Nações Ibérica, em seus impérios coloniais na América, teve como base a questão racial e a cor negra foi associada a escravidão.
Segundo o artigo IV da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.”. Segundo a ONU Brasil (2018), Grandes progressos foram alcançados nos últimos 70 anos desde a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e nos 150 anos desde que economias inteiras eram baseadas na posse de seres humanos e líderes religiosos encontravam inspiração divina para o sistema opressor. Ainda assim, práticas semelhantes à escravidão e ao tráfico de pessoas continuam sendo uma realidade de nossos tempos. Hoje em dia tem pelo menos 27 milhões escravos no mundo. Quando falamos de trabalho escravo, a imagem que temos é de uma lembrança do passado, mas escravidão permanece até os dias de hoje, não apenas nos países pobres como nos desenvolvidos, em sua forma contemporânea apresentam-se nas mais diversas formas: da prostituição infantil ao tráfico de órgãos, do tráfico internacional de mulheres à exploração de imigrantes ilegais e à servidão por dívida, produto da desigualdade e da impunidade, ela é uma grave doença social.
A servidão foi o tipo de relação social predominante na Idade Média, estabelecida na estratificação social durante o período do Feudalismo, entre os servos e o senhores medievais, essa forma de relação social era caracterizada, pelos laços de dependência mútua: ao servo, o senhor devia proteção, ao senhor o servo devia obediência, trabalho e tributos. Essa ordem social, assim fixada, era aprovada pela ideologia católica então vigente, que dividia a sociedade em três ordens: os que oravam pela salvação de todos; os que lutavam para a proteção do povo; e os que trabalhavam para alimentar os homens da religião e os da guerra. Cabia aos trabalhadores, camponeses em condição de servidão, a manutenção das duas primeiras ordens, que por eles oravam e guerreavam, em troca da proteção espiritual e terrena recebidas. A condição do servo era muito próxima da do escravo em termos de status e tipo de trabalho, escravidão e servidão coexistiram e se sobrepuseram na Idade Média, até mesmo os juristas medievais frequentemente confundiam as duas condições, traduzindoas palavras servitus e servus, do Código de Justiniano, como servidão e servo, ou seja, igualando o servo à condição do escravo (que em latim era designado pelo termo servus).
Ao contrário do que parece, a servidão não é um tipo de relação social que substitui a escravidão, em outras palavras, a humanidade não progrediu do trabalho escravo (Antiguidade) à servidão (Idade Média), e da servidão ao trabalho livre (característico do período de formação e consolidação da sociedade burguesa, nas Eras Moderna e Contemporânea). 
Na Idade Contemporânea, basicamente dois fatores finalizarão a escravidão e a servidão e tornarão o trabalho assalariado o protagonista das relações de produção:
Revolução Industrial: com base na mão de obra livre decorrente do cercamento dos campos ingleses e a acumulação de capital nas mãos da nascente burguesia daquele país, criou a chamada classe operária (ou proletariado) e aumentou a produção. Expandiu-se no século XIX a outros países e fez com que países industrializados, como a Inglaterra, incentivassem a abolição da escravidão para a ampliação dos mercados consumidores e de mão de obra; Revoluções burguesas: revoluções como a Americana e a Francesa foram impulsionadas pelo iluminismo, que era contrário à escravidão.(Wikipédia, 2022)
O trabalho assalariado no sistema capitalista se resume na venda da força de trabalho do trabalhador em troca de uma remuneração para que possa obter seu sustento. O trabalho assalariado começou a surgir a partir da revolução industrial europeia. Karl Marx é um dos maiores teóricos que pesquisou e escreveu sobre as relações do trabalho nas sociedades. Para Marx, existe uma diferença histórica nas relações de produção capitalistas e nas relações de produção pré-capitalistas, sendo que a primeira se caracteriza pela impessoalidade do trabalhador com o que produz, enquanto que na segunda o produto do trabalho estava intimamente associado ao trabalhador. Essa diferença, segundo Marx, é a que rege as relações de trabalho dentro de uma sociedade capitalista, na qual o trabalhador que não dispõem dos meios de produção para produzir o que necessita para sobreviver passa a vender a única “mercadoria” que tem: sua força de trabalho.
3. CONCLUSÃO
O presente trabalho proporcionou a pesquisa de diversas fontes de leituras sobre o trabalho escravo, servil e assalariado, que possibilitou o conhecimento da concepção do trabalho e suas várias formas, em cada período histórico, desde o período da antiguidade, medieval, moderno e atual período contemporâneo.
O trabalho se apresenta em vários contextos históricos, tendo conceitos distintos a depender de cada cultura, servindo aos interesses das organizações sócias e econômicas existentes.
Sendo o trabalho a principal fonte de organização, manutenção e desenvolvimento das organizações sociais, nele se retrata as diversas relações afetivas, sociais, econômicas e familiares entre os seus indivíduos e seus valores instituídos, seja na forma do trabalho escravo, servil e assalariado.
PLANO DE AULA 
1. Série/Ano: 1º ano do Ensino Médio 
2. Tema: Açúcar e escravidão no Brasil Colonial.
3. Objetivo geral: 
Compreender o contexto histórico na Europa nos séculos XV e XVI, o processo da colonização do Brasil, a utilização do trabalho de povos originários africanos e afro-brasileiros.na organização social, cultural e econômica do Brasil.
4. Objetivos específicos: 
 
· Refletir sobre a utilização da mão de obra escrava no Brasil colônia 
· Compreender a inserção da escravidão brasileira no comércio atlântico.
· Contextualizar e compreender as diferentes correntes migratórias que influenciaram na formação do Brasil;
· Discutir o conceito da escravidão moderna e suas distinções em relação ao escravismo antigo e a servidão medieval;
· Problematizar as formas de trabalho semelhante à escravidão na atualidade;
5. Número de aulas: 04 
 
6. Metodologia: 
1. Aula expositiva interativa, com exposição da temática e verificação do conhecimento prévio dos alunos; 
2. Projeção de vídeos: História do Brasil - Brasil Colônia: Escravidão - violência e resistência; História do Brasil - Brasil Colônia: cultura e sociedade do açúcar.
 3. Após a projeção do vídeo se fará a discursão através de comentários sobre o que foi compreendido do processo histórico da colonização e o trabalho escravo desenvolvido pelos povos africanos e dos povos afro-brasileiros e seu legado na organização social, cultural e econômico do Brasil 
4. Após discursão, atividade de classe com leitura do texto do livro didático e resposta do questionário.
5. Após a conclusão da atividade de classe, correção individual e coletiva explicativa de cada questão.
7. Recursos: Os recursos didáticos: sala de multimeios, Datashow, livro didático, mapas, vídeo do youtube, caderno, lápis, caneta.
8. Avaliação: Os alunos serão avaliados de forma qualitativa e quantitativa. A avaliação qualitativa se na pontualidade, assiduidade, comportamentos durante as aulas em relação ao conteúdo didático, em relação ao professor e aos demais colegas, reponsabilidade quanto a trabalho proposto. O quantitativo pela correção do questionário da atividade de classe. Serão atribuída nota que varia de 0 a 10. 
9. Referências: 
AZEVEDO, Gislane; SERIACOP, Reinaldo. História: passado e presente. 1 ed. V. 1, São Paulo: Ática, 2016.
 
Democracia e Mundo do Trabalho em Debate. Disponível em: Artigo 4: Ninguém será mantido em escravidão ou servidão – DMT – Democracia e Mundo do Trabalho em Debate (dmtemdebate.com.br). Acesso: 29 out 2022.
História do Brasil - Brasil Colônia: cultura e sociedade do açúcar. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HA8TBXLX14I>. Acesso em: 29 out 2022.
História do Brasil - Brasil Colônia: Escravidão - violência e resistência - YouTube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PSkXk7eBK0&t=6s. Acesso em: 29 out 2022.
Mundo Educação (uol.com.br ). Trabalho. O trabalho assalariado . Disponível: https://mundoeducação.uol.com.br/sociologia/trabalho.htm.ACESSO EM: 29 OUT 2022.
ONU Brasil. As Nações Unidas no Brasil. Disponível em: https://brasil.un.org. Acesso: 29 out 20022.
PRADO, Adonia Antunes. Trabalho escravo hoje. Disponível em: Anamatra - Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho - Trabalho escravo hoje. Acesso: 29 out 2022.
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceito histórico. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2009.
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o Ensino Médio. 2 ed. São Paulo:Saraiva, 2010. P. 39-41.
Wikipédia. Trabalho assalariado – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org). Disponível em: https://pt.wikipédia.org/wiki/trabalho_assalariado. Acesso em: 20 out 2022.

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