Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Modulação Digital Não se esquecendo das relações entre as premissas e requisitos com as limitações entre: Qualidade (em digital, atrelada à taxa de bits, R, em bps) Banda (largura do canal ocupada, faixa de freqüência, BW ou B, em Hz) Robustez (sensibilidade do receptor: qual o nível minimo de relação C/N para permitir a correta demodulação e decodificação do sinal) Precisa estar muito claro que, fixados um ou dois dos tópicos acima, os demais (segundo e terceiro, ou terceiro) tópico(s) é (são) resultado(s) da definição feita. Exemplo: quero taxa elevada (R grande), ocupando pequena largura de canal (B ou BW pequeno): o sistema vai ser pouco robusto, necessitará um bom sinal C/N na entrada do demodulador (C/N min do rx é elevado) E assim tente outras combinações de requisitos e conseqüências. Mais sobre isto? No livro do Lathi, introdução! Modulação Digital: Já falado o que é, reveja conceitos apresentados nas aulas anteriores. ))(.cos(.. 321 ++= kwtkAkep Um sinal analógico, senoidal no tempo, tem amplitude instantânea de acordo com a fórmula acima. A modulação pode ser em amplitude (ASK, de acordo com k1), em fase (PSK, de acordo com k3) ou em freqüência (FSK, alterando-se k2). Pode, ainda, ser uma composição, como, por exemplo, alteração em amplitude e fase (QAM). Ordem de modulação M: O sinal modulante é digital, ou seja, um trem de pulsos no tempo. Estudamos apenas o caso binário. Mas, quem modula a portadora não são os bits, mas os símbolos formados pelos agrupamentos dos bits. Por exemplo, podemos usar símbolos formados por um único dígito. Neste caso, um bit 0 ou um bit 1. Assim, o símbolo e o bit têm ambos uma unidade. Podemos ter símbolos agrupados de dois em dois dígitos. Assim, teremos os símbolos 00, 01, 10 e 11. Símbolos de três dígitos serão 000, 001, 010,... oito opções até a 111. A ordem da modulação M é o número de símbolos que dispomos para modular a portadora. Para símbolos singelos, de um bit, M=2 (0 ou 1); Para símbolos de dois bits, M = 4 (00, 01, 11, 10); para símbolos de 6 bits, M = 64 ( 2^M, certo?) Modulação M-ASK a) Modulação 2-ASK: por exemplo: k1 = 100%, ou 1, se símbolo for o bit 1 e k1 = 0 se símbolo for o bit 0; b) Modulação 4-ASK: por exemplo: k1 = 100% se símbolo for 11, 67% se símbolo for 10, 33% se símbolo for 01 e 0% se símbolo for 00. Modulação M-FSK: Valores de k2 diferentes para representar os diferentes símbolos. Cada símbolo alterará a freqüência da portadora. Modulação M-PSK: a) exemplo, modulação 2-PSK (ou B-PSK): fase 0, com teta=0 e k3 = 0 para representar o símbolo bit 0, e fase 180 graus (com teta = 0 e k3 = PI) para representar o bit ou símbolo 1; b) exemplo: modulação 4-PSK (ou Q-PSK): fase 0, k3 = 0 para símbolo 00, fase 90 graus, k3 = PI/2 para símbolo 01, k3 = 180 graus (k3 = pi) para símbolo 10 e k3 = 3pi/2 para símbolo 11 Exemplo de 4-PSK (ou Q-PSK): 4 Modulação M-QAM: neste caso, para cada símbolo, há um par de k1-k3 para representá-lo. É comum para ordens mais elevadas. Observe que no PSK os vetores tem comprimento (amplitude) constante, só muda a fase; já no caso QAM há variedade de amplitudes e de fases. Comparações PSK e QAM Importante: Segue uma constatação, para entender bem o que já falamos a respeito da relação entre as três palavras-chave. Se não ficou claro, continue a estudar, procure nos livros ou peça auxílio ao professor! Resumo do que temos insistido nas aulas: “Quanto mais alta a ordem da modulação, mais parecidas são as características instantâneas da portadora entre si. Portanto, mais difícil é reconhecer estas características exclusivas, que representam exclusivos símbolos. Assim, quanto mais alta a ordem, mais limpo precisa ser o sinal recebido pelo demodulador, ou seja, o sistema fica menos robusto: exige um C/N minimo mais elevado.” Fórmulas importantes: R B x N C N Eb = 0 e M R BBW 2log == Entenda que o demodulador recebe sinal modulado (geralmente na faixa de RF) e entrega sinal demodulado, banda-base, ou, neste caso, fluxo de bits. Assim, teremos um bom sinal se Eb/No for elevado. Cada tipo de modulação exige um Eb/No min, que dá para entender também como a robustez do sistema. Observe que, quanto maior o M ( mais bits/símbolo), menor a largura de faixa ocupada, conforme fórmula da direita. Observe também que, quanto maior a taxa e menor a banda, mantendo-se a relação C/N, menor fica o nível Eb/No entregue: portanto, menos robusto fica o sistema! E assim faça outras observações. Faltou ver o que é a figura de mérito chamada MER: MER mede a razão de erro de símbolo. Dado que se espera o recebimento de um certo símbolo, com sua amplitude, fase ou freqüência conhecidas, mas que invariavelmente se recebe um sinal diferente, a MER indica a diferença entre o símbolo esperado e o recebido. Vamos falar em modulação M-PSK e M-QAM: Um símbolo forma uma posição esperada, e, no gráfico de constelação, pode-se representá-lo por um vetor (amplitude e fase); O sinal recebido e decodificado é outra posição, formando outro vetor, o vetor recebido. EVM é o vetor erro, ou seja, a subtração dos dois vetores. A MER é uma formulação matemática com o EVM. Dá a idéia do tamanho deste vetor erro. No entanto, foi pensado da seguinte forma: quanto menor o erro, quanto mais próximo ao vetor esperado é o vetor recebido, maior o número da MER. Assim, uma MER elevada é sinal de recebimento de sinal bom, com poucos erros. Desta forma, C/N e MER são diretamente proporcionais: quanto maior a relação C/N recebida, maior será a MER, e vice-versa. Quanto maior a MER, mais fino é o ponto, ou seja, as várias vezes em que é amostrado ele está mais próximo do centro, ou da posição esperada, mais “em foco”. Vetor esperado Vetor erro Vetor recebido Símbolo recebido Símbolo esperado Veja neste gráfico a questão da robustez: para uma mesma taxa de erro de bit (BER), por exemplo, 1E-3: consegue-se esta taxa de erro (BER) para um nível de C/N recebido de 8 dB se for QPSK, ou precisa um sinal bem mais limpo, C/N de 20 dB se for modulação 64 QAM; em compensação, na mesma largura de canal (banda, BW), a modulação menos robusta leva muito mais informação (ou qualidade, taxa) (mais bits por Hertz) Margem: Não se esqueça: margem é a diferença entre o C/N recebido e o C/N mín do meu receptor. Pode também ser margem de Eb/No, a mesma diferença, ok? Quanto maior a diferença, mais confiável é meu sistema: podem ocorrer mais imprevistos, atenuar mais o sinal, aumentar o ruído, e eventualmente ainda assim estaremos acima do limiar de recepção. C/N = 25 dB Exemplo: Queremos trafegar um sinal com velocidade de 10 Mbps. A confiabilidade do sistema é de 99% se mantivermos uma margem de 10 dB, e de 95% se a margem for próximo de 5 dB, caindo para 90% se a margem for de 1 dB. Considerando que a sensibilidade para C/N está na tabela abaixo: Modulação C/N mín Q- PSK 10 dB 16-QAM 14 dB 64-QAM 20dB O sinal da portadora sai do transmissor e chega ao canal com uma C/N de 40 dB; o canal introduz ruídos que pioram esta relação em 18 dB. a) Qual a banda necessária para trafegar a informação em cada modulação ofertada? b) Se desejarmos pelo menos 95% de confiabilidade (tempo de disponibilidade do serviço), qual a(s) modulação(ções) possível (eis)? c) Se a banda máxima permitida, por questões de custo, é de 2 MHz, quais as opções para meu sistema? Resposta: a) BW = R / log2M QPSK, M = 4: BW = 10 Mbps / 2 = 5 MHz 16-QAM, M = 16, BW = 10 / 4 = 2,5 MHz 64-QAM,M = 64, BW = 10 / 6 = 1,3 MHz b) Se C/N tx = 40 dB, e o canal piora a relação em 18 dB, C/N rx = 40-18 = 22 dB. Assim, estamos recebendo C/N de 22 dB. Se a margem, para uma confiabilidade maior ou igual a 95%, deve ser de 5 dB, então o C/N recebido poderá cair até a 22 – 5 = 17 dB. Logo, não podemos usar a modulação 64 QAM ( C/N min > C/N recebido após margem); mas podemos usar a modulação 16 QAM (17 dB >14 dB C/N mín) ou QPSK (17 dB > 10 dB). c) Opção 1) modular em 64-QAM, e aceitar uma redução da confiabilidade para 90% (C/N rec – margem = 22 – 1 = 21 dB, e o limite de C/N para o 64 QAM é 20 dB); Opção 2) modular em 16-QAM, e reduzir a taxa para 8 Mbps, mantendo a confiabilidade; Opção 3) modular em 64 QAM e subir a potência de transmissão, melhorando a C/N de transmissão em 3 dB (dobrando a potência): se C/N de tx for a 43 dB, com a redução devido ao canal em 18 dB, teremos C/N rec = 25 dB; ou seja, manteremos a margem de 5 dB que garante a confiabilidade de 95%. Opção 4) outras.....
Compartilhar