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Direitos Humanos Fundamentais

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Direitos Humanos 
Direitos Fundamentais 
Por via de regra tratam-se dos Direitos 
Humanos, previstos formalmente durante a 
revolução francesa, mas idealizados já 
anteriormente. Quando referindo-se aos 
fundamentais, traz-se a ideia de direitos 
positivados, seja por ordem interna do 
ordenamento jurídico de uma nação, seja 
pela ordem externa por meio de tratados e 
acordos multilaterais de órgãos de porte 
multinacional como a ONU. De maneira 
geral, então, os direitos fundamentais são 
materialmente – em espécie, tipo – formais 
– positivados. 
Direitos Humanos vs Fundamentais 
Apesar de caminharem juntos, é possível 
listar determinadas distinções sutis, como 
exemplo, os fundamentais, por estarem 
salvaguardados sob as constituições de 
cada país, possuem um limite temporal e 
espacial, visto que se limitam a vigência e 
permanência da norma no ordenamento, 
com isso, paralelamente são atreladas ao 
direito positivo interno; ao contrário, os 
direitos humanos possuem pretensão de 
universalidade por se espalharem por todo 
o globo por meio dos tratados e, por conta 
disso, aplicam-se ao direito internacional 
paralelamente. 
Direitos Fundamentais no Brasil 
Resguardados pela CF de 88 por meio de 
cláusula pétrea, possui aplicabilidade 
imediata, proíbem que normas infra 
constitucionais o regulem ou o alterem. Há 
destaque, ainda, para a cláusula de 
abertura do art. 5°: os direitos e garantias 
expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte – logo, os 
direitos fundamentais não se extinguem 
no rol deste artigo, mas encontram-se 
implícitos e explícitos ao longo da CF e em 
tratados futuros, quando necessário. 
Características dos D.H. 
Historicidade - Marco temporal 
ultrapassam a história e adaptar-se as 
necessidades 
Universalidade - para atenção aplicável a 
toda a pessoa humana 
Essencialidade - inerente à noção de pessoa 
Irrenunciabilidade - Não admite renúncia, 
de modo que a autorização do titular não 
convalida uma violação 
Inalienabilidade - Não se admite a 
alienação ou cessão dos direitos 
Inexauribilidade - Possibilidade de 
expansão – novos direitos, em novas 
normas e tratados 
Imprescritibilidade - Não se esgotam com o 
tempo e podem ser reivindicados a 
qualquer momento 
Vedação ao retrocesso - Não se pode 
proteger menos do que já se protegia 
anteriormente. 
Documentos Históricos dos D.F. 
Inglaterra: Magna Carta – 1215 (limitou o 
poder do rei inglês, originou-se por 
desentendimentos entre rei, nobres e clero) 
– Petition of Rights – 1629 (petição de 
direitos, primordialmente sobre tributos e 
habeas corpus) – Bill of Rights – 1689 
(primeiro documento oficial que garante a 
participação popular, por meio de 
representantes parlamentares). 
Declarações de direitos de uma classe ou 
instituição (nobreza e Parlamento) frente 
ao poder monárquico. Noção de limitação 
de poder que não se confunde com o 
sentido moderno das cartas de diretos. 
Primazia do Parlamento. Nas cartas 
modernas, todas as dimensões de poder 
devem ser limitadas pelos direitos 
fundamentais. Direitos para poucos e ricos. 
Direitos Humanos 
EUA: Declaração da Virgínia – 1776 
(proclamou o direito à vida, à liberdade e à 
propriedade. O princípio da legalidade, a 
liberdade de imprensa e a liberdade 
religiosa, o direito de se rebelar contra um 
governo "inadequado") e Declaração da 
Independência dos EUA - 1776 
Declaração de direitos inerentes a todos os 
seres humanos no contexto da 
independência americana, sendo por isso 
considerada a primeira declaração de 
direitos no sentido moderno. Importância 
histórica de um governo democrático, que 
não submetesse as colônias a novo rei. 
Ausência de nobreza ou parlamento que 
personificassem a oposição ao absolutismo. 
Com base na liberdade e na igualdade de 
direitos, afirma-se o dogma de supremacia 
da vontade da maioria. 
Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão – 1789 
Revolução francesa, propósito na 
superação do regime absolutista e da 
organização social em estamentos. Define 
direitos individuais e imprescritíveis – 
liberdade, igualdade e fraternidade – em 
sentido negativo (não interferência estatal) 
e formal. Direitos políticos – como sufrágio 
– restrito a homens com posses, associado 
ao contexto de colonialismo e escravidão. 
Revolução Haitiana – 1791 e a Constituição 
pós Independência – 1805 
Declaração do primeiro Estado 
independente formado por pessoas ex 
escravizadas. Garantia de direitos políticos 
aos homens livres de cor seguida pela 
abolição da escravidão. Universalismo na 
defesa da igualdade racial. 
Declaração Universal dos Direitos 
Humanos - 1948 
Documento de Direito Internacional – ONU, 
pós-II Guerra. Compromisso internacional 
de reforço de valores básicos inerentes à 
noção de dignidade humana. Marco 
normativo fundamental do sistema de 
proteção aos direitos humanos que será 
constituído no âmbito do direito 
internacional e das Nações Unidas. 
Marcadamente uma declaração de 
liberdades. 
Gerações e Dimensões dos D.F. 
Três gerações associadas a momentos 
históricos: (alvo de muitas críticas, não é a 
regra). 
Primeira Geração – liberté – revoluções 
burguesas 
Segunda Geração – égalité – revoluções 
sociais em contraponto aos problemas 
inaugurados pela Revolução Industrial 
Terceira Geração – fraternité – pós-II 
Guerra 
Primeira dimensão: liberdades públicas 
Liberdade individual, direitos civis e 
políticos. São exemplos: liberdade de 
expressão, de imprensa, de religião, de 
associação, de reunião e o direito de 
propriedade. Além das liberdades, os 
direitos políticos marcam a primeira 
dimensão – liberdade de participação na 
tomada de decisões. 
Segunda dimensão: direitos sociais e 
econômicos 
Maior participação política dos cidadãos, 
em razão da pressão estabelecida por 
movimentos sociais. Ligada ao conceito de 
igualdade e mais preocupada com o poder 
de exigir do Estado a garantia dos direitos 
sociais, econômicos e culturais, todos 
imprescindíveis à possibilidade de uma vida 
digna, por meio de execução de políticas 
públicas, programas sociais e ações 
afirmativas. Direitos culturais são o 
acesso às fontes da cultura nacional, 
valorização e difusão das manifestações 
culturais, proteção às culturas populares e 
proteção ao patrimônio cultural brasileiro. 
Direitos Humanos 
Terceira dimensão: direitos de 
solidariedade – direitos difusos 
Titularidade não é definida e que se 
propõem a realização da fraternidade. São 
exemplos: direito à paz, ao 
desenvolvimento, ao patrimônio comum 
da humanidade e ao meio-ambiente; o 
direito de autodeterminação dos povos, 
direitos do consumidor, da criança, 
adolescente, idosos e portadores de 
deficiência, o direito à proteção contra as 
manifestações de discriminação racial, o 
direito à proteção em tempos de guerra ou 
qualquer outro conflito armado. 
Quarta e Quinta dimensão? 
Quarta dimensão: direito à democracia, 
informação e ao pluralismo – relacionados 
à globalização e ao universalismo. 
Quinta geração: direito à paz sai da terceira 
dimensão e ganha dimensão própria. 
Dignidade jurídica única que a eleva a 
patamar próprio de fundamentalidade.

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