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Atualidades-brasil-2022

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SISTEMA DE ENSINO
ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Livro Eletrônico
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Atualidades Brasil
ATUALIDADES
Luis Felipe Ziriba
Apresentação .....................................................................................................................................................................4
Atualidades Brasil ...........................................................................................................................................................6
1. Parte I – Brasil: Território, Posição, Índice de Desenvolvimento Humano e População ....6
1.1. Território, Fronteiras, Transporte e Energia .............................................................................................6
1.2. A População Brasileira .......................................................................................................................................16
1.3. IDH Brasil: 2019 .....................................................................................................................................................23
2. Parte II – Atualidades Brasil: Política, Economia e Fatos ................................................................27
2.1. A Política Brasileira ............................................................................................................................................27
2.2. Economia Brasileira em 2020 e 2021 ......................................................................................................45
3. Temas de Atualidades ........................................................................................................................................... 58
3.1. A Operação Lava Jato e seu Fim ...................................................................................................................60
3.2. ONGs, Meio Ambiente e Amazônia: Atualidades e Polêmicas ...................................................66
3.3. Principais ONGs Ambientais no Brasil .................................................................................................... 68
3.4. O Brasil na Última COP-26: Glasgow, Escócia, Dez/2021 ............................................................ 72
3.5. As Tragédias Ambientais de Mariana e Brumadinho ...................................................................... 73
3.6. As Queimadas no Pantanal em 2020 .......................................................................................................77
3.7. O Caso Marielle: Quatro Anos ...................................................................................................................... 78
3.8. As Milícias no Rio de Janeiro ......................................................................................................................... 79
3.9. A Segurança Pública no Brasil: algumas Considerações .............................................................80
3.10. A Reforma da Previdência .............................................................................................................................94
3.11. A Transposição do Rio São Francisco ...................................................................................................107
3.12. O que Foi Feito no Governo Bolsonaro? ............................................................................................... 111
3.13. Os Avanços com Bolsonaro ......................................................................................................................... 111
3.14. Dificuldades Pendentes ...............................................................................................................................112
3.15. Cultura e Atualidades no Brasil em 2020: alguns Pontos Fundamentais ...................... 114
3.16. O Escola sem Partido .................................................................................................................................... 117
3.17. A Cultura e seu Financiamento: a Falácia do Atual Discurso ..................................................118
Sumário
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Atualidades Brasil
ATUALIDADES
Luis Felipe Ziriba
3.18. Brics e o Brasil ................................................................................................................................................... 124
3.19. Economia e Auxílio ...........................................................................................................................................131
3.20. Investigações e CPI .......................................................................................................................................132
3.21. A Vacinação: Alguns Pontos .....................................................................................................................133
Exercícios .........................................................................................................................................................................137
Gabarito ............................................................................................................................................................................155
Gabarito Comentado .................................................................................................................................................156
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Atualidades Brasil
ATUALIDADES
Luis Felipe Ziriba
ApresentAção
Caro(a) aluno(a), é um prazer imenso estar junto a você nessa etapa de preparação rumo à 
conquista de algo tão importante na vida: a estabilidade profissional no serviço público.
Peço licença para me apresentar a vocês. Me chamo Luis Felipe Ziriba. Sou formado em 
Geografia desde 2004 pela Universidade de Brasília. Sou, também, servidor do Incra – SEDE, 
desde 2008, efetivado no cargo de Analista em Desenvolvimento e Reforma Agrária. Ministro 
aulas para concursos desde 2001. Comecei em sala aos 20 anos de idade, lecionando em 
pré-vestibulares, para, em pouco tempo ter seguido para os concursos de admissão à carreira 
militar, tais como EsPCEx, ESA, entre outros, nas disciplinas de Geografia Geral e do Brasil. 
Lecionei também em preparatórios (Geografia Geral e do Brasil) para os principais cursos de 
admissão à carreira diplomática – Instituto Rio Branco – de Brasília. Já no início da década 
findada (2011-2020), parti rumo ao desafio de lecionar as matérias Atualidades do Brasil e do 
Mundo, além de Realidade/Atualidades do Distrito Federal.
Assim, entre tantas matérias diferentes e interessantes, lá se vão 18 anos preparando alu-
nos nos melhores cursos do Distrito Federal para os mais concorridos concursos do Brasil.
Bom, obrigado pelo espaço e pela confiança depositada. E vamos então ao que realmente 
importa a você(s). E fato, o tempo urge!
Com vistas a auxiliá-los(as) nessa etapa de preparação, eu dividi o nosso material em duas 
partes: em sendo assim, na primeira parte destaco aspectos do território nacional (incluindo 
transportes e energia) e contextos populacionais; já na segunda parte, serão abordados as-
pectos mais abrangentes, como política, aspectos atinentes à produção de valor e a economia 
nacional em Atualidades, além dos temas mais importantes em Atualidades a serem cobrados 
emconcursos: tais quais; cultura; sociedade; segurança pública; relações internacionais; meio 
ambiente; organizações supranacionais, entre outros.
Destaco, caros(as) aluno(as), que realizem sem concessões a leitura integral dos temas 
apresentados e, também, que deem a mesma importância aos respectivos Textos Comple-
mentares abaixo apresentados, ok?. Reparem que, mesmo havendo alguns (poucos) editais 
que delimitam recortes, balizando assim a compreensão de apenas períodos específicos (e 
acontece pouco assim, mas acontece). Ou seja: editais que delimitam os conhecimentos em 
Atualidades e os restringem entre tal a tal período, peço a vocês, praticamente de joelhos, juro 
– sem exagero - para não caírem nesta esparrela. Fujam dessa pseudo- facilidade, e tenham 
em mente, portanto, que somente através da leitura retórica (e integral) dos temas apresenta-
dos - desde seu início até o seu fim é que é possível se obter uma clarificação dos contextos de 
Atualidades de forma ampla. Simples assim.!! E juro… não há como fugir disso! Por favor, con-
fiem, confiem (...) e confiem mesmo nessa informação!!! A disciplina de Atualidades não está 
restrita, simplesmente, a uma coleta de notícias com base no(s) recorte(s) estipulado(s) pelos 
editais (digo quando ocorrer este recorte). Em Atualidades os contextos devem ser, de forma 
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Atualidades Brasil
ATUALIDADES
Luis Felipe Ziriba
mandatória, entendidos desde seu começo até o seu fim. Isso para que possamos exatamente 
atingir o nível necessário de conhecimento pedido pelas bancas em concursos. E esse conhe-
cimento amplo e conciso está bem aqui (...) se encontra nas suas mãos. Nosso material é 
produzido de forma sintética, didática, clara e fluida, com base em décadas de conhecimento 
dessa disciplina. Nós sabemos, de A a Z, como guiar você (s) rumo à aprovação. Então não re-
talhem, apenas me sigam. Confiem nisso! Vamos juntos empreender um conhecimento amplo, 
conciso e extremamente útil dentro desta deliciosa disciplina Atualidades Brasil.
Peço ao fim que, por favor, se debrucem sobre o caderno de exercícios apresentado como 
fixação de conteúdo e acréscimo didático. E, claro, avaliem o nosso curso em nossa platafor-
ma. Obrigado!
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ATUALIDADES
Luis Felipe Ziriba
ATUALIDADES BRASIL
Obs.: � o conteúdo desta aula foi atualizado em setembro de 2022.
1. pArte I – BrAsIl: terrItórIo, posIção, ÍndIce de desenvolvImento Hu-
mAno e populAção
1.1. terrItórIo, FronteIrAs, trAnsporte e energIA
O Brasil possui a 5a maior extensão territorial do mundo. Com mais de 8,5 milhões de qui-
lômetros quadrados de extensão, somos considerados um país-continente. Dentro da América 
do Sul, temos disparado a maior em área total (47%), com mais de três vezes o tamanho do 
segundo maior país, a Argentina.
Repare que o enorme território brasileiro é quase equidimensional, ou seja, possui pratica-
mente as mesmas extensões de Norte-Sul e Leste-Oeste.
Obs.: � Os pontos descritos são os nossos pontos extremos nas quatro direções: Norte (Monte 
Caburaí, em Roraima), Sul (Arroio do Chuí), Leste (Ponta do Seixas) e Oeste (Nascente 
do Rio Moa).
O Brasil faz fronteira com dez (10) países. Dentro do continente sul-americano, não somos 
“vizinhos” apenas de dois países: o Chile e o pequeno Equador. No mapa a seguir, temos as 
principais extensões de fronteiras, com destaque para o Peru (2º lugar) e a Bolívia (com mais 
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ATUALIDADES
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de 3.000 km de fronteira, em boa parte pela Amazônia). Destaca-se que esses dados de tama-
nho das fronteiras são estanques, ou seja, não sofrerão alterações em curto ou médio prazo, 
à medida que os tratados com os países fronteiriços ao Brasil foram ratificados há tempos; 
também não vêm ocorrendo reivindicações fronteiriças de nações vizinhas.
O Brasil é dividido politicamente em 26 estados mais o DF, totalizando 27 unidades da 
Federação (UFs). Os maiores estados são Pará, em segundo lugar, com 1.247.689 km², e Ama-
zonas, na liderança, com 1.570.745 km². O nosso menor estado é Sergipe, sendo o DF, porém, 
já que não é um estado propriamente dito, a menor unidade da Federação (com 5.802 km²).
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ATUALIDADES
Luis Felipe Ziriba
O Brasil possui cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa configu-
ração atende a uma divisão de 1969 do IBGE, a qual levou em conta similaridades humanas e 
naturais entre os estados para o agrupamento em regiões:
• MAIOR REGIÃO (2019): Norte (45.2% do território nacional);
• REGIÃO COM MAIOR NÚMERO DE ESTADOS: Nordeste (com 9);
• MAIOR POPULAÇÃO: Sudeste (aproximadamente 86 milhões perfazendo em torno de 
42% população do Brasil).
Vale destacar que os estados brasileiros podem se desmembrar internamente em outros me-
nores, bastando haver a aprovação pela Câmara dos Deputados e a consulta à população dos 
estados. Mas eles não podem se destacar do Brasil para formar outro país. Há pleitos em 
torno de desmembramento de estados em análise atualmente para o Piauí, o Maranhão, a 
Bahia, entre outros. O pleito que neste sentido fora levado mais adiante deu-se no Pará, em 
2011, quando sua população em plebiscito não aceitou a fragmentação do estado em três 
outros estados: Carajás, Tapajós e Pará (capitais em Marabá, Santarém e Belém, respectiva-
mente). Tal querela, vale o destaque, novamente, em 2021, ganhou impulso mas não obteve 
respaldo considerável. Mesmo assim, em provas de Concursos que versem sobre este tema 
da divisão do Pará, não esqueçam que esta díade é a mais avançada em termos nacionais em 
Atualidades, ok?
PLEITO DIVISÃO: ESTADO DO PARÁ EM 2011
Em 2022, o Brasil possuía 5.570 municípios. Os Estados com mais municípios são: Minas 
Gerais (853) e São Paulo (645). Na rabeira, temos Roraima, com apenas 15, e o Amapá, com 
16 municípios.
O Distrito Federal não é um Estado, e sim uma unidade da Federação, tendo apenas Brasí-
lia (a Capital Federal) como seu único município.
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ATUALIDADES
Luis Felipe Ziriba
TEXTO COMPLEMENTAR 
O Transporte de Cargas no Brasil em 2020
Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, 10/12/2019.
O Sistema de transporte de cargas no Brasilé, via de regra, muito desequilibrado. 
Vigorando desde 2005 como um plano de Estado, e não de Governo, o PNLT – Plano 
Nacional de Logística de Transportes – visa promover um melhor reequilíbrio entre os 
modais, alçando metas de eficiência em logística, com redução de custos e da emissão 
de poluentes, além do incrementar a segurança.
Uma análise simples em nossa matriz de transportes revela que o meio rodoviário 
ainda predomina no total de cargas (peso) transportadas no país. Tal meio (rodoviá-
rio) de transporte leva em torno de 60% de toda a carga. Os principais produtos trans-
portados pelos mais de 1,4 milhão de quilômetros de estradas brasileiras (a segunda 
maior malha do mundo) são derivados de petróleo, soja, milho, farelo de soja, alimentos 
(industrializados, ou não) e bens de consumo manufaturados diversos. Vale destacar 
que a presença do rodoviário vem sendo reduzida bem lentamente, tendo chegado, na 
década de 1980, a quase 80% de toda a carga transportada no país. As vantagens do 
meio rodoviário estão na capacidade de se entregar produtos porta a porta, o que não 
ocorre no meio ferroviário, pois os trens param em terminais, o aquaviário em portos 
e os aeroviários em aeroportos. Veja o exemplo da soja: todo grão que sai da portei-
ra das milhares de fazendas plantadoras é escoado exatamente por caminhão. Se, 
por opção das empresas, a soja seguir após os caminhões por outro modal, tem-se 
o que se chama de transbordo. A implementação originalmente ao de uma estrada é 
também mais barata e rápida, daí a preferência de governos desenvolvimentistas ante-
riores, como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, por este modal (tipo) de transpor-
te. Como externalidades, tem-se o maior custo de manutenção das estruturas que se 
precarizam muito facilmente, a poluição ambiental dos gases pesados e tóxicos emi-
tidos pelos escapamentos a diesel e o maior número de mortes em acidentes que nos 
outros modais. Em maio de 2018, uma greve de quase um mês dos caminhoneiros 
praticamente parou o país. Tal paralisação revelou-nos o tamanho da dependência 
deste meio de transporte no Brasil. Estima-se que em torno de 60% dos caminhonei-
ros no país trabalhem em empresas, não sendo autônomos, portanto. A essa prática 
de parada de serviços por parte de empresas dá-se o nome de lockout. Vale destacar 
ser proibida tal prática, isso tanto na CLT – Consolidação de Lei Trabalhistas, como na 
Lei de greves.
O segundo meio de transporte mais utilizado no Brasil para cargas é o ferroviá-
rio, com algo em torno de 20% do total transportado por 30.000 km de ferrovias (com 
metade desta quilometragem sendo subutilizada).
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Atualidades Brasil
ATUALIDADES
Luis Felipe Ziriba
As vantagens diretas na utilização do modal ferroviário estão relacionadas a sua efi-
ciência, pois os trens transportam uma imensa quantidade de carga, com baixo consu-
mo de combustível, baixa emissão de poluentes e níveis altíssimos de segurança, além 
de requerem pouca manutenção nas estruturas, principalmente nos trilhos. A externa-
lidade observada, contudo, reside no alto custo para se construírem novas ferrovias e 
sua implementação em geral (custo também dos trens). Vencer terrenos irregulares e 
fazer curvas acentuadas não é o forte dos trens. Atualmente, as 13 linhas férreas do 
país são administradas por concessões que duram em média 35 anos, sendo, contudo, 
livre o direito de passagem a trens que não pertencerem à concessionária do trecho. 
O minério de ferro responde por 80% do total de cargas transportado pelos trilhos no 
Brasil. Para 2019 haverá o leilão do trecho que liga Goiás ao Porto de Santos pela ferro-
via Norte-Sul.
Recomendo, caro(a) aluno(a), que para se informar melhor sobre este tema, promo-
va a leitura deste link abaixo, retirado da versão online do jornal de Goiânia, o Popular:
https://abifer.org.br/ha-mais-de-tres-decadas-sendo-construida-ferrovia-norte-sul-
-so-tera-uso-apos-2020/
Em seguida vem o meio de transporte aquaviário, o qual responde por algo em 
torno de 10% do transporte de cargas no Brasil, tendo sido aumentada esta participa-
ção ao longo das últimas décadas por meio, principalmente, das iniciativas promovidas 
pelo PNLT. A carga transportada internamente pelas hidrovias do país se encontra atu-
almente na casa dos 20% na soja; 15% de petróleo; 12% é areia, o milho representando 
10% e o minério de ferro outros 10%. Um dado interessante é que mais de 40% deste 
transporte se dá dentro do próprio estado, com destaque para as operações deste tipo 
promovidas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Pará e Amazonas. Para estes dois últimos 
estados da Região Norte, vale ressaltar, embora este texto não seja sobre transporte 
de passageiros, que o modal aquaviário também leva muitas pessoas e uma imensa 
gama de produtos (mudanças, por exemplo, algo impensável no Centro-Sul do Brasil, 
que são feitas por barcos). São estados (principalmente o AM) que não têm expressi-
vas ligações rodoviárias, mas que possuem, contudo, rios caudalosos, largos e moro-
sos os quais auxiliam no transporte aquaviário. As vantagens do transporte aquaviário 
residem na sua amplificada capacidade de carga e custos baixos para o operador. As 
externalidades são a construção de hidrovias seguras e, se necessário, de eclusas (um 
processo muito caro), a ocorrência de acidentes (principalmente no transporte de pas-
sageiros) e a dificuldade de se chegar a pontos diversificados do território brasileiro. O 
ideal para o transporte aquaviário é que se consiga implementar uma logística eficiente 
para a realização do transbordo (troca de modal). No Brasil, uma modalidade de trans-
porte por barcos que esteve relegada em décadas anteriores vem ganhando força ao 
longo dos últimos anos: o transporte por cabotagem, ou seja, quando se leva a carga 
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ATUALIDADES
Luis Felipe Ziriba
entre portos marítimos, praticamente se margeando a costa. Os portos e as embarca-
ções no Brasil, na verdade, vêm se adaptando a essa eficiente modalidade de transpor-
te de cargas.
Por fim, em relação ao aquaviário, destaco que mais de 90% do comércio global 
atualmente se deve ao transporte aquático em grandes navios, sejam estes de contê-
ineres, sejam de graneleiros.
Por último vem o transporte aéreo de cargas, muito importante à medida que, 
embora leve algo em torno de apenas 5% das cargas no Brasil, ao somarmos os valo-
res destas cargas, tem-se algo em torno de 25% de todos os valores transportados no 
Brasil. O modal aeroviário é, de fato, muito eficiente quando se precisa levar cargas 
perecíveis (alimentos, flores) ou com alto valor agregado, em que o custo mais alto do 
transporte, comparado aos outros meios, compensa.
TEXTO COMPLEMENTAR 
A Produção de Energia Elétrica no Brasil em 2022
Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, 05/12/2021.
O Brasil é um dos grandes produtores de eletricidade do Mundo. Nosso gigante 
parque de produção de energia elétrica possui alta diversificação, e, principalmente, 
uma base em matriz limpa: AS HIDRELÉTRICAS.
Das cinco maiores unidades em atividade no Mundo, simplesmente duas dessas: 
Belo Monte; e Itaipu, aqui estão localizadas. Ocorrem dentro desse parque algumas 
outras peculiaridades. Vejamos abaixo, portanto, as principais:
Em termos gerais, a nossaprodução de energia elétrica se situa em torno de 82% 
(dados de 2021) de fontes renováveis.
Veja os números abaixo:
hidrelétrica: 62%;
eólica: 11%;
termelétricas a biomassa: 8%;
.....todas são fontes renováveis…
Acrescenta-se, contudo, à nossa matriz energética, mais 13% de termelétricas, 1,5% 
nuclear e, o restante, em torno de 5%, de energia hidrelétrica importada - basicamente 
proveniente do Paraguai por meio da Usina de Itaipu.
As Hidrelétricas
Em se comparado ao Brasil, são poucos os países no Mundo que detém uma pro-
porção tão elevada em suas matrizes energéticas totais baseadas em hidrelétricas. O 
nosso parque hidrelétrico, o qual esteve outrora, e quase integralmente concentrado na 
parte Centro-Sul do Brasil além do Vale do Rio São Francisco, agora segue rumo para 
o norte e se dispersa. As grandes estruturas, como as usinas de Paulo Afonso-BA e 
de Itaipu-PR, permanecem, mas o direcionamento do sistema elétrico nacional atual 
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evidencia a subida de novas estruturas que se apropriam dos rios amazônicos. Assim, 
nascem ao longo das últimas décadas gigantescos projetos: como Jirau e Santo Antô-
nio, em Rondônia; e Tucuruí e Belo Monte, no Pará. Aliás, esta última usina, em pleno 
funcionamento é uma das maiores usina do Brasil e, também, uma das maiores do 
mundo em termos de produção total de energia quando atinge o seu ápice. Ao todo, em 
2021, temos 219 usinas hidrelétricas em funcionamento no Brasil. 
Em auxílio a essas estruturas, temos também as PCHs – Pequenas Centrais Hidrelé-
tricas – e as Centrais Geradoras. Para estas últimas estruturas, tão pequenas, é inte-
ressante perceber que elas não chegam a constituir barragem e, assim, inclusive, pos-
suem, portanto, um licenciamento ambiental muito mais simplificado que o das grandes 
estruturas.
Ordem por tamanho de projeto:
HIDRELÉTRICAS > PCH > CENTRAIS GERADORAS
Abaixo, em homenagem ao Dia Mundial da Água de 2021, em 22 de março, um info-
gráfico, com dados recentes sobre a geração de energia por fonte hidráulica no país é 
apresentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.
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Luis Felipe Ziriba
O Parque Eólico
A força dos ventos se consolida como a terceira maior fonte de geração de energia elé-
trica no país. Em fins de 2021 mais de 750 parques eólicos se encontram em operação no 
território brasileiro, com mais de 10 mil torres eólicas. De acordo com o Global Wind Energy 
Council (GWEC), o Brasil ocupa a sétima posição no ranking mundial de geração eólica. O 
ano de 2021 foi o de maior incremento em potência instalada de produção de energia em 
toda a nossa história. Atingimos a cifra histórica de mais de 11% de energia elétrica total 
produzida pelos ventos
O destaque da geração eólica para a produção de eletricidade fica com a região Nordes-
te, que sozinha responde por cerca de 90% da capacidade instalada. São da região as quatro 
usinas que romperam juntas a marca dos 20 GW: Ventos de Arapuá 1, 2 e 3 (Paraíba), Cha-
fariz 4 (Paraíba), Filgueira II (Rio Grande do Norte) e Ventos de Santa Martina 11 (Rio Grande 
do Norte).
Mais de 12 GW de novas eólicas já foram outorgados pela Aneel, distribuídos em 353 
empreendimentos. Destes, 170 já estão em construção. A expectativa é de que a geração 
eólica alcance a marca de 25 GW nos próximos dois anos.
Predominantes em regiões de vegetação baixa, como no centro da Bahia, ou no litoral do 
Nordeste e Região Sul, onde a incidência de ventos é bastante favorecida, a energia eólica se 
utiliza da energia de movimento do vento para produção de eletricidade. Um princípio sim-
ples, mas que requer implementações tecnológicas. Em quase ¾ das UFs nacionais o eólico 
já tem presença (...) e só cresce.
Termelétricas
Incentivos ao emprego de termelétricas, sobretudo, as com uso de biomassa, buscam 
diversificar a matriz energética elétrica, que até 2006 tinha 83,2% de sua potência composta 
por hidrelétricas. Licor negro (resíduo da produção de papel) e bagaço de cana são as prin-
cipais fontes de biomassa (renováveis). Gás natural e derivados de petróleo são as fontes 
fósseis mais comuns (não renováveis). Dentro do mapa nacional de termelétricas, tem-se 
termelétricas por todo o país, contudo aqueles que se utilizam de biomassa estão no Centro-
-Sul; as que queimam gás natural e petróleo (fontes não renováveis e poluidoras), via de regra 
estão na Amazônia. As termoelétricas servem como subsidiárias ao parque hidrelétrico.
TEXTO COMPLEMENTAR 
Brasil: Crise Hídrica e Energética 2021. Contextos
Por: Prof. Luis Felipe. 15/09/2021
Caro aluno, para entender de forma simplificada o contexto mais recente da atual 
crise hídrica (2021) a qual resulta em consequências na produção de energia elétrica 
no país, vamos nos ater a estes pontos inicialmente e explicarei, prometo, de forma 
simplificada:
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1. A produção de energia no Brasil é fundamentalmente baseada na força das 
hidrelétricas, com 70 por cento de toda a capacidade de produção de energia elétrica 
instalada oriunda da força das hidrelétricas.
Hidrelétricas são consideradas fontes limpas de produção de energia, pois na pro-
dução diária de energia não ocorre produção direta de gases de efeito estufa e também 
renovável, à medida que a água é um recurso natural renovável.
2. As hidrelétricas nacionais dependem (e cada vez mais) de rios de planalto que 
nascem na região central do Brasil e possuem regimes de alta variação em sua força 
(e quantidade de água). Ou seja, são rios altamente sujeitos ao regime de seca que 
impera no país entre os meses de abril a outubro.
3. A gradual substituição da energia oriunda de hidrelétricas por termoelétricas 
torna a energia mais cara.
4. O período de seca se tornou mais severo. Muito disso, bem verdade, por causa 
da escalada de desmatamento que acomete o Brasil ao longo das últimas décadas e, 
também, em função de fatores de circulação atmosférica global.
O Brasil historicamente atrelou seu parque de produção energia elétrica às hidrelé-
tricas. Somos um país de rios com bom regime de chuvas e expertise na construção 
deste tipo de modalidade de produção de energia, isto desde a entrada do século pas-
sado. Tal movimento, em torno de construção de hidrelétricas, projetou um parque 
nacional com mais de 60 hidrelétricas de grande porte onde algumas destas constam 
dentre as maiores do mundo em capacidade total instalada, tais quais: Itaipu (que é 
binacional, com sua produção compartilhada com o Paraguai) e Belo Monte, no Pará.
A questão crucial acerca deste modelo considerado limpo de produção de ener-
gia (pois não emite diretamente gases de efeito estufa) e renovável (pois se utiliza da 
água, um recurso renovável) é exatamente a necessidade de abastecimento dos reser-
vatórios. Vamos então entender bem esta questão: A força daságuas contidas nos 
reservatórios movimenta as turbinas das hidrelétricas. Em sua origem, os reservatórios 
são constituídos pelas alterações em cursos de rios que são canalizados com vista as 
formar o reservatório. Ao ser realizada esta engenharia os reservatórios passam a exis-
tir e alimentam-se, em boa parte, exatamente pela água das chuvas. São as águas que 
caem do céu percorrendo internamente os solos (níveis basais) e os aquíferos, ou que 
percorrem o nível superficial, e também, claro, a água que incide diretamente em cima 
do reservatório que o alimenta. Vejam bem que as chuvas atuam de diversas maneiras 
na formação e manutenção dos reservatórios.
É que aí que mora o perigo. Os reservatórios não vêm conseguindo ser abastecidos 
a contento, visto que nossas hidrelétricas se concentram exatamente no Brasil Central 
e a seca vem sendo mais severa ano após ano nessa parte do país. Em 2021 vivemos 
a maior escassez hídrica em 91 anos e, assim, os reservatórios esvaziam acima do 
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normal, não possuindo, logicamente, reposição hídrica. Não entra água no solo, nem 
corre água de forma superficial e nem chove em cima da lâmina de água de nossos 
reservatórios. Alguns reservatórios operaram no limite, em meados de 2021, sendo que 
outros se utilizaram do chamado “nível morto”, acarretando, portanto, um maior esforço 
das turbinas para a produção de energia.
Outro ponto crucial acerca da atual crise hídrica reside no fato de que, via de regra, 
os rios que constituem os reservatórios em sua origem e auxiliam na manutenção dos 
reservatórios (junto, tal qual visto, à chuva incidente) nascem exatamente no Brasil 
Central. Caso emblemático é o Rio Xingu, que alimenta a megausina hidrelétrica de 
Belo Monte no Pará. Esse grande e belo curso hídrico nasce nas serras do Mato Grosso 
região que anualmente passa por evento de seca sazonal (entre maio e setembro). 
Sendo assim, no período de seca a força de suas águas diminui consideravelmente 
e produz-se menos energia. O solo não é abastecido, muito menos os reservatórios e 
os rios ficam menos caudalosos. A usina fica, portanto, ociosa à medida que ocorre 
menos chuva.
Por fim, essa conjunção de fatores, ou seja, a seca e a concentração de rios que 
abastecem as maiores hidrelétricas no Brasil Central transformaram um sistema gigan-
te em pouco eficiente à medida que seus reservatórios pereceram. Para tanto, o Gover-
no Federal passou a suprir a demanda energética por meio das termoelétricas, que são 
unidades de produção de energia que queimam combustível e /ou biomassa (preferen-
cialmente cana) e, em sendo assim, a energia se torna mais cara e menos eficiente do 
ponto de vista ambiental.
Funcionamento de uma usina hidrelétrica:
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Concentração das hidrelétricas no Brasil por produção:
Funcionamento de termoelétricas:
1.2. A populAção BrAsIleIrA
Dados Gerais
Para falarmos sobre a população brasileira, vale inicialmente lembrarmos de dois pontos 
fundamentais que aprendemos na escola, os quais remetem-nos às prazerosas aulas de Geo-
grafia. São os conceitos: POPULOSO e POVOADO
POPULOSO: Este conceito remete à população absoluta de um determinado lugar: o nú-
mero total de habitantes. Dentro deste contexto, se comparamos o Brasil a seus pares, ou seja, 
aos outros países do globo, veremos que temos a 6a maior população do mundo (pois fomos 
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ultrapassados pelo Paquistão, ao que tudo indica). Assim, o Brasil pode ser considerado como 
sendo um país populoso.
Em 2019, os meios de comunicação destacaram que caímos do 5,º para o 6º lugar no ranking 
populacional dentre os países do globo. Vale destacar que nessa entrada de 2022, ainda não 
ocorre uma confirmação precisa acerca desta mudança, até por que os dados do Paquistão, o 
país que, ao que tudo indica nos destronou da 5a colocação global em termos populacionais, 
ao que parece não disparou dados 100% fidedignos. Além disso, o Brasil ainda não realizou 
o seu censo decenal (previsto para 2020, porém adiado para 2022). Mas, ao que tudo indica, 
realmente fomos ultrapassados e, após décadas contando como sendo a 5a maior população 
global, o Brasil perde este posto, desce uma posição e agora se aninha em 6º lugar no ranking 
dos países mais populosos do mundo.
Veja a lista dos países mais populosos do mundo (2020):
*em: https://population.un.org/wpp/
1º) CHINA – 1,439 bilhões.
2º) ÍNDIA – 1,380 bilhões.
3º) EUA – 331 milhões.
4º) INDONÉSIA – 273 milhões.
5º) PAQUISTÃO – 220 milhões.
6º) BRASIL – 213 milhões.
7º) NIGÉRIA – 206 milhões.
O Brasil vive hoje a sua fase demográfica do tipo Transição Demográfica (uma fase pós-Ex-
plosão Demográfica, onde as taxas de nascimento caem drasticamente em se comparada ao 
período anterior de explosão na fecundidade), mas ainda, justiça seja feita, podemos exaltar 
haver um crescimento populacional razoável, mesmo que baixo. Contudo, e isso é loguinho, 
loguinho, meu povo, acreditem em mim, o nosso pais ingressará em sua fase final à de transi-
ção para estrear, de imediato, um novo estágio demográfico. Inaugurará, após a transição, fase 
demográfica de total estabilização do crescimento populacional. Isso significa que as nossas 
taxas de fecundidade: que caem bastante, não conseguirão promover índices minimamente 
vigorosos de crescimento vegetativo populacional. Na década seguinte: de 2030, estabilizare-
mos, fiquem atentos! Deixando, assim, a Explosão Demográfica lá para os anais da história e a 
Transição Demográfica como lembrança de um passado recente, porém encerrado e sem mais 
nenhum reflexo prático. É desse modelo.
Assim, o que se prevê ( e com imensa chance de se realizar), isso em prazo médio de até, mais 
ou menos, pouco antes do ano 2050 (talvez em 2047, ou, no máximo em 2048) é que o início 
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de um processo de depressão populacional ganhará lugar no Brasil caso sejam mantidas as 
atuais tendências. E sobre essas tendências trago péssimas notícias: Não há qualquer chance 
de alteramos nosso destino demográfico. Com 99% de chance, nosso destino está traçado e, 
antes de 2050 já estaremos, segundo o IBGE, perdendo população. As saídas são difíceis e 
residem, de um lado, em um projeto estatal (o qual não deu certo em quase nenhum país de-
senvolvido) que consiga promover o estimulo à natalidade com aportes financeiros robustos e 
benesses várias aos pais e mães. Aindana outra ponta, com mesmo intuito de vencer a queda 
populacional, se estimular a entrada de imigrantes.
Desculpem, mas é até engraçado pensar que, isso, ao menos em tese: ou seja, um pouco me-
nos de brasileiros não faria mal a ninguém. Mas do ponto de vista prático-estrutural-econômi-
co-realístico é uma tragédia um pais ficar a perder população. Uma depressão populacional, 
tal qual atualmente mais de 20 países experimentam ao redor do globo, representa um franco 
envelhecimento da população e a incapacidade de se ter renovada a força de trabalho. Uma 
sociedade quando vive a depressão demográfica murcha, envelhece, não se renova e, por con-
seguinte empobrece.
Povoado: Aqui entra um ponto curioso.
Somos, tal qual vimos anteriormente, um país populoso (com uma alta população absolu-
ta), mas seríamos também, de fato, um país povoado, pergunto?
Respondo: NÃO. O conceito de povoado remete à densidade populacional, ou seja, à quan-
tidade de habitantes por Km2 de um determinado lugar. É o dado relativo à Densidade De-
mográfica. Bom, caro(a) aluno(a), neste quesito o Brasil não está listado em posição alta no 
ranking dos mais populosos. Aliás, muito pelo contrário.
Ao diluirmos a enorme população brasileira por nosso gigante território nacional, em um 
ranking onde constam, mais ou menos, uns 190 países, o Brasil se encontra por volta do 159º 
lugar. É interessante perceber que, para nós, habitantes de grandes cidades, ou de centros 
urbanos médios, parece irreal, mas o que acontece no Brasil é que a nossa população se en-
contra mal distribuída, e muito concentrada, principalmente nas grandes cidades das Regiões 
Sul, Sudeste e Nordeste. Mas, de fato, na divisão total, temos apenas uma média em torno de 
24 hab/km2, uma média baixa em termos globais.
Para quem tiver interesse em saber as posições dos países no ranking de povoamento, 
espie este link recomendado abaixo:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_densidade_populacional
Portanto, em termos globais, somos considerados um país POPULOSO (grande população 
total), mas não muito POVOADO (média-baixa densidade demográfica).
Leia agora, caro(a) aluna(a), matéria publicada abaixo na página da revista Veja on-line e 
republicada pela revista Exame, em 28/08/2019, sobre o nosso atual panorama populacional 
em termos gerais e também regionais. Vale uma leitura atenta:
Em: https://exame.abril.com.br/brasil/brasil-tem-mais-de-210-milhoes-de-habitantes-
-aponta-ibge/
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MATÉRIA 
Brasil Já Tem Mais de 210 Milhões de Habitantes, Aponta IBGE
Diário Oficial da União trouxe nesta quarta-feira (28) a mais nova estimativa da população 
brasileira feita pelo IBGE
O Diário Oficial da União (DOU) traz nesta quarta-feira (28 de agosto) a mais nova estimativa 
da população brasileira feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 
acordo com os dados, o País já conta com mais de 210 milhões de habitantes, quantidade 
superior aos 208 milhões registrados em 2018. O número atualizado é de 210.147.125 de 
habitantes.
Três Estados do Sudeste estão no topo da lista dos mais populosos. São Paulo lidera com 
45.919.049 de habitantes – a capital do Estado tem hoje 12.252.023 pessoas. Em seguida, 
vêm Minas Gerais, com 21.168.791 de habitantes, e Rio de Janeiro, com 17.264.943.
No Nordeste, a Bahia tem a maior população da região, com 14.873.064 de habitantes. No 
Sul, Paraná e Rio Grande do Sul quase empatam no número de pessoas, com 11.377.239 e 
11.433.957 de habitantes, respectivamente. No Norte, o Estado do Pará é o mais populoso, 
com 8.602.865 de habitantes, e, no Centro-Oeste, é o Estado de Goiás, com 7.018.354. Pela 
nova estimativa, o Distrito Federal tem 3.015.268 de moradores.
Entre outros objetivos, a nova estimativa será utilizada para o cálculo das cotas dos fun-
dos de participação de Estados e municípios. Os dados têm data de referência em 1º de 
julho de 2019 e estão organizados por Estados, Distrito Federal e municípios.
Quatro municípios concentram 11,8% da população brasileira.
Os quatro municípios mais populosos do país concentram 24,87 milhões de habitantes. As 
populações de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador concentram 11,8% da popula-
ção brasileira, que hoje chega a 210,1 milhões de pessoas.
De acordo com as estimativas do IBGE, o município de São Paulo continua sendo o mais 
populoso do país, com 12,25 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 6,72 
milhões de habitantes, Brasília, com 3 milhões, e Salvador com 2,9 milhões de habitantes.
Já os municípios com menor população são Serra da Saudade (MG), com 781 habitantes, 
Borá (SP), com 837 habitantes, e Araguainha (MT), com 935 habitantes.
Segundo o IBGE, 324 municípios têm mais de 100 mil habitantes. Juntos eles são apenas 
5,8% do total de 5.570 municípios do país, mas respondem por 57,4% da população brasi-
leira ou 120,7 milhões de habitantes, sendo que 48 deles têm mais de 500 mil habitantes.
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Por outro lado, 3.670 municípios – 68,2% do total – são habitados por menos de 20 mil 
pessoas. Juntos eles têm 32 milhões de habitantes ou 15,2% da população total do país.
Dos 5.570 municípios do país, 28,6% apresentaram redução populacional. Aproximadamen-
te metade (49,6%) dos municípios tiveram crescimento entre zero e 1% e apenas 4,8% (266 
municípios) apresentaram crescimento igual ou superior a 2%.
Brasil: Estimativa da População 2021
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Brasil: Densidade Demográfica
Note haver no mapa anterior, acerca de nosso povoamento relativo, uma nítida concentra-
ção populacional na fachada litorânea (faixa que vai do litoral a mais ou menos 150-200 km 
em direção ao interior). Fora isso, os pontos no interior do Brasil que possuem alto índice de 
adensamento são os chamados Enclaves Territoriais.
Os Enclaves Territoriais são estruturas artificialmente criadas, tais quais cidades, polos 
industriais e até estradas, entre outros. Não importando sua classificação, o que determina 
ser um enclave é o fato de que ao surgirem a fórceps dentro dos espaços (incentivadas, via de 
regra, pela iniciativa estatal), os enclaves passam a atrair para áreas onde não havia qualquer 
desenvolvimento, ou, que seja, para lugares onde havia um baixo nível de desenvolvimento, 
uma gama de fatores de indução ao desenvolvimento. Capital, pessoas, bens, serviços.... Dois 
exemplos clássicos de enclaves no Brasil são: Brasília e a Zona Franca de Manaus, enclaves 
indutores e de enorme sucesso em termos de desenvolvimento e de atração populacional, po-
dendo ser estes, inclusive, bem percebidos no mapa de Densidade Demográfica acima. São os 
pontos bastante avermelhados, ou seja, de alto adensamento e que se revelam, em contraste à 
grande parte interior de nosso território, como ilhasem meio a regiões praticamente remotas.
Para finalizar, vale destacar que o Brasil possui áreas em ANECÚMENOS, ou seja, em par-
tes de um território onde os fatores naturais são impeditivos ao desenvolvimento humano. Os 
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desertos, as áreas congeladas e partes alagadas e as selvas são exemplos globais neste sen-
tido. Em nosso país, temos a Floresta Amazônica e, em menor escala, o semiárido nordestino, 
com a vegetação da Caatinga, nossos exemplos de anecúmenos territoriais.
1.2.1. A Evolução da Demografia Brasileira e Seu Atual Momento
Criado em 1938, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – realiza, a cada de-
cênio (desde 1940), o Censo Demográfico: a contagem de nossa população que nos traz uma 
radiografia precisa acerca de uma gigantesca gama de fatores humanos e sociais de nosso 
imenso país e de sua população. Nos períodos entre censitários, o Instituto promove amostra-
gens anuais com vistas a se manter atualizada a contagem decenal: o PNAD – Pesquisa Anual 
por Amostra de Domicílio.
Para 2020, o IBGE mais uma vez realizaria o Censo decenal (sendo nosso último de 2010). Ou 
pelo menos iria, em tese. Contudo, contingenciamentos de recursos e principalmente as difi-
culdades impostas pela Covid fizeram com que os trabalhos fossem adiados.
Em função das orientações do Ministério da Saúde relacionadas ao quadro de emergência de 
saúde pública causado pela COVID-19, o IBGE decidiu adiar a realização do Censo Demográfi-
co para 2021. A decisão levava em consideração a natureza de coleta da pesquisa, domiciliar 
e predominantemente presencial, com estimativa de visitas de mais de 180 mil recenseadores 
a cerca de 71 milhões de domicílios em todo o território nacional.
Considera, do mesmo modo, a impossibilidade de realização, em tempo hábil, de toda a cadeia 
de treinamentos para a operação censitária, cuja primeira etapa se iniciaria em abril de 2020, de 
forma centralizada, e posteriormente replicada em polos regionais e locais até o mês de julho.
Para a realização da operação censitária em 2021, o IBGE estabeleceu formalmente com o Mi-
nistério da Saúde o compromisso de realocar o orçamento do Censo 2020, em prol das ações 
de enfrentamento ao coronavírus mantidas pelo Ministério.
Eis que uma outra reviravolta ocorre, e o Censo, que seria realizado inicialmente em 2020 (se-
guindo tradição histórica de realização do macrolevantamento a cada decênio), após ser adiado 
em 2021, sofre outra mudança. Com a justificativa emanada pelo Ministro da Economia, Paulo 
Guedes, de não haver dinheiro, o Censo começou a ser realizado somente em 2022, com ibív.
O Brasil chegou ao ano de 2021 com as seguintes taxas de crescimento populacional, en-
velhecimento e fecundidade:
• Crescimento populacional no Brasil entre 2015-2019: 0,7% ao ano.
Obs.: � A atual fase de crescimento populacional do Brasil é denominada TRANSIÇÃO DEMO-
GRÁFICA, tal qual vimos mais acima. Em 2021 o nosso crescimento populacional foi 
de 0.7% a. a. Tal indicador não pode jamais ser considerado alto em se comparado em 
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termos globais. Pelo contrário, afinal a nossa população cresce menos que a média 
global (1.2% a. a.) e, também, menos que quase todos os países da América do Sul 
(inclusive menos que a Argentina e Paraguai). Crescemos menos atualmente também 
que o Canadá e os EUA.
População com mais de 65 anos (2020): 9.4%.
Obs.: � Embora não possa ser considerada ainda uma sociedade tipicamente envelhecida, con-
tudo, de fato, a população brasileira se encontra em rota acelerada de envelhecimento.
A expectativa de vida média, em 2021, da população brasileira é de aproximadamente 75 anos. 
E este indicador precioso só vem crescendo ao longo das últimas décadas. Em países desen-
volvidos, contudo, a expectativa média de vida já se encontra na casa dos 80 anos.
Segundo o IBGE, no Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo (as unidades da Federação 
com maior IDH), a expectativa de vida já atingiu a marca dos 80 anos.
• Taxa de fecundidade: 1,7 filho por mulher.1
A taxa de fecundidade é o número médio de filhos por mulher em idade adulta (15-49 
anos). Ela é considerada repositiva quando se encontra acima de dois filhos por mulher, não 
sendo, portanto, há mais de uma década o caso do Brasil (com taxa em 1,7), nem em mais de 
70 países hoje, segundo a ONU.
É importante compreendermos que, à medida que atualmente ocorre um padrão compor-
tamental, o qual vem desde a década de 1980 (quando saímos da EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA 
para adentrarmos na TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA), em que a contínua REDUÇÃO DA NATA-
LIDADE é evidente em nossa demografia, há consequentemente uma queda também neste 
indicador.
1.3. IdH BrAsIl: 2019
O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – é um indicador de desenvolvimento esta-
belecido pela ONU desde a entrada da década de 1990. Ele leva em consideração três fatores: 
renda, expectativa de vida e escolaridade. Vai de 0 (nenhum desenvolvimento) a 1 (desenvol-
vimento pleno) e pode ser usado em várias escalas, desde um bairro até países.
De acordo com o último ranking apresentado em 2019, com dados relativos ao ano de 2018, 
a Noruega (0.954) está na liderança, seguida por Suíça, Irlanda e Alemanha. O rol dos países 
com IDH Muito Alto compreende aqueles países que possuem indicador entre 0,8 a 1. Neste 
rol, se encontram na América do Sul apenas o Chile (42º), a Argentina (48º) e o Uruguai (57º).
1 Considerada como não repositiva.
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O Brasil se encontra no rol a seguir, denominado como de Alto Desenvolvimento. No últi-
mo ranking estacionamos em relação ao penúltimo, de 2014, na 79a posição, com indicador 
de 0,761. Estamos atrás de países como Cuba (72º), México (76º) e Tailândia (78º) e juntos da 
Colômbia (79º).
Posições no IDH: Países Selecionados
Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/12/15/brasil-perde-cinco-posicoes-no-ranking-mundial-de-idh.
ghtml
Entre os três critérios tomados como base no IDH – renda, expectativa de vida e escolaridade 
–, o que puxa para baixo nossa posição é exatamente o indicador escolaridade. Para se ter 
uma ideia, o Brasil, entre os países emergentes, possui escolaridade acima apenas da Índia.
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Escolaridade Média por Países Emergentes
ESCOLARIDADE MÉDIA POR PAÍSES EMERGENTES
CHILE 10,4
ARGENTINA 10,60
RÚSSIA 12
URUGUAI 8,70
BRASIL 7,80
COLÔMBIA 8,3
AMÉRICA LATINAE CARIBE 8,6
CHINA 7,9
EQUADOR 9
VENEZUELA 10,3
PARAGUAI 8,5
ÁFRICA DO SUL 10,20
ÍNDIA 6,5
Fonte: Pnud, 2019.
Dentre as unidades da Federação, dados de 2017 (divulgados em 2019), apenas o Distrito 
Federal, São Paulo e Santa Catarina possuem IDH muito alto, estando a liderança na Capital 
federal (DF), com IDH similar ao de Portugal (40º) e Chile (42º).
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Veja ranking (2017).
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2. pArte II – AtuAlIdAdes BrAsIl: polÍtIcA, economIA e FAtos
2.1. A polÍtIcA BrAsIleIrA
Introdução
Forma de governo: republicana.
Sistema de governo: presidencialismo.
O Legislativo Federal, com sede em Brasília, adota o modelo bicameral. Na Câmara dos 
Deputados a composição é determinada pelos chamados representantes do povo, em número 
de 513 parlamentares. Na Câmara dos Deputados, busca-se atender a uma representatividade 
que seja proporcional à população de cada unidade da Federação. São Paulo, nosso estado 
mais populoso, com 45 milhões de habitantes, possui 70 cadeiras na Câmara Federal. Já Ro-
raima, Acre e Amapá, todas Unidades da Federação com menos de 1 milhão de residentes, 
possuem 8 deputados federais cada. É interessante notar que a proporção de deputados em 
estados com pequena população acaba sendo a estes bem mais favorável quando comparada 
aos estados de grandes contingentes populacionais, como São Paulo, o nosso estado mais 
populoso. Há, portanto, distorções neste modelo representativo proporcional adotado na Câ-
mara Federal.
Já o Senado Federal, a outra casa do Congresso Nacional, é composto por parlamentares 
representantes das Unidades da Federação que foram eleitos (em mandato de 8 anos) em 
número de três senadores por cada UF. Assim, em um total de 27 UFs, totalizam 81 senadores 
no Brasil.
Artur Lira (PP-AL) é o Presidente da Câmara dos Deputados e segundo na linha de su-
cessão presidencial. Já o Senado Federal é presidido por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sendo 
também o Presidente do Congresso Nacional. Ambos comandarão suas respectivas casas até 
fevereiro de 2023. Eles são expoentes da chamada política do “centrão”, à qual o presidente 
Jair Bolsonaro vem buscando dar força, exatamente com vistas a se livrar, ao menos em tese, 
dos grilhões mais radicais de direita.
2.1.1. Os Partidos
Partidos 2022: Bolsonaro no PL, o Novo Gigante União Brasil e as “Bancadas 
de Valor” 
Nos últimos dias de Nov/2021 o Presidente Jair Bolsonaro, após 2 anos sem partido, anun-
cia sua filiação ao PL, o Partido Liberal, congregação política de direita e conservadora.
Bolsonaro foi Deputado Federal por sete mandatos, de 1991 a 2018. Concorreu à Presidên-
cia pelo PSL em 2018 e obteve 57 milhões de votos, derrotando Fernando Haddad do PT. Em 
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novembro de 2019, deixou o partido, anunciando a intenção de criar uma nova legenda que 
nunca saiu do papel: a Aliança Brasil.
Em seu discurso, realizado em 30 de Novembro de 2021, de ingresso finalmente a um novo 
partido, o PL, nosso Presidente proferiu críticas à atuação da Comissão de Direitos Humanos 
da Câmara e a políticas de educação de outros governos. Disse também não estar se lançando 
candidato à reeleição.
Fiquei 28 anos dentro da Câmara dos Deputados, como alguns poucos aqui atingiram esse tempo. 
Mas há uma semelhança muito grande entre nós. Ninguém faz nada sozinho. E tudo pode aconte-
cer. O futuro a Deus pertence. Aqui presente, além de vocês, pessoas maravilhosas, tem outras que 
são excepcionais, que marcaram mais a nossa vida. Eu vim do PP, Partido Progressista e confesso, 
prezado Valdemar, a decisão não foi fácil. Temos cada vez mais aberto um caminho enorme para 
construirmos aquela nação que todos nós queremos. Quem tem andado pelo Brasil vê cada vez 
mais, em qualquer lugar, as cores verde e amarela predominando e muito sobre o vermelho. Isso é 
um sinal de fé, de confiança, de esperança, de honestidade, as cores da nossa bandeira. Nós todos 
conseguimos fazer brotar do coração do brasileiro um sentimento de patriotismo, de amor à pátria”, 
afirmou Jair Bolsonaro.
A janela partidária, aberta até o primeiro dia de abril de 2022 vem animando Valdemar Cos-
ta Neto, presidente do PL, o novo partido de Bolsonaro. O cacique liberal tem repetido que seu 
partido terá o maior da Câmara dos Deputados já este ano, e com chances de se manter após as 
eleições um contingente de parlamentares respeitável.
Atualmente o União Brasil, o novo partido formado através da fusão do PSL com o DEM - e 
homologado pelo TSE em Fev/2022 - possui 78 deputados. Em sendo assim essa coligação 
é, portanto, a maior bancada de deputados em Mar/2022 (veja os números abaixo). Porém, a 
nova congregação, o União Brasil, deverá perder o maior número de parlamentares em função 
da debandada dos parlamentares ligados a Jair Bolsonaro. O PL recebeu Jair Bolsonaro e abri-
gará a partir de agora bolsonaristas, antes filiados ao PSL.
MAIORES BANCADAS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS EM MAR/2022:
União Brasil - 78 parlamentares.
PT - 53
PP - 43
PL - 42
PSD - 37
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No Senado Federal, a maior bancada na Casa é o MDB, que começou a legislatura com 13 
integrantes e entra em 2022 com 16 Senadores. Logo depois vem o PSD, que tinha 10 senado-
res em 2018 e chega a 11 – entre eles, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
TEXTO COMPLEMENTAR 
O Financiamento de Campanhas no Brasil: O Fundão em 2022
Por: Professor; Luis Felipe Ziriba 01/03/2022
Ao sancionar o Orçamento da União para 2022, o Presidente Jair Bolsonaro manteve o 
valor de R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral, o chamado Fundão.
O Fundo Eleitoral é destinado aos partidos para financiarem a campanha política das elei-
ções. Inicialmente, o valor seria de R$ 2,1 bilhões. Porém, durante a aprovação do Orçamento 
no Congresso, subiu para R$ 4,9 bilhões.
O fundo de R$ 4,9 bilhões é mais que o dobro dos cerca de R$ 2 bilhões empregados nas 
eleições de 2018 e de 2020. Seu nascedouro se encontra em 2015, quando o Supremo Tribunal 
Federal (STF) decidiu vedar as doações eleitorais por empresas. A partir de então, o financia-
mento de campanha no Brasil passou a ser feito preponderantemente com recursos públicos, 
por meio do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), apelidado como Fundo 
Eleitoral, ou FUNDÃO.
Contudo, isso não significa que não há mais financiamento privado de campanhas, uma 
vez que é permitido às pessoas físicas fazeremdoações a seus candidatos ou partidos de 
preferência. Nas eleições gerais de 2018, por exemplo, 19,4% das receitas eleitorais, o equiva-
lente a R$ 1,1 bilhão, possuíram essa origem. Os próprios candidatos também podem bancar 
parte de suas próprias campanhas. Há, porém, limites e condições previstos na Lei da Eleições 
(9.504/1997) e nas normas eleitorais aprovadas pelo TSE, que devem ser observados com cui-
dado pelo candidato e pelo cidadão que pretende fazer uma doação.
Por mais estranho que pareça, o financiamento público de campanha e a proibição de 
financiamento empresarial de campanhas se encontra em absoluta congruência ao que ocorre 
em democracias civilizadas, tais quais; França, Alemanha, Japão e Espanha. Aliás, mais de 100 
países no mundo adotam este modelo de financiamento. Porém, o atual aporte público brasi-
leiro, de quase 5 bilhões de reais para as campanhas, em 2022, é considerado, simplesmente, 
em termos globais o maior, disparado. Vale, portanto, a reflexão.
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Em: https://www.poder360.com.br/congresso/brasil-e-o-pais-com-o-maior-gasto-publico-com-campanhas/
FONTE: Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) e considera o orçamento dos fundos eleitoral e partidá-
rio.... Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/congresso/brasil-e-o-pais-com-o-maior-gasto-
-publico-com-campanhas/) © 2022 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei n. 9.610/98. A 
publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas
2.1.2. Jair Bolsonaro e os 3 Primeiros Anos de Governo
O Início
Eleito em segundo turno bradando um discurso: “contra tudo que está aí”, com vantagem 
de mais de 10 milhões de votos (55,13% dos votos válidos) sobre o seu adversário, Fernando 
Haddad (candidato do PT), o capitão reformado do Exército, Jair Bolsonaro, sai do baixo clero 
da Câmara dos Deputados, a casa legislativa que fora parlamentar por quase 30 anos para se 
tornar nosso 38º Presidente.
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O núcleo ministerial mais radical de Jair Bolsonaro em sua origem, é (ou era) composto 
todo por seguidores do filósofo Olavo de Carvalho: Triunvirato ministerial envolvendo, portan-
to, o Ministério das Relações Exteriores (Ministro Ernesto Araújo, demitido em fins de março 
de 2021 e substituído por Carlos Alberto França); o da Família e dos Direitos das Mulheres 
(Ministra Damares) e o da Educação. Nesta última pasta, Abraham Weintraub, ex-Ministro da 
Educação, após assumir o cargo, em abril de 2019 (após a demissão de Ricardo Velez) sai do 
governo em meados de 2020 e para seu lugar assume, em definitivo, o Pastor Milton Ribeiro 
(também de orientação conservadora).
A Questão das Armas
Jair Bolsonaro, seguindo promessa feita em campanha - onde seu gesto mais simbólico 
eram o de armas simuladas, com as duas mãos, promove (logo na largada de seu governo) 
decretos facilitando a posse de armas. Contudo, em maio de 2019, viu-se que suas pretensões 
armamentistas estavam, de fato, eivadas por inúmeras inconstitucionalidades, embora fos-
sem baseadas, importante destacar tal ponto, no referendo sobre a proibição da comerciali-
zação de armas de fogo e munições, ocorrido no Brasil a 23 de outubro de 2005.
Tal consulta pública não aprovou o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento (Lei 10826 de 
22 de dezembro de 2003). Este artigo apresentava a seguinte redação:
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacio-
nal, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei.
O referendo estava previsto e tinha, inclusive, data marcada no próprio Estatuto do Desar-
mamento. Como resultado, 64% da população disse “não”. Ou seja, deveríamos seguir poden-
do comercializar armas e munições no Brasil, mas, de fato, não foi o que aconteceu e meio 
que de imediato a partir deste referendo as decisões legislativas e do executivo federal sem-
pre foram contra o armamento por parte da população civil, fato. O resultado do referendo em 
tela, de 2005, não foi acatado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e o Brasil 
longo dos anos seguintes adotou uma política altamente refratária a aquisição de armas de 
fogo por parte da população civil. Eis que o Presidente Jair Bolsonaro, ao tomar posse chegou 
e por meio de decreto personalista, a versar que fosse facilitada a posse de fuzis por parte da 
população civil interessada. Porém, a abertura (e facilidades) por parte da população brasileira 
para adquirir armas ainda segue para ser analisada mais profundamente em primeira instância 
pelo Congresso Nacional.
Acerca de que se facilite a aquisição de armas de fogo para a população, premissa de campa-
nha que vem sendo arduamente perseguida por Jair Bolsonaro, tais medidas emanadas pelo 
executivo federal desde a posse do atual Presidente vêm sofrendo um severo controle por 
parte do Ministério Público Federal – órgão moderador que emanou uma série de questiona-
mentos sobre isso. Destacou, por exemplo, em outubro de 2019, via nota técnica, parecer em 
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que considera evidente que, ao flexibilizar-se a aquisição de armas por policiais, terá como 
resultado uma enorme facilitação ao desvio de armas para milícias.
As tratativas acerca de flexibilizar o armamento para a sociedade civil seguem em curso, con-
tudo. Bolsonaro, em reunião ministerial divulgada em rede nacional, deixou claro perseguir a 
intenção de armar toda a população (segundo suas próprias palavras). Os decretos armamen-
tistas que o Presidente emanou na entrada de 2021 são os mais sérios e contundentes desde 
que assumiu o governo e vêm sendo analisados pelo Congresso Nacional, mas já possuem 
vigor a partir de abril de 2021.
Os Decretos n. 10.627/2021, 10.628/2021, 10.629/2021 e 10.630/2021, que modificam 
o Estatuto do Desarmamento, foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União na 
noite do dia 12 de fevereiro de 2021, entrando em vigor em 60 dias.
As novas normas aumentam de quatro para seis o número de armas de fogo que um cida-
dão comum pode comprar e autorizam pessoas com direito ao porte de carregarem até duas 
armas de fogo ao mesmo tempo – antes o porte era concedido para uma arma específica, sem 
definir a quantidade.
Outra mudança permite que profissionais com direito a porte de armas, como integrantes 
das Forças Armadas e das polícias e membros da magistratura e do Ministério Público, pos-
sam adquirir até seis armas de uso restrito, como rifles e submetralhadoras.
Os textos também ampliam o acesso de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) a 
armas e munições sem a necessidade de autorização do Exército: até 60 armas para atirado-
res e até 30 armas para caçadores. Os CACs passam ainda a ter direito de comprar, por ano, 
insumos para recarga de até 2 mil cartuchospara armas de uso restrito e para até 5 mil cartu-
chos de armas de uso permitido.
Nessa baila, o número de aquisições de armas regulares por cidadãos no Brasil vem cres-
cendo como há muito tempo não se via. Nos três primeiros anos do governo Bolsonaro (2019 
a 2021), o registro de armas de fogo pela Polícia Federal mais do que triplicou em relação aos 
três anos anteriores (2016 a 2018). Desde o início do mandato do ex-capitão, foi registrada 
uma média anual de 153 mil armas novas, aumento de 225% em relação ao triênio anterior, 
quando a média anual foi de 47.141.
A chamada “Bancada da Bala” é uma coligação formada por um grupo de parlamentares, em 
geral militares, policiais, delegados e ruralistas que defendem arduamente o armamento por 
parte da população e pretendem dar salvaguarda aos projetos de lei neste sentido.
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Reforma da Previdência
Já no plano estrutural/econômico, uma primeira grande vitória de nosso mandatário se 
deu quando Jair Bolsonaro, em conluio com seu Ministro da Economia, Paulo Guedes, conse-
gue a aprovação, em julho de 2019, na Câmara dos Deputados, da Reforma da Previdência. 
Gestada originalmente no governo anterior, em molde bastante draconiano de Michel Temer, 
é com Bolsonaro na presidência que este novo marco, nascido com vistas a se promover um 
ajuste nas contas públicas nacionais e correções de injustiças, se tornou realidade. Falaremos 
sobre a Reforma da Previdência, caro(a) aluno(a), tão importante e de enorme dimensão na 
vida nacional, de forma esmiuçada um pouco mais à frente, ok?
A Política Externa Bolsonarista e as Relações com o Meio Ambiente
No plano externo, o governo de Jair Bolsonaro se alinha, como há muito tempo não se via, 
com os EUA. Seguindo (de forma nada velada) uma diretriz acima de tudo política, à medida 
que o Presidente Bolsonaro, junto a seu ex-chanceler Ernesto Araújo (que ficou à frente do 
Min. Rel. Exteriores de janeiro de 2019 a março de 2021), se identificava enormemente com 
as plataformas políticas adotadas por Donald Trump (Presidente dos EUA entre 2017-2020). 
Bolsonaro, em sua primeira viagem oficial aos EUA, em fevereiro de 2019, volta de Washington 
oferecendo vantagens aos turistas americanos, como isenção de custas para vistos a todos 
os americanos que aqui desejassem desembarcar como turistas. Além disso, nessa mesma 
viagem, garantiu-se a compra de trigo plantado nos EUA, com isenção de taxas alfandegárias 
por parte de nosso país. Em contrapartida, Trump devolve apenas uma vaga sinalização de 
que apoiaria o ingresso brasileiro na enfraquecida Organização para a Cooperação e o Desen-
volvimento Econômico (OCDE), e ambos encerram os protocolos desta visita trocando entre 
eles camisas de suas respectivas seleções de futebol.
O alinhamento escancarado promovido por Bolsonaro em torno de seu parceiro ideológico, 
Donald Trump, resultou, meses depois, em declarações de apoio proferidas pelo mandatário 
norte-americano a que nosso presidente prosseguisse aguerrido em defesa de seu projeto 
pessoal: tornar o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um de seus filhos, embaixa-
dor do Brasil nos EUA. E Bolsonaro, em 2019, após quase um mês brigando contra a imprensa 
e (parte) da opinião pública, se demove da ideia ao ser acusado de promover uma tentativa de 
nepotismo.
Em sua primeira viagem oficial com destino ao Fórum Econômico de Davos, na Suíça, em 
dezembro de 2019, o Presidente Jair Bolsonaro promoveu um discurso curto. Por lá, no inverno 
rigoroso europeu, sem arrancar aplausos nem vaias sinalizou que não iria sair, por enquanto, 
do Acordo do Clima de Paris, após ter anunciado em campanha no ano anterior que deixaria o 
acordo, caso fosse eleito. Já aqui em 2022 permanecemos, contudo, no acordo.
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Em Setembro de 2019 ao assumir o posto destinado aos presidentes brasileiros e abrir a 
Assembleia-Geral anual da ONU, em Nova York, por 30 minutos, o nosso Presidente se dirigiu 
ao mundo buscando deixar claro, entre outros pontos, que o seu governo era uma oposição ao 
socialismo/comunismo. Sobre seu discurso na ONU (24/9/2019), o seu primeiro, com vistas 
a facilitar nosso trabalho em Atualidades do Brasil, veja abaixo em resumo cinco pontos (em 
tópicos) atacados/destacados por Bolsonaro. Vale a pena, sem dúvidas, fazer uma leitura so-
bre os dois discursos na ONU já realizados (2019 e 2020), porém, claro, sem precisar decorar 
o ponto a ponto, servindo apenas como um embasamento acerca deste importante momento 
em que somos chamados anualmente a abrir a Assembleia-Geral da ONU.
Segue link para quem quiser promover uma leitura integral do discurso de Bolsonaro na ONU:
https://exame.abril.com.br/brasil/leia-na-integra-o-discurso-de-bolsonaro-na-assem-
bleia-da-onu/)
1. Socialismo
Bolsonaro abriu seu discurso dizendo que o Brasil “ressurge depois de estar à beira do so-
cialismo”. Ele fez duras críticas a Cuba, especialmente ao programa Mais Médicos, que levou 
médicos cubanos para trabalhar no Brasil e na Venezuela.
Os cubanos deixaram o programa, iniciado durante o governo da ex-presidente Dilma Rou-
sseff, com o rompimento do acordo de colaboração por parte de Havana após a eleição de 
Bolsonaro.
Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção ge-
neralizada, grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos aos 
valores familiares e religiosos que formam nossas tradições.
Segundo Bolsonaro:
A história nos mostra que, já nos anos 60, agentes cubanos foram enviados a diversos países para 
colaborar com a implementação de ditaduras. Há poucas décadas tentaram mudar o regime brasi-
leiro e de outros países da América Latina. Foram derrotados!
Bolsonaro acrescentou que o Brasil está trabalhando com os Estados Unidos para que a “a 
democracia seja restabelecida na Venezuela, mas também nos empenhamos duramente para 
que outros países da América do Sul não experimentem esse nefasto regime”.
O Foro de São Paulo, organização criminosa criada em 1990 por Fidel Castro, Lula e Hugo Chávez 
para difundir e implementar o socialismo na América Latina, ainda continua vivo e tem que ser com-
batido.
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2. Economia
Em seguida, Bolsonaro defendeu a abertura da economia. Destacou o acordo entre o Mer-
cosul e a União Europeia, alcançado em seu governo. Prometeu ainda novos acordos “nos 
próximos meses”.
Além disso, falou sobre a adesão do Brasil à OCDE (Organização para a Cooperação e De-
senvolvimento Econômico), preconizada em sua visita oficial aos EUA em fevereiro de 2019.
Não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica. E vice-versa. O li-
vre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil. A economia 
está reagindo,

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