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IGP SC - Direito Penal - Profa Carolina Carvalhal

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Noções de
Direito Penal
Noções de Direito: 8 questões.
➢ Noções de Direito Constitucional: Dos Princípios Fundamentais. Dos Direitos e Garantias Fundamentais.
Nacionalidade brasileira. Competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Da Administração
Pública e Servidores Públicos. Da Segurança Pública.
➢ Noções de Direito Penal: Infração penal: elementos, espécies. Sujeito ativo e sujeito passivo da infração
penal. Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade. Crimes: Crimes contra Pessoa, Crimes Contra o
Patrimônio, Crimes contra a fé pública, Crimes contra a administração pública.
➢ Noções de Direito Processual Penal: Do inquérito policial: artigos 6º e 7º. Do exame de corpo de delito e das
perícias em geral: artigos 158 a 184.
➢ Noções de Direito Administrativo: Noções de organização administrativa. Administração direta e indireta,
centralizada e descentralizada. Desconcentração. Princípios expressos e implícitos da administração pública.
Órgãos públicos. Agentes públicos. Processo Administrativo. Poderes administrativos. Ato administrativo.
Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo.
Improbidade Administrativa. Responsabilidade civil do Estado. Licitações e Contratos: Leis nºs 8.666/1993,
10.520/2002 e 14.133/2021.
IGP SC - FEPESE
Infração penal: elementos, espécies. Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal.
1. (FEPESE - 2017 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil) É correto afirmar sobre a infração penal:
A) A infração penal somente poderá ser cometida por pessoa física.
B) O Estado sempre será sujeito passivo formal de um crime.
C) Apenas os bens materiais poderão ser objeto de infração penal.
D) A infração penal não poderá ser praticada de forma isolada por um agente.
E) O sujeito ativo de uma infração penal é o titular do bem jurídico lesado.
Gabarito: B
A) INCORRETA. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 173, § 5°, autorizou que a pessoa jurídica seja
responsabilizada penalmente pelos crimes contra: ordem econômica e financeira; a economia popular e o meio
ambiente. A lei n° 9.605/98, em seu art. 3°, regulamentando o art. 173, § 5° da CF no tocante aos crimes ambientais
estabeleceu que as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente. Portanto, as pessoas
jurídicas também poderão cometer crimes (ambientais).
B) CORRETA. O Estado é o sujeito passivo constante, mediato, formal, geral, genérico ou indireto. Conforme ensina
Cleber Masson, o estado figura como sujeito passivo de todos os crimes, pois a ele pertence o direito público
subjetivo de exigir o cumprimento da legislação penal".
C) INCORRETA. Conforme a doutrina de Cleber Masson o objeto do crime “pode ser jurídico ou material”. Exemplo
de objeto jurídico: a vida, o patrimônio, a liberdade da pessoa etc.
Exemplo de objeto material: A pessoa humana. Um carro, um relógio etc.
D) INCORRETA. A infração penal poderá ser cometida de forma isolada por um agente, são os crimes conhecidos
como crimes de concurso eventual. Ex. homicídio, furto, roubo. Contudo, há crimes que só podem ser cometidos por
duas ou mais pessoas, são os crimes de concurso necessário. Ex. Organização criminosa, associação para o tráfico
etc.
E) INCORRETA. O sujeito ativo de uma infração penal é quem comete a infração, ou seja, é o infrator. O titular do
bem jurídico, é o sujeito passivo, ou seja, a vítima.
2. (FEPESE - 2010 - UDESC – Advogado) Assinale a alternativa correta.
A) O princípio da humanidade das penas está consagrado na Constituição Federal.
B) O princípio da aplicação da lei mais benéfica não é utilizado pelo direito penal.
C) O princípio da intervenção mínima não se confunde com o principio da ultima ratio.
D) Por força do princípio da insignificância não são punidos os crimes de menor potencial ofensivo.
E) A existência de crimes funcionais ofende o princípio da igualdade.
Gabarito: A
A) CORRETA. art. 5º, XLVII, CF/88 estabelece o princípio da humanidade das penas - não haverá penas: a) de morte,
salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de
banimento; e) cruéis;
B) INCORRETA. o CP traz explicitamente o princípio da aplicação da lei penal mais benéfica ao réu no art. 2, a única
exceção da aplicação da lei penal mais benéfica está justamente no art. 3º do CP, quando ele trata da lei penal
excepcional ou temporária.
C) INCORRETA. o princípio da intervenção mínima, também conhecido como ultima ratio, orienta e limita o poder
incriminador do Estado
D) INCORRETA. Os crimes de menor potencial ofensivo são punidos sim, eles apenas não são punidos com pena de
reclusão ou detenção, pois o Estado prefere, com toda razão, aplicar penas alternativas.
E) INCORRETA. Equivoca-se, é possível fixar condições especiais para o sujeito ativo e sujeito passivo.
3. (IBADE - 2021 - ISE-AC - Agente Socioeducativo) Considerando os sujeitos da infração penal, pode-
se dizer que a pessoa que realiza direta ou indiretamente a conduta criminosa, seja isoladamente, 
seja em concurso, é sujeito:
A) Menor de idade.
B) Ativo.
C) Passivo.
D) Amicus curiae.
E) Terceiro interessado.
Gabarito: B
*SUJEITO ATIVO: É aquele que ofende o bem jurídico (ou seja, comete a infração); Um sujeito pode praticar a
infração isoladamente ou em concurso de pessoas; O sujeito ativo pode ser pessoa física ou jurídica em crimes
ambientais.
*SUJEITO PASSIVO: O titular do bem jurídico ofendido, o que foi lesado pela infração cometida pelo ativo; Uma
infração penal possui sempre dois sujeitos passivos.
FORMAL: O estado que é sempre prejudicado quando ocorre a infração.
MATERIAL: O titular propriamente dito do bem jurídico que pode ser uma pessoa física ou jurídica.
-Em determinados casos, o estado pode ser ao mesmo tempo o sujeito passivo formal e material, quando por
exemplo ocorre roubo de bem publico; Em alguns crimes, obrigatoriamente deve existir dois ou mais sujeitos
passivos (DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA), como exemplo na violação de correspondência os sujeitos passivos do
crime são o remetente e o destinatário de correspondência.
4) (FGV - 2021 - PC-RJ - Perito Criminal - Engenharia Civil ) O tipo penal é a ferramenta fundamental
para limitar o poder punitivo do Estado e determinar a liberdade de conduta dos cidadãos.
Compõem o conceito de sujeitos da conduta típica:
A) autor, réu e juiz;
B) juiz, promotor, defensor e réu;
C) sujeito ativo, sujeito passivo e o Estado;
D) juiz, promotor e réu;
E) agente, vítima e testemunha.
Gabarito: C
A) INCORRETA. Os sujeitos de uma conduta típica são o sujeito ativo (o que pratica a conduta prevista no tipo penal),
o sujeito passivo (o que tem o seu bem jurídico lesado ou ameaçado de lesão pela conduta típica) e o Estado. O
Estado é sujeito passivo formal em todos os crimes, pois é o titular do mandamento legal violado. De modo eventual,
o Estado pode ser, em alguns casos, o próprio titular do bem jurídico violado ou ameaçado de lesão, sendo nestes
casos sujeito passivo material. O autor, o réu e o juiz são os sujeitos da relação processual. Assim sendo, a presente
alternativa é falsa.
B) INCORRETA. Os sujeitos de uma conduta típica são o sujeito ativo (o que pratica a conduta prevista no tipo penal),
o sujeito passivo (o que tem o seu bem jurídico lesado ou ameaçado de lesão pela conduta típica) e o Estado. O
Estado é sujeito passivo formal em todos os crimes, pois é o titular do mandamento legal violado. De modo eventual,
o Estado pode ser, em alguns casos, o próprio titular do bem jurídico violado ou ameaçado de lesão, sendo nestes
casos sujeito passivo material. O juiz, promotor, o defensor e o réu, são os sujeitos e representantes em um processo
penal. Assim sendo, a presente alternativa é falsa.
C) CORRETA. Os sujeitos de uma conduta típica são o sujeito ativo (o que pratica a conduta prevista no tipo penal), o
sujeito passivo (o que tem o seu bem jurídico lesado ou ameaçado de lesão pelaconduta típica) e o Estado. O Estado
é sujeito passivo formal em todos os crimes, pois é o titular do mandamento legal violado. De modo eventual, o
Estado pode ser, em alguns casos, o próprio titular do bem jurídico violado ou ameaçado de lesão, sendo nestes
casos sujeito passivo material. Desta forma, o sujeito ativo, o sujeito passivo e o Estado são os sujeitos da conduta
típica, sendo a presente alternativa verdadeira.
D) INCORRETA. Os sujeitos de uma conduta típica são o sujeito ativo (o que pratica a conduta prevista no tipo penal),
o sujeito passivo (o que tem o seu bem jurídico lesado ou ameaçado de lesão pela conduta típica) e o Estado. O
Estado é sujeito passivo formal em todos os crimes, pois é o titular do mandamento legal violado. De modo eventual,
o Estado pode ser, em alguns casos, o próprio titular do bem jurídico violado ou ameaçado de lesão, sendo nestes
casos sujeito passivo material. O juiz, o promotor e o réu são sujeitos do processo penal. Assim sendo, a presente
alternativa é falsa.
E) INCORRETA. Os sujeitos de uma conduta típica são o sujeito ativo (o que pratica a conduta prevista no tipo penal),
o sujeito passivo (o que tem o seu bem jurídico lesado ou ameaçado de lesão pela conduta típica) e o Estado. O
Estado é sujeito passivo formal em todos os crimes, pois é o titular do mandamento legal violado. De modo eventual,
o Estado pode ser, em alguns casos, o próprio titular do bem jurídico violado ou ameaçado de lesão, sendo nestes
casos sujeito passivo material. Embora o agente e a vítima sejam o sujeito ativo e o sujeito passivo da conduta típica,
respectivamente, a testemunha é a pessoa que produz a prova testemunhal; um dos meios de prova processual.
Assim sendo, a presente alternativa é falsa.
5. (Itame - 2019 - Prefeitura de Senador Canedo - GO - Guarda Municipal) Marque a alternativa
correta:
A) As contravenções penais ancoradas no Código Penal, aplicam-se tanto nas contravenções praticadas
no Brasil, quanto àquelas cometidas no exterior.
B) O crime classificado como culposo é aquele cujo agente desejou o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo.
C) Segundo o Código Penal é considerado sujeito ativo aquele que pratica a infração penal, podendo
ser qualquer pessoa, independente da idade.
D) A infração penal se subdivide em duas espécies: crime e contravenção penal. As contravenções
penais são sempre de ação penal pública incondicionada.
Gabarito: D
A) INCORRETA. O Código Penal não prevê contravenções penais. Ademais, o artigo 2º do Decreto-lei nº 3.688/1941
– Lei de Contravenções Penais – estabelece que a lei penal brasileira somente é aplicável à contravenção praticada
no território nacional.
B) INCORRETA. Quando o agente deseja o resultado ou assume o risco de produzi-lo, tem-se um crime doloso, nos
termos do que estabelece o artigo 18, inciso I, do Código Penal. No crime culposo, o agente não prevê o resultado,
que vem a ocorrer (culpa inconsciente), ou até o prevê, mas acredita sinceramente que ele não ocorrerá (culpa
consciente), mas ele ocorre. O crime culposo pressupõe a ocorrência do resultado, dada a inexistência de tentativa
de crimes culposos.
C) INCORRETA. De acordo com o artigo 27 do Código Penal, bem como em conformidade com o que dispõe o artigo
228 da Constituição da República, somente os maiores de 18 anos podem ser sujeitos ativos de infrações penais. Os
adolescentes podem ser apenas sujeitos ativos de atos infracionais, e suas condutas são reguladas pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente e não pelo Código Penal. Por serem os adolescentes inimputáveis, eles só podem ser
sancionados por atos infracionais mediante a aplicação de medidas socioeducativas.
D) CORRETA. O ordenamento jurídico brasileiro admite efetivamente a existência de infrações penais de duas
espécies: os crimes ou delitos e as contravenções penais. Os crimes estão previstos no Código Penal e em leis
extravagantes, podendo ser de ação penal pública, condicionada ou incondicionada, ou privada, conforme
estabelece o artigo 100 do Código Penal. Já as contravenções penais estão previstas na Lei de Contravenções Penais
– Decreto-lei nº 3.688/1941 – sendo todas de ação penal pública, consoante estabelece o artigo 17 da Lei de
Contravenção Penais. Há de se ressaltar, porém, que existem contravenções penais também previstas em outros
diplomas legais, quais sejam: Decreto-lei 6.259/1944 (arts. 45 a 60), Lei 5.553/1968 (art. 3º), Lei 8.245/1991 (art. 43),
e Lei 4.591/1964 (art. 66), sendo todas de ação penal pública incondicionada. Por fim, é importante ressaltar que a
doutrina e a jurisprudência orientam no sentido de que a contravenção penal prevista no artigo 21 da Lei de
Contravenções Penais é de ação penal pública condicionada à representação, como decorrência da determinação
contida no artigo 88 da Lei 9.099/95 no sentido de estabelecer a necessidade de representação para o crime de
lesão corporal leve.
OBS.: A orientação doutrinária e jurisprudencial no sentido de ser de ação penal pública a contravenção penal
prevista o artigo 21 da Lei de Contravenções Penais torna errada, a rigor, também a alternativa D, pelo que a questão
não teria resposta correta. No entanto, por ser uma orientação da doutrina e da jurisprudência e não uma
determinação legal, pode ser tomada como correta a letra D.
Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade.
1. (FEPESE - 2019 - SAP-SC - Agente Penitenciário) De acordo com o Código Penal Brasileiro, é correto
afirmar:
A) O crime na forma tentada deverá reunir todos os elementos de sua definição legal.
B) Para se considerar um crime tentado, basta que ele tenha iniciado a sua execução.
C) O crime tentado será punido com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída pela
metade.
D) Quando o agente, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução de um crime, ele será
considerado tentado.
E) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto, é impossível consumar-se o crime.
Gabarito: E
A) INCORRETA. A assertiva contida neste item corresponde ao crime consumado nos termos explícitos do inciso I do
artigo 14 do Código Penal, senão vejamos:
"Art. 14 - Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
(...)".
Para que fique configurado o crime consumado, a conduta e o resultado previstos abstratamente no tipo penal
devem materializar-se integralmente, ou seja, aperfeiçoarem-se. O crime tentado, por sua vez, caracteriza-se pela
não ocorrência do resultado abstratamente previsto pela norma típica, conforme se depreende da leitura do inciso II
do artigo 14 da Código Penal, in verbis:
"Art. 14 - Diz-se o crime:
(...)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente."
Por consequência, a assertiva contida neste item está incorreta.
B) INCORRETA. O início da prática de atos executórios, considerados como tais aqueles que estão inseridos no verbo que compõe
núcleo do tipo e já configuram os atos que vulneram o bem jurídico protegido pelo tipo penal, é condição necessária para que
fique configurado um delito em sua forma tentada. Todavia, isso não é suficiente para a sua caracterização, na medida em que,
para que a forma tentada do crime se afigure, é imprescindível que o resultado visado pelo agente não ocorra por circunstâncias
alheias a sua vontade, nos termos do artigo 14, II, do Código Penal. Conforme estabelece o artigo 15 do Código Penal, há
hipóteses em que os atos executórios são iniciados, mas não se configura a tentativa, pois ou o agente deixa voluntariamente de
prosseguir a sua conduta (desistência voluntária) ou impede ou que o resultado se aperfeiçoe (arrependimento eficaz).
Diante dessas considerações, verifica-se que a presente alternativa é falsa.
C) INCORRETA. Nos termos expressos do parágrafo único do artigo 14 do Código Penal, "salvo disposição em contrário, pune-se a
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuídade um a dois terços". Logo, fica evidente que a assertiva
contida neste item está equivocada.
D) INCORRETA. Conforme exposto na análise do item (B) desta questão, "quando o agente, voluntariamente, desiste de
prosseguir na execução de um crime", não fica configurada a forma tentada do delito. Na espécie, o que se revela é a figura da
desistência voluntária, nos termos constantes da primeira parte do artigo 14 do Código Penal, senão vejamos: "O agente que,
voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados".
Com efeito, a assertiva contida neste item está incorreta.
E) CORRETA. A assertiva contida neste item corresponde de modo pleno à figura denominada crime impossível, prevista no artigo
17 do Código Penal, que assim dispõe: "não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta
impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime." A presente alternativa é, portanto, a verdadeira.
2. (FEPESE - 2019 - SAP-SC - Agente Penitenciário) De acordo com o Código Penal Brasileiro, é correto
afirmar:
A) A imperícia poderá ser considerada dolosa quando o agente, em razão de ofício ou determinação
legal, dá causa ao resultado.
B) O agente que assume o risco de produzir determinado resultado pratica crime com culpa
consciente.
C) Quando o agente não puder ser punido por fato previsto como crime doloso, ele será enquadrado
na conduta culposa similar.
D) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao
menos culposamente.
E) Pratica crime culposo o agente que quis o resultado e deu causa por meio de imprudência ou
negligência.
Gabarito: D
A) INCORRETA. Imperícia é a revelação de inaptidão técnica em atividade, arte, ofício ou profissão, consubstanciada
na incapacidade, desconhecimento ou falta de habilitação para o exercício de determinado mister que a pessoa se
propõe a exercer. A imperícia só é relevante quando causa um resultado. Não há que se falar em imperícia dolosa,
pois, por definição, o agente imperito não quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, mas sim o provocou
pelas razões anteriormente mencionadas.
B) INCORRETA. A proposição contida demanda do candidato o conhecimento da diferença entre culpa consciente e
dolo eventual.
O dolo eventual se dá quando o agente, embora não queira o resultado, assume o risco de produzi-lo após
representar em sua mente que, da sua conduta, possa ocorrer o resultado típico, nos termos da segunda parte do
artigo 18, inciso I do Código Penal.
Já na culpa consciente, o agente efetivamente prevê o resultado, mas não o quer nem o aceita. Segundo Fernando
Capez, em seu Direito Penal, Parte Geral, "a culpa consciente difere do dolo eventual porque neste o agente prevê o
resultado mas não se importa que ele ocorra, ao passo que na culpa consciente, embora prevendo o que possa vir a
acontecer, o agente repudia essa possibilidade. Logo, o traço distintivo entre ambos é que no dolo eventual o agente
diz: 'não importa; dane-se', enquanto na culpa consciente supõe: 'é possível mas não vai acontecer de forma
alguma'".
A assertiva contida neste item corresponde, como se pode verificar, ao dolo eventual.
C) INCORRETA. O crime doloso ocorre, nos termos do artigo 18, inciso I, do Código Penal "... quando o agente quis o
resultado ou assumiu o risco de produzi-lo." O artigo 18, inciso II, do Código Penal, por sua vez, diz que o crime é
culposo "... quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia." Para que seja
enquadrado como culposo, nos casos em o agente não puder ser punido por fato previsto como crime doloso, é
imprescindível que haja previsão legal, nos termos do parágrafo único do artigo 18 do Código Penal que tem a
seguinte redação: "salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente".
D) CORRETA. Nos termos explicitados no artigo 19 do Código Penal, "pelo resultado que agrava especialmente a
pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente".
E) INCORRETA. O agente que pratica o crime culposo não quer diretamente o resultado, mas dá-lhe causa por
imprudência, negligência ou imperícia.
3. (FEPESE - 2019 - SAP-SC - Agente Penitenciário) De acordo com o Código Penal Brasileiro, é correto 
afirmar:
A) É isento de pena o agente que comete um crime em estado de necessidade.
B) A legítima defesa estará caracterizada quando o agente pratica fato para salvar de perigo atual, 
direito próprio ou alheio, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar.
C) Será isento de pena aquele que, ao tempo da ação ou da omissão, era inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato em razão de emoção ou paixão, ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento.
D) A embriaguez, quando completa e proveniente de caso fortuito, é considerada como uma 
excludente de ilicitude.
E) Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
Gabarito: E
A) INCORRETA. A estado de necessidade é uma causa excludente de ilicitude prevista no artigo 24 do Código Penal,
que tem a seguinte redação: "Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício,
nas circunstâncias, não era razoável exigir-se". Tratando-se de causa excludente da ilicitude, quando constatada o
estado de necessidade sequer há crime, não havendo falar-se em isenção de pena.
B) INCORRETA. Nos termos do artigo 25 do Código Penal, "entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem". A
assertiva constante deste item corresponde à definição de estado de necessidade.
C) INCORRETA. Nos termos expressos no artigo 28, inciso I, do Código Penal, a emoção e a paixão não afastam a
imputabilidade penal. No caso da emoção, pode dar azo à atenuação da pena ou servir como causa de diminuição de
pena, desde que inserida, respectivamente, nas circunstâncias do artigo 65, III, "c" e do artigo 121, § 1º, ambos do
Código Penal. A isenção da pena ocorre no caso previsto no artigo 26 do Código Penal, que assim dispõe: "é isento de
pena o agente que, por doença ou desenvolvimento mental incompleto ou retardo, era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se com esse entendimento".
D) INCORRETA. A embriaguez fortuita afasta a culpabilidade descaracterizando a imputabilidade do agente. Nessas
hipóteses, aplica-se a regra do artigo 28, §1º, do Código Penal, que assim dispõe: “é isento de pena o agente que,
por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento". A
embriaguez fortuita não configura, portanto, excludente de ilicitude como afirmado.
E) CORRETA. Nos termos do disposto no § 1º, do artigo 24, do Código Penal, não se aplica a excludente de ilicitude
do estado de necessidade ao agente que tinha o dever legal de enfrentar o perigo, senão vejamos:
"Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se. (...)
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo;
(...)".
A assertiva contida neste item está, portanto, correta.
4. (FEPESE - 2019 - SJC-SC - Agente Penitenciário) De acordo com o Código Penal Brasileiro, é correto
afirmar:
A) O crime na forma tentada deverá reunir todos os elementos de sua definição legal.
B) Para se considerar um crime tentado, basta que ele tenha iniciado a sua execução.C) O crime tentado será punido com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída pela
metade.
D) Quando o agente, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução de um crime, ele será
considerado tentado.
E) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto, é impossível consumar-se o crime.
Gabarito: E
A) INCORRETA. O crime tentado presume o início da execução ,mas a não consumação por circunstâncias alheias à
vontade do agente, quando o crime apresentar todos os seus elementos para definição falamos da figura consumada
B) INCORRETA. O crime tentado ocorre quando iniciada a execução, o crime não se consuma por circunstâncias
alheias à vontade do agente (Artigo 14, II, do Código Penal).
C) INCORRETA. A tentativa é uma causa de diminuição de pena de 1/3 a 2/3 (Artigo 14, parágrafo único,
Código Penal).
D) INCORRETA. Fala da descrição da desistência voluntária (Artigo 15, do Código Penal).
E) CORRETA. É a única correta, conforme o Artigo 17, do Código Penal.
5. (FEPESE - 2019 - SJC-SC - Agente Penitenciário) De acordo com o Código Penal Brasileiro, é correto
afirmar:
A) A imperícia poderá ser considerada dolosa quando o agente, em razão de ofício ou determinação
legal, dá causa ao resultado.
B) O agente que assume o risco de produzir determinado resultado pratica crime com culpa
consciente.
C) Quando o agente não puder ser punido por fato previsto como crime doloso, ele será enquadrado
na conduta culposa similar.
D) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao
menos culposamente.
E) Pratica crime culposo o agente que quis o resultado e deu causa por meio de imprudência ou
negligência.
Gabarito: D
A) INCORRETA. Em qualquer modalidade de culpa o agente não quer e não assume o resultado (Artigo 18, do Código
Penal).
B) INCORRETA. O agente que assume o risco de produzir determinado resultado pratica crime na modalidade do
dolo eventual.
C) INCORRETA. Um dos requisitos para o crime culposo é a sua tipicidade, ou seja, o agente somente responde por
tipo penal culposo com previsão na lei.
D) CORRETA. De acordo com o Artigo 19, do Código Penal.
E) INCORRETA. O agente quis o resultado ele praticou a conduta de forma dolosa e não culposa (Artigo 18, do Código
Penal).
6. (FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado) A capacidade de entender que uma conduta é
ilícita e de se adequar conforme tal conduta é denominada:
A) ilicitude.
B) tipicidade.
C) culpabilidade.
D) imputabilidade.
E) responsabilidade.
Gabarito: D
A) INCORRETA. Ilicitude: É a contrariedade entre o fato típico praticado por alguém e o ordenamento jurídico, capaz
de lesionar ou expor a perigo de lesão bens jurídicos penalmente tutelados. O juízo de ilicitude é posterior e
depende do juízo de tipicidade, de forma que todo fato penalmente ilícito também é, necessariamente, típico.
B) INCORRETA. Tipicidade: Elemento do fato típico presente em todo e qualquer crime, assim como a conduta. O
resultado naturalístico e a relação de causalidade só existem nos crimes materiais consumados.
Atualmente fala-se em tipicidade penal, formada pela soma de tipicidade formal com a tipicidade material.
a) Tipicidade formal: É o mero juízo de adequação, juízo de subsunção do fato à norma. Deve-se ser apurado se o
fato praticado na vida real se amolda ao modelo de infração penal descrita na lei penal. Exemplo, João efetua disparo
de arma de fogo contra José levando-o a óbito. Norma: art. 121, do CP: matar alguém.
b) Tipicidade material ou substancial: É a relevância da lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. Exemplo,
João subtrai a quantia de R$ 1,50 da carteira de José.
É justamente a tipicidade material que será afastada pelo princípio da insignificância. Sempre que existe uma
conduta sem relevante lesão ao bem jurídico, estamos diante da aplicação do princípio da insignificância, o qual
afasta a tipicidade material.
C) INCORRETA. Culpabilidade: É o juízo de censura ou de reprovabilidade que incide sobre a formação e a
exteriorização da vontade do responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de
imposição de pena. A partir da culpabilidade, faz a análise se a pessoa envolvida na prática de um fato típico e ilícito
ou não suporta uma pena
D) CORRETA. Imputabilidade: É a capacidade mental, inerente ao ser humano de, ao tempo da ação ou omissão,
entender o caráter ilícito do fato (elemento intelectivo) e de determinar-se de acordo com esse entendimento
(elemento volitvo). Dessa forma, a imputabilidade penal depende de dois requisitos:
a) Intelectivo: é a integridade biopsíquica, consiste na perfeita saúde mental que permite ao indivíduo o
entendimento do caráter ilícito do fato; e
b) Volitivo: é o domínio da vontade, é dizer, o agente controla e comanda seus impulsos relativos à compreensão do
caráter ilícito do fato, determinando-se de acordo com esse entendimento.
Esses elementos devem estar simultaneamente presentes, pois, na falta de um deles, o sujeito será tratado como
inimputável.
E) INCORRETA.
7. (FEPESE - 2017 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil) De acordo com o Código Penal o erro sobre o
elemento constitutivo do tipo penal permite apenas a:
A) exclusão da culpabilidade.
B) materialização do crime impossível.
C) redução da pena para crime tentado.
D) prática do crime mediante concurso.
E) punição por crime culposo, se previsto em lei.
Gabarito: E
A) INCORRETA. A – Errada. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
punição por crime culposo, se previsto em lei (art. 20 do Código Penal). Assim, excluindo-se o dolo exclui-se a
tipicidade e não a culpabilidade como afirmou à alternativa.
B) INCORRETA. Ocorrerá crime impossível quando por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do
objeto, é impossível consumar-se o crime (art. 17 do CP).
C) INCORRETA. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por
crime culposo, se previsto em lei (art. 20 do Código Penal). Desta forma, excluindo-se o dolo exclui-se a tipicidade e
assim não há que se falar em tentativa.
D) INCORRETA. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por
crime culposo, se previsto em lei (art. 20 do Código Penal). Desta forma, excluindo-se o dolo exclui-se a tipicidade e
assim não há que se falar em crime.
E) CORRETA. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por
crime culposo, se previsto em lei (art. 20 do Código Penal).
8) (FEPESE - 2017 - PC-SC - Agente de Polícia Civil) De acordo com o Código Penal, assinale a
alternativa correta acerca da imputabilidade penal.
A) O menor de dezoito anos é isento de pena para todos os efeitos legais, quando demonstrado não
entender o caráter ilícito do fato.
B) A embriaguez, quando voluntária, afasta a imputabilidade do agente.
C) A emoção, quando proveniente de caso fortuito, torna o agente inimputável se ao tempo da ação
ou da omissão não possuía a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato.
D) Ao agir sob efeito da paixão, o agente terá reduzida a pena de um a dois terços.
E) O agente que por doença mental, ao tempo da ação ou omissão, era inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato é isento de pena.
Gabarito: E
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE:
A) INIMPUTABILIDADE:
– doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado (art. 26);
– desenvolvimento mental incompleto por presunção legal, do menor de 18 anos (art. 27);
– embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior (art. 28, § 1º).
B) INEXISTÊNCIA DA POSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DA ILICITUDE:
– erro de proibição (art. 21).
C) INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA:
– coação moral irresistível (art. 22, 1ª parte);
– obediência hierárquica (art. 22, 2ª parte).
Crimes: Crimes contra Pessoa, Crimes Contra o Patrimônio,Crimes contra a fé pública,
Crimes contra a administração pública.
1. (FEPESE - 2017 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil) De acordo com o Código Penal, a incapacidade
para as ocupações habituais, por mais de trinta dias, caracteriza o crime de:
A) lesão corporal simples.
B) lesão corporal leve.
C) lesão corporal grave.
D) lesão corporal gravíssima.
Gabarito: C
O crime de lesão corporal é dividido em:
- Lesão corporal leve ou simples (art. 129, caput);
- Lesão corporal grave (art. 129, § 1º);
- Lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2°);
- Lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3°);
A lesão corporal leve ou simples é definida por exclusão, ou seja, o que não for lesão corporal grave, gravíssima ou seguida 
de morte será leve.
Lesão corporal de natureza grave é aquela que resulta (art. 129, § 1º):
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Lesão corporal de natureza gravíssima é aquela que resulta(art. 129, § 2º): 
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Assim, a lesão corporal que resulta incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias é lesão corporal grave.
2. (FEPESE - 2014 - MPE-SC - Procurador do Estado) Gisele trafegava em velocidade compatível com a via
quando teve seu veículo abalroado pelo carro de Luiz. Como ele estava embriagado, evadiu-se do local
deixando Gisele com ferimentos insignificantes. Esta chamou a polícia rodoviária que atendeu à ocorrência
indo ao local do acidente. Chegando lá os oficiais entenderam por bem colocar a jovem na viatura e levá-la
até o pronto-socorro mais próximo a fim de afastar qualquer suspeita de ferimentos internos. No trajeto
até o pronto-socorro foram atingidos pela caminhonete de Bernardo, que vinha em alta velocidade e furou
um sinal vermelho. Pela intensidade do choque Gisele veio a óbito no local do acidente em razão de
traumatismo craniano provocado pela segunda batida.
Sabendo que não foi feita prova que pudesse atestar a alcoolemia de Luiz, assinale a alternativa correta.
A) Bernardo vai responder por homicídio culposo.
B) Luiz vai responder por homicídio doloso, porque estava embriagado.
C) Luiz vai responder por homicídio culposo e por dirigir embriagado.
D) Luiz vai responder pela evasão do local do sinistro e pela lesão corporal leve sofrida por Gisele.
E) Luiz vai responder por homicídio culposo já que a primeira batida possui nexo de causalidade com o
resultado final.
Gabarito: D
Luiz responderá pelo crime de evasão do local do sinistro e por lesão corporal culposa. Ainda que estivesse
embriagado, o enunciado da questão não permite concluir que houve dolo eventual. Bernardo, por sua vez,
responderia por homicídio culposo na condução de veículo automotor, como se encontra tipificado no artigo 302 da
Lei nº 9503/98 Código de Transito Brasileiro e não por homicídio culposo nos termos previstos no código penal. Por
fim Luiz não irá responder por homicídio culposo, uma vez que, pelo enunciado da questão, o nexo de causalidade foi
rompido já que o ingresso de Gisele na viatura policial para dirigirem-se para o hospital está fora da linha de
desdobramento causal da conduta cometida por Luiz.
3. (FEPESE - 2022 - IGP-SC - Auxiliar Médico-Legal) Assinale a alternativa correta de acordo com o
Código Penal.
A) A coisa abandonada não pode ser objeto material do crime de furto.
B) A violência contra o obstáculo que impede a subtração do bem caracteriza o crime de roubo.
C) A energia elétrica é equiparada a bem imóvel para fins de caracterização de crime contra o
patrimônio.
D) A subtração de bem por meio do abuso de confiança, mediante fraude, escalada ou destreza
caracteriza o crime de estelionato.
E) Configura crime de furto privilegiado a subtração de coisa alheia em que o agente pensa ser
própria.
Gabarito: A
A) CORRETA. Coisa abandonada não pode ser objeto material do crime de furto. Mas pode o agente incidir na
apropriação de coisa achada no caso da res desperdita (art. 169, parágrafo único, II, do CP).
B) INCORRETA. Roubo: Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
C) INCORRETA. Furto: Art. 155. § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
D) INCORRETA. Furto qualificado: § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I -
com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com abuso de confiança, ou mediante fraude,
escalada ou destreza; III - com emprego de chave falsa; IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
E) INCORRETA. A coisa subtraída deverá ser alheia. Logo, o proprietário que venha a apoderar-se de coisa que não
esteja em sua posse poderá praticar o exercício arbitrário das próprias razões (art. 346 Código Penal Brasileiro).
Jamais o furto, porque a coisa é própria.
4. (FEPESE - 2017 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil) De acordo com o Código Penal, é correto afirmar
sobre o crime de roubo.
A) No roubo, a grave ameaça ou o emprego de violência deve ser causado contra pessoa.
B) No roubo, equipara-se a coisa alheia móvel à obtenção de indevida vantagem econômica.
C) A ausência do emprego de arma branca ou de fogo afasta a consumação do crime de roubo.
D) Somente ocorre a prática do crime de roubo quando configurada a restrição da liberdade da vítima.
E) Para a caracterização do crime roubo, a grave ameaça ou violência deve ocorrer antes da subtração
do bem.
Gabarito: A
A) CORRETA. Configura o crime de roubo subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça
ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência (art. 157,
caput, do CP).
B) INCORRETA. Não há essa equiparação.
C) INCORRETA. O crime de roubo se consuma com a subtração da coisa móvel alheia mediante grave ameaça ou
violência a pessoa (roubo simples). Entretanto, se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma
branca aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até metade (art. 157, §2°, inc. VII do CP).
D) INCORRETA. O crime de roubo se consuma com a subtração da coisa móvel alheia mediante grave ameaça ou
violência a pessoa (roubo simples). Se para cometer o roubo o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo
sua liberdade aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até metade (art. 157, §2°, inc. V do CP).
E) INCORRETA. No roubo impróprio que é aquele em que o agente logo depois de subtraída a coisa, emprega
violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si
ou para terceiro (art. 157 § 1° do CP). Assim, no roubo impróprio a violência ocorre após a subtração da coisa.
5. (FEPESE - 2014 - MPE-SC - Analista de Contas Públicas – Direito) Assinale a alternativa correta
sobre o crime de apropriação indébita previdenciária.
A) Se o agente for primário e tiver bons antecedentes poderá o juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
somente a de multa.
B) Nas mesmas penas incorre quem deixar de pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas
ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social.
C) Se o agente promover, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da
contribuição social previdenciária, inclusive acessórios, o juiz poderá substituir a pena de reclusão pela de
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
D) É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente, espontaneamente,
declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações
devidas à previdência social,antes do início da ação fiscal.
E) É extinta a punibilidade se o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior
àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento
de suas execuções fiscais.
Gabarito: B
A) INCORRETA. É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e
de bons antecedentes, desde que presentes algumas condições: tenha promovido, após o início da ação fiscal e
antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou o valor
das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social,
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais, de acordo com o art. 168-
A, §3º, I e II do CP.
B) CORRETA. Nas mesmas penas da apropriação indébita previdenciária incorre quem deixar de pagar benefício
devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência
social, de acordo com o art. 168-A, §1º, III do CP.
C) INCORRETA. Na verdade, se ocorrer tal hipótese, é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a
de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, de acordo com o art. 168-A, §3º, I do CP.
D) INCORRETA. É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei
ou regulamento, antes do início da ação fiscal, de acordo com o art. 168-A, §2º do CP.
E) INCORRETA. Nesse caso, não será extinta a punibilidade, é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar
somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: o valor das contribuições devidas,
inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como
sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais, segundo o § 3o, II, do artigo 168-A do CP.
Crimes: Crimes contra Pessoa, Crimes Contra o Patrimônio, Crimes contra a fé pública,
Crimes contra a administração pública.
1. (FEPESE - 2022 - Prefeitura de Florianópolis - SC - Procurador Municipal - Edital nº 001) Assinale a
alternativa correta de acordo com o Código Penal.
A) Quem, por conta própria ou alheia, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na
circulação moeda falsa terá a pena reduzida até a metade, caso demonstrado sinal indicativo de
inutilização do papel-moeda.
B) O tipo penal do delito de moeda pune o agente que falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda
metálica ou papel-moeda de curso legal, exclusivamente dentro do país.
C) O agente que desvia e faz circular moeda verdadeira, cuja circulação não estava ainda autorizada,
incorre nas mesmas penas do delito de moeda falsa.
D) O agente público que fabrica, emite ou permite a emissão de de papel-moeda em quantidade
superior à autorizada, não pratica o crime de moeda falsa.
E) No delito de moeda falsa, quem, tendo recebido moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, é
punido como coautor do crime.
Gabarito: C
A) INCORRETA. Na verdade, quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede,
empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa incorre nas mesmas penas do delito de moeda falsa. É o que
dispõe o CP, em seu art. 289, §4º: “Moeda Falsa. Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou
papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. (...) § 1º - Nas
mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede,
empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa”. Quanto à parte final da alternativa, não existe tal previsão
de diminuição de pena no CP.
B) INCORRETA. O tipo penal do delito de moeda pune o agente dentro e fora do país. É o que dispõe o CP, em seu
art. 289, caput: “Moeda Falsa. Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de
curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. (...)”.
C) CORRETA. É o que dispõe o CP, em seu art. 289, §4º: “Moeda Falsa. Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-
a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e
multa. (...) § 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda
autorizada”.
D) INCORRETA. O agente público que fabrica, emite ou permite a emissão de papel-moeda em quantidade superior à
autorizada pratica o delito de moeda falsa, sendo punido com pena de reclusão, de três a quinze anos, e multa. É o
que dispõe o CP, em seu art. 289, §3º, II: “Moeda Falsa. Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda
metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. (...)
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de
banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: II - de papel-moeda em quantidade
superior à autorizada. (...)”.
E) INCORRETA. Quem, tendo recebido moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, não responde pelas penas do
delito de moeda falsa, não sendo, assim coautor deste crime; o CP prevê pena própria para esta conduta, que é de
detenção, de seis meses a dois anos, e multa. É o que dispõe o CP, em seu art. 289, §3º, II: “Moeda Falsa. Art. 289 -
Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. (...) § 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda
falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois
anos, e multa. (...)”.
2. (FEPESE - 2014 - MPE-SC - Analista de Contas Públicas – Direito) Assinale a alternativa que indica
corretamente o crime praticado por quem atestar ou certificar falsamente, em razão de função
pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de
serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem.
A) Falsificação de documento público
B) Falsificação do selo ou sinal público
C) Falsidade material de atestado ou certidão
D) Certidão ou atestado ideologicamente falso
E) Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica
Gabarito: D
Código Penal - DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Certidão ou atestado ideologicamente falso
Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a
obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
≠
Falsidade material de atestado ou certidão
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro,
para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de
caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
3. (FEPESE - 2022 - Prefeitura de Florianópolis - SC - Procurador Municipal - Edital nº 001) Assinale a
alternativa correta em relação aos crimes contra a administração pública.
A) A conduta prevista no tipo penal da condescendência criminosa exige que o autor seja
hierarquicamente subordinado a vitima do crime.
B) A perda do cargo, do mandato ou da função pública, é um dos efeitos automáticos da condenação
pela prática do crime de condescendência criminosa.
C) No crime de condescendência criminosa, o agente terá a pena reduzida pela metade quando tiver
agido com intuito de satisfazer interesse pessoal.
D) O delitode condescendência criminosa é crime omissivo puro não sendo punido na forma tentada.
E) Para a tipificação do crime de condescendência criminosa, o agente deve agir com a motivação de
obter vantagem indevida.
Gabarito: D
A) INCORRETA. O que existe é uma relação de hierarquia. essa relação pode ser ascendente (deixar de comunicar à autoridade
competente) ou descendente (deixar de responsabilizar o subordinado). segundo a doutrina majoritária, deve existir uma
relação de hierarquia entre quem comete a falta grave no exercício da função com quem deixa de responsabilizar ou deixa de
comunicar.
B) INCORRETA. Não existe perda automática de cargo para crimes contra a administração em geral. a perda automática se dá
só nos crimes de tortura e de organização criminosa.
C) INCORRETA. Se o funcionário superior hierárquico se omite para atender sentimento ou interesse pessoal, particular,
individual, próprio, privativo, peculiar, específico do dele responderá pelo crime de prevaricação. ou seja, por indulgência e
satisfação de interesse pessoal o agente público deixar de fazer, no caso deixa de responsabilizar ou deixa de comunicar
autoridade.
D) CORRETA. Crime próprio (omissivo próprio) = deixar de agir. logo, tratando-se de crime omissivo próprio, pois não se admite
a tentativa, a sua execução não permite o fracionamento da conduta, crime unissubsistente.
E) INCORRETA. A condescendência criminosa não tem por finalidade a obtenção de nenhuma vantagem. aqui, o funcionário
público atua por indulgência, ou seja, por compaixão, bondade, clemência de outrem, de natureza impessoal. logo, se houver
interesse de vantagem, então a natureza deixa de ser impessoal e passa a ser pessoal, ou seja, tende a configurar o crime de
corrupção passiva.
4. (FEPESE - 2022 - IGP-SC - Auxiliar Médico-Legal) Assinale a alternativa correta de acordo com o
Código Penal.
A) O crime de peculato não admite a modalidade culposa.
B) Os mortos poderão ser sujeito passivo de crime, quando tiverem a sua honra atingida.
C) As circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam entre os agentes do crime,
salvo quando elementares do crime.
D) Todo agente que participar de forma direta ou indireta de uma infração penal será considerado
autor do crime para fins de penalização.
E) Os crimes contra administração pública somente poderão ser praticados por servidores públicos.
Gabarito: C
A) INCORRETA. O crime de peculato admite a modalidade culposa. O peculato culposo é previsto no art. 312, § 2° do
Código Penal.
B) INCORRETA. Apenas os vivos podem ser sujeitos passivos (vítimas de crimes). Embora seja punido crime de
calúnia contra os mortos (art. 138, § 2°, CP) e haja crimes contra o respeito aos mortos, o sujeito passivo desses
crimes são a família e a coletividade, respectivamente.
C) CORRETA. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do
crime (art. 30, CP).
D) INCORRETA. De acordo com a teoria restritiva adotada pelo Código Penal autor é aquele que realiza a ação
nuclear (verbo do tipo) do fato típico. Já o participe é quem participa de forma direta ou indireta de uma infração
penal. Deve-se ainda ser considerada a teoria da autoria mediata para melhor diferenciação da autoria e
participação. Mas a questão está incorreta, pois troca o conceito de participação pelo de autoria.
E) INCORRETA. Os crimes contra a administração pública são crimes próprios, ou seja, exigem uma qualidade
especial do sujeito ativo, que nestes crimes é a condição de servidor público. Contudo, um particular poderá cometer
um crime contra a administração pública quando pratica a infração penal em concurso de pessoas com um servidor
público e conhece a condição de servidor. Além disso, há crimes específicos que são praticados por particulares
contra a administração púbica, ex. crime de corrução ativa.
5. (FEPESE - 2020 - Prefeitura de Itajaí - SC - Assistente Jurídico) De acordo com a legislação penal,
caracteriza-se como crime de peculato:
A) Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
B) Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se
da qualidade de funcionário.
C) Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
D) Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.
E) Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
Gabarito: D
O delito de peculato está tipificado no artigo 312 do Código Penal, que tem a seguinte redação:
"Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que
tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio". Sendo assim, a alternativa correta é a
constante do item (D) da questão, que corresponde ipsis litteris ao disposto no artigo que disciplina o crime de
peculato.
6. (FEPESE - 2020 - Prefeitura de Itajaí - SC - Assistente Jurídico) Conforme disposto na legislação
penal brasileira, “oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo
a praticar, omitir ou retardar ato de ofício”, qualifica o crime de:
A) desacato.
B) prevaricação.
C) corrupção ativa.
D) corrupção passiva.
E) usurpação de função pública.
Gabarito: C
A conduta descrita no enunciado da questão corresponde ao crime de corrupção ativa e se encontra
tipificada no artigo 333, do Código Penal, que tem a seguinte redação, senão vejamos: "oferecer ou prometer
vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício".
Por isso, cotejando a situação descrita, a norma transcrita e as alternativas constantes da questão, há de concluir
que a assertiva correta é a constante do item (C).
7. (FEPESE - 2018 - VISAN - SC – Advogado) De acordo com o Código Penal, quando o funcionário
público, por indulgência, não levar ao conhecimento da autoridade competente fato, praticado por
terceiro, que caracterize infração no exercício do cargo ocorre a prática do delito de:
A) concussão.
B) corrupção passiva.
C) condescendência criminosa.
D) peculato administrativo.
E) prevaricação.
Gabarito: C
O enunciado descreve o delito de condescendência criminosa, no qual o agente, funcionário público,
movido por um sentimento de indulgência (ou seja, camaradagem ou tolerância) deixa de responsabilizar um
subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falta competência, não leva o fato ao
conhecimento da autoridade competente. Porém, possui problemas, tendo em vista que, na conduta descrita no
crime do artigo 320 do Código Penal, o sujeito ativo deixa de levar ao conhecimento da autoridade competente uma
infração praticada por subordinado e não por qualquer terceiro.
A) INCORRETA. O crime de concussão está descrito no artigo 316 do Código Penal.
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la,
mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
B) INCORRETA. O crime de corrupção passiva está previsto no artigo 317 do Código Penal.
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
C) CORRETA. Conforme justificado acima.
Condescendência criminosa
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeuinfração no exercício
do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
D) INCORRETA. O crime de peculato está descrito no artigo 312 do Código Penal e não há modalidade de “peculato
administrativo".
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular,
de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
E) INCORRETA. O crime de prevaricação está previsto no artigo 319 do Código Penal.
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei,
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Direito Penal para Iniciantes – Profa Carolina Carvalhal
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