Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
QUESTÕES DIREITO PENAL 1 (FUNDATEC 2022) NÃO é causa de extinção da punibilidade, segundo o Código Penal: a) O pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. b) A renúncia do direito de queixa ou o perdão aceito, nos crimes de ação privada. c) A reabilitação do agente. d) A retroatividade da lei que não mais considera o fato como criminoso. e) A retratação do agente, nos casos em que a lei a admite. COMENTÁRIO: Candidato a questão exige o conhecimento acerca da letra da lei do Código Penal Decreto-Lei nº 2.848/1940, basta a leitura atenta sobre a extinção da punibilidade, consoante art. 107, CP. Obs.: a questão deseja que o candidato assinale a alternativa que não está no rol do art. 107, CP, ou seja, a incorreta. A - É o que dispõe o CP em seu art. 107, IX: Extingue-se a punibilidade: IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. Alternativa correta. B - É o que dispõe o CP em seu art. 107, V: Extingue-se a punibilidade: V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada. Alternativa correta. C - Não existe tal previsão legal. Alternativa incorreta. D - É o que dispõe o CP em seu art. 107, III: Extingue-se a punibilidade: III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso. Alternativa correta. E - É o que dispõe o CP em seu art. 107, VI: “Extingue-se a punibilidade: VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite. Alternativa correta. Alternativa correta letra C (já que a questão pede a incorreta). 2 (FUNDATEC 2021) Analise as assertivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas, em relação aos atos considerados crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral, conforme disposto no Decreto-Lei nº 2.848/1940. ( ) Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. ( ) Inserir ou facilitar a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. ( ) Extraviar documentos oficiais, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente. ( ) Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) V – F – F – F. b) V – V – V – V. c) V – F – V – F. d) F – V – F – V. e) F – F – V – V. COMENTÁRIO: Candidato para responder à questão, cabe a análise detalhado dos enunciados contidas nos seus itens de modo a verificar-se quais delas são falsas ou verdadeiras. ( V ) - A conduta descrita neste item corresponde de modo perfeito, ao delito de peculato mediante erro de outrem, tipificado no artigo 313 do Código Penal. Logo, a presente assertiva é verdadeira. ( V ) - A conduta descrita neste item corresponde ao crime de Inserção de dados falsos em sistema de informações, tipificado no artigo 313-A do Código Penal, razão pela qual a presente proposição é verdadeira. ( V ) - A conduta descrita neste item corresponde ao crime de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento, previsto no artigo 314 do Código Penal. Assim sendo, a presente assertiva é verdadeira. ( V ) - A conduta descrita neste item subsome-se ao tipo penal do artigo 317 do Código Penal, que prevê o crime de corrupção passiva. Assim sendo, a presente assertiva é verdadeira. Alternativa correta letra B. 3 (FUNDATEC 2021) Acerca dos crimes contra a administração pública, assinale a alternativa INCORRETA. a) Na hipótese de peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. b) Aquele que der às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei comete o crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas. c) Comete o crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações aquele que inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. d) O crime de corrupção passiva tem a pena aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. e) O funcionário que deixa, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente, comete o crime de condescendência criminosa. COMENTÁRIO: Candidato, impõe-se a análise das alternativas, de modo a se verificar qual delas está INCORRETA. Observa-se que terá a transcrição de alguns dispositivos legais em alguns comentários para otimizar seu estudo e revisão para melhor fixação da matéria. A - Nos termos do artigo 312, § 3º, do Código Penal, nas hipóteses de peculato culposo, no caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Alternativa correta. B - A conduta descrita na alternativa corresponde ao delito de emprego irregular de verbas ou rendas públicas, tipificado no artigo 315, do Código Penal: dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei. Alternativa correta. C - O crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações, e também a sua forma majorada, encontra-se previsto no artigo 313-B, do Código Penal. Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente. Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. A conduta descrita neste item corresponde ao delito de inserção de dados falsos em sistema de informação, previsto no artigo 313- A, do Código Penal. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. alternativa está incorreta. D - O crime de corrupção passiva está tipificado no artigo 317 do Código Penal, que tem a seguinte descrição legal: solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. A assertiva corresponde de à majorante incidente sobre o mencionado delito, que se encontra prevista no § 1º do artigo citado. Alternativa está correta E - A conduta descrita nesta alternativa corresponde ao crime de condescendência criminosa previsto no artigo 320 do Código Penal. Alternativas está correta. Alternativa correta letra C. 5 (FUNDATEC 2021) Conforme dicção do Código Penal e entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa INCORRETA sobre os crimes contra a fé pública e contra a administração pública. a) O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública. b) Para efeitos penais, considera-se funcionário público quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, empregoou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. c) O crime de falsificação de documento público compreende o ato de falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro, incorrendo nas mesmas penas quem insere ou faz inserir em documento contábil, ou qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. d) A omissão, em documento público ou particular, de declaração que dele deveria constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa, diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, configura o crime de falsidade ideológica. e) A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da qualificação do órgão expedidor. COMENTÁRIO: Candidato a questão exige conhecimento do Código penal dos crimes contra a Fé Pública e contra a Administração Pública, além do entendimento do STJ sumulado. Observação: muita atenção no que enunciado está pedindo, pois você está estudando também o entendimento do STF e as atualizações legislativas e entendimentos dos tribunais superiores. A - O princípio da insignificância entende que determinadas condutas, apesar de serem típicas, não causam lesão ao bem jurídico tutelado, e desse modo, torna o fato atípico. Súmula 599 STJ: O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública. Alternativa correta. B - O conceito de funcionário público para fins penais é muito mais amplo. De acordo com o Código penal, considera-se funcionário público: Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º -Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. Alternativa correta. C - A alternativa trouxe a letra da lei do art. 297 do CP, caput, e §3º, III, falsificação de documento público. Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 3º Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. Alternativa correta. D - O crime de falsidade ideológica se configura quando se omite, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, de acordo com o art. 299 do CP. Alternativa correta. E - Segundo o entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça. Súmula 546 do STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor. Alternativa incorreta. Alternativa correta letra E 6 (FUNDATEC 2020) De acordo com o Código Penal, são considerados crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral: I. Prevaricação, que consiste em retardar ou deixar de praticar, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal ou para terceiro. II. Condescendência criminosa, que consiste em deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente. III. Advocacia administrativa, que consiste em patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, ainda que não esteja se valendo da qualidade de funcionário público. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) I, II e III. COMENTÁRIO: Candidato a questão exige conhecimento acerca dos crimes praticados por funcionários públicos contra a Administração Pública. I - O crime de prevaricação consiste em: Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal, art. 319 do CP. O erro da alternativa é afirmar que o agente age para beneficiar terceiro. Alternativa incorreta II - Configura o crime de condescendência criminosa: “Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente, art. 320 do CP. Alternativa correta. III - De acordo com o Código Penal, comete o crime de advocacia administrativa quem “Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública,valendo-se da qualidade de funcionário, art. 321 do CP. Alternativa Incorreta Alternativa correta letra B. 7 (FUNDATEC 2017) Relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando as terminologias aos seus conceitos, de acordo com o disposto no Código Penal Brasileiro. Coluna 1 1. Peculato. 2. Concussão. 3. Excesso de exação. Coluna 2 ( ) Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. ( ) Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. ( ) Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) 2 – 3 – 1. b) 3 – 1 – 2. c) 1 – 2 – 3. d) 2 – 1 – 3. e) 3 – 2 – 1. COMENTÁRIO: Candidato a questão exige conhecimento acerca dos crimes praticados contra a Administração Pública. ( 2 ) - O delito de concussão está previsto no art. 316, do CP: Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. Conforme o Pacote Anticrime – Lei 13964/19, a pena prevista para o mencionado crime passou a ser de reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. ( 3 ) - O crime de excesso de exação é um tipo especial derivado do delito de concussão, estando previsto no art. Art. 316, §1º, do CP: Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. ( 1 ) - O crime de peculato (peculato próprio) está previsto no art. 312, do CP: Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. A primeira parte do dispositivo traz o chamado peculato apropriação (verbo do tipo apropriar), enquanto a segunda parte traz o chamado peculato desvio (verbo do tipo desviar). Temos também o peculato furto (peculato impróprio) previsto no art. 312, §1º, do CP, o peculato culposo, art. 312, §2º, do CP e o peculato mediante erro de outrem, art.313, do CP conhecido como peculato estelionato. Sequência 2, 3 e 1. Alternativa correta letra A. 8 (FUNDATEC 2019) No Direito Penal, a retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso: a) É vedada. b) É causa de extinção da punibilidade. c) Representa caso de anistia. d) Representa caso de indulto. e) Afasta a ilicitude do ato, mas não produz a extinção da punibilidade. COMENTÁRIO: Candidato infere-se no conteúdo constante no enunciado da questão para verificar qual delas está correta. A retroatividade da lei que não mais considera o fato como delituoso configura o chamado abolitio criminis transformação de um fato típico em atípico, nos termos artigo 2º do Código Penal: ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Trata-se de causa de extinção da punibilidade, que se encontra prevista no inciso III do artigo 107 do Código Penal. Alternativa correta letra A. 9 (FUNDATEC 2015) Sobre os crimes contra a Administração Pública, é INCORRETO afirmar que configura crime de a) peculato apropriar-se, o funcionário público, de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. b) concussão exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. c) descaminho importar ou exportar mercadoria proibida. d) prevaricação retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. e) corrupção passiva solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. COMENTÁRIO: Candidato não confundir os crimes com uma leitura desatenta. Observa-se que a questão pede a INCORRETA. Facilitação de contrabando ou descaminho - praticado por agente público: Art. 318 -Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando (art. 334-A) ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. Contrabando - praticado por particular contra a administração em geral: Art. 334-A - Importar ou exportar mercadoria proibida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. Obs.: Em regra NÃO se aceita o princípio da insignificância, mas esse entendimento pode ser relativizado quando a mercadoria tiver valor ínfimo e não afetar bem de interesse nacional. Descaminho - praticado por particular contra a administração em geral: Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Obs.1: trata-se de espécie de crime tributário; Obs. 2: aceita-se o princípio da insignificância. Obs. 3: ler o caput dos artigos mencionados e seus parágrafos e incisos. Alternativa correta letra C. 10 (FUNDATEC 2014) “Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo”. Esse conceito descreve um crime contra a administração pública denominado: a) Corrupção passiva. b) Peculato. c) Concussão. d) Estelionato. e) Suborno. COMENTÁRIO: Candidato questão tranquila, o enunciado da questão traz a descrição de um tipo penal dos crimes contra Administração pública. A - O crime de corrupção passiva está previsto no art. 317, do CP: Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Alternativa Incorreta. B - O crime de peculato está previsto no art. 312, do CP: Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. Alternativa correta. C - O crime de concussão está previsto no art. 316, do CP: Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. De acordo com o Pacote Anticrime – Lei 13964/19, a pena prevista para o referido tipo penal passou a ser de reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. Alternativa Incorreta. D - O crime de e estelionato está previsto no art. 171, do CP: - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. Único crime contra o Patrimônio dentre as alternativas. Alternativa Incorreta. E - O termo “suborno” geralmente refere-se ao crime de corrupção ativa, previsto no art. 333, do CP: Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. Alternativa Incorreta. Alternativa correta letra B. 11(FUNDATEC 2020) Acerca dos crimes contra a administração pública, à luz do disposto no Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/1940 e respectivas alterações) e das leis de abuso de autoridade e de licitações, assinale a alternativa INCORRETA. a) Teófilo, exercente de cargo em entidade paraestatal, ao desviar bem móvel público, em proveito alheio, está incurso nas sanções atinentes ao crime de peculato. b) Caso Teobaldo, ocupante de cargo em comissão em autarquia municipal, revele fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, responderá pelo delito de violação de sigilo funcional, sem lhe ser aplicável a causa de aumento de pena da terça parte, prevista no Art. 327, §2º, do CP. c) Teórcrito, servidor público municipal, foi condenado por abuso de autoridade, nos termos da Lei nº 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade), tendo sido reconhecida sua reincidência em crime da mesma espécie. Assim, tem-se como efeito automático da sentença a perda do cargo público. d) Tito foi absolvido em processo criminal atinente à Lei nº 13.869/2019, em razão do reconhecimento do estrito cumprimento de dever legal. A decisão prolatada pelo juízo criminal, na hipótese, faz coisa julgada no âmbito cível e administrativo-disciplinar. e) Tâmara ajustou com Taciana a contratação de sua empresa de serviços de publicidade, pelo município de Santo Augusto, por meio de inexigibilidade de licitação. Na hipótese narrada, ambas as agentes responderão pelo mesmo delito, caracterizado pelo ato de inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, sendo-lhes aplicada a mesma pena. COMENTÁRIO: Candidato os comentários a seguir são com base na doutrina do professor Cleber Masson. O enunciado da questão pedi a alternativa INCORRETA. Os crimes praticados por funcionário público contra a Administração, também chamados de crimes funcionais, tem uma característica importante, conforme ensina Cleber Masson, “são cometidos pelo funcionário público no exercício da função pública ou em razão dela” A - no artigo 327 o Código Penal define quem são os funcionários públicos para efeitos penais: Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º -Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. Conforme a alternativa Teófilo é funcionário público e praticou o crime de peculato. Alternativa correta. B - O princípioda legalidade que reza que “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal, art. 1° do CP. Observa-se por ausência de previsão legal a Teobaldo, ocupante de cargo em comissão em autarquia municipal, não poderá incidir a causa de aumento de pena previsto no § 2 ° do art. 327 do CP, pois de acordo com a norma pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. Ou seja, não há previsão de incidência da causa de aumento de pena para quem exerce cargo em comissão nas autarquias. Alternativa correta. C - Lei nº 13.869/2019, Lei de Abuso de Autoridade traz os efeitos da condenação penal: Art. 4º São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença. Alternativa Incorreta. D - Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito, consoante art. 8° Lei nº 13.869/2019 Lei de Abuso de Autoridade. Alternativa correta. E - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade, art. 29 do Código Penal. Alternativa correta. Alternativa correta letra C. 12 (FUNDATEC 2020) Sobre os crimes contra a fé pública, previstos no Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/1940), assinale a alternativa CORRETA. a) Aquele que fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda responde pelo delito de moeda falsa. b) O agente público que falsifica, no todo ou em parte, documento emanado de entidade paraestatal, incorre no delito de falsificação de documento público, aumentando-se a pena de sexta parte. c) O cartão de crédito é equiparado a documento público para fins do delito de falsificação de documento público. d) Omitir, em documento particular, declaração que dele devia constar, com o fim de prejudicar direito de terceiro, enquadra-se como delito de falsificação de documento particular. e) Aquele que usa, como próprio, documento alheio ou se atribui falsa identidade comete delitos apenados com detenção e multa, ainda que se constituam elementos de crime mais grave. COMENTÁRIO: Candidato a questão exige conhecimentos acerca dos crimes contra a fé pública previsto nos artigos 289 a 310 do Código Penal. A - Configura o crime de Petrechos para falsificação de moeda, art. 291 do CP: Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda. Alternativa incorreta B - A alternativa descreve a conduta prevista no art. 297, §§ 1° e 2° do CP. Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro. Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. Alternativa correta. C - Equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito, art. 298, paragrafo único do CP. Alternativa incorreta D - Configura o delito do art. 299 do CP, falsidade ideológica. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, Alternativa incorreta E- Art. 308 do CP. Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro: Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. Alternativa incorreta Alternativa correta letra B. 15 (FUNDATEC 2019) O Título XI do Código Penal trata dos crimes contra à administração pública, sendo que, no Capítulo I, estão previstos os crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Nesse sentido, analise as assertivas abaixo: I. Comete crime de prevaricação o funcionário público que deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente. II. O funcionário público que revelar fato que deva permanecer em segredo, de que tem ciência em razão do cargo, ou facilitar-lhe a revelação, comete o delito de condescendência criminosa. III. Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe – ou deveria saber – indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza, comete o delito de excesso de exação. IV. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, configura o crime de corrupção passiva. Quais estão corretas? a) Apenas III. b) Apenas IV. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) Apenas I, III e IV. COMENTÁRIO: Candidato não confundir os crimes funcionais contra a administração em geral com uma leitura desatenta. Observa-se os verbos nucleares e as circunstâncias do tipo penal. Item I - Condescendência criminosa: Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente, art. 320 do CP. Alternativa incorreta. Item II - Violação de sigilo funcional: Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação, art. 325 do CP. Alternativa incorreta. Item III - Excesso de exação: Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza, art. 316, §1º, do CP. Alternativa correta. Item IV - Concussão: Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, art. 316 do CP). Alternativa incorreta. Alternativa correta letra A. 17 (FUNDATEC 2021) À luz do disposto no Código Penal Brasileiro – Decreto-Lei nº 2.848/1940, assinale a alternativa INCORRETA. a) Comete crime de inserção de dados falsos em sistema de informações o funcionário que modificar ou alterar sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitaçãode autoridade competente. b) No crime de epidemia, se da propagação de germes patogênicos resultar morte, aplica-se a pena em dobro. c) A infração de medida sanitária preventiva, determinada pelo poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, quando praticada por agente que exerce a profissão de médico, tem a pena aumentada de um terço. d) Comete crime quem fornece substância medicinal em desacordo com receita médica. e) A corrupção passiva compreende o ato de solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. COMENTÁRIO: Candidato é necessária a análise detalhada das assertivas sobre alguns crimes previstos no Código Penal. Vamos ao exame de cada um dos enunciados, objetivando apontar a que está INCORRETA. A - O crime de inserção de dados falsos em sistema de informações está previsto no artigo 313-A do Código Penal: Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. A conduta narrada no enunciado não corresponde a do crime de inserção de dados falsos em sistema de informações, mas sim ao crime de modificação u alteração não autorizada de sistema de informações, previsto no artigo 313-B do Penal. Alternativa incorreta. B - O crime de epidemia está previsto no artigo 267 do Código Penal: Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos. A pena cominada para esta figura típica é de reclusão, de dez a quinze anos. Estabelece o § 1º do aludido dispositivo legal que: se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro. Alternativa correta. C - O crime de infração de medida sanitária preventiva está previsto no artigo 268 do Código Penal, da seguinte forma: Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. Para o presente tipo penal é cominada pena de detenção de um mês a um ano, e multa. Estabelece parágrafo único do aludido dispositivo legal que a pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro. Alternativa correta. D - O crime de medicamento em desacordo com receita médica está previsto no artigo 280 do Código Penal, da seguinte forma: Fornecer substância medicinal em desacordo com receita médica. Alternativa correta. E - O crime de corrupção passiva está previsto no artigo 317 do Código Penal, da seguinte forma: Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Alternativa correta. Alternativa correta letra A. 18 (FUNDATEC 2021) De acordo com o Código Penal, ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes: I. Contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. II. Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. III. Contra a administração pública. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas I e III. COMENTÁRIO: Candidato a questão diz respeito ao estudo da extraterritorialidade da lei penal, artigo 7º do Código Penal. A lei penal brasileira é aplicada logicamente aos fatos ocorridos no território brasileiro, valendo lembrar que o conceito de território brasileiro não corresponde apenas aos limites continentais do país. No entanto, é possível excepcionalmente a aplicação da lei penal brasileira a fatos ocorridos fora do território brasileiro. São as hipóteses de extraterritorialidade da lei penal, previstas no artigo 7º do Código Penal, sendo que no inciso I estão elencados os casos de extraterritorialidade incondicionada, e no inciso II os casos de extraterritorialidade condicionada. Item I- Uma vez que o crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República é uma das hipóteses de extraterritorialidade incondicionada da lei penal brasileira, conforme determinação do artigo 7ª, inciso I, alínea “a", do Código Penal. Alternativa correta. Item II - Ela está prevista no artigo 7º, inciso II, alínea “b", do Código Penal, tratando-se de hipótese de extraterritorialidade incondicionada da lei penal brasileira. Alternativa correta. Item III - Justificativa, o simples fato de se tratar de crime contra a administração pública não basta para ensejar a aplicação da lei penal brasileira fora dos limites territoriais. Seria o caso se, além da referida informação, também tivesse sido narrado que o crime fora praticado por quem está ao seu serviço. Aí sim estaria correta, consoante o artigo 7º, inciso I, alínea “c", do Código Penal. Alternativa incorreta. Alternativa correta letra D. 19 (FUNDATEC 2021) Segundo súmula do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que: a) Por equiparação, a lei penal considera funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de qualquer atividade da Administração Pública. b) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. c) Nos crimes funcionais próprios, a exclusão da qualidade de funcionário público faz com que ocorra a desclassificação para crimes de outra natureza, enquanto que nos crimes funcionais impróprios a exclusão da qualidade de funcionário público torna o fato atípico. d) No peculato culposo, a reparação integral do dano, antes da sentença penal irrecorrível, reduz pela metade a pena aplicada. e) Para ser sujeito ativo no crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas, o funcionário público deve ter poder de dispor da verba ou renda pública e a consumação somente ocorre se ficar comprovado o prejuízo do erário. COMENTÁRIO: Candidato vamos observar todas as assertivas para analisar qual será a CORRETA de acordo com o enunciado. A - Neste caso, compete à lei, em seu art. 327, §1º do CP, estabelecer quem é funcionário público. Ademais, erra tal assertiva ao final, quando abrange "qualquer atividade" como objeto de trabalho. Pelo dispositivo mencionado, dever-se-ia falar em "atividades típicas”. Alternativa incorreta. B - a assertiva trouxe a Súmula 714 do STF. É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções. Alternativa correta. C - É exatamente o inverso. Troque o início da primeira sentença pela segunda, que estará correto. Interessante observar que este item é idêntico a uma questão da FCC ( Prova do TRT 9ª REGIÃO/PR), com os mesmos dizeres e induzindo ao mesmo erro. Alternativa incorreta. D - A reparação integral antes da sentença irrecorrível extingue a punibilidade, conforme art. 312, §3º do CP. Observa-se se fosse após a sentença, ai sim seria causa de redução de pena. Alternativa incorreta. E - O art. 315 do CP é formal, à medida que enuncia "dar aplicação diversa". Logo é desnecessário comprovar efetivo prejuízo. Alternativa correta letra B. 21 (FUNDATEC 2018) Dos crimes contra apessoa, destacam-se aqueles que eliminam a vida humana, considerada o bem jurídico mais importante do homem, razão de ser de todos os demais interesses tutelados, merecendo inaugurar a parte especial do nosso Diploma Penal. Considerando os crimes contra a vida, assinale a alternativa INCORRETA. a) A vida é tratada nesse tópico tanto na forma intra (biológica) quanto extrauterina, protegendo-se, desse modo, o produto da concepção (esperança de homem) e a pessoa humana vivente. b) O dolo do homicídio pode ser direto (o agente quer o resultado) ou eventual (o agente assume o risco de produzi-lo). c) A Lei nº 13.104/2015 inseriu o inciso VI no art. 121 do Código Penal: o feminicídio, entendido como a morte de mulher em razão da condição do sexo feminino (leia-se, violência de gênero quanto ao sexo). d) Infanticídio, segundo dispõe o Diploma Penal Brasileiro, é matar o próprio filho independentemente da condição fisiopsicológica do sujeito ativo. e) Três são as formas de praticar o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio: nas duas primeiras hipóteses (induzimento e instigação), temos a participação moral; já na última (auxílio), material. COMENTÁRIO: Candidato teceremos maiores comentários sobre a alternativa incorreta sobre o infanticídio, segundo dispõe o Código Penal. Infanticídio crime próprio. Art. 123 Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos. O crime de infanticídio exige a presença da condição fisiopsicológica, ou seja, para configurar o crime necessita estar sob a influência do estado puerperal. Observação, pois alteração com o pacote anticrime do crime do art.122,CP que agora se transcreve: Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação. Atenção ler a lei seca do artigo. Alternativa correta letra D 22 (FUNDATEC 2018) O princípio “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal” é chamado de: a) Princípio da legalidade e anterioridade. b) Princípio da excepcionalidade. c) Princípio do contraditório. d) Princípio da ampla defesa. e) Princípio do devido processo legal. COMENTÁRIO: Candidato o Princípio da Legalidade reserva a lei a capacidade de definir crimes e penas e a lei tem que ser anterior. Princípio da Reserva Legal somente a lei em sentido estrito (sentido formal) emanada do Poder Legislativo, respeitado o processo previsto na Constituição pode definir condutas criminosas e estabelecer sanções penais. (Medidas provisórias, decretos, portarias, resoluções e demais diplomas legislativos (sentido material) não podem estabelecer condutas criminosas, nem determinas sanções). Princípio da Anterioridade necessidade de uma lei anterior ao fato que se quer punir. “Lex Praevia”. No Princípio da Excepcionalidade, Nos termos do artigo 18, parágrafo único, CP salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Assim, todo tipo incriminador é, a princípio, doloso, pois o dolo está implícito em sua descrição. Por outro lado, a culpa precisa de previsão expressa para que tenha relevância (regra da excepcionalidade do crime culposo). Dolo é regra, e a culpa é exceção. Princípio do Contraditório e Ampla defesa, artigo 5º LV da CF aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Princípio do Devido Processo Legal 5º LIV da CF ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Alternativa correta letra A. 23 (FUNDATEC 2018) Assinale a alternativa correta em relação aos crimes contra a paz pública. a) A incitação ao crime, nos termos do artigo 286 do CP, destina-se ao estímulo de um número indeterminado de pessoas à prática de crime determinado e futuro, sendo que a apologia ao crime e ao criminoso, nos termos do artigo 287 do CP, diz respeito ao delito passado, haja vista que se faz publicamente elogio ou exaltação a fato criminoso ou a autor de crime. b) A associação criminosa do artigo 288 do CP pune a associação de 04 ou mais pessoas, as quais se unem, com hierarquia e estabilidade, à prática de diversos crimes. c) A constituição de milícia privada, crime do artigo 288-A do CP, é a mesma associação criminosa do artigo 288 do CP, diferenciando-se apenas no número de integrantes. d) Tanto a associação criminosa quanto a constituição de milícia privada exigem o número de dois integrantes apenas a sua configuração, sendo irrelevante se a prática de crimes condiz com os previstos no Código Penal ou em Leis Especiais Penais. e) A associação criminosa encontra previsão legal na Lei de nº 12.850/2013, a qual definiu organização criminosa. COMENTÁRIO: Candidato vejamos as alternativas: A - o delito de incitação ao crime está previsto pelo artigo 286 do Código Penal. De acordo com a redação constante da mencionada figura típica, podemos apontar os seguintes elementos: a) a conduta de incitar; b) publicamente; c) a prática de crime. Enfim, a incitação deverá ser dirigida à prática de determinada infração penal, não configurando o delito quando ocorrer uma incitação vaga, genérica. Em relação ao crime de apologia de crime ou criminoso encontra-se tipificado no art. 287 do Código Penal. Assim, de acordo com a redação típica, podemos apontar os seguintes elementos: a) a conduta de fazer, publicamente; a) apologia de fato ou fato criminoso ou de autor de crime. No que tange a ser um fato concretamente ocorrido ou um fato apontado abstratamente. Alternativa correta. B - O artigo 288 do Código Penal, que prevê o crime de associação criminosa tipifica a conduta de associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes. Alternativa incorreta. C - O crime previsto no tipo penal do artigo 288 - A do Código Penal, inserido em nosso ordenamento jurídico pela Lei nº 12.720 de 2012, vem gerando algumas divergências em razão da difícil definição das expressões "organização paramilitar", "milícia particular", "grupo", "esquadrão" e também da menção da finalidade de "praticar qualquer dos crimes previstos neste código". A constituição de milícia privada, crime do artigo 288-A do CP, é a mesma associação criminosa do artigo 288 do CP, sendo a assertiva contida neste item equivocada. Alternativa incorreta. D - Para que se configure o crime de associação criminosa previsto no artigo 288 do Código Penal, a associação deve comportar no mínimo três pessoas. Em relação a esse tipo penal, a formação da associação tem por finalidade a prática de crimes, ainda que previsto em outros diplomas legais que não seja o Código Penal. Alternativa incorreta. E - Embora o crime de associação criminosa tenha sido introduzido em nosso ordenamento jurídico pelo artigo 24 da Lei nº 12.850/2013, sua previsão encontra-se no artigo 288 do Código Penal. Alternativa incorreta. Alternativa correta letra A. 24 (FUNDATEC 2018) A Lei nº 12.737/2012, também conhecida como Lei dos Crimes Cibernéticos, dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos. O artigo 154-A dessa lei diz: “Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa”. A redação desse artigo mostra a intenção do legislador de tutelar valores protegidos constitucionalmente. Qual o bem jurídico protegido pelo artigo 154-A da Lei deCrimes Cibernéticos? a) Segurança dos dados. b) Dispositivos informáticos. c) Rede de computadores. d) Privacidade. e) Livre acesso à informação. COMENTÁRIO: Candidato a questão exigiu conhecimentos acerca do crime de invasão de dispositivo informático descrito no art. 154 - A do Código Penal. Segundo Rogério Sanches o objeto jurídico do crime, como se percebe, é privacidade individual e/ou profissional, resguardada, armazenada em dispositivo informático, desdobramento lógico do direito fundamental assegurado no art. 5°, X, CF/88: "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação". As letras A, B, C e E são objetos materiais do crime. Alternativa correta letra D 24 (FUNDATEC 2014) Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial ou religiosa, constitui crime de: a) Lesão corporal grave. b) Lesão corporal gravíssima. c) Tortura. d) Injúria racial. e) Constrangimento ilegal. COMENTÁRIO: Candidato a questão exige o conhecimento da lei seca sobre o tema. As alternativas A e B estão incorretas porque, apesar de estar incluída na conduta uma forma de lesão corporal, configura-se um crime diverso, qual seja, o de tortura, conforme mencionado acima. Em direito penal, deve-se atentar para casos em que um crime mais específico absorve um mais genérico. Trata-se de situações em que se busca evitar uma punição exagerada. C - Conforme dispõe o artigo 1º da Lei de Tortura Lei 9.455/97. Constitui crime de tortura: constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental. Alinea “c” em razão de discriminação racial ou religiosa. Pena - reclusão, de dois a oito anos. Alternativa correta. D - porque o crime de injúria racial se configura na hipótese do artigo 140, §2º do Código Penal, a saber: Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes. Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. Alternativa incorreta. E - porque o crime em questão configura-se na hipótese do artigo 140 do CP: constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda. Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Alternativa incorreta Alternativa correta letra D 26 (FUNDATEC 2015) Analise as seguintes assertivas: I. À luz do Código Penal, não se revela possível a condenação de particular pelo delito de peculato (art. 312, CP). II. Diversamente da corrupção passiva, o delito de concussão não se tipifica quando o agente público exigir, para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. III. A indicação do ato de ofício não integra o tipo legal da corrupção passiva, bastando que o agente público que recebe a vantagem indevida tenha o poder de praticar atos de ofício para que se possa consumar o delito previsto no art. 317, CP. Mas, se restar provada a prática do ato de ofício em consequência da vantagem ou da promessa, a pena será aumentada de um terço. IV. Aplicam-se as penas do delito de peculato se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, concorre para que seja subtraído, ou comete uma fraude para tanto, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Após a análise, pode-se dizer que: a) Está correta apenas a assertiva III. b) Está correta apenas a assertiva IV. c) Estão corretas apenas as assertivas II e III. d) Estão incorretas apenas as assertivas II e IV. e) Nenhuma das respostas anteriores. COMENTÁRIO: Candidato a questão cobrou conhecimentos acerca do concurso de pessoas e dos crimes praticados contra a Administração em geral. Item I - O crime de peculato é um crime funcional, porém a condição pessoal de funcionário público constitui elementar, comunicando-se ao coautor ou partícipe, desde que este conheça a condição daquele. Portanto, é possível que um particular seja condenado pelo crime de peculato. Alternativa incorreta. Item II - O crime de concussão, previsto no art. 316 do Código Penal, estará configurado quando um funcionário público “Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida". Vejam que o núcleo do tipo deste crime é o verbo Exigir. Já o crime de corrupção passiva, previsto no art. 317, CP, consiste em “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem". O núcleo do tipo do crime de corrupção passiva são os verbos solicitar e receber. Alternativa incorreta. Item III - Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiça “A expressão 'ato de ofício' aparece apenas no caput do art. 333 do CP, como um elemento normativo do tipo de corrupção ativa, e não no caput do art. 317 do CP, como um elemento normativo do tipo de corrupção passiva. Ao contrário, no que se refere a este último delito,a expressão 'ato de ofício' figura apenas na majorante do art. 317, § 1.º, do CP e na modalidade privilegiada do § 2.º do mesmo dispositivo." Alternativa correta. Item IV - O art. 312, § 1° do Código Penal traz a modalidade do peculato furto e tem a seguinte redação. Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Vejam que a descrição do tipo legal não há a conduta de empregar fraude para que se cometa o delito. Os verbos deste tipo penal são subtrair ou concorrer para que os objetos materiais do crime sejam subtraídos. Alternativa incorreta. Alternativa correta letra A. 27 (FCC 2021) Considera-se hediondo o crime de a) fraude eletrônica praticada contra pessoa idosa. b) roubo circunstanciado pelo emprego de arma. c) extorsão na forma simples ou qualificada. d) furto qualificado pelo emprego de explosivo. e) aborto provocado por gestante ou terceiro. COMENTÁRIO: Candidato a questão exige o conhecimento acerca dos crimes hediondos previstos na Lei 8.072/1990, analisemos as alternativas: A - A fraude eletrônica praticada contra pessoa idosa configura o estelionato contra o idoso, previsto no art. 172, §§ 2º-A e 4º do Código penal, mas tal crime não é considerado hediondo. Alternativa incorreta. B - Para ser considerado hediondo, o roubo precisa ser circunstanciado pelo emprego de arma de fogo, que pode ser de uso permitido, de uso restrito ou proibido, de acordo com o art. 1º, II, alínea b da Lei 8.072. Com a lei 13.964/2019, Pacote Anticrime, qualquer crime de roubo praticado com o emprego de arma de fogo será hediondo. Alternativa incorreta. C - A extorsão somente será considerada crime hediondo se for qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte ou extorsão mediante sequestro e na forma qualificada, de acordo com o art. 1º, III e IV da referida lei. Alternativa incorreta. D - O furto qualificado pelo emprego de explosivo (art. 155, §4º-A do CP) é considerado crime hediondo de acordo com o art. 1º, IX do referido diploma legal. Alternativa correta. E- Aborto não está entre os crimes hediondos. Alternativa incorreta. Alternativa correta letra D. 28 (FCC 2021) Conforme o ditado popular, “achado não é roubado”. De acordo com o Direito Penal brasileiro, é correto afirmar que a pessoa que acha coisa alheia perdida e dela se apropria pratica a) o delito de apropriação de coisa havida por erro. b) o delito de apropriação de coisa achada apenas se o agente deixar de restituir o bem ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-lo à autoridade competente dentro do prazo de 15 (quinze) dias. c) fato atípico. d) o delito de apropriação indébita. e) o delito de furto. COMENTÁRIO: Candidato a questão cobrou conhecimentos acerca dos crimes contra o patrimônio. Quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias comete o crime de apropriação de coisa achada, previsto no art. 169, II do Código Penal. Chamado de crime a prazo. O crime de apropriação de coisa havida por erro ocorre quando alguém se apropria de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, conforme o art. 169 do Código Penal. O crime de apropriação indébita ocorre quando alguém apropria-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção (art. 168,CP). Neste crime o autor recebe a coisa de boa fé, com a intenção de devolver, mas inverte a posse e se assenhora da coisa. O crime de furto (art. 155, CP), consiste em subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. Alternativa correta letra B. 29 (FCC 2021) O delito de estelionato a) cometido contra idoso ou vulnerável tem a pena aumentada de um sexto a dois terços. b) mediante fraude eletrônica é punido com pena de 4 a 8 anos. c) com o advento da Lei Anticrime (Lei n° 13.964 de 2019) passou a depender sempre de representação. d) na figura privilegiada, embora sem previsão legal, aplica-se nos casos em que a pessoa acusada é primária e de pequeno valor o prejuízo. e) absorve o falso toda vez que utilizado para sua prática, sendo incabível o concurso entre os dois delitos. COMENTÁRIO: Candidato a questão versa sobre o crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal. A- O crime de estelionato, quando cometido conta idoso ou pessoa vulnerável enseja aumento de 1/3 ao dobro da pena, e não de um sexto a dois terços, consoante estabelece o § 4º do artigo 171 do Código Penal. Alternativa incorreta. B- O crime de estelionato praticado mediante fraude eletrônica está previsto no § 2º-A do artigo 171 do Código Penal, estando cominada para a hipótese pena de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Alternativa correta. C- A Lei nº 13.964/2019 passou exigir a representação como regra para o crime de estelionato, salvo quando a vítima for: a Administração Pública, direta ou indireta; criança ou adolescente; pessoa com deficiência mental; ou maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz, nos termos do que dispõe o § 5º do artigo 171 do Código Penal. Assim sendo, caso o crime tenha como vítima uma das pessoas antes mencionados, o crime de estelionato será de ação penal pública incondicionada. Alternativa incorreta. D- Ao contrário do afirmado, a figura privilegiada do crime de estelionato está prevista expressamente no § 1º do artigo 171 do Código Penal, e se configura quando o criminoso é primário e é de pequeno valor o prejuízo sofrido pela vítima. Alternativa incorreta. E- Não se pode afirmar que o estelionato absorva sempre o falso, pois não há orientação nem da doutrina, nem da jurisprudência neste sentido. A súmula nº 17 do STJ estabelece. Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. Assim sendo, a referida absorção somente ocorre quando o falso é utilizado unicamente para a prática do estelionato, não apresentando nenhuma outra potencialidade lesiva. Alternativa correta letra B. 30 (FCC 2021) No que se refere ao crime de roubo, a) passou a ser considerado hediondo, em qualquer modalidade, pela Lei n° 13.964, de 24 de dezembro de 2019. b) se consuma com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, revelando-se imprescindível, porém, a posse mansa e pacífica ou desvigiada. c) configura-se na forma imprópria quando o agente, antes de subtraída a coisa, emprega violência ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para outrem. d) já não constitui causa de aumento da pena o emprego de arma branca. e) a fração de aumento pela majorante do emprego de arma de fogo dependerá da natureza do instrumento. COMENTÁRIO: Candidato a questão versa sobre o crime de roubo e suas modalidades, previstos no artigo 157 do Código Penal. A- A Lei nº 13.964/2019, de fato, alterou o rol de crimes hediondos contido no artigo 1º da Lei nº 8.072/1990, contudo não são todas as modalidades do crime de roubo que passaram a ser consideradas hediondas. Na verdade, o latrocínio (roubo com resultado morte) já constava do aludido rol, mas, além desta modalidade, também passaram a ser considerados crimes hediondos, por força da Lei nº 13.964/2019, o roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V, do CP); o roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I, do CP) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B, do CP); e o roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave (art. 157, § 3º, inciso I, do CP). Aternativa incorreta. B- Em relação ao momento de consumação do crime de roubo, a atual orientação jurisprudencial é no sentido de que ela se dá com a inversão da posse do bem, mediante o emprego de violência ou grave ameaça à pessoa, tal como se observa do enunciado da súmula 582 do STJ. Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada. Observa-se que, para a consumação do crime de roubo, segundo entendimento jurisprudencial atual, não se exige a posse mansa e pacífica ou desvigiada do bem. Aternativa incorreta. C- O roubo impróprio está previsto no § 1º do artigo 157 do Código Penal, caracterizando-se pelo emprego de violênc ou grave ameaça à pessoa, logo depois de subtraída a cosia, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou terceiro. Aternativa incorreta. D- No crime de roubo, a violência ou grave ameaça à pessoa perpetrada mediante o emprego de arma branca enseja causa de aumento de pena de 1/3 até a metade, em conformidade com o disposto no § 2º, inciso VII, do artigo 157, do Código Penal. Aternativa incorreta. E- A violência ou grave ameaça exercida com o emprego de arma de fogo de uso permitido, no crime de roubo, enseja causa de aumento de pena de 2/3, consoante o disposto no § 2º-A do artigo 157 do Código Penal. Já se a violência ou grave ameaça for exercida com o emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, a pena é aplicada em dobro em relação a que está prevista para o caput do artigo 157 do Código Penal, consoante estabelece o § 2º-B do mesmo dispositivo legal. Aternativa correta. Alternativa correta letra E. 33 (FCC 2021) O crime de receptação a) é impunível se o autor do crime de que proveio a coisa é isento de pena, conforme jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. b) é punível ainda que o agente tenha apenas influídopara que terceiro, de boa-fé, oculte coisa que sabe ser produto de crime. c) de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, com finalidade de comercialização, é crime contra a fauna e submetido às causas de aumento de pena da Lei n° 9.605/1998. d) tem a pena aumentada por se tratar de circunstância agravante, quando envolver bens do patrimônio do Estado ou Município. e) qualificada demanda atividade comercial regular, vedada essa condição em atividade exercida de forma residencial em razão do princípio da legalidade estrita. COMENTÁRIO: A - Nos termos do § 4º, do artigo 180, do Código Penal, a receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. A assertiva constante deste item contraria o dispositivo legal que rege expressamente a matéria. Alternativa incorreta. B - A conduta descrita no presente item está prevista em tipo penal, que estabelece o delito de receptação, nos termos expressos do caput do artigo 180 do Código Penal, senão vejamos: adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte. Alternativa correta. C - A conduta descrita neste item corresponde a uma modalidade de receptação prevista no artigo 180-A do Código Penal, inserido em nosso ordenamento jurídico pela Lei nº 13.330/2016. Não se trata, portanto, de majorante prevista na Lei nº 9.605/1998. Alternativa incorreta. D - O envolvimento de bens do patrimônio do Estado ou do Município em receptação é circunstância majorante, nos termos do § 6º, do artigo 180, do Código Penal. Não se trata, portanto, de agravante. Alternativa incorreta. E - Nos termos expressos do § 2º, do artigo 180, do Código Penal, equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. Assim, a receptação também é qualificada quando a atividade for exercida de forma residencial. Alternativa incorreta. Alternativa correta letra B. 35 (FCC 2021) Sobre o crime de divulgação de cena a de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia, é correto afirmar que a) o especial fim de vingança ou humilhação é causa de aumento de pena de um terço a dois terços. b) se consuma com a invasão de dispositivo informático de uso alheio para obter foto ou vídeo íntimo com nudez da vítima. c) sua tipicidade depende de divulgação de cena de sexo com violência; do contrário, configura o crime de difamação. d) quando a vítima for mulher, seu consentimento é incapaz de excluir a ilicitude da conduta, dada a especial proteção de gênero prevista pela norma. e) a prévia relação íntima de afeto, por constituir elementar do tipo, não pode incidir como motivação para aumento de pena. COMENTÁRIO: A - O crime de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia está previsto no artigo 218 - C, do Código Penal, que assim dispõe: oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia. Nos termos do § 1º, do referido artigo, que prevê a majorante da pena, a pena é aumentada de 1/3 a 2/3 se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação. Alternativa correta. B - Conforme dispõe o artigo 218 - C, que tipifica o delito de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia, o crime ora em referência se consuma quando praticadas as seguintes condutas oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia. Alternativa incorreta. C - O tipo penal correspondente ao delito de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia, contempla na sua elementar não apenas cenas de estupro, em que o sexo é praticado com violência, mas também cena de estupro de vulnerável, e, ainda, cena de sexo, nudez ou pornografia, sem a autorização da vítima, situação em que não se verifica a violência. Alternativa incorreta. D - Da leitura do tipo penal correspondente ao delito de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia, extrai-se que o consentimento da vítima afasta não apenas a ilicitude, mas a própria tipicidade, uma vez que figura como elementar do tipo. A intimidade sexual é um bem jurídico disponível, podendo a mulher validamente dele dispor. Alternativa incorreta. E - O § 1º do artigo 218 - C, do Código Penal, que prevê a causa de aumento do crime de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia, dispõe expressamente que a pena é majorada na hipótese de ser praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima. Alternativa incorreta. Alternativa correta letra A. 36 (FCC 2021) No crime de roubo, a) quando praticado com arma de fogo de numeração suprimida, a pena é aplicada em dobro por ser equiparada a arma de fogo de uso restrito ou proibido. b) a arma imprópria e a arma branca, ensejam a majoração da pena em dois terços. c) a hediondez é considerada se praticado com restrição da liberdade da vítima ou se a subtração for de substâncias explosivas. d) conforme entendimento dos Tribunais Superiores, o roubo impróprio é incompatível com o concurso de agentes. e) a aplicação da pena em dobro pelo emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido só incide em relação à figura do caput. COMENTÁRIO: A solução da questão exige o conhecimento acerca dos crimes contra o patrimônio, mais precisamente sobre o crime de roubo. Analisemos as alternativas: A - O legislador não mencionou a equiparação da arma de fogo de numeração suprimida com arma de fogo de uso restrito para fins de qualificação da conduta, conforme se verifica artigo 157 do Código Penal: Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. Alternativa incorreta. B - O texto da lei faz menção apenas à arma branca, porém o aumento de pena é de 1/3 até metade e não em 2/3, conforme artigo 157, §2º do CP. Arma branca é um tipo de arma própria que também foi criada com o objetivo de lesão como facas e outros artefatos com esse objetivo. A arma imprópria é aquela que não foi criada com o objetivo de lesão, mas acaba sendo eficaz para o delito que se quer cometer, como por exemplo, estilete. Alternativa incorreta. C - O roubo circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima realmenteé hediondo. No entanto, é o futo qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum que é considerado hediondo, e não o roubo de substâncias explosivas. Alternativa incorreta. D - É plenamente possível o roubo impróprio majorado pelo concurso de agentes, entendimento confirmado por jurisprudência. Nos crimes contra o patrimônio, geralmente praticados de forma clandestina, as palavras das vítimas, quando corroborada pelos demais meios de prova colhidos sob o crivo do contraditório, são suficientes para ensejar a condenação. Empregada a violência para assegurar a impunidade do crime e a detenção da coisa subtraída, fica comprovado o delito de roubo impróprio consumado, não havendo que se falar em desclassificação para furto. Alternativa incorreta. E - Conforme dispõe o próprio art. 157, §2º-B do CP, se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. Alternativa correta. Alternativa correta letra E. 38 (CEBRASPE 2021) A respeito das diversas modalidades de peculato, assinale a opção correta. a) Na situação em que o agente se apropria ilicitamente de recursos públicos e deixa de declarar e recolher o tributo incidente sobre os valores indevidamente apropriados, é possível a instauração de ações penais individualizadas para os crimes de peculato e sonegação fiscal. b) O peculato-malversação é caracterizado pelo emprego indevido de verbas ou rendas públicas mediante aplicação diversa daquela estabelecida em lei, ainda que em favor da própria administração pública. c) O peculato-estelionato é caracterizado pela apropriação de dinheiro ou utilidade recebida, no exercício do cargo, em razão de erro da vítima dolosamente provocado pelo agente. d) No peculato culposo, a reparação do dano funciona como causa de extinção de punibilidade se precede a sentença recorrível; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. COMENTÁRIO: A - É possível a existência de conexão probatória do crime de peculato com o crime de sonegação fiscal. quando os valores supostamente não declarados à receita federal são originários de verba pública. o servidor não declara e desvia o destino normal da coisa em proveito próprio ou alheio. STJ: a instauração de ação penal individualizada para os crimes de peculato e sonegação fiscal em relação aos valores indevidamente apropriados não constitui bis in idem. Alternativa correta. B - Peculato-malversação é o peculato em que o funcionário público se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel particular de que tem a posse em razão do cargo, ou desvia esse bem móvel particular em proveito próprio ou alheio. Isso ocorre nos casos em que o bem esteja sob guarda, vigilância ou custódia da administração pública, nesse caso, ao apropriar-se do bem o funcionário público. Alternativa incorreta. C - De fato o peculato-estelionato é o peculato em que o servidor se apropria em razão de erro de outrem, o problema é que o erro do ofendido deve ser espontâneo; pois, se provocado pelo funcionário público, poderá configurar o crime de estelionato. Alternativa incorreta. D - É necessário tratar-se de sentença irrecorrível na sentença que ainda se admite o recurso a reparação do dano causa a extinção da punibilidade. Alternativa incorreta. Alternativa correta letra A. 39 (CEBRASPE 2021) No direito penal brasileiro, a retroatividade de lei nova que deixa de considerar um fato como criminoso a) é vedada, conforme a Constituição Federal de 1988. b) não cessa os efeitos penais da condenação. c) extingue a punibilidade do agente. d) não se aplica a fatos transitados em julgado. e) torna a lei anterior excepcional ou temporária. COMENTÁRIO: A - é vedada, conforme a CF, Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. Alternativa incorreta. B - não cessa os efeitos penais da condenação. A abolitio criminis cessa os efeitos penais, contudo, não alcança os efeitos civis. C - Extinção da punibilidade Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso, Alternativa correta. D - Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Alternativa incorreta. E - São conceitos distintos. Lei temporária são aquelas em que o legislador estipula um início e um fim para sua duração. Ex: A lei da Copa no Brasil. Lei excepcional é aquela que visa atender a situações anormais ou excepcional da vida social. Alternativa incorreta. Alternativa correta letra C. 41 (CEBRASPE 2021) Tiago, movido por um sentimento de posse, disparou dois tiros contra sua companheira, Laura, que morreu em razão dos ferimentos causados pelos disparos. Laura estava grávida de seis meses e, quando da prática do crime, Tiago sabia da gravidez dela. Nessa situação hipotética, Tiago praticou a) Alternativaso crime de feminicídio apenas. b) os crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, feminicídio e aborto. c) o crime de feminicídio em concurso com o de aborto. d) os crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio apenas. e) o crime de feminicídio em concurso com o de aborto na modalidade culposa. COMENTÁRIO: Candidato parafraseando o código penal em conjulgação ao caso hipotético questão exige o conhecimento acerca dos crimes contra a vida, analisemos a situação fática, veja que Tiago cometeu o crime de homicídio com duas qualificadoras: qualificado por motivo torpe (art. 121, §2º, I do CP), bem como praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (art. 121, §2º, VI, CP), isso porque trata-se de qualificadora de natureza subjetiva e objetiva respectivamente, podendo assim as duas serem aplicadas. Ademais, como Tiago sabia que a vítima estava grávida, então praticou o delito de aborto (art. 125 em concurso formal impróprio, de acordo com o art. 70, caput do CP), ou seja, o agente praticou mediante uma ação mais de um crime. Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Alternativa correta letra B. 42 (CEBRASPE 2021) Considerando-se a legislação e o entendimento jurisprudencial vigente, é correto afirmar que caracteriza causa de extinção da punibilidade a) o pedido de perdão ao ofendido, independentemente de ele aceitar ou não o perdão. b) a comutação das penas. c) a retratação feita pelo réu acusado do crime de calúnia contra pessoa morta. d) a restituição voluntária, pelo indiciado, do bem subtraído no furto, se feita antes do oferecimento da denúncia. e) a devolução, à Previdência Social, de valores percebidos ilicitamente quando da prática de estelionato previdenciário. COMENTÁRIO: Candidato a questão versa sobre as causas de extinção da punibilidade, as quais estão, em rol não taxativo, no artigo 107 do Código Penal. A - O perdão do ofendido é uma das causas de extinção da punibilidade, porém, que somente pode se configurar nos crimes de ação penal privada e desde que haja a aceitação do ofensor. O perdão, portanto, é um ato bilateral e que deve ser concedido no âmbito de um processo instaurado mediante queixa crime, tratando-se de crime de ação penal
Compartilhar