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LEI DE EXECUÇÃO PENAL Professor Alyson Barros www.psicologianova.com.br 1 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Lei Federal nº 7.210 de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), especialmente o Título II e o Título IV. O psicólogo jurídico atua, LEGALMENTE, nos seguintes exames: a avaliação criminológica, o exame de responsabilidade penal ou de imputabilidade e o exame de cessação de periculosidade. Professor Alyson Barros, 2022 Quando a IBFC coloca “especialmente”, eu prefiro arriscar para cima... O que é a execução penal no Brasil A preocupação com o campo da execução penal cabe prioritariamente ao campo da Psicologia Penitenciária, e não ao campo geral da Psicologia Jurídica. A Psicologia Penitenciária, apesar de estar no campo da Psicologia Jurídica, possui um foco mais específico e é orientada, principalmente, pela Lei de Execução Penal (LEP), de 1984. Porém, essa área não fica restrita à LEP. A Psicologia Penitenciária surgiu, principalmente, das suas práticas nos manicômios judiciários, hoje chamados de Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. 2 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS “É lícito ao Juiz estabelecer condições especiais para a concessão do regime aberto, em complementação daquelas previstas na LEP (art. 115 da LEP), mas não poderá adotar a esse título nenhum efeito já classificado como pena substitutiva (art. 44 do CPB), porque aí ocorreria o indesejável bis in idem, importando na aplicação de dúplice sanção. [...] (REsp 1107314 PR, julgado conforme procedimento previsto para os Recursos Repetitivos, Rel. Ministra LAURITA VAZ, Rel. p/ Acórdão Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/12/2010, DJe 05/10/2011) 6. Ao meu sentir, essas condições especiais não podem ser tais que se confundam com uma pena legalmente prevista pela legislação penal. As condições especiais, portanto, identificam-se melhor com medidas de caráter educativo, profissionalizante, de reforço à valorização da cidadania ou de acompanhamento médico e psicológico, quando necessários”. Súmula 636 do STJ. Súmula 636-STJ: A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os maus antecedentes e a reincidência. 5 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Súmula vinculante 26 (STF) Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. A súmula ainda faz alusão à necessidade de fundamentação para que o juiz da execução determine o exame criminológico. Isso ocorre porque o exame, antes considerado obrigatório na execução da pena no regime fechado, e facultativo na pena cumprida no regime semiaberto, em especial quando se tratava de condenação por crime doloso praticado com violência ou grave ameaça a pessoa, deixou de sê-lo com a entrada em vigor da Lei nº 10.792/03. Atualmente, o entendimento que prevalece nos tribunais superiores é de que se trata de estudo facultativo (não importando o regime de cumprimento de pena), devendo o magistrado fundamentar sua necessidade aquilatando as peculiaridades do caso concreto (gravidade da infração penal e condições pessoais do agente). Sobre a possibilidade de determinar o exame criminológico, desde que fundamentado, o STJ editou a súmula nº 439. Indo um pouco além, podemos dizer que o Poder Judiciário também entende o seguinte: 6 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 1. AUSÊNCIA DE LAUDO PSIQUIÁTRICO NÃO ANULA A PERÍCIA PSICOLÓGICA. O que se exige é que a manifestação do juiz da execução esteja devidamente fundamentada em elementos concretos constantes dos autos ao se decidir no sentido do não preenchimento do requisito subjetivo de determinado benefício pelo apenado. 2. Nada impede que o magistrado das execuções criminais, facultativamente, requisite o exame criminológico e o utilize como fundamento da decisão que julga o pedido de progressão (STF. 2ª Turma. Rcl 27616 AgR/SP, Rel. Min. Lewandowski, julgado em 9/10/2018). 3. O cometimento de falta grave justifica a determinação de exame criminológico. Agravo regimental não provido. (AgRg no HC 396.439/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 19/06/2018, DJe 29/06/2018) 4. O Presidente da República editou um Decreto Presidencial concedendo o “indulto natalino”. O TJ condicionou a concessão do indulto à realização, pelo sentenciado, de exame criminológico. Ocorre que o Decreto Presidencial em nenhum momento estabeleceu, como um dos requisitos para a concessão do indulto, que o apenado fosse submetido a exame criminológico. Logo, tal condição é indevida. Preenchidos os requisitos previstos no Decreto, não pode o Judiciário exigir a realização do exame criminológico para aferição do mérito do sentenciado, por absoluta falta de previsão legal. STF. 2ª Turma. HC 116101/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 17/12/2013 (Info 733). 7 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Cuidado 1: podemos entender que o exame criminológico é um tipo de exame de classificação. Cuidado 2: exame de periculosidade é diferente de exame criminológico. Exame de periculosidade tem a ver com quem cumpre medida de segurança. Primeiro, temos de entender que a individualização da pena ocorre em três fases: 1) No âmbito legislativo: (individualização legislativa ou formal), que ocorre no momento da criação do tipo penal incriminador, quando o legislador estabelece abstratamente o mínimo e o máximo da pena cominada; 2) No âmbito judicial (individualização judicial), quando o juiz do processo de conhecimento, diante do caso concreto e a partir dos critérios estabelecidos na legislação, fixa a pena cabível ao agente; e, terceiro, Fonte: Buscador Dizer o Direito As Súmula 439, 493 e 636 do STJ, Súmula Vinculante 26 do STF e Posicionamentos do Judiciário 8 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Diferenças entre exame de classificação e exame criminológico Exame Criminológico de Classificação Exame Criminológico de Prognóstico Artigos da LEP 6º, 7º, 8º e 9º 96, 97 e 08 Quem faz Comissão Técnica de Classificação Centro de Observação Criminológico Propósito - antecedentes e personalidade - programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. - progressão da pena - prognóstico de periculosidade (binômio delito-delinquente). 11 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Alvino Augusto de Sá, reconhecido estudioso das questões carcerárias, dentro dessa temática, estabelece a seguinte distinção quanto à natureza dos procedimentos de avaliação: exame criminológico (arts. 8o c 112, LEP), exame de personalidade (art. 9", LEP) e parecer das CTC (arts. 6° e 112, LEP). Na argumentação do autor, após a reforma, continuam sendo admitidos tão somente o exame criminológico, feito pra fins de classificação e individualização da pena (art. 8o, LEP)3 4 5, e ainda o exame de personalidade (art. 9o. LEP). Desse modo, o parecer técnico das CTC findou extinto, assim como o exame criminológico realizado para instruir pedidos de benefícios legais na progressão de regime (art. 112). Nada obstante, a jurisprudência dos tribunais, principalmente depois da Lei n.° 10.792/03, promove, por vezes, confusão entre as diferentes modalidades de exames e pareceres realizadossobre o comportamento e o perfil de personalidade do apenado. Considera o exame criminológico como um verdadeiro gênero, aceitando a utilização do termo em circunstâncias variadas. [...] Um ponto de vista “diferente” 12 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Há várias espécies de exames, todas elas interligadas: morfológico, funcional, psicológico, psiquiátrico, moral, social e histórico. Convém, agora, determinar-lhes o conteúdo. a) Morfológico: analisa-se a compleição física, anatômica do indivíduo, com vista à identificação de alguma característica relevante. b) Funcional: e destina-se à descrição do funcionamento orgânico, sensorial e motor do indivíduo, para evidenciar alguma deficiência. c) Psicológico: é o que mais se aproxima dos objetivos gerais do estudo sobre o indivíduo criminoso, uma vez que é capaz de delinear-lhe os aspectos essenciais da personalidade. d) Psiquiátrico: estuda-se a mente do sujeito para descobrir se há alguma espécie de transtorno capaz de ter influenciado a conduta criminosa. e) Moral: investiga-se o conjunto de valores morais do indivíduo, numa atitude comparativa em relação aos padrões vigentes na sociedade, e com isso se procura explicitar alguma dissonância suficientemente importante. f) Social: procura analisar a conduta do indivíduo no meio social, ou seja, na comunidade em que se achava inserido por ocasião do cometimento do delito, tentando esclarecer o modo pelo qual ele se relacionava socialmente. g) Histórico: trata-se de um estudo da história de vida do sujeito examinado, com o propósito de chegar a algum evento na infância, adolescência ou mesmo na idade adulta, que ajude a compreender melhor o comportamento do indivíduo. Um ponto de vista “diferente” 13 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS O Conselho Federal de Psicologia levanta uma série de proposições e questionamentos úteis, porém, falha ao dar contornos fortemente ideológicos à alguns vieses políticos. Foi assim com a história do depoimento com dano reduzido também, lembra? Aqui temos de entender primeiro a postura do CFP para depois entrarmos na Resolução judicialmente suspensa. Veremos seu posicionamento de forma bem resumida. 14 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Atualmente, outro dilema a ser enfrentado reside na relação da Psicologia com o sistema de Justiça. Segundo Popolo (1996), uma modalidade de relação entre a Psicologia Jurídica e o Direito é o modelo de subordinação. Nesse caso, Psicologia Jurídica torna-se uma Psicologia aplicada para atender à demanda jurídica e assim contribuir para o melhor exercício do Direito. O mesmo tipo de subordinação ocorre entre Psicologia e Psiquiatria forense, na qual o saber psicológico está a serviço da Psiquiatria, assumindo a função de assessor. Portanto, o psicólogo atua como auxiliar do médico e contribui na elaboração do diagnóstico clínico, no entanto, o responsável pela avaliação é o médico e não o psicólogo. [...] Por fim, a outra modalidade de relação entre a Psicologia Jurídica e o Direito é a de complementaridade, caracterizada pela interseção entre o conhecimento psicológico e o jurídico. Dessa forma, pode haver diálogo e interação entre os saberes. No entanto, focalizando a área penal, a modalidade de relação predominante entre o judiciário e a Psicologia é de subordinação. Muitas vezes, juízes chegam a indicar o instrumento a ser utilizado numa avaliação psicológica. Mesmo diante da alteração da Lei de Execução Penal (LEP), fato a ser tratado na sequência deste capítulo, há juízes, resistentes a essa alteração, que continuam solicitando aos psicólogos exame criminológico para concessão de benefícios ou progressão de regime, exigindo ainda prognóstico quanto à reincidência criminal. 17 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Retomando as ideias de Popolo (1996), é possível à Psicologia responder à expectativa do direito penal sobre a possibilidade de reincidência criminal diante da complexidade de tal fenômeno? Seria ético realizar um exame com a concepção dada pela LEP (determinista e biologizante) podendo trazer graves consequências sobre a vida das pessoas examinadas? Por mais que a LEP preconize a reinserção social do indivíduo preso, a herança do pensamento segregacionista, fundamentado na concepção de binômios (normal/patológico, criminoso/não criminoso), permanece. Enquanto não compreendermos a criminalidade e seus autores como integrantes sociais e determinados socialmente, embora tenham expressão individual, será difícil conceber ao preso outra personalidade social que não seja a de preso. A prática psicológica manter-se- á restrita, o judiciário, por seu turno, continuará a exercer de modo mais significativo a garantia da defesa social (de uma parte da sociedade). 18 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 3. Marcos legais para a atuação do psicólogo no sistema prisional [...] Também constitui marco legal para a atuação do psicólogo no sistema prisional a Lei de Execução Penal, publicada em 1984, e que previu a formalização da atuação do psicólogo em dois momentos: (1˚.) nos pareceres da Comissão Técnica de Classificação (CTC) e (2˚.) nas manifestações do Centro de Observação Criminológico (COC). Nesse sentido, a LEP cria dois mecanismos distintos para atuação do psicólogo no sistema penal, em situações igualmente distintas: (a) exame diagnóstico, com objetivo de elaboração do projeto individualizador e (b) exame prognóstico, voltado à instrução dos incidentes do processo de execução penal. [exame de periculosidade] O trabalho designado para a Comissão Técnica é o da análise inicial do apenado e elaboração do programa individualizador da pena privativa de liberdade, nos casos de condenados ao regime fechado e semi-aberto (Artigos 5˚, 6˚, 8˚ e Parágrafo único da LEP). Tal fundamento é reforçado pelos artigos 34 e 35 do Código Penal, que igualmente determinam a realização de exame criminológico de classificação no início do cumprimento da pena privativa de liberdade. 19 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Assim, de acordo com o texto legal vigente desde 2003 (Lei 10.792/03), caberia à Comissão, com caráter interdisciplinar, a atribuição de: 1) Realização de exame criminológico diagnóstico 2) Propositura do programa individualizador Vale destacar que em nenhum outro trecho da LEP há referência ao psicólogo, nem na assistência, portanto, a prática psicológica como prevista na LEP vincula-se a elaboração dos exames, além do programa individualizador e do acompanhamento individualizado da pena. Entretanto, no cotidiano das prisões a prática psicológica se restringiu à elaboração do exame criminológico que geralmente era realizado durante o cumprimento da pena. [...] 20 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Outro fator importante que contribuiu para a ratificação da ação laudatória dos psicólogos se refere à própria finalidade social da prisão, bem como às relações estabelecidas entre os atores dessa instituição. Se ao psicólogo cabia, juntamente com os outros membros da CTC, elaborar o programa individualizador a ser desenvolvido no decorrer da pena, sendo a finalidade última a reinserção social do indivíduo recluso, a prisão deveria ser um ambiente que propiciasse esse trabalho, entretanto, sua origem histórica nega essa possibilidade. Por essa razão, não foi sem fundamento que a atuação psicológica se tornou marcadamente pericial. Por fim, seguindo essa linha de análise sobre a atuação do psicólogo nas prisões, destacamos o papel do judiciário representado na figurado juiz da execução e dos promotores. Considerando a característica do Direito positivo e a relação estabelecida entre as ciências humanas (Psiquiatria e Psicologia) e o direito, os laudos tornam-se úteis à garantia da defesa social, portanto úteis ao controle social formal exercido pelo sistema punitivo. 21 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Em relatos de psicólogos é comum a menção ao fato de o juiz, ao indeferir um benefício, citar trechos do exame criminológico como fundamento de sua decisão. Outra questão referente ao relacionamento entre Psicologia e Judiciário é a expectativa, por parte do Judiciário, de que as conclusões desses exames sejam assertivas, de acordo com o espírito do Direito penal positivo. Esses fatos nos levam a retomar a seguinte indagação: a Psicologia desenvolvida nas prisões responde ao Judiciário e à sociedade conforme suas expectativas? Para refletirmos adequadamente sobre tal questão, devemos considerar ainda a complexidade da inserção do psicólogo no sistema prisional, como veremos a seguir. [...] Se cabe à CTC o exame diagnóstico, o COC seria responsável pela elaboração do exame prognóstico, ou seja, a perícia criminológica que é prova voltada ao convencimento judicial em suas decisões sobre os incidentes de execução penal (p. ex. progressão de regime, livramento condicional). Dessa forma, os dois corpos técnicos multidisciplinares previstos na LEP (CTC e COC) são autônomos, com funções e composições distintas. [...] 22 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Há um sentido de a Lei de Execução criar dois órgãos distintos (CTC e COC), pois, no caso da Psicologia, o trabalho do profissional que acompanha o cotidiano do preso não é, nem poderia ser, o de perito onipresente. Se cabe ao profissional elaborar o programa individualizador e atuar no acompanhamento do condenado, imprescindível o estabelecimento do vínculo de confiança. Ademais, cabe ao profissional da Psicologia, no acompanhamento do preso, atuar no sentido de proporcionar ao condenado o fortalecimento dos laços sociais, o resgate de sua cidadania e a inserção na sociedade extramuros e, conforme determina a Legislação que regula a execução penal, “observando a ética profissional” (art. 9˚ da LEP). [...] Há que se reforçar, portanto, esta diferença entre as duas esferas de intervenção do psicólogo na Execução Penal – (a) exame diagnóstico e acompanhamento profissional e (b) exame pericial prognóstico. 23 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Até então tudo bem. Tudo faz sentido. Mas, aqui entramos na famosa Polêmica do CFP. De acordo com o art. 4˚ da Resolução CFP n˚ 012/2011: § 1º. Na perícia psicológica realizada no contexto da execução penal ficam vedadas a elaboração de prognóstico criminológico de reincidência, a aferição de periculosidade e o estabelecimento de nexo causal a partir do binômio delito/delinqüente. ATENÇÃO: essa resolução está inteiramente suspensa! Assim, o Psicólogo ainda trabalha nessas áreas na vida real. AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 5028507-88.2011.404.7100/RS. Para quem ainda quiser acompanhar esse imbróglio, recomendo: https://www2.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=consulta_processual_resultado_pes quisa&txtValor=50285078820114047100&selOrigem=RS&chkMostrarBaixados=&todaspart es=S&selForma=NU&todasfases=&hdnRefId=bdf772bdba08e3f3456a443844782377&txtPa lavraGerada=cjBM&txtChave=&numPagina=0 24 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS https://www2.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=consulta_processual_resultado_pesquisa&txtValor=50285078820114047100&selOrigem=RS&chkMostrarBaixados=&todaspartes=S&selForma=NU&todasfases=&hdnRefId=bdf772bdba08e3f3456a443844782377&txtPalavraGerada=cjBM&txtChave=&numPagina=0 No presente momento em que escrevo essa aula, a resolução está 100% suspensa: No dia 10 de abril de 2.015 o Sistema Conselhos de Psicologia foi surpreendido com a decisão proferida pela Justiça da 1ª Vara Federal de Porto Alegre. A decisão ocorreu na ação civil pública, movida pelo Ministério Público Federal contra o Conselho Federal de Psicologia e Conselho Regional de Psicologia da 7ª Região (RS), na qual houve antecipação da tutela para: a) Suspender, em todo o país, os efeitos da Resolução CFP 012/2011; b) Determinar aos Conselhos réus a suspensão de todo e qualquer procedimento ou processo administrativo destinado a apurar eventual descumprimento, por parte das(os) psicólogas(os), das disposições constantes na referida Resolução; e c) Determinar ao CFP que, no prazo de 10 dias, dê ampla divulgação à decisão, inclusive em sua página na Internet. 25 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Logo na sanção da LEP, a progressão da pena, ou seja, a decisão, era motivada e precedida de parecer da Comissão Técnica de Classificação e do exame criminológico, quando necessário. DESDE 2003 NÃO EXISTE MAIS ESSA CONDICIONALIDADE. Manteve- se apenas a atribuição do programa individualizador da pena. Além disso, a nova redação do Art. 112 da LEP excluiu a necessidade do Parecer da CTC e do exame criminológico para motivar e preceder a decisão de conceder a progressão de pena. Entendemos, em concordância com o CFP, que o exame criminológico na lei deve ser realizado quando do ingresso da pessoa condenada em regime de privação de liberdade, com finalidade de propor ações que garantam os direitos legais às assistências previstas na LEP, incluindo a assistência psicológica, de modo a poderem se reconhecer capazes de redirecionar suas vidas em outras direções que não a do crime. Ou seja, aqueles exames haviam sido propostos com a finalidade de individualização da pena. 26 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS A classificação dos condenados é requisito fundamental para demarcar o início da execução, tanto das penas privativas de liberdade, quanto de medida de segurança. Os condenados serão classificados com base em seus antecedentes e personalidade. Para fins, portanto, de classificação, consideram-se: Site: Buscador Dizer o Direito Exame dos antecedentes Exame da personalidade Trata-se da análise dos dados relativos à sua vida pregressa, verificando-se os processos criminais pelos quais já respondeu o condenado, com destaque a sua eventual condição de reincidente. Envolve a análise genérica das características ínsitas ao indivíduo, principalmente no que concerne ao seu caráter e tendências. 29 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS A individualização também está na Constituição Federal CF, art. 5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: (...) Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. A Comissão Técnica de Classificação - CTC primeiro realiza a classificação para em seguida elaborar o programa individualizador. Através desta classificação é possível determinar elementos da personalidade permitindo que o Judiciário utilize tais informações para tomar as devidas diligências. A realização desses relatórios é função da CTC que é interdisciplinar. Assim, através de tal análise, a CTC propõe à autoridade competente as progressões, regressões dos regimes e conversões de penas. Tal fundamento é reforçado pelos artigos 34 e 35 do Código Penal, que igualmente determinam a realização de exame criminológico de classificação no início do cumprimento da pena privativa de liberdade. 30 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianovaProfessor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS CÓDIGO PENAL (1940) Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução. § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno. § 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da pena. § 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas. Regras do regime semi-aberto Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o cumprimento da pena em regime semi-aberto. Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço social. 31 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Todo estabelecimento possuirá uma Comissão, cuja composição depende do tipo de pena a ser executada: COMPOSIÇÃO Pena privativa de liberdade Demais casos 2 (dois chefes de serviço 1 psiquiatra 1 psicólogo 1 assistente social Presidida pelo diretor Atuará junto ao juízo da execução e será composta dos fiscais do serviço social. Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. 32 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Aprofundamento da Lei De Execução Penal I CAPÍTULO II Da Assistência SEÇÃO I Disposições Gerais Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. Art. 11. A assistência será: I - material; II - à saúde; III -jurídica; IV - educacional; V - social; VI - religiosa. 35 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SEÇÃO II Da Assistência Material Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas. Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração. 36 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SEÇÃO III Da Assistência à Saúde Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. § 1º (Vetado). § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento. § 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido. § 4º Será assegurado tratamento humanitário à mulher grávida durante os atos médico- hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como à mulher no período de puerpério, cabendo ao poder público promover a assistência integral à sua saúde e à do recém-nascido. 37 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SEÇÃO IV Da Assistência Jurídica Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros para constituir advogado. Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. § 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos penais. § 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor Público. § 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado. 38 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SEÇÃO VI Da Assistência Social Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará- los para o retorno à liberdade. Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social: I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade; VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho; VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima. 41 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SEÇÃO VII Da Assistência Religiosa Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa. § 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos. § 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa. 42 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SEÇÃO VIII Da Assistência ao Egresso Art. 25. A assistência ao egresso consiste: I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade; II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses. Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego. Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei: I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento; II - o liberado condicional, durante o período de prova. Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho. 43 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Aprofundamento da Lei De Execução Penal II Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva. § 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene. § 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo. § 1° Oproduto da remuneração pelo trabalho deverá atender: a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios; b) à assistência à família; c) a pequenas despesas pessoais; d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores. § 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade. Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas. 44 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SEÇÃO III Do Trabalho Externo Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. § 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra. § 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a remuneração desse trabalho. § 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento expresso do preso. Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo. 47 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS CAPÍTULO IV Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina SEÇÃO I Dos Deveres Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de execução da pena. Art. 39. Constituem deveres do condenado: I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar- se; III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; VI - submissão à sanção disciplinar imposta; VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores; VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho; IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; X - conservação dos objetos de uso pessoal. Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo. 48 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SEÇÃO II Dos Direitos Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios. Art. 41 - Constituem direitos do preso: I - alimentação suficiente e vestuário; II - atribuição de trabalho e sua remuneração; III - Previdência Social; IV - constituição de pecúlio; V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; XI - chamamento nominal; XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente. 49 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento. Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança, no que couber, o disposto nesta Seção. Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento. Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o particular serão resolvidas pelo Juiz da execução. 50 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SUBSEÇÃO II Das Faltas Disciplinares Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções. Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada. Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; II - fugir; III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; IV - provocar acidente de trabalho; V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. 53 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SUBSEÇÃO II Das Faltas Disciplinares Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções. Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada. Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; II - fugir; III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; IV - provocar acidente de trabalho; V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório. 54 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que: I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta; III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacionalou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave demesma espécie; II - recolhimento em cela individual; III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos domesmo grupo criminoso; V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em contrário; VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo- se a participação do defensor nomesmo ambiente do preso. 55 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS § 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros: I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave. § 2º (Revogado). § 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. § 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou da sociedade; II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. 56 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Art. 55. As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor do condenado, de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho. Art. 56. São recompensas: I - o elogio; II - a concessão de regalias. Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão de regalias. 59 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SUBSEÇÃO IV Da Aplicação das Sanções Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as conseqüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão. Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei. Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado. Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da execução. 60 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS SUBSEÇÃO V Do Procedimento Disciplinar Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração, conforme regulamento, assegurado o direito de defesa. Parágrafo único. A decisão será motivada. Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente. Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado será computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. 61 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Complementações SEÇÃO III Da Direção e do Pessoal dos Estabelecimentos Penais Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento deverá satisfazer os seguintes requisitos: I - ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços Sociais; II - possuir experiência administrativa na área; III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da função. Parágrafo único. O diretor deverá residir no estabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará tempo integral à sua função. Art. 84, §4º. O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com os demais presos ficará segregado em local próprio. 62 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS CAPÍTULO V Do Centro de Observação Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação. Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas. Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal. Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do Centro de Observação. Nos Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação. Na falta do Centro de Observação os exames gerais e o criminológico poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação. Na prática, muitos dos Centros de Observação ficam dentro dos CDPs (Centro de Detenção Provisória). Em outros locais é separado. 63 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS CAPÍTULO VI Do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis referidos no artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal. Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o disposto no parágrafo único, do artigo 88, desta Lei. Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames necessários ao tratamento são obrigatórios para todos os internados. Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, segunda parte, do Código Penal, será realizado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local com dependência médica adequada. Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. Art. 167. A execução da pena de multa será suspensa quando sobrevier ao condenado doença mental (artigo 52 do Código Penal). Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança. 64 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS A Vida Real do psicólogo que trabalha com apenados Dentro do presídio a psicologia trabalha com várias ações, como, por exemplo: 1. Intervenções em crises 2. Entrevista inicial 3. Orientação Psicológica(possui caráter terapêutico mais especifico) 4. Grupos de Convivência 5. Atendimento familiar 6. Entrevista de orientação (entrevista de acompanhamento) 7. Atendimento da equipe de funcionários do presídio. Recentemente o CFP publicou a Pesquisa sobre atuação da Psicologia no campo da Execução Penal está disponível para acesso (2019). Esses foram os principais dados quantitativos obtidos pela excelente pesquisa: Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2019/12/BR84-CFP-Rel- SisPenalBrasileiro_web_vs3.pdf 65 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2019/12/BR84-CFP-Rel-SisPenalBrasileiro_web_vs3.pdf 66 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 67 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 68 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Aprofundamento da Lei De Execução Penal III TÍTULO IV Dos Estabelecimentos Penais CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado, ao submetido à medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso. § 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, serão recolhidos a estabelecimento próprio e adequado à sua condição pessoal. § 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabelecimentos de destinação diversa desde que devidamente isolados. 69 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas dependências com áreas e serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática esportiva. § 1º Haverá instalação destinada a estágio de estudantes universitários. § 2o Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de idade. § 3o Os estabelecimentos de que trata o § 2o deste artigo deverão possuir, exclusivamente, agentes do sexo feminino na segurança de suas dependências internas. § 4o Serão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do ensino básico e profissionalizante. § 5o Haverá instalação destinada à Defensoria Pública. 70 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução indireta as atividades materiais acessórias, instrumentais ou complementares desenvolvidas em estabelecimentos penais, e notadamente: I - serviços de conservação, limpeza, informática, copeiragem, portaria, recepção, reprografia, telecomunicações, lavanderia e manutenção de prédios, instalações e equipamentos internos e externos; II - serviços relacionados à execução de trabalho pelo preso. § 1o A execução indireta será realizada sob supervisão e fiscalização do poder público. § 2o Os serviços relacionados neste artigo poderão compreender o fornecimento de materiais, equipamentos, máquinas e profissionais. Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e coordenação no âmbito do sistema penal, bem como todas as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e notadamente: I - classificação de condenados; II - aplicação de sanções disciplinares; III - controle de rebeliões; IV - transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, hospitais e outros locais externos aos estabelecimentos penais. 71 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado. § 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: I - acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos incisos I e II. § 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal ficará em dependência separada. § 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação diversa das previstas nos incisos I, II e III. 72 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado. § 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: I - acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos incisos I e II. § 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal ficará em dependência separada. § 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação diversa das previstas nos incisos I, II e III. § 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com os demais presos ficará segregado em local próprio.73 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua estrutura e finalidade. Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária determinará o limite máximo de capacidade do estabelecimento, atendendo a sua natureza e peculiaridades. Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade Federativa podem ser executadas em outra unidade, em estabelecimento local ou da União. § 1o A União Federal poderá construir estabelecimento penal em local distante da condenação para recolher os condenados, quando a medida se justifique no interesse da segurança pública ou do próprio condenado. § 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderão trabalhar os liberados ou egressos que se dediquem a obras públicas ou ao aproveitamento de terras ociosas. § 3o Caberá ao juiz competente, a requerimento da autoridade administrativa definir o estabelecimento prisional adequado para abrigar o preso provisório ou condenado, em atenção ao regime e aos requisitos estabelecidos. 74 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS CAPÍTULO II Da Penitenciária Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado. Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão construir Penitenciárias destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados que estejam em regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 desta Lei. Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular: a) salubridade do ambiente pelaconcorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana; b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados). 75 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa. Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche referidas neste artigo: I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas pela legislação educacional e em unidades autônomas; e II – horário de funcionamento que garanta a melhor assistência à criança e à sua responsável. Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro urbano, à distância que não restrinja a visitação. 76 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS CAPÍTULO III Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento da pena em regime semi-aberto. Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observados os requisitos da letra a, do parágrafo único, do artigo 88, desta Lei. Parágrafo único. São também requisitos básicos das dependências coletivas: a) a seleção adequada dos presos; b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de individualização da pena. 77 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS CAPÍTULO IV Da Casa do Albergado Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de limitação de fim de semana. Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga. Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado, a qual deverá conter, além dos aposentos para acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras. Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os serviços de fiscalização e orientação dos condenados. 78 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS CAPÍTULO V Do Centro de Observação Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação. Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas. Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal. Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do Centro de Observação. 79 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 2. FCC - 2009 - TJ-SE - Analista Judiciário - Psicologia O exame criminológico, nos termos da nossa legislação penal, tem por finalidade: A o conhecimento da personalidade do agente criminal, o planejamento de medidas reeducativo-penais e o prognóstico da reincidência criminal. B o conhecimento da família do réu, visando a reinserção social após sua liberação. C a apresentação do sistema prisional ao réu, sua família e demais pessoas que ele venha a apresentar como importantes em sua vida. D a realização de perícia médico-forense que será arquivada no presídio como elemento para que o diretor saiba lidar com o réu em caso de agitações emocionais ou participação em rebeliões. E o exercício do trabalho multiprofissional que é desenvolvido na fase policial e que servirá como base para que o juiz encaminhe o caso para medida de segurança. 82 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 3. FUNCAB - 2013 - PC-ES - Psicólogo A questão do exame criminológico tem sido um dos pontos mais polêmicos entre os técnicos que dele participam, principalmente os psicólogos. Esse exame: A é realizado por um psiquiatra, um médico e um assistente social. B traça um perfil psicológico com vistas ao tratamento psiquiátrico. C determina o livramento condicional. D tem por objetivo identificar as múltiplas causas que constituiriam fatores geradores da conduta delituosa. E permite estabelecer um prognóstico psicológico para o período de detenção. 4. Quadrix - 2020 - CFP - Especialista em Psicologia - Jurídica Os exames gerais e criminológicos, realizados no momento do ingresso no estabelecimento penal, serão realizados A no centro de triagem. B no centro de observação. C no serviço de psicologia. D no fórum. E em qualquer dependência. 83 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 5. FUNCAB - 2014 - SEDS-TO - Analista Socioeducador - Pedagogia Os códigos profissionais de ética de psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, posicionam-se, em relação à realização de exames criminológicos, de forma: A favorável. B condicionada às circunstâncias. C imparcial. D crítica. 6. Quadrix - 2012 - CFP - Psicologia Jurídica Carvalho e colaboradores (2003), ao discutirem sobre o "Exame Criminológico", apresentam as críticas mais comuns que são feitas a este. Qual das alternativas é a correta em relação a essas críticas? A Cientificidade questionável e risco de o instrumento ser fonte de arbitrariedade. B Cientificidade questionável e falta de apoio técnico por parte da instituição penal. C Falta de apoio técnico por parte da instituição penal e uso de critérios duvidosos para a conclusão do parecer. D Problemas éticos na exposição de informações pessoais dos presos e falta de referência técnica por parte do Conselho Federal de Psicologia. E Todas as alternativas anteriores estão corretas. 84 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 7. FCC - 2012 - TJ-RJ - Analista Judiciário - Psicologia A atuação do psicólogo no âmbito do sistema prisional está regulamentada pela Resolução no 012/2011 do Conselho Federal de Psicologia. No tocante à determinação para a elaboração de exame criminológico ou outros documentos escritos com a finalidade de instruir processo de execução penal, caberá ao psicólogo A elaborar laudo pericial fundamentando a aferição da periculosidade do indivíduo. B realizar a perícia nos casos em que atua como profissional de referência para o acompanhamento da pessoa em cumprimento da pena. C a realização de perícia psicológica acompanhada de prognóstico criminológico de reincidência. D somente realizar perícia psicológica a partir dos quesitos elaborados pelo demandante e dentro dos parâmetros técnico- científicos e éticos da profissão. E somente realizar exames de avaliação familiar no âmbito psicossocial do apenado. 85 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 10. CIEE - 2019 - TJ-DFT - Estágio - Psicologia É amplamente salientado a interface entre a psicologia e noções de Direito, ou seja, do conhecimento e atuação do psicólogo jurídico auxiliando no âmbito da justiça, em todos dos âmbitos do Direito (Penal, Civil, Familiar etc). Diante deste escopo, existem três tipos de perícias que envolvem o âmbito de saúde mental no Brasil. São elas: A a avaliação social, psicológica e perícia médica de periculosidade. B o exame criminológico, a avaliação psíquica e o exame de inimputabilidade. C a avaliação psicológica e neuropsicológica, e o exame de responsabilidade penal. D a avaliação criminológica, o exame de responsabilidade penal ou de imputabilidade e o exame de cessação de periculosidade. 88 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianovaProfessor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 11. Quadrix - 2020 - CFP - Especialista em Psicologia - Jurídica Na Lei de execução penal, a proposta para a atividade do profissional psicólogo é compor A a Comissão Técnica de Classificação, responsável pela elaboração dos exames criminológicos e de personalidade, além do programa individualizador da pena. B a Comissão Técnica de Classificação e Acompanhamento, responsável pela avaliação da personalidade e do programa de ressocialização. C a Comissão Técnica de Classificação da Pena, responsável pela elaboração dos exames criminológicos e de personalidade e de ressocialização. D a Comissão Técnica de Classificação de Risco, responsável pela elaboração dos exames criminológicos e de personalidade, além do programa individualizador da pena. E a Comissão Técnica de Classificação e Progressão da Pena, responsável pela elaboração dos exames criminológicos e de personalidade. 89 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 12. FCC - 2012 - MPE-AP - Analista Ministerial - Psicologia A Resolução do Conselho Federal de Psicologia no 012/2011 que regulamenta a atuação do psicólogo no âmbito do sistema prisional e, no tocante à produção de documentos escritos para subsidiar a decisão judicial na execução das penas e das medidas de segurança, estabelece que A o psicólogo não deverá se ater a quesitos enviados pelo demandante. B ficam vedadas a elaboração de prognóstico criminológico de reincidência, a aferição de periculosidade e o estabelecimento de nexo causal a partir do binômio delito- delinquente. C ficam vedadas qualquer possibilidade de realização de perícia psicológica e redação de laudos advindos de clientela do sistema penitenciário. D é vedado ao psicólogo a participação em qualquer tipo de exame criminológico com a consequente entrega do laudo, sendo que em caso de desobediência haverá multa equivalente a um salário mínimo vigente à época. E o psicólogo que acompanha o indivíduo no cumprimento da pena é quem deverá realizar a perícia e o laudo psicológico obrigatoriamente. 90 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 13. FGV - 2015 - TJ-SC - Psicólogo “Em 1984, com a edição da LEP (Lei de Execuções Penais), instituiu-se a avaliação criminológica como requisito para que o condenado atingisse a última fase da individualização da pena. (...) Após a aplicação da sanção caberia aos técnicos do sistema carcerário classificar os condenados com o intuito de definir programa ressocializador e avaliar seu comportamento durante a execução de forma a orientar a decisão do magistrado." (CARVALHO, S. O papel da perícia psicológica na execução penal. In BRANDÃO, E. et GONÇALVES, H. S. Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: NAU, 2011). Com o advento da Lei nº 10.792/03, que deu nova redação à LEP e estabeleceu a não obrigatoriedade do laudo, espera-se dos psicólogos, na seara da execução penal, que: A diligenciem a obtenção de dados reveladores da personalidade, inclusive pela requisição de informações acerca do condenado; B desenvolvam trabalho propositivo de elaboração de programas de tratamento penal, objetivando a redução dos danos causados pelo processo de prisionalização; C classifiquem e diagnostiquem os condenados à pena privativa de liberdade, principalmente daqueles submetidos a penas com regime inicial fechado; D avaliem o cotidiano do apenado, realizando exames periciais e pesquisas criminológicas que retratem o perfil do preso para auxiliar nas decisões judiciais dos incidentes de execução; E realizem prognósticos de não delinquência, requisito subjetivo obrigatório para concessão do livramento condicional, através da avaliação do mérito e da personalidade durante a pena. 91 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 14. IBADE - 2017 - SEJUDH - MT - Psicólogo A atuação da Psicologia nas prisões vem sendo objeto de reflexão em muitos fóruns de debate, tendo sido evidenciada em um processo sistemático de diálogo no ano 2005. Sobre esse processo pode-se afirmar: A Ele se dá no âmbito exclusivo do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que reúne especialistas internacionais voltados a formar novos profissionais para a prática no sistema prisional. B Teve como objetivo produzir e disseminar uma série de guias teóricos e práticos como referência para o agir profissional dos técnicos que possuem como fundamento a necessidade de um aumento progressivo do encarceramento e exclusão social de criminosos. C Apesar da modificação da Lei de Execução Penal, ocorrida em 2003, que facultou a aplicação do exame criminológico, os psicólogos não estavam discutindo suas práticas, uma vez que apresentam grande dificuldade de identificar novas formas de intervenção frente às dificuldades crescentes apresentadas pelo sistema prisional. D Muitos estudos destacam que os modelos de prisão existentes são desfavoráveis para a aprendizagem de comportamentos úteis à vida na sociedade livre. Ao contrário, rotulam e estigmatizam determinado grupo social, o que tende a aumentar as oportunidades de encarceramento e exclusão social. E Resultou de uma imposição do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) a fim de uniformizar as práticas, baseando-se para tanto em modelos exitosos importados de países desenvolvidos. 92 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS 93 Grupo do TELEGRAM: https://t.me/psicologianova Instagram: @psicologianova Professor Alyson Barros AMOSTRA GRÁTIS
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