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Segurança Institucional - Teoria e Prática

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Aula 15
Senado Federal (Técnico Legislativo -
Policial Legislativo) Segurança
Institucional - 2022 (Pós-Edital)
Autor:
Alexandre Herculano
01 de Novembro de 2022
Sumário 
1 - SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS .............................................................................................................. 6 
Teoria dos CÍRCULOS CONCÊNTRICOS ................................................................................................... 9 
Versão tradicional dos círculos concêntricos ......................................................................................... 9 
Teoria dos PERÍMETROS DE SEGURANÇA ............................................................................................ 11 
Perímetro de SEGURANÇA PESSOAL ................................................................................................ 11 
Escolta Pessoal ................................................................................................................................... 12 
Segurança Avançada........................................................................................................................... 12 
Segurança Velada ............................................................................................................................... 13 
Segurança de Instalações .................................................................................................................... 13 
Equipes de Vistorias ............................................................................................................................ 13 
Itinerário PRINCIPAL .............................................................................................................................. 14 
Itinerário ALTERNATIVO ........................................................................................................................ 15 
Itinerários EVENTUAIS ........................................................................................................................... 15 
Pontos CRÍTICOS e Pontos de APOIO .................................................................................................... 15 
Escolta BÁSICA (01 agente) .................................................................................................................... 15 
Escolta com 02 AGENTES ....................................................................................................................... 16 
Escolta com 03 AGENTES ....................................................................................................................... 17 
Escolta com 04 AGENTES ....................................................................................................................... 18 
Escolta com 05 AGENTES ....................................................................................................................... 20 
Formações e Estratégias de Posicionamento ......................................................................................... 20 
Em LINHA À RETAGUARDA ............................................................................................................... 21 
Em LINHA FRONTAL .......................................................................................................................... 22 
Em CUNHA ......................................................................................................................................... 23 
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Formação EM "V" ou "CUNHA ABERTA"............................................................................................. 23 
Em LOSANGO .................................................................................................................................... 24 
A Escolta Motorizada ................................................................................................................................. 25 
Estruturação da Escolta Motorizada ....................................................................................................... 25 
O Veículo do Dignitário ....................................................................................................................... 26 
Os Veículos de Cobertura (ou de Segurança Aproximada) .................................................................. 27 
O Veículo Varredura ............................................................................................................................ 28 
O Veículo Fecha-Comboio .................................................................................................................. 28 
Os Veículos Balizadores (motocicletas) ............................................................................................... 29 
O Veículo Reserva ............................................................................................................................... 29 
2. A SEGURANÇA DE ÁREAS E INSTALAÇÕES ......................................................................................... 30 
Generalidades ......................................................................................................................................... 30 
Áreas, Instalações, Dependências e Ambientes ...................................................................................... 31 
Áreas e Instalações de Interesse .......................................................................................................... 31 
Conceitos de Sensibilidade e de Periculosidade...................................................................................... 32 
Círculos Concêntricos p/ Áreas E Instalações .......................................................................................... 32 
Pontos Críticos e Pontos de Risco ........................................................................................................... 34 
Vizinhança e Arredores ........................................................................................................................... 35 
Segurança Passiva de Áreas e Instalações .............................................................................................. 36 
Segurança Ativa de Áreas e Instalações .................................................................................................. 36 
Medidas de Segurança Estáticas e Dinâmicas ......................................................................................... 38 
A Segurança Física Propriamente Dita .................................................................................................... 39 
3. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS - Introdução .......................................................................... 40 
Processos de Extinção de Incêndio ......................................................................................................... 43 
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Métodos de Transmissão do Fogo .......................................................................................................... 44 
As Classes do Fogo ................................................................................................................................. 46 
Os Agentes Extintores ............................................................................................................................ 47 
4. CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS ............................................................................................................ 49 
PLANO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS .......................................................................................... 50 
GERENCIAMENTO DE CRISES ...................................................................................................................54 
5. A GESTÃO DE CONFLITOS (GERENCIAMENTO DE CRISES) ................................................................. 55 
Características e Objetivos das Crises ..................................................................................................... 55 
Critérios de Ação ........................................................................................................................................ 56 
Necessidade ........................................................................................................................................... 57 
Validade do Risco ................................................................................................................................... 57 
Aceitabilidade ......................................................................................................................................... 57 
As Crises e a Classificação dos Graus de Risco ............................................................................................ 58 
Níveis de Resposta ..................................................................................................................................... 59 
Tipologia dos Causadores de Eventos Críticos ............................................................................................ 60 
As Fases do Gerenciamento de Crises ........................................................................................................ 62 
A Pré-Confrontação ................................................................................................................................ 62 
A Resposta Imediata ............................................................................................................................... 66 
6.3. Fase 3 - O Plano Específico ............................................................................................................... 66 
Resolução (ou Plano de Rendição) .......................................................................................................... 67 
Organização do Posto de Comando ........................................................................................................... 69 
Posto De Comando - Conceito ................................................................................................................ 69 
Quando é Necessário Instalar um PC? .................................................................................................... 71 
Requisitos Essenciais de um PC? ............................................................................................................. 71 
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Elementos Operacionais Essenciais ............................................................................................................ 73 
Elemento DE COMANDO ....................................................................................................................... 74 
Elementos OPERACIONAIS .................................................................................................................... 75 
Elementos DE APOIO ............................................................................................................................. 77 
Elementos DE ASSESSORIA ................................................................................................................... 77 
Técnicas e Táticas de Negociação .............................................................................................................. 78 
Conter ..................................................................................................................................................... 79 
Isolar ....................................................................................................................................................... 79 
Negociar ................................................................................................................................................. 79 
Negociação - Postura e Critérios De Ação ............................................................................................... 81 
Perímetros Táticos ..................................................................................................................................... 88 
6. PORTARIA INTERMINISTERIAL N. 4.226/10 – O USO DA FORÇA ......................................................... 89 
PRINCÍPIOS DO USO DA FORÇA ........................................................................................................... 90 
7. Noções sobre Serviço de Inteligência ...................................................................................................... 91 
Conceitos Básicos na Linguagem da Inteligência .................................................................................... 91 
O que é um DADO? ............................................................................................................................. 92 
O que é uma INFORMAÇÃO? .............................................................................................................. 92 
O que é o CONHECIMENTO? .............................................................................................................. 93 
Fontes de Coleta ..................................................................................................................................... 94 
Quanto ao TIPO ou NATUREZA: ......................................................................................................... 94 
Quanto à ORIGEM: ............................................................................................................................. 95 
Quanto ao SIGILO: .............................................................................................................................. 95 
Princípios Básicos da Inteligência ........................................................................................................ 95 
Princípio da Oportunidade .................................................................................................................. 96 
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Princípio da Objetividade .................................................................................................................... 96 
Princípio da Segurança ....................................................................................................................... 96 
Princípio da Cooperação (ou Interação) .............................................................................................. 96 
Princípio da Amplitude ........................................................................................................................ 96 
Princípio do Controle .......................................................................................................................... 97 
Princípio da Imparcialidade ................................................................................................................. 97 
Princípio da Simplicidade .................................................................................................................... 97 
Princípio da Permanência ................................................................................................................... 97 
Princípio da Precisão ........................................................................................................................... 97 
Princípio da Compartimentação ......................................................................................................... 98 
Princípio do Sigilo ...............................................................................................................................98 
Acesso ................................................................................................................................................. 99 
Ameaça ............................................................................................................................................... 99 
Necessidade de Conhecer ................................................................................................................... 99 
Credencial de Segurança ..................................................................................................................... 99 
Compartimentação ............................................................................................................................. 99 
Informação sensível .......................................................................................................................... 100 
Informação sigilosa ........................................................................................................................... 100 
Termo de Confidencialidade ............................................................................................................. 100 
Vazamento ....................................................................................................................................... 100 
Fuga .................................................................................................................................................. 100 
Espionagem ...................................................................................................................................... 101 
Sabotagem ....................................................................................................................................... 101 
 
 
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1 - SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS 
 
Dignitário, Autoridade ou VIP: pessoa que exerce um alto cargo ou goza de um título 
proeminente. 
A primeira e importantíssima informação que você já precisa saber para continuar o estudo do tema: o 
enfoque da segurança de dignitários é essencialmente preventivo, posto que seu objetivo, ao contrário de 
combater, é o de, justamente, proteger o segurado, evitando o confronto e as situações perigo. Assim, a 
formação militar ou policial, por si só, não constitui credencial para o exercício da atividade de segurança de 
dignitários. 
 
Quaisquer que sejam as técnicas e táticas empregadas devem observar uma forma de 
gradação: 
- do mais simples para o mais complexo; 
- do menor para o maior grau; 
- da menor para maior interferência; 
- da mais discreta para a mais indiscreta; 
- priorizar sempre às medidas mais simples; 
- avaliar prós e contras do emprego ou não de policiais ou de militares; 
- atentar para as responsabilidades criminal e cível no emprego de uma segurança; 
- avaliar a efetiva necessidade de segurança privada em razão dos ônus que tal decisão 
impõe. 
 
O grau de risco em que está relacionada uma determinada pessoa protegida é estimado pela EXISTÊNCIA 
DE PERIGO, REAL OU POTENCIAL, em uma operação de segurança e decorre do tipo de cargo exercido e 
do tipo de circunstância em que estiver envolvida a pessoa protegida. 
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A necessidade de proteção pode ser permanente em decorrência da investidura da pessoa no cargo, que 
requer cuidados especiais por conta de seu alto valor representativo do poder do Estado (enquanto 
estrutura organizacional e política), do funcionamento das instituições públicas e da organização da 
sociedade. 
Essa necessidade pode ser também circunstancial, decorrente de ações ou decisões que contrariem 
interesses ou gerem descontentamento de pessoas ou grupos tais como: o combate à corrupção em geral; 
o combate às organizações criminosas; as disputas políticas; as mudanças e reformas na administração 
pública; as exonerações e demissões de funcionários; o cancelamento de contratos, dentre outros. 
Correspondendo aos diferentes graus de risco deve existir um sistema de segurança compatível, que podem 
ser considerados como: 
 
 
Grau de risco REDUZIDO - é aquele em que a pessoa protegida não está sujeita aos riscos 
normais inerentes ao cargo que desempenha; 
Grau de risco NORMAL - é aquele em que a pessoa protegida está sujeita somente aos 
riscos inerentes ao cargo que desempenha; 
Grau de risco ELEVADO - é aquele em que a pessoa protegida sofre ameaças definidas ou 
está envolvida em situação de extraordinária relevância. 
A segurança de uma autoridade não se limita somente à atuação isolada de agentes de segurança pessoal. 
Diversas medidas cautelares devem ser adotadas para garantir a integridade FÍSICA E PSICOLÓGICA de 
uma "pessoa protegida", especialmente medidas de caráter preventivo, com a mobilização dos recursos 
disponíveis e a execução de um esquema de segurança bem elaborado. 
O objetivo é adaptar com sucesso essas organizações aos desafios impostos por um amplo espectro de 
ameaças, tendo como base para a sua formulação a descrição minuciosa dos aspectos externos e internos 
relevantes, pois quanto maior a instabilidade e complexidade do meio envolvente, maior a necessidade do 
enfoque sistêmico e do planejamento estratégico. 
Para o alcance desses objetivos, faz-se mister que as equipes de segurança de dignitários adotem 
procedimentos que estejam alinhados aos melhores e mais eficazes sistemas doutrinários de segurança de 
autoridades. 
Pois bem, nos dois próximos tópicos, vamos conhecer quais são os principais (e mais cobrados em provas) 
sistemas de segurança utilizados atualmente pela doutrina: o da Teoria dos Círculos Concêntricos e o da 
Teoria dos Perímetros de Segurança! 
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Antes disso, é preciso que você saiba que não há, dentre eles, um melhor ou mais eficaz sistema. Para que 
a equipe de segurança decida qual deles adotar ou adequar, tudo dependerá das mais diversas variáveis que 
circundam o dignitário protegido, estudadas na Parte I desta aula. São dois sistemas que, apesar de utilizar 
nomenclaturas um pouco diferentes, têm a mesma finalidade: proteger da melhor maneira o dignitário. 
Agora, sendo um ou outro o sistema utilizado pela equipe, é preciso esclarecer que ambos adotam uma 
mesma lógica doutrinária padrão de fases (ou grupos) e atividades. Seja qual for o sistema escolhido, esse 
deverá ser composto primordialmente de duas fases: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E cada fase deverá ser composta de atividades primordiais que as caracterizam e as diferenciam. São, 
portanto, as seguintes as atividades relacionadas a cada uma das fases acima: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Teoria dos CÍRCULOS CONCÊNTRICOS 
Caro aluno, muita atenção para essa teoria! 
Como eu já disse acima, ela é a única Teoria utilizada pela FCC na elaboração de suas questões e, por isso, 
deve estar no seu sangue para a sua prova! 
Pois bem, semelhante a esta orientação de "funcionamento sistêmico" existe também a teoria dos "círculos 
concêntricos", ensinamento encontrado em algumas doutrinas sobre segurança pessoal, onde o esquema 
montado para a segurança em torno de uma autoridade envolve um número variado de agentes, equipes e 
grupos, com suas missões específicas, próximos ou afastados da autoridade e cujas ações se desenvolvem 
em círculos concêntricos. 
 
Versão tradicional dos círculos concêntricos 
Na versão tradicionalos círculos são denominados de: 
 
 
 
 
 
 
Vamos entender o significado de cada um dos círculos: 
 
 
Círculo de segurança APROXIMADA: é representado pelo grupo de agentes de segurança pessoal que se 
desloca permanentemente com a autoridade, sendo responsável pela sua proteção imediata e por sua 
evacuação, na configuração de uma hostilização ou atentado. 
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Círculo de segurança VELADA: composto de elementos especializados, distribuídos nos locais dos eventos 
ou nos itinerários da autoridade, com trajes adequados à área e infiltrados na população, com a finalidade 
de detectar qualquer hostilização ou atentado. 
 
 
 
 
 
Círculo de segurança OSTENSIVA: representa um trabalho preventivo, executado à vista da população, 
que visa, pela presença do elemento fardado e colocado em local de destaque, anular ou pelo menos 
intimidar a ação de elementos adversos que visem hostilizar fisicamente a autoridade. Este círculo 
comporta também o dispositivo de trânsito e a segurança contra incêndio. 
 
 
 
 
 
 
Os Graus de Segurança classificam-se em: 
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Para fins de prova, você deve fazer a seguinte correlação entre os Círculos Concêntricos e os Graus de 
Segurança: 
▪ Grau de PROTEÇÃO = Segurança APROXIMADA 
▪ Grau de COBERTURA = Segurança VELADA 
▪ Grau de VIGILÂNCIA = Segurança OSTENSIVA 
 
Teoria dos PERÍMETROS DE SEGURANÇA 
O outro sistema que pode ser utilizado na segurança de uma autoridade é o chamado de "Perímetros de 
Segurança". 
Neste sistema, o esquema de proteção em torno de uma autoridade é definido através do estabelecimento 
de perímetros de proteção e de segurança, que se desenvolvem a partir da área de competência legal e de 
atuação tática de cada órgão envolvido e cujas atenções convergem para um ponto comum que é a "pessoa 
protegida". 
Vamos então à análise de cada um destes perímetros. Apesar de não ter aparecido em provas, é sempre 
bom saber de mais uma opção de teoria! 
 
Perímetro de SEGURANÇA PESSOAL 
Este perímetro é caracterizado principalmente pela dedicação exclusiva à proteção da autoridade e se 
distingue também pela proximidade, compromisso e pela forma de inter-relação com a pessoa protegida. 
A competência legal é definida pela legislação, tanto para as autoridades do governo federal como para as 
autoridades dos governos estaduais, podendo também ser uma competência exclusiva (presidente, 
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governadores) ou uma competência concorrente (ministros, embaixadores, autoridades estrangeiras). O 
Gabinete de Segurança Institucional, a Polícia Federal, os Gabinetes Militares Estaduais são os órgãos 
especializados que possuem essa competência legal. Diversas Guardas Municipais também incluem em 
seus estatutos a atribuição de realizar a segurança do Prefeito Municipal. 
A atuação tática predominante, que visa a proteção imediata da autoridade, é a cobertura corporal, 
orientação para evacuação, detecção e anulação de ameaças, isolamento e controle de ambientes, 
limitação de acessos, definição de rotas de escape, etc. Para tanto, o “Perímetro de Segurança Pessoal" 
destaca alguns seguimentos específicos de segurança, tais como: 
 
Escolta Pessoal 
É estabelecido a partir da atuação de uma equipe de agentes de segurança que realiza a proteção 
aproximada, compondo uma cápsula humana envolvente e exclusiva. Esta equipe se desloca 
permanentemente com a autoridade, sendo responsável exclusivamente pela sua proteção imediata e por 
sua evacuação, por ocasião de tentativa ou consumação de uma hostilização ou atentado. 
Os deslocamentos motorizados possuem as mesmas características do Perímetro de Segurança Pessoal, 
sendo que a escolta pessoal é convertida em escolta motorizada, contando com o concurso de outros 
agentes que a complementam em número, de acordo com as necessidades de agentes, motoristas e 
batedores. A conduta dos agentes, quando perceber urna pessoa suspeita, será de ficar em condições de 
neutralizar sua ação. 
Através de um estudo de situação sumaríssimo, a equipe deverá ser capaz de tomar urna decisão acertada 
diante da ameaça que se configurar contra o protegido. Esta decisão poderá representar a garantia de vida 
ou integridade do protegido se for adotado o procedimento mais apropriado para determinada situação, 
qual seja: evacuação, cobertura corporal, anulação da ameaça, busca de abrigo, etc. 
A escolta pessoal faz parte da equipe de execução. 
 
Segurança Avançada 
A equipe de segurança avançada, escalada eventualmente para situações com maior grau de risco, se 
antecipa à chegada da autoridade em locais predeterminados e deve interagir com a "escolta pessoal" no 
sentido de fortalecer o perímetro de segurança pessoal, principalmente em eventos de grande 
concentração de público. 
A segurança avançada também compõe a equipe de execução. 
 
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Segurança Velada 
A equipe de "segurança velada", composta por elementos dissimulados e infiltrados em meio ao público 
nos locais dos eventos ou nos itinerários da autoridade, também fortalece o Perímetro de Segurança 
Pessoal, principalmente em eventos de grande concentração de público, através da detecção e 
neutralização de qualquer hostilização ou atentado. 
A segurança velada, assim como as anteriores, compõe a equipe de execução. 
 
Segurança de Instalações 
A equipe de segurança de instalações contribui para a plena eficácia do Perímetro de Segurança Pessoal, 
em eventos realizados em recintos fechados, principalmente quando é realizada por integrantes da 
mesma organização de segurança. 
Se as instalações forem preservadas por órgão de segurança diferente ou por empresa privada torna-se 
importante que haja um bom entendimento entre eles e os componentes da escolta pessoal e da segurança 
aproximada. 
 
Equipes de Vistorias 
As equipes de vistoria também contribuem para a plena eficácia do Perímetro de Segurança Pessoal, 
realizando a varredura nos locais de eventos e viaturas utilizadas pela autoridade, com o objetivo de 
identificar, neutralizar ou remover quaisquer dispositivos que constituam ameaças tais como explosivos, 
escutas ou elementos desmoralizantes. 
Após cada procedimento de varredura, o ambiente ou veículo “varrido" deve ser repassado para os 
responsáveis pela guarda das Instalações físicas ou das viaturas, de forma que não haja mais possibilidades 
de sabotagem. 
A equipe de vistoria compõe a equipe de preparação. 
Outro bom foco de questões de concursos tem a ver com a seleção de itinerários para o deslocamento da 
autoridade protegida. Desta forma, faço questão de abordar em detalhes sobre o tema, frente a grande 
importância para provas de concursos. 
Ponto sensível para a proteção de autoridades, erros no planejamento do itinerário podem ser FATAL na 
medida em que pode representar momento de grande exposição e vulnerabilidade. 
O itinerário deve ser entendido como sendo o caminho ou percurso pelo qual se desloca um dignitário, a pé 
ou com a utilização de um meio de transporte. Constitui-se, portanto, em todo e qualquer deslocamento de 
uma pessoa protegida de um local para outro, seja a pé ou motorizado e que acarrete em algum tipo de 
exposição ao público. 
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www.estrategiaconcursos.com.brEsta exposição da pessoa protegida representa sempre uma situação de grande vulnerabilidade, a despeito 
de todas as medidas preventivas que venham a ser adotadas. Esse fato é comprovado pelo registro de 
inúmeros atentados praticados contra governantes e celebridades no decorrer da história e que foram 
perpetrados exatamente ao longo de algum tipo de itinerário. 
Uma das razões deste fenômeno é a divulgação do evento e do roteiro a ser seguido pelo dignitário, 
possibilitando o tempo necessário para a preparação da ação agressora. Por esse motivo, os itinerários 
devem ser metodicamente escolhidos e preparados, assegurando a proteção adequada ao dignitário. 
Outra razão se deve aos deslocamentos rotineiros entre residência e local de trabalho, dois destinos 
habituais de qualquer dignitário e que apresentam pouca variação quanto a horário e percurso. Desses 
itinerários habituais os sequestradores escolheram exatamente as ruas estreitas e de pouco movimento 
para executar o sequestro. 
 
 
Portanto, para se chegar ao itinerário mais seguro é necessário que haja o planejamento 
apropriado, com o estabelecimento de vias alternativas e, sempre que possível, com o 
reconhecimento do percurso e o local de destino do protegido. 
 
É imprescindível que a escolha de um itinerário seja baseada nestes critérios, mas podem, também, ocorrer 
situações em que o itinerário é definido somente de última hora (inopinado), não possibilitando a adoção 
de medidas de segurança apropriadas. 
A diversidade dos itinerários pode ser resumida da seguinte forma: 
 
Itinerário PRINCIPAL 
A princípio o itinerário principal deve ser o mais seguro possível, escolhido prioritariamente através de um 
planejamento adequado e do consequente reconhecimento do percurso. 
 
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Itinerário ALTERNATIVO 
No caso de alteração ou modificação dos fatores condicionantes iniciais, que inviabilizam ou 
desaconselham a utilização do itinerário principal, deve ser utilizado o itinerário alternativo, que também 
deve ser indicado logo na fase preliminar do planejamento da operação de segurança. 
 
Itinerários EVENTUAIS 
O conhecimento de todas as opções de percurso possibilita também a utilização de itinerários eventuais, 
por motivo de perigo ou emergência, que seriam ramificações do itinerário principal ou do itinerário 
alternativo, utilizados no caso de abandono do itinerário usado. Itinerários inopinados, ou súbitos, de 
improviso, devem ser evitados! 
 
Pontos CRÍTICOS e Pontos de APOIO 
É extremamente importante a identificação dos pontos críticos e dos pontos de apoio que estejam inseridos 
ao longo do percurso. 
Os pontos CRÍTICOS (ou DE RISCO) são os locais que, por suas características, oferecem situações de risco, 
tais como viadutos, curvas acentuadas, obras ao longo de uma via, lombadas ou depressões que obrigam o 
comboio a reduzir a velocidade, etc. 
Os pontos DE APOIO (ou DE FUGA) seriam todos os locais que servem para acolhimento e proteção da 
autoridade no caso de perigo ou emergência, ou para a colocação de meios auxiliares ao deslocamento, tais 
como quartéis, delegacias, hospitais, repartições públicas em geral, etc. 
 
 
Escolta BÁSICA (01 agente) 
É também conhecida por escolta solitária, formação solo ou MOSCA. Nesta composição recomenda-se 
que o agente fique a distância de um braço do protegido, permanecendo sempre que possível atrás e a 
direita do mesmo, voltando sua atenção para todas as direções. 
Este agente, o MOSCA, possui a atribuição de fazer a cobertura corporal do protegido, colocando o seu 
corpo entre ele e a ameaça ou também tentar diminuir a exposição deste ao perigo reduzindo sua silhueta 
(empurrando, abaixando ou derrubando). 
 
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A recomendação para que o agente permaneça sempre que possível atrás e à direita do 
"protegido", se deve ao fato de que os atiradores destros sacam as suas armas pelo lado 
direito. Havendo a necessidade de empunhar a arma, esse saque não poria o dignitário em 
situação de risco, que assim teria sua silhueta "varrida" pela arma do próprio agente e 
poderia acidentalmente ser atingido pelo "fogo amigo". Outra justificativa seria que o 
agente estaria sacando a arma com a mão direita enquanto que o braço esquerdo, que 
está mais próximo do protegido, ficaria livre para diminuir a exposição deste ao perigo 
reduzindo sua silhueta (empurrando, abaixando ou derrubando). 
 
O agente de segurança deve adiantar-se e passar na frente quando o protegido necessitar transpor uma 
porta. Deve abri-Ia taticamente, observando os cuidados que a situação requer, avaliando a possibilidade 
da existência de risco (interna ou externamente) para somente depois, o protegido transpor tal obstáculo 
em segurança. 
O agente de segurança deve ir à frente do protegido quando este tiver que transpor multidões compactas e 
não haja condições de transpô-la naturalmente. 
 
Escolta com 02 AGENTES 
Estando o dignitário em deslocamento e acompanhado de uma escolta composta de dois agentes de 
segurança, ambos deverão preferencialmente manter-se atrás do protegido, um à esquerda e o outro à 
direita. 
Por ser uma equipe pequena, os agentes devem manter-se entrosados e conservar o olhar sobre o parceiro 
e o protegido e, amiúde, olhar para trás e para os lados, como forma de ampliar o campo de visualização e 
detectar ameaças que possam surgir fora dessa perspectiva visual. 
Quando o dignitário vai transpor uma porta ou penetrar numa multidão, o agente de segurança da 
esquerda deve adiantar-se e passar na frente da autoridade, observando e avaliando as possibilidades de 
ameaças e existência de riscos, ou, no caso de multidões, abrir caminho. 
Quando ocorrer de o protegido deter-se em algum ponto do itinerário, o agente de segurança posicionado 
à esquerda deslocar-se-á à frente do dignitário e voltar-se-á para ele. O agente da direita fica atrás do 
dignitário também voltado para ele, fazendo com que todos os campos possíveis de observação em torno 
sejam cobertos, bem como a retaguarda de cada agente esteja sendo coberta visualmente por outro 
agente, possibilitando a comunicação visual, por gestos e a pronta ação em caso de ataques contra o 
"protegido". Não se deve olhar fixamente na direção do protegido e sim à sua volta. 
Alexandre Herculano
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O agente que estiver à frente na formação deve, preferencialmente, manter-se ligeiramente à esquerda do 
dignitário, preservando-lhe o lado do coração. Deve olhar frequentemente por cima do ombro para se 
certificar quanto à posição do dignitário. 
O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição de MOSCA, permanecendo a mais ou menos 
um braço de distância do protegido, tendo a preocupação de observar também por cima do ombro as 
condições de segurança da sua retaguarda. 
Todos os agentes devem, sempre que necessário, proporcionar a cobertura corporal do "protegido", 
utilizando o próprio corpo como anteparo entre ele e a ameaça. 
A equipe deve, sempre que possível, definir uma rota alternativa e necessariamente estabelecer rotas de 
evacuação. 
 
Escolta com 03 AGENTES 
Estando o dignitário em movimento, acompanhado de três agentes de segurança, um deverá estar atrás e 
à direita e os outros distribuídos, um de cada lado do dignitário, modificando esse dispositivo de acordo com 
o ambiente. 
Quando o dignitário vai transpor uma porta ou penetrar numa multidão, o agente de segurança da direita 
deve adiantar-se e passar à frente dele, observando as condições de segurança e a existência de riscos.O 
agente de segurança da esquerda deve atrasar e ficar atrás e ligeiramente à esquerda. 
Quando ocorrer de o protegido estacionar, os agentes de segurança devem voltar-se para ele, fazendo com 
que todos os campos possíveis de observação em torno do dignitário sejam cobertos, bem como a 
retaguarda de cada agente esteja sendo coberta visualmente por outro agente, possibilitando a 
comunicação visual por gestos e a pronta ação em caso de ataques contra o protegido. 
 
 
NÃO se deve olhar fixamente na direção do protegido e sim À SUA VOLTA. 
 
O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição de MOSCA, permanecendo a mais ou menos 
um braço de distância do protegido, enquanto os outros se distribuem confere a necessidade. 
Alexandre Herculano
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Todas as formações são adaptáveis às circunstâncias, devendo os agentes estar preparados para mudar de 
posições quando houver mudança de direção e conduzir-se com tranquilidade, sem que haja restrições aos 
movimentos do protegido. 
 
 
Todos os agentes devem, sempre que necessário, proporcionar a cobertura corporal do protegido, 
utilizando o próprio corpo como anteparo entre ele e a ameaça. 
 
No caso de o protegido ser uma pessoa pública, deve-se preservar sua imagem, permitindo que as pessoas 
e a imprensa o vejam normalmente. 
 
Escolta com 04 AGENTES 
Estando o dignitário deslocando-se acompanhado de quatro agentes de segurança, um deverá estar atrás 
e à direita, um à frente e um de cada lado. 
Este dispositivo permite variação de acordo com a situação. 
Podem ser adotadas diversas formações com esse numero de agentes, a partir de um posicionamento 
básico e fundamental em que os agentes estejam mais agregados, pois as variações que deverão ocorrer, 
de acordo com a situação a ser enfrentada pelo “protegido" e o respectivo esquema de proteção, são 
facilmente executadas, permitindo-se muita eficácia nas ações contra ataques próximos, como no caso da 
tentativa de invasão da zona de proteção pela força. 
Apresenta como variações: 
✓ Formação em forma de quadrado, para médios espaços; 
✓ Cristal, para saída de aposentos e escadas; 
✓ Circular, para grandes espaços; 
✓ Cunha invertida ou em "V" aberto, utilizada quando a frente para onde se desloca o dignitário acha-
se se protegida (dispositivo chama menos a atenção e favorece a imagem do dignitário frente às 
câmeras e ao público). 
 
Um exemplo da formação em “V” aberto: 
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Adiante, veremos outras imagens que ilustram algumas dessas formações. Segura aí! 
Quando ocorrer de o dignitário deter-se em algum ponto de seu itinerário, os elementos de segurança, 
partindo das posições acima, devem voltar-se para ele, fazendo com que todos os campos possíveis de 
observação, em torno dele, sejam cobertos. 
Este posicionamento, voltado para o dignitário, facilita o trabalho, bem como faz com que a retaguarda de 
cada agente esteja sendo coberta por outro agente, possibilitando a comunicação visual, por gestos e a 
pronta ação em caso de ataques contra o dignitário. 
Um dos agentes de segurança deve sempre se adiantar e passar na frente quando o dignitário necessitar 
transpor uma porta ou uma multidão. Deve avaliar as possibilidades de risco para, somente depois, o 
protegido transpor tais obstáculos em segurança. 
A regra é bem semelhante ao que já vimos: o agente que estiver à frente na formação deve, 
preferencialmente, manter-se ligeiramente à esquerda da pessoa protegida, preservando-lhe o lado do 
coração. Um dos agentes deverá adotar a posição de MOSCA, permanecendo atrás e à direita, a mais ou 
menos um braço de distância do protegido, enquanto os outros se distribuem conforme a necessidade. 
Quando ocorrer de o dignitário estacionar, os agentes de segurança devem voltar-se para ele, fazendo com 
que todos os campos possíveis de observação em torno sejam cobertos, bem como a retaguarda de cada 
agente esteja sendo coberta visualmente por outro agente, possibilitando a comunicação visual, por gestos 
e a pronta ação em caso de ataques contra o "protegido". 
O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição de MOSCA, permanecendo a mais ou menos 
um braço de distância do protegido, enquanto os outros se distribuem confere a necessidade. 
 
 
Alexandre Herculano
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Todos os agentes devem, sempre que necessário, proporcionar a cobertura corporal do 
protegido, utilizando o próprio corpo como anteparo entre ele e a ameaça. 
 
No caso de o protegido ser uma pessoa pública, deve-se preservar sua imagem, permitindo que as pessoas 
e a imprensa o vejam normalmente. 
 
Escolta com 05 AGENTES 
Estando o dignitário em um deslocamento a pé acompanhado de cinco agentes de segurança, dois deverão 
estar atrás, um à esquerda, um à direita e outro à frente. 
O agente que estiver atrás e à direita deverá adotar a posição de MOSCA, permanecendo a mais ou menos 
um braço de distância do protegido, enquanto os outros se distribuem confere a necessidade. 
Todas as formações são adaptáveis às circunstancias, devendo os agentes estar preparados para mudar de 
posições quando houver mudança de direção e conduzir-se com tranquilidade, sem que haja restrições aos 
movimentos do protegido. 
 
Formações e Estratégias de Posicionamento 
Como acabamos de ver, as escoltas a pé são esquematizadas através de uma grande diversidade de 
formações e visam ao atendimento das diferentes situações que se apresentam, proporcionado uma 
permanente segurança ao dignitário. 
O tipo de formação adotado, em um determinado momento, é proveniente de uma conjugação de fatores, 
tais como: 
✓ A análise do local; 
✓ As informações obtidas sobre o evento; 
✓ O nível de segurança exigido e a quantidade de agentes envolvidos; 
✓ O apoio fornecido; 
✓ A extensão do deslocamento a pé; 
✓ O tipo de público envolvido; 
✓ A participação da imprensa. 
 
 
Alexandre Herculano
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A escolta deve manter como principal diretriz a orientação para que os agentes de segurança que estão mais 
próximos, normalmente à retaguarda do dignitário, sejam os principais responsáveis pela sua proteção 
física e pela sua retirada do local, em caso de perigo ou emergência, cabendo aos demais neutralizar a ação 
adversa e proteger a retirada do dignitário. 
Uma quantidade maior de agentes permite uma diversidade maior de formações, contanto que as 
modificações que venham a ocorrer, de acordo com a situação a ser enfrentada pelo protegido e seu 
esquema de segurança, sejam facilmente executadas. 
As circunstâncias é que definirão o espaçamento caso a formação seja mais aberta ou mais fechada. Há 
nomenclaturas utilizadas pela doutrina para cada tipo de formação. 
São elas: 
▪ Homem ponta, para 02 agentes; 
▪ Linear, para 03 agentes; 
▪ Quadrado, para 04 agentes, utilizada para espaços médios; 
▪ Círculo, para 04 ou 05 agentes utilizada em grandes espaços; 
▪ Caixa, para 05 agentes; 
▪ Losango, para 04 ou 05 agentes; 
▪ Cunha invertida ou em "V" aberto, para 04 ou 05 agentes; 
▪ Cunha, para 04 ou 05 agentes. 
 
Mesmo existindo uma grande diversidade de formações, as mais frequentes em provas e consagradas pelos 
maiores serviços de segurança são as que dispõem os agentes em linha, em cunha, em "V" aberto e em 
losango. 
 
Em LINHA À RETAGUARDA 
É a formação utilizada quando: 
✓ os flancos estão protegidos; 
✓ a frente está livre; e✓ há necessidade de resguardar a retaguarda do dignitário. 
 
Em caso de contato direto da autoridade com o público, torna-se essencial a obtenção de informações sobre 
o tipo de pessoas que o compõe e a utilização de agentes infiltrados para reforçar o perímetro de segurança 
pessoal. 
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Nestas circunstâncias, em que o dignitário está envolvido por um grande público, é necessário também a 
utilização de barreiras (cordas, jarros, biombos, etc.), que garantam algum isolamento físico na frente do 
dignitário e impeçam o avanço da multidão. 
 
Em LINHA FRONTAL 
Essa formação é utilizada quando: 
✓ o deslocamento for em via protegida nos flancos; e 
✓ quando houver necessidade de uma maior cobertura da frente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alexandre Herculano
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Em CUNHA 
Tipo de formação utilizada quando a frente para onde se desloca o protegido não é segura e se faz 
necessário romper algum tipo de bloqueio; quando há necessidade de romper a frente, protegendo a 
autoridade nos flancos. A retaguarda deve estar coberta por outros dignitários e acompanhantes do 
protegido. 
 
 
 
 
 
 
Formação EM "V" ou "CUNHA ABERTA" 
A formação em "V" é utilizada quando for necessário cobrir a retaguarda e os flancos, estando a frente livre 
para o dignitário. 
É a formação que favorece a imagem do dignitário, sendo a ideal para a chegada onde é aguardada por 
outra autoridade. No entanto, deve-se ter a garantia de que a frente para onde se desloca o protegido está 
segura. 
Essa formação chama menos a atenção e permite a imagem do protegido frente às câmeras e ao público. 
É também conhecida por "cunha aberta" ou "cunha invertida". 
Veja como é essa formação: 
 
 
 
 
 
 
 
Alexandre Herculano
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O campo de visão dos agentes na formação em V ou cunha invertida deve ser bastante amplo, cobrindo 
todos os ângulos determinados para cada agente. 
 
 
 
 
 
Em LOSANGO 
A formação em losango permite a proteção em 360° e tem grande flexibilidade para a mudança de direção 
de deslocamento. 
 
 
 
 
 
 
O campo de visão dos agentes na formação em losango também deve ser bastante amplo, de forma a cobrir 
todos os ângulos determinados para cada agente. 
 
 
 
 
 
 
 
Alexandre Herculano
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A ESCOLTA MOTORIZADA 
 
 
 
 
 
 
A escolta motorizada é um procedimento de segurança que compreende a utilização de veículos por 
agentes especializados para a realização do acompanhamento veicular de um dignitário durante seus 
deslocamentos, embarques e desembarques, de forma a garantir sua permanente proteção. 
Trata-se de um dispositivo de segurança essencial para garantir a proteção de um dignitário. Esse 
dispositivo é geralmente composto por veículos com características similares ao utilizado pela "pessoa 
protegida", em quantidade variável, conforme a especificidade de cada circunstância. O tipo de veículo varia 
de acordo com a necessidade, seja terrestre, aéreo ou aquático. 
 
 
Os executores da escolta motorizada normalmente são os mesmos que realizam a escolta pessoal a pé, 
complementados por motoristas e guarnições ostensivas. 
 
O deslocamento veicular, assim como o deslocamento a pé, representa uma situação de grande 
vulnerabilidade, pois expõe a autoridade a uma mudança de ambiente que, muitas vezes, dificulta a adoção 
de medidas preventivas e de anulação de ameaças. 
A narrativa dos atentados indica que a maioria desses crimes ocorreu nos deslocamentos motorizados do 
"alvo", como também nas situações de embarque e desembarque. 
 
Estruturação da Escolta Motorizada 
As escoltas motorizadas destinadas ao acompanhamento de um dignitário podem variar sua constituição, 
podendo ser do tipo: 
Alexandre Herculano
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➢ Simples (01 veículo de segurança); 
➢ Médio ou padrão (02 veículos de segurança); ou 
➢ Rigoroso/complexo (mais de 02 veículos de segurança). 
 
A escolta do tipo simples pode ainda ser formada com agentes de segurança que acompanham o protegido 
no mesmo veículo. A constituição da escolta fica condicionada a fatores diversos, tais como: 
✓ O grau de risco; 
✓ O cargo exercido pelo dignitário; 
✓ As circunstâncias da missão; 
✓ As características do itinerário; 
✓ O grau de segurança exigido; 
✓ A localização do evento; e 
✓ A disponibilidade de recursos. 
 
Os veículos que compõem a escolta motorizada destinam-se a proporcionar a segurança ao veículo que 
transporta o dignitário. Para tanto devem assumir um posicionamento tático que propicie sua rápida 
intervenção em situações de risco, bem como garantam a rápida evacuação do protegido. 
Para este propósito os veículos de segurança assumem procedimentos específicos e denominações técnicas 
variadas, contemplando um rol de necessidades observadas durante o planejamento do esquema de 
segurança. 
A seguir estudaremos a nomenclatura mais usada pela doutrina para os veículos da escolta motorizada: 
 
O Veículo do Dignitário 
É o veículo designado para a condução do dignitário. Pode ser um veículo comum ou, dependendo das 
circunstâncias, um veículo construído ou adaptado especialmente para esse fim. Neste último caso, sua 
estrutura e blindagem devem ser reforçadas, proporcionando maior segurança contra agressões e 
acidentes. 
O posicionamento no interior do veículo é muito próprio do estilo do dignitário, existindo alguns que 
preferem ocupar o banco da frente. Para o esquema de segurança é recomendável que ele se posicione 
preferencialmente no banco traseiro, no lado direito, podendo, dependendo das circunstâncias do 
desembarque ou para aumentar a sua segurança, ter sua posição alterada. Sempre que possível, o lugar à 
frente e à direita, deve ser reservado ao agente de segurança pessoal mais aproximado. 
Sempre que possível, o motorista deve pertencer ao mesmo órgão e manter um perfeito entrosamento com 
o restante da segurança. A comunicação via rádio e o posicionamento tático deste veículo é essencial para 
que se obtenha a cobertura de segurança durante o deslocamento veicular, o embarque e o desembarque 
Alexandre Herculano
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do dignitário. Deve haver um esforço contínuo dos motoristas para que seja preservada a proximidade dos 
veículos da escolta, a menos que haja recomendação contrária. 
 
Os Veículos de Cobertura (ou de Segurança Aproximada) 
 
Denominam-se veículos de cobertura ou de segurança aproximada os veículos destinados à ação imediata 
contra qualquer ameaça ao veículo do protegido. São assim considerados o veículo que antecede e o 
veículo que se desloca atrás do carro do protegido, formando uma composição mais integrada, semelhante 
à escolta pessoal. 
Dessa forma, correspondem ao perímetro de segurança pessoal, de âmbito mais interno, que atua junto ao 
protegido o tempo que perdurar o deslocamento veicular, o embarque e o desembarque do dignitário. Os 
veículos de cobertura e o veículo do dignitário deverão manter entre si permanente contato via rádio, no 
intuito dea qualquer momento alterar o itinerário, realizar manobras de segurança ou alertar sobre perigos 
durante o deslocamento. 
Os veículos de cobertura são destinados exclusivamente ao pessoal da segurança. Somente em casos 
excepcionais outras pessoas poderão ser conduzidas neles. A distribuição dos agentes de segurança nos 
veículos deve atender ao aspecto operacional, considerando-se as atribuições dos agentes, a função dos 
veículos e as missões a serem cumpridas no deslocamento e no local de destino. 
Cada veículo possui uma missão específica e com isso uma maneabilidade peculiar. O eixo de deslocamento 
da escolta motorizada, na medida do possível, deve ser sempre mantido, alterando o alinhamento dos 
veículos somente com movimentos laterais de afastamento ou aproximação que visem a proteger o veículo 
da autoridade, caso não haja a participação de motocicletas. 
O veículo de segurança que segue à frente do veículo do dignitário (carro piloto, S-1 ou simplesmente carro 
01) tem a função de proteger a frente deste, identificando no itinerário possíveis riscos, pontos sensíveis e 
áreas que possam se constituir em ameaças. Funciona como balizador do veículo da autoridade. 
Na missão de manter livre o itinerário para o deslocamento, estabelece e regula a velocidade de forma que 
atenda à segurança do deslocamento da comitiva. 
Desloca-se no itinerário de modo a evitar que os veículos que circulam no sentido contrário atinjam o veículo 
do dignitário, tendo atenção para ameaças vindas da frente, utilizando o veículo como escudo protetor do 
veículo do dignitário, ou como veículo de choque, contra barreiras ou obstáculos colocados à frente. 
O veículo de segurança que se desloca atrás do veículo do dignitário (carro comando, S-2, ou 
simplesmente carro 2) e permanece junto ao mesmo deve manter-se em condições de: proteger a 
retaguarda; controlar as ultrapassagens através da utilização de técnicas de bloqueio quando em 
movimento e parado; proteger os flancos; manter o contato visual com o veículo do dignitário e ficar atento 
para possíveis ameaças; tentar antecipar paradas e viradas não avisadas; não permitir que outro veículo se 
coloque entre este e o veículo do protegido; quando parado manter distância suficiente para manobrar e 
ultrapassar se necessário. 
Alexandre Herculano
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É o veiculo de proteção que tem por missão resguardar o veículo das ameaças vindas da retaguarda e dos 
flancos. Sua posição é imediatamente à retaguarda do veículo da autoridade, mantendo sempre a mesma 
distância, de modo que possa cumprir sua missão com presteza e oportunidade. 
Este veículo não deve permitir a infiltração de qualquer outro veículo à sua frente e deve impedir, sempre 
que possível, que veículos possam posicionar-se ao lado do veículo do "protegido". É importante a sincronia 
entre este veículo e o veículo do dignitário através da via rádio. 
Por ocasião dos desembarques do dignitário, o veículo coloca- se imediatamente atrás do veículo do 
"protegido", de modo que os agentes possam desembarcar antes e embarcar logo após o dignitário. 
 
O Veículo Varredura 
Recurso de segurança que corresponde a um perímetro de segurança amplo, que atua junto e em apoio à 
escolta motorizada o tempo que perdurar o deslocamento veicular, o embarque e o desembarque do 
dignitário. É usado em grandes operações ou em um esquema de segurança de um dignitário muito 
importante 
E um veículo avançado que se desloca a cerca de 100 metros à frente dos veículos de cobertura, tendo por 
missão verificar o itinerário, o posicionamento do policiamento a pé e as condições de segurança, de modo 
a garantir a segurança da via. Dependendo das circunstâncias e do tipo de esquema de segurança, pode ou 
não ser identificável, tal como uma viatura descaracterizada. 
O veículo varredura deve ser equipado com rádio, que opere na mesma frequência que o dispositivo de 
segurança designado para o itinerário e os veículos integrantes da escolta motorizada, especialmente com 
os batedores motociclistas e o veículo fecha-comboio. Sendo ostensivo, os integrantes do veículo varredura 
poderão estar fardados e armados e, sempre que possível, pertencer ao órgão policial que tenha jurisdição 
sobre a área ou via de deslocamento. 
 
O Veículo Fecha-Comboio 
Também utilizado em grandes operações ou em um esquema de segurança de um dignitário muito 
importante, oferece uma maior amplitude do perímetro de segurança e garante o pronto emprego de 
efetivos especializados. 
O veículo fecha-comboio é o último veículo do comboio. 
Acompanha a escolta sempre à retaguarda, sinalizando o final da mesma e, quando houver necessidade, 
impedindo as infiltrações e ultrapassagens. 
Deve ser, preferencialmente, uma viatura ostensiva, com características que favoreçam a observação e a 
segurança do itinerário. Tem por finalidade indicar o fim do comboio, impedir as ultrapassagens e prestar 
apoio à "escolta motorizada de segurança pessoal" em caso de necessidade. 
Alexandre Herculano
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Os Veículos Balizadores (motocicletas) 
A finalidade dos veículos balizadores é proporcionar maior controle e coordenação à escolta, aumentando 
a segurança nos deslocamentos com reforço na segurança lateral e mantendo os veículos não pertencentes 
ao comboio afastado. Quando necessário esses veículos exercem o controle do tráfego em semáforos e 
cruzamentos, possibilitando maior fluidez em trânsito intenso e funcionando como escolta de emergência. 
Posicionando-se à frente da escolta, a motocicleta pode assumir a missão de regular a velocidade, 
determinando a velocidade e o eixo de deslocamento, devendo para tanto ser do tipo ostensivo. 
Deslocando-se à retaguarda do comboio, ela funciona como veículo fecha-comboio, suprindo a ausência ou 
reforçando as ações do veículo fecha-comboio. 
Deslocando-se à frente e ao longo da escolta, funciona como balizadores de itinerário, bloqueando acessos, 
cruzamentos, veículos em deslocamento, ou abrindo espaços, de modo que o itinerário se mantenha livre 
ao prosseguimento do comboio. 
Deslocando-se ao lado do veículo do dignitário, funcionam como segurança, realizando a proteção lateral 
do veículo do dignitário. 
Apesar das vantagens oferecidas pelos veículos balizadores, este recurso proporciona muita visibilidade à 
escolta e causa considerável alteração no cotidiano da cidade onde atua. Tal situação desagrada alguns 
dignitários que preferem se conduzir com mais discrição e, normalmente, dispensam o aparato mais 
ostensivo. 
 
O Veículo Reserva 
Medida preventiva utilizada em esquemas de segurança que exijam um grande aparato ou quando houver 
deslocamentos rodoviários. São os veículos destinados à substituição dos veículos do dignitário e da escolta 
de segurança, que devem possuir as mesmas características desses veículos, inclusive quando o veículo do 
dignitário for coletivo (van, micro-ônibus, ônibus). 
A figura a seguir foi por mim criada, a fim de que você possa melhor visualizar como se compõe, na prática, 
uma escolta motorizada completa: 
Alexandre Herculano
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2. A SEGURANÇA DE ÁREAS E INSTALAÇÕES 
Generalidades 
Podemos dizer que a Segurança Empresarial ou Institucional possui três dimensões que poderíamos 
classificar da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
Uma empresa ou instituição que organizar e administrar essas áreas, ainda que com algumas alterações 
superficiais ou pontuais, estará certamente contando com um sistema de segurança satisfatório. 
Mas, desse conceito de Segurança Tridimensional, onosso foco aqui será a dimensão que está destacada 
em vermelho: a Segurança Física (Patrimonial). 
Alexandre Herculano
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Com eu disse, bem mais conhecida como Segurança de Áreas e Instalações, essa dimensão consiste na 
adoção de medidas e procedimentos de proteção de caráter geral, fiscalização e controle de acesso de locais 
considerados "perigosos", seja para visitantes, seja para os recursos humanos da empresa. Abrange, 
também, demarcação, bloqueio e rigoroso controle de acesso a locais considerados "sensíveis". 
Para tanto, avalia as necessidades de segurança de certas áreas, instalações, dependências e ambientes de 
interesse, o que vai depender do nível de sensibilidade ou periculosidade de cada local em relação ao 
processo institucional, às pessoas, ao meio ambiente e à sociedade. 
 
Áreas, Instalações, Dependências e Ambientes 
As dependências e ambientes podem ser entendidos como pequenos espaços determinados dentro das 
instalações. As áreas, grandes espaços dentro dos quais se edificam instalações. Ambas recebem cuidados 
e prioridades diferentes, em termos de ações de segurança, as quais definirão o perfil de sua importância 
para o negócio. 
 
 
 
 
 
 
 
Áreas e Instalações de Interesse 
Considerando-se que a Segurança de Áreas e Instalações compreende um conjunto de ações voltadas para 
a segurança de determinados "locais", alguns deles exigem medidas peculiares, adequadas à singularidade 
de cada atividade desenvolvida e ao perfil das vulnerabilidades e deficiências existentes. 
Assim, residências, bancos, hotéis, hospitais, indústrias, shoppings, aeroportos, portos, estações, 
condomínios, estabelecimentos de comércio a céu aberto, espaços para grandes eventos, estádios, 
empresas – e nestas, suas presidências, diretorias, gerências, departamentos financeiros, CPDs, arquivos e 
inúmeros outros "locais" - constituem objeto de interesse especial para os profissionais de segurança. 
 
Alexandre Herculano
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Conceitos de Sensibilidade e de Periculosidade 
É bastante importante, caro aluno, que você saiba diferenciar logo de cara o que é SENSÍVEL do que é 
PERIGOSO em nível de segurança física e patrimonial. Vamos aos conceitos: 
 
 
 
➢ São SENSÍVEIS todos os materiais, equipamentos, processos, operações, áreas, instalações, 
dependências e ambientes, cargos ou funções, dados, informações ou conhecimentos cujo valor, 
natureza ou importância exerça, direta ou indiretamente, grave influência sobre a regularidade, 
normalidade ou continuidade da atividade institucional. 
Ex: as centrais de vigilância, de telecomunicações, de processamento de dados e de CFTV, geradores e 
tanque de GLP. 
➢ São PERIGOSOS todos os materiais, equipamentos, processos, operações, áreas, instalações, 
dependências e ambientes, cargos ou funções cujo grau individual de perigo implique, direta ou 
indiretamente, risco ou ameaça para as instalações, as pessoas, o meio ambiente ou a 
sociedade. 
Ex: arquivos de processos, servidores de rede, cabines de energia e etc... 
 
 
 
 
 
Círculos Concêntricos p/ Áreas E Instalações 
Antes de falarmos a respeito da aplicabilidade dos círculos concêntricos na segurança física e patrimonial 
(áreas, instalações, dependências e ambientes), vamos dar uma passada por conceitos importantíssimos 
sobre graus de sigilo. 
Com base no grau de importância, a organização deve normatizar critérios para proteger os conhecimentos 
produzidos assim como seus ativos. 
Alexandre Herculano
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Como toda atividade de segurança, também a segurança de áreas e instalações parte do mais simples para 
o mais complexo, do mais próximo para o mais afastado e do mais baixo para o mais alto nível de 
segurança. 
Assim, podemos esquematizá-la por meio de CÍRCULOS CONCÊNTRICOS, sendo que o círculo central 
representa a área ou instalação com nível de segurança mais elevado: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como você pode bem perceber, conclui-se que conforme for a importância do local, podemos ter as 
seguintes gradações de ações de segurança, para áreas, instalações, dependências e ambientes: 
➢ Segurança excepcional: áreas e instalações de excepcional sensibilidade ou periculosidade, cujo 
acesso é restrito a pessoas estrita e institucionalmente envolvidas nas atividades aí desenvolvidas. 
Local onde são tratados conhecimentos cujo acesso normalmente exige credencial ultrassecreto. 
➢ Segurança elevada: áreas e instalações de elevada sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é 
restrito a pessoas íntima e institucionalmente envolvidas nas atividades aí desenvolvidas. Local onde 
são tratados conhecimentos cujo acesso normalmente exige credencial secreto. 
➢ Segurança mediana: áreas e instalações de mediana sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é 
restrito a pessoas que tenham relações institucionais com as atividades aí desenvolvidas. Local onde 
são tratados conhecimentos cujo acesso normalmente exige credencial confidencial. 
➢ Segurança rotineira: áreas e instalações de baixa sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso é 
restrito a pessoas que tenham necessidade de trato funcional ou de negócios com as atividades 
desenvolvidas nos locais, onde são tratados conhecimentos que não devam ser do domínio público. 
Normalmente, exigem credencial reservado. 
➢ Segurança periférica: áreas e instalações isentos de sensibilidade ou periculosidade, que integram 
os limites do perímetro periférico, a partir dos quais se estabelecem limitações à circulação e ao 
acesso, seja para visitantes, seja para RH (funcionários). Não exigem credencial de segurança. 
 
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Pontos Críticos e Pontos de Risco 
Assim como você aprende a diferenciar áreas sensíveis de áreas perigosas, chegou a hora de também 
conhecer e aprender como a doutrina diferencia pontos críticos de pontos de risco, para melhor adequação 
das ações a serem adotadas. 
 
 
 
Pontos CRÍTICOS são determinadas áreas e instalações que podem sofrer danos reais que 
provoquem perdas. 
Ex: Um CPD (Centro de Processamento de Dados). 
Pontos DE RISCO são áreas e instalações que podem causar danos, ou seja, que 
constituem POR SI MESMAS, riscos ou ameaças contra os ativos, os funcionários ou a 
sociedade. 
Ex: Um depósito de inflamáveis. 
 
Um ou outro sujeitam-se a perdas, logicamente. Não obstante, no caso dos Pontos Críticos a perda é sempre 
real, ou seja, em face de qualquer evento, haverá necessariamente perda. No caso dos Pontos de Riscos, 
entretanto, a perda é sempre eventual, isto é, salvo aquela estritamente relacionada com o bem sinistrado, 
podem ou não acontecer outras perdas em razão de um evento. 
 
 
➢ Pontos Críticos são normalmente áreas e instalações sensíveis. 
➢ Pontos de Riscos são normalmente áreas e instalações periculosas. 
 
 
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Daí, torna-se extremamente importante relacionar um e outros pontos, de forma que se possa otimizar a 
relação custo versus benefício que se estabelece a partir da execução das medidas e procedimentos de 
segurança das áreas e instalações necessários em cada caso. 
 
Vizinhança e Arredores 
Algumas das mais recentes provas têm cobrado o conhecimento da diferença entre os conceitos de 
VIZINHANÇA e ARREDORES. 
São conceitos básicos, acredito que você saiba diferenciá-los,mas, por via das dúvidas, como já foram 
cobrados e como são importantes no contexto da segurança de áreas e instalações, vamos clarificá-los. 
 
➢ Vizinhança: são os vizinhos mais próximos, ou seja, aqueles cuja proximidade imediata faz com que 
exerçam influência direta sobre a atividade institucional e, consequentemente, sobre as ações da 
segurança de áreas e instalações. 
➢ Arredores: são os vizinhos menos próximos, ou seja, aqueles cuja proximidade relativa faz com que 
exerçam influência indireta sobre a atividade institucional e, consequentemente, sobre as ações da 
segurança de áreas e instalações. 
 
 
Um e outro poderiam ser abordados em qualquer segmento da Segurança Corporativa, posto que provocam 
repercussões em todos os níveis da atividade institucional. 
 
"Vizinhos não se selecionam: temos de conviver com eles" 
 
Com base nesse princípio, as ações de segurança devem se ocupar das potencialidades da comunidade onde 
se localiza a instituição, por mais inconveniente que ela seja, e explorar, ao máximo, todas as contribuições 
possíveis do relacionamento que, forçosamente, terá que se estabelecer. 
Assim, além de ter atualizado o perfil social, econômico e até político da vizinhança e dos arredores, via 
controles de indicadores - por exemplo, principais ilícitos, lideranças e facções criminosas atuantes na área, 
principais lideranças comerciais, comunitárias e políticas -, é imprescindível o estabelecimento de relações 
cordiais com os departamentos de segurança de outras empresas (para apoio mútuo), com autoridades e 
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lideranças civis e comunitárias, segmentos da defesa civil, segurança pública e não-pública mais próximos, 
bem como órgãos públicos e instituições privadas de interesse. 
Embora não seja aconselhável o seu envolvimento com os problemas comunitários locais, as corporações 
precisam acompanhá-los e bem de perto, para se anteciparem a situações que lhes possam se tornar 
desfavoráveis ou até prejudiciais. 
Via de regra, no forçoso relacionamento que se estabelece, a tônica deverá recair sempre sobre a busca de 
uma relação equilibrada para que a comunidade veja na instituição mais um de seus membros. 
 
Segurança Passiva de Áreas e Instalações 
Começamos agora a adentrar na dinâmica da Segurança de Áreas e Instalações propriamente dita. 
Inicialmente explicarei o que significa segurança passiva e segurança ativa, mostrando suas diferenças. 
 
 
 
A segurança PASSIVA consiste em ações ou atividades da segurança de áreas e instalações 
com caráter eminentemente DEFENSIVO, tomadas contra ameaças ou riscos potenciais 
ou reais. 
 
Como exemplo de segurança PASSIVA temos: o emprego de animais, as equipes e equipamentos de 
filmagens, alarmes de intrusão e agentes descaracterizados. 
Embora de perfil evidentemente defensivo, a segurança passiva de áreas e instalações pode abranger 
atividades ou ações ofensivas, mas, neste caso ainda assim há que prevalecer o caráter defensivo das 
medidas e procedimentos adotados. 
 
 
Segurança Ativa de Áreas e Instalações 
Já começo com um destaque: 
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➢ Ao contrário da segurança passiva, a segurança ATIVA consiste em ações ou atividades da segurança 
de áreas e instalações com caráter eminentemente OFENSIVO, tornadas contra ameaças ou riscos 
potenciais ou reais. 
 
Embora de perfil evidentemente ofensiva, e mais propriamente voltada contra riscos ou ameaças reais, a 
segurança ativa de áreas e instalações pode abranger atividades ou ações defensivas, prevalecendo 
sempre o caráter ofensivo das medidas adotadas. 
Como exemplo de segurança ATIVA temos: o emprego de animais, equipes de controle de distúrbios, 
circuitos eletrificados e agentes químicos. 
A mais importante medida ATIVA da Segurança de Áreas e Instalações é, sem dúvida, o acionamento dos 
órgãos de segurança pública e de defesa civil, sempre que oportuno, cabível e, principalmente, quando 
não for desaconselhável, pois há ocasiões em que convém não agir com publicidade. Assim, conforme 
anteriormente destacado, deve-se explorar ao máximo as possibilidades e potencialidades dos órgãos 
públicos competentes, reservando-se à segurança de áreas e instalações apenas as situações em que a 
interferência do Estado não seja considerada adequada, oportuna, cabível ou suficiente. 
É preciso que fique bem claro para você, caro aluno, que a segurança das áreas e instalações da empresa 
deve procurar restringir suas atividades ao espaço privado, ou seja, à área intramuros, evitando tanto 
quanto possível agir fora dos limites das instituições, salvo nas situações de emergência (estritamente no 
decorrer destas) que possam causar perdas à instituição. 
Inúmeras outras medidas ativas podem ser tomadas, como as que seguem: 
✓ Reforço de vigilantes: aumento do número de postos fixos, do contingente de vigilantes em reserva 
ou em sobreaviso, do volume de rondas e/ou o número de rondantes, do número de vigilantes 
móveis, a pé ou transportados (automóveis e motocicletas). 
✓ Reforço de armamento: aumento do poder de fogo dos vigilantes, pelo aumento da quantidade ou 
variedade da munição empregada e das armas disponíveis, ou pela substituição de calibres. 
✓ Reforço de animais: uso ou aumento do número de animais na Segurança das Áreas e instalações, 
utilizando-os para o ataque (cães), para alarme (gansos, marrecos) ou ação (cavalos). 
✓ Reforço de equipamentos: aumento da quantidade empregada de rádios, telefones, viaturas, 
motocicletas, helicópteros, coletes, bastões de ronda, binóculos, equipamentos de visão noturna, 
luzes de emergência, lanternas, alarmes e CFTV, entre outros. 
✓ "Força de reação": baseados em locais compatíveis, dentro ou fora das áreas e instalações com a 
utilização de destacamentos treinados, equipados e armados para ação rápida e eficaz. 
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✓ Ação "tipo polícia": desencadeamento de ações propositadamente ostensivas, cujo perfil 
demonstre força e desencoraje a iniciativa de ações adversas contra as áreas e instalações. 
✓ Rede de informantes: intensificação de ações de informantes e colaboradores. 
 
A lista apresentada não esgota, mas exemplifica algumas medidas ativas que podem ser tomadas. É 
importante salientar, entretanto, que qualquer que seja a medida ativa adotada, esta não exclui o emprego 
das medidas defensivas que podem e devem ser tomadas em conjunto, especialmente ante alterações 
de cenário que modifiquem os níveis de segurança desejáveis, ainda que de forma pouco expressiva. 
 
Medidas de Segurança Estáticas e Dinâmicas 
 
Outros dois conceitos relacionados com a segurança física e patrimonial de instalações e que ultimamente 
têm sido bastante cobrados em provas de concursos são os de: medidas de segurança estáticas e medidas 
de segurança dinâmicas. 
Tais medidas são necessárias para garantir a funcionalidade do sistema preventivo de segurança e 
constituem verdadeiros obstáculos, quer seja por barreiras e equipamentos, quer seja pela ação humana, 
para inibir, dificultar e impedir qualquer ação criminosa. 
São elas: 
 
 
➢ Medidas ESTÁTICAS: são barreiras e equipamentos utilizados no sistema de segurança que visam 
inibir e impedir ações criminosas, bem como garantir maior eficiência da atividade de vigilância 
patrimonial. 
Exemplos: Barreiras perimetrais, circuito fechado de TV, sistemas de alarmes, portas giratórias detectoras 
de metais, catracas eletrônicas, portinholas (passagem de objetos), clausuras (espaço entre dois portões, 
que antecedem a entrada de veículos e pessoas,

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