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Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 1 Sumário 1. Formação territorial do Brasil 1.1 A América portuguesa e o Brasil 1.2 O Império e a constituição das províncias 1.3 A República e a atual configuração político-administrativa 1.4 A gênese das fronteiras brasileiras 1.5 Os atuais limites 2. Os ciclos econômicos e a ocupação do território brasileiro 3. Brasil: divisão político-administrativa e organização federativa 4. A evolução da divisão regional 5. Os três complexos regionais do território brasileiro 6. Dinâmica da população brasileira 6.1 Dinâmica e estrutura demográfica Aula 02 Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 2 1. Formação territorial do Brasil O Brasil é uma República Federativa composta pela União, por 26 Estados mais o Distrito Federal e por 5.570 municípios. Seu sistema federativo foi adotado a partir de 1889, com a Proclamação da República, que transformou as províncias em estados. O país possui 8.515.767 Km2, sendo o maior Estado da América Latina e o quinto maior do mundo em área territorial. A atual configuração territorial do Brasil foi historicamente construída ao longo dos séculos e seu início data dos primórdios da ocupação da América pelas nações ibéricas. 1.1 A América portuguesa e o Brasil O primeiro movimento de apropriação da América pelos europeus se deu com a divisão que fizeram entre si os reis católicos de Aragão e Castela e o rei de Portugal pela conquista dos territórios descobertos e dos que viriam a descobrir. Em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, estabelecendo que as “novas terras” localizadas a leste de um meridiano traçado a partir das ilhas de Cabo Verde 370 léguas a oeste, pertenceriam a Portugal, já as terras localizadas a oeste deste meridiano pertenceriam à Espanha. Algumas dificuldades surgiram para a correta aplicação do acordado. A primeira foi a indefinição, no texto do tratado, de qual das ilhas do arquipélago de Cabo Verde seria usada como partida para a contagem das léguas, o que gerou muita discussão, uma vez que cada nação propunha como partida a ilha que mais lhe favorecesse em domínios territoriais. Outra dificuldade advinha da impossibilidade técnica da determinação exata da longitude. A maneira mais precisa de calcular essa coordenada é através da diferença horária entre o ponto de partida e o ponto da medição. Porém, no século XVI, havia grande dificuldade em determinar a hora em alto- mar. Esse problema somente foi solucionado no século XVIII com a invenção do cronômetro marítimo. Além disso, não havia, no período, um consenso em relação ao tamanho da Terra, o que influenciava na definição do tamanho da légua, já que essa medida era formada a partir de uma fração do grau do meridiano terrestre. Essas dificuldades impostas à determinação acurada do limite definido pelo Tratado de Tordesilhas às duas nações, associadas a outros fatores, permitiram o avanço efetivo por parte dos portugueses em direção ao interior do continente, ampliando posteriormente seus domínios na América através do processo de posse efetiva – utis possidetis – assentado pelo direito natural de soberania sobre as terras efetivamente ocupadas. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 3 A América portuguesa, inicialmente batizada por Pedro Álvares Cabral de Ilha de Vera Cruz, recebeu de Dom Manuel, ao comunicar seu descobrimento aos reis católicos da Espanha, o nome de Terra de Santa Cruz e, posteriormente, o nome de Brasil. A colonização dessas terras não foi, na sua origem, um empreendimento de base econômica, mas uma imposição geopolítica. As primeiras décadas após a chegada de Cabral caracterizaram-se por uma atividade muito intensa dos comerciantes e corsários franceses, que estabeleceram relações com grupos indígenas da costa, iniciando um lucrativo escambo de pau-brasil. Em contraste, as expedições exploratórias a serviço da Coroa lusa limitaram-se a percorrer trechos do litoral estabelecendo feitorias isoladas que organizavam a coleta das toras de pau-brasil. A expedição de Martim Afonso de Sousa, que deixou Lisboa em 1531, inaugurou uma nova política da Coroa: a colonização das novas terras, por meio da ocupação e da organização política. Assim, Martim Afonso distribuiu as primeiras sesmarias aos colonos portugueses. Os sesmeiros eram homens da pequena nobreza, militares ou navegantes, que recebiam as suas glebas como recompensa por serviços prestados à Coroa. Ao tomarem posse das terras, ficavam obrigados apenas a fazê-las produzir em alguns anos (em geral cinco) e pagar o dízimo à Ordem de Cristo. Na América Portuguesa, as sesmarias eram imensas, e seu cultivo demandava o controle sobre um número significativo de escravos. Assim, as sesmarias foram o embrião do latifúndio canavieiro, algodoeiro e pecuarista e, mais tarde, das fazendas de café e cacau. O modelo monocultor, escravista e exportador da agricultura colonial da América Portuguesa começava a tomar forma. As capitanias hereditárias foram criadas em 1534-36. Elas representaram a primeira divisão político-administrativa do território colonial. Todo o Brasil português foi dividido em quinze capitanias com fachada litorânea desigual, medindo entre 10 e 100 léguas. A partir do litoral, linhas paralelas delimitavam a área das capitanias. As capitanias foram concedidas para cidadãos portugueses, intitulados donatários. Na sua maioria, os donatários também eram provenientes da baixa nobreza. Responsáveis economicamente pela empresa colonizatória, tinham como dever o exercício da função administrativa da capitania, uma vez que eram os representantes do poder real naquele território. Além disso, deviam proteger militarmente as terras sob sua jurisdição, provendo-a de armas e fortificações. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 4 Em contrapartida, recebiam rendas e privilégios destinados aos capitães que governavam as capitanias das demais colônias portuguesas. Também recebiam uma pensão dos tabeliães e tinham direito de monopólio sobre moinhos, fornos, engenhos e passagens fluviais. Acrescentava-se a tudo isso o direito de conceder sesmarias em suas capitanias. O sistema de capitanias organizou o território colonial em unidades autônomas e desarticuladas entre si. Configurou uma opção pela descentralização político-administrativa. Entretanto, os donatários se revelaram incapazes de arcarem com os níveis de investimentos necessários e com as exigências postas pela defesa contra as incursões francesas. Ao mesmo tempo, a retração dos lucros portugueses no comércio de especiarias do Oriente e a descoberta das minas de ouro de Potosi na América espanhola, em 1545, estimularam a Coroa portuguesa a envolver-se diretamente no empreendimento colonial. Em 1548, o Regimento de D. João III instituía o Governo-Geral, sistema de administração centralizada do Brasil português. O governador fiscalizava e auxiliava as capitanias, instalava engenhos de açúcar, estimulava a exploração do sertão, o povoamento e a fundação de vilas. Principalmente, garantia a defesa da terra construindo fortes e promovendo alianças com os indígenas. O governador-geral cercava-se de um aparelho administrativo articulado em torno de três figuras: o ouvidor-mor, encarregado da aplicação da Justiça, o provedor-mor, responsável pela arrecadação dos impostos e o capitão-mor da costa, coordenador da defesa do litoral. Começava a nascer um aparelho deGeografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 5 Estado, subordinado à monarquia lusa. Salvador tornou-se a primeira sede do Governo-Geral, condição que perderia para o Rio de Janeiro apenas em 1763. Quando os colonos chegaram para, efetivamente, ocupar a América portuguesa, eles se organizaram em torno de núcleos de povoamento, denominados de arraiais. À medida que se desenvolviam economicamente, esses núcleos ganhavam aportes populacionais e conseguiam se emancipar de outros núcleos mais antigos e desenvolvidos, assumindo gerência própria em assuntos de ordem civil, militar e religiosa. Passavam, então, à categoria de freguesias (paróquias). Com a elevação à categoria de freguesia, o povoado passava a ter um território delimitado, um cartório eclesiástico e um padre que passava a residir permanentemente na igreja (padre colado). A organização administrativa do povoado se completava ao ser elevado à categoria de vila, quando era criada e instalada a câmara municipal. Já quando a vila era elevada à categoria de cidade havia pouca ou nenhuma mudança em sua organização administrativa. A vila ou a cidade podiam ainda, dependendo de seu tamanho populacional, abarcar uma comarca, que é a divisão territorial que distribui a justiça na região. Os limites da comarca podiam coincidir com os limites de uma vila ou englobar várias vilas pequenas. A legislação que regulava o poder local inspirou-se nas Ordenações Reais para a administração municipal portuguesa. A Alcaiadaria era ocupada pelo capitão da vila, nomeado pelo donatário. A Câmara Municipal era formada por vereadores eleitos pelos “homens bons”, constituindo a base do poder das oligarquias locais. As câmaras municipais tinham amplas prerrogativas. Definiam os preços dos produtos e o valor das moedas, lançavam impostos, aceitavam ou recusavam funcionários nomeados pela Coroa e legislavam sobre o comércio regional. Algumas chegaram a ter representantes em Lisboa, estabelecendo relações diretas com a Coroa. Nas câmaras encontra-se a origem dos privilégios e do poder descentralizado dos grandes proprietários de terra. Elas refletiam uma interpenetração do interesse privado e do interesse público ou, o que dá no mesmo, uma subordinação e manipulação da administração pública pela propriedade privada da terra. As vilas do Brasil, no início do século XVI, podem ser caracterizadas como “ilhas de povoamento”, dado seu isolamento, uma vez que eram localizadas ao longo de um território muito extenso e praticamente sem comunicação umas Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 6 com as outras. Assim, era manifesta a dificuldade encontrada pelo governo- geral em administrar o território brasileiro no período. Com sede na Bahia, o poder Central não conseguia dar assistência em tempo hábil a todas as regiões da colônia. Em decorrência disso, o governo do Brasil foi dividido, um com sede na Bahia, ocupado por Luís Brito e Almeida, e outro com sede no Rio de Janeiro, ocupado por Antônio Salema, no período de 1572 a 1577. Voltou-se a unificar o governo-geral na Bahia, em 1578, com o governador Lourenço da Veiga. Novamente, de 1608 a 1612, ficou o governo- geral dividido entre Diogo de Meneses e Sequeira na Bahia e Francisco de Sousa no Rio de Janeiro, voltando, posteriormente, a Bahia a ser a única sede do governo-geral do Brasil. Em 1612 ficou patente a dificuldade de intervenção do governo-geral nas capitanias do norte, mais distantes e apresentando ventos contrários a uma aproximação marítima pela costa leste-oeste. Naquele ano, o Maranhão foi invadido pelos franceses que fundaram ali a França Equinocial e, posteriormente, foram expulsos pelos portugueses e espanhóis em 1615. A navegação da costa leste-oeste era muito difícil, de modo que a Região Norte do Brasil tinha comunicação marítima mais fácil com Lisboa do que com Salvador. Em decorrência desses fatores, em 1621 a América portuguesa foi dividida em dois Estados: Estado do Maranhão e Grão-Pará, que abarcavam as capitanias localizadas ao norte do cabo de São Roque até a Amazônia; e o Estado do Brasil, abrangendo as capitanias ao sul do Rio Grande do Norte. Assim como ocorreu com a maioria das capitanias do Brasil, as novas capitanias criadas no Estado do Maranhão não conseguiram se desenvolver. No século XVIII, foram incorporadas ao patrimônio real. Em 1751, na administração do Marquês de Pombal, foi extinto o Estado do Maranhão e Grão- Pará, sendo criado o Estado do Grão-Pará e Maranhão com sede administrativa em Belém. Essa mudança refletia as disputas constantes entre São Luís e Belém, essa última consolidando, no século XVIII, sua influência na região. Paralelamente à nova divisão administrativa do território em seu conjunto, o surgimento das bandeiras que partiram de São Paulo em busca de metais preciosos e de escravos indígenas propiciaram a ocupação de áreas no interior do Brasil, remodelando sua divisão interna. A descoberta de minas de ouro atraiu migrantes paulistas e forasteiros para a região que ficou conhecida como “das minas gerais”. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 7 Surgiram, então, muitos conflitos entre os paulistas que descobriram as minas e os estrangeiros que, posteriormente, ocuparam a região. Esses conflitos ficaram conhecidos como Guerra dos Emboabas. Para dar fim a essas disputas territoriais, foi criada, em 1709, a Capitania de São Paulo e Minas e, em 1711, ocorreu à elevação da vila de São Paulo à categoria de cidade. No contexto dos conflitos de 1708-1709, os paulistas procuraram novas áreas de exploração de metais preciosos e acabaram descobrindo novos veios auríferos em Cuiabá e Goiás, ampliando sua área de influência. Dessa forma, até 1720 a Capitania de São Paulo abrangia praticamente todo o território sul da América portuguesa. Em 1720, Dom João V emancipou a Capitania de Minas Gerais. Porém, a Capitania de São Paulo foi compensada com a retomada das vilas localizadas no litoral, de Parati a Laguna, que haviam sido incorporadas à Capitania do Rio de Janeiro. Além disso, seguindo-se à emancipação de Minas Gerais, foi criada, em 1744, a Capitania de Goiás e logo depois, em 1748, a Capitania de Mato Grosso. Para estabelecer a ocupação portuguesa na região do rio da Prata, foi fundada, em 1680, a Colônia do Santíssimo Sacramento, localizada na margem esquerda daquele rio. Foi bastante tumultuado o percurso da ocupação portuguesa na região do Prata. Tomada pelos espanhóis no mesmo ano de sua fundação, a colônia foi devolvida aos portugueses após acordo entre as Coroas de Portugal e de Espanha. Essa cidadela foi, ainda, sitiada por quatro vezes nos períodos de 1704- 1705, 1735-1737, 1763 e 1772-1777. Além disso, foi ocupada três vezes, em 1705-1715, 1763 e, finalmente, a partir de 1777, quando passou aos domínios espanhóis pelo Tratado de Santo Ildefonso. Ainda, na tentativa de garantir posses para os portugueses em direção ao sul do território, em 1725, “[...] com instruções do governador de São Paulo, manda o capitão-mor de Laguna o seu genro João de Magalhães estabelecer-se no Rio Grande”. Em 1737, a região de Santa Catarina foi elevada à categoria de capitania e, em 1760, foi criada a Capitania do Rio Grande de São Pedro sob a jurisdição do Rio de Janeiro. Essa situação perdurou até 1807, quando foi criada a Capitania-geral de São Pedro do Rio Grande do Sul, já com seu território definido após a incorporação das Missões Orientais do Uruguai. Em 1750, Portugal e Espanha tentaram acabar com as disputas territoriais celebrando o Tratado de Madri. Na tentativade fazer valer o tratado, com a delimitação das fronteiras ao norte, houve uma maior integração Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 8 da região do rio Negro e foi criada, em 1755, a Capitania de São José do Javari, posteriormente denominada Capitania do Rio Negro, atual Estado do Amazonas. O Tratado de Madri foi feito partindo de dois princípios, sendo eles: o uti possidetis, segundo o qual cada nação conservaria as terras que já tivessem efetivamente ocupado; e o outro era a tentativa de coincidir os limites com acidentes geográficos mais notáveis como montes ou grandes rios. Segundo o acordado, Portugal entregaria à Espanha a Colônia do Santíssimo Sacramento e em troca receberia a região ocupada pelos Sete Povos das Missões do Uruguai. Porém, esse acordo não foi cumprido e acabou sendo anulado pelo Tratado do Pardo em 1760. Embora o Tratado de Madri não tenha sido cumprido, seus princípios serviram de base para o novo acordo de limites feito em 1777 na cidade de Santo Ildefonso. Nesse último tratado, os portugueses perderam definitivamente a Colônia do Santíssimo Sacramento, mas não foram compensados com a região dos Sete Povos das Missões. Em troca, apenas obtiveram de volta a Capitania de Santa Catarina que havia sido invadida pelos espanhóis. Porém, novo conflito deflagrado, em 1801, trouxe para os domínios portugueses a região dos Sete Povos das Missões, que foi definitivamente incorporada ao território do Rio Grande do Sul. Outra mudança importante para a configuração territorial do Brasil foi a transferência, em 1763, de sua capital da cidade de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro. Isso ocorreu no mesmo ano em que o Brasil foi elevado à categoria de Vice-Reinado, como representado no mapa da página seguinte. Até o século XVIII, as unidades administrativas existentes na América portuguesa se dividiam em capitanias da Coroa e donatarias, que eram as capitanias sob jurisdição de particulares. Já no século XVI, inicia-se o processo de retorno das capitanias hereditárias para a Coroa, devido ao fracasso da tentativa de colonização por parte de alguns capitães-donatários. Durante o século XVIII, por meio de compra ou de confisco ao donatário, todas as capitanias hereditárias retornaram à propriedade do Reino de Portugal. Em 1772 foi extinto o Estado do Grão-Pará e Maranhão. O antigo Estado foi desmembrado, separando-se Maranhão e Piauí do Pará. Por outro lado, uniram-se Pará e Rio Negro para formar o Estado do Grão-Pará e São José do Rio Negro, com capital em Belém e diretamente subordinado a Lisboa. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 9 1.2 O Império e a constituição das províncias Com a declaração da Independência do Brasil, em 1822, as antigas capitanias reais foram transformadas em províncias do Império do Brasil, assumindo basicamente os mesmos contornos daquelas. Algumas das capitanias reais haviam se fundido para formar uma capitania maior. Outras surgiram a partir da elevação de comarcas em novas capitanias, como pode ser visto no mapa abaixo. Quando do seu nascimento, o Império do Brasil contava com 18 províncias: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Pedro do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Durante todo o período Imperial, a divisão administrativa do Brasil mudou apenas com a criação da Província do Amazonas, em 1850, desmembrada da Província do Pará e também com a elevação da Comarca de Curitiba à Província Independente, em 1853, com o nome de Província do Paraná. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 10 1.3 A República e a atual configuração político-administrativa Em 1889, com a Proclamação da República, as antigas províncias brasileiras passaram à categoria de estados, mantendo as mesmas fronteiras. O Império do Brasil passou a denominar-se Estados Unidos do Brasil, seguindo o modelo americano de governo. Juntamente com a República é introduzido o federalismo no Brasil. O Decreto nº 1, de 15 de novembro de 1889, previa que as províncias do Brasil estariam reunidas pelo laço da federação, constituídas em Estados Unidos do Brasil, conforme o mapa abaixo: Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 11 A federação brasileira nasceu com 20 estados mais o Distrito Federal. Desde o ano de 1834, a cidade do Rio de Janeiro havia sido desligada da província de mesmo nome e passado a abrigar a Corte, sob a forma de município neutro. A administração da província passou a ser sediada na cidade de Niterói. Com a Proclamação da República, o município neutro foi transformado na pessoa jurídica do Distrito Federal, capital do Brasil. Em 1956, o então presidente da República Juscelino Kubitschek, deu início à construção de uma nova sede para o Distrito Federal. Em 1960, fruto de antigas reivindicações, a sede do governo brasileiro foi transferida para a Região Centro-Oeste do País onde foi construída a cidade de Brasília. Porém, para que o Brasil tivesse a conformação territorial que é conhecida atualmente, algumas mudanças ocorreram no decorrer do século XX. Uma delas foi a anexação do território do atual Estado do Acre ao Brasil, em Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 12 1903, através do Tratado de Petrópolis. Inicialmente incorporada ao território nacional como uma unidade político-administrativa sem autonomia e gerida diretamente pelo poder central, foi transformado em estado federado no ano de 1962. Surgido em 1903, a figura jurídica do território federal não estava prevista na primeira Constituição do Brasil republicano, datada de 1891. A sua existência foi admitida a partir da Constituição de 1934, que também previa, a transformação dos territórios federais em unidades da Federação. Já a Constituição de 1937 foi além ao permitir que a União criasse novos territórios federais a partir do desmembramento dos estados “no interesse da defesa nacional”. Na década de 1940, no contexto da Segunda Guerra Mundial e com a necessidade crescente de exploração da borracha na Amazônia, o então presidente da República, Getúlio Vargas criou cinco territórios federais, a partir do desmembramento dos Estados do Amazonas e Pará, sendo eles: Guaporé, Amapá, Ponta Porã, Iguassú e Rio Branco. Desses, dois foram extintos em 1946: Ponta Porã e Iguassú. A intervenção federal nos estados foi explicada pela necessidade da segurança das fronteiras, localizadas em regiões remotas onde o poder público estadual encontrava dificuldades em administrar. O território do Guaporé, transformou-se no Estado de Rondônia, em 1981, ano em que o Congresso Nacional aprovou projeto de lei do Poder Executivo, pelo qual o território foi elevado a Estado da União. A Constituição Federal de 1988 transformou todos os territórios federais existentes em Estados. Porém, manteve a possibilidade da existência de novos territórios federais que teriam seu governador nomeado pela União, além de não possuir representação no Senado e eleger apenas quatro deputados federais. Assim, a partir da nova Carta, somaram-se mais dois estados à federação brasileira: Amapá e Roraima, antigo Território do Rio Branco. O Brasil central conheceu dois desmembramentos de estados. A criação de Mato Grosso do Sul, em 1977, resultou da bipartiçãodo Mato Grosso. Tocantins nasceu, em 1988, pela bipartição de Goiás. A República Federativa do Brasil passou a ser formada por 26 estados e o Distrito Federal. Pode-se afirmar, assim, que a promulgação da Carta Constitucional de 1988 constitui-se no instrumento legal que promoveu a mudança mais recente e que dá suporte à atual configuração do mapa político do Brasil em nível estadual. Novas propostas de alteração da divisão política estadual continuam, Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 13 contudo, a ser feitas e analisadas no âmbito do Congresso Nacional no momento atual. 1.4 Os atuais limites O Brasil possui o quinto mais extenso território do mundo, com área total de 8.514.876,599 km₂. Suas fronteiras atuais estendem-se por 26.580 quilômetros, divididos em uma seção marítima de 10.959 e numa terrestre de 15.621 quilômetros. Na seção terrestre, o país faz fronteira com a Bolívia, Peru, Venezuela, Colômbia, Guiana, Paraguai, Argentina, Uruguai, Suriname e Guiana Francesa. A soberania do Estado aplica-se, integralmente, para o espaço atmosférico sobre o território e se estende sobre a faixa oceânica contígua nos termos da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar (CNUDM) em vigor desde novembro de 1994 e atualmente ratificada por 156 países. Observe o esquema a seguir: Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 14 Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 15 2. Os ciclos econômicos e a ocupação do território brasileiro Celso Furtado nos diz que, a história econômica do Brasil consistiu em uma série de ciclos econômicos, uma sucessão de grandes produções que formaram sucessivamente o essencial das suas exportações: açúcar nos séculos XVII, ouro no fim do século XVII e no início do século XVIII, café nos séculos XIX e XX, borracha no início do século XX. Deve-se a essa sucessão de especulações a formação do arquipélago brasileiro, porque cada uma delas afetou uma região diferente do País: açúcar, o Nordeste; o ouro, Minas Gerais; o café, o Sudeste; a borracha, a Amazônia. Cada uma imprimiu sua marca, permitindo o povoamento de regiões até então quase vazias, dando um estilo às relações sociais e à organização do espaço dessas regiões. As consequências da formação por ciclos não terminam nessa heterogeneidade, mas implicam determinado funcionamento do conjunto do território nacional. O Brasil independente permaneceu, ao longo de todo o século XlX e na primeira metade século XX, como uma coleção de células agroexportadoras justapostas, um mosaico de regiões quase autônomas formadas no auge desses ciclos. Cada célula centrada na produção de um tipo de exportação, drenado por uma rede de vias de transporte para um porto marítimo, era, por sua vez, constituída de células produtivas menores formadas por grandes fazendas ou plantações. Pode-se falar literalmente de um arquipélago brasileiro, pois essas células comunicavam-se apenas por cabotagem, ao longo do litoral. O fato foi provado quando o Brasil entrou ao lado dos Aliados na Segunda Guerra Mundial: alguns submarinos alemães foram suficientes para cortar qualquer relação entre Rio de Janeiro e Salvador e, por conseguinte, entre o norte e o sul do País, já que não existia nenhuma rota interna, à exceção da precária via navegável do São Francisco. A história da formação do território não se reduz, no entanto, a esses ciclos. Entendê-la pressupõe levar igualmente em conta diversos outros fatores, como o dinamismo dos bandeirantes, os esforços dos missionários, a paciente expansão dos pecuaristas e a tenaz vontade política e administrativa da Coroa portuguesa. Os séculos XVI e XVII O primeiro ciclo econômico do País foi o da produção de açúcar. Originária da Índia, a cana-de-açúcar foi aclimatada pelos portugueses principalmente em suas ilhas do Atlântico. O clima e os solos do Nordeste se Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 16 revelaram ótimos, e os portugueses encontraram, assim, o grande produto de exportação que justificava e permitia uma sólida ocupação. Controlando a rota da Índia, podiam aproveitar a intensa demanda europeia, produzindo eles mesmos esse produto então raro e caro, leve e facilmente estocável. De fato, o Brasil tornou-se, na primeira metade do século XVII, o primeiro produtor mundial de açúcar. A economia e o território no século XVII Fonte: Atlas do Brasil (2ª edição) Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 17 As consequências dessa expansão e dessa especialização foram, no Brasil, de várias ordens. Primeiro foi necessário, para cultivar a cana, importar escravos africanos: os primeiros chegaram em 1532, e o tráfico durou três séculos, até que, a partir de 1842, a Grã-Bretanha fizesse respeitar, pela força, sua proibição. Partindo do Golfo da Guiné, inicialmente, e de Angola e Moçambique, em seguida, milhões de africanos foram deslocados para trabalharem nas plantações do Brasil. Em outra escala, o ciclo do açúcar gerou ciclos secundários, ou induzidos, que marcaram outros espaços. Para pagar os escravos, os colonos portugueses instalados no Brasil tinham necessidade de uma mercadoria de troca. Não ocorreu nesse caso a modalidade clássica do "comércio triangular" com produtos da metrópole, mas troca direta, com pagamento em fumo: o Recôncavo Baiano, região próxima de Salvador, foi especializado nessa produção. Era necessário também produzir o alimento para os escravos - na região do açúcar ninguém queria perder nem tempo nem espaço para uma produção tão vulgar - e criar os bois para impulsionar os moinhos que esmagavam a cana. Essas necessidades provocaram a criação de zonas especializadas: as culturas alimentares no agreste (a zona de transição para o interior seco) e a criação extensiva no sertão. Nessa vasta zona semiárida não se podia pensar em produção agrícola, e a pecuária permitiu conquistá-la, subindo os rios, notadamente o São Francisco. Dessa época e desse ciclo econômico data, por conseguinte, a formação de um complexo nordestino, cujos traços sobreviveram por não terem sofrido alteração por nenhum ciclo posterior. A primeira base da economia foi, portanto, o açúcar, e a unidade do Brasil deveu-se muito ao controle político do território exercido pela Coroa. Porém sua expansão foi graças a seus exploradores e seus pecuaristas. Os primeiros tinham traçado vias e inventariado recursos, fundando novas “ilhas", mas as ligações entre elas eram ainda precárias, ou mesmo perigosas. Os comboios de ouro entre Minas Gerais e Rio de Janeiro eram frequentemente atacados, e mais ainda os que vinham de Goiás ou de Mato Grosso. A tarefa de estender realmente o território, de ocupa-lo, de traçar rotas certas e duradouras, foi dos pecuaristas. Assistiu-se a uma conquista fulminante, a uma verdadeira explosão territorial, cuja consolidação e valorização vieram graças a seus pacientes esforços para estabelecer estradas, fazendas e pousadas. Presentes desde a época do açúcar, os pecuaristas tinham ocupado a mata semiárida do sertão, criando bois para fornecer às plantações do litoral a Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 18 carne seca, o couro e os animais indispensáveis para girar os moinhos dos engenhos. A economia eo território no século XVII Fonte: Atlas do Brasil (2ª edição) As minas de ouro também precisaram deles, e o movimento de expansão da criação prosseguiu para o interior, para o norte e para o sul. Os pecuaristas, que já tinham ocupado o alto São Francisco antes da descoberta do ouro, reforçaram sua presença, porque as minas constituíam novos mercados. No Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 19 Norte ocuparam, do rio em direção ao litoral, os futuros Estados do Piauí e do Ceará, e avançaram até o Maranhão, nos confins da Amazônia. As necessidades do transporte do ouro induziram igualmente o desenvolvimento da criação das mulas, nos campos limpos, até então muito pouco ocupados. Essa criação, apoiada nas estradas e feiras estabelecidas, deu impulso decisivo à extensão do domínio português para o sul, frente aos espanhóis. Foi, portanto, a pecuária, mais do que o ouro, que contribuiu para dilatar o espaço brasileiro, tanto que ela durou após o colapso aurífero, criando estradas e ponto de apoio estáveis: as fazendas eram estabelecimentos fixos, duradouros, amparos úteis nestas extensões imensas. A partir delas, o gado ia para o litoral seguindo caminhos fixos de rio em rio, as estradas boiadeiros, comparáveis aos trais do oeste americano. Ao longo dessas pistas, que fixaram o traçado das estradas de hoje, povoados ofereciam etapas, pastos para descanso ou engorda e feiras periódicas. Muitas delas tornaram-se grandes cidades, como Feira de Santana (Bahia) ou Campina Grande (Paraíba). A pecuária prolongou as zonas do açúcar e do ouro - uma fronteira móvel, mas organizada, onde se manteve o espírito pioneiro dos bandeirantes, consolidando e homogeneizando o espaço que tinham conquistado. A expansão e a consolidação – Séculos XVIII e XIX Faltava, contudo, conquistar a imensa bacia amazônica para dar ao País a sua atual dimensão, o que foi feito a partir do fim do século XVIII, sem que nenhum ciclo econômico o justificasse. A Coroa portuguesa tinha sido levada a tomar posse da foz do Amazonas para responder à ameaça dos corsários estrangeiros. Em seguida ocorreu um duplo movimento, o dos militares e dos jesuítas, ambos fixando seus estabelecimentos, fortes ou missões cada vez mais longe, rio acima. Eram ambos ansiosos de avançar o mais rapidamente possível, porque, no mesmo momento, outros militares e outros missionários progrediam também na bacia do Amazonas - os emissários do rei da Espanha. Graças a essa disputa, que continuou mesmo quando as coroas da Espanha e de Portugal tinham se unido (1580-1640), a progressão foi rápida, apesar dos parcos recursos. O forte de Manaus foi fundado em 1669, e as missões escalonaram-se ao longo de todo o rio a partir da metade do século XVII. Quando os jesuítas foram expulsos, em 1761, a conquista estava praticamente terminada. No século XVIII, o movimento ampliou-se, progredindo ao longo dos afluentes. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 20 A economia e o território no século XVIII Fonte: Atlas do Brasil (2ª edição) Consideráveis ganhos territoriais foram obtidos na Amazônia com recursos muito limitados, algumas centenas de soldados e algumas dezenas de religiosos. A exploração econômica reduzia-se à caça e à extração de algumas plantas, raízes, borracha e resinas, e os sonhos de riqueza, alimentados por mitos recorrentes (o lago Parima, o Eldorado), nunca se materializaram. O motor da conquista foi a vontade dos portugueses, agentes da Coroa e da igreja, de estender seu domínio. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 21 Descobertas de novos recursos, avanço da pecuária e vontade política conjugaram-se para provocar a formidável expansão do território português. Em 1750, no Tratado de Madri, que delimitou os impérios espanhóis e portugueses, o Brasil quase tinha atingido seus limites atuais. O século XIX e o início do século XX foram marcados pelos últimos “ciclos”, sem dúvida os que mais contribuíram para modelar o território. O último e mais curto foi o da borracha. A demanda mundial de pneumáticos cresceu muito rapidamente com o desenvolvimento do automóvel, e para satisfazê-la instaurou-se todo um sistema. No patamar superior estavam as casas de importação e exportação de Belém e Manaus, e no inferior os seringueiros. A maior parte vinha do Nordeste, menos atraídos pela borracha do que expulsos pelo terrível seco que devastou o sertão a partir de 1877. Mais de um milhão de nordestinos vieram, assim, instalar-se na Amazônia, e muitos ficaram após o desmoronamento do sistema da borracha. Com esse episódio, começou a primeira onda de migrações internas. A partir de 1910 - quando a Amazônia produzia 80% da borracha mundial -, as plantações inglesas e holandesas do sudeste da Ásia chegaram à maturidade, e a sua produção mais regular e menos dispendiosa que o extrativismo amazônico, submergiu e deprimiu o mercado mundial. Durante esse curto período, a Amazônia brasileira foi percorrida, ampliada, e os avanços pioneiros foram oficializados pelos tratados com a maior parte dos países vizinhos, como o de 1903, que permitiu anexar o Acre. Nesse mesmo período, a onda do café transformou o sul do País e assegurou a sua decolagem econômica. Introduzido no Brasil no século XVIII, o café desenvolveu-se magnificamente. No momento em que a demanda mundial para a nova bebida aumentava, o País podia oferecer climas e solos bem adaptados às exigências dessa planta delicada, encontrando, assim, o novo recurso que lhe faltava para impulsionar a economia. As plantações de café, originalmente próximas do Rio de Janeiro estenderam-se progressivamente para Minas Gerais e, sobretudo pelo vale do Paraíba do Sul, para São Paulo. No entanto, o ciclo do café não constituiu uma réplica tardia e meridional do ciclo do açúcar, sustentado pela mão-de-obra escrava. Ao fim do Império, seguiu-se à abolição da escravatura, proclamada em 1888. A cultura do café foi inicialmente desorganizada pelo fim da escravidão, mas a resposta foi rapidamente encontrada: substituiu-se a mão-de-obra escrava, pouco qualificada e evidentemente pouco motivada, por uma mão-de-obra assalariada Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 22 ou sob contrato constituída essencialmente de europeus, cuja imigração era organizada e parcialmente custeada pelos fazendeiros e pelo governo de São Paulo. Esse brusco fluxo de população permitiu estender as plantações e, em pouco tempo, todo o sistema se organizou em torno da ferrovia, que permitia fazer avançar a frente de desmatamento e exportar o café. Sobre os espigões dos planaltos ocidentais montou-se uma rede que ligava as cidades regularmente espaçadas. A economia e o território no século XIX Fonte: Atlas do Brasil (2ª edição) Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 23 Esse novo ciclo econômico alterou profundamente as estruturas do País. Como os ciclos precedentes, dominou de maneira quase exclusiva a economia nacional, modelou uma nova região, e, posteriormente, começou a declinar. Desta vez, porém, tinham sido introduzidos novos fatores que permitiriam continuar o processo de desenvolvimento em outras bases, e a antiga região do café é hoje notável por muitas outras atividades, que lhe asseguram supremacia na economia brasileira. 3. Brasil: divisão político-administrativae organização federativa De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estrutura territorial brasileira é dividida da seguinte forma: Unidades da Federação (UF), Macrorregiões ou Regiões, Mesorregiões, Microrregiões e Municípios. As Unidades da Federação do Brasil são entidades autônomas, com governo e constituição próprias, que em seu conjunto constituem a República Federativa do Brasil. Atualmente, o Brasil se divide em 27 UF’s, sendo 26 estados e um distrito federal. A Macrorregião ou Região reúne estados com traços físicos, humanos, econômicos e sociais comuns, o que ajuda no planejamento de políticas voltadas para áreas com necessidades semelhantes. Atualmente, o Brasil se divide em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Entende-se por Mesorregião, uma área individualizada em uma unidade federativa estadual, que apresenta formas de organização do espaço geográfico definidas pelas seguintes dimensões: o processo social, como determinante, o quadro natural, como condicionante e, a rede de comunicação e de lugares, como elemento da articulação espacial. Essas três dimensões possibilitam que o espaço delimitado como mesorregião tenha uma identidade regional. Essa identidade é uma realidade construída ao longo do tempo pela sociedade que ali se formou. Criadas pelo IBGE, são utilizadas apenas para fins estatísticos. Não se constituem em entidades político-administrativas autônomas. As Microrregiões foram definidas como parte das mesorregiões que apresentam especificidades quanto à organização do espaço. Essas especificidades não significam uniformidade de atributos, nem conferem às microrregiões autossuficiência e tampouco o caráter de serem únicas, devido à sua articulação a espaços maiores, quer à mesorregião, à unidade federativa estadual, quer à totalidade nacional. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 24 Estas especificidades se referem à estrutura de produção: agropecuária, industrial, extrativismo mineral ou pesca. Essas estruturas de produção diferenciadas podem resultar da presença de elementos do quadro natural ou de relações sociais e econômicas particulares. A organização do espaço microrregional foi identificada, também, pela vida de relações ao nível local, isto é, pela interação entre as áreas de produção e locais de beneficiamento e pela possibilidade de atender às populações, através do comércio de varejo ou atacado ou dos setores sociais básicos. Assim, a estrutura da produção para a identificação das microrregiões é considerada em sentido totalizante, constituindo-se pela produção propriamente dita, distribuição, troca e consumo, incluindo atividades urbanas e rurais. Dessa forma, ela expressa a organização do espaço a nível micro ou local. O Município é a divisão administrativa autônoma da UF. São as unidades de menor hierarquia dentro da organização político administrativa do Brasil, criadas através de leis ordinárias das Assembleias Legislativas de cada Estado e sancionadas pelo Governador. Constitui-se do distrito-sede, que compreende a zona urbana, e dos distritos ou zona rural ao seu entorno, caso existam. Em 2013, o IBGE registrou 5.570 municípios no país. 4. A evolução da divisão regional Conforme já dissemos, a divisão do Brasil em regiões é atribuição do IBGE e tem o objetivo de reunir estados com traços físicos, humanos, econômicos e sociais comuns, o que ajuda no planejamento de políticas voltadas para áreas com necessidades semelhantes. Várias divisões regionais do território foram estabelecidas no decorrer da história do Brasil. A primeira surgiu em 1913 e era baseada apenas em aspectos físicos. A partir de 1940, a divisão leva em conta aspectos socioeconômicos. A atual está em vigor desde 1970 e criou cinco regiões: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul. Ela sofreu algumas alterações depois das mudanças introduzidas pela Constituição de 1988. O Estado do Tocantins é criado e passa a fazer parte da Região Norte. Roraima, Amapá e Rondônia deixam de ser territórios federais e transformam- se em estados. Fernando de Noronha é incorporado ao Estado de Pernambuco. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 25 Evolução da divisão regional brasileira Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 26 Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 27 5. Os três complexos regionais do território brasileiro Na década de 1960, quando o governo brasileiro ainda estudava a melhor divisão territorial para o país, o geógrafo Pedro Geiger elaborou uma proposta de regionalização baseada nos aspectos geoeconômicos. Ela se baseia no processo histórico de formação do território brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrialização. Dessa forma, a proposta busca refletir a realidade do país e compreender seus mais profundos contrastes. Essa organização regional favorece a compreensão das relações sociais e políticas do país, pois associa os espaços de acordo com suas semelhanças econômicas, históricas e culturais. De acordo com Geiger, são três as regiões geoeconômicas: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste. Observe os três complexos no mapa abaixo: Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 28 Diferentemente da divisão proposta pelo IBGE, os complexos regionais não se limitam apenas às fronteiras entre os Estados. Nessa regionalização, o norte de Minas Gerais, por exemplo, encontra-se no Nordeste, enquanto o restante do território mineiro está localizado no Centro-Sul. A região geoeconômica Amazônia é a maior delas e a que possui o menor número de habitantes do país. Em muitos pontos da região acontecem os chamados "vazios demográficos". A maioria da população está localizada nas duas principais capitais do complexo, Manaus e Belém. Na economia predominam o extrativismo animal, vegetal e mineral. Destacam-se também o polo petroquímico da Petrobras e a Zona Franca de Manaus. A região geoeconômica Centro-Sul é a que possui a economia mais poderosa do país. São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte são as cidades de maior destaque. O Centro-Sul é o principal destino de migrantes de diversos pontos do país e onde se encontra cerca de 70% de toda a população brasileira. Possui a economia mais diversificada, baseada na agricultura de exportação e, principalmente, na indústria. É responsável pela produção da maior parte do Produto Interno Bruto nacional. Historicamente, a região geoeconômica do Nordeste é a mais antiga do Brasil. É também a mais pobre das regiões, e a que apresenta alguns dos mais graves problemas sociais. Nas últimas décadas, no entanto, estão acontecendo mudanças estruturais nas atividades produtivas dessa região que podem alterar seu prejudicado quadro social. Muitas indústrias que saíram do Sudeste escolheram essa região graças aos incentivos governamentais, como descontos nos impostos. Além disso, vêm surgindo grandes polos de desenvolvimento fomentados pelo Estado, como Petrolina (PE)/Juazeiro(BA), que se contrapõem cada vez mais à estrutura produtiva rural dominada pelos latifúndios. Outra mudança no espaço geográfico vem ocorrendo com o avanço da soja, especialmente no oeste da Bahia e no sul do Piauí e do Maranhão. O setor de serviços vem avançando, em parte muito ligado à estrutura turística, que apresenta enorme crescimentoem toda a região. 6. Dinâmica da população brasileira A população brasileira está desigualmente distribuída pelo território. Ainda existe uma nítida oposição, que reflete os efeitos do processo de colonização e Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 29 de povoamento do território, entre as regiões litorâneas e interioranas. As primeiras densamente povoadas, e as segundas de ocupação rarefeita. O Brasil se caracteriza por uma concentração de população próxima ao litoral e algumas partes do interior, principalmente nos Estados de Minas Gerais e São Paulo. Esses dois Estados, junto com o Rio de Janeiro, concentram 40,5% (IBGE) da população do país. Outro foco de concentração de população é a área próxima à costa nordestina, especialmente entre Salvador, Recife, Natal e Fortaleza. No Sul, destaca-se a porção do território que vai de Curitiba a Porto Alegre. No Norte e Centro-Oeste há uma grande densidade demográfica nas manchas urbanas das capitais, em contraste com a baixa densidade demográfica dessas regiões. Em todo país, a população concentra-se nas grandes cidades. Observe o mapa a seguir. Densidade demográfica do Brasil Fonte: Estimativas da População Brasileira IBGE (2014) A densidade demográfica média da população é de 23,8 habitantes por quilômetro quadrado, número que não expressa o caráter irregular da distribuição nacional. O Norte, com 45,2% da área do país e 8,4% da população, tem quatro habitantes por quilômetro quadrado. O Sudeste, mais evoluído economicamente, com 42% da população, tem a maior densidade. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 30 Fluxos migratórios, áreas de crescimento e de perda populacional No Brasil, os fluxos migratórios determinaram a ocupação das grandes extensões do território. Nos séculos XVII e XVIII, a procura por metais preciosos levou paulistas e nordestinos a Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Depois, a expansão do café pelo interior de São Paulo atraiu para lá levas de mineiros e nordestinos. Nas últimas décadas do século XIX, o ciclo da borracha ajudou a povoar a Região Norte por nordestinos. No século XX, as atividades agrícolas e industriais fizeram com que milhares de brasileiros de todas as partes, principalmente do Nordeste, fossem para o Sudeste. No começo do século XXI, o Centro-Oeste, por causa da criação do Distrito Federal e da expansão do agronegócio, foi a região que mais recebeu imigrantes. Na atualidade, século XXI, as migrações internas diminuíram, com menos gente se transferindo de uma região para outra. São razões para isso a lenta redistribuição das indústrias para outras regiões, o avanço da urbanização e o surgimento de novos polos de desenvolvimento, em cidades médias de todas as regiões, que diminuem o poder de atração das grandes regiões metropolitanas como São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo dados do IBGE, em 2011, 40% dos habitantes do país não eram naturais do município em que moravam, e cerca de 16% deles não era procedente da unidade da federação em que moravam. Esses números mostram que predominam movimentos migratórios dentro do estado de origem e que há um crescimento dos fluxos urbano-urbano e intrametropolitano, isto é, aumenta o número de pessoas que migram de uma cidade para outra no mesmo estado ou em determinada região metropolitana em busca de melhores condições de moradia. No entanto, permanecem os movimentos migratórios interestaduais. O último censo permite analisar os movimentos migratórios no espaço de cinco anos, entre 2005 e 2010. O Centro-Oeste é a região brasileira que proporcionalmente mais recebe imigrantes. O crescimento do agronegócio movimenta a economia regional e é o principal fator de atração. Contudo, em números absolutos, o Sudeste continua sendo a região que mais recebe imigrantes. O Nordeste ainda “exporta” mais migrantes do que recebe e é a única região na qual isso ocorre. Mesmo ampliando suas atividades econômicas, o Nordeste perde habitantes nas trocas com outras regiões. Com a melhoria da situação econômico-social e das oportunidades de trabalho na região, há um movimento de retorno de emigrados, principalmente do Sudeste. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 31 O Norte teve saldo positivo, em função de grandes obras de infraestrutura e as atividades agropecuárias em Roraima que atraíram milhares de imigrantes. Graças a Santa Catarina, a Região Sul teve saldo positivo. O Paraná registra certo equilíbrio, e o Rio Grande do Sul mantém um perfil emigrante. O Brasil voltou a ser um país de imigrantes. Atualmente entram mais pessoas em relações às que deixam o país para residir no exterior. A imagem favorável do país no exterior e o bom momento de crescimento econômico, em meio a uma crise econômica internacional e a guerras e conflitos, tornaram o país uma rota de interesse e refúgio. Atualmente, ocorre a imigração relativamente significativa, constituída em especial por fluxos de coreanos, chineses, bolivianos, haitianos, paraguaios e africanos que buscam o mercado de trabalho das principais metrópoles brasileiras com destaque para São Paulo. Parcela significativa desses imigrantes não possui documentos legais de residência ou trabalho. Além de trabalhadores de baixa qualificação, o país recebe fluxos crescentes de europeus, especialmente portugueses, que buscam oportunidades de emprego numa economia em expansão. Há também um significativo retorno de brasileiros que emigraram para o exterior. Nas décadas de 1980 e 1990, em que a economia ficou estagnada, milhares de brasileiros foram para outros países. As mesmas consequências da crise econômica mundial, que atraem estrangeiros para o Brasil, estimulam a volta dos brasileiros. Um dos grupos de retorno mais significativos é o de brasileiros que viviam no Japão, os dekasseguis. 6.1 Dinâmica e estrutura demográfica O Brasil tem a quinta maior população do mundo, mas seu ritmo de crescimento vem se desacelerando fortemente nas últimas quatro décadas. Com data de referência em 1º de agosto de 2010, o censo contou uma população de 190.755.799 pessoas. Em relação ao último censo, de 2000, a população brasileira cresceu 12,3%, o que corresponde a uma expansão de 1,17% ao ano, a menor taxa já observada pelas contagens do IBGE. A maior foi registrada na década de 1950, quando houve um crescimento relativo da população de 34,9%, ou 2,99% ao ano. Segundo a estimativa anual do IBGE (2014), o Brasil chegou aos 202.768.562 de habitantes. Entre julho de 2013 e julho de 2014, a população do país cresceu apenas 0,8% - ou ganhamos 1,73 milhão de novos brasileiros. A principal razão para a desaceleração do crescimento da população é o declínio da taxa de fertilidade (ou fecundidade/natalidade), ou seja, o número Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 32 médio de filhos tidos por mulher em idade fértil. Na última década (2001- 2010), o número médio de filhos por mulher foi de 1,86, taxa bem inferior à média da década anterior, que era de 2,38 filhos. Para se ter uma ideia da amplitude do declínio da taxa, na década de 1960, a média de fertilidade era de 6,3 filhos por brasileira. O padrão de fecundidade também se modificou entre os censos de 2000 e 2010. Os levantamentos anteriores registravam maior concentração da fecundidade entre as mulheres mais jovens, o que motivou uma preocupação geral com a questão da gravidez na adolescência. Os números do último censo revelam que, em média, as mulheres estãotendo filhos mais velhas em relação a uma década atrás. A demografia considera que a taxa de fertilidade necessária para apenas manter estabilizada uma população é de 2,1 filhos. Isso porque cada par de adultos estaria gerando seus dois sucessores, e a parcela residual está ligada a fatores como a mortalidade infantil, adultos que não têm filhos, entre outros motivos. O fato de a taxa de fertilidade atual, de 1,77 filho por mulher (2013), ser inferior à necessária para a reposição da população não implica estagnação do crescimento, porque existe larga faixa da população em plena idade reprodutiva. Caso seja mantida a atual configuração demográfica do país, com a redução gradual da taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida, a população brasileira continuará crescendo lentamente até 2042 – 228 milhões de habitantes - quando entrará em declínio gradual e estará em torno de 218 milhões em 2060. Esta previsão consta do estudo Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000/2060, IBGE (2013). A teoria da transição demográfica explica a redução nas taxas de crescimento populacional, fenômeno que não ocorre só no Brasil, mas no mundo inteiro. Transição demográfica é o processo pelo qual as sociedades passam do estágio de altas taxas de natalidade para o de baixas taxas de natalidade e de mortalidade. A transição é dividida em quatro estágios. A cada fase corresponde um formato de pirâmide. - Primeira fase de transição - É quando as taxas de natalidade e de mortalidade são muito altas, com a de natalidade superando levemente a de mortalidade. É a fase de sociedades em que as condições sanitárias precárias, a carência de prevenção e tratamento a doenças e a fome fazem com que as pessoas morram antes de envelhecer. Crianças e jovens são maioria. Não existe mais nenhum país do mundo nessa condição nos dias atuais. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 33 - Segunda fase de transição - O país entra nessa etapa quando a taxa de mortalidade cai rapidamente e a esperança de vida aumenta – o que leva a um acelerado crescimento populacional. Avanços na medicina, na tecnologia e no saneamento aumentam a longevidade. Há mais idosos, mas, sem controle da natalidade, continuam nascendo muitas crianças. Nesse grupo encaixam-se os países menos desenvolvidos. - Terceira fase de transição - Ocorre quando a taxa de natalidade está caindo, enquanto a de mortalidade se mantém baixa. Encontram-se nesse grupo países de industrialização tardia, principalmente da Ásia e América Latina. São países que se urbanizam rapidamente. O Brasil já esteve nessa etapa, mas a superou. - Quarta fase de transição - As taxas de mortalidade e de natalidade se equilibram, ambas em patamares muito baixos. Incluem-se nesse grupo as nações mais desenvolvidas, como Estados Unidos, Canadá, Argentina, Brasil, Cingapura e a maior parte da Europa. Teoria da Transição demográfica Pirâmides em mudança - Veja as pirâmides populacionais na transição demográfica. Estágio 1: a curva indica que nascem muitas crianças, mas várias morrem ainda jovens. No estágio 2, a taxa de natalidade continua alta, mas a de mortalidade cai: a curva desaparece e a população cresce. A pirâmide 3 mostra como a população cresce e envelhece. A última mostra uma população em que nascem menos crianças e as pessoas vivem mais. Expectativa de vida A expectativa de vida do brasileiro vem crescendo nos últimos anos, o que reflete a melhoria geral das condições de vida e saúde no país. Segundo a Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 34 Tábua Completa de Mortalidade no Brasil 2013, do IBGE, o brasileiro atinge 74,9 anos de esperança de vida ao nascer em 2013. Entre 2000 e 2013, esse número cresceu cinco anos, com uma situação mais favorável para as mulheres. A expectativa de vida das mulheres, que era de 74,3 em 2000, subiu para 78,6 em 2013. No caso dos homens, passou de 66,2 para 71,3 anos. Muitos fatores contribuem para o aumento da longevidade dos brasileiros, como maior acesso à água potável e à rede de esgoto, ampliação da renda e da alimentação (melhor nutrição), maior acesso a serviços de saúde, campanhas de vacinação e de prevenção de doenças, além dos avanços da medicina e do aumento da escolaridade e do acesso à informação. Envelhecimento populacional Se compararmos a distribuição da população por faixa de idade nas últimas décadas, é possível constatar um progressivo envelhecimento da população do país. Como mostra o gráfico abaixo, a pirâmide etária brasileira vem apresentando uma base menor a cada década, ou seja, menor proporção de crianças, e um topo cada vez mais ampliado, representando a maior participação de idosos na população. A representatividade de todos os grupos etários com idade até 25 anos caiu na última década, enquanto os demais grupos etários tiveram sua presença aumentada. A participação relativa da população com 65 anos ou mais subiu de 4,8% em 1991 para 5,9% em 2000 e, finalmente, para 7,4% em 2010. O principal motivo para isso é o aumento da longevidade do brasileiro (expectativa de vida). A queda da taxa de fecundidade, juntamente com o aumento da expectativa de vida, aponta para importantes modificações na estrutura etária da população brasileira, com implicações econômicas e também nos gastos públicos com educação, saúde e previdência social. Nas próximas décadas, o Brasil enfrentará os dilemas de diversos países desenvolvidos, nos quais uma proporção declinante de adultos em idade produtiva financia, com suas contribuições, sistemas previdenciários públicos que devem atender a uma proporção crescente de aposentados. Por outro lado, a expansão da proporção de idosos – e do seu número absoluto – oferece novas possibilidades para as empresas, em setores como serviços de saúde, lazer e turismo. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 35 Fonte: IBGE Base menor – Note como a base da pirâmide, na qual se mostram as porcentagens de jovens, está se estreitando, enquanto a metade superior da figura se alarga aos poucos: há mais idosos entre os brasileiros. O envelhecimento populacional e o encolhimento da força de trabalho – com consequente pressão sobre serviços de saúde e previdência – são questões que já preocupam países da Europa. A razão de dependência mede a porcentagem das pessoas consideradas dependentes (crianças entre 0 e 14 anos e pessoas com mais de 64 anos) sobre a parcela potencialmente produtiva (população entre 15 e 64 anos). Quanto mais alta, maior é o peso do número de crianças, jovens e idosos em relação à população economicamente ativa. Veja o infográfico acima. Uma grande parte dos países em desenvolvimento ainda pode desfrutar do bônus demográfico, caracterizado pela maior proporção de pessoas em idade ativa em relação à parcela considerada dependente, na medida em que ainda vê crescer a parcela de sua população integrante da força de trabalho. O Brasil está nesse período, do bônus demográfico, que deve durar até 2050. A partir daí, a razão de dependência entre pessoas economicamente ativas e de crianças e idosos voltará a crescer gradativamente. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 36 O Brasil e a razão de dependência Crédito: Projeção IBGE, revisão 2008 Janela de Oportunidade - Com boa parcela da população com menos de 15 anos, o Brasil tinha uma razão de dependência alta até a década de 1980, que se reduziu à medida que esses jovensingressaram na população economicamente ativa. A década de 2020 marca o pico do bônus demográfico, ou seja, a menor razão de dependência, com a maior parcela ativa. A partir daí, a razão de dependência deve subir novamente. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 37 QUESTÕES COMENTADAS 01) (CONSULPLAN/IBGE/2009 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) Sobre a formação histórico-territorial e regionalização brasileira, relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª: Divisão Regional do Brasil (geoeconômica) 1. Centro-Sul. 2. Nordeste. 3. Amazônia. Características Regionais ( ) É a maior das três regiões geoeconômicas do Brasil e a região menos povoada. A maior parte dos movimentos migratórios dos últimos anos dirige-se a ela. ( ) É a região geoeconômica mais industrializada, povoada e urbanizada do país. Essa região é considerada o centro econômico do Brasil. ( ) Representa a região geoeconômica de ocupação mais antiga, onde atualmente podemos encontrar inúmeras marcas da colonização, presença da agroindústria açucareira e forte influência negra na população regional. Durante três séculos, essa região foi a mais rica e povoada do país. A sequência está correta em: A) 3, 2, 1 B) 2, 3, 1 C) 2, 1, 3 D) 1, 3, 2 E) 3, 1, 2 COMENTÁRIOS: Veja-se que a questão se refere à divisão regional pelo critério geoeconômico, não vamos confundir com a divisão regional do IBGE. A ordem da numeração é 3 – Amazônia, 1- Centro-Sul e 2 – Nordeste. Gabarito: E Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 38 02) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) Se há um traço característico do Brasil, este é a persistente desigualdade social. Essa desigualdade reflete-se no território e, em média, divide o país em duas partes, uma que possui maior percentual de população de baixa renda e outra onde se encontra o maior percentual de população com renda mais elevada. Essas partes são, respectivamente: (A) o litoral e o interior; (B) o norte e o sul; (C) as planícies e os planaltos; (D) o oeste e o leste; (E) os municípios pouco povoados e os mais populosos. COMENTÁRIOS: Se dividirmos o Brasil em metade norte e metade sul, vamos verificar que a metade norte possui um maior percentual de população de baixa renda ao passo que na metade sul terá um maior percentual de população com renda mais elevada. Mas a análise pode sofrer variações, dependendo do recorte espacial da análise. Se o recorte espacial for as macrorregiões (regiões do IBGE), no Norte, Nordeste e Centro-Oeste estará o maior percentual de população de baixa renda e no Sul e Sudeste o maior percentual de população com renda mais elevada. Por isso, nesse tipo de questão é muito importante sempre prestar atenção no recorte espacial objeto da análise. Gabarito: B 03) (CONSULPLAN/IBGE/2011 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) É correto afirmar sobre a organização político- administrativa do Brasil que A) os estados brasileiros têm a mesma autonomia dos estados americanos ou das províncias canadenses, que são exemplos mais amplos de estados federativos. B) os vinte seis estados brasileiros, tanto quanto os municípios e o Distrito Federal exercem competências, e as atribuições legislativas, normativas, políticas, administrativas e financeiras que a Constituição Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 39 Federal lhes confere, não ficando restritos a essas competências e atribuições, podendo ir muito mais além. C) a Constituição reservou apenas à União, a maioria dos assuntos reguláveis por lei, o que configura uma federação altamente centralizada, em que restam aos estados e aos municípios quase somente “migalhas” das vastas competências normativas federais. D) o Brasil pode ser considerado uma confederação, uma vez que sua organização político-administrativa está constituída dessa maneira. E) os estados não podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para anexarem-se a outros ou formarem novos estados e territórios federais. COMENTÁRIOS: a) Errada. Os estados brasileiros não têm a mesma autonomia dos estados americanos ou das províncias canadenses. b) Errada. Os vinte seis estados, tanto quanto os municípios e o Distrito Federal exercem competências e atribuições legislativas, normativas, políticas, administrativas e financeiras que a Constituição lhes confere, porém há restrições aos estados e aos municípios. c) Certa. A União dita à maioria dos assuntos reguláveis por lei, restando aos estados e municípios quase migalhas das competências normativas federais. d) Errada. O Brasil não pode ser considerado uma confederação, e sim uma federação, que não são sinônimos. e) Errada. Nos termos do artigo 18 § 3º da Constituição Federal, os estados brasileiros podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para anexarem-se a outros ou formarem novos estados e territórios federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Gabarito: C 04) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) O federalismo é uma forma de organização das instituições políticas que tem por objetivo fundamental acomodar as tensões decorrentes da necessidade de uma união das diferenças para formar uma unidade, ambas organizadas territorialmente. Uma característica da federação brasileira, que a diferencia das outras, é a: Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 40 (A) pouca autonomia dos Estados brasileiros, frente à União e aos Municípios; (B) existência de dois níveis federativos, a União e os Estados; (C) autonomia financeira dos Estados e Municípios; (D) existência de três níveis federativos: União, Estados e Municípios; (E) concentração de poder de decisão no nível da União para todas as questões do país. COMENTÁRIOS: a) Errada. A autonomia é o poder que os entes possuem de agir de forma livre (dentro dos limites constitucionais), ou seja, não há hierarquia entre os entes federados. Isso quer dizer que a União não “manda” nos estados, DF ou municípios, não havendo subordinação entre eles. Se não há subordinação entre os entes e um não manda no outro, não se pode afirmar que os Estados brasileiros possuem pouca autonomia frente à União e aos municípios. b) Errada. Existem três níveis federativos: União, Estados e Distrito Federal e Municípios. c) Errada. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são autônomos nos termos da Constituição Federal. Vejam bem, nos termos da Constituição, que estabeleceu uma divisão de competências. Como exemplo, essa divisão estabelece os tributos que cabe a cada ente federado arrecadar. Veja-se que nenhum ente federado é autônomo financeiramente para arrecadar o imposto que quiser, o faz, como já dissemos, nos limites dos marcos regulatórios constitucionais. d) Certa. Existem três níveis federativos: União, Estados e Distrito Federal e Municípios. e) Errada. O poder de decisão sobre todas as questões do país, não está concentrado na União, já que há uma divisão de competências, estabelecida pela Constituição Federal. No federalismo brasileiro, as competências mais importantes foram deixadas a cargo da União, por isso, tem-se a impressão de que a União “manda” nos demais entes. Gabarito: D 05) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) Os estados brasileiros constituem unidades federativas com autonomia para definir e recolher algunsimpostos, como o ICMS. Esse imposto é Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 41 importante porque representa um instrumento dos governos para tentar atrair investimentos e atividades nos limites do território do estado. O uso desse recurso, porém, resultou em conflito de interesses entre essas unidades da federação. Esse conflito é conhecido como: (A) encilhamento; (B) contingenciamento; (C) guerra fiscal; (D) crise da previdência; (E) déficit público. COMENTÁRIOS: Para atrair investimentos e consequentemente mais riqueza e geração de renda para sua região, vários governos promovem incentivos variados para as empresas. Isso vai desde isenção de impostos e infraestrutura até a própria construção das instalações da empresa com dinheiro público. A Guerra fiscal caracteriza-se pela disputa, entre cidades e estados, para ver quem oferece melhores incentivos para que as empresas se instalem em seus territórios. Um exemplo muito conhecido desta prática é o da montadora Ford, que após uma acirrada disputa entre os estados da Bahia e do Rio Grande do Sul, para ver quem oferecia maiores vantagens fiscais, a empresa decidiu se instalar na Bahia. A guerra fiscal faz com que o Brasil em geral, deixe de arrecadar volumosos recursos, em virtude da disputa, sendo que de qualquer forma, a empresa beneficiada se instalaria no Brasil. Gabarito: C 06) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) A região do país que nas últimas décadas vem sofrendo as maiores mudanças na sua base produtiva e na expansão do povoamento no seu espaço é a Região: (A) Norte; (B) Sul; (C) Nordeste; (D) Sudeste; Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 42 (E) Centro-Oeste. COMENTÁRIOS: O Centro-Oeste vem experimentando mudanças significativas na sua base produtiva nas últimas décadas, basicamente pelo grande crescimento do agronegócio, voltado para a exportação. Com a construção de Brasília, a região recebeu grandes contingentes populacionais. Atualmente é a região do país que mais recebe imigrantes vindos de outras regiões, segundo o IBGE. Gabarito: E 07) (IBGE/2005/NCE – Agente de Pesquisa e Mapeamento) A Região Sul possui características bem peculiares no conjunto do território do país. Povoada em grande parte por imigrantes que ocuparam pequenas propriedades com atividades familiares, ela hoje possui um parque industrial variado em que se destacam nacionalmente ramos industriais como: (A) metalurgia, calçados e alimentos; (B) siderurgia, petroquímica e eletrônica; (C) tecidos, informática e construção naval; (D) eletrodomésticos, automóveis e fertilizantes; (E) produtos de alta tecnologia, olarias e confecções. COMENTÁRIOS: Depois do Sudeste, o Sul é a região mais industrializada do Brasil, destacando-se os setores metalúrgico, automobilístico, têxtil e de alimentos. Gabarito: A 08) (NCE/IBGE/2005 - AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) Na Região Nordeste, área de forte concentração de pobreza no país, novas atividades têm sido importantes para a geração de emprego e de renda. Duas dessas atividades são: (A) a fruticultura irrigada e o turismo; (B) a pecuária extensiva e a pesca; Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 43 (C) as confecções e a indústria pesada; (D) a indústria de calçados e a agricultura de sequeiro; (E) a indústria açucareira e a produção do álcool. COMENTÁRIOS: As lavouras irrigadas de frutas tropicais do Nordeste vêm crescendo em importância na produção nacional. Na última década, a plantação de frutas triplicou. Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) são líderes na produção nordestina. Grande parte da uva de mesa produzida no país é originária desse polo (a região do Vale do São Francisco), e há iniciativas de plantio de variedades para a produção de vinhos. O turismo é outra atividade em crescimento. O grande número de cidades litorâneas com belas praias contribui para o seu desenvolvimento. Segundo pesquisa da EMBRATUR de 2011, capitais nordestinas como Salvador, Fortaleza, Recife e Natal estão entre as cidades brasileiras mais visitadas por estrangeiros. As micaretas, festas de Carnaval fora de época, são um novo incremento do turismo, bem como a visitação aos patrimônios da humanidade da região. Gabarito: A 09) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) A Serra de Carajás é uma extraordinária reserva de minerais. Abriga um enorme complexo de beneficiamento e exportação de minérios que inclui ferrovia, rede elétrica, estrutura urbana e moderno porto de exportação. Assinale a opção que indica a localização da Serra de Carajás e a do porto de exportação dos seus minérios, respectivamente: (A) Amazonas e Roraima; (B) Pará e Amapá; (C) Maranhão e Amapá; (D) Roraima e Amapá; (E) Pará e Maranhão. COMENTÁRIOS: A Serra de Carajás localiza-se no Estado do Pará e os minérios dela extraídos são exportados por um moderno porto no Maranhão. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 44 Gabarito: E 10) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) A Companhia Siderúrgica Nacional, indústria pesada produtora de aço, e a EMBRAER, de alta tecnologia, que fabrica aviões, são importantes indústrias brasileiras localizadas na região industrial: (A) do Vale do Rio Itajaí; (B) da Zona Franca de Manaus; (C) do Vale do Rio Paraíba do Sul; (D) do Vale do Rio Doce; (E) do quadrilátero ferrífero. COMENTÁRIOS: A Companhia Siderúrgica Nacional localiza-se em Volta Redonda (RJ) e a Embraer está sediada em São José dos Campos (SP), cidades situadas no Vale do Rio Paraíba do Sul. Gabarito: C 11) (CESPE/IRBR/2011 – DIPLOMATA) Com relação à geografia moderna, estruturada no século XIX, julgue (C ou E) o item subsequente. A colonização da região que atualmente corresponde ao Nordeste do Brasil ocorreu, de modo geral, do litoral para o interior, relacionando-se a ocupação das zonas mais próximas do litoral à produção açucareira, e a de áreas mais interiores, à pecuária e à cultura do algodão. COMENTÁRIOS: A colonização portuguesa na região Nordeste teve início no século XVI com a implantação da produção açucareira – lavoura e engenho – na faixa litorânea do Brasil. A partir do século XVII, a fronteira produtiva expandiu-se para o interior da região, com a pecuária e a cultura do algodão. A ocupação do território brasileiro iniciou pelo litoral e expandiu-se para o interior do país. Gabarito: Certo Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 45 12) (CESPE/INSS/2008 – ANA) Acerca de economias regionais e blocos econômicos, julgue o item. Classicamente, o Brasil possui apenas três macrorregiões econômicas, cada uma delas com características distintas devido a vários fatores, como história, desenvolvimento, população e economia. COMENTÁRIOS: Do ponto de vista geoeconômico, segundo o geógrafo Pedro Geiger, o Brasil possui três complexos regionais: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul. Gabarito: Certo 13) (VUNESP/SAP SP/2015 – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA) Segundo a conclusão do estudo “Perfil da indústria nos Estados”, São Paulo, o estado mais industrializado do Brasil, foi o que mais perdeu espaço na produção da indústria nacional. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (06.11) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). (http://noticias.r7.com/economia/sao-paulo-e-o-estado-que-mais-perdeu--participacao-no-pib-industrial-brasileiro-06112014. 06.11.14. Adaptado) Um dos principais fatores responsáveis pelo recuo da participação de São Paulo foi a) a crise na indústria extrativa, que reduziu os estoques de minérios, como ferro e carvão. b) a falta de mão de obra qualificada para atividades industriais mais sofisticadas. c) a desconcentração da indústria, com maior distribuição das empresas no território nacional. d) a desvalorização do real frente às principais moedas mundiais, tais como o dólar e o euro. e) o baixo nível técnico e operacional da infraestrutura de transportes e comunicações do estado. COMENTÁRIOS: Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 46 Um dos principais fatores responsáveis pelo recuo da participação de São Paulo foi a desconcentração da indústria, com maior distribuição das empresas no território nacional. Pessoal, nos últimos anos tem havido uma lenta desconcentração industrial no Brasil. São Paulo tem perdido participação percentual no número total de indústrias e no Valor total da Transformação Industrial (VTI) do Brasil. Gabarito: C 14) (CESPE/INSS/2008 – ANALISTA DE SEGURO SOCIAL) Entre os 34 milhões de jovens de 18 a 29 anos de idade domiciliados nas cidades brasileiras, 21,8% têm o curso fundamental incompleto e 2,4% são formalmente analfabetos, o que faz pensar em quantos o serão de fato. A incidência do analfabetismo e da evasão escolar difere entre estados e regiões. Esses jovens excluídos aparecem em maior proporção (35%) no Nordeste e menor (18%) no Sudeste. Esse quadro tem causas mais profundas do que as imaginadas pelo senso comum. A necessidade de trabalhar e sustentar a família é o caso de 17% do 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos de idade que abandonaram os estudos; 44% dos que não estudam mais nessa faixa de idade também não trabalham. Ao justificar a razão pela qual abandonaram a escola, quatro em cada dez jovens disseram ter perdido o interesse ou a convicção de que a escolaridade os ajudaria a conquistar um bom emprego. Mesmo a gravidez entre adolescentes é vista como um elemento que dificulta a volta à escola, e não propriamente como a causa de abandono. Folha de S.Paulo, 26/1/2008, p. A2 (com adaptações). Com base nos dados apresentados no texto, julgue o item a seguir. Para além das conhecidas assimetrias no campo econômico, o texto indica que também na área educacional reproduz-se o quadro de desigualdade que acompanha a experiência histórica brasileira, inclusive, em termos regionais. COMENTÁRIOS: Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 47 Do ponto de vista macrorregional, a desigualdade no Brasil espacializa-se com duas regiões mais desenvolvidas – Sudeste e Sul, uma região em estágio de desenvolvimento próximo ao Sul/Sudeste, o Centro-Oeste e duas regiões menos desenvolvidas – Nordeste e Norte. Nos aspectos sociais, na escala macrorregional, replica-se o mesmo padrão de desigualdade: Sul/Sudeste mais desenvolvidos, Centro-Oeste em estágio de desenvolvimento próximo as duas regiões citadas e Nordeste/Norte menos desenvolvidos. Contudo, é importante ressaltar que, a desigualdade regional e social no Brasil manifesta-se em múltiplas escalas. Há regiões e pessoas ricas e pobres em todas as macrorregiões brasileiras. Gabarito: Certo 15) (CESGRANRIO/IBGE/2013 – TÉCNICO EM INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS A I) A economia brasileira cresceu com força no segundo trimestre. Com a ajuda da safra recorde, a agropecuária foi um dos principais destaques do PIB, com a soja à frente desse desempenho. A previsão do IBGE é de aumento de 23,7% na quantidade produzida em 2013, para um crescimento de 10,8% da área plantada. Somente de soja, foram exportadas 17,5 bilhões de toneladas no início do ano. A soja, sozinha, respondeu por 12,6% das exportações totais. ALMEIDA, C., CARNEIRO, L. e VIEIRA, S. PIB surpreende e cresce 1,5% O Globo, 31 ago. 2013. p. 29. Adaptado. Na fronteira agrícola brasileira, o desempenho dessa produção para a exportação está mais consolidado na agricultura modernizada da região a) Sul b) Norte c) Sudeste d) Nordeste e) Centro-Oeste COMENTÁRIOS: A região Centro-Oeste é o polo mais dinâmico da fronteira agrícola brasileira. É a região que mais produz grãos no Brasil e a maior produtora de Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 48 soja, a principal commodity agropecuária de exportação brasileira. É uma região de agropecuária moderna e tecnificada. Gabarito: E 16) (CESGRANRIO/IBGE/2013 – TÉCNICO EM INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS A I) BRASIL: VARIAÇÃO RELATIVA DA POPULAÇÃO RESIDENTE RURAL – 1980-1991 MARTINELLI, M. Mapas da geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2008. p.82. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 49 No mapa acima, verifica-se que a variação relativa mais elevada representando acréscimo de população residente rural ocorre no seguinte Estado: a) Pará b) Ceará c) Roraima d) Pernambuco e) Santa Catarina COMENTÁRIOS: Questão de análise e interpretação do mapa e de conhecimento espacial da localização dos brasileiros. No período de 1980 a 1991 a população rural aumentou percentualmente em oito estados brasileiros. A maior variação relativa foi em Roraima. Gabarito: C 17) (CESGRANRIO/IBGE/2013 – TÉCNICO EM INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS A I) Na formação territorial brasileira, a atuação dos bandeirantes foi responsável pelo combate aos índios considerados agressores ou opositores à conquista do interior, e também pela captura de negros fugidos das grandes plantações e pela destruição de quilombos. Essa estratégia colonizadora correspondeu a uma verdadeira ação exterminadora dos indígenas no nordeste do País, sob o comando de vários bandeirantes paulistas, sobretudo no século XVII. A estratégia colonizadora acima mencionada denomina-se a) urbanismo rural b) missões jesuíticas c) desenvolvimentismo d) sertanismo de contrato e) Plano Nacional de Desenvolvimento COMENTÁRIOS: Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 50 As bandeiras eram expedições particulares que penetraram o interior da América colonial portuguesa. Não respeitavam o limite do tratado de Tordesilhas. Em geral, começavam a partir da Vila de São Paulo de Piratininga, na Capitania de São Vicente (hoje São Paulo). Visavam primeiramente à prospecção do território e de metais preciosos. Também se dedicavam ao apresamento de índios para escravização. Muitas bandeiras foram financiadas por grandes latifundiários, mineradores e comerciantes, dedicadas ao combate aos índios considerados agressores ou opositores à conquista do interior, e também pela captura de negros fugidos das grandes plantações e pela destruição de quilombos, o que ficou conhecido como o sertanismo de contrato. Gabarito: D 18) (CESGRANRIO/IBGE/2014 – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO) Os portugueses introduziram, pioneiramente, na África e no Brasil, um tipo de agricultura apoiada na monocultura açucareira em grandes propriedades, com mão de obra constituída predominantemente de escravos. Toda a produção era embarcada em navios com destino à Europa. Esse tipo de agricultura persiste até hoje no Brasil, com o protagonismo das exportações de produtos tropicais. MAGNOLI, D. e ARAUJO, R. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 1997, p.239. Adaptado. A atividade agrícola descrita acima é denominada agricultura de a) jardinagem b) regadio c) subsistência d) precisão e) plantation COMENTÁRIOS: O plantation foi um sistema de exploração colonial utilizado entre os séculos XV e XIX principalmente nas colônias europeias da América, tanto a portuguesa quanto em alguns locais das colônias espanholas e também nas Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 51 colônias inglesas britânicas. Ele consiste em quatro características principais: grandes latifúndios, monocultura, trabalho escravo e exportação para a metrópole. Através dos grandes latifúndios, com suas extensas terras, era possível produzir em grande escala um único produto, o que se denomina de monocultura. No Brasil, utilizou-se inicialmente a cana-de-açúcar, mas depois veio o algodão, o fumo e o café. Geralmente eram produtos tropicais que eram plantados nesses latifúndios. Esses produtos tinham boa acolhida na Europa, o que levava essa produção a se destinar quase que exclusivamente ao comércio externo com as metrópoles europeias, suprindo o mercado desses locais. A mão de obra utilizada no plantation era a escrava, quase que exclusivamente composta por africanos escravizados. Gabarito: E 19) (CESGRANRIO/IBGE/2014 – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO) Território federal é uma denominação brasileira para uma categoria específica de divisão administrativa. Os territórios federais integram diretamente a União, sem pertencerem a qualquer estado, e podem surgir da divisão de um estado ou desmembramento, dele exigindo-se aprovação popular através de plebiscito e lei complementar. Com a extinção dos territórios federais no Brasil pela Constituição Federal de 1988, a seguinte unidade político-administrativa tornou-se estado da federação: a) Tocantins b) Amapá c) Rondônia d) Pará e) Pernambuco COMENTÁRIOS: Tocantins não era um território. Foi criado pela constituição de 1988, com o desmembramento de Goiás. Rondônia, como o 23º Estado da Federação, foi Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 52 criado em 1981. Os territórios federais do Amapá e Roraima foram transformados em estados federados pela Constituição de 1988. Gabarito: B 20) (CESPE/TJ RO/2012 – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) O recrutamento de colonos para povoar regiões consideradas estratégicas por Portugal em sua colônia americana foi uma das medidas políticas empreendidas pelo Marquês de Pombal, por meio de uma política colonial claramente mercantilista, com o objetivo de fortalecer o poder da realeza e reduzir históricos privilégios concedidos a comerciantes ingleses. Nesse sentido, a decisão tomada pelo governo de Lisboa de enviar colonos provenientes dos Açores e de Mazagão, no norte da África, para a região Norte brasileira foi motivada A) pela expansão da produção aurífera ao longo do século XVIII, cujo andamento das atividades dependia do fornecimento de gêneros alimentícios produzidos nos mais diversos pontos da colônia. B) pela necessidade de controle do território do Norte, que permitiria ao governo de Portugal ampliar seus domínios americanos e, a partir do mapeamento hidrográfico da Amazônia, controlar a estratégica bacia platina. C) pelo fato de as correntes migratórias externas poderem substituir, com vantagem, as populações nativas que, nesse contexto, haviam sido dizimadas em larga medida. D) pelo comprovado sucesso do emprego de mão de obra imigrante nas lavouras de café no centro-sul da colônia, fato que indicava bons prognósticos para sua utilização na Amazônia. E) pela urgente necessidade de povoar o Norte do Brasil, uma vez que, em face da crescente pressão exercida por Inglaterra, França e Holanda, era preciso integrar a área às demais regiões da colônia. COMENTÁRIOS: O território atual do Brasil é quase três vezes maior que aquele delimitado pelo Tratado de Tordesilhas. O pequeno reino português conseguiu um feito Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 53 memorável de em menos de três séculos expandir territorialmente a colônia brasileira pela maior parte da América do Sul. Nesta expansão territorial, tratava-se de ocupar, povoar e controlar os territórios penetrados. Para isto, Portugal enviava colonos as frentes de expansão, seja no norte, oeste ou sul do Brasil. Gabarito: B 21) (CESGRANRIO/TJ RO/2008 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) O controle das fronteiras brasileiras, sobretudo norte e sul, sempre foi motivo de preocupação dos principais governos republicanos. Acordos de limites, por exemplo, foram vários na República Velha. Durante o Governo Vargas, porém, este controle foi efetivamente definido com a criação de Territórios Federais na região, entre eles: a) Rio Branco, atual Estado de Roraima, e Guaporé, atual Estado de Rondônia. b) Acre, atual Estado do Acre, e Guaporé, atual Estado de Rondônia. c) Ponta Porã, atual Estado de Tocantins, e Rio Branco, atual Estado de Roraima. d) Iguaçu, atual Estado de Roraima, e Acre, atual Estado do mesmo nome. e) Amapá e Palmas, atualmente Estados do mesmo nome. COMENTÁRIOS: Getúlio Vargas criou os territórios federais de Rio Branco, atual Estado de Roraima; Guaporé, atual Estado de Rondônia, Amapá, atual Estado de mesmo nome e Ponta-Porã e Iguaçu, extintos posteriormente. Gabarito: A 22) (FUNCAB/SESAU RO/2009 - MÉDICO) O período compreendido entre 1877 e 1910 ficou conhecido no Brasil como “Primeiro Ciclo da Borracha”. Extraía-se a borracha na Amazônia, principalmente entre o Brasil e a Bolívia, onde está situado o Estado de Rondônia. Um pouco Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 54 depois, a produção brasileira entrou em decadência. Podemos apontar como causa principal do declínio desta produção: a) o isolamento da Região Norte; b) a falta de mão-de-obra para a exploração; c) a produção de látex feita pelo Reino Unido; d) a preocupação com a preservação ambiental; e) a proposta de internacionalização da Amazônia. COMENTÁRIOS: A seringueira, árvore de onde se extrai o látex, matéria prima para a produção da borracha, é nativa da Amazônia. No entanto, os ingleses levaram ilegalmente para fora da Amazônia, mudas da seringueira e desenvolveram com sucesso e custo mais baixo seringais e a extração do látex na Malásia. A produção na então colônia inglesa derrubou a produção do látex amazônico. Gabarito: C 23) (FUNCAB/IDARON RO/2008 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Devido à grande demanda da exploração da borracha, durante a Segunda Guerra Mundial, muitos nordestinos foram atraídos com promessas de trabalho nos seringais da Amazônia. Eram conhecidos como: a) “mercenários da borracha”; b) “trabalhadores da borracha”; c) “empregados da borracha”; d) “soldados da borracha”; e) “nordestinos da borracha”. COMENTÁRIOS: Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 55 Soldados da borracha galera. Estes nordestinos ficaram conhecidos com “sodados da borracha”. Gabarito: D 24) (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MT/2013 – NÍVEL SUPERIOR) Analise o mapa a seguir. Assinale a alternativa que descreve corretamente a consolidação do território português na América, de acordo com os tratados assinalados no mapa acima. (A) A atual região de Mato Grosso passou a pertencer à Espanha a partir de 1750. (B) A assinatura do Tratado de Madri foi frutodo avanço da colonização portuguesa para o Oeste. (C) O Tratado de Madri foi pré-condição para o início das expedições dos bandeirantes paulistas. (D) A expansão lusa em 1750 permitiu a exploração da nova região do Acre, até então da Bolívia. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 56 (E) A Coroa portuguesa se beneficiou com o Tratado de 1750, obtendo a posse da Colônia de Sacramento. COMENTÁRIOS: (A) Incorreta. A partir do Tratado de Madri, em 1750, a atual região de Mato Grosso passou a pertencer à Portugal. (B) Correta. A assinatura do Tratado de Madri foi fruto do avanço da colonização portuguesa para o Oeste. Naquele período, Portugal já havia expandido a colonização para o extremo oeste do Brasil. E pelo princípio do uti possidetis, utilizado no tratado as terras do atual Mato Grosso passaram a pertencer a Coroa portuguesa. (C) Incorreta. O Tratado de Madri foi assinado em 1750, no século XVIII. Muito antes, no século XVI as expedições dos bandeirantes paulistas já penetravam no território de Mato Grosso. (D) Incorreta. Verifique o mapa acima e veja que pelos limites do Tratado de Madri, o Acre não passou a pertencer ao Brasil, continuou fazendo parte da Bolívia. (E) Incorreta. Pelo Tratado de Madri, a Coroa portuguesa cedeu a posse da Colônia de Sacramento (atual Uruguai) para a Coroa espanhola. Gabarito: B 25) (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA TO/2005) Grande parte dos estados brasileiros originou-se da primeira divisão territorial, que foram: a) Sesmarias b) Capitanias hereditárias c) Governo geral d) Províncias COMENTÁRIOS: Grande parte dos estados brasileiros originou-se da primeira divisão territorial do Brasil que foram as capitanias hereditárias. Foram criadas pela Coroa Portuguesa entre 1534 a 1536. Constituíam-se de grandes faixas de Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 57 terra, que iam da costa até a linha do Tratado de Tordesilhas, doadas aos capitães-mores mediante um documento chamado “carta de doação”. Os capitães também eram chamados de donatários, uma vez que recebiam títulos de governadores de suas posses. As capitanias eram hereditárias porque podiam ser transferidas aos herdeiros dos donatários. As primeiras sesmarias surgiram antes mesmo das capitanias hereditárias, com a expedição de Martim Afonso de Souza, em 1531, que distribuiu as primeiras sesmarias aos colonos portugueses. A sesmaria constituía-se de glebas de terras concedidas para o uso dos colonos. Tratava-se de uma subdivisão da capitania hereditária, com o objetivo de que fosse aproveitada. Os capitães-donatários eram obrigados a distribuir 80% das terras como sesmarias. Na América Portuguesa, as sesmarias eram imensas, e seu cultivo demandava o controle sobre um número significativo de escravos. Assim, as sesmarias foram o embrião do latifúndio canavieiro, algodoeiro e pecuarista e, mais tarde, das fazendas de café e cacau. O Governo Geral, instituído pela Coroa Portuguesa em 1548, não significou uma nova divisão territorial do Brasil, mas sim o início da formação de um aparelho de Estado, subordinado à monarquia lusa. As províncias surgiram somente com a independência do Brasil, em 1822. As antigas capitanias reais foram transformadas em províncias do Império do Brasil, assumindo basicamente os mesmos contornos daquelas. Algumas das capitanias reais haviam se fundido para formar uma capitania maior. Outras surgiram a partir da elevação de comarcas em novas capitanias. Quando do seu nascimento, o Império do Brasil contava com 18 províncias: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Pedro do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Durante todo o período Imperial, a divisão administrativa do Brasil mudou apenas com a criação da Província do Amazonas, em 1850, desmembrada da Província do Pará e também com a elevação da Comarca de Curitiba à Província Independente, em 1853, com o nome de Província do Paraná. Gabarito: B Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 58 26) (UFMT/DETRAN/2015 – AGENTE FISCAL DE TRÂNSITO) O que se denominou “Marcha para o Oeste” foi (A) a marcha da Coluna Prestes pelo interior de Mato Grosso, chamando o povo para a insurgência contra o Governo Federal. (B) a viagem de Mário de Andrade por Mato Grosso com artistas estrangeiros durante sua fase modernista. (C) a incursão das forças armadas brasileiras contra os insurgentes da Rusga visando a sua destruição. (D) o projeto do governo Getúlio Vargas no período do Estado Novo, para integrar e desenvolver o interior do Brasil, inclusive o estado de Mato Grosso. COMENTÁRIOS: A "Marcha para o Oeste" foi um projeto dirigido pelo governo Getúlio Vargas no período do Estado Novo, para ocupar e desenvolver o interior do Brasil. Tal projeto foi lançado na véspera de 1938, e nas palavras de Vargas, a Marcha incorporou "o verdadeiro sentido de brasilidade", uma solução para os infortúnios da nação. Apesar do extenso território, o Brasil havia prosperado quase que exclusivamente na região litoral, enquanto o vasto interior mantinha-se estagnado, vítima da política mercantilista colonial, da falta de estradas viáveis e de rios navegáveis, do liberalismo econômico e do sistema federalista que caracterizaram a República Velha (1889-1930). Mais de 90% da população brasileira ocupava cerca de um terço do território nacional. O vasto interior, principalmente as regiões Norte e Centro- oeste, permanecia esparsamente povoado. Muitos índios fugiram para o interior justamente por estas razões. Mas os seus dias de isolamento, anunciava o governo então, estavam contados. Até a segunda metade do século XX, o Brasil Central continuava a ser uma área desconhecida para a maior parte dos brasileiros, carregando ares mitológicos devido a seu território pouco desbravado e hostil. No censo de 1940, por exemplo, o sul mato-grossense contava com somente 238.640 habitantes. Esse que era considerado um vazio populacional no Mato Grosso do Sul passou, a partir de então, a servir de atrativo para empresas colonizadoras Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 59 entusiasmadas com o sucesso de suas similares empreitadas nos estados de São Paulo e Paraná. A ocupação do centro-oeste visava também a ser uma etapa preliminar à ocupação da Amazônia. Em Goiás foi instalada a primeira colônia agrícola, em 1941, na cidade de Ceres, a Colónia Agrícola Nacional de Goiás (CANG). Os Objetivos da Macha Para o Oeste eram basicamente: Política demográfica de incentivo à migração; Criação de colônias agrícolas; Construção de estradas; Reforma Agrária; Incentivo à produção agropecuária de sustentação. Em boa parte, tal sonho progressista se concretizou. Transcorrida por cerca de quarenta anos, a Marcha Para o Oeste fundou cerca de 43 vilas e cidades, construiu 19 campos de pouso, contatou mais de cinco mil índios e percorreu 1,5 mil quilômetros de picadas abertas e rios. Gabarito: D 27) (CESPE/IRBR/2012 – DIPLOMATA) O maior empecilho ao combate da pobreza nas diferentes regiões do Brasil, representada pela baixa renda mensal, reside na má distribuição territorial dos recursos naturais que geram insumos econômicos para a atividade produtiva. COMENTÁRIOS: O maior empecilho para o combate à pobreza no Brasil é a má distribuição da renda. A escandalosa concentração de rendafaz do Brasil um dos países mais desiguais do mundo. Gabarito: Errado 28) (FGV/ PM MA/2012 – SOLDADO MILITAR) Analise a pirâmide etária a seguir. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 60 (Adaptado.IBGE: Censo 2010) A estrutura etária da população brasileira está relacionada com as transformações sociais, econômicas e espaciais ocorridas no país, a partir da Segunda Guerra Mundial. Com relação a essas mudanças, assinale a afirmativa incorreta. a) O declínio dos níveis de mortalidade, seguido pela diminuição dos níveis de fecundidade, a partir da década de 1960, determinou o padrão de envelhecimento da população brasileira. b) O estreitamento da base da pirâmide etária mostra que a participação dos grupos quinquenais de 10 a 14 anos e de 15 a 19 anos de idade suplantou a dos grupos de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos. c) As mudanças ocorridas na estrutura etária brasileira resultaram da legislação de controle da natalidade adotada pelo Estado, a partir da Segunda Guerra Mundial. d) A queda da mortalidade, a partir da década de 1950, está relacionada com o processo de industrialização que deu forte ímpeto aos movimentos migratórios das áreas rurais para as áreas urbanas. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 61 e) A queda da fertilidade reflete a maior inserção da mulher no mercado de trabalho e a utilização de métodos anticoncepcionais de maior eficiência. COMENTÁRIOS: O Estado brasileiro não adotou políticas de controle de natalidade após a Segunda Guerra Mundial. Atualmente também não adota. As mudanças na estrutura etária brasileira decorrem da diminuição continuada da taxa de natalidade ou fecundidade e do aumento da expectativa de vida do brasileiro. Esses dois fatores ocasionam o envelhecimento populacional. Gabarito: C 29) (FGV/PC RJ/2011 – PILOTO POLICIAL) Segundo a Constituição Federal de 1988, uma das condições exigidas para que um distrito passe à condição de município é a de que: a) a população do distrito seja ouvida por meio de um plebiscito. b) a população do município vote a divisão em processo eleitoral. c) a população urbana do distrito seja maior que a rural. d) a população distrital seja igual ou maior que a do município. e) a população do município concorde com a emancipação. COMENTÁRIOS: Dispõe o art. 18, § 4º da Constituição Federal que: A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Gabarito: A 30 (FGV/PM MA/2014 – SOLDADO MILITAR) Observe os mapas sobre os principais fluxos migratórios no território brasileiro. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 62 (Adaptado de Regina Bega Santos. Migração!no!Brasil. São Paulo: Ed. Scipione) Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 63 Com relação aos fluxos migratórios e às razões de expulsão e de atração de alguns desses fluxos, analise as afirmativas a seguir. I. Mapa 1: o crescimento industrial e a ampla oferta de empregos na Região Sudeste atraíram principalmente migrantes nordestinos. II. Mapa 2: a criação de políticas públicas de incentivo à ocupação da Amazônia, durante os governos militares, atraiu fluxos de nordestinos. III. Mapa 3: as diversas atividades, como o extrativismo mineral, desenvolvidas por empresas públicas e privadas, atraíram mão de obra migrante para a Amazônia. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. COMENTÁRIOS: O Mapa 1 mostra um grande fluxo migratório de Nordestinos para a Região Sudeste. Esse fluxo teve como fator de atração o crescimento industrial e a ampla oferta de empregos na Região Sudeste. Nas décadas de 1960 e 1970, durante os governos militares, políticas públicas de incentivo à ocupação da Amazônia, atraíram para essa região fluxos de nordestinos, de sulistas e de paulistas. É o que se verifica no mapa 2. O Mapa mostra um maior fluxo de migrantes do Sul e Sudeste para a Amazônia e em menor número de nordestinos para essa região. Estes migrantes foram atraídos como mão de obra para as diversas atividades, como o extrativismo mineral, desenvolvidas por empresas públicas e privadas na Amazônia. Gabarito: E (todas as afirmativas estão corretas) 31) (AOCP/MPE BA/2014) Qual dos estados a seguir NÃO faz parte da região nordeste do Brasil? Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 64 a) Sergipe. b) Pernambuco. c) Rio Grande do Norte. d) Piauí. e) Tocantins. COMENTÁRIOS: A região Nordeste é composta pelos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. Tocantins faz parte da região Norte. Gabarito: E 32) (FCC/DPE SP/2012 – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA) O Brasil vive hoje uma revolução econômica e ao mesmo tempo uma revolução demográfica, que não é muito comentada. Da econômica todos falam, bem ou mal: se crescemos menos de 1% de um trimestre a outro, o tema vira manchete na imprensa. [...]. Na revolução demográfica há sinais tão importantes quanto na outra. (Adaptado: Carta Capital, 26/12/2012. Ano XVIII. n. 729. p.23) Um dos fatos importantes que fazem parte da revolução demográfica mencionada no texto é a) a existência de cerca de 50 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos, isto é, na idade produtiva. b) o crescente aumento da renda per capita, atualmente por volta de 28 mil dólares. c) a diminuição da taxa de fecundidade, atualmente abaixo da reposição populacional. d) o esvaziamento das pequenas e médias cidades com o consequente aumento da população das metrópoles. e) a redução expressiva da taxa de analfabetismo em virtude dos investimentos em educação. COMENTÁRIOS: a) Errada. O Brasil atravessa um período denominado de bônus demográfico, que se caracteriza por ser um período da vida de um país em que a estrutura Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 65 etária da população atua no sentido de facilitar o crescimento econômico. Isso acontece quando há um grande contingente da população em idade produtiva (ativa) e um menor número de idosos e crianças (população dependente). Conforme o censo de 2010, o Brasil tem 130,6 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos (67,6% da população em idade produtiva). b) Errada. A renda per capita cresce continuamente nas últimas décadas. c) Certa. Para que haja reposição populacional, ou seja, para que a população não diminua, a taxa de fecundidade de um país tem que ser de 2,1 filhos por mulher. A taxa de fecundidade brasileira está abaixo do índice de reposição populacional. d) Errada. No Brasil está havendo o crescimento de muitas cidades pequenas e médias dinâmicas, como também está havendo a diminuição da população em centenas de pequenas cidades brasileiras deprimidas ou estagnadas economicamente. A população das metrópoles segue aumentando, mas em ritmos diferenciados.e) Errada. A taxa de analfabetismo está em queda continuada há mais de um século no Brasil. Porém o índice ainda é alto. Gabarito: C 33) (TJ SC/2011 – TÉCNICO JUDICÁRIO) “Quantos somos? Como vivemos? Onde vivemos?” A cada nova década estas e outras perguntas são respondidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com a realização dos censos demográficos. Segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE, avalie as alternativas abaixo e marque com “V” as verdadeiras e com “F” as falsas. ( ) Já somos mais de 190 milhões de habitantes e o 5º país mais populoso do planeta mas, a população brasileira cresce mais devagar. ( ) Os últimos dados mostram uma tendência de redução do ritmo de crescimento da população brasileira, com a diminuição das taxas de natalidade e aumento da expectativa média de vida. Este processo é chamado de transição demográfica avançado. ( ) As regiões que tiveram um maior aumento populacional foram respectivamente, a região Norte e Centro Oeste. Isto indica um fluxo de migração interna para estas regiões. ( ) No processo das migrações internas do Brasil verifica-se que desacelera a migração de nordestinos para o Sudeste, percebendo-se Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 66 mesmo uma pequena migração de retorno. Os nordestinos deixam São Paulo e voltam para a sua região. Isto é em decorrência da abertura de novas frentes de trabalho, com a instalação de novas indústrias em outras regiões como, por exemplo, no Nordeste. ( ) As baixas taxas de fecundidade da população brasileira, de 1,9 filhos por mulher em idade fértil, têm ocasionado políticas de incentivo para que as mulheres sejam estimuladas a abandonar suas atividades profissionais, a fim de que ocorra um crescimento populacional. Assinale a alternativa que contenha a sequência correta de proposições verdadeiras e falsas: a) V, V, V, F, F b) V, V, V, V, F c) F, V, V, V, F d) V, V, F, F, V e) V, F, V, F, V COMENTÁRIOS: A última alternativa é falsa. Não existe nenhuma política no Brasil para que as mulheres em idade fértil sejam estimuladas a abandonar o mercado de trabalho e incentivadas a terem filhos. Aproveitamos para comentar que no período de 2000-2010, o Norte foi a região com a maior taxa de crescimento demográfico anual, seguida do Centro- Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul. Veja o quadro abaixo: Regiões Cresc. Demogr. (em %) (2000-2010) Norte 2,1 Centro-Oeste 1,9 Nordeste 1,1 Sudeste 1,0 Sul 0,9 Gabarito: B (V, V, V, V, F) 34) (ESAF/MPOG/2010 – ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO) Com relação aos aspectos demográficos da sociedade brasileira, não é correto afirmar que: Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 67 a) o declínio na taxa de mortalidade da população, a partir de 1940, deveu-se, especialmente, aos progressos na saúde pública, particularmente no que tange ao controle das doenças epidêmicas. b) o principal fluxo migratório que caracterizou a economia brasileira, durante o século XX, foi o chamado êxodo urbano. c) os indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-2008), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, demonstraram que, no país, prevalecem expressivas desigualdades educacionais entre ricos e pobres, brancos e não brancos, áreas urbanas e rurais e diferentes regiões. d) em decorrência do processo de crescimento populacional, apesar da pequena queda observada no grau de pobreza, o número de pobres aumentou cerca de 13 milhões, passando do total de 41 milhões, em 1977, para 53 milhões em 1999, aproximadamente. e) o índice de envelhecimento da população, segundo o IBGE, passou de 6,4% em1960 para 16,8% em 2000. COMENTÁRIOS: Como poderia haver um êxodo urbano se a população urbana brasileira cresceu rapidamente na segunda metade do século passado? O principal fluxo migratório que caracterizou a economia brasileira, durante o século XX, foi o chamado êxodo rural. Gabarito: B 35) (VUNESP/MPE SP/2014 – AUXILIAR DE PROMOTORIA) Em 2013, o Brasil atingiu os 200 milhões de habitantes. Além de apresentar essa estimativa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também divulgou tendências atuais da população brasileira, dentre as quais a) o esvaziamento das pequenas e médias cidades do interior. b) a progressiva diminuição da esperança de vida da população. c) o aumento do êxodo rural, isto é, da migração campo-cidade. d) o crescimento da taxa de mortalidade infantil nas áreas urbanas. e) a contínua redução das taxas de fecundidade e natalidade. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 68 COMENTÁRIOS: Há cidades pequenas e médias do interior do Brasil que estão em processo de esvaziamento populacional. No entanto, há outras que estão em processo de crescimento populacional, o que demonstra que o esvaziamento não é um fenômeno linear. A esperança de vida da população tem aumentado, o êxodo rural está diminuindo e as taxas de mortalidade infantil diminuem em todo o país. Duas importantes tendências atuais da população brasileira é a contínua redução das taxas de fecundidade ou natalidade e o aumento da idade média dos brasileiros. Gabarito: E 36) (FCC/SEFAZ SP/2013 – AGENTE FISCAL DE RENDAS) Dentre os indicadores de desenvolvimento sustentável utilizados para caracterizar a realidade social, econômica, ambiental e institucional de determinada região, a taxa de fecundidade expressa a) o espectro de doenças relacionadas com a decomposição de matéria orgânica. b) a intensidade de aplicação de fertilizantes na cultura hortifrutícola. c) o grau de contaminação dos alimentos pelo uso de agrotóxicos. d) o número médio de filhos que as mulheres têm durante seu período reprodutivo. e) o conjunto de espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção. COMENTÁRIOS: A taxa de fecundidade expressa o número médio de filhos que as mulheres têm no decorrer da vida. Nas últimas décadas, os índices da taxa vêm caindo no Brasil. O mínimo indicado para que a população se mantenha estável, não diminua é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças substituem os pais, a fração 0,1 compensa as meninas que morrem antes de atingir a idade reprodutiva. Esse número é considerado a taxa de reposição populacional. A taxa de fecundidade do Brasil já está abaixo da taxa de reposição populacional. Gabarito: D Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 69 37) (CESPE/IRB/2008 – DIPLOMATA) As migrações aparecem como característica permanente da espécie humana. Max Sorre afirma que a mobilidade é a lei que rege todos os grupos humanos, portanto, o estudo da circulação ocupa lugar importante na Geografia Humana. Nele está inserida a discussão das raças e a das miscigenações, levando à definição das etnias. A. Damiani. População e Geografia. São Paulo: Contexto, 2006, p. 51 (com adaptações). Considerando o texto acima, julgue (C ou E) o item seguinte. O Brasil apresenta tanto a saída de população como a entrada de migrantes estrangeiros em busca de emprego e melhor nível de qualidade de vida. COMENTÁRIOS: O Brasil já recebeu grandes contingentes de migrantes nos séculos passados. Também já foi um país onde um grande contingente de brasileiros emigrou para o exterior. Na atualidade, brasileiros continuam deixando o país em busca de emprego e melhor qualidade de vida. No entanto, no século XXI, o país também voltou a ser uma rota importante de recepção de estrangeiros.Gabarito: Certo (CESPE/ABIN/2008 – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA) Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 70 38) As alterações previstas para o quadro populacional brasileiro estão relacionadas com o decréscimo da fecundidade. COMENTÁRIOS: Na pirâmide verifica-se uma diminuição da população jovem, na sua projeção para o ano de 2020. Essa diminuição está relacionada com a queda da taxa de fecundidade das mulheres brasileiras. Gabarito: Certo 39) O perfil da pirâmide etária brasileira apresenta uma tendência de se assemelhar ao da pirâmide dos países que já realizaram a transição demográfica. COMENTÁRIOS: O Brasil está em pleno processo de transição demográfica e nas próximas décadas a sua pirâmide etária terá as mesmas características dos países que concluíram essa transição. Ou seja, o perfil da pirâmide etária brasileira apresenta uma tendência de se assemelhar ao da pirâmide dos países que já realizaram a transição demográfica. Gabarito: Certo 40) A participação relativa dos jovens no conjunto da população brasileira deverá diminuir, enquanto a das pessoas com mais de 70 anos de idade deverá aumentar. COMENTÁRIOS: Correto. É o que demonstra a pirâmide, o que consta das projeções populacionais futuras mais recentes do IBGE e o que efetivamente está ocorrendo com a população brasileira. Gabarito: Certo 41) Observa-se uma previsão de diminuição da população brasileira até 2020. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 71 COMENTÁRIOS: Na pirâmide não se observa uma diminuição da população brasileira até 2020. No recente estudo do IBGE, Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 2000/2060 (2013), a população brasileira continuará crescendo lentamente até 2042 – 228 milhões de habitantes - quando entrará em declínio gradual e estará em torno de 218 milhões em 2060. Esse cenário ocorrerá, caso seja mantida a atual configuração demográfica do país, com a redução gradual da taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida. Gabarito: Errado 42) (CESPE/ABIN/2008 – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA) O século XX assistiu a um rápido crescimento da população mundial, que partiu de 1,6 bilhões e alcançou 6,1 bilhões. Não se prevê uma estabilização para o atual século, porém, para 2050, a expectativa é de 9 bilhões de habitantes no planeta. Abaixo, o gráfico mostra os dez países que deverão apresentar o maior incremento populacional no mundo. Julgue o item que se segue, acerca das informações do texto e do gráfico acima apresentados, bem como dos assuntos a eles relacionados. O Brasil, cujo aumento populacional é registrado no gráfico, evidencia uma mudança no perfil de crescimento a partir da queda observada na taxa de crescimento populacional do país, do aumento da expectativa Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 72 de vida e da diminuição da participação relativa de jovens no total da população. COMENTÁRIOS: O perfil de crescimento populacional do Brasil está mudando. A população está crescendo mais devagar, a taxa de fecundidade está diminuindo e a expectativa de vida aumentando. O país está ficando mais velho, com uma diminuição da participação relativa dos jovens no total da população. Gabarito: Certo Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 73 QUESTÕES PROPOSTAS 01) (CONSULPLAN/IBGE/2009 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) Sobre a formação histórico-territorial e regionalização brasileira, relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª: Divisão Regional do Brasil (geoeconômica) 1. Centro-Sul. 2. Nordeste. 3. Amazônia. Características Regionais ( ) É a maior das três regiões geoeconômicas do Brasil e a região menos povoada. A maior parte dos movimentos migratórios dos últimos anos dirige-se a ela. ( ) É a região geoeconômica mais industrializada, povoada e urbanizada do país. Essa região é considerada o centro econômico do Brasil. ( ) Representa a região geoeconômica de ocupação mais antiga, onde atualmente podemos encontrar inúmeras marcas da colonização, presença da agroindústria açucareira e forte influência negra na população regional. Durante três séculos, essa região foi a mais rica e povoada do país. A sequência está correta em: A) 3, 2, 1 B) 2, 3, 1 C) 2, 1, 3 D) 1, 3, 2 E) 3, 1, 2 02) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) Se há um traço característico do Brasil, este é a persistente desigualdade social. Essa desigualdade reflete-se no território e, em média, divide o país em duas partes, uma que possui maior percentual de população de baixa renda e outra onde se encontra o maior percentual de população com renda mais elevada. Essas partes são, respectivamente: (A) o litoral e o interior; Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 74 (B) o norte e o sul; (C) as planícies e os planaltos; (D) o oeste e o leste; (E) os municípios pouco povoados e os mais populosos. 03) (CONSULPLAN/IBGE/2011 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) É correto afirmar sobre a organização político- administrativa do Brasil que A) os estados brasileiros têm a mesma autonomia dos estados americanos ou das províncias canadenses, que são exemplos mais amplos de estados federativos. B) os vinte seis estados brasileiros, tanto quanto os municípios e o Distrito Federal exercem competências, e as atribuições legislativas, normativas, políticas, administrativas e financeiras que a Constituição Federal lhes confere, não ficando restritos a essas competências e atribuições, podendo ir muito mais além. C) a Constituição reservou apenas à União, a maioria dos assuntos reguláveis por lei, o que configura uma federação altamente centralizada, em que restam aos estados e aos municípios quase somente “migalhas” das vastas competências normativas federais. D) o Brasil pode ser considerado uma confederação, uma vez que sua organização político-administrativa está constituída dessa maneira. E) os estados não podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para anexarem-se a outros ou formarem novos estados e territórios federais. 04) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) O federalismo é uma forma de organização das instituições políticas que tem por objetivo fundamental acomodar as tensões decorrentes da necessidade de uma união das diferenças para formar uma unidade, ambas organizadas territorialmente. Uma característica da federação brasileira, que a diferencia das outras, é a: (A) pouca autonomia dos Estados brasileiros, frente à União e aos Municípios; (B) existência de dois níveis federativos, a União e os Estados; Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 75 (C) autonomia financeira dos Estados e Municípios; (D) existência de três níveis federativos: União, Estados e Municípios; (E) concentração de poder de decisão no nível da União para todas as questões do país. 05) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) Os estados brasileiros constituem unidades federativas com autonomia para definir e recolher alguns impostos, comoo ICMS. Esse imposto é importante porque representa um instrumento dos governos para tentar atrair investimentos e atividades nos limites do território do estado. O uso desse recurso, porém, resultou em conflito de interesses entre essas unidades da federação. Esse conflito é conhecido como: (A) encilhamento; (B) contingenciamento; (C) guerra fiscal; (D) crise da previdência; (E) déficit público. 06) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) A região do país que nas últimas décadas vem sofrendo as maiores mudanças na sua base produtiva e na expansão do povoamento no seu espaço é a Região: (A) Norte; (B) Sul; (C) Nordeste; (D) Sudeste; (E) Centro-Oeste. 07) (IBGE/2005/NCE – Agente de Pesquisa e Mapeamento) A Região Sul possui características bem peculiares no conjunto do território do país. Povoada em grande parte por imigrantes que ocuparam pequenas propriedades com atividades familiares, ela hoje possui um parque industrial variado em que se destacam nacionalmente ramos industriais como: Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 76 (A) metalurgia, calçados e alimentos; (B) siderurgia, petroquímica e eletrônica; (C) tecidos, informática e construção naval; (D) eletrodomésticos, automóveis e fertilizantes; (E) produtos de alta tecnologia, olarias e confecções. 08) (NCE/IBGE/2005 - AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) Na Região Nordeste, área de forte concentração de pobreza no país, novas atividades têm sido importantes para a geração de emprego e de renda. Duas dessas atividades são: (A) a fruticultura irrigada e o turismo; (B) a pecuária extensiva e a pesca; (C) as confecções e a indústria pesada; (D) a indústria de calçados e a agricultura de sequeiro; (E) a indústria açucareira e a produção do álcool. 09) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) A Serra de Carajás é uma extraordinária reserva de minerais. Abriga um enorme complexo de beneficiamento e exportação de minérios que inclui ferrovia, rede elétrica, estrutura urbana e moderno porto de exportação. Assinale a opção que indica a localização da Serra de Carajás e a do porto de exportação dos seus minérios, respectivamente: (A) Amazonas e Roraima; (B) Pará e Amapá; (C) Maranhão e Amapá; (D) Roraima e Amapá; (E) Pará e Maranhão. 10) (NCE/IBGE/2005 – AGENTE DE PESQUISA E MAPEAMENTO) A Companhia Siderúrgica Nacional, indústria pesada produtora de aço, e a EMBRAER, de alta tecnologia, que fabrica aviões, são importantes indústrias brasileiras localizadas na região industrial: (A) do Vale do Rio Itajaí; Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 77 (B) da Zona Franca de Manaus; (C) do Vale do Rio Paraíba do Sul; (D) do Vale do Rio Doce; (E) do quadrilátero ferrífero. 11) (CESPE/IRBR/2011 – DIPLOMATA) Com relação à geografia moderna, estruturada no século XIX, julgue (C ou E) o item subsequente. A colonização da região que atualmente corresponde ao Nordeste do Brasil ocorreu, de modo geral, do litoral para o interior, relacionando-se a ocupação das zonas mais próximas do litoral à produção açucareira, e a de áreas mais interiores, à pecuária e à cultura do algodão. 12) (CESPE/INSS/2008 – ANA) Acerca de economias regionais e blocos econômicos, julgue o item. Classicamente, o Brasil possui apenas três macrorregiões econômicas, cada uma delas com características distintas devido a vários fatores, como história, desenvolvimento, população e economia. 13) (VUNESP/SAP SP/2015 – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA) Segundo a conclusão do estudo “Perfil da indústria nos Estados”, São Paulo, o estado mais industrializado do Brasil, foi o que mais perdeu espaço na produção da indústria nacional. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (06.11) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). (http://noticias.r7.com/economia/sao-paulo-e-o-estado-que-mais-perdeu--participacao-no-pib- industrial-brasileiro-06112014. 06.11.14. Adaptado) Um dos principais fatores responsáveis pelo recuo da participação de São Paulo foi a) a crise na indústria extrativa, que reduziu os estoques de minérios, como ferro e carvão. b) a falta de mão de obra qualificada para atividades industriais mais sofisticadas. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 78 c) a desconcentração da indústria, com maior distribuição das empresas no território nacional. d) a desvalorização do real frente às principais moedas mundiais, tais como o dólar e o euro. e) o baixo nível técnico e operacional da infraestrutura de transportes e comunicações do estado. 14) (CESPE/INSS/2008 – ANALISTA DE SEGURO SOCIAL) Entre os 34 milhões de jovens de 18 a 29 anos de idade domiciliados nas cidades brasileiras, 21,8% têm o curso fundamental incompleto e 2,4% são formalmente analfabetos, o que faz pensar em quantos o serão de fato. A incidência do analfabetismo e da evasão escolar difere entre estados e regiões. Esses jovens excluídos aparecem em maior proporção (35%) no Nordeste e menor (18%) no Sudeste. Esse quadro tem causas mais profundas do que as imaginadas pelo senso comum. A necessidade de trabalhar e sustentar a família é o caso de 17% do 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos de idade que abandonaram os estudos; 44% dos que não estudam mais nessa faixa de idade também não trabalham. Ao justificar a razão pela qual abandonaram a escola, quatro em cada dez jovens disseram ter perdido o interesse ou a convicção de que a escolaridade os ajudaria a conquistar um bom emprego. Mesmo a gravidez entre adolescentes é vista como um elemento que dificulta a volta à escola, e não propriamente como a causa de abandono. Folha de S.Paulo, 26/1/2008, p. A2 (com adaptações). Com base nos dados apresentados no texto, julgue o item a seguir. Para além das conhecidas assimetrias no campo econômico, o texto indica que também na área educacional reproduz-se o quadro de desigualdade que acompanha a experiência histórica brasileira, inclusive, em termos regionais. 15) (CESGRANRIO/IBGE/2013 – TÉCNICO EM INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS A I) A economia brasileira cresceu com Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 79 força no segundo trimestre. Com a ajuda da safra recorde, a agropecuária foi um dos principais destaques do PIB, com a soja à frente desse desempenho. A previsão do IBGE é de aumento de 23,7% na quantidade produzida em 2013, para um crescimento de 10,8% da área plantada. Somente de soja, foram exportadas 17,5 bilhões de toneladas no início do ano. A soja, sozinha, respondeu por 12,6% das exportações totais. ALMEIDA, C., CARNEIRO, L. e VIEIRA, S. PIB surpreende e cresce 1,5% O Globo, 31 ago. 2013. p. 29. Adaptado. Na fronteira agrícola brasileira, o desempenho dessa produção para a exportação está mais consolidado na agricultura modernizada da região a) Sul b) Norte c) Sudeste d) Nordeste e) Centro-Oeste 16) (CESGRANRIO/IBGE/2013 – TÉCNICO EM INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS A I) BRASIL: VARIAÇÃO RELATIVA DA POPULAÇÃO RESIDENTE RURAL – 1980-1991 Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 80 MARTINELLI, M. Mapas da geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2008. p.82. No mapa acima, verifica-se que a variação relativa mais elevada representando acréscimo de população residente rural ocorre no seguinte Estado: a) Pará b) Cearác) Roraima d) Pernambuco e) Santa Catarina 17) (CESGRANRIO/IBGE/2013 – TÉCNICO EM INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS E ESTATÍSTICAS A I) Na formação territorial brasileira, a atuação dos bandeirantes foi responsável pelo combate aos índios Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 81 considerados agressores ou opositores à conquista do interior, e também pela captura de negros fugidos das grandes plantações e pela destruição de quilombos. Essa estratégia colonizadora correspondeu a uma verdadeira ação exterminadora dos indígenas no nordeste do País, sob o comando de vários bandeirantes paulistas, sobretudo no século XVII. A estratégia colonizadora acima mencionada denomina-se a) urbanismo rural b) missões jesuíticas c) desenvolvimentismo d) sertanismo de contrato e) Plano Nacional de Desenvolvimento 18) (CESGRANRIO/IBGE/2014 – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO) Os portugueses introduziram, pioneiramente, na África e no Brasil, um tipo de agricultura apoiada na monocultura açucareira em grandes propriedades, com mão de obra constituída predominantemente de escravos. Toda a produção era embarcada em navios com destino à Europa. Esse tipo de agricultura persiste até hoje no Brasil, com o protagonismo das exportações de produtos tropicais. MAGNOLI, D. e ARAUJO, R. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 1997, p. 239. Adaptado. A atividade agrícola descrita acima é denominada agricultura de a) jardinagem b) regadio c) subsistência d) precisão e) plantation 19) (CESGRANRIO/IBGE/2014 – AGENTE DE PESQUISAS E MAPEAMENTO) Território federal é uma denominação brasileira para uma categoria específica de divisão administrativa. Os territórios federais integram diretamente a União, sem pertencerem a qualquer estado, e podem surgir da divisão de um estado ou desmembramento, Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 82 dele exigindo-se aprovação popular através de plebiscito e lei complementar. Com a extinção dos territórios federais no Brasil pela Constituição Federal de 1988, a seguinte unidade político-administrativa tornou-se estado da federação: a) Tocantins b) Amapá c) Rondônia d) Pará e) Pernambuco 20) (CESPE/TJ RO/2012 – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) O recrutamento de colonos para povoar regiões consideradas estratégicas por Portugal em sua colônia americana foi uma das medidas políticas empreendidas pelo Marquês de Pombal, por meio de uma política colonial claramente mercantilista, com o objetivo de fortalecer o poder da realeza e reduzir históricos privilégios concedidos a comerciantes ingleses. Nesse sentido, a decisão tomada pelo governo de Lisboa de enviar colonos provenientes dos Açores e de Mazagão, no norte da África, para a região Norte brasileira foi motivada A) pela expansão da produção aurífera ao longo do século XVIII, cujo andamento das atividades dependia do fornecimento de gêneros alimentícios produzidos nos mais diversos pontos da colônia. B) pela necessidade de controle do território do Norte, que permitiria ao governo de Portugal ampliar seus domínios americanos e, a partir do mapeamento hidrográfico da Amazônia, controlar a estratégica bacia platina. C) pelo fato de as correntes migratórias externas poderem substituir, com vantagem, as populações nativas que, nesse contexto, haviam sido dizimadas em larga medida. D) pelo comprovado sucesso do emprego de mão de obra imigrante nas lavouras de café no centro-sul da colônia, fato que indicava bons prognósticos para sua utilização na Amazônia. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 83 E) pela urgente necessidade de povoar o Norte do Brasil, uma vez que, em face da crescente pressão exercida por Inglaterra, França e Holanda, era preciso integrar a área às demais regiões da colônia. 21) (CESGRANRIO/TJ RO/2008 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) O controle das fronteiras brasileiras, sobretudo norte e sul, sempre foi motivo de preocupação dos principais governos republicanos. Acordos de limites, por exemplo, foram vários na República Velha. Durante o Governo Vargas, porém, este controle foi efetivamente definido com a criação de Territórios Federais na região, entre eles: a) Rio Branco, atual Estado de Roraima, e Guaporé, atual Estado de Rondônia. b) Acre, atual Estado do Acre, e Guaporé, atual Estado de Rondônia. c) Ponta Porã, atual Estado de Tocantins, e Rio Branco, atual Estado de Roraima. d) Iguaçu, atual Estado de Roraima, e Acre, atual Estado do mesmo nome. e) Amapá e Palmas, atualmente Estados do mesmo nome. 22) (FUNCAB/SESAU RO/2009 - MÉDICO) O período compreendido entre 1877 e 1910 ficou conhecido no Brasil como “Primeiro Ciclo da Borracha”. Extraía-se a borracha na Amazônia, principalmente entre o Brasil e a Bolívia, onde está situado o Estado de Rondônia. Um pouco depois, a produção brasileira entrou em decadência. Podemos apontar como causa principal do declínio desta produção: a) o isolamento da Região Norte; b) a falta de mão-de-obra para a exploração; c) a produção de látex feita pelo Reino Unido; d) a preocupação com a preservação ambiental; e) a proposta de internacionalização da Amazônia. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 84 23) (FUNCAB/IDARON RO/2008 – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Devido à grande demanda da exploração da borracha, durante a Segunda Guerra Mundial, muitos nordestinos foram atraídos com promessas de trabalho nos seringais da Amazônia. Eram conhecidos como: a) “mercenários da borracha”; b) “trabalhadores da borracha”; c) “empregados da borracha”; d) “soldados da borracha”; e) “nordestinos da borracha”. 24) (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MT/2013 – NÍVEL SUPERIOR) Analise o mapa a seguir. Assinale a alternativa que descreve corretamente a consolidação do território português na América, de acordo com os tratados assinalados no mapa acima. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 85 (A) A atual região de Mato Grosso passou a pertencer à Espanha a partir de 1750. (B) A assinatura do Tratado de Madri foi fruto do avanço da colonização portuguesa para o Oeste. (C) O Tratado de Madri foi pré-condição para o início das expedições dos bandeirantes paulistas. (D) A expansão lusa em 1750 permitiu a exploração da nova região do Acre, até então da Bolívia. (E) A Coroa portuguesa se beneficiou com o Tratado de 1750, obtendo a posse da Colônia de Sacramento. 25) (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA TO/2005) Grande parte dos estados brasileiros originou-se da primeira divisão territorial, que foram: a) Sesmarias b) Capitanias hereditárias c) Governo geral d) Províncias 26) (UFMT/DETRAN/2015 – AGENTE FISCAL DE TRÂNSITO) O que se denominou “Marcha para o Oeste” foi (A) a marcha da Coluna Prestes pelo interior de Mato Grosso, chamando o povo para a insurgência contra o Governo Federal. (B) a viagem de Mário de Andrade por Mato Grosso com artistas estrangeiros durante sua fase modernista. (C) a incursão das forças armadas brasileiras contra os insurgentes da Rusga visando a sua destruição. (D) o projeto do governo Getúlio Vargas no período do Estado Novo, para integrar e desenvolver o interior do Brasil, inclusive o estado de Mato Grosso. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 86 27)(CESPE/IRBR/2012 – DIPLOMATA) O maior empecilho ao combate da pobreza nas diferentes regiões do Brasil, representada pela baixa renda mensal, reside na má distribuição territorial dos recursos naturais que geram insumos econômicos para a atividade produtiva. 28) (FGV/ PM MA/2012 – SOLDADO MILITAR) Analise a pirâmide etária a seguir. (Adaptado.IBGE: Censo 2010) A estrutura etária da população brasileira está relacionada com as transformações sociais, econômicas e espaciais ocorridas no país, a partir da Segunda Guerra Mundial. Com relação a essas mudanças, assinale a afirmativa incorreta. a) O declínio dos níveis de mortalidade, seguido pela diminuição dos níveis de fecundidade, a partir da década de 1960, determinou o padrão de envelhecimento da população brasileira. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 87 b) O estreitamento da base da pirâmide etária mostra que a participação dos grupos quinquenais de 10 a 14 anos e de 15 a 19 anos de idade suplantou a dos grupos de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos. c) As mudanças ocorridas na estrutura etária brasileira resultaram da legislação de controle da natalidade adotada pelo Estado, a partir da Segunda Guerra Mundial. d) A queda da mortalidade, a partir da década de 1950, está relacionada com o processo de industrialização que deu forte ímpeto aos movimentos migratórios das áreas rurais para as áreas urbanas. e) A queda da fertilidade reflete a maior inserção da mulher no mercado de trabalho e a utilização de métodos anticoncepcionais de maior eficiência. 29) (FGV/PC RJ/2011 – PILOTO POLICIAL) Segundo a Constituição Federal de 1988, uma das condições exigidas para que um distrito passe à condição de município é a de que: a) a população do distrito seja ouvida por meio de um plebiscito. b) a população do município vote a divisão em processo eleitoral. c) a população urbana do distrito seja maior que a rural. d) a população distrital seja igual ou maior que a do município. e) a população do município concorde com a emancipação. 30 (FGV/PM MA/2014 – SOLDADO MILITAR) Observe os mapas sobre os principais fluxos migratórios no território brasileiro. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 88 (Adaptado de Regina Bega Santos. Migração!no!Brasil. São Paulo: Ed. Scipione) Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 89 Com relação aos fluxos migratórios e às razões de expulsão e de atração de alguns desses fluxos, analise as afirmativas a seguir. I. Mapa 1: o crescimento industrial e a ampla oferta de empregos na Região Sudeste atraíram principalmente migrantes nordestinos. II. Mapa 2: a criação de políticas públicas de incentivo à ocupação da Amazônia, durante os governos militares, atraiu fluxos de nordestinos. III. Mapa 3: as diversas atividades, como o extrativismo mineral, desenvolvidas por empresas públicas e privadas, atraíram mão de obra migrante para a Amazônia. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 31) (AOCP/MPE BA/2014) Qual dos estados a seguir NÃO faz parte da região nordeste do Brasil? a) Sergipe. b) Pernambuco. c) Rio Grande do Norte. d) Piauí. e) Tocantins. 32) (FCC/DPE SP/2012 – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA) O Brasil vive hoje uma revolução econômica e ao mesmo tempo uma revolução demográfica, que não é muito comentada. Da econômica todos falam, bem ou mal: se crescemos menos de 1% de um trimestre a outro, o tema vira manchete na imprensa. [...]. Na revolução demográfica há sinais tão importantes quanto na outra. (Adaptado: Carta Capital, 26/12/2012. Ano XVIII. n. 729. p.23) Um dos fatos importantes que fazem parte da revolução demográfica mencionada no texto é Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 90 a) a existência de cerca de 50 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos, isto é, na idade produtiva. b) o crescente aumento da renda per capita, atualmente por volta de 28 mil dólares. c) a diminuição da taxa de fecundidade, atualmente abaixo da reposição populacional. d) o esvaziamento das pequenas e médias cidades com o consequente aumento da população das metrópoles. e) a redução expressiva da taxa de analfabetismo em virtude dos investimentos em educação. 33) (TJ SC/2011 – TÉCNICO JUDICÁRIO) “Quantos somos? Como vivemos? Onde vivemos?” A cada nova década estas e outras perguntas são respondidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com a realização dos censos demográficos. Segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE, avalie as alternativas abaixo e marque com “V” as verdadeiras e com “F” as falsas. ( ) Já somos mais de 190 milhões de habitantes e o 5º país mais populoso do planeta mas, a população brasileira cresce mais devagar. ( ) Os últimos dados mostram uma tendência de redução do ritmo de crescimento da população brasileira, com a diminuição das taxas de natalidade e aumento da expectativa média de vida. Este processo é chamado de transição demográfica avançado. ( ) As regiões que tiveram um maior aumento populacional foram respectivamente, a região Norte e Centro Oeste. Isto indica um fluxo de migração interna para estas regiões. ( ) No processo das migrações internas do Brasil verifica-se que desacelera a migração de nordestinos para o Sudeste, percebendo-se mesmo uma pequena migração de retorno. Os nordestinos deixam São Paulo e voltam para a sua região. Isto é em decorrência da abertura de novas frentes de trabalho, com a instalação de novas indústrias em outras regiões como, por exemplo, no Nordeste. ( ) As baixas taxas de fecundidade da população brasileira, de 1,9 filhos por mulher em idade fértil, têm ocasionado políticas de incentivo para que as mulheres sejam estimuladas a abandonar suas atividades profissionais, a fim de que ocorra um crescimento populacional. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 91 Assinale a alternativa que contenha a sequência correta de proposições verdadeiras e falsas: a) V, V, V, F, F b) V, V, V, V, F c) F, V, V, V, F d) V, V, F, F, V e) V, F, V, F, V 34) (ESAF/MPOG/2010 – ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO) Com relação aos aspectos demográficos da sociedade brasileira, não é correto afirmar que: a) o declínio na taxa de mortalidade da população, a partir de 1940, deveu-se, especialmente, aos progressos na saúde pública, particularmente no que tange ao controle das doenças epidêmicas. b) o principal fluxo migratório que caracterizou a economia brasileira, durante o século XX, foi o chamado êxodo urbano. c) os indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-2008), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, demonstraram que, no país, prevalecem expressivas desigualdades educacionais entre ricos e pobres, brancos e não brancos, áreas urbanas e rurais e diferentes regiões. d) em decorrência do processo de crescimento populacional, apesar da pequena queda observada no grau de pobreza, o número de pobres aumentou cerca de 13 milhões, passando do total de 41 milhões, em 1977, para 53 milhões em 1999, aproximadamente. e) o índice de envelhecimento da população, segundo o IBGE, passou de 6,4% em1960 para 16,8% em 2000.35) (VUNESP/MPE SP/2014 – AUXILIAR DE PROMOTORIA) Em 2013, o Brasil atingiu os 200 milhões de habitantes. Além de apresentar essa estimativa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também divulgou tendências atuais da população brasileira, dentre as quais a) o esvaziamento das pequenas e médias cidades do interior. b) a progressiva diminuição da esperança de vida da população. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 92 c) o aumento do êxodo rural, isto é, da migração campo-cidade. d) o crescimento da taxa de mortalidade infantil nas áreas urbanas. e) a contínua redução das taxas de fecundidade e natalidade. 36) (FCC/SEFAZ SP/2013 – AGENTE FISCAL DE RENDAS) Dentre os indicadores de desenvolvimento sustentável utilizados para caracterizar a realidade social, econômica, ambiental e institucional de determinada região, a taxa de fecundidade expressa a) o espectro de doenças relacionadas com a decomposição de matéria orgânica. b) a intensidade de aplicação de fertilizantes na cultura hortifrutícola. c) o grau de contaminação dos alimentos pelo uso de agrotóxicos. d) o número médio de filhos que as mulheres têm durante seu período reprodutivo. e) o conjunto de espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção. 37) (CESPE/IRB/2008 – DIPLOMATA) As migrações aparecem como característica permanente da espécie humana. Max Sorre afirma que a mobilidade é a lei que rege todos os grupos humanos, portanto, o estudo da circulação ocupa lugar importante na Geografia Humana. Nele está inserida a discussão das raças e a das miscigenações, levando à definição das etnias. A. Damiani. População e Geografia. São Paulo: Contexto, 2006, p. 51 (com adaptações). Considerando o texto acima, julgue (C ou E) o item seguinte. O Brasil apresenta tanto a saída de população como a entrada de migrantes estrangeiros em busca de emprego e melhor nível de qualidade de vida. (CESPE/ABIN/2008 – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA) Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 93 Com auxílio dos dados apresentados no gráfico, que mostra a pirâmide etária brasileira no ano de 2000 e a sua projeção para 2020, julgue o seguinte item. 38) As alterações previstas para o quadro populacional brasileiro estão relacionadas com o decréscimo da fecundidade. 39) O perfil da pirâmide etária brasileira apresenta uma tendência de se assemelhar ao da pirâmide dos países que já realizaram a transição demográfica. 40) A participação relativa dos jovens no conjunto da população brasileira deverá diminuir, enquanto a das pessoas com mais de 70 anos de idade deverá aumentar. 41) Observa-se uma previsão de diminuição da população brasileira até 2020. 42) (CESPE/ABIN/2008 – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA) O século XX assistiu a um rápido crescimento da população mundial, que partiu de 1,6 bilhões e alcançou 6,1 bilhões. Não se prevê uma estabilização para o atual século, porém, para 2050, a expectativa é de 9 bilhões de habitantes no planeta. Abaixo, o gráfico mostra os dez países que deverão apresentar o maior incremento populacional no mundo. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 94 Julgue o item que se segue, acerca das informações do texto e do gráfico acima apresentados, bem como dos assuntos a eles relacionados. O Brasil, cujo aumento populacional é registrado no gráfico, evidencia uma mudança no perfil de crescimento a partir da queda observada na taxa de crescimento populacional do país, do aumento da expectativa de vida e da diminuição da participação relativa de jovens no total da população. Geografia e Conhecimentos Gerais – IBGE Aula 02 Prof. Leandro Signori www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Leandro Signori 95 GABARITO 01 - E 02 – B 03 – C 04 - D 05 – C 06 - E 07 – A 08 – A 09 - E 10 – C 11 – C 12 - C 13 - C 14 – C 15 - E 16 - C 17 - D 18 - E 19 – B 20 - B 21 - A 22 - C 23 - D 24 - B 25 - B 26 - D 27 - E 28 - C 29 - A 30 - E 31 - E 32 - C 33 - B 34 - B 35 - E 36 - D 37 - C 38 - C 39 - C 40 - C 41 - E 42 - C ***** ***** *****