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1
Direito Penal Militar
Prof. João Paulo Ladeira
1) INTRODUÇÃO
• BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:
• 1 – Direito Penal Militar – Teoria Crítica e Prática
• Autores: Adriano Alves-Marreiros; Guilherme Rocha; Ricardo Freitas
• Editora: Gen Método
• 2 – Código Penal Militar Comentado – Artigo por artigo
• Autor: Paulo Tadeu Rodrigues Rosa
• Editora: Líder – 3ª edição
• 3 – Elementos de Direito Penal Militar
• Autores: Ione de Souza Cruz e Claudio Amin Miguel
• Editora: Lumen Juris – 2ª edição
2
• 1 – Aplicação da Lei Penal Militar
• 2 – Crime
• 3 – Concurso de Agentes
• 4 – Das Penas Principais
• 5 – Das Penas Acessórias
• 6 – Ação Penal
• 7 – Extinção da Punibilidade
• 8 – Dos crimes militares em tempo de paz
• 9 – Dos crimes contra a autoridade ou disciplina militar
• DIREITO PENAL MILITAR
• CONCEITO:
• A ESPECIALIDADE DO DIREITO PENAL MILITAR
3
• PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR
• 1 – Legalidade (Reserva Legal)
• 2 – Intervenção Mínima (Ultima Ratio ou Subsidiariedade)
• PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR
• 3 – Lesividade (Ofensividade)
• 4 – Adequação Social
4
• PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR
• 5 – Fragmentariedade
• 6 – Insignificância (Bagatela)
• PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR
• 7 – Individualização da Pena
• 8 – Limitação ou Humanidade das Penas
5
• PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR
• 9 – Proporcionalidade
• 10 – Princípio da Responsabilidade Pessoal (Intranscendência da
Pena)
• APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
• Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em
virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de
natureza civil.
• TEMPUS REGIT ACTUM
• ABOLITIO CRIMINIS
• Retroatividade de lei mais benigna
• 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda
quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível.
6
• APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
• Apuração da maior benignidade
• Art. 2º, §2°: Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto
de suas normas aplicáveis ao fato.
• QUESTÃO: MPE/ES/2010: Adaptada – “O CPM admite retroatividade de lei mais benigna e dispõe que a norma penal posterior que favorecer, de
qualquer outro modo, o agente deve ser aplicada retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. O
referido código determina também que, para se reconhecer qual norma é mais benigna, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas
separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato.”
Combinação de leis. É possível?
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
• EMENTA: HABEAS CORPUS. RECLASSIFICAÇÃO TIPOLÓGICA DE CRIME COMUM PARA CRIME MILITAR. AFASTAMENTO DA
INCIDÊNCIA DA LEI N° 8.072/90. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL. LEGITIMIDADE DA DIFERENÇA
DE TRATAMENTO. A diferença de tratamento legal entre os crimes comuns e os crimes militares, mesmo em se tratando de crimes militares
impróprios, não revela inconstitucionalidade, pois o Código Penal Militar não institui privilégios. Ao contrário, em muitos pontos, o tratamento
dispensado ao autor de um delito é mais gravoso do que aquele do Código Penal comum (RE 115.770/RJ). O que se pretende, neste habeas, é a
aplicação do Código Penal Militar apenas na parte que interessa ao paciente. Entretanto, isto representaria a criação de uma norma híbrida, em
parte composta pelo Código Penal Militar e, em outra parte, pelo Código Penal comum. Isto, evidentemente, violaria o princípio da reserva legal
e o próprio princípio da separação de poderes. Ordem parcialmente concedida, apenas para determinar que o juízo das execuções penais analise
se o paciente faz jus à progressão de regime prisional, tendo em vista a declaração de inconstitucionalidade do art. 2º, § 1º, da Lei n° 8.072/90
(HC 82.959/SP).
7
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
• Medidas de segurança
• Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei
vigente ao tempo da execução.
• Foi recepcionado?
• Lei excepcional ou temporária
• Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que
a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
• QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/ EXECUÇÃO DE MANDADOS/STM/2011: A lei penal militar excepcional ou temporária possui disciplinamento diverso do
código penal comum, uma vez que preconiza, de forma expressa, a ultratividade da norma e impõe a incidência da retroatividade da lei penal mais benigna.
• TEMPO DO CRIME
• Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado.
• QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2011: Em relação ao tempo do crime, o Código Penal Militar adotou a teoria da atividade.
• QUESTÃO: DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/DPU/2010: Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade, ao
considerar como tempo do crime tanto o momento da ação ou omissão do agente quanto o momento em que se produziu o resultado.
8
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
• LUGAR DO CRIME
• Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda
que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato
considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida.
• Sistema misto
• QUESTÃO: MPE/ES/2010: No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da ubiquidade para os crimes comissivos e
omissivos, do mesmo modo que o CP.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
• Princípio da extraterritorialidade incondicionada (irrestrita)
QUESTÃO: DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/DPU/2004: O direito penal militar adota a
teoria da extraterritorialidade irrestrita, sendo suficiente, para a sua aplicação, que o
delito praticado constitua crime militar nos termos da lei penal militar nacional,
independentemente da nacionalidade da vítima ou do criminoso, do lugar onde tenha sido
cometido o crime ou do fato de ter havido prévio processo em país estrangeiro.
9
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
Aplicação da lei penal militar quanto às pessoas
Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação dêste Código, qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às fôrças armadas, para nelas servir em pôsto, graduação, ou sujeição
à disciplina militar.
ART. 3º - LEI 6880/80
§ 1° Os militares encontram-se em uma das seguintes situações:
a) na ativa:
I - os de carreira;
II - os incorporados às Forças Armadas para prestação de serviço militar inicial, durante os prazos previstos na legislação que trata do serviço militar, ou durante as prorrogações daqueles prazos;
III - os componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados, reincluídos, designados ou mobilizados;
IV - os alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva; e
V - em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço ativo nas Forças Armadas.
4.307, de 2002)
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
• § 2º Os militares de carreira são os da ativa que, no desempenho voluntário e permanente do serviço militar, tenham vitaliciedade assegurada ou presumida.
• b) na inatividade:
• I - os da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Armadas e percebam remuneração da União, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, mediante convocação ou mobilização; e
• II - os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores estejam dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuem a perceber remuneração da União.
• lll - os da reserva remunerada, e, excepcionalmente, os reformados, executando tarefa por tempo certo,segundo regulamentação para cada Força Armada. (Redação dada pela Lei nº 9.442, de 14.3.1997) (Vide Decreto
nº
• Art. 4º São considerados reserva das Forças Armadas:
• I - individualmente:
• a) os militares da reserva remunerada; e
• b) os demais cidadãos em condições de convocação ou de mobilização para a ativa.
• II - no seu conjunto:
• a) as Polícias Militares; e
• b) os Corpos de Bombeiros Militares.
10
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
Defeito de incorporação
• Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se alegado ou conhecido antes da prática do crime.
Militares dos Estados e competência da Justiça Militar da União
EMENTA. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. MPM. DECISÃO QUE REJEITA, COM BASE NA INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR, A
DENÚNCIA EM FACE DE MILITARES ESTADUAIS QUE COMETERAM, EM TESE, CRIME MILITAR CONTRA MILITAR DAS FFAA. CASSADA
A DECISÃO PARA DECLARAR COMPETENTE A JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO PARA JULGAR O FEITO.
I - É da Justiça Militar da União a competência para julgar o crime que envolve militar federal e militar estadual, considerando que desperta o
interesse da União, sendo seu papel tutelar interesses da Federação como: manutenção da ordem, disciplina e hierarquia nas Corporações Militares
Estaduais e nas FFAA. Precedente Recurso Criminal nº 2002.01.007044-9, julgado em 3/2/2003. STM Num: 0000157-81.2011.7.07.0007 UF: PE
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL E FEDERAL. LESÕES CORPORAIS CULPOSAS.
POLICIAL MILITAR CONTRA CAPITÃO DO EXÉRCITO. BATALHÃO DE INFANTARIA. LOCAL SUJEITO À
ADMINISTRAÇÃO MILITAR FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO.
• 1. Lesões corporais praticadas por policial militar contra capitão do exército, dentro de um batalhão de infantaria, local
sujeito à Administração militar federal, é crime militar de competência da Justiça Militar da União, em face da
qualificação dos envolvidos e também pela proteção que merece o local onde acontecidos os fatos.
• 2. Aplicação da letra "a" do inciso II do art. 9º do Código Penal Militar.
• 3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo Auditor da 1ª Auditoria da 2ª Circunscrição Judiciária Militar da
União em São Paulo, o suscitado.
11
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
• Assemelhado
• Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica,
submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento.
• Comandante
• Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, tôda autoridade com função de direção.
• Superior
• Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual posto ou graduação, considera-se
superior, para efeito da aplicação da lei penal militar.
DO CRIME MILITAR
• Conceito:
• Crime militar e Transgressão Disciplinar
Infrações disciplinares
Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares.
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2011: “No atual Código Penal Militar, são prescritos os
crimes militares e regulamentadas as infrações disciplinares”
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DO CRIME MILITAR
• Conceito:
• Crime militar e Transgressão Disciplinar
Infrações disciplinares
Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares.
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2011: “No atual Código Penal Militar, são prescritos os
crimes militares e regulamentadas as infrações disciplinares”
DO CRIME MILITAR
Classificação doutrinária
• Crimes Militares Próprios
• Crimes Militares Impróprios
• Crimes Tipicamente Militares
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DO CRIME MILITAR
• 11ª QUESTÃO – O Código Penal Militar trata dos crimes militares próprios e dos crimes militares impróprios. Assim, no Estado Democrático de Direito a que estão submetidas todas as Instituições civis e
militares brasileiras do século XXI, o “conceito de crime militar”, apenas se satisfaz completamente, quando compreendemos e julgamos a ação humana praticada, em suas dimensões formal, material e
constitucional. Partindo dessa afirmativa, marque “V”, para as verdadeiras e “F”, para as falsas:
• ( ) Crime militar, impróprio, pode ser praticado por militar da ativa, reserva, reformado e civil, nas mesmas circunstâncias de tempo, modo e lugar.
• ( ) O civil, em regra, não pratica crime propriamente militar, mas pode praticá-lo por exceção.
• ( ) O tráfico e a posse de entorpecentes, por militar estadual, dentro de Unidade Militar Estadual, embora haja previsão em legislação especial penal comum, pode se constituir em crime militar impróprio.
• ( ) O crime militar praticado em lugar sujeito à administração militar, é causa de agravamento da pena.
• Marque a alternativa que contém a sequência de respostas CORRETA, na ordem de
• cima para baixo:
• A. ( ) F, V, V, F.
• B. ( ) V, F, F, V.
• C. ( ) F, V, F, V.
• D. ( ) V, F, V, F.
DO CRIME MILITAR
• Critérios legais Determinantes
• Qual o critério utilizado pelo Código para distinguir o crime comum do crime militar?
14
DO CRIME MILITAR
• Do Crime Militar em Tempo de Paz
• Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
• I - os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou 
nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;
• II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando 
praticados: (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017)
• a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou 
assemelhado;
• b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, 
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
DO CRIME MILITAR
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do lugar sujeito
à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem administrativa militar;
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como tais não
só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos:
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar;
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de Ministério
militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo;
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento,
acantonamento ou manobras;
15
DO CRIME MILITAR
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, ou no
desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando
legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior.
• § 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, 
serão da competência do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017)
• § 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças 
Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no 
contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
• I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo 
Ministro de Estado da Defesa; (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
• II – de ação que envolva asegurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não 
beligerante; ou (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
DO CRIME MILITAR
• III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em 
conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais: (Incluído pela Lei nº 
13.491, de 2017)
• a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
• b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
• c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
• d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
Súmula Vinculante nº 36
Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes de falsificação e de uso de documento falso quando se
tratar de falsificação da Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que expedidas pela
Marinha do Brasil.
16
DO CRIME MILITAR
• QUESTÃO: DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/DPU/2007: “ Compete à justiça militar da União processar e julgar crime doloso contra a vida, praticado por militar do Exército
Brasileiro contra civil, estando aquele em atividade inerente às funções institucionais das Forças Armadas.”
• TEORIAS DO DOLO NO CÓDIGO PENAL MILITAR
• Art. 33. Diz-se o crime:
• I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
• 1 – TEORIA DA VONTADE
• 2 – TEORIA DO ASSENTIMENTO
DO CRIME MILITAR
• QUESTÃO: DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/DPU/2007: “ Compete à justiça militar da União processar e julgar crime doloso contra a vida, praticado por militar do Exército
Brasileiro contra civil, estando aquele em atividade inerente às funções institucionais das Forças Armadas.”
• TEORIAS DO DOLO NO CÓDIGO PENAL MILITAR
• Art. 33. Diz-se o crime:
• I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
• 1 – TEORIA DA VONTADE
• 2 – TEORIA DO ASSENTIMENTO
17
DO CRIME MILITAR
TIPO CULPOSO
II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção, ou diligência ordinária, ou especial, a que estava obrigado em face
das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá-lo
Princípio da Excepcionalidade do Crime Culposo
• Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente.
• QUESTÃO: DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2007: “ O CPM assim como o CP, não tifipica o crime de dano culposo”
DO CRIME MILITAR
• 12ª QUESTÃO – Levando em consideração apenas os dispositivos contidos no artigo 9º do Código Penal Militar, Dec. 1001/69-CPM, no seu aspecto meramente formal, sem
qualquer interferência de posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais, analise as afirmativas abaixo e marque “V”, para as verdadeiras e “F”, para as falsas:
• ( ) O crime de homicídio culposo contra civil, praticado por militar estadual em serviço, será considerado crime militar.
• ( ) O crime de homicídio doloso contra civil, praticado por militar estadual em serviço, será da competência da justiça comum.
• ( ) O crime de homicídio doloso contra militar estadual, praticado por militar estadual em serviço, será considerado crime comum.
• ( ) O crime de homicídio culposo contra militar estadual, praticado por militar estadual em seu período de folga, descanso ou repouso, será considerado crime comum.
• Marque a alternativa que contem a sequência de respostas CORRETAS, na ordem de cima para baixo.
• A. ( ) F, V, V, F.
• B. ( ) V, V, F, F.
• C. ( ) V, F, F, V.
• D. ( ) F, F, V, V.
18
DO CRIME MILITAR
Relação de Causalidade
• Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
• § 1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só,
produziu o resultado. Os fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou.
DO CRIME MILITAR
• Iter Criminis
• Fases:
• 1ª - Cogitação (cogitatio)
• 2ª - Preparação (conatus remotus)
• 3ª - Execução (conatus proximus)
• 4ª - Consumação (summatum opus)
• 5ª - Exaurimento
• Teoria adotada pelo CPM: OBJETIVO-FORMAL
19
DO CRIME MILITAR
Tentativa
Art. 30. Diz-se o crime
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Pena de tentativa
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços, podendo o
juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado.
DO CRIME MILITAR
Tentativa
Art. 30. Diz-se o crime
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Pena de tentativa
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços, podendo o
juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado.
20
DO CRIME MILITAR
EMENTA. Embargos. Tentativa de homicídio. Caso de excepcional gravidade.
Apenação correspondente ao crime consumado. Vingança. Motivo torpe.
Descaracterização. Agente que movido por sentimento de vingança resolve
eliminar, deixando, porém, paraplégica a pessoa que imaginava tivesse sido a
autora das injustas e fortes agressões por ele sofridas, não há como
identificar-se, em tal reação, por si só, um ato de torpeza e nem assim
descreveu a denúncia. Tal atitude resulta, entretanto, excepcional gravidade,
merecendo a pena do crime consumado. Unânime, rejeitados os embargos do
Ministério Público Militar e, por maioria, não acolhidos os embargos da defesa. Num:
2003.01.049006-3 UF: MS
Proc: EMB(FO) - EMBARGOS (FO) Cód. 160 - STM
DO CRIME MILITAR
• Arrependimento posterior
• O Código Penal Castrense encampa a teoria do arrependimento posterior?
• QUESTÃO: DPU/2007: “O direito penal militar contempla o arrependimento posterior como
causa obrigatória de redução de pena.”
21
DO CRIME MILITAR
ILICITUDE
CONCEITO:
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE:
Exclusão de crime
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento do dever legal;
IV - em exercício regular de direito.
Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os
subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o
saque.
DO CRIME MILITAR
QUESTÃO: MPE/ES/2010: “No direito penal militar, o consentimento do ofendido está entre as
causas expressas excludentes de ilicitude e apresenta como peculiaridade, nesse sistema penal, a
possibilidade de ocorrer antes ou após a prática da infração.”
ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou
alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o
mal causado, por sua natureza e importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o
agente não era legalmente obrigado a arrostar o perigo.
22
DO CRIME MILITAR
TEORIAS SOBRE O ESTADO DE NECESSIDADE
Código Penal Brasileiro (CPB)
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
DO CRIME MILITAR
Estado de necessidade,com excludente de culpabilidade
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado por estreitas
relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, sacrifica
direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível conduta diversa.
Estado de necessidade, como excludente do crime Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal
causado, por sua natureza e importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente obrigado
a arrostar o perigo.
23
DO CRIME MILITAR
• QUESTÃO: MPE/ES/2010: “No sistema penal militar, o estado de necessidade segue a
teoria diferenciadora do direito penal alemão, que faz o balanço dos bens e interesses em
conflito. O estado de necessidade pode ser exculpante ou justificante. O primeiro é causa de
exclusão da culpabilidade e o segundo, de exclusão de ilicitude.”
• QUESTÃO: DPU/2004: “No direito castrense, o estado de necessidade pode constituir causa
de exclusão da culpabilidade do delito.”
DO CRIME MILITAR
Excludente de ilicitude do Comandante
Exclusão de crime
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato
Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave
calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar
o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque.
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIARIO/STM/2004: “A legislação penal militar admite o uso, em situação especial, de meios violentos por parte
do comandante para compelir os subalternos a executar serviços e manobras urgentes, para evitar o desânimo, a desordem ou o saque.”
24
DO CRIME MILITAR
• Excesso nas causas de justificação
EXCESSO EXCULPANTE
Art. 45, COM
Excesso escusável
Parágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de escusável surpresa ou perturbação de ânimo, em face da situação.
QUESTÃO: MPE/ES/2010: “O excesso culposo, nas descriminantes legais, tem idêntico disciplinamento no direito penal militar e no direito
penal comum, sendo o excesso intensivo, em qualquer caso, excludente de culpabilidade do agente.”
DO CRIME MILITAR
• QUESTÃO: MPE/ES/2010: “Para a caracterização do crime contra a autoridade ou disciplina militar, é
irrelevante o fato de o agente ter ou não conhecimento da condição de superior do outro militar atingido
e consciência de que está infringindo as regras de disciplina e hierarquia militar.”
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DO CRIME MILITAR
CULPABILIDADE
Elementos:
1 – Imputabilidade
2 – Potencial Consciência da Ilicitude
3 – Exigibilidade de Conduta Diversa
DO CRIME MILITAR
Potencial Consciência da Ilicitude
Erro de Direito
Art. 35. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o agente, salvo em se tratando de crime que atente contra o
dever militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, se escusáveis.
Há domínio da situação fática
Não tem consciência de que se trata de um comportamento proibido.
Semelhança e Diferença para o tratamento do Erro de Proibição do Código Penal
26
DO CRIME MILITAR
Erro de Fato
Art. 36. É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por erro plenamente escusável, a inexistência de circunstância de fato que o constitui ou a
existência de situação de fato que tornaria a ação legítima.
Erro culposo
§1º Se o erro deriva de culpa, a este título responde o agente, se o fato é punível como crime culposo
Causas Legais de exclusão da Culpabilidade
Coação Irresistível (art. 38)
Obediência Hierárquica (art. 38)
Estado de Necessidade Exculpante ( art. 39)
Excesso Escusável (art. 45)
DO CRIME MILITAR
Art. 38. Não é culpado quem comete o crime:
Coação irresistível
a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo a própria vontade;
Obediência hierárquica
b) em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico, em matéria de serviços.
1° Responde pelo crime o autor da coação ou da ordem.
2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da
execução, é punível também o inferior.
QUESTÃO: DPU/2004: “Admite-se a coação moral irresistível como causa de exclusão da culpabilidade no crime de deserção.”
27
DO CRIME MILITAR
• ESTADO DE NECESSIDADE EXCULPANTE
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado
por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou, nem podia
de outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que não
lhe era razoavelmente exigível conduta diversa.
CONCURSO DE AGENTES
• Crimes Unissubjetivos:
• Crimes Plurissubjetivos
• TEORIAS SOBRE O CONCURSO DE PESSOAS
• 1 – Teoria Monista (Monística ou Unitária ou Igualitária
28
CONCURSO DE AGENTES
Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime
incide nas penas a este cominadas.
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: O CPM, ao
estabelecer que aquele que, de qualquer modo, concorrer
para o crime incidirá nas penas a este cominadas, adotou, em
matéria de concurso de agentes, a teoria monista.”
CONCURSO DE AGENTES
2 – Teoria Dualista
Autor X Partícipe
Exemplo: Motim
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la;
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência;
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, contra superior;
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou
aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou prática de
violência, em desobediência a ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar:
Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um terço para os cabeças.
29
CONCURSO DE AGENTES
Incitamento
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito à administração militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado,
fotocopiado ou gravado, em que se contenha incitamento à prática dos atos previstos no artigo.
3 – Teoria Pluralista
Corrupção passiva
Art. 308. Receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
CONCURSO DE AGENTES
Corrupção ativa
Art. 309. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou vantagem indevida para a prática, omissão ou retardamento de ato
funcional:
Pena - reclusão, até oito anos.
REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS:
A) Pluralidade de pessoas e de condutas
B) Relevância causal de cada conduta
C) Liame subjetivo ou psicológico entre as pessoas
D) Identidade de infração penal
30
CONCURSO DE AGENTES
COMUNICABILIDADE E INCOMUNICABILIDADE DE CONDIÇÕES PESSOAIS
Condições ou circunstâncias pessoais
Art. 53, § 1º: A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, determinando-se segundo a sua própria
culpabilidade. Não se comunicam, outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Elementares:
QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: “ O CPM estabelece que não se comunicam as condições ou circunstâncias de caráterpessoal, exceto quando elementares do crime, o que significa dizer que responde por crime comum a pessoa civil que, juntamente com um
militar, cometa, por exemplo, crime de peculato tipificado no CPM.”
CONCURSO DE AGENTES
OFENSA AVILTANTE A INFERIOR - Concurso de agentes - Co-autor estranho à Carreira
Militar - Irrelevância.
I - Circunstâncias elementares do crime consistentes na
condição de militar e de superior que se comunicam.
II - Aplicação do art. 53, §
1º, "in fine", do CPM. III - Recurso provido para, desconstituindo-se a Decisão
atacada, receber-se a Denúncia na parcela relativa à subsunção da conduta, em
tese, do Funcionário Civil denunciado ao art. 176, do CPM, determinando-se a
baixa dos autos à origem para o prosseguimento do Feito. IV - Decisão unânime. 2000.01.006744-8
UF: RJ Decisão: 14/09/2000
Proc: RSE(FO) - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (FO) Cód. 320. STM.
31
CONCURSO DE AGENTES
HC 81438 / RJ - RIO DE JANEIRO
HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. NELSON JOBIM
Julgamento: 11/12/2001 Órgão Julgador: Segunda Turma
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME MILITAR. DENÚNCIA. 
ATIPICIDADE. CONCURSO DE AGENTES. MILITAR E FUNCIONÁRIO CIVIL. CIRCUNSTÂNCIA DE 
CARÁTER PESSOAL, ELEMENTAR DO CRIME. APLICAÇÃO DA TEORIA MONISTA. Denúncia que 
descreve fato típico, em tese, de forma circunstanciada, e faz adequada qualificação dos acusados, não 
enseja o trancamento da ação penal. Embora não exista hierarquia entre um sargento e um funcionário 
civil da Marinha, a qualidade de superior hierárquico daquele em relação à vítima, um soldado, se 
estende ao civil porque, no caso, elementar do crime. Aplicação da teoria monista. Inviável o pretendido 
trancamento da ação penal. HABEAS indeferido.
CONCURSO DE AGENTES
• PARTICIPAÇÃO
• Teoria Adotada pelo Código Penal Militar
• Impunibilidade na Participação.
• Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em contrário, não são
puníveis se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
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CONCURSO DE AGENTES
• CABEÇAS
• Art. 53
• § 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou excitam
a ação.
• § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes considerados cabeças, assim como os
inferiores que exercem função de oficial.
• QUESTÃO: DPU/2007: “ Embora o CPM tenha se filiado à teoria da equivalência dos antecedentes causais (conditio sine
qua non), consideram-se cabeça, nos crimes de autoria coletiva necessária, os oficiais ou inferiores que exercem função de
oficial.”
CONCURSO DE AGENTES
• QUESTÃO: DPU/2001: “O oficial militar que, em concurso com praças, vier a
praticar um crime de autoria coletiva necessária não será considerado
cabeça somente em decorrência do princípio da hierarquia com os inferiores”
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PENAS
• MODELO SANCIONATÓRIO ADOTADO
• PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
PRINCIPAIS
PENAS
ACESSÓRIAS
PESSOAIS
• MEDIDAS DE SEGURANÇA
PATRIMONIAIS
PENAS
• PENAS PRINCIPAIS:
• 1 – MORTE
• 2 – RECLUSÃO
• 3 – DETENÇÃO PRIVATIVAS DE LIBERDADE
• 4 – PRISÃO
• 5 – IMPEDIMENTO RESTRITIVA DE LIBERDADE
• 6 – SUSPENSÃO
• RESTRITIVAS DE DIREITOS
• 7 - REFORMA
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PENAS
• PENAS
• QUESTÃO: DPU/2010: “O CPM dispõe sobre hipóteses de crimes militares, próprios e impróprios, e sobre infrações disciplinares
militares. Entre as sanções penais, está expressa a possibilidade de se aplicar a pena de multa nos casos de delitos de natureza
patrimonial ou de infração penal que cause prejuízos financeiros à administração militar.”
• QUESTÃO: MPE/ES/2010: “Nos casos de crimes militares, a pena de multa somente poderá ser imposta aos autores de delitos militares
impróprios, por expressa disposição contida no CPM.”
• QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2011: “ Nos termos das disposições gerais do CPM, é cabível para os crimes militares a
cominação das penas privativas de liberdade, restritivas de direitos e multa, conforme também prevê o Código Penal Comum.”
• PENAS
• PENA DE MORTE
• AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL
• PREVISÃO LEGAL:
• FORMA DE EXUCUÇÃO:
• QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: “A legislação penal militar estabelece que a pena de morte é executada por
fuzilamento e que, nessa situação, o condenado militar deverá deixar a prisão com o uniforme sem as insígnias, e o
condenado civil deverá estar vestido decentemente, devendo ambos os condenados estar de olhos vendados no momento da
execução, salvo se o recusarem.”
35
•PENAS
•PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
•Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o
máximo de trinta anos; o mínimo da pena de detenção é de
trinta dias, e o máximo de dez anos.
• PENAS
• PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE APLICADA A MILITAR
• Art. 59 - A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida em pena de prisão e
cumprida, quando não cabível a suspensão condicional: (Redação dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978)
• I - pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar;
• II - pela praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos que estejam cumprindo pena disciplinar
ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos.
• QUESTÃO: DPU/2004: “ A pena de reclusão superior a dois anos somente será cumprida pelo oficial em estabelecimento
prisional civil após ser declarada a perda do posto e da patente.”
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• PENAS
• ART. 2º, § ÚNICO, LEP
• Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça
Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária.
• SÚMULA 192, STJ:
• COMPETE AO JUIZO DAS EXECUÇÕES PENAIS DO ESTADO A EXECUÇÃO DAS PENAS IMPOSTAS
A SENTENCIADOS PELA JUSTIÇA FEDERAL, MILITAR OU ELEITORAL, QUANDO RECOLHIDOS
A ESTABELECIMENTOS SUJEITOS A ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL.
• PENAS
• PENA DE IMPEDIMENTO
• Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da
unidade, sem prejuízo da instrução militar.
• QUESTÃO: MPE/ES/2010: “ A pena de impedimento prevista no CPM é aplicável a
qualquer crime militar, próprio ou impróprio, desde que seja inferior a dois anos. Essa
pena obsta o exercício das funções policiais e militares pelo prazo mínimo de dois anos,
submetendo o apenado, quando se tratar de oficial, à pena acessória de perda do posto.”
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• PENAS
• PENAS ACESSÓRIAS
• PERDA DO POSTO E PATENTE
• OFICIAIS INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO
• INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO
• PRAÇAS EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS
• PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA
• CIVIS
• INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA
• SUSPENSÃO PODER FAMILIAR, TUTELA OU CURATELA/DIREITOS POLÍTICOS
• PENAS
• MEDIDAS DE SEGURANÇA
• Espécies de medidas de segurança
• Art. 110. As medidas de segurança são pessoais ou patrimoniais. As da primeira espécie subdividem-se em detentivas
e não detentivas. As detentivas são a internação em manicômio judiciário e a internação em estabelecimento psiquiátrico
anexo ao manicômio judiciário ou ao estabelecimento penal, ou em seção especial de um ou de outro. As não detentivas são
a cassação de licença para direção de veículos motorizados, o exílio local e a proibição de freqüentar determinados lugares.
As patrimoniais são a interdição de estabelecimento ou sede de sociedade ou associação, e o confisco.
• DETENTIVAS
• PESSOAIS
• NÃO-DETENTIVAS
• PATRIMONIAIS
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PENAS
QUESTÃO: DPU/2001: “ O estatuto penal militar vigente não contempla as medidas de segurança de
natureza patrimonial.”
Súmula 527, STJ: “O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da
pena abstratamente cominada ao delito praticado.”
Exílio local
Art. 116. O exílio local, aplicável quando o juiz o considera necessário como medida preventiva, a
bem da ordem pública ou do próprio condenado, consiste na proibição de que este resida ou permaneça,
durante um ano, pelo menos, na localidade, município ou comarca em que o crime foi praticado.Parágrafo único. O exílio deve ser cumprido logo que cessa ou é suspensa condicionalmente a
execução da pena privativa de liberdade.
• PENAS ACESSÓRIAS
• Não se trata de substituição de penas principais
• A aplicação depende da imposição de uma pena principal
• São aplicadas cumulativamente com as penas principais, de acordo com a natureza do crime
• Rol taxativo de penas acessórias (art. 98, CPM)
39
PENAS ACESSÓRIAS
1 – PERDA DO POSTO E DA PATENTE (Art. 99, CPM)
Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tempo
superior a dois anos, e importa a perda das condecorações.
OBS.: Art. 142, §3º, inciso VI, CRFB
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível,
por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em
tempo de guerra
PENAS ACESSÓRIAS
2 – DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO (Art. 100, CPM)
Art. 100. Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes
de traição, espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303,
304, 311 e 312.
QUESTÃO: DPU/2004: “ Considere que um tenente, estando de serviço, em área fora da administração militar, tenha
constrangido uma mulher à prática de conjunção carnal, mediante grave ameaça, e por isso tenha sido preso em flagrante
e denunciado pela prática do crime previsto no art. 232, CPM (estupro). Considere ainda que, durante o processo, tenha sido
juntada aos autos certidão de casamento do referido tenente com a vítima, fato ocorrido após o dia do delito. Em face dessas
considerações e com base no CPM, julgue o item que se segue:
Se o oficial for condenado pelo crime em tela, será declarado indigno para o oficialato.
40
PENAS ACESSÓRIAS
Ementa: “Representação para declaração de indignidade. Condenação de oficial à pena
privativa de liberdade superior a 02 (dois) anos. Sentença transitada em julgado.
Concussão. Ofensa aos preceitos éticos e morais. Inviabilidade da permanência do oficial
na Força. Fato atinge o decoro e o pundonor militar. Procedência do pedido para
declarar o militar oficial indigno do oficialato, com a perda do seu posto e patente, na
forma do art. 142, § 3º, VI e VII, da CF.” STM, RDIIOF 0000040-09.2011.7.00.0000 - DF
PENAS ACESSÓRIAS
3 – DECLARAÇÃO DE INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO (Art. 101, CPM)
Art. 101. Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o oficialato o militar condenado nos crimes dos arts. 141 e 142.
Entendimento para gerar conflito ou divergência com o Brasil
Art. 141. Entrar em entendimento com país estrangeiro, ou organização nêle existente, para gerar conflito ou divergência de caráter
internacional entre o Brasil e qualquer outro país, ou para lhes perturbar as relações diplomáticas:
Pena - reclusão, de quatro a oito anos.
Art. 142. Tentar:
I - submeter o território nacional, ou parte dele, à soberania de país estrangeiro;
II - desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, o território nacional, desde que o fato atente contra a segurança
externa do Brasil ou a sua soberania;
III - internacionalizar, por qualquer meio, região ou parte do território nacional:
Pena - reclusão, de quinze a trinta anos, para os cabeças; de dez a vinte anos, para os demais agentes.
41
PENAS ACESSÓRIAS
4 – EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS
Exclusão das forças armadas
Art. 102. A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a dois anos, importa sua
exclusão das forças armadas.
Art. 125, § 4º, CRFB: “Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do
posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.”
PENAS ACESSÓRIAS
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. MILITAR.
EXCLUSÃO DA CORPORAÇÃO. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE DE 12 (DOZE) ANOS DE RECLUSÃO PELA PRÁTICA DO CRIME
DE HOMICÍDIO QUALIFICADO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. 1. Compete à Justiça Militar Estadual decidir sobre a perda da
graduação de praças somente quando se tratar de crimes militares. 2. No caso sub examine, o recorrente foi condenado à pena de 12
(doze) anos de reclusão, pela prática do crime homicídio qualificado, e como efeito secundário dessa condenação, perdeu a função de
policial militar, sem a necessidade de instauração de procedimento específico para esse fim. Precedente: RE 605.917-ED/SC, Rel. Min.
Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 22/6/2012. 3. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “CRIMINAL – HOMICÍDIO
QUALIFICADO – DECISÃO QUE NÃO SE APRESENTA MANIFESTAMENTE CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS – CONDENAÇÃO
MANTIDA – PERDA DO CARGO PÚBLICO – MANUTENÇÃO. Encontrando o veredicto apoio no conjunto probatório, a sentença deve ser
confirmada, não havendo falar-se em decisão manifestamente contrária à prova dos autos. A perda do cargo público constitui efeito da
condenação, quando a pena privativa de liberdade é superior a 04 (quatro) anos de reclusão, sendo decidida tal questão – Perda do cargo
público -, pelo Tribunal Militar apenas em caso de cometimento de crime militar, o que não se verifica na espécie. Desprovimento ao
recurso que se impõe” (fl. 132 do volume 3 dos autos eletrônicos). 4. Agravo regimental DESPROVIDO. ARE 742879 AgR / MG - MINAS
GERAIS - STF
42
PENAS ACESSÓRIAS
E M E N T A: CRIME DE TORTURA – CONDENAÇÃO PENAL IMPOSTA A OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR – PERDA DO
POSTO E DA PATENTE COMO CONSEQUÊNCIA NATURAL DESSA CONDENAÇÃO (LEI Nº 9.455/97, ART. 1º, § 5º) –
INAPLICABILIDADE DA REGRA INSCRITA NO ART. 125, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO, PELO FATO DE O CRIME DE
TORTURA NÃO SE QUALIFICAR COMO DELITO MILITAR – PRECEDENTES – SEGUNDOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO – INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO – PRETENSÃO RECURSAL QUE
VISA, NA REALIDADE, A UM NOVO JULGAMENTO DA CAUSA – CARÁTER INFRINGENTE – INADMISSIBILIDADE –
PRONTO CUMPRIMENTO DO JULGADO DESTA SUPREMA CORTE, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO
RESPECTIVO ACÓRDÃO, PARA EFEITO DE IMEDIATA EXECUÇÃO DAS DECISÕES EMANADAS DO TRIBUNAL
LOCAL – POSSIBILIDADE – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS. TORTURA – COMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA COMUM – PERDA DO CARGO COMO EFEITO AUTOMÁTICO E NECESSÁRIO DA CONDENAÇÃO PENAL.
- O crime de tortura, tipificado na Lei nº 9.455/97, não se qualifica como delito de natureza castrense, achando-se incluído,
por isso mesmo, na esfera de competência penal da Justiça comum (federal ou local, conforme o caso), ainda que
praticado por membro das Forças Armadas ou por integrante da Polícia Militar. Doutrina. Precedentes. - A perda do
cargo, função ou emprego público – que configura efeito extrapenal secundário – constitui consequência necessária que
resulta, automaticamente, de pleno direito, da condenação penal imposta ao agente público pela prática do crime de
tortura, ainda que se cuide de integrante da Polícia Militar, não se lhe aplicando, a despeito de tratar-se de Oficial da
Corporação, a cláusula inscrita no art. 125, § 4º, da Constituição da República. Doutrina. Precedentes.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – UTILIZAÇÃO PROCRASTINATÓRIA – EXECUÇÃO IMEDIATA – POSSIBILIDADE. - A
reiteração de embargos de declaração, sem que se registre qualquer dos pressupostos legais de embargabilidade (CPP, art.
620), reveste-se de caráter abusivo e evidencia o intuito protelatório que anima a conduta processual da parte recorrente. -
O propósito revelado pelo embargante, de impedir a consumação do trânsito em julgado de decisão que lhe foi desfavorável
– valendo-se, para esse efeito, da utilização sucessiva e procrastinatória de embargos declaratórios incabíveis –, constitui
fim que desqualifica o comportamentoprocessual da parte recorrente e que autoriza, em consequência, o imediato
cumprimento da decisão emanada desta Suprema Corte, independentemente da publicação do acórdão consubstanciador do
respectivo julgamento. AI 769637
PENAS ACESSÓRIAS
5 – PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA (Art. 103, CPM)
Art. 103. Incorre na perda da função pública o assemelhado ou o civil:
I - condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violação de dever inerente à função
pública;
II - condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos.
Parágrafo único. O disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, se estiver no exercício de função pública
de qualquer natureza.
QUESTÃO: ANALISTA/STM/2004: “De acordo com a legislação penal militar, a condenação da praça e a do civil a pena
privativa de liberdade superior a dois anos, implicam, respectivamente, a exclusão do militar das Forças Armadas e a
perda da função pública ao civil”
43
PENAS ACESSÓRIAS
6 – INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA (Art. 104, CPM)
Art. 104. Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo de dois até vinte anos, o
condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou
violação do dever militar ou inerente à função pública.
Termo inicial
Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa ao termo da execução
da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou da data em que
se extingue a referida pena.
PENAS ACESSÓRIAS
7 – SUSPENSÃO DO PÁTRIO PODER, TUTELA E CURATELA (Art. 105, CPM)
Art. 105. O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja qual for o
crime praticado, fica suspenso do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, enquanto
dura a execução da pena, ou da medida de segurança imposta em substituição (art.
113).
Suspensão provisória
Parágrafo único. Durante o processo pode o juiz decretar a suspensão provisória do
exercício do pátrio poder, tutela ou curatela.
44
PENAS ACESSÓRIAS
8 – SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS (Art. 106, CPM)
Art. 106. Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da medida de
segurança imposta em substituição, ou enquanto perdura a inabilitação para
função pública, o condenado não pode votar, nem ser votado.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
PUNIBILIDADE
É Exclusiva do Estado?
CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
• Situações expressamente previstas em lei
• Rol de causas de extinção da punibilidade distinto do rol previsto no Código Penal Comum
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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NA PARTE GERAL DO CPM
• MORTE
• ANISTIA
• INDULTO
• ABOLITIO CRIMINIS
• PRESCRIÇÃO
• REABILITAÇÃO
• RESSARCIMENTO DO DANO NO PECULATO CULPOSO
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NA PARTE ESPECIAL
PERDÃO JUDICIAL NA RECEPTAÇÃO CULPOSA
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Art. 123, Parágrafo único. A extinção da punibilidade de crime, que é pressuposto,
elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro, não se estende a este. Nos
crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros,
a agravação da pena resultante da conexão.
QUESTÃO: MPE/ES/2010: Nas infrações penais conexas, especificamente em relação aos
crimes militares próprios, a declaração de extinção da punibilidade de um dos delitos
impede que este agrave a pena resultante dos demais delitos da conexão.
46
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
1 – MORTE DO AGENTE
• Princípio da Intranscendência da pena
• Certidão de óbito
2 – ANISTIA (CLEMÊNCIA SOBERANA ou INDULGÊNCIA PRINCIPIS)
• Concedida por meio do Congresso Nacional
• É irrevogável
• Tem por objeto fatos e não pessoas
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
• Efeitos retroativos (ex tunc)
• Não se aplica à crimes hediondos e equiparados
3 – INDULTO
• Concedido mediante decreto presidencial ou por outra autoridade no exercício de delegação
• Fulmina apenas a pretensão executória
4 – GRAÇA
• Não há previsão expressa de extinção da punibilidade pela “Graça”
47
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
5 – ABOLITIO CRIMINIS
• Afasta todos os efeitos penais
• E quando não houver o trânsito em julgado?
6 – REABILITAÇÃO
• É causa que extingue a punibilidade!!
• Art. 134. A reabilitação alcança quaisquer penas impostas por sentença definitiva.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
• Prazo exigido para requerer habilitação
Art. 134, §1º A reabilitação poderá ser requerida decorridos cinco anos do dia em que for extinta, de
qualquer modo, a pena principal ou terminar a execução desta ou da medida de segurança aplicada em
substituição (art. 113), ou do dia em que terminar o prazo da suspensão condicional da pena ou do
livramento condicional, desde que o condenado:
a) tenha tido domicílio no País, no prazo acima referido;
b) tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e
privado;
c) tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre absoluta impossibilidade de o fazer até o dia
do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.
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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
QUESTÃO: DPU/2007: O prazo para requerer a reabilitação, após o cumprimento ou a extinção da pena,
é idêntico no processo penal comum e no processo penal militar.
• Negada a reabilitação, há prazo para novo requerimento?
7 – RESSARCIMENTO DO DANO NO PECULATO CULPOSO
Momento: até o trânsito em julgado
Art. 303, § 4º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede a sentença irrecorrível,
extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
QUESTÃO: DPU/2010: No peculato culposo, a reparação do dano, antes da sentença irrecorrível, acarreta
a extinção da punibilidade do agente, tanto no CP como no CPM.
8 – PERDÃO JUDICIAL
Receptação culposa
Art. 255. Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela manifesta desproporção entre o valor e
o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso:
Pena - detenção, até um ano.
Parágrafo único. Se o agente é primário e o valor da coisa não é superior a um décimo do salário mínimo,
o juiz pode deixar de aplicar a pena.
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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
9 – PRESCRIÇÃO
CONCEITO
Art. 133. A prescrição, embora não alegada, deve ser declarada de ofício.
Espécies de prescrição
Art. 124. A prescrição refere-se à ação penal ou à execução da pena.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
PRESCRIÇÃO DA PENA EM ABSTRATO
Art. 125. A prescrição da ação penal, salvo o disposto no § 1º deste artigo, regula-se pelo máximo da pena
privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
I - em trinta anos, se a pena é de morte;
II - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
III - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não excede a doze;
IV - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito;
V - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e não excede a quatro;
VI - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VII - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano.
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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
QUESTÃO: DPU/2004: A prescrição da ação penal dos crimes aos quais é cominada pena de morte se dá em vinte anos.
Termo inicial da prescrição da ação penal
§ 2º A prescrição da ação penal começa a correr:
a) do dia em que o crime se consumou;
b) no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa;
c) nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência;
d) nos crimes de falsidade, da data em que o fato se tornou conhecido.
CAUSAS SUSPENSIVAS:
Art. 125, § 4º A prescrição da ação penal não corre:
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime;
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
QUESTÃO: DPU/2007: No processo penal militar,efetivada a citação por edital, não comparecendo o réu, nem constituindo
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada
de provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar a prisão preventiva.
CAUSAS INTERRUPTIVAS
Art. 125, §5º O curso da prescrição da ação penal interrompe-se:
I - pela instauração do processo;
II - pela sentença condenatória recorrível.
QUESTÃO: ANALISTA/STM/2004: A extinção da punibilidade dá-se, entre outras causas, pela prescrição, a qual, no curso da
ação penal, é interrompida pela instauração do processo, pela sentença condenatória recorrível e pela prática de outro
crime pelo acusado.
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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Art. 125, § 6º: A interrupção da prescrição produz efeito relativamente a todos os autores do crime; e nos crimes conexos, que
sejam objeto do mesmo processo, a interrupção relativa a qualquer deles estende-se aos demais.
CAUSA DE REDUÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL
Art. 129. São reduzidos de metade os prazos da prescrição, quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de vinte e um
anos ou maior de setenta.
Obs.: PRESCRIÇÃO VIRTUAL: Súmula 438, STJ:
“É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética,
independentemente da existência ou sorte do processo penal.”
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
REGRAS ESPECIAIS DE PRESCRIÇÃO
Art. 127. Verifica-se em quatro anos a prescrição nos crimes cuja pena cominada, no máximo, é de reforma ou de suspensão
do exercício do posto, graduação, cargo ou função.
Art. 130. É imprescritível a execução das penas acessórias.
PRESCRIÇÃO NO CRIME DE INSUBMISSÃO
Art. 131. A prescrição começa a correr, no crime de insubmissão, do dia em que o insubmisso atinge a idade de trinta anos.
PRESCRIÇÃO NO CRIME DE DESERÇÃO
Art. 132. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só extingue a punibilidade quando o desertor
atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de sessenta.
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EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
QUESTÃO: ANALISTA/STM/2011: A prescrição da ação penal militar, de regra, regula-se pelo
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, possuindo natureza jurídica de
causa extintiva da punibilidade Entretanto, no crime de deserção, o sistema do CPM configura
duas hipóteses para a questão da prescrição, ora aplicando a norma geral, ora estabelecendo
norma especial, previstas igualmente no estatuto castrense.
QUESTÃO: DPU/2004: Se um oficial da Aeronáutica desertasse aos 25 anos de idade e fosse
capturado 25 anos depois, a ação penal já se encontraria prescrita em abstrato, pois o crime de
deserção possui pena máxima de 2 anos.
PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
VISÃO PRINCIPIOLÓGICA
DO MOTIM E DA REVOLTA
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la;
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência;
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, contra superior;
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de qualquer dêles, hangar, aeródromo
ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou
prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar:
Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um terço para os cabeças.
Revolta
Parágrafo único. Se os agentes estavam armados:
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de um terço para os cabeças.
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PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Violência contra superior
Art. 157. Praticar violência contra superior:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
Formas qualificadas
§ 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general:
Pena - reclusão, de três a nove anos
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um têrço.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime contra a pessoa.
§ 4º Se da violência resulta morte:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em serviço.
Violência contra militar de serviço
Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou plantão:
Pena - reclusão, de três a oito anos.
PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Deserção
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada.
Casos assimilados
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que:
I - não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, findo o prazo de trânsito ou férias;
II - deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de oito dias, contados daquele em que termina ou é cassada a licença ou
agregação ou em que é declarado o estado de sítio ou de guerra;
III - tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de oito dias;
IV - consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando incapacidade.
Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, II e III:
Atenuante especial
I - se o agente se apresenta voluntariamente dentro em oito dias após a consumação do crime, a pena é diminuída de metade; e de um terço,
se de mais de oito dias e até sessenta;
Agravante especial
II - se a deserção ocorre em unidade estacionada em fronteira ou país estrangeiro, a pena é agravada de um terço.
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PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Aumento de pena
§ 3o A pena é aumentada de um terço, se se tratar de sargento, subtenente ou suboficial, e de metade, se
oficial.
Concerto para deserção
Art. 191. Concertarem-se militares para a prática da deserção:
I - se a deserção não chega a consumar-se:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Modalidade complexa
II - se consumada a deserção:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Abandono de posto
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, ou o
serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Exercício de comércio por oficial
Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade comercial,
ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista ou cotista em sociedade anônima, ou por cotas de
responsabilidade limitada:
Pena - suspensão do exercício do pôsto, de seis meses a dois anos, ou reforma.
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PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Concussão
Art. 305. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la,
mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Excesso de exação
Art. 306. Exigir imposto, taxa ou emolumento que sabe indevido, ou, quando devido, empregar na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Reunião ilícita
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou
assunto atinente à disciplina militar:
Pena - detenção, de seis meses a um ano a quem promove a reunião; de dois a seis meses a quem dela
participa, se o fato não constitui crime mais grave.
Publicação ou crítica indevida
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar
publicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do
Governo:
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
56
PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENALMILITAR
Recusa de obediência
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço,
ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução:
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Oposição a ordem de sentinela
Art. 164. Opor-se às ordens da sentinela:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Desacato a superior
Art. 298. Desacatar superior, ofendendo lhe a dignidade ou o decoro, ou procurando deprimir lhe a autoridade:
Pena - reclusão, até quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Agravação de pena
Parágrafo único. A pena é agravada, se o superior é oficial general ou comandante da unidade a que pertence o
agente.
Desacato a militar
Art. 299. Desacatar militar no exercício de função de natureza militar ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui outro crime.
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PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Desobediência
Art. 301. Desobedecer a ordem legal de autoridade militar:
Pena - detenção, até seis meses.
Ingresso clandestino
Art. 302. Penetrar em fortaleza, quartel, estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar ou em outro lugar
sujeito à administração militar, por onde seja defeso ou não haja passagem regular, ou iludindo a vigilância da
sentinela ou de vigia:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave
PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Recusa de obediência
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a dever
imposto em lei, regulamento ou instrução:
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Rigor excessivo
Art. 174. Exceder a faculdade de punir o subordinado, fazendo-o com rigor não permitido, ou ofendendo-o por
palavra, ato ou escrito:
Pena - suspensão do exercício do posto, por dois a seis meses, se o fato não constitui crime mais grave.
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PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Violência contra inferior
Art. 175. Praticar violência contra inferior:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Resultado mais grave
Parágrafo único. Se da violência resulta lesão corporal ou morte é também aplicada a pena do crime contra a pessoa,
atendendo-se, quando fôr o caso, ao disposto no art. 159.
Ofensa aviltante a inferior
Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se considere aviltante:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no parágrafo único do artigo anterior
PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR
Estupro
Art. 232. Constranger mulher a conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:
Pena - reclusão, de três a oito anos, sem prejuízo da correspondente à violência.
Atentado violento ao pudor
Art. 233. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a presenciar, a praticar ou permitir que com ele pratique
ato libidinoso diverso da conjunção carnal:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, sem prejuízo da correspondente à violência.
Pederastia ou outro ato de libidinagem
Art. 235. Praticar, ou permitir o militar que com ele se pratique ato libidinoso, homossexual ou não, em lugar sujeito a administração
militar:
Pena - detenção, de seis meses a um ano.
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ZERO UM CONSULTORIA
(61) 9 9324-7504
Prof. João Paulo Ladeira

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