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Crioterapia: Terapia através do frio

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Crioterapia 
Existem diversas técnicas com baixa temperatura, como por exemplo, saco de gelo, blsa térmica, spray, 
massagem com gelo, crioalongamento, criocinesio, etc. 
 
Razões para o uso 
• De baxio custo; 
• Fácil de ser obtido; 
• Prático; 
• Eficaz. 
 
Crioterapia significa: 
“.. Terapia através do frio” – independe da forma (Knight, 2000) 
“...Apesar das diversas formas de resfriamento, os ganhos mais importantes serão obtidos com gelo 
triturado” (Lou e Reed, 1996) – A quantidade de gelo tem que ser de 2 a 3x maior que a área da lesão, e o 
gelo triturado se adapta melhor a região da lesão. Se começar a derreter o gelo, tem que trocar para 
manter a temperatura entre 5º a 15ºC. 
 
Resposta dos tecidos ao frio 
• A temperatura da pele cai muito rapidamente, gerando muito desconforto no início; 
• No tecido subcutâneo, a queda da temperatura não é tão rápido; 
• É mais difícil para chegar no músculo, e o resfriamento é diferente do que acontece na pele. 
 
Fatores que afetam o efeito da crio 
As alterações na temperatura tecidual dependerão: 
1. Da diferença de temperatura entre o meio e o tecido: vai resfriar mais quando a diferença de 
temperatura entre eles for maior. 
2. Da condutibilidade do tecido: a gordura é um isolante térmico e interfere no resfriamento; 
a. Tentar aplicar técnicas ao redor da região adiposa, para desviar da gordura e tentar chegar 
no músculo. 
3. Duração da aplicação: depende do tipo de técnica e o objetivo. 
a. Áreas pequenas ou com pouca/nenhuma gordura: aproximadamente 20 minutos; 
b. Áreas grandes ou com gordura presente: 30 – 40 minutos. 
4. Do tamanho da área e do meio de aplicação. 
 
Cuidados imediátos pós lesão 
 
• O PRICE é uma técnica que deve ser feita o mais rápido possível após 
lesão; 
• PROTEÇÃO: imobilizar; 
• REPOUSO: Não é para fazer movimentos; 
• GELO: crioterapia; 
• COMPRESSÃO: Enfaixamento compressivo → contém o aumento do edema; 
• ELEVAÇÃO: elevar o segmento para reduzir a pressão hidrostática do capilar. 
 
Aplicação do gelo 
• Pessoas que nunca fizeram crio ou são sensíveis: é indicado usar uma fraldinha ou faixa de curativo 
entre a pele e o gelo, umidecida com água em temperatura ambiente ou gelada, pois ainda materá 
a temperatura entre 5º a 15ºC; É indicado fazer nas primeiras sessões para ver como o paciente 
reage; 
• Evitar: toalhas grossas; ou fraldinha seca, pois manterá a temperatura em 20ºC. 
 
Efeitos dos tecidos ao trauma 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A crio pe mais utilizada no pós-trauma, mas existem técnicas que podem ser utilizadas em 
momentos sub-agudos, quando os sinais da inflamação amenizam; 
• Principais motivos pós-lesão que se usa a crio: 
o O efeito mais importante da crio é baixar o metabolismo local, então as células do local 
precisam de pouco O2 e nutrientes e conseguem manter suas funções. 
TRAUMA 
Lesão primária: dano nos seguintes tecidos em decorrência do 
trauma 
▪ Isso é importante, pois pode ter lesão secundária por causa da falta de O2 ou pela 
liberação excessiva de enzimas, que possam necrosar o tecido saudável. 
 
Machucou: usa a crio o mais rápido possível para evitar lesão secundária, reduzindo edema, dor e 
espasmo. 
 
Efeitos da CRIO 
1. ↓ do metabolismo 
• Quando a temperatura está em torno de 15ºC, a porcentagem da captação de O2 é próximo de 0%; 
o Quando a temperatura está em 36ºC (temperatura corporal), a captação de O2 é 100%; 
• Então, no trauma, a crio ↓ a temperatura, que diminui o metabolismo e a necessidade de O2 pelos 
tecidos, sendo preciso pouco O2 para que os tecidos desempenhem suas funções. 
• Recursos de alta temperatura no momento da lesão puira a inflamação, gerando mais lesão 
secundária e edema. 
 
2. Redução do fluxo Sanguíneo 
• Resposta vascular ao frio: 
o Baixa temperatura reduz o calibre do vaso (vasoconstrição); 
o A crio tem tendência em causar vasoconstrição, mas com o passar do tempo aquela técnica 
tende a esquentar e voltar para a temperatura normal. Sendo assim, tende a acontecer a 
volta do calibre dos vasos ao normal → NÃO É VASODILATAÇÃO. O frio nunca gera 
vasodilatação. 
• Fluxo sanguíneo: 
o Desde a aplicação da CRIO, com o passar do tempo, o volume do vaso sempre se manterá 
baixo, se a temperatura manter constante. 
o Não tem vasodilatação reativa; 
o O local não esquenta, é apenas ardência. 
• Permeabilidade: 
o ↓ Temperatura → vasoconstrição → ↓fluxo sanguíneo → menos permeável; 
o O vaso se torna menos permeável; 
o Se tem a redução do fluxo e da permeabilidade do vaso é bom para ajudar a conter a 
hemorragia (Menos edema menos → dor e espasmo); 
• Vermelhidão no local: Existem alguns motivos 
o 1) Quando tem a diminuição da temperaturam, o O2 não é captado pelas células e retorna 
pelo sistema venoso e linfático, pela periferia, onde se combina com a hemoglobina, dando 
a coloração avermelhada; 
o 2) Há uma tendência do calibre retornar ao normal, o que pode aumentar um pouco a 
demanda circulatória; 
o 3) Algumas pessoas podem ter reação alérgica, causando uma vasodilatação 
 
3. Redução da dor 
• Inicialmente, pelo choque de temperatura, há um desconfrto, mas com o tempo vai melhorando; 
• Existem algumas explicações do porque diminui a dor: 
o Teoria das comportas da dor (Ernest, 1994): 
▪ As terminações nervosas nociceptivas, fibras finas e sem mielina, conduzem a 
informação dolorosa para a medula; 
▪ A crio começa a estimular termorreceptores, que são fibras grossas com mielina, que 
conduzem informação de forma mais rápida do que os nociceptores 
(termorreceptores → condução saltatória); 
▪ Os termorreceptores chegam mais rápido na medula, inibindo os nociceptores (dor), 
o que, com o temp, causa a sensação de anestesia e dormência, diminuindo a dor 
(impede sua passagem); 
▪ No sistema medular, os temorreceptores e os nociceptores se cruzam, mas como os 
termorreceptores tem um estímulo saltatório, chegam mais rápido e em maior 
quantidade, inibindo a passagem dos nociceptores; 
o Teoria da liberação de endorfinas e encefalinas (Palastanga, 1998): 
▪ A baixa temperatura gera um estresse, que gera uma resposta neuroendócrina, e 
consequentemente, a liberação de endorfinas e encefalinas, que proporciona um 
controle e redução da dor. 
o Diminuição na velocidade de condução nervosa: 
▪ A baixa temperatura diminui o metabolismo e a velocidade de condução nervosa 
(tanto nos nociceptores quanto nos termorreceptores). 
▪ Isso tende a aumentar o limiar de dor e a tolerância; 
▪ Pode ocorrer de colocar a crio sobre um nervo periférico, com muita pressão, que 
causa formigameno e pode ocorrer lesões nervosas, denominadas neuropraxia e 
axonatmese. Sendoa ssim, evitar colocar em regiões de nervos periféricos. 
• As três teorias ocorrem ao mesmo tempo. 
 
4. Redução do espasmo múscular 
• O fuso neuromuscular é responsável por geral excitação e contração. Quando ele está hiperativo 
causa espasmos. 
• Quando resfria o músculo, tende a diminuir a hiperexcitabilidade do fuso, você tende os espamos. 
 
 
 
5. Alterações nos mediadores da inflamação 
• O frio tende a reduzir a produção de mediadores inflamatórios, diminuindo a vasoatividade → Por 
influência do metabolismo; 
 
6. Aumento da rigidez tecidual 
• A crio diminui o espasmo, mas aumenta a rigidez tecidual. O frio tende a elevar a temperatura do 
líquido sinovial, reduz elasticidade do tecido conjuntivo, redução da extensibilidade e aumenta a 
rigidez do tecido. 
 
Contraindicações 
• Grávida: tem que tomar cuidado com aplicação local; Colocar mais fraldinhas; 
• Tumor: evitar aplicar no local; 
• Regiões sensíveis: evitar aplicação local; aplicar ao redor; 
• Merais implantados: se o metal for externo, colocar apenas ao redor; 
• Induficiência circulatória: evitar; 
• Epilepsia: pode; 
• Tecidos desvitalizados: ao redor. 
 
SEMPRE antes de aplicar a crio, deve-se fazer testes:• Reação alérgica; 
• Sensibilidade.

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