Tópicos de Atuação Profissional na Contabilidade

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Prof. Me. Rodolfo Gaboardi
UNIDADE I
Tópicos de Atuação 
Profissional 
Objetivo principal:
 Proporcionar os conhecimentos necessários para desenvolver nos alunos as seguintes 
competências: a) Pensamento sistêmico e estratégico; b) Orientação para as necessidades 
dos clientes; c) Consciência ética e social; d) Orientação para os resultados; e) Comunicação 
e expressão; f) Senso crítico e desenvolvimento profissional. 
Apresentação
Olá aluno(a):
 No Brasil, a contabilidade era vista, apenas, como atendimento à legislação tributária (fisco), 
mas esse cenário está mudando. 
Os objetivos da disciplina Tópicos de Atuação Profissional não são diferentes das anteriores, 
no entanto, enfatiza os pensamentos de atuações em casos reais e avançados na 
Ciência Contábil: 
 Contabilidade Ambiental; 
 Ética;
 Ciência Atuarial. 
Apresentação
Contador Tradicional/Contador Contemporâneo:
Parecer CNE/CES n. 776/97 (BRASIL, 1997a) nas orientações para as diretrizes curriculares 
de graduação, ponto número 4, diz que elas devem:
 Incentivar uma sólida formação geral, necessária para que o futuro graduado possa vir a 
superar os desafios de renovadas condições de exercício profissional e de produção de 
conhecimento, permitindo variados tipos de formação e habilitações diferenciais em um 
mesmo programa.
Apresentação
 Você, aluno(a), é um agente de mudança nesse cenário.
 Escolheu uma profissão dinâmica e em constante mudança, principalmente, na questão de 
harmonização das normas internacionais.
 Estamos juntos, para iniciarmos o nosso estudo e em uma equipe responsável para a 
evolução de nossa profissão.
Apresentação
 Dica: como estudante de Educação a Distância, você é um autodidata; isso significa que 
necessita de disciplina e motivação para o prosseguimento dos estudos.
 A contabilidade requer assiduidade e concentração. Sempre verifiquem os livros, os artigos e 
as referências citadas em nossa disciplina.
 Concentração é fundamental (foco). Ouçam música clássica.
Apresentação
Observação: façam interação com os seus colegas e o seu professor nos fóruns!
 Assim, os estudos ficam prazerosos. A pesquisa mútua torna o aprendizado dinâmico
e enriquecedor.
Apresentação
Apresentação do plano de ensino:
 Unidade I - A importância da Ciência Contábil para a sociedade;
 Unidade II - Ética.
Introdução
 A empresa deve gerar lucro ou morrerá. Mas se tentarmos fazer funcionar uma empresa, 
unicamente, para obter lucro, ela também morrerá, pois não terá outra razão de existir. 
(Henry Ford (apud LAVILLE, 2009, p. 21)).
 O que é negócio? (fazer algo, noção de responsabilidade).
 Atendimento de necessidades: negócios empresariais (conceito de empresa)  Reunião de 
Pessoas  Produção de bens e serviços.
 Curiosidade: a empresa mais antiga do Brasil é a Ypióca, fundada em 1846.
A importância da Ciência Contábil para a sociedade 
Em uma perspectiva mais ligada à religiosidade das pessoas, essa preocupação com a 
deturpação da ação humana, em busca do lucro, é exposta por João Paulo II (1987, p. 60) 
da seguinte forma: 
 Enquanto os indivíduos e as comunidades não vierem respeitadas, rigorosamente, as 
exigências morais, culturais e espirituais, fundadas na dignidade da pessoa e na identidade 
própria de cada comunidade, a começar pela família e pelas sociedades religiosas, tudo o 
mais na disponibilidade de bens, resultaria insatisfatório e, com o passar do tempo, 
depressível (Mt, 16:26).
A importância da Ciência Contábil para a sociedade 
 A Ciência do Direito criou uma especialização do Direito Empresarial, na qual entende-se a 
empresa como uma atividade exercida de forma profissional por alguém (muitas vezes 
denominado empresário). É o que expõe Coelho (2010, p. 12-13).
 Não podemos adotar, de maneira equivocada, o termo “empresa”.
 Lei de Procura e Oferta (geração de lucro para a “sobrevivência de atividade empresarial; 
novas preocupações dos dirigentes (desenvolvimento sustentável e ética nos negócios).
A importância da Ciência Contábil para a sociedade 
 O novo contador, expressão utilizada com o objetivo de diferenciar o contador do perfil 
tradicional, ligado, exclusivamente, ao próprio trabalho da contabilidade e às questões 
tributárias, conforme Nasi (1994, p. 5).
 Iudícibus enfatiza o papel do profissional da Contabilidade após as alterações na Lei das 
Sociedades por ações e a entrada em vigor da Lei n. 11.941/08, abrindo uma nova era com 
as Normas internacionais de Contabilidade. Com a finalidade de contribuir com a 
transparências das operações (IUDÍCIBUS et al., 2010, p. 10).
O papel do contador perante a realidade social brasileira e internacional 
 O “novo contador” deverá suportar a pressão, conciliar as divergências, possuir uma boa 
comunicação, e possuir uma “neutralidade” (falar a verdade).
 Imagine uma fábrica onde o diretor industrial quase atinge uma meta de produção que, se 
não for alcançada, resultará na demissão de dezenas de funcionários. O contador deverá 
ser neutro e publicar o dado correto, sem alteração.
O papel do contador perante a realidade social brasileira e internacional
Profissional contábil deve se atentar às seguintes normas:
1) Atos lesivos à administração publica, nacional ou estrangeiras, praticadas pelas pessoas 
jurídicas que atente contra o patrimônio publico nacional ou estrangeiro;
2) Operações de suspeição que podem vir a ser realizadas ou relatadas de forma obrigatória 
(Lavagem de dinheiro – COAF);
3) Resolução CFC n. 1.445/13 (procedimentos a serem observados pelo profissional da área 
contábil): proteção do profissional contábil.
O papel do contador perante a realidade social brasileira e internacional 
 Preocupação ambiental (crescimento sustentável).
 Homem médio: “natureza inesgotável”, cujo objetivo principal é envolver o desenvolvimento 
e proporcionar o bem-estar às pessoas. A natureza... Não nos preocupemos. 
Movimentos de preservação da natureza:
 Conferência de Estocolmo (1972);
 Comissão mundial sobre o meio ambiente, criada pela ONU, em 1980;
 Rio-92.
Contabilidade Ambiental
Contabilidade Ambiental
Fonte: Jancovici (2011).
Combustível
Média anual de 
crescimento do 
consumo entre 
1900 a 1970 
(dados reais)
Valor
selecionado no 
cenário do 
patamar
Valor 
selecionado no 
cenário de 
eficiência
Média anual de 
crescimento do 
consumo entre 
1970 e 2000 
(dados reais)
Carvão 1,70% 4%+1% 1%+0,25% 1,60%
Petróleo 6,90% 4%+1% 1%+0,25% 1,40%
Gás 7,50% 4,7%+0,7% 1%+0,2% 3%
Tabela 1 – Média anual de crescimento do consumo de combustíveis fósseis 
 O conforto das gerações atuais não pode comprometer o conforto das gerações futuras.
 Segundo Trigueiro (2012, p. 40): nossa sociedade é chamada de “sociedade de consumo” 
porque consumir se tornou uma atividade cotidiana que foi além da ideia inicial de 
satisfazer às necessidades para se tornar uma doença. Consumimos de forma impulsiva e 
“ser alguém” passa a estar associado à posse de determinados produtos ou 
determinados serviços.
Desenvolvimento sustentável
Interatividade 
Indicadores são amplamente usados no universo dos negócios, a exemplo dos índices de 
liquidez, endividamento e atividade, mas também são usados em diversas outras áreas, 
incluindo a ambiental, em que recebem a denominação de ecoindicadores ou indicadores de 
ecoeficiência. Considerando o assunto, assinale a alternativa que corresponde ao índice cujo 
reflexo seja o de revelar a relação da conscientização ambiental e das atividades 
de comercialização:
a) Investimentos ambientais gerais.
b) Perdas ambientais da empresa.
c) Despesas ambientais e as operações.
d) Prevenção e valor gerado.
e) Remediação e prevenção.
Resposta
Indicadores são amplamente usados no universo dos negócios, a exemplo dos índices de 
liquidez, endividamento e atividade, mas também são usados em diversas outras áreas, 
incluindo a ambiental, em que recebema denominação de ecoindicadores ou indicadores de 
ecoeficiência. Considerando o assunto, assinale a alternativa que corresponde ao índice cujo 
reflexo seja o de revelar a relação da conscientização ambiental e das atividades 
de comercialização:
a) Investimentos ambientais gerais.
b) Perdas ambientais da empresa.
c) Despesas ambientais e as operações.
d) Prevenção e valor gerado.
e) Remediação e prevenção.
Desenvolvimento sustentável nas empresas
Fonte: Laville (2009, p. 48-69).
Resistência nº 1 Tudo isso funciona para as pequenas e médias empresas 
atípicas, mas é impossível para um grande grupo industrial 
como o nosso.
Resistência nº 2 Tudo isso funciona em grandes grupos que têm meios para 
pagar por essas iniciativas, mas é impossível em uma 
empresa pequena como a nossa.
Resistência nº 3 Salvar o planeta não é um papel da empresa.
Resistência nº 4 O Estado é pago para resolver os problemas sociais ou 
ambientais, e não nós!
Resistência nº 5 Nossos acionistas nunca nos deixarão fazer isso.
Resistência nº 6 Nossos clientes não dão a mínima e nunca estarão 
dispostos a pagar por tudo isso.
Resistência nº 7 Nossa atividade não tem nenhuma relação com isso, não 
vendemos diretamente ao consumidor final. Nossa 
atividade não é poluidora.
Resistência nº 8 O desenvolvimento sustentável é uma iniciativa de países 
ricos que não se adapta aos países emergentes.
Resistência nº 9 É uma questão de ambiente e de ajustes; devemos, 
simplesmente, mudar a maneira como os produtos são 
fabricados tomando cuidado para poluir menos.
Resistência nº 10 A responsabilidade da empresa para na porta da fábrica.
Resistência nº 11 A empresa deve encontrar sozinha as respostas ou será 
acusada de fraqueza. 
Quadro 2 – Resistências à passagem da ação pelas empresas
Desenvolvimento sustentável nas empresas
 Os problemas do mundo não podem ser resolvidos pelos céticos ou pelos cínicos, cujos 
horizontes se limitam às realidades evidentes. Temos a necessidade de homens capazes de 
imaginar o que nunca existiu. 
John F. Kennedy (apud LAVILLE, 2009, p. 169).
Desenvolvimento sustentável nas empresas
Fonte: Barbieri (2011, p. 21).
1) A dimensão 
espacial
Concerne a área na qual espera-se que as ações de 
gestão tenham eficácia.
2) A dimensão
temática
Delimita as questões ambientais as quais as ações se 
destinam.
3) A dimensão 
institucional
É relativa aos agentes que tomam as iniciativas de gestão.
Quadro 3 – As dimensões da gestão ambiental
De acordo com Laville (2009), os empresários visionários Jerry Greenfield e Bem Cohen 
incorporaram o triple botton line na missão de Ben & Jerry’s, cujo caso é relatado a seguir:
Gestão ambiental
Figura 6 – A missão produto, a missão social e a missão econômica para a Ben & Jerry’s
O triple bottom line traduzido na declaração de missão da Ben & Jerry’s
ISO 14000 – Avaliação de Ciclos de Vida
De acordo com Saramelli (2015, p. 17):
 A ISO definiu as normas para efetuar a análise de ciclo de vida, estudo no qual todo o 
processo de elaboração de um produto, desde o seu projeto até o descarte final, é 
considerado (análise do berço ao tumulo);
 Técnica para avaliar os impactos ambientais associados a determinado produto;
 Exemplo: “folhas de papel nos banheiros de determinados shoppings”.
ISO 14000 – Avaliação de Ciclos de Vida
Fonte: Cheheb (2002).
Processamento da 
matéria-prima
Convertedores
Produção 
do produto
Varejo
Consumidores
Reciclagem
Outros 
materiais
Matéria-
prima
Distribuição
ISO 14000 – Avaliação de Ciclos de Vida
Fonte: Cheheb (2002)
Análise do ciclo de vida
Interpretação
Objetivo e 
definição do 
escopo
Análise do 
inventário
Avaliação 
do impacto
Aplicações
Desenvolvimento 
de produtos e 
melhorias
Planejamento 
estratégico
Políticas públicas 
e regulamentação
Marketing e
rotulagem
Outros
Contabilidade Ambiental
Os relatórios contábeis não apresentam os riscos e os custos ambientais?
Como podemos avaliar tais custos? Como aferir? 
Antes de “enfrentar” tal desafio, vamos rever o conceito de “contabilidade”:
Interatividade 
Sobre o assunto da gestão socioambiental empresarial, assinale a alternativa correta: 
a) Entende-se por gestão socioambiental empresarial as diferentes atividades que ocorrem, 
somente, no ambiente operacional das empresas. 
b) A realização de ações ambientais, episódicas ou isoladas, para configurar um sistema de 
gestão ambiental.
c) Todas as políticas ambientais escritas como orientação pela organização. 
d) A política ambiental empresarial deve ser explícita em documento e propor retornos 
positivos que orientem nas decisões, melhorando o desempenho ambiental.
e) Apenas a orientação aos desperdícios de uso de materiais. 
Resposta 
Sobre o assunto da gestão socioambiental empresarial, assinale a alternativa correta: 
a) Entende-se por gestão socioambiental empresarial as diferentes atividades que ocorrem, 
somente, no ambiente operacional das empresas. 
b) A realização de ações ambientais, episódicas ou isoladas, para configurar um sistema de 
gestão ambiental.
c) Todas as políticas ambientais escritas como orientação pela organização. 
d) A política ambiental empresarial deve ser explícita em documento e propor retornos 
positivos que orientem nas decisões, melhorando o desempenho ambiental.
e) Apenas a orientação aos desperdícios de uso de materiais. 
Contabilidade Ambiental
Iudícibus et al. (2010, p. 1) traz a seguinte definição para a contabilidade:
 A contabilidade, na qualidade de Ciência Aplicada, com metodologia, especialmente, 
concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam 
as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, seja pessoa física, 
entidade de finalidades não lucrativas, empresas, seja, mesmo, a pessoa de Direito Público.
Contabilidade Ambiental
Ribeiro (2005, p. 45) esclarece o conceito de Contabilidade Ambiental:
 Esta não é uma nova ciência, mas sim uma segmentação já, amplamente, conhecida. 
Adaptando o objetivo da última, pode-se definir como objetivo da Contabilidade Ambiental: 
identificar, mensurar e esclarecer os eventos, e as transações econômico-financeiras que 
estejam relacionados com a proteção, a preservação e a recuperação ambiental, ocorridos 
em determinado período, visando a evidenciação da situação patrimonial de uma entidade. 
Contabilidade Ambiental
Hendriksen e Breda (1999, p. 524), citam como evidenciar as 
informações ambientais:
 Nas demonstrações deveram mensurar: medidas preventivas, capacitação da gestão 
ambiental da empresa, certificação de normas ambientais, P&D, passivo ambientais etc.
Contabilidade Ambiental
 Ativos ambientais: ativo são despesas e investimentos que visam os benefícios 
econômicos futuros. 
 Como podemos minimizar o impacto ambiental de um ativo? Por substituição? Exemplo: uma 
máquina movida à combustão deve ser substituída por uma máquina movida à energia solar. 
Contabilidade Ambiental
 Passivos ambientais: passivos são sacrifícios futuros prováveis de benefícios econômicos 
decorrentes de obrigações presentes de dada entidade. Ativo são despesas e investimentos 
que visam os benefícios econômicos futuros, que envolveram a empresa e o ambiente. 
(HENDRIKSEN & BREDA, 1999, p. 524)
Exemplo de lançamento de ativo ambiental:
Contabilidade Ambiental
Fonte: Carvalho (2008 apud DA COSTA, A. G. 2012, p. 59).
Exemplo de lançamento de imobilizado:
Contabilidade Ambiental
Fonte: Carvalho (2008 apud DA COSTA, A. G. 2012, p. 61).
Exemplo de lançamento de exaustão ambiental:
Contabilidade Ambiental
Fonte: Carvalho (2008 apud DA COSTA, A. G. 2012, p. 64).
Exemplo de lançamento passivo ambiental:
Contabilidade Ambiental
Fonte: Carvalho (2008 apud DA COSTA, A. G. 2012, p. 74).
Exemplo de lançamento passivo ambiental (contaminação de lençol freático):
Contabilidade Ambiental
Fonte: Carvalho (2008 apud DA COSTA, A. G.2012, p. 75).
Pobreza e o meio ambiente: ecoimpostos e balanço ambiental público 
 Parte dos problemas ambientais enfrentados, que assolam o planeta, é provocada pela 
escalada de um consumo desenfreado e fútil, motivado, apenas, pelo gosto de consumir e 
pela satisfação pelo “ter”. 
 Miller e Spoolman (2012), citam o crescimento populacional (de forma exponencial) e a 
pobreza como algumas causas dos problemas ambientais.
 A pobreza ocorre com a ausência de satisfazer às suas necessidades básicas (água, 
educação, saúde etc.).
Interatividade
Uma organização desejou agregar à sua produção e à sua imagem o conceito de lucro 
ambiental, que está relacionado à:
a) Possibilidade de a empresa obter ganhos de escala sem agredir o meio ambiente.
b) Capacidade de gerar resultados econômicos positivos, respeitando o meio ambiente, isto 
é, sem causar a poluição.
c) Obtenção de um resultado positivo, de forma simultânea ao aumento do valor do ambiente 
econômico no entorno da entidade.
d) Conquista de um resultado financeiro favorável aliado a um 
valor obtido pela melhoria das condições ambientais, na 
região em que está localizada a entidade.
e) Garantia de ganhos crescentes de valores econômicos por 
meio de práticas sustentáveis.
Resposta
Uma organização desejou agregar à sua produção e à sua imagem o conceito de lucro 
ambiental, que está relacionado à:
a) Possibilidade de a empresa obter ganhos de escala sem agredir o meio ambiente.
b) Capacidade de gerar resultados econômicos positivos, respeitando o meio ambiente, isto 
é, sem causar a poluição.
c) Obtenção de um resultado positivo, de forma simultânea ao aumento do valor do ambiente 
econômico no entorno da entidade.
d) Conquista de um resultado financeiro favorável aliado a um 
valor obtido pela melhoria das condições ambientais, na 
região em que está localizada a entidade.
e) Garantia de ganhos crescentes de valores econômicos por 
meio de práticas sustentáveis.
 Segundo Miller e Spoolman (2012, p. 2013), a pobreza, aliada a um crescimento 
populacional exponencial, a taxas elevadíssimas, faz com que pereçam os indivíduos de 
doenças, normalmente, não fatais, como a diarreia e o sarampo. 
 Conforme a OMS (2008), 6 milhões de crianças morrem, todos os anos, por 
condições adversas. 
Pobreza e o meio ambiente: ecoimpostos e balanço ambiental público 
Balanço das nações
Atento a esses graves problemas, Kassai et al. (2008), liderando um grupo de pesquisadores 
da FEA-USP, desenvolveu o balanço das nações, um artefato contábil cujo objetivo é:
 [...] elaborar o balanço patrimonial das nações, isto é, dos principais países do planeta 
consolidado e, reunindo as informações de natureza multidisciplinar, propor a classificação 
do que seriam os ativos, os passivos e o patrimônio liquido, de acordo com os seus recursos 
naturais e as respectivas capacidades de carbon sequestration.
Pobreza e o meio ambiente: ecoimpostos e balanço ambiental público 
Fonte: Kassai et al. (2008). 
Balanço Patrimonial Ambiental – per capita
Ativo
Ativo ambiental
avaliado pelo PIB PPP 
per capita ajustado pelo 
consumo médio de 
energia per capita em 
tonelada equivalente de 
petróleo (TEP).
Passivo ambiental
apurado por “accountant
equivalency”.
Passivo
Patrimônio líquido ambiental
carbono convertidos em US$ pelo 
custo de captura de carbono.
Patrimônio líquido
Balanço das nações
Fonte: Kassai et al. (2008). 
Legislação ambiental brasileira
Algumas mudanças e evoluções na legislação ambiental brasileira:
 Decreto n. 24.643, de 10/07/1937 – Código das Águas;
 Decreto-Lei n. 25 de 30/11/1937 – Organiza a proteção do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional;
 Lei n. 4.771 de 15/09/1965 – Institui o novo Código Florestal;
 Lei n. 12.305 de 02/08/2010 – Política de resíduos sólidos.
Interatividade 
Assinale a alternativa correta que corresponde ao “balanço contábil das nações” e para 
que ele serve:
a) É um modelo contábil constituído por uma equipe de professores da USP, com a finalidade 
de aferir a contabilidade ambiental (ativos, passivos e PL) de diversas nações.
b) Demonstração contábil criada pela Lei 11.638/07, com a finalidade de aferir o PIB 
dos países.
c) Foi criado para os agentes ambientais possuírem condições de aplicar as 
penalidades financeiras. 
d) Possui a finalidade de aferir os passivos ambientais.
e) Possui a finalidade de aferir os ativos ambientais.
Resposta
Assinale a alternativa correta que corresponde ao “balanço contábil das nações” e para 
que ele serve:
a) É um modelo contábil constituído por uma equipe de professores da USP, com a finalidade 
de aferir a contabilidade ambiental (ativos, passivos e PL) de diversas nações.
b) Demonstração contábil criada pela Lei 11.638/07, com a finalidade de aferir o PIB 
dos países.
c) Foi criado para os agentes ambientais possuírem condições de aplicar as 
penalidades financeiras. 
d) Possui a finalidade de aferir os passivos ambientais.
e) Possui a finalidade de aferir os ativos ambientais.
 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de Educação. Parecer 
CNE/CES n. 776/97. Brasília,1997a. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0776.pdf. Acesso em: 28 ago. 2013.
 BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 3. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2011.
 CARVALHO, G. M. de B. Contabilidade ambiental – Teoria e Prática. Curitiba: Juruá, 2018.
 CHEHEBE, J. R. B. Análise do ciclo de vida de produtos: ferramenta gerencial da ISO 14000. 
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
 COELHO, F. U.; LINS, L. dos S. Teoria da Contabilidade: abordagem contextual histórica e 
gerencial. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
 COELHO, F. U. Manual de Direito Comercial. 22. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2010. p. 12-13.
 HENDRIKSEN, E. S.; BREDA, M. F. Van. Teoria da 
Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
 IUDÍCIBUS, S. et al. Contabilidade introdutória. 11. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
Referências
 IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2020.
 JANCOVICI, J.-M. L´avenir Climatique. Le Seuil, 2011.
 JOÃO PAULO II. Carta Encíclica Sollicitudo Rei Sociallis, 1987. Disponível em:
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-
ii_enc_30121987_sollicitudo-rei-socialis_po.html. Acesso em: 30 ago. 2013.
 KASSAI, J. R. Aspectos que envolvem a conciliação entre o valor presente líquido e o 
economic value added. 2001. Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade) –
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, da Universidade de São Paulo, 
São Paulo, Brasil, 2008.
 LAVILLE, C., DIONNE J. A construção do saber – Manual de 
metodologia da pesquisa em Ciências Humanas. Belo 
Horizonte: Editora UFMG, 1999.
 MILLER, G. T.; SPOOLMAN, S. E. Ecologia e 
sustentabilidade. 6. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
Referências
 NASI, A. C. A contabilidade como instrumento de informação, decisão e controle da gestão. 
Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n. 
50/77, 1994.
 RIBEIRO, M. S. Contabilidade Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2005.
 RIBEIRO FILHO, J. F.; LOPES, J.; PEDERNEIRAS, M. (Orgs). Estudando Teoria da 
Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2011.
 SARAMELLI, A. Tópicos de Atuação Profissional. São Paulo: Editora Sol, 2015.
 TRIGUEIRO, A. Mundo sustentável 2: novos rumos para um planeta em crise. São Paulo: 
Globo, 2012.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!