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Disciplina: DIREITOS HUMANOS(JUR2001_22) • 1 Código: 24449 - Enunciado: Doutor (Cidade Negra) Oh, doutor! Tem que me ajudar! Eu tô com dor, não sei, doutor, o que vai dar! Oh, doutor! Tem que me ajudar! Eu tô com dor, não sei, doutor, o que vai dar! Desci pro asfalto, subi na vida, e depois vi Que a intenção da autoridade não resume nada aqui! Desci pro asfalto, subi na vida, e depois vi (que, que, que, que) Que a intenção da autoridade não resume nada aqui! Aqui estou! Sua licença para aproxegar! Cê me desculpe, mas eu vou falar! Sou nordestino, honesto, trabalhador. Com oito bocas para sustentar. E a nêga disse: "Tem mais um pra chegar!" Subi o morro onde sou morador, Mão na cabeça, encosta pra lá! Félix Pacheco não adiantou. Não tenho culpa se por lá rolou De madrugada rolou bam-bam-bam! De madrugada rolou bam-bam-bam-bam-bam! Eu vou, vou voltar pro meu sertão! Pois aqui não fico, não! Quero mais que água pra viver! Descobri um caminho de ilusão! Conterrâneo coração, Nesta terra não quer mais sofrer! Essa composição musical retrata várias questões que representam preocupações ligadas aos direitos humanos. Da leitura do trecho reproduzido com adaptações, percebe-se a preocupação do autor com que tipos de direitos? o a) Apenas saúde, que, por requerer uma prestação positiva do Estado, caracteriza-se como direito de segunda dimensão. o b) Apenas alimentação, excluídos todos os outros, já que esta caracteriza-se como direito de primeira dimensão. o c) Saúde, segurança pública e alimentação, esta juntamente com o direito à saúde, direitos dependentes de prestação positiva do Estado. o d) Saúde e alimentação, que, por dependerem de uma prestação negativa do Estado, são classificadas enquanto direitos de primeira dimensão. o e) Apenas segurança pública, que é direito decorrente da noção de liberdades públicas, frequentemente classificado entre os direitos de primeira dimensão. Alternativa marcada: o c) Saúde, segurança pública e alimentação, esta juntamente com o direito à saúde, direitos dependentes de prestação positiva do Estado. Justification: Resposta correta: Saúde, segurança pública e alimentação, esta juntamente com o direito à saúde, direitos dependentes de prestação positiva do Estado. Saúde e alimentação dependem, predominantemente, de prestações positivas do Estado, enquanto a segurança está ligada às liberdades individuais. Distratores: Apenas saúde, que, por requerer uma prestação positiva do Estado, caracteriza-se como direito de segunda dimensão. Errada. O direito à saúde está descrito corretamente, mas o texto revela a preocupação do autor com outros direitos: segurança e alimentação. Saúde e alimentação, que, por dependerem de uma prestação negativa do Estado, são classificadas enquanto direitos de primeira dimensão. Errada. A saúde e a alimentação requerem prestações positivas do Estado, não negativas. Apenas segurança pública, que é direito decorrente da noção de liberdades públicas, frequentemente classificado entre os direitos de primeira dimensão. Errada. O texto demonstra a preocupação do autor com outros direitos além da segurança pública. Apenas alimentação, excluídos todos os outros, já que este caracteriza-se como direito de primeira dimensão. Errada. O texto demonstra a preocupação do autor com outros direitos além da segurança pública. 1.50/ 1.50 • 2 Código: 27331 - Enunciado: Tome como base o seguinte:O indivíduo, hoje, também é sujeito de Direito Internacional, notadamente porque pode submeter demandas aos mais variados órgãos internacionais, o que faz por si mesmo ou por meio de organizações não governamentais. No Direito Internacional, sobretudo no Sistema Interamericano, o indivíduo tem, atualmente, uma participação significativa, mesmo quando não pode agir diretamente. Com base na relação entre o indivíduo e o Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos, é certo afirmar que: o a) A Corte Interamericana de Direitos Humanos julga apenas Estados e não se permite ao indivíduo submeter diretamente demandas a ela. o b) Tanto a Corte quanto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos pode submeter o indivíduo a processos de responsabilização por crimes de guerra. o c) O indivíduo não tem legitimidade para atuar como parte em processos perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. o d) Somente à Corte cabe o julgamento de indivíduos por violações aos Direitos Humanos, cabendo à Comissão o julgamento dos Estados. o e) O indivíduo pode ser julgado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, sendo que, nos crimes mais graves, deve ser levado à prisão. Alternativa marcada: o c) O indivíduo não tem legitimidade para atuar como parte em processos perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Justification: Resposta correta: A Corte Interamericana de Direitos Humanos julga apenas Estados e não se permite ao indivíduo submeter diretamente demandas a ela. Correta. Tais previsões estão na Convenção Interamericana, a partir do art. 50. Distratores: O indivíduo não tem legitimidade para atuar como parte em processos perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Incorreta. Segundo o texto da Convenção (Pacto de San José), o indivíduo é parte legítima para submeter demandas à Comissão.O indivíduo pode ser julgado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, sendo que, nos crimes mais graves, deve ser levado à prisão. Incorreta. A Comissão não exerce atividade de julgamento, não julga indivíduos nem condena indivíduos.Tanto a Corte quanto a Comissão Interamericana de Direitos Humanos pode submeter o indivíduo a processos de responsabilização por crimes de guerra. Incorreta. Essas instituições não julgam indivíduos nem têm atribuições convencionais para julgar crimes de guerra.Somente à Corte cabe o julgamento de indivíduos por violações aos Direitos Humanos, cabendo à Comissão o julgamento dos Estados. Incorreta. A Corte julga Estados e exerce, ainda, uma competência consultiva; já a Comissão não tem competência para julgar e, no máximo, pode submeter casos à Corte para julgamento. 0.00/ 1.00 • 3 Código: 24467 - Enunciado: Depois de vários anos de polêmicas, o Supremo Tribunal Federal – STF editou a Súmula Vinculante nº 25 com o seguinte teor: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.” Os debates que levaram o STF à revisão de sua própria jurisprudência, bem como à adoção da Súmula Vinculante nº 25, afirmaram a prevalência da Convenção Interamericana de Direitos Humanos – CIDH, que proíbe a prisão civil (art. 7º, item 7). Demonstre a tese majoritária que serviu de base para a decisão do STF. o a) A natureza supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos, que faz com que eles sejam hierarquicamente superiores ao Código Civil e ao Código de Processo Civil. o b) A natureza supraconstitucional dos tratados internacionais de direitos humanos, já que eles possuem força vinculante. o c) A paridade hierárquica dos tratados internacionais com a lei federal. o d) A natureza de lei ordinária dos tratados internacionais de direitos humanos, já que lei posterior revoga lei anterior. o e) A natureza constitucional dos tratados de direitos humanos. Alternativa marcada: o a) A natureza supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos, que faz com que eles sejam hierarquicamente superiores ao Código Civil e ao Código de Processo Civil. Justification: Resposta correta: A natureza supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos, que faz com que eles sejam hierarquicamente superiores ao Código Civil e ao Código de Processo Civil. O STF firmou o entendimento de que os tratados internacionais de direitos humanos anteriores à Emenda Constitucional nº 45/2004 estão abaixo da Constituição e acima dasleis, por isso estão acima do Código Civil e do Código de Processo Civil, cujo status hierárquico é de lei ordinária. Distratores: Pela mesma razão descrita acima, as demais alternativas estão erradas. 1.00/ 1.00 • 4 Código: 27362 - Enunciado: "Em 23 de dezembro de 2010, entrou em vigor a Convenção Internacional para a Proteção de todas as pessoas contra o Desaparecimento Forçado. A Convenção estabelece o direito a não ser submetido a desaparecimento forçado, bem como o direito da vítima à justiça e à reparação. Assegura ainda o direito da vítima de conhecer a verdade sobre as circunstâncias do desaparecimento forçado e o destino das pessoas desaparecidas, afirmando o direito à liberdade de buscar, receber e difundir tais informações. O art. 52 do Estatuto de Roma prescreve à Convenção que, por sua extrema gravidade, a prática generalizada ou sistemática de desaparecimento forçado sujeita-se à competência do Tribunal Penal Internacional." (Fonte: ONU. Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado. https://www.gov.br/mdh/pt- br/navegue-por-temas/atuacao-internacional/relatorios-internacionais-1/convencao- internacional-para-a-protecao-contra-o-desaparecimento-forcado. Acesso em: 4. mar. 2021.) Com base no texto, é certo o que afirma sobre a Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas Contra o Desaparecimento Forçado: o a) Estabelece a prática generalizada ou sistemática de desaparecimento forçado como crime contra a humanidade, independentemente da situação, motivação ou contexto que leve tal ato a ocorrer. o b) Circunscreve as punições ao crime de desaparecimento forçado exclusivamente à competência dos Estados, retirando-a dos órgãos internacionais, de modo que os culpados estão restritos à legislação local. o c) Faculta, em caso de guerra declarada, a prática pelos Estados, de desaparecimento forçado, sujeitando o Chefe de Estado responsável a julgamento pelo Tribunal Penal Internacional. o d) Assegura o direito da vítima à justiça e à reparação, porém não garante-lhe o direito de conhecer a verdade sobre as circunstâncias do desaparecimento forçado, o que fica a critério do Estado-Parte. o e) Admite o desaparecimento forçado, quando indispensável à segurança nacional, de acordo com a legislação interna de cada Estado, bem como com as legislações vigentes envolvidas com a privação de liberdade. Alternativa marcada: o a) Estabelece a prática generalizada ou sistemática de desaparecimento forçado como crime contra a humanidade, independentemente da situação, motivação ou contexto que leve tal ato a ocorrer. Justification: Resposta correta: Estabelece a prática generalizada ou sistemática de desaparecimento forçado como crime contra a humanidade, independentemente da situação, motivação ou contexto que leve tal ato a ocorrer. Correta, porque a Declaração tem a premissa de delimitar o que é a prática do desaparecimento e como isso interfere nos direitos essenciais do indivíduo. Distratores:Faculta, em caso de guerra declarada, a prática pelos Estados de desaparecimento forçado sujeitando o Chefe de Estado responsável a julgamento pelo Tribunal Penal Internacional. Incorreta, porque criminaliza esse tipo de prática e outras análogas de supressão de liberdade.Admite o desaparecimento forçado, quando indispensável à segurança nacional, de acordo com a legislação interna de cada Estado, bem como com as legislações vigentes envolvidas com a privação de liberdade. Incorreta, porque a Declaração não prevê convencionalmente esse tipo de prática, mas a institui como crime em todas as suas possibilidades.Assegura o direito da vítima à justiça e à reparação, porém não garante-lhe o direito de conhecer a verdade sobre as circunstâncias do desaparecimento forçado, o que fica a critério do Estado-Parte. Incorreta, porque o direito ao conhecimento da verdade em todos os âmbitos do ocorrido é cláusula pétrea da vítima.Circunscreve as punições ao crime de desaparecimento forçado exclusivamente à competência dos Estados, retirando-a dos órgãos internacionais, de modo que os culpados estão restritos à legislação local. Incorreta, porque a Declaração aponta que, observada a regra da subsidiariedade, os autores de desaparecimento forçado podem ser julgados pelo Tribunal Penal Internacional. 0.50/ 0.50 • 5 Código: 24515 - Enunciado: Ao finalizar o julgamento dos oficiais nazistas pelas atrocidades praticadas durante a Segunda Guerra Mundial, o Tribunal de Nuremberg reconheceu que a Alemanha Nazista cometeu crimes contra prisioneiros de guerra, os quais chegaram a ser minuciosamente planejados e “fixados pormenorizadamente, muito tempo antes do ataque propriamente dito”. Entre os crimes dos quais os oficiais foram acusados, estão assassinato, trabalho forçado, crueldade e maus-tratos contra prisioneiros de guerra de toda natureza. Contra a população civil também foram verificados vários crimes, dentre os quais a sentença do Tribunal de Nuremberg destacou as experiências executadas em prisioneiros de guerra russos, como um meio de propagar rapidamente epidemias na população civil da Rússia ocupada. Nos campos de concentração funcionaram câmaras de gás e incineração de vítimas e outros meios terríveis e modernos de extermínio. A sentença destaca, ainda, que os seres humanos mortos ou atormentados nesses campos atingiram vários milhões. Em um só setor da Rússia Meridional, pereceram por esses processos 90.000 pessoas. Apesar de todas as atrocidades demonstradas por meio de vasta prova documental e testemunhal, alguns oficiais nazistas foram dispensados do julgamento, e outros foram condenados a penas por muitos consideradas brandas. Foi assegurado, mesmo aos responsáveis pelo maior genocídio da história humana (os oficiais nazistas), um julgamento por tribunal militar internacional independente, limitando-se à condenação dos acusados apenas ao que restou provado no processo. Avalie o que Tribunal de Nuremberg consagrou. o a) Os princípios da personalidade, da publicidade e do juiz natural. o b) Os princípios da ampla defesa, da imparcialidade do órgão julgador e da vinculação à prova dos autos. o c) Os princípios da personalidade, do juiz natural e da igualdade. o d) Os princípios da personalidade, da presunção de inocência e do juiz natural. o e) Os princípios do juiz natural, da imparcialidade do órgão julgador e da ampla defesa. Alternativa marcada: o b) Os princípios da ampla defesa, da imparcialidade do órgão julgador e da vinculação à prova dos autos. Justification: Resposta correta: Os princípios da ampla defesa, da imparcialidade do órgão julgador e da vinculação à prova dos autos. Ao assegurar um julgamento por tribunal militar internacional independente, mesmo aos responsáveis pelo maior genocídio da história humana (os oficiais nazistas), limitando-se à condenação dos acusados apenas ao que restou provado no processo, o Tribunal de Nuremberg consagrou, respectivamente, os princípios da ampla defesa, da imparcialidade do órgão julgador e da vinculação à prova dos autos. Distratores: As demais alternativas estão erradas, porque os princípios mencionados não podem ser inferidos da leitura do texto. 1.50/ 1.50 • 6 Código: 27159 - Enunciado: Sabendo que o Direito Internacional Público consiste em um sistema normativo que constitui o Direito de uma ordem política internacional, disciplinando relações jurídicas e procedimentos internacionais relativos à elaboração e ao cumprimento de suas normas, é legítimo concluir que possui várias fontes. Ao longo da História do Direito, diversos documentos Internacionais surgiram para disciplinar situações que poderiam levar a conflitos armados e para estabelecer regras cuja finalidade consistiu em evitar conflitos. Por outro lado, há outras fontes que não constituem documentos e que, entretanto, são tãoválidas quanto as fontes documentais. Entre as opções a seguir, indique corretamente duas fontes não documentais do Direito Internacional Público. o a) Princípios gerais de direito e Declarações Internacionais. o b) Princípios gerais de direito e protocolos. o c) Convenções e protocolos internacionais. o d) Declarações e tratados internacionais. o e) Princípios gerais de direito e costume internacional. Alternativa marcada: o e) Princípios gerais de direito e costume internacional. Justification: Resposta correta: Princípios gerais de direito e costume internacional.Correta, porque somente o costume e os princípios gerais de direito são fontes não escritas. Distratores:As demais alternativas estão incorretas, porque apresentarem fontes escritas e não definidas. 0.50/ 0.50 • 7 Código: 24518 - Enunciado: Enquanto chefiava as forças armadas de seu Estado, Ahmed, atuando na defesa de seu povo, declarou guerra a um Estado vizinho. Com essa finalidade, recrutou 50.000 menores de 15 anos para atuação nas forças armadas, diretamente em campos de batalha. Investigações posteriores comprovaram, ainda, que ele ordenou e participou diretamente de atos que promoveram agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada e esterilização forçada contra mulheres de certo grupo étnico perseguido. Passados mais de 10 anos, Ahmed sequer foi julgado pelo poder judiciário de seu Estado de origem, em nome do qual o então ministro praticou os atos. Com base nessa situação hipotética, explique como a jurisdição internacional pode atuar para promover a responsabilização de Ahmed pelos crimes praticados, sabendo que o Estado ratificou o Estatuto de Roma e os tratados que compõem a Carta Internacional de Direitos. Justification: Expectativa de resposta: Se o Estado de origem de Ahmed ratificou o Estatuto de Roma, isso significa que as práticas de recrutar crianças para a guerra, agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada e esterilização forçada contra mulheres de certo grupo étnico caracterizam crime contra a humanidade, podendo ser julgados pelo Tribunal Penal Internacional – TPI, já que o Estado de origem, principal obrigado pelas providências de processar e julgar o acusado, não o fez, o que leva à possibilidade de ação do TPI. 2.00/ 2.00 • 8 Código: 41774 - Enunciado: Com base no texto, julgue a situação e avalie a atuação da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Herzog. Em sua resposta:a) Descreva as competências da Corte Interamericana de Direitos Humanos.b) Explique o procedimento de demandas à Corte Interamericana de Direitos Humanos em casos similares. Justification: Expectativa de resposta:a) A Corte Interamericana de Direitos Humanos é órgão jurisdicional, capaz de proferir sentenças que, ao mesmo tempo em que obrigam os envolvidos no processo, substituem, de maneira definitiva, a vontade das partes. Ao solucionar conflitos entre Estados ou entre Estados e indivíduos, a Corte exerce sua competência contenciosa. Foi isso o que ocorreu no caso Herzog, envolvendo a família do falecido jornalista e a República Federativa do Brasil.Também é possível que a Corte oferte pareceres aos Estados sobre a aplicação da Convenção Interamericana e em relação à aplicabilidade de certos dispositivos da Convenção. Nesse caso, tem-se a competência consultiva da Corte. O indivíduo, após esgotamento prévio dos recursos internos do Estado violador, pode encaminhar petição à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Esta, ao fazer o juízo de admissibilidade, verificará se os recursos internos se esgotaram. Caso não tenham se esgotado, verificará se a vítima teve acesso ao devido processo legal, se recebeu as condições materiais necessárias para a defesa dos seus direitos ou se houve demora injustificada do processo no âmbito interno. Se o processo interno tiver demorado excessivamente, se a vítima não tiver recebido as condições materiais para a defesa dos seus direitos ou se tiver sido violado o devido processo legal, a petição será recebida mesmo sem o esgotamento prévio dos recursos internos.Admitida a petição, a comissão busca uma solução amistosa ou determina providências a serem adotadas pelo Estado Denunciado. Infrutíferas essas medidas, a Comissão, por maioria absoluta, deve decidir se submete o caso à Corte.b) Somente a Comissão ou os Estados podem submeter demandas à Corte. O indivíduo ou seus representantes, uma vez submetido o caso à Corte, pode participar do processo. 1.50/ 2.00