Oxigenoterapia: Indicações e Sistemas

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PaO2 < 60 mmHg ou saturação de oxigênio menor que 90% (em atmosfera
ambiental); 
Saturação menor que 88% durante deambulação, prática de exercício físico
ou sono em indivíduos com doenças cardiorrespiratórias; 
Intoxicação por monóxido de carbono; 
Envenenamento por cianeto. 
A oxigenoterapia significa fornecer oxigênio em concentração acima da encontrada atmosfera ambiental, para um paciente que, por
condições do organismo, não consegue ter boa oxigenação de seu organismo ou não consegue manter o nível de saturação no
momento, facilitando o trabalho dos pulmões. 
A utilização do oxigênio como recurso terapêutico é datada de 1920 e desde então, os efeitos da oxigenoterapia sobre pacientes tem
melhorado o tratamento de pacientes. Como qualquer fármaco, a administração de O2 como recurso terapêutico deve seguir a
recomendação técnica da equipe multiprofissional que acompanha aquele paciente, uma vez que, como qualquer terapia, sua
administração incorreta pode causar efeitos deletérios ao paciente. 
Oxigenoterapia Não Invasiva e InvasivaOxigenoterapia Não Invasiva e Invasiva 
A falta de oxigenação correta, denominada hipoxemia, pode levar ao aparecimento dos seguintes sintomas, em maior ou menor grau,
conforme a gravidade do caso (podendo ser leve, moderado ou grave). 
Indicações de OxigenoterapiaIndicações de Oxigenoterapia
Sintomas presentes para indicação de oxigenoterapiaSintomas presentes para indicação de oxigenoterapia 
Por Amanda Dantas
Hipoxemia é a baixa concentração de
oxigênio no sangue arterial.
Taquipneia /dispneia; 
Palidez; 
Taquicardia; 
Agitação; 
Desorientação; 
Dor de cabeça; 
Alteração na pressão, tanto para mais ou para menos; 
Vasoconstrição periférica. 
Sistemas de OxigenoterapiaSistemas de Oxigenoterapia 
2 – Cânula nasal ou óculos 
 
Fluxos superiores a 8 L/min podem gerar ressecamento das narinas, mesmo com umidificadores. A
grande vantagem é que não há necessidade de remoção para alimentação nem fala, podendo ficar
instalada por longos períodos. 
As cânulas podem ter reservatórios, que evitam a diluição do oxigênio, sendo as mais comuns as
cânulas com reservatório nasal, que armazenam cerca de 20 mL durante a expiração, devendo ser
substituídas a cada 4 semanas e o paciente treinado para ter expiração nasal e não bucal. 
Os sistemas de baixo fluxo fornecem oxigênio às vias aéreas diretamente, com fluxos de 8 L/min ou menos. Nos sistemas de
baixo fluxo estão incluídos a cânula nasal, o cateter nasal, cateter trans-traqueal e máscara facial.
1 – Cateter Nasal 
 
Para estabelecer o correto tamanho do cateter nasal, é necessário primeiramente medir a distância entre o lóbulo da orelha e a
asa do nariz. O cateter nasal pode ser substituído a cada 8 horas, geralmente, o fluxo será de 1 a 5 L/min. 
Por Amanda Dantas
Os sistemas de oxigenoterapia classificam-se em sistemas de baixo fluxo e alto fluxo. 
Sistemas de baixo fluxo 
Enfermagem
3 – Máscara facial 
 
É um dos equipamentos mais comuns e utilizados. Sua grande vantagem é que cobre tanto o nariz quanto a
boca, podendo ser utilizados fluxos acima de 4 L/min até 15 L/min, mas acima de 8 L/min é importante
repensar a interface. Há 3 tipos de máscaras: simples, de reinalação parcial e não-reinalação. A diferença
está no fato que as máscaras de reinalação parcial e não-reinalação possuem uma bolsa reservatório flexível
de 1 L fixada à entrada de oxigênio, produzindo FiO2 mais elevada que a máscara simples, sendo que a
máscara de reinalação parcial não contém válvulas. 
Por Amanda Dantas
Sistemas de alto fluxo 
Esses sistemas fornecem uma concentração específica de oxigênio em fluxos iguais ou superiores ao fluxo inspiratório máximo
do paciente. Alguns exemplos de sistema de alto fluxo são a máscara de arrastamento de ar e os geradores de fluxo. 
Ventilação Não-Invasiva
 
É definida como técnica de ventilação mecânica na qual nenhum dispositivo invasivo é utilizado, como tubo orotraqueal,
nasotraqueal ou cânula de traqueostomia, com diversas modalidades ventilatórias podendo ser utilizadas antes que o paciente
necessite de ventilação invasiva.
Aparelhos de ventilação não-invasiva
Alguns aparelhos, como CPAP, são bastante utilizados e indicados para esse fim. Aparelhos de ventilação invasiva adaptado à máscara facial sem
vazamento, sendo colocado em modo espontâneo com uso de Peep. 
Para máscara Bipap, é importante a administração de sedação, sem que haja prejuízo do padrão respiratório, para que o paciente tolere melhor a
utilização do suporte respiratório.
4 – Máscara Venturi
 
É uma máscara facial fenestrada que possui sistema de alto fluxo. O oxigênio passa por um orifício sob pressão,
permitindo a aspiração do ar ambiente para o interior da máscara, o que provoca a mistura de ar ambiente e
oxigênio. É considerado um método eficaz por permitir o controle da quantidade exata de 02 por meio de
adaptadores coloridos e removíveis, atingindo até 50% de concentração de oxigênio.
Ventilação Mecânica Invasiva 
 
É a ventilação que ocorre quando há uso de tubo orotraqueal, cânula de traqueostomia ou
nasotraqueal, sendo o princípio fundamental da reanimação cardiopulmonar do paciente em
estado grave. Pode também ser utilizada após anestesia geral do paciente, em pós-cirurgias,
em pacientes com necessidade de controle de gases sanguíneos e nos casos de disfunção de
outros sistemas, como em choque ou sepse. O objetivo é sempre minimizar o tempo que o
paciente fica sob ventilação mecânica invasiva, devendo quando possível, o paciente estar sob
ventilação não-invasiva. 
Por Amanda Dantas
CPAP
BIPAP
Cuidados de EnfermagemCuidados de Enfermagem 
Inclui a vigilância constante, alarmes ligados ininterruptamente, o auxílio na fixação do tubo traqueal, a
avaliação da perfusão periférica para verificar a eficácia da perfusão tecidual, a instalação da oximetria de
pulso, a observação da expansibilidade torácica em sincronia com o ventilador mecânico e a avaliação da
necessidade de analgesia e sedação. Deve ser realizada mudança de decúbito para evitar atelectasia e
otimização da expansibilidade torácica. A higiene oral é indispensável para diminuição da proliferação
bacteriana. Não se esqueça de estabelecer a comunicação efetiva com todos os pacientes que estão em
ventilação mecânica, incluindo aqueles que se apresentam sedados.
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Por Amanda Dantas
Atelectasia ou colapso pulmonar é o colapso de um segmento do pulmão alterando a relação
ventilação/perfusão. Geralmente ocorre quando a via respiratória está bloqueada e as áreas não
colapsadas costumam tentar compensar aumentando a oxigenação.