Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estudo de caso – Como a empresa deve atuar na gestão de relacionamentos e comunicação com seus stakeholders em uma situação de crise? A empresa familiar CocoNuts precisa pensar os próximos passos da gestão de crise a partir de sua missão, visão e valores alinhados com pontos de conexão com os diferentes stakeholders, cada público tem seus interesses e é preciso analisar de forma minuciosa qual comunicação, formato e linguagem serão abordados para que, mesmo as vezes conflitando esses interesses, possam chegar a um ponto de equilíbrio, conseguindo dar o retorno esperado. Podemos encontrar as definições dos diversos stakeholders nesse trecho abaixo: “1. Os shareholders – denominação genérica de proprietários e investidores; 2. Os internos, efetivamente envolvidos com o monitoramento e a geração de resultados nas companhias; 3. Os externos, integrados à cadeia de negócios e 4. De valor, mas também alcançadas pelos objetivos corporativos e pelos critérios com que são tomadas as decisões para minimizá-los.” (ROSSETI E ANDRADE, 2019, p.108). Nos dias de hoje, os consumidores são stakeholders realmente importantes para a construção de uma marca forte e efetiva, é necessário ouvir sempre o que eles têm a dizer, gerando relacionamentos duradouros. O ideal de uma empresa é que já tenham um manual de gerenciamento de crise atualizado e treinamento da equipe para lidar com os diferentes interesses pois quando já se construiu um bom relacionamento de escuta, entrega e, com isso, confiança mutua se torna mais fácil a prevenção e/ou resolução de uma crise. O mal envasamento dos produtos gerou um escândalo para a CocoNuts, e neste momento é preciso assumir as responsabilidades, traçar um plano de comunicação interno e externo, definir ações com a imprensa e caminhar passo a passo com o desenrolar da crise. Durante o processo de responsabilização, mostrar-se ativo na investigação e rápida solução do problema é extremamente importante, assim como um comitê de crise instituído por assessores de imprensa, marketing da marca, profissionais de relações públicas, conselheiros e Mariana, atual diretora executiva, acompanhando de perto a investigação, recall e solução dos problemas. “Especialistas em gestão de crises são unânimes em afirmar que a prevenção e o treinamento para tais situações devem integrar os planos de contingência das corporações. A prevenção é um dos pilares do que se convencionou chamar de gestão de riscos. O objetivo da boa gestão de riscos é evitar que a crise aconteça; mas, se ela ocorrer, assumir o controle da situação para minimizar o potencial de dano causado ao negócio e à reputação da organização.” (FORNI, 2019, p.57). A CocoNuts tem 40 anos e essa construção de marca precisa ser levada em consideração, não agir com ética em relação aos consumidores não é só errado, mas também causa desconexão, desmotivação e influencia um abuso de conduta. Pode-se usar a favor da marca ações presenciais com os consumidores, vídeos institucionais, divulgação de notas, peças visuais publicitárias em mídias sérias e com peso social lembrando da estrutura sustentável preexistente, mostrando a conduta de valorização à educação tanto para funcionários quanto para fornecedores, comunicar o que está sendo feito para resolver e/ou reparar os danos causados por conta do erro. Todas as ações em somatória precisam agregar valor à marca e serem mantidos em análise constante para a manutenção da comunicação e ajuntamento de dados. Saber o que acontece, como acontece e o que estão falando sobre é imprescindível, mas comunicar bem para conseguir o engajamento de todos os níveis para a resolução é a chave para ter ótimos resultados. Vivemos dias que, por conta da internet, nada é esquecido e é praticamente impossível limpar a imagem de uma empresa tão grandiosa quando acontece algum problema, e com isso, afeta todos os stakeholders. Ser flexível, adaptar processos, fazer pesquisas de análise de imagem e produto ajudam a prever uma crise. REFERÊNCIAS FORNI, J. J. Gestão de crises e comunicação. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2019. ROSSETI, J.P.; ANDRADE, A. Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
Compartilhar