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Igreja e exército Para Freud existem diversos tipos de grupos, entre eles duas massas artificiais permanentes e altamente organizadas, sendo a igreja e o exército. Existe algo muito importante que liga essas duas massas, a presença da coerção e liderança. O uso da coerção para que se mantenha a organização, havendo o impedimento de modificações em sua estrutura e se evite uma dissipação, é talvez a grande arma desses grupos. Vamos entender um pouco mais sobre esses dois grupos e o que os tornam tão semelhantes pelo olhar de Freud segundo a psicologia das massas. A igreja possui uma figura de liderança, vamos levar em consideração, mas especificamente a igreja católica, onde a função de liderança é exercida por Jesus Cristo. Através da passagem bíblica onde Cristo diz “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos a mim o fizeste” passa para a igreja a sensação de união e família, Freud mostra que a relação de Deus com a igreja é de um pai bondoso e que todas a exigências feitas derivam desse amor incondicional, onde todos são iguais diante de Cristo. Podemos citar outra passagem bíblica como: Se me amais, guardai os meus mandamentos. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. Neste trecho podemos observar a coerção onde para ser aceito nessa massa é preciso”Gaurdar o mandamento “andando corretamente em meio a estrutura. Fugindo então do maior medo daqueles que segue a Cristo, o inferno. No exercício a liderança é exercida pelo Comandante, que exerce ali também um local de “paternidade “onde ele se preocupa e que o bem de todos os seus soldados. O que distingue estruturalmente o Exército da Igreja é que o primeiro tem uma hierarquia dentro do grupo. Cada capitão é uma espécie de comandantes, cada sub oficial, dos seus subordinados. A organização da Igreja apresenta uma estrutura semelhante, mas difere do ponto de vista econômico. Nas massas artificiais, o indivíduo está unido por laços libidinais ao chefe e à coletividade. Uma hierarquia muito semelhante formou-se tanto na igreja quanto no Exército. Toda religião é uma religião de amor para aqueles que a seguem, mas tende a intolerância para aqueles que não pertencem a essa massa moralmente organizada.
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