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Ministério da Igreja IBADEP Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - Ensino e pesquisa IBADEP - Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - Ensino e Pesquisa Av. Brasil, S/N° - Eletrosul - Cx. Postal 248 85980-000 - Guaíra - PR Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 E-mail: íbadep a ibadep.com Site: www.ibadep.com Aluno(a):............................................................................ DIGITALIZAÇÃO IBADEP ESDRAS DIGITAL E PASTOR DIGITAL http://www.ibadep.com AEADEPAR - Associação Educacional das Assembléias de Deus no Estado do Paraná IBADEP - Ins ti tuto Bíbl ico das Assemblé ias de Deus no Estado do Paraná Av. Brasil , S/N° - Eletrosul - Cx. Postal 248 85980-000 - Guaíra - PR Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 E-mail: ibadep@ibadep.com Site: www.ibadep.com mailto:ibadep@ibadep.com http://www.ibadep.com Administração e Liderança Pesquisado e adaptado pela Equipe Redatorial para Curso exclus ivo do 1BADEP - Insti tuto Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus do Estado do Paraná. Com auxílio de adaptação e esboço de vários ensinadores. 4a Edição - Abril/2005 Todos os direitos reservados ao IBADEP Diretorias C I E A D E P Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra Pr. José Alves da Silva - Presidente Pr. Israel Sodré - Io Vice-Presidente Pr. Moisés Lacour - 2o Vice-Presidente Pr. Ival Theodoro da Silva - Io Secretário Pr. Carlos Soares - 2o Secretário Pr. Simão Bilek - I o Tesoureiro Pr. Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro A E A D E P A R - C o n se lh o D e l i b e r a t i v o Pr. José Alves da Silva - Presidente Pr. Ival Teodoro da Silva - Relator Pr. Israel Sodré - Membro Pr. Moisés Lacour - Membro Pr. Carlos Soares - Membro Pr. Simão Bilek - Membro Pr. Mirislan Douglas Scheffel - Membro Pr. Daniel Sales Acioli - Membro Pr. Jamerson Xavier de Souza - Membro A E A D E P A R - C o n se lh o de A d m i n i s t r a ç ã o Pr. Perci Fontoura - Presidente Pr. Robson José Brito - Vice-Presidente Ev. Gilmar Antonio de Andrade - Io Secretário Ev. Gessé da Silva dos Santos - 2o Secretário Pr. José Polini - I o Tesoureiro Ev. Darlan Nylton Scheffel - 2o Tesoureiro I B A D E P Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro Cremos 1) Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: O Pai, Filho e o Espíri to Santo. (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29). 2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17). 3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9). 4) Na pecaminos idade do homem que o desti tuiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatór ia e redentora de Jesus Cristo é que pode res taurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19). 5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espíri to Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8). 6) No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna jus ti f icação da alma recebidos gra tuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9). 7) No batismo bíblico efe tuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espíri to Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2 . 12). 8) Na necessidade e na possibi l idade que temos de viver vida santa mediante a obra exp ia tória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, insp irador e santi f icador do Espíri to Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e lP d 1.15). 9) No batismo bíblico no Espíri to Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras l ínguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7). 10) Na atual idade dos dons espiri tuais dis tr ibuídos pelo Espíri to Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade ( IC o 12.1-12). 11) Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases dist intas. Pr imeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal , com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos ( lT s 4.16. 17; ICo 15.51- 54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14). 12) Que todos os cr istãos comparecerão ante o Tr ibunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10). 13) No ju ízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15). 14) E na vida eterna de gozo e felic idade para os fiéis e de tr isteza e tormento para os infiéis (Mt 25.46). Metodologia de Estudo Para obter um bom aproveitamento, o aluno deve estar consciente do porquê da sua dedicação de tempo e esforço no afã de galgar um degrau a mais em sua formação. Lembre-se que você é o autor de sua história e que é necessár io atualizar-se. Desenvolva sua capacidade de raciocínio e de solução de problemas, bem como se integre na problemática atual , para que possa vir a ser um elemento útil a si mesmo e à Igreja em que está inserido. Consciente desta realidade, não apenas acumule conteúdos visando preparar-se para provas ou trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro sugerido abaixo e comprove os resultados: 1. Devocional: a) Faça uma oração de agradecimento a Deus pela sua salvação e por proporcionar-lhe a oportunidade de estudar a sua Palavra, para assim ganhar almas para o Reino de Deus; b) Com a sua humildade e oração, Deus irá i luminar e di recionar suas faculdades mentais através do Espíri to vSanto, desvendando mistérios contidos em sua Palavra; c) Para melhor aproveitamento do estudo, temos que ser organizados, ler com precisão as lições, medi tar com atenção os conteúdos. 2. Local de estudo: Você precisa dispor de um lugar próprio para estudar em casa. Ele deve ser: a) Bem arejado e com boa i luminação (de preferência , que a luz venha da esquerda); b) Isolado da circulação de pessoas; c) Longe de sons de rádio, televisão e conversas. Disposição: Tudo o que fazemos por opção alcança bons resultados. Por isso adquira o hábito de estudar voluntariamente , sem imposições . Conscientize-se da importância dos itens abaixo: a) Estabelecer um horário de estudo extraclasse, dividindo-se entre as disciplinas do currículo (dispense mais tempo às matérias em que t iver maior dif iculdade); b) Reservar, d iariamente , a lgum tempo para descanso e lazer. Assim, quando estudar, estará desligado de outras atividades; c) Concentrar-se no que está fazendo; d) Adotar uma corre ta postura (sentar-se à mesa, tronco ereto), para evita r o cansaço físico; e) Não passar para outra lição antes de dominar bem o que estiver estudando; f) Não abusar das capacidades físicas e mentais. Quando perceber que está cansado e o estudo não alcança mais um bom rendimento , faça uma pausa para descansar. Aproveitamento das aulas: Cada disciplina apresenta característ icas próprias, envolvendo diferentes comportamentos: raciocínio, analogia, interpre tação, aplicação ou simplesmente habil idades motoras. Todas, no entanto, exigem sua participação ativa. Para alcançar melhor aproveitamento, procure: a) Colaborar para a manutenção da discipl ina na sala-de-aula; b) Participar a tivamente das aulas, dando colaborações espontâneas e perguntando quando algo não lhe ficar bem claro; c) Anotar as observações complementares do monitor em caderno apropriado. d) Anotar datas de provas ouentrega de trabalhos. Estudo extraclasse: Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve: a) Fazer dia riamente as tarefas propostas; b) Rever os conteúdos do dia; c) Preparar as aulas da semana seguinte. Se constatar alguma dúvida, anote-a, e apresenta ao monitor na aula seguinte. Procure não deixar suas dúvidas se acumulem. d) Materiais que poderão ajudá-lo: ■ Mais que uma versão ou tradução da Bíblia Sagrada; ■ Atlas Bíblico; ■ Dic ionár io Bíblico; ■ Encic lopédia Bíblica; ■ Livros de Histórias Gerais e Bíblicas; • ■ Um bom dicionário de Português; ■ Livros e aposti las que tratem do mesmo assunto. e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre em mente: ■ A necessidade de dar a sua colaboração pessoal; * O direito de todos os in tegrantes opinarem. Como obter melhor aproveitamento em avaliações: a) Revise toda a matéria antes da avaliação; b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!); c) Concentre-se no que está fazendo; d) Não tenha pressa; e) Leia a tentamente todas as questões; f) Resolva primeiro as questões mais acessíveis; g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregar a prova. Bom Desempenho! Currículo de Matérias > Educação Geral 03 Histór ia da Igreja 09 Educação Cristã n/ 03 Geografia B í b l i c a ' / > Ministér io da Igreja CU Ética Cristã / Teologia do Obreiro 09 Homilética / H erm enêu t ica 1̂ -/ 09 Família Cristã ^ 03 Adminis tração Eclesiás tica s / > Teologia , 09 B i b l i o l o g i a x / CQ A Trindade 03 Anjos, Homem, Pecado e Salvação 03 Heresiologia J 03 Eclesiologia / Miss iologia > Bíblia 03 Pentateuco CQ Livros Históricos 03 Livros Poéticos 03 Profetas Maiores 03 Profetas Menores 03 Os Evangelhos / Atos 09 Epístolas Paulinas / Gerais d Apocalipse / Escatologia Abreviaturas a.C. - antes de Cristo. ARA - Almeida Revis ta e Atualizada ARC - Almeida Revista e Corrida AT - Antigo Tes tamento BV - Bíblia Viva BLH - Bíblia na Linguagem de Hoje c. - Cerca de, aproximadamente , cap. - capítulo; caps. - capítulos, cf. - confere, compare. d.C. - depois de Cristo. e.g. - por exemplo. Fig. - Figurado. fig. - f igurado; f iguradamente, gr. - grego hb. - hebraico i.e. - isto é. IBB - Imprensa Bíblica Brasileira Km - Símbolo de quilometro lit. - literal, l i teralmente. LXX - Septuagin ta (versão grega do Antigo Testamento) m - Símbolo de metro. MSS - manuscri tos NT - Novo Testamento NVI - Nova Versão Internacional p. - página. ref. - referência; refs. - referências ss. - e os seguintes (isto é, os versículos consecutivos de um capí tu lo até o seu final. Por exemplo: IPe 2.1ss, significa IPe 2.1-25). séc. - século (s). v. - versículo; vv. - versículos. ver - veja s índice Lição 1 - A Ig re ja ................................................................. 15 Lição 2 - Organização da Ig r e ja ........................................ 41 Lição 3 - A Administração da I g r e j a .............................. 67 Lição 4 - 0 L í d e r ...................................................................99 Lição 5 - A L i d e r a n ç a .................................................... 125 Referências B ib l io g rá f ica s ............................................ 151 Lição 1 A Igreja Na linguagem comum, o vocábulo Igreja tem um significado muito amplo. É aplicado ao edi fíc io em que se realiza o culto cristão; a uma congregação de adoradores crentes; a um estabelecimento religioso; a de terminado t ipo de ordem eclesiástica; ao con junto de todos os crentes em Cristo, e a um grupo local de discípulos cristãos associados num pacto com propósitos religiosos. Este últ imo significado é o comumente encontrado no Novo Testamento. O vocábulo 7 ‘igrej l u / - ^ n i - d j í palavra g r e g a i ekklesicr j que significa j^chamado para fo ragi) uek” para fora, e “k les is” , chamado. Entre os gregos, o termo designava um grupo de pessoas dotadas do privi légio e c idadania incumbidos de certas funções públicas adminis tra tivas importantes, convocado, ou chamado para fora, dentre a massa comum do povo. No Novo Testamento, a “Ekk les ia” é um grupo de pessoas chamadas e separadas da multidão comum, em virtude de uma vocação divina, escolhida para serem santas, investidas nos privilégios e incumbidas dos deveres de cidadania no reino de Cristo. Conforme o NT, uma Igreja cristã é um grupo de pessoas div inamente chamadas e separadas do mundo, batizadas sob prof issão de sua fé em Cristo, 15 unidas em aliança para o culto e o serviço cristão, sob suprema autoridade de Cristo, cuja Palavra é sua única lei e regra de vida em todas as questões de fé e prática religiosa. A Igreja é a representante de Deus na terra; é o corpo de Cristo e o meio através do qual Ele se expressa ao mundo. É o único órgão de redenção que Deus tem no mundo. A Igreja é um organismo divino (o Corpo de Cristo) em meio a ambiente estranho. O que é, ou não é a Igreja! ■ A Igreja não é um edifício material - hierosulos', ■ A Igreja não é uma denominação; ■ A Igreja é o fundamento de Cristo (Mt 16.18); ■ A Igreja não é um empreendimento nacionalista; ■ A Igreja é o povo de Deus dentro da raça humana (G1 3.28); ■ A Igreja não é a continuação do juda ísmo (Mt 9.16); ■ A Igreja é o vinho da nova aliança em novos o d re s1; ■ A Igreja não é o reino de Deus. “O reino de Deus é mais amplo que a Igreja e envolvem o universo, as hos tes2 angelicais bem como os santos do Antigo Tes tam ento” ; " A Igreja não é um plano parentético de Deus; ■ A Igreja é o fruto da vontade de Deus (Ef 1.2-11); " A Igreja é o eterno propósi to de Deus (Rm 8.26- 30); propósito de Deus define-se assim: • Defin ido em vista (Ef 3.11). 1 Saco fei to de pele e des t inado ao t ranspor te de l íquidos ; 2 Tropa ; exérc i to . 16 • No grego pro t i th em a i : colocar diante de; expor; pr incipalmente para ser contemplado (Ef 3.11). ■ A Igreja é o mistério de Deus (Dt 29.29); * A Igre ja é a Nação Santa ( IPe 2.9); ■ As e tn ia s1 na raça humana, judeus, gentios, e a Igreja de Deus; ■ A Igreja é uma fraternidade (Koynonia ). P ro p ó s i to de Deus p a r a com a I g r e ja . Em Efésios 3.10,11 diz: “Para que agora, pela igreja, a multi forme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor” . O propósito de Deus com a Igreja é sem dúvida, a pregação do Evangelho a toda criatura ao redor do mundo. Ela é a grande agência do reino de Deus aqui na Terra; é incumbida de levar os pecadores a Cristo. E a depositária da importante mensagem que este mundo jamais ouviu. A I g r e j a Universa l . E o conjunto de todos os salvos em todas as épocas e lugares. É a Igreja de Cristo independe de denominação, número de membros ou abrangência territorial. Falando no sentido denominacional dizemos que há denominações com poucos membros da Igreja Universal , porque vivem como não salvos. Ser membro da Igreja Universal não quer dizer somente ser membro 1 Po p u la ç ã o ou grupo social que ap resen ta re la t iva ho m og e n e id a d e cul tura l e l ingüís t ica, com par t i lh and o h is tór ia e o r igem comuns. 17 de uma Igreja local; nem se é membro dessa Igreja por tocar ou cantar no coro ou por fazer qualquer outro serviço, mas para isso é preciso ser nova criatura, uma criatura nascida de novo; caso contrário, não subirá com o Senhor na sua vinda. Se não nascer de novo e viver de acordo com os ensinos bíblicos não é membro da Igreja de Cristo no sentido real. A salvação não é privi légio de nenhuma denominação; alguns pre tens iosamente afirmam, mas estão enganados! Jesus não fundou nenhuma denominação, o que ele fundou e inaugurou no dia de Pentecostes foi a sua Igreja, verdadeira, imaculada e comprada por seu sangue derramado na cruz. A VerdadeiraIgreja de Cristo é aquela que o serve em novidade de vida e pauta o viver cristão pelos ensinos sagrados. > Aspectos dentro do conceito de Igreja Universal: ■ Igreja Inv is íve l : São os fiéis no Senhor, aqueles que estão dentro da Igreja visível. ■ Igreja O rgan ism o: Como organismo, é uma comunidade de crentes unidos em Cristo pelo Espíri to Santo; dotada de dons e minis térios para aper fe içoamento dos santos (Ef 4.11-16); a Igreja organismo precede a Igreja organização. ■ Igreja M il i tan te : É a comunidade cris tã que peregrina em direção ao descanso eterno, revestida pela armadura de Deus para vencer o inferno (Mt 16.18). Esta luta contra as hostes do maligno, contra o pecado, que é comprometida com a pregação do Evangelho de Cristo, a f im de promover a salvação dos pecadores. Representada por todas as igrejas locais: ministros, membros, que guardam a unidade do Espíri to Santo pelo vínculo da paz (Ef 4.3-16). 18 ■ Igreja Triunfante: É o grupo incontável de cristãos que estão nos céus, arrebatada pelo Seu Senhor e Salvador Jesus Cristo, é a Igreja livre da ação do pecado, reinando com Cristo, é a mesma Igreja Universal do mundo inteiro, agora unida com Cristo nas Bodas do Cordeiro, depois de trocar a espada pela palma da vitória, as lágrimas pelos cânticos, e a cruz pela coroa. ■ Aspecto Inclusivo da Igreja : A Igreja é composta de pessoas de todas as raças, tribos, línguas e nações! A Igreja Local. Representa uma parte pequena da Igreja Universal . É formada pelo conjunto de salvos por Cristo de um determinado local, cidade, distrito ou munic ípio. Dentro do aspecto geral a Igreja é um grupo unido no mesmo propósito e fé, um corpo cooperando com outros de semelhante natureza. Um estudo do Novo Testamento demonst ra c laramente que a Igreja local tem uma importância super la t iva1. A Igreja local é uma célula viva do corpo de Cristo, atuando na comunidade onde está situada. Não devemos l imitar este conceito à reunião dos crentes no prédio da Igreja. A Igreja Primitiva se reunia para a adoração e edificação, em diversos lugares, nas sinagogas, em edifícios públicos ou domicíl ios particulares. Portanto, não estavam reunidos em um único lugar; os crentes mantinham suu condição de sal da terra e testemunhas de Cris to na sociedade em que viviam. 1 Que expr im e uma qua l id ade em grau mui to al to, ou no mais al to grau. 19 A Igreja local é uma expressão do corpo de Cristo na comunidade onde habita, e é também o representante de Deus para evangelizar e testif icar aos pecadores nessa região em particular. E necessário que haja uma Igreja estabelec ida que possa expressar a vontade e os propósitos de Deus, comple tando sua missão no mundo. Não se pode considerar comple ta a obra de evangelismo, conquanto não haja igrejas estabelecidas. A Missão da Igreja Qual o propós ito de Deus ao mante r a Igreja no Mundo? Qual sua final idade ou missão? A Bíblia ensina que a Igreja está no mundo para uma missão tríplice: p (1) Adoração (glor ificação ao nome de Deus). A Igreja é um precioso tesouro de Deus na qual Ele se deleita. A adoração é preciosa para Deus. Eis a missão da Igreja: adorar e glorificar a Deus em espíri to e em verdade (At 13.13). 0 (2) Edificação (aperfe içoamento, fortalecimento, crescimento dos salvos). Esta é uma missão qua l i ta t iva1 que a Igreja tem para consigo mesma. O ensino é a sa lvaguarda2 dos que são ganhos para Cristo. Atendendo às necessidades do membro e, desta maneira, fortalecendo e edificando a Igreja (Ef 3.14-21; 4.11- 16; G1 4.19,20; Jo 17.15-23; IPe 3.15; 2Pe 3.18). 1 Que expr ime ou de te r mi na a(s) qual idade(s ) . 2 Pro te ção e garan t ia (de d ire i to , de l ibe rdade , de segu rança) con cedid as por au t o r id a d e ou inst i tuição a um ind iv íduo , a uma co le t iv idade , a um es tatuto. fi (3) Evangel ização (testemunho). É anunciar o Evangelho e o seu poder, aumentando o número de salvos (At 1.8; Mt 28.18-20; Lc 24.47). É evidente que a Igreja deve dar o máximo de impulso à parte evangelís t ica de sua missão. Ganhar almas é a maior missão da Igreja, não é, todavia a única. Todo o bom trabalho de evangelização deve ter em mente a preservação dos frutos e a t ransformação desses frutos em ganhadores de almas. A melhor forma para isso, é a edificação, organização de igrejas responsáveis, isto é, igrejas que continuem a evangelização (At 19.10). Paulo demorou-se dois anos em Éfeso e todos os da Ásia ouviram o Evangelho, o que possibil i tou, poster iormente , João escrever as cartas às sete igrejas da Ásia. Aspecto Exclusivo da Igreja Os componentes de uma Igreja viva e bíblica deverão: * Ter conhecimento ortodoxo, vivo e exper imenta l de Seu salvador, acompanhado de verdadeira convicção de pecado e sede de salvação, sem confiar em seus próprios méritos e obras para salvar-se; ■ Ter fé, e deve ser caracter izada por uma entrega total a Cristo e f irme crença no que a Bíblia revela; ■ Ter sua ação, conduta e frutos p au tad o s1 de verdadeira regeneração (Mt 7.20; G1 5.22). 1 R is cado com t r aços para lelos . Re la c io na do , a r ro lado . 21 Governo Eclesiástico Este é, sem dúvida, assunto de grande importância, e deve ser tratado à luz da Bíblia. A falta de conhecimento do modo de exercer o governo da Igreja tem trazido sérios problemas, tanto a ela como aos seus pastores. Há ministros que copiam formas de governo mundanas para, através delas, governarem a Igreja de Deus, isso nunca poderá dar bons resultados. A única forma para dirigir e governar a Igreja está na Bíblia, a Palavra de Deus. Jesus é o único legis lador para a Igreja - não resta dúvida de que Cristo é o cabeça da Igreja: não só no sentido de Igreja Universal , mais também no de igrejas locais. Pela ressurreição, Ele foi const i tuído cabeça da Igreja que é o Seu corpo: a cabeça é a parte superior do corpo e é ela que governa. Assim é Cristo em re lação à Igreja (Ef 1.22; 4.15; 5.23; Cl 1.18; 2.10), por isso Ele é também o único legislador para a Igreja. A ninguém cabe o direito de criar doutrinas, leis e dogmas que não este jam claramente explícitas na Bíblia. > O governo da Igreja não é: ■ Democracia - governo do povo (onde são colocados e t irados os governantes, e os elege por meio de votos, através de propaganda, muitas vezes desonesta); ■ Ditadura - onde apenas um homem faz e desfaz tudo que quer, mas a Igreja de Cristo quem dirige é sua cabeça, que é Cristo. 22 > O governo da Igreja é: * Teocrát ico - isto é, governo de Deus, onde o poder e as leis emanam de Deus: o ensino é de Deus, a doutrina é de Deus e o seu código é a Bíblia, a Palavra de Deus. Os minis tros são eleitos por Deus e são dados à Igreja por Deus. Algumas igrejas se jactam de terem o seu governo baseado no sistema democrát ico, mas nós damos graças a Deus pelo governo teocrático. > Governo da Igreja na terra. Na terra, Deus usa os seus minis tros, o qual escolhe e capacita com dons e os dá à Igreja, para governá-la. Tudo feito através de Cristo, o cabeça da Igreja. Os minis tros operam com o poder e na direção do Espíri to Santo, que é o guia no governo da Igreja. Na lis^a dos dons minister ia is está escri to que Deus pôs governo na Igreja ( I C o 12.28; Rm 12.8). O governo da igreja na terra é executado pelo corpo de ministros. Uma igreja cristã é uma sociedade com vida coletiva, organizada de conformidade com algum plano definido, adaptado a algum propósito estabelecido, que ela propõe realizar. Por conseguinte, conta com seus oficiais e ordenanças, suas leis e regulamentos, apropriados para a adminis tração de seu governo e para o cumprimento de seus propósitos. Exis tem três formas especiais e largamente diferentes de governo eclesiástico, que tem obtido prevalência nascomunidades cristãs através dos séculos passados, e que cont inua sendo mantida com diferentes graus de sucesso, cada uma das quais reivindicando ser a fo rma original e primitiva. 23 Formas de Governo Episcopal ou Prelática. Forma em que o poder de governar descansa nas mãos de prelados ou bispos diocesanos, e no clero mais alto; tal como sucede nas igrejas romanas, grega, anglicana, e na maior parte das igrejas orientais. Os defensores desta forma de governo declaram que Cristo, como o cabeça da Igreja, tenha confiado o contro le da Igreja na terra a uma ordem de oficiais chamados bispos que seriam os sucessores dos apóstolos. É a s i lhue ta1 mais antiga de governo de Igreja local. Episcopal vem do termo grego “ep iskopos”, que significa “superv isor” , a tradução mais freqüente desse termo é “bispo” ou “super in tendente” . Presbiteriana ou Oligárquica . Forma em que o poder de governar reside nas assembléias, sínodos, presbitérios e sessões; é o que sucede na Igreja escocesa, luterana, e nas várias igrejas presbiter ianas . Esse sistema tem um controle menos central izado que o modelo episcopal confia na l iderança de representação. Seus escolhidos (geralmente escolhidos por eleição) para ser representantes diante da Igreja l ideram nas atividades normais da vida cristã (adoração, doutrina e adminis tração). O perfil presbi ter iano de consti tuição ecles iás tica deriva seu nome do ministério bíblico presbu teros (presbítero, ancião). Normalmente na forma de governo presbiter iana, a Igreja é regida por níveis. 1 D e senh o repre sen ta t ivo do perfi l de uma pessoa ou obje to , segundo os con tor nos que a sua so mb ra pro jeta . 24 Congregacional ou Independente . f<\ 3 Como o próprio nome sugere seu enfoque de autoridade recai sobre a congregação, sobre o próprio corpo local de crentes. Nesta forma de governo a entidade pratica o auto-governo, pois cada Igreja individual e local admin is tra seu próprio governo mediante a voz da maioria de seus membros; é o que acontece entre os batistas, os congregacionais , os independentes, e alguns outros grupos evangél icos . Esse sistema é o que dá mais autoridade para os membros comuns da Igreja. É o que mais se aproxima da democrac ia pura. Neander, destacado historiador, diz a respeito do período primitivo: “As igrejas eram ensinadas a se governarem por si mesm as” . “Os irmãos escolhiam seus própr ios oficiais dentre seu própr io número” . “No tocante à eleição de oficiais eclesiásticos, o princípio antigo continuou sendo seguido: o consentimento . da comunidade era necessário para a va lidade de qualquer eleição semelhante, e cada membro t inha a l iberdade de oferecer razões por sua opos ição” . Moshiem diz a respeito do primeiro século: “Naqueles tempos primitivos , cada Igreja cris tã era composta do povo, dos oficiais pres identes , e dos assistentes ou diáconos. Essas devem ser as partes componentes de cada sociedade. A voz principal pertencia ao povo, ou seja, a todo o grupo de c r i s tãos” . “O povo reunido, por conseguinte , elegia seus própr ios governantes e m est res” . A respeito do segundo século, ele acrescenta: “Um presidente, ou bispo, pres ide sobre cada Igreja. Ele era criado pelo voto comum do povo” . “Durante uma grande parte desse século, todas as igrejas continuaram sendo como no princípio , independentes umas das outras, cada Igreja era uma 25 espécie de pequena república independente, governando-se por suas próprias leis, baixadas , ou pelo menos aprovadas pelo povo” . Questionário ■ Assinale com “X” as al ternativas corretas 1. “Ekk les ia”, deriva-se de uma pa lavra grega a)IÃ1 Que significa “chamados para fo ra” b)l I Que significa “chamados para den tro” c)l | Que significa “chamados de fo ra” d)| I Que significa “chamados de den tro” 2. A missão tríplice da Igreja aqui no mundo é a)| I Adoção, edificação e evangelização b ) 0 Adoração, edificação e evangelização c)| | Adoção, dedicação e evangelização d)l I Adoração, dedicação e ju ízo , 3. Forma de governo onde a autoridade recai sobre a congregação, sobre o próprio corpo local de crentes a)l I Episcopal ou prelático b)| I Presbiteriano ou oligárquico c)l I Episcopal e oligárquico d ) 0 Congregacional ou independente ■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado 4. |£l A Igreja é o fundamento de Cristo, o reino de Deus, um plano parentético do Pai 5 . E Igreja militante é a comunidade cristã que peregrina em direção ao descanso eterno, revestida pela armadura de Deus para vencer o inferno 26 Corpo Eclesial O padrão bíblico para escolha dos presbíteros e diáconos nos foi dado pelo apóstolo Paulo em IT imóteo 3.1-13. Havia presbíteros e d iáconos na Igreja de Fil ipos, conforme Fil ipenses 1.1. O apóstolo Paulo instruiu a Tito que const i tuísse presbí teros na Igreja de Creta (Tt 1.5; Cf. At 20.17-35). O corpo eclesial consti tui basicamente de dois ofícios: (1) Pastor, Ministro, Ancião, Presbítero, Bispo. Os vocábulos acima são empregados para designar o mesmo ofício, pois significam of ic ia lmente o mesmo (At 20.17,28; lTm 3.1; Tt 1.5-7). A palavra “presbitér io” é empregada para designar o conjunto ou o corpo de pastores e de presbíteros que cooperam no governo da Igreja. Deve haver um corpo de presbíteros na Igreja local , pois as Escrituras se referem ã existência de presbí teros ou anciãos nas igrejas. Atos 14.23 diz assim: “E, promovendo-lhes em cada Igreja a ele ição de presbíteros, depois de orar com je juns , os encomendaram ao Senhor em que haviam cr ido” . Tiago 5.14,15 instrui que quando alguém adoece alguém, chamem os presbíteros da Igreja para ungir com óleo. Paulo escreveu a Timóteo: “e devem ser considerados merecedores de dobrada honra os presbíteros que pres idem bem, com especia lidade os que se afadigam na palavra e no ensino” ( l T m 5.17). A Tito, o apóstolo recomendou igualmente: “ ... para que... em cada cidade, consti tu ísse presbíteros, conforme te p rescrev i” (Tt 1.5). De Mileto, Paulo 27 mandou chamar os presbíteros da Igreja de Éfeso (At 20.17). Por essas passagens , há abundantes precedentes bíblicos que autorizam a exis tênc ia de presbíteros na Igreja. Também se poderá ver, pelo exame das Escrituras, que o presbítero é um obreiro que exerce um minis tério do Evangelho. Pedro escreveu: “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles.. . pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós... Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a im arcesc íve l1 coroa de glória” ( IP e 5.1-4). Não há dúvida que Pedro foi pregador e apóstolo da mais alta ordem. Ele instruía aos ministros que cuidassem do rebanho. Também afirmou ser ele mesmo um “presbí tero” que exortava os outros presbíteros. Assim sendo, concluímos que um presbítero ou um ancião exerce um ministério. Quando João escreveu a segunda e terceira epístolas, a si mesmo designou-se de “presbítero” ,(2Jo 1; 3Jo 1). Com referência aos presbíteros, em Atos 11.30; 15.2,4,6,22,23; - 16.4; 20.17,28 e 21.18, e part icula rmente nos trechos de Tito 1.5,7, é evidente que os vocábulos “presbítero” (ancião) e “b ispo” (supervisor) são sinônimos, e que ambos se referem a homens consagrados, a líderes oficiais das igrejas. Parece claro que a palavra “presb í tero” se refere ao homem em sua exper iência espiri tual , e que o termo “bispo” a seu cuidado. A conclusão a que se pode chegar, baseada nos parágrafos acima, portanto, é a seguinte: nas igrejas cristãs primitivas havia plura lidade de presbíteros ou anciãos. Noutras palavras, cada Igreja t inha certo número de homens consagrados que servia 1 Que não murcha . Incor rupt íve l , ina l te rável . 28 como pastores. Nos dias dos apóstolos Paulo e Pedro, o Novo Tes tamento ainda não estava completo,pelo que não havia também padrões fixos a seguir, através dos quais fossem resolvidas todas as questões. A Igreja de Cristo estava passando pelo processo de recebei' a revelação total da parte de Deus. A fim de salvaguardar a verdade e resguardá-la das “ in terpretações part iculares” (ver 2Pe 1.20), foi plano de Deus que houvesse, em cada agrupamento evangélico, um corpo de homens dirigidos pelo Espíri to Santo, que pudessem comparar entre si suas impressões divinas, defin indo junto o pensamento e a mente de Deus no tocante à Sua verdade re la tiva às igrejas. Igualmente, nesse período format ivo, a questão de alguém ser um pastor era algo in te iramente novo para todos, havendo necessidade do surgimento e aperfeiçoamento de muitos obreiros dessa categoria, mediante padrão de vida conveniente. Através da associação uns com os outros, comparti lhavam eles o ministério das igrejas primitivas, e estavam assim capaci tados a observar as práticas uns dos outros, aprendendo mutuamente da exper iênc ia coletiva. Isso desenvolveu com p res teza1 aqueles l íderes das igrejas que, indubitavelmente , foram capazes de assumir maiores responsabil idades , como a tarefa de estabelecer novas igrejas e treinar novos presbíteros ou anciãos. Mas, que havia certa dis t inção nas fileiras desses presbíteros parece ficar entendido em IT im óteo 5.17, onde lemos que alguns laboravam na Palavra e no ensino. Isso indicaria que esses t inham uma capacidade maior, enquanto que outros eram menos capacitados. Alguns talvez se ocupassem no cuidado dos pobres , na 1 Lig e i reza , p ront idã o . Ra pi dez , agi l idade . 29 música ou na visi tação pessoal e funções pastorais semelhantes. Esses homens eram apoiados e estimados pela Igreja, conforme IT imóteo 5.17,18, onde a T imóteo é relembrado que o obreiro é digno do seu salário. Igualmente os presbíteros ou anciãos podem servir em outras funções espiri tua is, até mesmo como responsáveis por congregações ou igrejas, estando capacitados a exercerem eventualmente o minis tério de pastor. (2) Diáconos. Os primeiros diáconos foram escolhidos pelos crentes, segundo está regis trado em Atos 6.1-7, para a tender aos interesses temporais da Igreja. Diácono significa “ministro ou servo” . Participação do Membro no Governo da Igreja Não resta dúvida de que os membros devem part ic ipar do governo da Igreja. Mesmo sendo uma teocracia, como já foi dito, a Igreja não pode deixar de ter a participação, embora relativa, dos que a ela pertencem. A relação de partic ipação do povo no governo da Igreja deve ser operado pelo menos em três sentidos: (1) Cooperando. A fim que os governantes tenham condições de desempenhar as suas funções sem embaraço. Essa cooperação é extensa e começa com a contribuição com os dízimos e as ofertas, a fim de que não venha faltar o necessário à manutenção da obra em todas as suas áreas de ação, desde o sustento dos obreiros à construção de templos e a manutenção do patrimônio. 30 (2) Apoiando as Decisões. Apoiando as decisões e de terminações do ministér io que da parte de Deus lhe são recomendadas, cumprindo tudo com alegria, especia lmente no sentido da conservação da doutrina, como podemos observar faziam os irmãos na igreja primitiva (At 15.28-31). (3) Reconhecendo que provém de Deus. O Ministér io da Igreja é dado por Deus e é uma vocação celes tial ; não se trata de prof issão de caráter social , de um emprego, embora tenham os ministros direito a sustento. Por isso devem ser obedecidos com alegria (Hb 13.17). Não havendo obediência, a partic ipação perde o sentido e a razão de ser. Filiação O ingresso na Igreja Universal é pela exper iênc ia de salvação e não pelo batismo em água. Todavia, tornar-se membro da organização, da Igreja local , através do batismo em água, que nada mais é do que o testemunho público e externo da decisão de continuar seguindo a Jesus, identif icando-se com Ele e com o Seu povo na terra. Formas de tornar-se membro. Na era apostól ica, quando havia apenas “um só Senhor, uma só fé, um só bati smo” , e não exist iam denominações com suas divergências, o batismo do convertido por si, o const i tuía membro da Igreja, outorgando-lhe imedia tamente , todos os direitos e privilégios de membro em plena comunhão. Nesse sentido, “o batismo era a porta de entrada na Igreja local” . 31 Atualmente , a si tuação é diferente; e ainda que as igrejas desejem receber novos membros, são precavidas e caute losas para receberem pessoas que não vivam em conformidade com os padrões bíblicos. > Assim, se aceita um membro na Igreja: 1) Pelo batismo (Mt 28.19; At 2.38). É necessário que seja devidamente casado ( IC o 7.2,10,11; Hb 13.4) ou solteiro, e que tenha exper imentado a salvação pela fé em Jesus. 2) Por carta de transferência. Quando expedida por Igreja da mesma fé e ordem. 3) Por aclamação. Aplica-se a várias si tuações. Todas, porém, exigem que a Igreja que receberá o membro já o tenha observado e considerado posit ivo o seu modo de viver. Pessoas recebidas de outros grupos rel igiosos devem ser observadas cuidadosamente , a fim de descobrirem se defendem doutrinas contrárias às doutrinas bíblicas que esposamos. Deve haver entendimento bem definido acerca do sustento da Igreja, pelo membro a ser recebido, pois é possível que não se sinta responsável, quanto aos díz imos e ache que outros é que devem levar a carga financeira da obra. O candidato deve estar ciente das normas de santidade. Deve o pastor instruir os novos membros nas verdades essenciais para o desenvolv imento da Igreja; e somente os que estão plenamente doutrinados poderão ser admitidos como membros. 32 > A Igreja poderá receber, também, por aclamação: a) Membros de organizações genuinamente evangélicas. b) Membros de igrejas que não dão carta de transferência. c) Membros cujos documentos foram extraviados. > Além do que prescreve o estatuto , deve o membro: » a) Consagrar-se; a b) Aprender a levar as almas a Cristo; c) Honrar, respeitar, sustenta r a obra com díz imos ; A d) Assist ir aos cultos; e) Votar nas várias reuniões; f) Participar da Ceia; g) Visitar e ser visi tado; ^ h) Tomar parte nas a tividades da Igreja; <■ i) Ser separado, eventualmente , para obreiro local. > Perigos a serem evitados: a) Pensar o pastor somente no número de membros; b) Pensar demais em apoio financeiro ou social; (c) Ter na Igreja, como membros, pessoas que não ) querem se compromete r com o bom exemplo; /d) Ter na Igreja, como membros, pessoas que crêem K em doutrinas diferentes; c) Aceitar como membros pessoas que se separaram ^ bruscamente de suas igrejas originais. 33 Cartas Recom endação . Deve ser expedida apenas a membros em comunhão com a Igreja e que farão uma viagem temporária a um ou mais lugares. A validade da primeira apresentação é de 30 dias. Caso o membro vá permanecer em lugar fixo, mais de 3 meses , o ideal é levar carta de mudança. M udan ça . A carta de mudança é legada1 a membros em comunhão com a Igreja e que este jam transfer indo residência para outra localidade onde exis ta Igreja da mesma organização. Declaração . No caso de um membro querer transferir -se para uma Igreja aceita como evangél ica, mas que não seja da mesma fé e ordem, podemos dar-lhe uma declaração, d izendo que foi membro da Igreja de tanto a tanto, sendo, agora, desligado do rol de membros a pedido. A presentação . Entre congregações de um mesmo campo ou município pode-se dar uma carta de apresentação. Pode ainda ser usada para pessoas que, de passagem ou mudança, são apenas congregados e não membros. Em todos os casos ver também questão de prazo, destino, portador. Antes de receber qualquer pessoa de outra Igreja, é bom consultar o pastor ou responsável de sua 1 R epassada , passada . 34 Igreja, procurando saber, se, na verdade, não expede qualquer documento para pessoas que mudam de organização, ou se a pessoa não está documentada por outros motivos. O tra tamento de qualquer destes casos deve ser feito com sabedoria. As cartas de mudança ou recomendação podem ser revogadas1 em qualquer ocasião, antes de serem usadas, se, no entender da Igreja, houver motivos suficientes para tal ação, conforme disposi t ivos es ta tu tá r ios2. A Disciplina na Igreja A discipl ina é uma benção, e uma necessidade na Igreja (At 5.1-11; 2Ts 3.6-14; ^ n T > (J 6 . 17JJT^ ICo 5). Jesus falou sobre "a disciplina (Mt 18.15-17). Deus é um Deus de ordem. Como um pai disciplina seus filhos na famíl ia (Hb 12.5-11), assim deve haver disciplina na Igreja. Apesar da Igreja não ter condição de obrigar a consciência do membro, ela tem de ju lgar sobre a observação dos ensinos bíblicos e cristãos por parte dos que a ela pertencem. Sem dúvida um dos fundamentos da Igreja é a disciplina. Nenhuma ins ti tuição tem condições de atingir os seus objetivos se os membros não obedecerem às disciplinas. > Para ensinar é preciso antes aprender. ^ Daí surge à necessidade do obreiro freqüentar regularmente as Escolas Bíblicas, ler bons l ivros e estudar a Bíblia, para ser um obreiro aprovado. 1 Tor na r nulo, sem efe i to; fazer que de ixe de vigorar ; anular , inva lidar , revocar . 2 R el a t i vo a, ou con t id o em es ta tu to(s ) . 35 O objetivo da disciplina visa tanto preparar bons crentes como bons obreiros. Pela leitura das epístolas de Paulo, nota-se que ele se dedicava mais ao ensino que à pregação, e até mesmo as suas mensagens eram saturadas de ensino. Salomão, por exemplo, maior sábio do seu tempo, porque recebeu sua sabedoria dire tamente de Deus, repartiu-a com todos os seus, e quando foi visi tado pela rainha de Sabá, o que mais a impressionou foi jus tamente a disciplina dos servidores de Salomão ( lR s 10.4,5). A disciplina pelo ensino é mais ef iciente que a correção. Assim, se o pastor deseja ver uma Igreja bem disciplinada, a regra áurea é: “Manda estas coisas e ensina-as” ( lT m 4.11). > Propósito da disciplina. Principal objetivo da disciplina é transformar vidas e formar caracteres. O exemplo é um fator impor tante na disciplina. O que ensina precisa primeiramente disciplinar-se a si mesmo, a fim de dar o exemplo. Quem ensina, precisa viver o que fala. Jesus fez uso desse método de ensino, e foi isso que garantiu a sua autoridade. Ele censurou os mestres fariseus porque ensinavam, mas não praticavam. Por isso mesmo não t inham autoridade! “Não se deve considerar a disciplina com caráter negativo, como castigo por parte da Igre ja” . A disciplina tem caráter positivo: ■ Corrigir uma má situação (2Co 7.9); > ■ Restaurar o caído (G1 6.1; Mt 6.14,15); ■ Manter o bom testemunho da Igreja ( lT m 3.7); ■ Advertir os demais membros para que não se ' descuidem ( IC o 5.6,7); 36 ■ Apelar à consciência do ofensor para que pense sobre sua conduta. > Motivos para disciplina. ■ Conduta desordenada ou desaprovada pela P a l a v r a \ y de Deus (2Ts 3.11-15); ■ Imoral idade ( I C o 5); n/ ■ Espíri to contencioso, divisor (Rm 16.17,18; 2Co ’ 13.1; lT m 3.15,20); ■ Propagação de falsas doutrinas, heresias (Tt 3.10,11); ■ Fil iação à organização ou Igreja incompatível com o crist ianismo. > Métodos do procedimento na disciplina que Jesus ^ ensinou em Mateus 18.15-18. ■ N" medida do possível , deve-se tratar o problema ^ entre as pessoas afetadas. ■ Duas ou três testemunhas, v / ■ Não se arrependendo o ofensor, ou se o caso, / tomar proporções e chegar ao conhecimento de muitos, deve-se levar a Igreja. ■ Caso se recuse humildemente a reconhecer sua falta, e a pedir perdão, deve o ofensor ser j desligado do rol de membros (Mt 18.18; 2Ts 3.14; ^ IC o 5.11). Arrependendo-se , que seja perdoado, se a falta não for tal que exija desl igamento imediato. ■ Se o caso for de flagrante escândalo para a Igreja, J ao ser comprovado, deve ser imediatamente desligado, tudo, porém com justiça. 37 > Casos especiais de disciplina aplicada por muitos. Casos de perdão para pessoas que exercem cargos na igreja ou liderança. Ex: Regente de coral ao se ar repender deve voltar imedia tamente a exercer a função? E necessár io um tempo de prova, no qual a pessoa tem de demonst rar arrependimento. Precisa-se dar tempo para que a Igreja veja o arrependimento e restabeleça a confiança. Nunca se deve faci l i tar tanto a ponto de se pensar que o pecado é coisa tão simples que a Igreja nem sequer se incomoda. > Atitude do pastor frente ao procedimento de disciplina do membro. ■ Deve ministrá-la com espíri to de humildade e de amor (G1 6.1); ■ A disciplina não é um castigo, ela visa redimir e restaurar; ■ Tudo o que tem espíri to de represá l ia1 ou revanche é carnal e dificulta a submissão da pessoa; * O bom pastor dá a vida e deve estar ansioso pela volta da ovelha que se perdeu. ■ A disciplina deve ser aplicada imparcialmente; ■ A disciplina nunca deve se transformar em arma nas mãos do pastor ou dirigente, como meio de impor a sua própr ia vontade: Nada há mais reprovável que amedrontar membros com disciplina para colocá-los na linha. Além do mais, pastor não é ditador. E, sim, um guia e exemplo do redil ( IP e 5.1-3). 1 De sfor ra , v ingança , desp ique , des forço , re ta l iação . 38 Questionário ■ Assinale com “X ” as a lternativas corretas 6. Foram escolhidos pelos crentes (segundo At 6.1-7), para atender aos interesses temporais da Igreja a) 13 Os primeiros diáconos b)| I Os primeiros anciãos c)l I Os primeiros presbíteros d)| I Os primeiros pastores 7. O ingresso na Igreja Universal a)l I É pelo batismo em água b ) 0 É pela exper iência de salvação c)l I E pelo batismo no Espíri to Santo d)l I E pelo cadastro no rol de membros 8. Quanto aos perigos a serem evitados pelo pastor, é incerto dizer que a)| I Não deve ele somente pensar no número de membros b)l I Deve nao pensar demais em apoio financeiro ou social c ) @ Deve aceitar como membros pessoas que se separaram bruscamente de suas igrejas originais d)l I Não deve ter na Igreja, como membros, pessoas que crêem em doutrinas diferentes ■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado 9.|fc| A carta de apresentação é passada aos membros que estejam transferindo para outra localidade 10.[£] O que ensina precisa primeiramente disciplinar- se a si mesmo, a f im de dar o exemplo Lição 2 O rganização da Igreja A organização da Igreja local é apresentada, em sentido figurado, na descrição que o apóstolo Paulo faz de Cristo de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxíl io de toda junta , segundo a j u s t a cooperação de cada parte, efe tua o seu própr io aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.16; 2.21). Trata-se s implesmente da integração de cada junta e parte formando uma unidade, a f im de que, como conjunto completo, tudo funcione com vida, eficiência e harmonia. > Os objetivos da organização eclesiástica. O propósito da organização da Igreja é tríplice. sDj z J Em primeiro lugar, tem que moldar-se à natureza de Deus. O Senhor Deus é muito ordeiro. Seu grande universo celestial movimenta -se com tal precisão que poss ib il i ta aos ast rônomos preverem o momento exato dos eclipses, o aparec imento dos cometas e outros fenômenos celestes. Deus ins truiu os fi lhos de Israe! a se locomoverem em de terminadas formações, atendendo condições de precedência, es tabe lecendo a posição exata de cada tribo no acampamento , em relação ao labernáculo que ficava no centro. 41 Quando Cristo multipl icou os pães para os cinco mil homens, ordenou que todos se assentassem em grupos de cem e de cinqüenta (Mc6.39,40). O próprio corpo humano é obra de Suas mãos, sendo uma maravilha de precisão e organização. A sincronização das batidas cardíacas com a função respiratória dos pulmões; o processo digestivo e sua relação com o sistema nervoso e com todas as partes do corpo se ajustam na mais perfeita ordem e cooperação, funcionando automática e involuntariamente , tudo posto em movimento pela mão do habi l idoso Criador. Poderia alguém duvidar da sabedoria de Deus em tão bem organizar e correlacionar a Igreja, que é o corpo de Seu próprio Filho, com a mais exata precisão? Certamente está em perfe ita harmonia com o plano e os métodos de Deus, que a Sua Igreja, a mais selecionada de toda a criação, tenha pelo menos o m e s m j grau de harmonia e unidade, no seu modo de ser, como qualquer outra obra. Em segundo lugar, o propósito de organização da Igreja local visa a prover o máximo de ef iciência. Uma tu rb a1 de dez mil pessoas poderia ser derro tada por cem soldados, mediante ordem e formação técnica de ação. Do mesmo modo, a Igreja local , perfeitamente unida e onde cada qual ocupa o seu devido lugar (Mc 3.34), pode real izar muito mais para Deus do que uma grande e desorganizada massa de crentes. Há muito trabalho a ser feito por este mundo afora. Obviamente faz parte do bom senso alguém se preparar para a realização dessa tarefa da maneira mais eficiente possível. 1 M ul t id ão em desordem. Mui tas pes soas reunidas ; povo. 42 Em terceiro lugar, o fim co l im ado1 por essa organização da Igreja local é assegurar a p rob idade2 em sua adminis tração, j á que um pequeno grupo poderá monopolizar a posse e os privi légios legais, se a Igreja local não for devidamente organizada. Pode ocorrer alguma parc ialidade na dis tribuição das tarefas do ministério e das a tividades da assembléia. Não havendo registros nem qualquer sistema de controle, poderá ocorrer in jus tiça no a tendimento aos membros como, por exemplo, nos casos de visitação. > Organização composta de regenerados. 'Yv - V\ Ao pensar-se sobre a organização de uma Igreja local , p ressupõe-se a existência de um grupo de pessoas realmente nascidas de novo. Esse é o único material com que se pode levantar a Igreja local , pois não há outro fundamento além daquele que já foi posto, a saber, Jesus Cris to ( I C o 3.11). A Igreja compõe-se daqueles que pertencem ao reino espiri tual (Mt 18.3; Jo 3.3). Qualquer outro material que não seja almas nascidas do alto, será como madeira, feno e palha, que será consumido pelo fogo, naquele dia ( I C o 3.12,13). Quão insensato é o pastor que edifica com material perecível. > Argumentos a favor do rol de membros. Contando com o bom material, como já definimos, o pastor pode lançar-se tranqüilo na organização de uma Igreja local. O simples fato de conseguir uma aglomeração de pessoas para pres tar culto não significa que esteja edificando uma Igreja. Deve haver ato de ins ti tuir e pôr em ordem a Igreja. O primeiro passo em direção a tornar a Igreja 1 Mira do , v i sado, obse rv ado . 2 In te g r id ade de car á t e r ; ho nr ad ez , pundonor . 43 local em um organismo vivo, é reconhecer certo número de membros , havendo fortes razões para a formulação de um rol de membros. Em primeiro lugar, a necessidade instintiva de cada crente é de pertencer a um lar espiri tual . Tal como a pessoa deseja possuir um iar e ali viver, assim também as novas criaturas em Cristo anelam por pertencer a uma Igreja que considerem como sua. Em qualquer obra organizada, há certa condição de estabil idade que natura lmente atrai o povo, que não se arriscaria a associar-se a algo transitório. A fim de atender a essa necessidade e de contar com um lugar onde os crentes possam sentir-se em casa, dando- lhes a satisfação de “pertencer” a essa casa, é m is te r1 criar uma organização composta de seus próprios membros. Outro motivo pelo qual deve haver um arrolamento definido de membros, é que isto é bíblico. Nos dias dos apóstolos e da Igreja Pr imitiva , consta que “ ... dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a eles; porém o povo lhes tr ibutava grande admiração. E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor” (At 5.13,14). Dá a entender que havia um arrolamento bem como uma dist inta l inha de demarcação entre os discípulos e os infiéis. Por isso deve exis t i r o rol de membros, que evita promiscuidade3 e confusão. Pode-se perceber c laramente , em bom número de passagens, que se fazia a contagem dos membros , e disso havia registros. No dia de Pentecostes os irmãos eram 120 (At 1.15). Quase três 1 Pr ec iso , nece ssá r io ; u rgente. 2 L e v ant am ent o , inventár io, lista. 3 Qu a l id ade de promísc uo ; mistura d eso rd en ad a e confusa. Diz- se de pes soa que se ent rega sexua lme nte com fac i l idade . 44 mil foram acrescentados à Igreja naquele dia (At 2.41). Mais tarde o número aumentou para cerca de cinco mil (At 4.4). As inscrições que concernem à disciplina deixam claro que havia uma nít ida l inha de separação - o lado em que se encontravam os membros e o outro, onde permaneciam aqueles que não podiam part ic ipar da comunhão ( ICo 5.12,13). O apóstolo Paulo recomendou que a congregação em Corinto excluísse de seu rol aquela pessoa iníqua. Aqui temos uma s ituação dos que es tavam “den tro” e dos que estavam “fora” , o que é possível somente com um rol de membros. O próprio Senhor ins truiu que, após os passos preliminares apropr iados em direção à reconci l iação, se o irmão se mostrasse irreconcil iável, dever ia ser reputado como gentio e publicano (Mt 18.17). Isso o poria fora do p á l io 1 da comunidade, requerendo que começasse tudo de novo se desejasse yoltar a fazer parte da mesma. Essa exigência também revela a vontade de Jesus, no sentido de que haja definição exata sobre a si tuação dos crentes. Tito 3.10 ordena a rejeição do herege após a primeira e segunda advertência. Como poderia haver a rejeição se não houvesse pelo menos um grupo definido do qual pudesse ser excluído? Veja também 2Tessa lonicenses 3.6,14,15. Existe ainda uma outra razão em favor do rol de membros. E lógico do ponto de vista de qualquer empreendimento. Quando pessoas crentes f reqüentam uma Igreja e fazem invest imentos nela como seu lar espiri tual , adquirem por ela um interesse maior. Caso o templo seja de propriedade de alguém (do pastor, por exemplo), e esse alguém mais tarde o vende e muda-se 1 Manto, capa. para outra cidade, então os que t iverem colaborado ali sentirão que de uma hora para outra se viram desabrigados, e como negar que tais sentimentos são perfe itamente jus tos? Dar aos crentes o direito de voto no controle da propriedade da Igreja parece elementar. Igualmente, supondo que a alguém seja dado o direito de votar, só por se achar presente a uma reunião de membros, equivaleria a dar a est ranhos , ou àqueles que raramente freqüentam a Igreja e que não deviam constar do rol, o direito de controla rem as propr iedades da Igreja tanto quanto os membros ativos, os quais são fiéis em sua freqüência e que ali realmente têm feito invest imentos. Isso seria uma injus tiça e ocasionaria protestos jus tos . Ora, ambas as possibi l idades são evitadas mediante o simples expediente de haver um rol de membros, e em que a posse da propr iedade tenha sido feita em nome da Igreja. Isso não é apenas sensato e eminentemente justo, mas também desfruta de apoio bíblico que confirma esse princípio. Em Romanos 12.17 aconselha que façamos coisas direitas e honestas perante todos os homens. E 2Coríntios 8.21 nos recomenda: “ ... pois o que nos preocupa é procedermos honestamente , não só perante o Senhor, como também diante dos hom ens” . >Normas para tornar-se membro. Antes que possa ser de te rminada e reconhecida uma lista de membros da Igreja, é necessário resolver a questão das exigências mediante as quais serão aceitos os membros. A questão da aceitação ou rejeição de membros, ou seu desl igamento definit ivo, não pode ficar a critério pessoal do pastor ou de seus auxil iares diretos. Deve haver uma norma escri ta, baseada na 46 Palavra de Deus, mediante a qual se chegue a decisões imparciais. Na jus t iça secular aplicam-se as regras sem olharem pessoas; e por que não proceder do mesmo modo em nosso meio? Só pode haver confiança e satisfação entre o povo, quando há um entendimento quanto às qualif icações de candidatos a membros. Mas, se as regras forem meramente “suben tend idas” , darão ensejo a muitos desentendimentos . Nada melhor do que dispor de um documento definido, sempre imparcial , jamais inf luenciável pelos argumentos , e que possa pres tar tranqüilamente o v e red ic to1 adequado a cada questão em debate. É mister, portanto, que haja um claro en tendimento sobre o que está envolv ido nas questões, e que isso seja registrado em linguagem simples e concisa2, sendo então aprovado pelo voto voluntário dos membros da Igreja, ou pelos membros oficiais que são por ela responsável. Isso porá fim a toda argumentação e contribuirá para a adminis tração harmoniosa das at ividades da Igreja. A exper iênc ia vital do novo nascimento é imprescindível para que alguém se torne membro de uma__Igreja local (2Co 5.17). Mas, deveríamos contentar-nos apenas com a mera conf issão de fé e a reci tação da sentença: “Creio em Jesus Cristo como Filho de D eus?” . Mui tos são os grupos que se têm associado à base de tão insufic iente fundamento. E tudo indica que nessescrebaj ihos há muitos não j re g e n e rad o sy Deveria haver algo de mais específico em matéria de exigências para que alguém se tornasse membro. O Senhor nos ordena nestes termos: “Por isso, re tira i-vos do meio 1 Ju ízo p ro n u n c ia d o em qua lq ue r matéria. 2 Suc in to , re sumido . Prec iso , exato. 47 deles, separa i-vos . . .” (2Co 6.17). E Ele também nos instruiu~~como segue: “Sede santos, porque eu sou san to” ( IPe 1.16). Diz-nos ainda que “Se a lguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” ( l J o 2.15). E tãmbem: “ Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas (certos pecados citados nos versículos 3 à 5) vem a ira de Deus sobre os fi lhos da desobediência" (Ef 5.6). Que devemos fazer em face dessas Escrituras? Haveríamos de aceitar em nossas igrejas, como membros, aqueles que demonst rarem amor ao mundo? Se a ira de Deus repousa sobre os tais e se de maneira âTgTímã~éntrárao no reino (G1 5.19-21), que direito temos nós de aceita-los na Igreja? Que coerência haveria nis to? Da parte de todo candidato a membro, deveria haver a declaração definida acerca da renúncia ao pecado e às coisas do mundo, com pTènà ^compreensão sobre este ponto. Se af irmarmos que a nossa doutrina é corre ta e bíblica, e que temos exper iênc ia com Deus, então a coerência requer que esperemos dos membros de nossas igrejas um alto padrão de vida e exper iência espiri tual . Mas, se nossa Igreja não é diferente das demais, nesse caso, por que exist imos como denominação separada? Esse é um desafio direto. (O cr is t ianismo em vários aspectos se acha dividido em muitas denominações e seitas). A menos que haja clara jus ti f ica tiva para nossa exis tência separada como denominação, estamos condenados por estar aumentando o número dessas divisões. Nossa própria existência, como Igreja, exige que tenhamos um padrão mais elevado de aceitação.de membros;(ê^u g ^ q u è ^ h aja certas quali f icações') impostas aos que queiram tornar-se membros de nossas igrejas. Se a Igreja for pura e santa, gozará da 48 aprovação de Deus e dos homens. O pecado crucificou nosso Mestre. Este mundo vil é inimigo da graça de Deus. A Igreja está a caminho de uma pátria santa e celestial , e nós adoramos a um Deus santo. Isso torna necessário que os crentes se aproximem o mais possível do estado “sem mácula nem ruga, nem coisa semelhante, mas antes, seja santa e sem defeito, como Igreja g lor iosa” (Ef 5.27). Deus derramará Suas bênçãos sobre uma comunhão l impa, de santos, e não sobre aqueles que acolhem o pecado e o mundanismo em seu meio. O povo, semelhantemente , aprecia a coerência de uma vida santa da parte daqueles que fazem tão vigorosa prof issão de fé. Desse modo as bocas serão fechadas e os corações ficarão convencidos da real idade dessa maravi lhosa salvação. A Diretoria É muito destacado o lugar do corpo adminis tra tivo da Igreja local. Após a escolha dos presbíteros e diáconos é conveniente e bíblico que haja uma consagração pública desses irmãos. Ao serem selecionados os primeiros diáconos, estes foram apresentados aos apóstolos, os quais oraram e impuseram as mãos sobre eles (At 6.6). Isso dará aos presbíteros e diáconos “certo pres t íg io” perante a Igreja, além de demonst rar publicamente que o pastor os aceite sem restrições. O secretário da Igreja, escolhido pelo presbitério , é o guardião e responsável por todos os documentos impor tantes, atas, etc. Sugere-se que haja pelo menos uma reunião mensal do presbitério , a não ser por mot ivo de força maior. E essa reunião deve ser levada a efeito, quer haja assuntos de re levância a 49 I_______________________________________________________________ tratar, quer não. Haverá sempre necessidade de companheir ismo e conselho, e de um período de oração fervorosa em favor do bem-estar espiri tual de toda a Igreja. Devem-se lavrar atas contendo todas as m o çõ es1 aprovadas em cada reunião. E seria conveniente que o secretário lavrasse em ata os assuntos tratados, e se chegaram ou não à aprovação. Além da reunião do presbitério é necessár io que o pastor se reúna com as outras comissões da Igreja. Há os oficiais da Escola Dominical com os quais terá de entrevistar-se, e deve estar presente às reuniões semanais ou mensais dos professores e obreiros da Escola Dominical . Se houver um grupo organizado da mocidade, o pastor será automaticamente membro ex-ofício de sua diretoria. O pastor não deve considerar que fazer-se presente a essas reuniões seja um privilégio, mas, sim, um dever. O pastor é o líder de cada depar tamento, bem como da Igreja em geral. Seu intuito, ao fazer-se presente a essas reuniões, é o de contribuir com seus conselhos e exercer uma influência benéfica, visando apr imorar o conhecimento dos crentes e a at ividade espiri tual . Sua presença não deve de forma alguma abafar ou in timidar e nem tirar deles a responsabi l idade no trabalho. O pastor deve dar valor à sabedoria e às opiniões deles, encorajando suas iniciativas. Jamais deve passar à frente desses subordinados, naqueles detalhes que são legit imamente deles. Caso tenha qualquer sugestão a fazer, que o faça ao membro encarregado, e este entre em contato com os demais. 1 Pro pos t a , em uma as semb lé ia , ace rca do es tudo de uma ques tã o , ou re la t iva a qu a lq uer inc idente que sur ja nessa assemblé ia ; p ropos ta . 50 Questionário ■ Assinale com “X ” as alternativas corretas 1. O propósito da organização da Igreja é tríplice. Em primeiro lugar a ) @ Tem que moldar-se à natureza de Deus b)| | Visa prover o máximo de ef ic iênc ia o D é assegurar o ajuste em sua adminis tração d)i I Visa equipar de elevado nível de eficácia 2. Recomendou que a congregação em Corinto excluísse de seu rol uma pessoa iníqua a)l I O apóstolo Pedro b)| I O apósto lo Tiago O r a O apóstolo Paulo d)l I O apóstolo João 3. É coerente dizer que, o responsável por todos, os documentos importantes , atas, etc, da Igrejaé o a ) D Di ácono b)| I Cooperador c)| I Presbítero d ) @ Secretár io \ ■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado 4.[C1 Ao pensar-se sobre a organização de uma Igreja local, p ressupõe-se a existência de um grupo de pessoas rea lmente nascidas de novo 5.It l A questão da aceitação ou rejeição de membros , ou seu desl igamento definit ivo, deverá ficar a critério pessoal do pastor 51 No que diz respeito aos imóveis e ao equipamento da Igreja, pode-se dizer algo. O profeta p Ageu ins truiu ao povo que ouvisse a ordem do Senhor: “Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa” (Ag 1.8). E acrescentou que Deus havia amaldiçoado a m esse1 do campo, “ ... por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de voz corre por causa de sua própria casa” (Ag 1.9). Todavia, quando a casa de Deus ficou terminada, foi pronunciada sobre ela a bênção do Senhor. “A glória desta últ ima casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e neste lugar darei a paz. . .” (Ag 2.9). Chegou o tempo em que os fi lhos dos profetas disseram a Eliseu: “Eis que o lugar em que habitamos contigo é estreito demais para nós . . .” (2Rs 6.1). E solic itaram-lhe a permissão de edificar um lugar mais espaçoso; e Eliseu consent iu nisso e ainda os ajudou nesse empreendimento. Salomão edificou uma vasta casa: “ ... porque o nosso Deus é maior do que todos os deuses” (2Cr 2.5). “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor, de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória de Deus enchera a casa do Senhor” ( lR s 8.10-11). É verdade que após haver sonhado com a escada cujo topo atingia o céu, Jacó declarou ao despertar: “Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia. E, temendo, disse: quão temível é este I m ó v e i s e E q u i p a m e n t o s 1 Seara em bom estado de se cei far . Ce ifa , colhei ta . 52 lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus!” (Gn 28.16,17). Naquele local nada havia além da pedra que havia usado como travesseiro , e que erigiu como coluna, derramando óleo sobre essa pedra. É a presença de Deus que motiva o levantamento de uma casa de Deus. Por outro lado, está d iv inamente registrado que os filhos de Deus lhe edificaram tabernáculos e templos, nos quais Ele cond escen d eu 1 em habitar. E do conhec imento geral que precisamos estar f isicamente bem acomodados, em certo conforto, para nos assentarmos tranqüilamente a f im de darmos atenção às questões da alma e do espírito. Assim como o corpo é o veículo em que nossa natureza espiri tual está contida, do mesmo modo, o edifício de uma Igreja é o meio necessário às f inal idades espiri tuais e o local onde adoramos a Deus. Também a Igreja deve possuir uma aparelhagem de som que permita uma audição, por parte dos ouvintes e, dos que a estão uti l izando, da melhor maneira possível . É um depar tamento da Igreja onde é necessário invest imento considerável. Em alguns casos, gasta-se excessivamente com construções e ornamentações, sendo minimizado o interesse pela qualidade sonora produzida para àqueles que vão às reuniões, gerando assim um fruto negativo em função da má qualidade dos equipamentos sonoros. Não é aconselhável invest ir grandes fortunas como fez Salomão, quando existe a urgente necessidade de recursos consagrados com que possamos financiar a proclamação do Evangelho até às extremidades da terra. Por outro lado, cumpre-nos procurar a beleza simples nas casas de oração que levantarmos. 1 Tr ans ig i r es p o n ta n eam en te , ceder , anui r à vontade ou ao rogo de a lguém. 53 O templo que consiste em um único salão é quase sempre o primeiro passo na criação de uma Igreja. Conforme for aumentando em número e capacidade financeira, será lógico e apropriado providenciar melhores acomodações para os diversos usos: o gabinete do pastor, uma sala de oração, salas amplas para a Escola Dominical que é div idida em classes, salão para reuniões diversas, berçário biblioteca. O Senhor atende à nossa fé ativa, quando damos um passo à frente e procuramos à expansão necessária ao desenvolvimento de Sua obra. Manutenção É para a glória do Senhor, que, as igrejas sejam equipadas de modo a abrigar confortavelmente o público. O mesmo deve dar-se com os móveis da Igreja. Bancos e assentos confortáveis, púlpitos bem confeccionados, cadeiras, quadros-negros, mapas e todo o equipamento que se torne necessár io para o trabalho eficiente, devem ser providenciados. O exterior do edifício, o ja rd im e todo o imóvel devem ser conservados em boa ordem e sempre limpos. Os homens procuram a aparência das coisas e são esses homens que procuramos ganhar para Deus. Um letreiro atraente deve ser colocado em lugar apropriado no templo, pois o templo, em si, já consti tui um convite aos transeuntes1 a entrarem. Uma providência sumamente interessante é a divulgação do P l a n e j a m e n t o p a r a o T e m p l o 1 Indiv íduo que vai andando ou passando; passan te , caminhante , andante , v iandante . 54 número do telefone e que tal número apareça tanto na lista te lefônica como nos saguões1 de hotéis da cidade. Sempre deve ser fácil aos estranhos a localização da Igreja para que os interessados saibam onde se reunir com os irmãos. Cerimônias Talvez seja um tanto difícil para um pregador não l itúrgico do Evangelho, efetuar cer imônias eclesiásticas. No entanto, isto faz parte de seu dever e ministério diário, e dever ia familiarizar-se com todas as cer imônias a que um minist ro é chamado a realizar, aprendendo a oficiá-las com dignidade e correção. As pessoas em favor das quais, tais cer imônias são realizadas, consideram-nas como momentos relevantes em suas vidas. Delas participam com profundo respeito e reverência. Se não realizarmos nesse espíri to de reverência, elas perderão, o propósito e os benef ícios para os quais foram instituídos. Não queremos dizer com isso que deva haver r ituais inf lexíveis, artificiais, mas antes, certa ordem digna que honra a ocasião. Em muitas dessas oportunidades estarão presentes observadores que são revestidos de certa auréola sagrada. Se um ministro violar a santidade da ocasião, será um grande choque para tais pessoas e as levará a perderem o respeito por ele e por sua Igreja. Por essas razões, todos os minis tros dever iam conduzir as diversas cer imônias ecles iás ticas com dignidade e decoro , contando ao mesmo tempo com a presença e as bênçãos do Senhor nessas ocasiões. 1 Sala de en t rada , recepção. 2 C o r reção mora l ; decênc ia. D ig n id ade , honr adez . Co n fo rm id ad e do es t i lo do orador , do escr i to r , com o assunto de que trata. 55 A cerim ônia de casam en to . A cer imônia de casamento, em particular, deve ser cuidadosamente observada, especia lmente em lugares onde tem valor legal. . Antes de realizar a cer imônia, será necessário que o minis tro se familiarize com as leis do país onde o casamento está sendo efetuado. Os ministros devem conhecer bem as regras de sua denominação, que dizem respeito ao seu direito de oficiar cer imônias de casamento. O ministro jamais deve realizar uma cer imônia de casamento sem prévia investigação sobre o estado civil das pessoas que irão se casar. E se pers is t i rem dúvidas quanto aos candidatos , fará bem em invest igar pessoalmente , nas fontes, antes de prosseguir. O minis tro não pode correr o risco de prejudicar sua posição na Igreja, por mot ivo de descuido em tão importante questão, casando pessoas que não sejam solteiras ou viúvas. Uma vez seguro da autoridade legal e da aprovação ecles iástica no casamento, deve em seguida examinar os papéis do casal. Terminada a cer imônia, deve o minis trante preenchero formulár io e obter as assinaturas necessárias das testemunhas. Então será feito o registro permanente no livro apropriado para esse fim e exigido pelas autoridades do país. Esse livro deve ser cuidadosamente guardado. Cada ministro tenha todo o cuidado em amoldar-se às minúcias das leis do país onde serve. Se o matr imônio tiver de ser efe tuado no templo ou numa casa particular, convém que antecipadamente se faça um ou mais ensaios. O ministro, o noivo e a sua testemunha devem aparecer defronte do altar, o minist ro de rosto voltado para o auditório, enquanto que o noivo e sua testemunha 56 estarão à esquerda do ministro, parcialmente de frente para o auditório. Então a noiva, que marchará lentamente, sob o acompanhamento de música nupcial , para encontrar -se com o noivo, perante o altar. O noivo a acolherá ali á esquerda, e então ambos se voltam de frente para o minis tro , que iniciará a cer imônia. A cerim ônia fú n eb re . Na celebração de funerais será aconselhável ao novo pastor familiar izar-se com os costumes da região. Há grande variedade de costumes , no tocante à cerimônia fúnebre. Nas cidades menores e áreas rurais também há diferenças, às vezes grandes. Recomenda-se que o novo pastor não busque alterar os costumes da comunidade onde o funeral é efetuado, mas antes, adapte-se aos costumes locais na medida do possível. Esses costumes variam quanto à hora e dia da semana e se vai haver ou não um culto a beira do túmulo, com a já costumeira cerimônia final. A verificação prévia acerca de todas essas questões será proveitosa e ajudará o pastor a não violar as tradições de sua comunidade, l ivrando-se de censura ou culpa. O minist ro deve atender aos desejos dos parentes do morto tanto quanto possível . Deve usar os cânticos desejados, planejando a celebração para ser breve ou longa, conforme a vontade expressa da família. O culto da Ceia do Senh or . ' \_Z ”1 O pastor deve anunciar com a devida antecedência o culto de Santa Ceia exor tando os crentes a atentarem para a preparação espiri tual , e avisar aos não-convert idos acerca do perigo de tomá-la sem estarem devidamente preparados. E importante que 57 os membros entendam que só deve ir à mesa do Senhor aquele que estiver com o coração l impo e sem pecado ( IC o 11.27-32). Por isso todo o que desejar participar da Ceia do Senhor deve preparar o coração. O que estiver em pecado deve arrepender-se e procurar o perdão. Em caso de haver rancores e desgostos entre alguns dos membros, estes devem reconci l iar-se antes de aproximarem-se da mesa do Senhor. O pastor também deve anunciar que tanto ele como os demais obreiros estão dispostos a ajudar esp ir i tualmente a quem lhes pedir. Depois da exortação, convém que todos se entreguem à oração e à medi tação diante de Deus. Ao oficiar a celebração da Ceia do Senhor, que o pastor prossiga calma e reverentemente . É uma cer imônia solene e sagrada e, devido à presença do Espíri to Santo em todo o seu transcurso, deve-se espera r que produza ricas bênçãos espirituais. Natura lmente que, os presbíteros e diáconos, cooperarão com o pastor nesse culto, como também os minis tros visitantes. Mediante claro entendimento , estabelecido de antemão com os cooperadores , deve prevalecer ordem e sistema durante a celebração. Depois que os cooperadores t iverem tomado suas posições, convém que sejam lidas passagens apropriadas, preferencialmente ICorínt ios 11.23 à 26 ou 31; opdonalrnFhtêT-- Mateus ~26.17-20,26-29; Marcos 14.12,17, 22-25; ou Lucas 22.7-20. Geralmente é de bom alvitre explicar que se trata de culto de Comunhão, mas que os não batizados sejam advertidos a não partic iparem. Após uma oração, o minis tro lerá novamente a porção concernente ao pão 1 Alv i t ra mento . Not íc ia , nov idade , nova . e entregará o e lemento aos diáconos, para que o dis tribuam sistematicamente entre o povo. Gera lmente a Santa Ceia é celebrada ao término do culto, no primeiro sábado do mês, ou no primeiro domingo do mês, pela manhã. Não se deve apressar esta cer imônia. Ela é um ato solene e deve-se esperar que os par tic ipantes recebam ricas bênçãos da parte do Espíri to Santo ao permanecerem em sua presença durante a cer imônia. O batism o em á g u a s . ^>1(9 O batismo em águas, por imersão, deve ser realizado no bat is tér io da própr ia Igreja, ou em uma lagoa, praia ou rio. O ministro deverá cert if icar-se, acima de qualquer dúvida, que o batizando compreende bem o ato e que tenha realmente exper imentado o novo nascimento. Ent revis tas preparatórias com os candidatos são a ssaz1 opor tunas . Essa cerimônia , com toda a propriedade, pode ser real izada como parte do culto noturno de domingo, posto que esteja unida à confissão de Cristo como Salvador. A solenidade e a natureza sagrada da ocasião devem ser sentidas tanto pelos candida tos como por toda a assembléia. No momento apropriado o pastor entregará o púlpi to a um minis tro colega ou auxil iar, enquanto ele e os candidatos se retirarão aos vestiários a f im de se prepararem para o batismo. O pastor deve entrar primeiro na água, e os candidatos comparecerão um a um; ou então, se a cer imônia for efe tuada em lugar espaçoso, o grupo inteiro de candidatos poderá aparecer ao mesmo tempo. Após uma oração, o 1 Bas tan te , suf ic ien te , ou mui to. 59 ofic iante se colocará em posição de efetuar a sua importante tarefa. ■ O batizando será orientado a colocar as mãos entre laçadas sobre o peito (mãos superpos tas1). ■ O batizan te colocará a mão que vai suportar o peso do batizando um pouco abaixo da nuca deste e, levantando a outra mão ao alto, fará as seguintes perguntas: • O(a) irmão(a) crê que Jesus é o Sa lvador e Senhor de sua vida? • Promete viver para Ele durante toda a sua exis tência? • Está disposto a obedecer à sua Palavra incondic ionalm ente? ■ Após ouvir o “S im ” do candidato, o oficiante dirá: Segundo a tua confissão, o teu testemunho e a ordem de nosso Senhor Jesus Cristo, eu te batizo em nome do Pai, e do Filho e do Espíri to Santo. Em seguida colocará a outra mão sobre as mãos postas do batizando, e, com fi rmeza e delicadeza, e, mais que tudo, muito reverentemente , o inclinará para trás até submergi- lo tota lmente, com a maior rapidez, levantando-o logo para a pos ição ereta e o conduzindo a quem esteja ajudando. ■ Durante a realização do batismo, o oficiante deve acautelar-se quanto à má com pos tu ra2 de algumas pessoas, especialmente irmãs. (Esta recomendação é feita para que tão solene ato não se torne uma ocas ião para escândalos ou gracejos). ■ O of ic iante terá sua vest imenta bem apresentável, 1 Posto em cima. 2 Seriedade ou correção de maneiras; comedimento, circunspeção, modéstia. 60 inclusive usando gravata, para bem recomendar-se ao ministér io que exerce, e, ao mesmo tempo, destacar-se dos demais que irão às águas do batismo. ■ Se houver alguém enfermo ou com dificuldade de locomover-se, aconselha-se batizá-lo por último, por ser mais prudente e oportuno. ■ Ao concluir o batismo, o oficiante fará uma oração, após dar ciência ao dir igente do trabalho que conclui o ato. Recepção de m em b ros. Na recepção de membros na Igreja, os candidatos já terão sido examinados e feito sua declaração concordando com os costumes e doutrinas da Igreja a que estão se unindo. Essa cer imônia é simplesmente o “es tender a des t ra1 da com unhão” àqueles que já haviam sido regularmente admitidos como membros. Os candidatos serão de duas classes: (1) Aqueles que foram admitidos por confissão de fé e ba tismo em águas; (2) Os admitidos por carta de mudança enviada por Igreja irmã. Ambos poderão ser recebidos do mesmo modo. Convém que os novos membros sejam recebidos imedia tamente antes do culto
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