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ADMINISTRAÇÃO E LIDERANÇA

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Ministério da Igreja
IBADEP Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - 
Ensino e pesquisa
IBADEP - Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - 
Ensino e Pesquisa 
Av. Brasil, S/N° - Eletrosul - Cx. Postal 248 
85980-000 - Guaíra - PR 
Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 
E-mail: íbadep a ibadep.com 
Site: www.ibadep.com
Aluno(a):............................................................................
DIGITALIZAÇÃO
IBADEP
ESDRAS DIGITAL E PASTOR DIGITAL
http://www.ibadep.com
AEADEPAR - Associação Educacional das 
Assembléias de Deus no Estado do Paraná
IBADEP - Ins ti tuto Bíbl ico das Assemblé ias de Deus 
no Estado do Paraná 
Av. Brasil , S/N° - Eletrosul - Cx. Postal 248 
85980-000 - Guaíra - PR 
Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 
E-mail: ibadep@ibadep.com 
Site: www.ibadep.com
mailto:ibadep@ibadep.com
http://www.ibadep.com
Administração e Liderança
Pesquisado e adaptado pela Equipe 
Redatorial para Curso exclus ivo do 1BADEP - Insti tuto 
Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus 
do Estado do Paraná.
Com auxílio de adaptação e esboço de vários 
ensinadores.
4a Edição - Abril/2005
Todos os direitos reservados ao IBADEP
Diretorias
C I E A D E P
Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra
Pr. José Alves da Silva - Presidente
Pr. Israel Sodré - Io Vice-Presidente
Pr. Moisés Lacour - 2o Vice-Presidente
Pr. Ival Theodoro da Silva - Io Secretário
Pr. Carlos Soares - 2o Secretário
Pr. Simão Bilek - I o Tesoureiro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro
A E A D E P A R - C o n se lh o D e l i b e r a t i v o
Pr. José Alves da Silva - Presidente
Pr. Ival Teodoro da Silva - Relator
Pr. Israel Sodré - Membro
Pr. Moisés Lacour - Membro
Pr. Carlos Soares - Membro
Pr. Simão Bilek - Membro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - Membro
Pr. Daniel Sales Acioli - Membro
Pr. Jamerson Xavier de Souza - Membro
A E A D E P A R - C o n se lh o de A d m i n i s t r a ç ã o
Pr. Perci Fontoura - Presidente
Pr. Robson José Brito - Vice-Presidente
Ev. Gilmar Antonio de Andrade - Io Secretário
Ev. Gessé da Silva dos Santos - 2o Secretário
Pr. José Polini - I o Tesoureiro
Ev. Darlan Nylton Scheffel - 2o Tesoureiro
I B A D E P
Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo 
Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro
Cremos
1) Em um só Deus, eternamente subsistente em três
pessoas: O Pai, Filho e o Espíri to Santo. (Dt 6.4; 
Mt 28.19; Mc 12.29).
2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra
infalível de fé normativa para a vida e o caráter 
cristão (2Tm 3.14-17).
3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte
vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal 
dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus 
(Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).
4) Na pecaminos idade do homem que o desti tuiu da
glória de Deus, e que somente o arrependimento e 
a fé na obra expiatór ia e redentora de Jesus Cristo 
é que pode res taurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 
3.19).
5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé
em Cristo e pelo poder atuante do Espíri to Santo e 
da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do 
Reino dos Céus (Jo 3.3-8).
6) No perdão dos pecados, na salvação presente e
perfeita e na eterna jus ti f icação da alma recebidos 
gra tuitamente de Deus pela fé no sacrifício 
efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 
10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).
7) No batismo bíblico efe tuado por imersão do corpo
inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do 
Filho e do Espíri to Santo, conforme determinou o 
Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 
2 . 12).
8) Na necessidade e na possibi l idade que temos de
viver vida santa mediante a obra exp ia tória e 
redentora de Jesus no Calvário, através do poder 
regenerador, insp irador e santi f icador do Espíri to 
Santo, que nos capacita a viver como fiéis 
testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e lP d
1.15).
9) No batismo bíblico no Espíri to Santo que nos é dado
por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a 
evidência inicial de falar em outras l ínguas, 
conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 
19.1-7).
10) Na atual idade dos dons espiri tuais dis tr ibuídos pelo
Espíri to Santo à Igreja para sua edificação, 
conforme a sua soberana vontade ( IC o 12.1-12).
11) Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas
fases dist intas. Pr imeira - invisível ao mundo, 
para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da 
Grande Tribulação; segunda - visível e corporal , 
com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o 
mundo durante mil anos ( lT s 4.16. 17; ICo 15.51- 
54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).
12) Que todos os cr istãos comparecerão ante o Tr ibunal
de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos 
em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10).
13) No ju ízo vindouro que recompensará os fiéis e 
condenará os infiéis (Ap 20.11-15).
14) E na vida eterna de gozo e felic idade para os fiéis e
de tr isteza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).
Metodologia de Estudo
Para obter um bom aproveitamento, o aluno 
deve estar consciente do porquê da sua dedicação de 
tempo e esforço no afã de galgar um degrau a mais em 
sua formação.
Lembre-se que você é o autor de sua história 
e que é necessár io atualizar-se. Desenvolva sua 
capacidade de raciocínio e de solução de problemas, 
bem como se integre na problemática atual , para que 
possa vir a ser um elemento útil a si mesmo e à Igreja 
em que está inserido.
Consciente desta realidade, não apenas 
acumule conteúdos visando preparar-se para provas ou 
trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro sugerido 
abaixo e comprove os resultados:
1. Devocional:
a) Faça uma oração de agradecimento a Deus pela 
sua salvação e por proporcionar-lhe a 
oportunidade de estudar a sua Palavra, para assim 
ganhar almas para o Reino de Deus;
b) Com a sua humildade e oração, Deus irá i luminar 
e di recionar suas faculdades mentais através do 
Espíri to vSanto, desvendando mistérios contidos 
em sua Palavra;
c) Para melhor aproveitamento do estudo, temos que 
ser organizados, ler com precisão as lições, 
medi tar com atenção os conteúdos.
2. Local de estudo:
Você precisa dispor de um lugar próprio para
estudar em casa. Ele deve ser:
a) Bem arejado e com boa i luminação (de 
preferência , que a luz venha da esquerda);
b) Isolado da circulação de pessoas;
c) Longe de sons de rádio, televisão e conversas.
Disposição:
Tudo o que fazemos por opção alcança bons 
resultados. Por isso adquira o hábito de estudar 
voluntariamente , sem imposições . Conscientize-se 
da importância dos itens abaixo:
a) Estabelecer um horário de estudo extraclasse, 
dividindo-se entre as disciplinas do currículo 
(dispense mais tempo às matérias em que t iver 
maior dif iculdade);
b) Reservar, d iariamente , a lgum tempo para 
descanso e lazer. Assim, quando estudar, estará 
desligado de outras atividades;
c) Concentrar-se no que está fazendo;
d) Adotar uma corre ta postura (sentar-se à mesa, 
tronco ereto), para evita r o cansaço físico;
e) Não passar para outra lição antes de dominar bem 
o que estiver estudando;
f) Não abusar das capacidades físicas e mentais. 
Quando perceber que está cansado e o estudo não 
alcança mais um bom rendimento , faça uma pausa 
para descansar.
Aproveitamento das aulas:
Cada disciplina apresenta característ icas 
próprias, envolvendo diferentes comportamentos: 
raciocínio, analogia, interpre tação, aplicação ou 
simplesmente habil idades motoras. Todas, no
entanto, exigem sua participação ativa. Para
alcançar melhor aproveitamento, procure:
a) Colaborar para a manutenção da discipl ina na 
sala-de-aula;
b) Participar a tivamente das aulas, dando 
colaborações espontâneas e perguntando quando 
algo não lhe ficar bem claro;
c) Anotar as observações complementares do 
monitor em caderno apropriado.
d) Anotar datas de provas ouentrega de trabalhos.
Estudo extraclasse:
Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve:
a) Fazer dia riamente as tarefas propostas;
b) Rever os conteúdos do dia;
c) Preparar as aulas da semana seguinte. Se 
constatar alguma dúvida, anote-a, e apresenta ao 
monitor na aula seguinte. Procure não deixar suas 
dúvidas se acumulem.
d) Materiais que poderão ajudá-lo:
■ Mais que uma versão ou tradução da Bíblia 
Sagrada;
■ Atlas Bíblico;
■ Dic ionár io Bíblico;
■ Encic lopédia Bíblica;
■ Livros de Histórias Gerais e Bíblicas; •
■ Um bom dicionário de Português;
■ Livros e aposti las que tratem do mesmo 
assunto.
e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre em 
mente:
■ A necessidade de dar a sua colaboração 
pessoal;
* O direito de todos os in tegrantes opinarem.
Como obter melhor aproveitamento em avaliações:
a) Revise toda a matéria antes da avaliação;
b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!);
c) Concentre-se no que está fazendo;
d) Não tenha pressa;
e) Leia a tentamente todas as questões;
f) Resolva primeiro as questões mais acessíveis;
g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregar a 
prova.
Bom Desempenho!
Currículo de Matérias
> Educação Geral
03 Histór ia da Igreja 
09 Educação Cristã n/
03 Geografia B í b l i c a ' /
> Ministér io da Igreja
CU Ética Cristã / Teologia do Obreiro 
09 Homilética / H erm enêu t ica 1̂ -/
09 Família Cristã ^
03 Adminis tração Eclesiás tica s /
> Teologia ,
09 B i b l i o l o g i a x /
CQ A Trindade
03 Anjos, Homem, Pecado e Salvação 
03 Heresiologia J 
03 Eclesiologia / Miss iologia
> Bíblia
03 Pentateuco 
CQ Livros Históricos 
03 Livros Poéticos 
03 Profetas Maiores 
03 Profetas Menores
03 Os Evangelhos / Atos 
09 Epístolas Paulinas / Gerais 
d Apocalipse / Escatologia
Abreviaturas
a.C. - antes de Cristo.
ARA - Almeida Revis ta e Atualizada 
ARC - Almeida Revista e Corrida 
AT - Antigo Tes tamento 
BV - Bíblia Viva
BLH - Bíblia na Linguagem de Hoje
c. - Cerca de, aproximadamente , 
cap. - capítulo; caps. - capítulos, 
cf. - confere, compare.
d.C. - depois de Cristo.
e.g. - por exemplo.
Fig. - Figurado.
fig. - f igurado; f iguradamente, 
gr. - grego 
hb. - hebraico
i.e. - isto é.
IBB - Imprensa Bíblica Brasileira 
Km - Símbolo de quilometro 
lit. - literal, l i teralmente.
LXX - Septuagin ta (versão grega do Antigo
Testamento)
m - Símbolo de metro.
MSS - manuscri tos
NT - Novo Testamento
NVI - Nova Versão Internacional
p. - página.
ref. - referência; refs. - referências
ss. - e os seguintes (isto é, os versículos consecutivos
de um capí tu lo até o seu final. Por exemplo: IPe 2.1ss,
significa IPe 2.1-25).
séc. - século (s).
v. - versículo; vv. - versículos.
ver - veja
s
índice
Lição 1 - A Ig re ja ................................................................. 15
Lição 2 - Organização da Ig r e ja ........................................ 41
Lição 3 - A Administração da I g r e j a .............................. 67
Lição 4 - 0 L í d e r ...................................................................99
Lição 5 - A L i d e r a n ç a .................................................... 125
Referências B ib l io g rá f ica s ............................................ 151
Lição 1
A Igreja
Na linguagem comum, o vocábulo Igreja tem 
um significado muito amplo. É aplicado ao edi fíc io em 
que se realiza o culto cristão; a uma congregação de 
adoradores crentes; a um estabelecimento religioso; a 
de terminado t ipo de ordem eclesiástica; ao con junto de 
todos os crentes em Cristo, e a um grupo local de 
discípulos cristãos associados num pacto com 
propósitos religiosos. Este últ imo significado é o 
comumente encontrado no Novo Testamento.
O vocábulo 7 ‘igrej l u / - ^ n i - d j í palavra g r e g a i 
ekklesicr j que significa j^chamado para fo ragi) uek” 
para fora, e “k les is” , chamado. Entre os gregos, o 
termo designava um grupo de pessoas dotadas do 
privi légio e c idadania incumbidos de certas funções 
públicas adminis tra tivas importantes, convocado, ou 
chamado para fora, dentre a massa comum do povo.
No Novo Testamento, a “Ekk les ia” é um 
grupo de pessoas chamadas e separadas da multidão 
comum, em virtude de uma vocação divina, escolhida 
para serem santas, investidas nos privilégios e 
incumbidas dos deveres de cidadania no reino de 
Cristo. Conforme o NT, uma Igreja cristã é um grupo 
de pessoas div inamente chamadas e separadas do 
mundo, batizadas sob prof issão de sua fé em Cristo,
15
unidas em aliança para o culto e o serviço cristão, sob 
suprema autoridade de Cristo, cuja Palavra é sua única 
lei e regra de vida em todas as questões de fé e prática 
religiosa.
A Igreja é a representante de Deus na terra; é 
o corpo de Cristo e o meio através do qual Ele se 
expressa ao mundo. É o único órgão de redenção que 
Deus tem no mundo.
A Igreja é um organismo divino (o Corpo de 
Cristo) em meio a ambiente estranho.
O que é, ou não é a Igreja!
■ A Igreja não é um edifício material - hierosulos',
■ A Igreja não é uma denominação;
■ A Igreja é o fundamento de Cristo (Mt 16.18);
■ A Igreja não é um empreendimento nacionalista;
■ A Igreja é o povo de Deus dentro da raça humana 
(G1 3.28);
■ A Igreja não é a continuação do juda ísmo (Mt
9.16);
■ A Igreja é o vinho da nova aliança em novos 
o d re s1;
■ A Igreja não é o reino de Deus. “O reino de Deus 
é mais amplo que a Igreja e envolvem o universo, 
as hos tes2 angelicais bem como os santos do 
Antigo Tes tam ento” ;
" A Igreja não é um plano parentético de Deus;
■ A Igreja é o fruto da vontade de Deus (Ef 1.2-11);
" A Igreja é o eterno propósi to de Deus (Rm 8.26-
30); propósito de Deus define-se assim:
• Defin ido em vista (Ef 3.11).
1 Saco fei to de pele e des t inado ao t ranspor te de l íquidos ;
2 Tropa ; exérc i to .
16
• No grego pro t i th em a i : colocar diante de;
expor; pr incipalmente para ser contemplado 
(Ef 3.11).
■ A Igreja é o mistério de Deus (Dt 29.29);
* A Igre ja é a Nação Santa ( IPe 2.9);
■ As e tn ia s1 na raça humana, judeus, gentios, e a 
Igreja de Deus;
■ A Igreja é uma fraternidade (Koynonia ).
P ro p ó s i to de Deus p a r a com a I g r e ja .
Em Efésios 3.10,11 diz: “Para que agora, 
pela igreja, a multi forme sabedoria de Deus seja 
conhecida dos principados e potestades nos céus, 
segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus 
nosso Senhor” .
O propósito de Deus com a Igreja é sem 
dúvida, a pregação do Evangelho a toda criatura ao 
redor do mundo. Ela é a grande agência do reino de 
Deus aqui na Terra; é incumbida de levar os pecadores 
a Cristo. E a depositária da importante mensagem que 
este mundo jamais ouviu.
A I g r e j a Universa l .
E o conjunto de todos os salvos em todas as 
épocas e lugares. É a Igreja de Cristo independe de 
denominação, número de membros ou abrangência 
territorial.
Falando no sentido denominacional dizemos 
que há denominações com poucos membros da Igreja 
Universal , porque vivem como não salvos. Ser membro 
da Igreja Universal não quer dizer somente ser membro
1 Po p u la ç ã o ou grupo social que ap resen ta re la t iva 
ho m og e n e id a d e cul tura l e l ingüís t ica, com par t i lh and o h is tór ia e 
o r igem comuns.
17
de uma Igreja local; nem se é membro dessa Igreja por 
tocar ou cantar no coro ou por fazer qualquer outro 
serviço, mas para isso é preciso ser nova criatura, uma 
criatura nascida de novo; caso contrário, não subirá 
com o Senhor na sua vinda. Se não nascer de novo e 
viver de acordo com os ensinos bíblicos não é membro 
da Igreja de Cristo no sentido real.
A salvação não é privi légio de nenhuma 
denominação; alguns pre tens iosamente afirmam, mas 
estão enganados! Jesus não fundou nenhuma 
denominação, o que ele fundou e inaugurou no dia de 
Pentecostes foi a sua Igreja, verdadeira, imaculada e 
comprada por seu sangue derramado na cruz. A 
VerdadeiraIgreja de Cristo é aquela que o serve em 
novidade de vida e pauta o viver cristão pelos ensinos 
sagrados.
> Aspectos dentro do conceito de Igreja Universal:
■ Igreja Inv is íve l : São os fiéis no Senhor, aqueles 
que estão dentro da Igreja visível.
■ Igreja O rgan ism o: Como organismo, é uma 
comunidade de crentes unidos em Cristo pelo 
Espíri to Santo; dotada de dons e minis térios para 
aper fe içoamento dos santos (Ef 4.11-16); a 
Igreja organismo precede a Igreja organização.
■ Igreja M il i tan te : É a comunidade cris tã que 
peregrina em direção ao descanso eterno, 
revestida pela armadura de Deus para vencer o 
inferno (Mt 16.18). Esta luta contra as hostes do 
maligno, contra o pecado, que é comprometida 
com a pregação do Evangelho de Cristo, a f im de 
promover a salvação dos pecadores. 
Representada por todas as igrejas locais: 
ministros, membros, que guardam a unidade do 
Espíri to Santo pelo vínculo da paz (Ef 4.3-16).
18
■ Igreja Triunfante: É o grupo incontável de 
cristãos que estão nos céus, arrebatada pelo Seu 
Senhor e Salvador Jesus Cristo, é a Igreja livre 
da ação do pecado, reinando com Cristo, é a 
mesma Igreja Universal do mundo inteiro, agora 
unida com Cristo nas Bodas do Cordeiro, depois 
de trocar a espada pela palma da vitória, as 
lágrimas pelos cânticos, e a cruz pela coroa.
■ Aspecto Inclusivo da Igreja : A Igreja é
composta de pessoas de todas as raças, tribos, 
línguas e nações!
A Igreja Local.
Representa uma parte pequena da Igreja 
Universal . É formada pelo conjunto de salvos por 
Cristo de um determinado local, cidade, distrito ou 
munic ípio.
Dentro do aspecto geral a Igreja é um grupo 
unido no mesmo propósito e fé, um corpo cooperando 
com outros de semelhante natureza.
Um estudo do Novo Testamento demonst ra 
c laramente que a Igreja local tem uma importância 
super la t iva1. A Igreja local é uma célula viva do corpo 
de Cristo, atuando na comunidade onde está situada. 
Não devemos l imitar este conceito à reunião dos 
crentes no prédio da Igreja.
A Igreja Primitiva se reunia para a adoração 
e edificação, em diversos lugares, nas sinagogas, em 
edifícios públicos ou domicíl ios particulares. Portanto, 
não estavam reunidos em um único lugar; os crentes 
mantinham suu condição de sal da terra e testemunhas 
de Cris to na sociedade em que viviam.
1 Que expr im e uma qua l id ade em grau mui to al to, ou no mais 
al to grau.
19
A Igreja local é uma expressão do corpo de 
Cristo na comunidade onde habita, e é também o 
representante de Deus para evangelizar e testif icar aos 
pecadores nessa região em particular. E necessário que 
haja uma Igreja estabelec ida que possa expressar a 
vontade e os propósitos de Deus, comple tando sua 
missão no mundo. Não se pode considerar comple ta a 
obra de evangelismo, conquanto não haja igrejas 
estabelecidas.
A Missão da Igreja
Qual o propós ito de Deus ao mante r a Igreja 
no Mundo? Qual sua final idade ou missão? A Bíblia 
ensina que a Igreja está no mundo para uma missão 
tríplice:
p (1) Adoração (glor ificação ao nome de Deus).
A Igreja é um precioso tesouro de Deus na 
qual Ele se deleita. A adoração é preciosa para Deus. 
Eis a missão da Igreja: adorar e glorificar a Deus em 
espíri to e em verdade (At 13.13).
0 (2) Edificação (aperfe içoamento, fortalecimento, 
crescimento dos salvos).
Esta é uma missão qua l i ta t iva1 que a Igreja 
tem para consigo mesma. O ensino é a sa lvaguarda2 
dos que são ganhos para Cristo. Atendendo às 
necessidades do membro e, desta maneira, 
fortalecendo e edificando a Igreja (Ef 3.14-21; 4.11- 
16; G1 4.19,20; Jo 17.15-23; IPe 3.15; 2Pe 3.18).
1 Que expr ime ou de te r mi na a(s) qual idade(s ) .
2 Pro te ção e garan t ia (de d ire i to , de l ibe rdade , de segu rança) 
con cedid as por au t o r id a d e ou inst i tuição a um ind iv íduo , a uma 
co le t iv idade , a um es tatuto.
fi (3) Evangel ização (testemunho).
É anunciar o Evangelho e o seu poder, 
aumentando o número de salvos (At 1.8; Mt 28.18-20; 
Lc 24.47). É evidente que a Igreja deve dar o máximo 
de impulso à parte evangelís t ica de sua missão. 
Ganhar almas é a maior missão da Igreja, não é, 
todavia a única. Todo o bom trabalho de 
evangelização deve ter em mente a preservação dos 
frutos e a t ransformação desses frutos em ganhadores 
de almas. A melhor forma para isso, é a edificação, 
organização de igrejas responsáveis, isto é, igrejas 
que continuem a evangelização (At 19.10).
Paulo demorou-se dois anos em Éfeso e 
todos os da Ásia ouviram o Evangelho, o que 
possibil i tou, poster iormente , João escrever as cartas 
às sete igrejas da Ásia.
Aspecto Exclusivo da Igreja 
Os componentes de uma Igreja viva e bíblica
deverão:
* Ter conhecimento ortodoxo, vivo e exper imenta l 
de Seu salvador, acompanhado de verdadeira 
convicção de pecado e sede de salvação, sem 
confiar em seus próprios méritos e obras para 
salvar-se;
■ Ter fé, e deve ser caracter izada por uma entrega 
total a Cristo e f irme crença no que a Bíblia 
revela;
■ Ter sua ação, conduta e frutos p au tad o s1 de 
verdadeira regeneração (Mt 7.20; G1 5.22).
1 R is cado com t r aços para lelos . Re la c io na do , a r ro lado .
21
Governo Eclesiástico
Este é, sem dúvida, assunto de grande 
importância, e deve ser tratado à luz da Bíblia. A falta 
de conhecimento do modo de exercer o governo da 
Igreja tem trazido sérios problemas, tanto a ela como 
aos seus pastores.
Há ministros que copiam formas de governo 
mundanas para, através delas, governarem a Igreja de 
Deus, isso nunca poderá dar bons resultados. A única 
forma para dirigir e governar a Igreja está na Bíblia, a 
Palavra de Deus.
Jesus é o único legis lador para a Igreja - não 
resta dúvida de que Cristo é o cabeça da Igreja: não só 
no sentido de Igreja Universal , mais também no de 
igrejas locais.
Pela ressurreição, Ele foi const i tuído cabeça 
da Igreja que é o Seu corpo: a cabeça é a parte superior 
do corpo e é ela que governa. Assim é Cristo em 
re lação à Igreja (Ef 1.22; 4.15; 5.23; Cl 1.18; 2.10), 
por isso Ele é também o único legislador para a Igreja. 
A ninguém cabe o direito de criar doutrinas, leis e 
dogmas que não este jam claramente explícitas na 
Bíblia.
> O governo da Igreja não é:
■ Democracia - governo do povo (onde são 
colocados e t irados os governantes, e os elege 
por meio de votos, através de propaganda, 
muitas vezes desonesta);
■ Ditadura - onde apenas um homem faz e desfaz 
tudo que quer, mas a Igreja de Cristo quem 
dirige é sua cabeça, que é Cristo.
22
> O governo da Igreja é:
* Teocrát ico - isto é, governo de Deus, onde o 
poder e as leis emanam de Deus: o ensino é de 
Deus, a doutrina é de Deus e o seu código é a 
Bíblia, a Palavra de Deus. Os minis tros são 
eleitos por Deus e são dados à Igreja por Deus. 
Algumas igrejas se jactam de terem o seu 
governo baseado no sistema democrát ico, mas 
nós damos graças a Deus pelo governo 
teocrático.
> Governo da Igreja na terra.
Na terra, Deus usa os seus minis tros, o qual 
escolhe e capacita com dons e os dá à Igreja, para 
governá-la. Tudo feito através de Cristo, o cabeça da 
Igreja. Os minis tros operam com o poder e na direção 
do Espíri to Santo, que é o guia no governo da Igreja. 
Na lis^a dos dons minister ia is está escri to que Deus pôs 
governo na Igreja ( I C o 12.28; Rm 12.8). O governo da 
igreja na terra é executado pelo corpo de ministros.
Uma igreja cristã é uma sociedade com vida 
coletiva, organizada de conformidade com algum plano 
definido, adaptado a algum propósito estabelecido, que 
ela propõe realizar. Por conseguinte, conta com seus 
oficiais e ordenanças, suas leis e regulamentos, 
apropriados para a adminis tração de seu governo e para 
o cumprimento de seus propósitos.
Exis tem três formas especiais e largamente 
diferentes de governo eclesiástico, que tem obtido 
prevalência nascomunidades cristãs através dos 
séculos passados, e que cont inua sendo mantida com 
diferentes graus de sucesso, cada uma das quais 
reivindicando ser a fo rma original e primitiva.
23
Formas de Governo
Episcopal ou Prelática.
Forma em que o poder de governar descansa 
nas mãos de prelados ou bispos diocesanos, e no clero 
mais alto; tal como sucede nas igrejas romanas, grega, 
anglicana, e na maior parte das igrejas orientais. Os 
defensores desta forma de governo declaram que 
Cristo, como o cabeça da Igreja, tenha confiado o 
contro le da Igreja na terra a uma ordem de oficiais 
chamados bispos que seriam os sucessores dos 
apóstolos. É a s i lhue ta1 mais antiga de governo de 
Igreja local. Episcopal vem do termo grego 
“ep iskopos”, que significa “superv isor” , a tradução 
mais freqüente desse termo é “bispo” ou 
“super in tendente” .
Presbiteriana ou Oligárquica .
Forma em que o poder de governar reside nas 
assembléias, sínodos, presbitérios e sessões; é o que 
sucede na Igreja escocesa, luterana, e nas várias igrejas 
presbiter ianas . Esse sistema tem um controle menos 
central izado que o modelo episcopal confia na 
l iderança de representação. Seus escolhidos 
(geralmente escolhidos por eleição) para ser 
representantes diante da Igreja l ideram nas atividades 
normais da vida cristã (adoração, doutrina e 
adminis tração). O perfil presbi ter iano de consti tuição 
ecles iás tica deriva seu nome do ministério bíblico 
presbu teros (presbítero, ancião). Normalmente na 
forma de governo presbiter iana, a Igreja é regida por 
níveis.
1 D e senh o repre sen ta t ivo do perfi l de uma pessoa ou obje to , 
segundo os con tor nos que a sua so mb ra pro jeta .
24
Congregacional ou Independente . f<\ 3
Como o próprio nome sugere seu enfoque de 
autoridade recai sobre a congregação, sobre o próprio 
corpo local de crentes. Nesta forma de governo a 
entidade pratica o auto-governo, pois cada Igreja 
individual e local admin is tra seu próprio governo 
mediante a voz da maioria de seus membros; é o que 
acontece entre os batistas, os congregacionais , os 
independentes, e alguns outros grupos evangél icos . 
Esse sistema é o que dá mais autoridade para os 
membros comuns da Igreja. É o que mais se aproxima 
da democrac ia pura.
Neander, destacado historiador, diz a 
respeito do período primitivo: “As igrejas eram
ensinadas a se governarem por si mesm as” . “Os irmãos 
escolhiam seus própr ios oficiais dentre seu própr io 
número” . “No tocante à eleição de oficiais 
eclesiásticos, o princípio antigo continuou sendo 
seguido: o consentimento . da comunidade era
necessário para a va lidade de qualquer eleição 
semelhante, e cada membro t inha a l iberdade de 
oferecer razões por sua opos ição” .
Moshiem diz a respeito do primeiro século: 
“Naqueles tempos primitivos , cada Igreja cris tã era 
composta do povo, dos oficiais pres identes , e dos 
assistentes ou diáconos. Essas devem ser as partes 
componentes de cada sociedade. A voz principal 
pertencia ao povo, ou seja, a todo o grupo de c r i s tãos” . 
“O povo reunido, por conseguinte , elegia seus própr ios 
governantes e m est res” . A respeito do segundo século, 
ele acrescenta: “Um presidente, ou bispo, pres ide sobre 
cada Igreja. Ele era criado pelo voto comum do povo” . 
“Durante uma grande parte desse século, todas as 
igrejas continuaram sendo como no princípio , 
independentes umas das outras, cada Igreja era uma
25
espécie de pequena república independente, 
governando-se por suas próprias leis, baixadas , ou pelo 
menos aprovadas pelo povo” .
Questionário
■ Assinale com “X” as al ternativas corretas
1. “Ekk les ia”, deriva-se de uma pa lavra grega
a)IÃ1 Que significa “chamados para fo ra”
b)l I Que significa “chamados para den tro”
c)l | Que significa “chamados de fo ra”
d)| I Que significa “chamados de den tro”
2. A missão tríplice da Igreja aqui no mundo é
a)| I Adoção, edificação e evangelização
b ) 0 Adoração, edificação e evangelização
c)| | Adoção, dedicação e evangelização
d)l I Adoração, dedicação e ju ízo ,
3. Forma de governo onde a autoridade recai sobre a 
congregação, sobre o próprio corpo local de crentes
a)l I Episcopal ou prelático
b)| I Presbiteriano ou oligárquico
c)l I Episcopal e oligárquico
d ) 0 Congregacional ou independente
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
4. |£l A Igreja é o fundamento de Cristo, o reino de 
Deus, um plano parentético do Pai
5 . E Igreja militante é a comunidade cristã que 
peregrina em direção ao descanso eterno, revestida 
pela armadura de Deus para vencer o inferno
26
Corpo Eclesial
O padrão bíblico para escolha dos 
presbíteros e diáconos nos foi dado pelo apóstolo Paulo 
em IT imóteo 3.1-13. Havia presbíteros e d iáconos na 
Igreja de Fil ipos, conforme Fil ipenses 1.1. O apóstolo 
Paulo instruiu a Tito que const i tuísse presbí teros na 
Igreja de Creta (Tt 1.5; Cf. At 20.17-35).
O corpo eclesial consti tui basicamente de 
dois ofícios:
(1) Pastor, Ministro, Ancião, Presbítero, Bispo.
Os vocábulos acima são empregados para 
designar o mesmo ofício, pois significam of ic ia lmente 
o mesmo (At 20.17,28; lTm 3.1; Tt 1.5-7).
A palavra “presbitér io” é empregada para 
designar o conjunto ou o corpo de pastores e de 
presbíteros que cooperam no governo da Igreja. Deve 
haver um corpo de presbíteros na Igreja local , pois as 
Escrituras se referem ã existência de presbí teros ou 
anciãos nas igrejas. Atos 14.23 diz assim: “E,
promovendo-lhes em cada Igreja a ele ição de 
presbíteros, depois de orar com je juns , os 
encomendaram ao Senhor em que haviam cr ido” .
Tiago 5.14,15 instrui que quando alguém 
adoece alguém, chamem os presbíteros da Igreja para 
ungir com óleo.
Paulo escreveu a Timóteo: “e devem ser 
considerados merecedores de dobrada honra os 
presbíteros que pres idem bem, com especia lidade os 
que se afadigam na palavra e no ensino” ( l T m 5.17). A 
Tito, o apóstolo recomendou igualmente: “ ... para 
que... em cada cidade, consti tu ísse presbíteros, 
conforme te p rescrev i” (Tt 1.5). De Mileto, Paulo
27
mandou chamar os presbíteros da Igreja de Éfeso (At
20.17). Por essas passagens , há abundantes precedentes 
bíblicos que autorizam a exis tênc ia de presbíteros na 
Igreja. Também se poderá ver, pelo exame das 
Escrituras, que o presbítero é um obreiro que exerce 
um minis tério do Evangelho.
Pedro escreveu: “Rogo, pois, aos presbíteros 
que há entre vós, eu, presbítero como eles.. . pastoreai o 
rebanho de Deus que há entre vós... Ora, logo que o 
Supremo Pastor se manifestar, recebereis a 
im arcesc íve l1 coroa de glória” ( IP e 5.1-4). Não há 
dúvida que Pedro foi pregador e apóstolo da mais alta 
ordem. Ele instruía aos ministros que cuidassem do 
rebanho. Também afirmou ser ele mesmo um 
“presbí tero” que exortava os outros presbíteros. Assim 
sendo, concluímos que um presbítero ou um ancião 
exerce um ministério.
Quando João escreveu a segunda e terceira 
epístolas, a si mesmo designou-se de “presbítero” ,(2Jo 
1; 3Jo 1). Com referência aos presbíteros, em Atos
11.30; 15.2,4,6,22,23; - 16.4; 20.17,28 e 21.18, e
part icula rmente nos trechos de Tito 1.5,7, é evidente 
que os vocábulos “presbítero” (ancião) e “b ispo” 
(supervisor) são sinônimos, e que ambos se referem a 
homens consagrados, a líderes oficiais das igrejas. 
Parece claro que a palavra “presb í tero” se refere ao 
homem em sua exper iência espiri tual , e que o termo 
“bispo” a seu cuidado.
A conclusão a que se pode chegar, baseada 
nos parágrafos acima, portanto, é a seguinte: nas 
igrejas cristãs primitivas havia plura lidade de 
presbíteros ou anciãos. Noutras palavras, cada Igreja 
t inha certo número de homens consagrados que servia
1 Que não murcha . Incor rupt íve l , ina l te rável .
28
como pastores. Nos dias dos apóstolos Paulo e Pedro, o 
Novo Tes tamento ainda não estava completo,pelo que 
não havia também padrões fixos a seguir, através dos 
quais fossem resolvidas todas as questões. A Igreja de 
Cristo estava passando pelo processo de recebei' a 
revelação total da parte de Deus. A fim de salvaguardar 
a verdade e resguardá-la das “ in terpretações 
part iculares” (ver 2Pe 1.20), foi plano de Deus que 
houvesse, em cada agrupamento evangélico, um corpo 
de homens dirigidos pelo Espíri to Santo, que pudessem 
comparar entre si suas impressões divinas, defin indo 
junto o pensamento e a mente de Deus no tocante à Sua 
verdade re la tiva às igrejas.
Igualmente, nesse período format ivo, a 
questão de alguém ser um pastor era algo in te iramente 
novo para todos, havendo necessidade do surgimento e 
aperfeiçoamento de muitos obreiros dessa categoria, 
mediante padrão de vida conveniente.
Através da associação uns com os outros, 
comparti lhavam eles o ministério das igrejas 
primitivas, e estavam assim capaci tados a observar as 
práticas uns dos outros, aprendendo mutuamente da 
exper iênc ia coletiva. Isso desenvolveu com p res teza1 
aqueles l íderes das igrejas que, indubitavelmente , 
foram capazes de assumir maiores responsabil idades , 
como a tarefa de estabelecer novas igrejas e treinar 
novos presbíteros ou anciãos.
Mas, que havia certa dis t inção nas fileiras 
desses presbíteros parece ficar entendido em IT im óteo 
5.17, onde lemos que alguns laboravam na Palavra e no 
ensino. Isso indicaria que esses t inham uma capacidade 
maior, enquanto que outros eram menos capacitados. 
Alguns talvez se ocupassem no cuidado dos pobres , na
1 Lig e i reza , p ront idã o . Ra pi dez , agi l idade .
29
música ou na visi tação pessoal e funções pastorais 
semelhantes. Esses homens eram apoiados e estimados 
pela Igreja, conforme IT imóteo 5.17,18, onde a 
T imóteo é relembrado que o obreiro é digno do seu 
salário.
Igualmente os presbíteros ou anciãos podem 
servir em outras funções espiri tua is, até mesmo como 
responsáveis por congregações ou igrejas, estando 
capacitados a exercerem eventualmente o minis tério de 
pastor.
(2) Diáconos.
Os primeiros diáconos foram escolhidos 
pelos crentes, segundo está regis trado em Atos 6.1-7, 
para a tender aos interesses temporais da Igreja. 
Diácono significa “ministro ou servo” .
Participação do Membro no Governo da Igreja
Não resta dúvida de que os membros devem 
part ic ipar do governo da Igreja. Mesmo sendo uma 
teocracia, como já foi dito, a Igreja não pode deixar de 
ter a participação, embora relativa, dos que a ela
pertencem. A relação de partic ipação do povo no
governo da Igreja deve ser operado pelo menos em três 
sentidos:
(1) Cooperando. A fim que os governantes tenham 
condições de desempenhar as suas funções sem 
embaraço. Essa cooperação é extensa e começa 
com a contribuição com os dízimos e as 
ofertas, a fim de que não venha faltar o
necessário à manutenção da obra em todas as 
suas áreas de ação, desde o sustento dos 
obreiros à construção de templos e a
manutenção do patrimônio.
30
(2) Apoiando as Decisões. Apoiando as decisões e 
de terminações do ministér io que da parte de 
Deus lhe são recomendadas, cumprindo tudo 
com alegria, especia lmente no sentido da 
conservação da doutrina, como podemos 
observar faziam os irmãos na igreja primitiva 
(At 15.28-31).
(3) Reconhecendo que provém de Deus. O
Ministér io da Igreja é dado por Deus e é uma 
vocação celes tial ; não se trata de prof issão de 
caráter social , de um emprego, embora tenham 
os ministros direito a sustento. Por isso devem 
ser obedecidos com alegria (Hb 13.17). Não 
havendo obediência, a partic ipação perde o 
sentido e a razão de ser.
Filiação
O ingresso na Igreja Universal é pela 
exper iênc ia de salvação e não pelo batismo em água. 
Todavia, tornar-se membro da organização, da Igreja 
local , através do batismo em água, que nada mais é do 
que o testemunho público e externo da decisão de 
continuar seguindo a Jesus, identif icando-se com Ele e 
com o Seu povo na terra.
Formas de tornar-se membro.
Na era apostól ica, quando havia apenas “um 
só Senhor, uma só fé, um só bati smo” , e não exist iam 
denominações com suas divergências, o batismo do 
convertido por si, o const i tuía membro da Igreja, 
outorgando-lhe imedia tamente , todos os direitos e 
privilégios de membro em plena comunhão. Nesse 
sentido, “o batismo era a porta de entrada na Igreja 
local” .
31
Atualmente , a si tuação é diferente; e ainda 
que as igrejas desejem receber novos membros, são 
precavidas e caute losas para receberem pessoas que 
não vivam em conformidade com os padrões bíblicos.
> Assim, se aceita um membro na Igreja:
1) Pelo batismo (Mt 28.19; At 2.38).
É necessário que seja devidamente casado 
( IC o 7.2,10,11; Hb 13.4) ou solteiro, e que tenha 
exper imentado a salvação pela fé em Jesus.
2) Por carta de transferência.
Quando expedida por Igreja da mesma fé e
ordem.
3) Por aclamação.
Aplica-se a várias si tuações. Todas, porém, 
exigem que a Igreja que receberá o membro já o tenha 
observado e considerado posit ivo o seu modo de viver. 
Pessoas recebidas de outros grupos rel igiosos devem 
ser observadas cuidadosamente , a fim de descobrirem 
se defendem doutrinas contrárias às doutrinas bíblicas 
que esposamos.
Deve haver entendimento bem definido 
acerca do sustento da Igreja, pelo membro a ser 
recebido, pois é possível que não se sinta responsável, 
quanto aos díz imos e ache que outros é que devem 
levar a carga financeira da obra.
O candidato deve estar ciente das normas de 
santidade. Deve o pastor instruir os novos membros nas 
verdades essenciais para o desenvolv imento da Igreja; 
e somente os que estão plenamente doutrinados 
poderão ser admitidos como membros.
32
> A Igreja poderá receber, também, por aclamação:
a) Membros de organizações genuinamente 
evangélicas.
b) Membros de igrejas que não dão carta de 
transferência.
c) Membros cujos documentos foram extraviados.
> Além do que prescreve o estatuto , deve o membro:
» a) Consagrar-se;
a b) Aprender a levar as almas a Cristo;
c) Honrar, respeitar, sustenta r a obra com díz imos ; A
d) Assist ir aos cultos;
e) Votar nas várias reuniões;
f) Participar da Ceia;
g) Visitar e ser visi tado; ^
h) Tomar parte nas a tividades da Igreja; <■
i) Ser separado, eventualmente , para obreiro local.
> Perigos a serem evitados:
a) Pensar o pastor somente no número de membros;
b) Pensar demais em apoio financeiro ou social;
(c) Ter na Igreja, como membros, pessoas que não ) querem se compromete r com o bom exemplo; /d) Ter na Igreja, como membros, pessoas que crêem K 
em doutrinas diferentes;
c) Aceitar como membros pessoas que se separaram ^ 
bruscamente de suas igrejas originais.
33
Cartas
Recom endação .
Deve ser expedida apenas a membros em 
comunhão com a Igreja e que farão uma viagem 
temporária a um ou mais lugares. A validade da 
primeira apresentação é de 30 dias. Caso o membro vá 
permanecer em lugar fixo, mais de 3 meses , o ideal é 
levar carta de mudança.
M udan ça .
A carta de mudança é legada1 a membros em 
comunhão com a Igreja e que este jam transfer indo 
residência para outra localidade onde exis ta Igreja da 
mesma organização.
Declaração .
No caso de um membro querer transferir -se 
para uma Igreja aceita como evangél ica, mas que não 
seja da mesma fé e ordem, podemos dar-lhe uma 
declaração, d izendo que foi membro da Igreja de tanto 
a tanto, sendo, agora, desligado do rol de membros a 
pedido.
A presentação .
Entre congregações de um mesmo campo ou 
município pode-se dar uma carta de apresentação. Pode 
ainda ser usada para pessoas que, de passagem ou 
mudança, são apenas congregados e não membros. Em 
todos os casos ver também questão de prazo, destino, 
portador.
Antes de receber qualquer pessoa de outra 
Igreja, é bom consultar o pastor ou responsável de sua
1 R epassada , passada .
34
Igreja, procurando saber, se, na verdade, não expede 
qualquer documento para pessoas que mudam de 
organização, ou se a pessoa não está documentada por 
outros motivos. O tra tamento de qualquer destes casos 
deve ser feito com sabedoria.
As cartas de mudança ou recomendação
podem ser revogadas1 em qualquer ocasião, antes de 
serem usadas, se, no entender da Igreja, houver
motivos suficientes para tal ação, conforme
disposi t ivos es ta tu tá r ios2.
A Disciplina na Igreja
A discipl ina é uma benção, e uma
necessidade na Igreja (At 5.1-11; 2Ts 3.6-14; ^ n T > 
(J 6 . 17JJT^ ICo 5). Jesus falou sobre "a disciplina (Mt 
18.15-17). Deus é um Deus de ordem. Como um pai 
disciplina seus filhos na famíl ia (Hb 12.5-11), assim 
deve haver disciplina na Igreja.
Apesar da Igreja não ter condição de obrigar 
a consciência do membro, ela tem de ju lgar sobre a 
observação dos ensinos bíblicos e cristãos por parte 
dos que a ela pertencem.
Sem dúvida um dos fundamentos da Igreja é 
a disciplina. Nenhuma ins ti tuição tem condições de 
atingir os seus objetivos se os membros não 
obedecerem às disciplinas.
> Para ensinar é preciso antes aprender. ^
Daí surge à necessidade do obreiro 
freqüentar regularmente as Escolas Bíblicas, ler bons 
l ivros e estudar a Bíblia, para ser um obreiro aprovado.
1 Tor na r nulo, sem efe i to; fazer que de ixe de vigorar ; anular , 
inva lidar , revocar .
2 R el a t i vo a, ou con t id o em es ta tu to(s ) .
35
O objetivo da disciplina visa tanto preparar bons 
crentes como bons obreiros.
Pela leitura das epístolas de Paulo, nota-se 
que ele se dedicava mais ao ensino que à pregação, e 
até mesmo as suas mensagens eram saturadas de 
ensino.
Salomão, por exemplo, maior sábio do seu 
tempo, porque recebeu sua sabedoria dire tamente de 
Deus, repartiu-a com todos os seus, e quando foi 
visi tado pela rainha de Sabá, o que mais a 
impressionou foi jus tamente a disciplina dos servidores 
de Salomão ( lR s 10.4,5).
A disciplina pelo ensino é mais ef iciente que 
a correção. Assim, se o pastor deseja ver uma Igreja 
bem disciplinada, a regra áurea é: “Manda estas coisas 
e ensina-as” ( lT m 4.11).
> Propósito da disciplina.
Principal objetivo da disciplina é transformar 
vidas e formar caracteres. O exemplo é um fator 
impor tante na disciplina. O que ensina precisa 
primeiramente disciplinar-se a si mesmo, a fim de dar o 
exemplo. Quem ensina, precisa viver o que fala.
Jesus fez uso desse método de ensino, e foi 
isso que garantiu a sua autoridade. Ele censurou os 
mestres fariseus porque ensinavam, mas não 
praticavam. Por isso mesmo não t inham autoridade! 
“Não se deve considerar a disciplina com caráter 
negativo, como castigo por parte da Igre ja” . A 
disciplina tem caráter positivo:
■ Corrigir uma má situação (2Co 7.9); >
■ Restaurar o caído (G1 6.1; Mt 6.14,15);
■ Manter o bom testemunho da Igreja ( lT m 3.7);
■ Advertir os demais membros para que não se 
' descuidem ( IC o 5.6,7);
36
■ Apelar à consciência do ofensor para que pense 
sobre sua conduta.
> Motivos para disciplina.
■ Conduta desordenada ou desaprovada pela P a l a v r a \ y 
de Deus (2Ts 3.11-15);
■ Imoral idade ( I C o 5); n/
■ Espíri to contencioso, divisor (Rm 16.17,18; 2Co ’ 
13.1; lT m 3.15,20);
■ Propagação de falsas doutrinas, heresias (Tt 
3.10,11);
■ Fil iação à organização ou Igreja incompatível com 
o crist ianismo.
> Métodos do procedimento na disciplina que Jesus ^ 
ensinou em Mateus 18.15-18.
■ N" medida do possível , deve-se tratar o problema ^ 
entre as pessoas afetadas.
■ Duas ou três testemunhas, v /
■ Não se arrependendo o ofensor, ou se o caso, / 
tomar proporções e chegar ao conhecimento de 
muitos, deve-se levar a Igreja.
■ Caso se recuse humildemente a reconhecer sua 
falta, e a pedir perdão, deve o ofensor ser j 
desligado do rol de membros (Mt 18.18; 2Ts 3.14; ^ 
IC o 5.11). Arrependendo-se , que seja perdoado,
se a falta não for tal que exija desl igamento 
imediato.
■ Se o caso for de flagrante escândalo para a Igreja, J 
ao ser comprovado, deve ser imediatamente 
desligado, tudo, porém com justiça.
37
> Casos especiais de disciplina aplicada por muitos.
Casos de perdão para pessoas que exercem 
cargos na igreja ou liderança.
Ex: Regente de coral ao se ar repender deve voltar 
imedia tamente a exercer a função? E necessár io um 
tempo de prova, no qual a pessoa tem de demonst rar 
arrependimento.
Precisa-se dar tempo para que a Igreja veja o 
arrependimento e restabeleça a confiança. Nunca se 
deve faci l i tar tanto a ponto de se pensar que o pecado é 
coisa tão simples que a Igreja nem sequer se incomoda.
> Atitude do pastor frente ao procedimento de
disciplina do membro.
■ Deve ministrá-la com espíri to de humildade e de 
amor (G1 6.1);
■ A disciplina não é um castigo, ela visa redimir e 
restaurar;
■ Tudo o que tem espíri to de represá l ia1 ou 
revanche é carnal e dificulta a submissão da 
pessoa;
* O bom pastor dá a vida e deve estar ansioso pela 
volta da ovelha que se perdeu.
■ A disciplina deve ser aplicada imparcialmente;
■ A disciplina nunca deve se transformar em arma 
nas mãos do pastor ou dirigente, como meio de 
impor a sua própr ia vontade: Nada há mais 
reprovável que amedrontar membros com 
disciplina para colocá-los na linha. Além do 
mais, pastor não é ditador. E, sim, um guia e 
exemplo do redil ( IP e 5.1-3).
1 De sfor ra , v ingança , desp ique , des forço , re ta l iação .
38
Questionário
■ Assinale com “X ” as a lternativas corretas
6. Foram escolhidos pelos crentes (segundo At 6.1-7), 
para atender aos interesses temporais da Igreja
a) 13 Os primeiros diáconos
b)| I Os primeiros anciãos
c)l I Os primeiros presbíteros
d)| I Os primeiros pastores
7. O ingresso na Igreja Universal
a)l I É pelo batismo em água
b ) 0 É pela exper iência de salvação
c)l I E pelo batismo no Espíri to Santo
d)l I E pelo cadastro no rol de membros
8. Quanto aos perigos a serem evitados pelo pastor, é 
incerto dizer que
a)| I Não deve ele somente pensar no número de 
membros
b)l I Deve nao pensar demais em apoio financeiro 
ou social
c ) @ Deve aceitar como membros pessoas que se 
separaram bruscamente de suas igrejas originais
d)l I Não deve ter na Igreja, como membros, 
pessoas que crêem em doutrinas diferentes
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
9.|fc| A carta de apresentação é passada aos membros 
que estejam transferindo para outra localidade
10.[£] O que ensina precisa primeiramente disciplinar- 
se a si mesmo, a f im de dar o exemplo
Lição 2
O rganização da Igreja
A organização da Igreja local é apresentada, 
em sentido figurado, na descrição que o apóstolo Paulo 
faz de Cristo de quem todo o corpo, bem ajustado e 
consolidado, pelo auxíl io de toda junta , segundo a j u s t a 
cooperação de cada parte, efe tua o seu própr io aumento 
para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.16; 
2.21). Trata-se s implesmente da integração de cada 
junta e parte formando uma unidade, a f im de que, 
como conjunto completo, tudo funcione com vida, 
eficiência e harmonia.
> Os objetivos da organização eclesiástica.
O propósito da organização da Igreja é
tríplice.
sDj z J Em primeiro lugar, tem que moldar-se à 
natureza de Deus. O Senhor Deus é muito ordeiro. Seu 
grande universo celestial movimenta -se com tal 
precisão que poss ib il i ta aos ast rônomos preverem o 
momento exato dos eclipses, o aparec imento dos 
cometas e outros fenômenos celestes.
Deus ins truiu os fi lhos de Israe! a se 
locomoverem em de terminadas formações, atendendo 
condições de precedência, es tabe lecendo a posição 
exata de cada tribo no acampamento , em relação ao 
labernáculo que ficava no centro.
41
Quando Cristo multipl icou os pães para os 
cinco mil homens, ordenou que todos se assentassem 
em grupos de cem e de cinqüenta (Mc6.39,40). O 
próprio corpo humano é obra de Suas mãos, sendo uma 
maravilha de precisão e organização.
A sincronização das batidas cardíacas com a 
função respiratória dos pulmões; o processo digestivo e 
sua relação com o sistema nervoso e com todas as 
partes do corpo se ajustam na mais perfeita ordem e 
cooperação, funcionando automática e
involuntariamente , tudo posto em movimento pela mão 
do habi l idoso Criador.
Poderia alguém duvidar da sabedoria de 
Deus em tão bem organizar e correlacionar a Igreja, 
que é o corpo de Seu próprio Filho, com a mais exata 
precisão? Certamente está em perfe ita harmonia com o 
plano e os métodos de Deus, que a Sua Igreja, a mais 
selecionada de toda a criação, tenha pelo menos o 
m e s m j grau de harmonia e unidade, no seu modo de 
ser, como qualquer outra obra.
Em segundo lugar, o propósito de 
organização da Igreja local visa a prover o máximo de 
ef iciência. Uma tu rb a1 de dez mil pessoas poderia ser 
derro tada por cem soldados, mediante ordem e 
formação técnica de ação. Do mesmo modo, a Igreja 
local , perfeitamente unida e onde cada qual ocupa o 
seu devido lugar (Mc 3.34), pode real izar muito mais 
para Deus do que uma grande e desorganizada massa de 
crentes.
Há muito trabalho a ser feito por este mundo 
afora. Obviamente faz parte do bom senso alguém se 
preparar para a realização dessa tarefa da maneira mais 
eficiente possível.
1 M ul t id ão em desordem. Mui tas pes soas reunidas ; povo.
42
Em terceiro lugar, o fim co l im ado1 por essa 
organização da Igreja local é assegurar a p rob idade2 em 
sua adminis tração, j á que um pequeno grupo poderá 
monopolizar a posse e os privi légios legais, se a Igreja 
local não for devidamente organizada. Pode ocorrer 
alguma parc ialidade na dis tribuição das tarefas do 
ministério e das a tividades da assembléia. Não havendo 
registros nem qualquer sistema de controle, poderá 
ocorrer in jus tiça no a tendimento aos membros como, 
por exemplo, nos casos de visitação.
> Organização composta de regenerados.
'Yv - V\ Ao pensar-se sobre a organização de uma 
Igreja local , p ressupõe-se a existência de um grupo de 
pessoas realmente nascidas de novo. Esse é o único 
material com que se pode levantar a Igreja local , pois 
não há outro fundamento além daquele que já foi posto, 
a saber, Jesus Cris to ( I C o 3.11).
A Igreja compõe-se daqueles que pertencem 
ao reino espiri tual (Mt 18.3; Jo 3.3). Qualquer outro 
material que não seja almas nascidas do alto, será como 
madeira, feno e palha, que será consumido pelo fogo, 
naquele dia ( I C o 3.12,13). Quão insensato é o pastor 
que edifica com material perecível.
> Argumentos a favor do rol de membros.
Contando com o bom material, como já 
definimos, o pastor pode lançar-se tranqüilo na 
organização de uma Igreja local. O simples fato de 
conseguir uma aglomeração de pessoas para pres tar 
culto não significa que esteja edificando uma Igreja. 
Deve haver ato de ins ti tuir e pôr em ordem a Igreja.
O primeiro passo em direção a tornar a Igreja
1 Mira do , v i sado, obse rv ado .
2 In te g r id ade de car á t e r ; ho nr ad ez , pundonor .
43
local em um organismo vivo, é reconhecer certo 
número de membros , havendo fortes razões para a 
formulação de um rol de membros. Em primeiro lugar, 
a necessidade instintiva de cada crente é de pertencer a 
um lar espiri tual . Tal como a pessoa deseja possuir um 
iar e ali viver, assim também as novas criaturas em 
Cristo anelam por pertencer a uma Igreja que 
considerem como sua.
Em qualquer obra organizada, há certa 
condição de estabil idade que natura lmente atrai o povo, 
que não se arriscaria a associar-se a algo transitório. A 
fim de atender a essa necessidade e de contar com um 
lugar onde os crentes possam sentir-se em casa, dando- 
lhes a satisfação de “pertencer” a essa casa, é m is te r1 
criar uma organização composta de seus próprios 
membros.
Outro motivo pelo qual deve haver um 
arrolamento definido de membros, é que isto é bíblico. 
Nos dias dos apóstolos e da Igreja Pr imitiva , consta 
que “ ... dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a 
eles; porém o povo lhes tr ibutava grande admiração. E 
crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto 
homens como mulheres, agregados ao Senhor” (At 
5.13,14). Dá a entender que havia um arrolamento bem 
como uma dist inta l inha de demarcação entre os 
discípulos e os infiéis. Por isso deve exis t i r o rol de 
membros, que evita promiscuidade3 e confusão.
Pode-se perceber c laramente , em bom 
número de passagens, que se fazia a contagem dos 
membros , e disso havia registros. No dia de 
Pentecostes os irmãos eram 120 (At 1.15). Quase três
1 Pr ec iso , nece ssá r io ; u rgente.
2 L e v ant am ent o , inventár io, lista.
3 Qu a l id ade de promísc uo ; mistura d eso rd en ad a e confusa. Diz- 
se de pes soa que se ent rega sexua lme nte com fac i l idade .
44
mil foram acrescentados à Igreja naquele dia (At 2.41). 
Mais tarde o número aumentou para cerca de cinco mil 
(At 4.4).
As inscrições que concernem à disciplina 
deixam claro que havia uma nít ida l inha de separação - 
o lado em que se encontravam os membros e o outro, 
onde permaneciam aqueles que não podiam part ic ipar 
da comunhão ( ICo 5.12,13). O apóstolo Paulo 
recomendou que a congregação em Corinto excluísse 
de seu rol aquela pessoa iníqua. Aqui temos uma 
s ituação dos que es tavam “den tro” e dos que estavam 
“fora” , o que é possível somente com um rol de 
membros. O próprio Senhor ins truiu que, após os 
passos preliminares apropr iados em direção à 
reconci l iação, se o irmão se mostrasse irreconcil iável, 
dever ia ser reputado como gentio e publicano (Mt
18.17). Isso o poria fora do p á l io 1 da comunidade, 
requerendo que começasse tudo de novo se desejasse 
yoltar a fazer parte da mesma.
Essa exigência também revela a vontade de 
Jesus, no sentido de que haja definição exata sobre a 
si tuação dos crentes. Tito 3.10 ordena a rejeição do 
herege após a primeira e segunda advertência. Como 
poderia haver a rejeição se não houvesse pelo menos 
um grupo definido do qual pudesse ser excluído? Veja 
também 2Tessa lonicenses 3.6,14,15.
Existe ainda uma outra razão em favor do rol 
de membros. E lógico do ponto de vista de qualquer 
empreendimento. Quando pessoas crentes f reqüentam 
uma Igreja e fazem invest imentos nela como seu lar 
espiri tual , adquirem por ela um interesse maior. Caso o 
templo seja de propriedade de alguém (do pastor, por 
exemplo), e esse alguém mais tarde o vende e muda-se
1 Manto, capa.
para outra cidade, então os que t iverem colaborado ali 
sentirão que de uma hora para outra se viram 
desabrigados, e como negar que tais sentimentos são 
perfe itamente jus tos?
Dar aos crentes o direito de voto no controle 
da propriedade da Igreja parece elementar. Igualmente, 
supondo que a alguém seja dado o direito de votar, só 
por se achar presente a uma reunião de membros, 
equivaleria a dar a est ranhos , ou àqueles que raramente 
freqüentam a Igreja e que não deviam constar do rol, o 
direito de controla rem as propr iedades da Igreja tanto 
quanto os membros ativos, os quais são fiéis em sua 
freqüência e que ali realmente têm feito invest imentos. 
Isso seria uma injus tiça e ocasionaria protestos jus tos . 
Ora, ambas as possibi l idades são evitadas mediante o 
simples expediente de haver um rol de membros, e em 
que a posse da propr iedade tenha sido feita em nome da 
Igreja.
Isso não é apenas sensato e eminentemente 
justo, mas também desfruta de apoio bíblico que 
confirma esse princípio. Em Romanos 12.17 aconselha 
que façamos coisas direitas e honestas perante todos os 
homens. E 2Coríntios 8.21 nos recomenda: “ ... pois o 
que nos preocupa é procedermos honestamente , não só 
perante o Senhor, como também diante dos hom ens” .
>Normas para tornar-se membro.
Antes que possa ser de te rminada e 
reconhecida uma lista de membros da Igreja, é 
necessário resolver a questão das exigências mediante 
as quais serão aceitos os membros.
A questão da aceitação ou rejeição de 
membros, ou seu desl igamento definit ivo, não pode 
ficar a critério pessoal do pastor ou de seus auxil iares 
diretos. Deve haver uma norma escri ta, baseada na
46
Palavra de Deus, mediante a qual se chegue a decisões 
imparciais.
Na jus t iça secular aplicam-se as regras sem 
olharem pessoas; e por que não proceder do mesmo 
modo em nosso meio? Só pode haver confiança e 
satisfação entre o povo, quando há um entendimento 
quanto às qualif icações de candidatos a membros. Mas, 
se as regras forem meramente “suben tend idas” , darão 
ensejo a muitos desentendimentos . Nada melhor do que 
dispor de um documento definido, sempre imparcial , 
jamais inf luenciável pelos argumentos , e que possa 
pres tar tranqüilamente o v e red ic to1 adequado a cada 
questão em debate.
É mister, portanto, que haja um claro 
en tendimento sobre o que está envolv ido nas questões, 
e que isso seja registrado em linguagem simples e 
concisa2, sendo então aprovado pelo voto voluntário 
dos membros da Igreja, ou pelos membros oficiais que 
são por ela responsável. Isso porá fim a toda 
argumentação e contribuirá para a adminis tração 
harmoniosa das at ividades da Igreja.
A exper iênc ia vital do novo nascimento é 
imprescindível para que alguém se torne membro de
uma__Igreja local (2Co 5.17). Mas, deveríamos
contentar-nos apenas com a mera conf issão de fé e a 
reci tação da sentença: “Creio em Jesus Cristo como 
Filho de D eus?” .
Mui tos são os grupos que se têm associado à 
base de tão insufic iente fundamento. E tudo indica que 
nessescrebaj ihos há muitos não j re g e n e rad o sy Deveria 
haver algo de mais específico em matéria de exigências 
para que alguém se tornasse membro. O Senhor nos 
ordena nestes termos: “Por isso, re tira i-vos do meio
1 Ju ízo p ro n u n c ia d o em qua lq ue r matéria.
2 Suc in to , re sumido . Prec iso , exato.
47
deles, separa i-vos . . .” (2Co 6.17). E Ele também nos 
instruiu~~como segue: “Sede santos, porque eu sou 
san to” ( IPe 1.16). Diz-nos ainda que “Se a lguém amar 
o mundo, o amor do Pai não está nele” ( l J o 2.15). E 
tãmbem: “ Ninguém vos engane com palavras vãs; 
porque por estas coisas (certos pecados citados nos 
versículos 3 à 5) vem a ira de Deus sobre os fi lhos da 
desobediência" (Ef 5.6).
Que devemos fazer em face dessas 
Escrituras? Haveríamos de aceitar em nossas igrejas, 
como membros, aqueles que demonst rarem amor ao 
mundo? Se a ira de Deus repousa sobre os tais e se de 
maneira âTgTímã~éntrárao no reino (G1 5.19-21), que 
direito temos nós de aceita-los na Igreja? Que 
coerência haveria nis to?
Da parte de todo candidato a membro, 
deveria haver a declaração definida acerca da renúncia 
ao pecado e às coisas do mundo, com pTènà 
^compreensão sobre este ponto. Se af irmarmos que a 
nossa doutrina é corre ta e bíblica, e que temos 
exper iênc ia com Deus, então a coerência requer que 
esperemos dos membros de nossas igrejas um alto 
padrão de vida e exper iência espiri tual . Mas, se nossa 
Igreja não é diferente das demais, nesse caso, por que 
exist imos como denominação separada? Esse é um 
desafio direto. (O cr is t ianismo em vários aspectos se 
acha dividido em muitas denominações e seitas). A 
menos que haja clara jus ti f ica tiva para nossa exis tência 
separada como denominação, estamos condenados por 
estar aumentando o número dessas divisões.
Nossa própria existência, como Igreja, exige 
que tenhamos um padrão mais elevado de aceitação.de 
membros;(ê^u g ^ q u è ^ h aja certas quali f icações') impostas 
aos que queiram tornar-se membros de nossas igrejas.
Se a Igreja for pura e santa, gozará da
48
aprovação de Deus e dos homens. O pecado crucificou 
nosso Mestre. Este mundo vil é inimigo da graça de 
Deus. A Igreja está a caminho de uma pátria santa e 
celestial , e nós adoramos a um Deus santo. Isso torna 
necessário que os crentes se aproximem o mais 
possível do estado “sem mácula nem ruga, nem coisa 
semelhante, mas antes, seja santa e sem defeito, como 
Igreja g lor iosa” (Ef 5.27).
Deus derramará Suas bênçãos sobre uma 
comunhão l impa, de santos, e não sobre aqueles que 
acolhem o pecado e o mundanismo em seu meio. O 
povo, semelhantemente , aprecia a coerência de uma 
vida santa da parte daqueles que fazem tão vigorosa 
prof issão de fé. Desse modo as bocas serão fechadas e 
os corações ficarão convencidos da real idade dessa 
maravi lhosa salvação.
A Diretoria
É muito destacado o lugar do corpo 
adminis tra tivo da Igreja local. Após a escolha dos 
presbíteros e diáconos é conveniente e bíblico que haja 
uma consagração pública desses irmãos. Ao serem 
selecionados os primeiros diáconos, estes foram 
apresentados aos apóstolos, os quais oraram e 
impuseram as mãos sobre eles (At 6.6). Isso dará aos 
presbíteros e diáconos “certo pres t íg io” perante a 
Igreja, além de demonst rar publicamente que o pastor 
os aceite sem restrições.
O secretário da Igreja, escolhido pelo 
presbitério , é o guardião e responsável por todos os 
documentos impor tantes, atas, etc. Sugere-se que haja 
pelo menos uma reunião mensal do presbitério , a não 
ser por mot ivo de força maior. E essa reunião deve ser 
levada a efeito, quer haja assuntos de re levância a
49
I_______________________________________________________________
tratar, quer não.
Haverá sempre necessidade de 
companheir ismo e conselho, e de um período de oração 
fervorosa em favor do bem-estar espiri tual de toda a 
Igreja. Devem-se lavrar atas contendo todas as m o çõ es1 
aprovadas em cada reunião. E seria conveniente que o 
secretário lavrasse em ata os assuntos tratados, e se 
chegaram ou não à aprovação.
Além da reunião do presbitério é necessár io 
que o pastor se reúna com as outras comissões da 
Igreja. Há os oficiais da Escola Dominical com os 
quais terá de entrevistar-se, e deve estar presente às 
reuniões semanais ou mensais dos professores e 
obreiros da Escola Dominical . Se houver um grupo 
organizado da mocidade, o pastor será automaticamente 
membro ex-ofício de sua diretoria. O pastor não deve 
considerar que fazer-se presente a essas reuniões seja 
um privilégio, mas, sim, um dever.
O pastor é o líder de cada depar tamento, bem 
como da Igreja em geral. Seu intuito, ao fazer-se 
presente a essas reuniões, é o de contribuir com seus 
conselhos e exercer uma influência benéfica, visando 
apr imorar o conhecimento dos crentes e a at ividade 
espiri tual . Sua presença não deve de forma alguma 
abafar ou in timidar e nem tirar deles a responsabi l idade 
no trabalho.
O pastor deve dar valor à sabedoria e às 
opiniões deles, encorajando suas iniciativas. Jamais 
deve passar à frente desses subordinados, naqueles 
detalhes que são legit imamente deles. Caso tenha 
qualquer sugestão a fazer, que o faça ao membro 
encarregado, e este entre em contato com os demais.
1 Pro pos t a , em uma as semb lé ia , ace rca do es tudo de uma 
ques tã o , ou re la t iva a qu a lq uer inc idente que sur ja nessa 
assemblé ia ; p ropos ta .
50
Questionário
■ Assinale com “X ” as alternativas corretas
1. O propósito da organização da Igreja é tríplice. Em 
primeiro lugar
a ) @ Tem que moldar-se à natureza de Deus
b)| | Visa prover o máximo de ef ic iênc ia 
o D é assegurar o ajuste em sua adminis tração
d)i I Visa equipar de elevado nível de eficácia
2. Recomendou que a congregação em Corinto 
excluísse de seu rol uma pessoa iníqua
a)l I O apóstolo Pedro
b)| I O apósto lo Tiago 
O r a O apóstolo Paulo
d)l I O apóstolo João
3. É coerente dizer que, o responsável por todos, os 
documentos importantes , atas, etc, da Igrejaé o
a ) D Di ácono
b)| I Cooperador
c)| I Presbítero
d ) @ Secretár io
\
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
4.[C1 Ao pensar-se sobre a organização de uma Igreja 
local, p ressupõe-se a existência de um grupo de 
pessoas rea lmente nascidas de novo
5.It l A questão da aceitação ou rejeição de membros , 
ou seu desl igamento definit ivo, deverá ficar a 
critério pessoal do pastor
51
No que diz respeito aos imóveis e ao 
equipamento da Igreja, pode-se dizer algo. O profeta 
p Ageu ins truiu ao povo que ouvisse a ordem do Senhor: 
“Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa” (Ag
1.8). E acrescentou que Deus havia amaldiçoado a 
m esse1 do campo, “ ... por causa da minha casa, que 
permanece em ruínas, ao passo que cada um de voz 
corre por causa de sua própria casa” (Ag 1.9). Todavia, 
quando a casa de Deus ficou terminada, foi 
pronunciada sobre ela a bênção do Senhor. “A glória 
desta últ ima casa será maior do que a da primeira, diz o 
Senhor dos Exércitos; e neste lugar darei a paz. . .” (Ag
2.9).
Chegou o tempo em que os fi lhos dos 
profetas disseram a Eliseu: “Eis que o lugar em que 
habitamos contigo é estreito demais para nós . . .” (2Rs 
6.1). E solic itaram-lhe a permissão de edificar um 
lugar mais espaçoso; e Eliseu consent iu nisso e ainda 
os ajudou nesse empreendimento.
Salomão edificou uma vasta casa: “ ... porque 
o nosso Deus é maior do que todos os deuses” (2Cr 
2.5). “Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma 
nuvem encheu a casa do Senhor, de tal sorte que os 
sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, 
por causa da nuvem, porque a glória de Deus enchera a 
casa do Senhor” ( lR s 8.10-11).
É verdade que após haver sonhado com a 
escada cujo topo atingia o céu, Jacó declarou ao 
despertar: “Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu 
não o sabia. E, temendo, disse: quão temível é este
I m ó v e i s e E q u i p a m e n t o s
1 Seara em bom estado de se cei far . Ce ifa , colhei ta .
52
lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus!” (Gn 
28.16,17). Naquele local nada havia além da pedra que 
havia usado como travesseiro , e que erigiu como 
coluna, derramando óleo sobre essa pedra. É a presença 
de Deus que motiva o levantamento de uma casa de 
Deus. Por outro lado, está d iv inamente registrado que 
os filhos de Deus lhe edificaram tabernáculos e 
templos, nos quais Ele cond escen d eu 1 em habitar.
E do conhec imento geral que precisamos 
estar f isicamente bem acomodados, em certo conforto, 
para nos assentarmos tranqüilamente a f im de darmos 
atenção às questões da alma e do espírito. Assim como 
o corpo é o veículo em que nossa natureza espiri tual 
está contida, do mesmo modo, o edifício de uma Igreja 
é o meio necessário às f inal idades espiri tuais e o local 
onde adoramos a Deus.
Também a Igreja deve possuir uma 
aparelhagem de som que permita uma audição, por 
parte dos ouvintes e, dos que a estão uti l izando, da 
melhor maneira possível . É um depar tamento da Igreja 
onde é necessário invest imento considerável. Em 
alguns casos, gasta-se excessivamente com construções 
e ornamentações, sendo minimizado o interesse pela 
qualidade sonora produzida para àqueles que vão às 
reuniões, gerando assim um fruto negativo em função 
da má qualidade dos equipamentos sonoros.
Não é aconselhável invest ir grandes fortunas 
como fez Salomão, quando existe a urgente 
necessidade de recursos consagrados com que 
possamos financiar a proclamação do Evangelho até às 
extremidades da terra. Por outro lado, cumpre-nos 
procurar a beleza simples nas casas de oração que 
levantarmos.
1 Tr ans ig i r es p o n ta n eam en te , ceder , anui r à vontade ou ao rogo 
de a lguém.
53
O templo que consiste em um único salão é 
quase sempre o primeiro passo na criação de uma 
Igreja. Conforme for aumentando em número e 
capacidade financeira, será lógico e apropriado 
providenciar melhores acomodações para os diversos 
usos: o gabinete do pastor, uma sala de oração, salas 
amplas para a Escola Dominical que é div idida em 
classes, salão para reuniões diversas, berçário 
biblioteca. O Senhor atende à nossa fé ativa, quando 
damos um passo à frente e procuramos à expansão 
necessária ao desenvolvimento de Sua obra.
Manutenção
É para a glória do Senhor, que, as igrejas 
sejam equipadas de modo a abrigar confortavelmente o 
público. O mesmo deve dar-se com os móveis da 
Igreja. Bancos e assentos confortáveis, púlpitos bem 
confeccionados, cadeiras, quadros-negros, mapas e 
todo o equipamento que se torne necessár io para o 
trabalho eficiente, devem ser providenciados.
O exterior do edifício, o ja rd im e todo o 
imóvel devem ser conservados em boa ordem e sempre 
limpos. Os homens procuram a aparência das coisas e 
são esses homens que procuramos ganhar para Deus.
Um letreiro atraente deve ser colocado em 
lugar apropriado no templo, pois o templo, em si, já 
consti tui um convite aos transeuntes1 a entrarem. Uma 
providência sumamente interessante é a divulgação do
P l a n e j a m e n t o p a r a o T e m p l o
1 Indiv íduo que vai andando ou passando; passan te , caminhante , 
andante , v iandante .
54
número do telefone e que tal número apareça tanto na 
lista te lefônica como nos saguões1 de hotéis da cidade. 
Sempre deve ser fácil aos estranhos a localização da 
Igreja para que os interessados saibam onde se reunir 
com os irmãos.
Cerimônias
Talvez seja um tanto difícil para um 
pregador não l itúrgico do Evangelho, efetuar 
cer imônias eclesiásticas. No entanto, isto faz parte de 
seu dever e ministério diário, e dever ia familiarizar-se 
com todas as cer imônias a que um minist ro é chamado 
a realizar, aprendendo a oficiá-las com dignidade e 
correção. As pessoas em favor das quais, tais 
cer imônias são realizadas, consideram-nas como 
momentos relevantes em suas vidas. Delas participam 
com profundo respeito e reverência. Se não realizarmos 
nesse espíri to de reverência, elas perderão, o propósito 
e os benef ícios para os quais foram instituídos. Não 
queremos dizer com isso que deva haver r ituais 
inf lexíveis, artificiais, mas antes, certa ordem digna 
que honra a ocasião. Em muitas dessas oportunidades 
estarão presentes observadores que são revestidos de 
certa auréola sagrada.
Se um ministro violar a santidade da ocasião, 
será um grande choque para tais pessoas e as levará a 
perderem o respeito por ele e por sua Igreja. Por essas 
razões, todos os minis tros dever iam conduzir as 
diversas cer imônias ecles iás ticas com dignidade e 
decoro , contando ao mesmo tempo com a presença e as 
bênçãos do Senhor nessas ocasiões.
1 Sala de en t rada , recepção.
2 C o r reção mora l ; decênc ia. D ig n id ade , honr adez . Co n fo rm id ad e 
do es t i lo do orador , do escr i to r , com o assunto de que trata.
55
A cerim ônia de casam en to .
A cer imônia de casamento, em particular, 
deve ser cuidadosamente observada, especia lmente em 
lugares onde tem valor legal.
. Antes de realizar a cer imônia, será
necessário que o minis tro se familiarize com as leis do 
país onde o casamento está sendo efetuado.
Os ministros devem conhecer bem as regras 
de sua denominação, que dizem respeito ao seu direito 
de oficiar cer imônias de casamento. O ministro jamais 
deve realizar uma cer imônia de casamento sem prévia 
investigação sobre o estado civil das pessoas que irão 
se casar. E se pers is t i rem dúvidas quanto aos 
candidatos , fará bem em invest igar pessoalmente , nas 
fontes, antes de prosseguir.
O minis tro não pode correr o risco de 
prejudicar sua posição na Igreja, por mot ivo de 
descuido em tão importante questão, casando pessoas 
que não sejam solteiras ou viúvas.
Uma vez seguro da autoridade legal e da 
aprovação ecles iástica no casamento, deve em seguida 
examinar os papéis do casal. Terminada a cer imônia, 
deve o minis trante preenchero formulár io e obter as 
assinaturas necessárias das testemunhas. Então será 
feito o registro permanente no livro apropriado para 
esse fim e exigido pelas autoridades do país. Esse livro 
deve ser cuidadosamente guardado. Cada ministro 
tenha todo o cuidado em amoldar-se às minúcias das 
leis do país onde serve.
Se o matr imônio tiver de ser efe tuado no 
templo ou numa casa particular, convém que 
antecipadamente se faça um ou mais ensaios. O 
ministro, o noivo e a sua testemunha devem aparecer 
defronte do altar, o minist ro de rosto voltado para o 
auditório, enquanto que o noivo e sua testemunha
56
estarão à esquerda do ministro, parcialmente de frente 
para o auditório. Então a noiva, que marchará 
lentamente, sob o acompanhamento de música nupcial , 
para encontrar -se com o noivo, perante o altar. O noivo 
a acolherá ali á esquerda, e então ambos se voltam de 
frente para o minis tro , que iniciará a cer imônia.
A cerim ônia fú n eb re .
Na celebração de funerais será aconselhável 
ao novo pastor familiar izar-se com os costumes da 
região. Há grande variedade de costumes , no tocante à 
cerimônia fúnebre. Nas cidades menores e áreas rurais 
também há diferenças, às vezes grandes. Recomenda-se 
que o novo pastor não busque alterar os costumes da 
comunidade onde o funeral é efetuado, mas antes, 
adapte-se aos costumes locais na medida do possível.
Esses costumes variam quanto à hora e dia 
da semana e se vai haver ou não um culto a beira do 
túmulo, com a já costumeira cerimônia final.
A verificação prévia acerca de todas essas 
questões será proveitosa e ajudará o pastor a não violar 
as tradições de sua comunidade, l ivrando-se de censura 
ou culpa.
O minist ro deve atender aos desejos dos 
parentes do morto tanto quanto possível . Deve usar os 
cânticos desejados, planejando a celebração para ser 
breve ou longa, conforme a vontade expressa da 
família.
O culto da Ceia do Senh or .
' \_Z ”1 O pastor deve anunciar com a devida 
antecedência o culto de Santa Ceia exor tando os 
crentes a atentarem para a preparação espiri tual , e 
avisar aos não-convert idos acerca do perigo de tomá-la 
sem estarem devidamente preparados. E importante que
57
os membros entendam que só deve ir à mesa do Senhor 
aquele que estiver com o coração l impo e sem pecado 
( IC o 11.27-32). Por isso todo o que desejar participar 
da Ceia do Senhor deve preparar o coração. O que 
estiver em pecado deve arrepender-se e procurar o 
perdão. Em caso de haver rancores e desgostos entre 
alguns dos membros, estes devem reconci l iar-se antes 
de aproximarem-se da mesa do Senhor.
O pastor também deve anunciar que tanto ele 
como os demais obreiros estão dispostos a ajudar 
esp ir i tualmente a quem lhes pedir. Depois da 
exortação, convém que todos se entreguem à oração e à 
medi tação diante de Deus.
Ao oficiar a celebração da Ceia do Senhor, 
que o pastor prossiga calma e reverentemente . É uma 
cer imônia solene e sagrada e, devido à presença do 
Espíri to Santo em todo o seu transcurso, deve-se 
espera r que produza ricas bênçãos espirituais. 
Natura lmente que, os presbíteros e diáconos, 
cooperarão com o pastor nesse culto, como também os 
minis tros visitantes.
Mediante claro entendimento , estabelecido 
de antemão com os cooperadores , deve prevalecer 
ordem e sistema durante a celebração. Depois que os 
cooperadores t iverem tomado suas posições, convém 
que sejam lidas passagens apropriadas, 
preferencialmente ICorínt ios 11.23 à 26 ou 31; 
opdonalrnFhtêT-- Mateus ~26.17-20,26-29; Marcos 
14.12,17, 22-25; ou Lucas 22.7-20.
Geralmente é de bom alvitre explicar que se 
trata de culto de Comunhão, mas que os não batizados 
sejam advertidos a não partic iparem. Após uma oração, 
o minis tro lerá novamente a porção concernente ao pão
1 Alv i t ra mento . Not íc ia , nov idade , nova .
e entregará o e lemento aos diáconos, para que o 
dis tribuam sistematicamente entre o povo.
Gera lmente a Santa Ceia é celebrada ao 
término do culto, no primeiro sábado do mês, ou no 
primeiro domingo do mês, pela manhã.
Não se deve apressar esta cer imônia. Ela é 
um ato solene e deve-se esperar que os par tic ipantes 
recebam ricas bênçãos da parte do Espíri to Santo ao 
permanecerem em sua presença durante a cer imônia.
O batism o em á g u a s .
^>1(9 O batismo em águas, por imersão, deve ser 
realizado no bat is tér io da própr ia Igreja, ou em uma 
lagoa, praia ou rio. O ministro deverá cert if icar-se, 
acima de qualquer dúvida, que o batizando compreende 
bem o ato e que tenha realmente exper imentado o novo 
nascimento.
Ent revis tas preparatórias com os candidatos 
são a ssaz1 opor tunas . Essa cerimônia , com toda a 
propriedade, pode ser real izada como parte do culto 
noturno de domingo, posto que esteja unida à confissão 
de Cristo como Salvador.
A solenidade e a natureza sagrada da ocasião 
devem ser sentidas tanto pelos candida tos como por 
toda a assembléia. No momento apropriado o pastor 
entregará o púlpi to a um minis tro colega ou auxil iar, 
enquanto ele e os candidatos se retirarão aos vestiários 
a f im de se prepararem para o batismo. O pastor deve 
entrar primeiro na água, e os candidatos comparecerão 
um a um; ou então, se a cer imônia for efe tuada em 
lugar espaçoso, o grupo inteiro de candidatos poderá 
aparecer ao mesmo tempo. Após uma oração, o
1 Bas tan te , suf ic ien te , ou mui to.
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ofic iante se colocará em posição de efetuar a sua 
importante tarefa.
■ O batizando será orientado a colocar as mãos 
entre laçadas sobre o peito (mãos superpos tas1).
■ O batizan te colocará a mão que vai suportar o peso 
do batizando um pouco abaixo da nuca deste e, 
levantando a outra mão ao alto, fará as seguintes 
perguntas:
• O(a) irmão(a) crê que Jesus é o Sa lvador e 
Senhor de sua vida?
• Promete viver para Ele durante toda a sua 
exis tência?
• Está disposto a obedecer à sua Palavra 
incondic ionalm ente?
■ Após ouvir o “S im ” do candidato, o oficiante dirá: 
Segundo a tua confissão, o teu testemunho e a 
ordem de nosso Senhor Jesus Cristo, eu te batizo 
em nome do Pai, e do Filho e do Espíri to Santo. 
Em seguida colocará a outra mão sobre as mãos 
postas do batizando, e, com fi rmeza e delicadeza,
e, mais que tudo, muito reverentemente , o inclinará 
para trás até submergi- lo tota lmente, com a maior 
rapidez, levantando-o logo para a pos ição ereta e o 
conduzindo a quem esteja ajudando.
■ Durante a realização do batismo, o oficiante deve 
acautelar-se quanto à má com pos tu ra2 de algumas 
pessoas, especialmente irmãs. (Esta recomendação 
é feita para que tão solene ato não se torne uma 
ocas ião para escândalos ou gracejos).
■ O of ic iante terá sua vest imenta bem apresentável,
1 Posto em cima.
2 Seriedade ou correção de maneiras; comedimento, 
circunspeção, modéstia.
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inclusive usando gravata, para bem recomendar-se 
ao ministér io que exerce, e, ao mesmo tempo, 
destacar-se dos demais que irão às águas do 
batismo.
■ Se houver alguém enfermo ou com dificuldade de 
locomover-se, aconselha-se batizá-lo por último, 
por ser mais prudente e oportuno.
■ Ao concluir o batismo, o oficiante fará uma 
oração, após dar ciência ao dir igente do trabalho 
que conclui o ato.
Recepção de m em b ros.
Na recepção de membros na Igreja, os 
candidatos já terão sido examinados e feito sua 
declaração concordando com os costumes e doutrinas 
da Igreja a que estão se unindo. Essa cer imônia é 
simplesmente o “es tender a des t ra1 da com unhão” 
àqueles que já haviam sido regularmente admitidos 
como membros. Os candidatos serão de duas classes:
(1) Aqueles que foram admitidos por confissão de fé 
e ba tismo em águas;
(2) Os admitidos por carta de mudança enviada por 
Igreja irmã.
Ambos poderão ser recebidos do mesmo 
modo. Convém que os novos membros sejam recebidos 
imedia tamente antes do culto

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