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Os migrantes e a crise da sociedade do trabalho: humilhação secundária, resistência e emancipação HEIDEMANN, Dieter. Migrações: discriminações e alternativas. São Paulo: Paulinas/SPM, 2004. Introdução ❏ Os “boat people” e os “sem papéis” (SAYAD, Abdelmalek. A imigração ou os paradoxos da alteridade. Trad. Cristina Murachco. São Paulo: Edusp, 1998, p.55) ❏ Reflexão crítica ao sistema - crise do sistema global ❏ 3ª Revolução Industrial - incapacidade de exploração ❏ Dessubstancialização do dinheiro ❏ Dignidade humana - humilhação primária e humilhação secundária ❏ Populações mobilizadas e flexibilizadas - forma de sujeito sujeitado O fenômeno das migrações contemporâneas ❏ Movimentos populacionais diferentes na história pré moderna ❏ Sociedades modernas - mobilização total e forçada → trabalho e guerra ❏ “Incapacidade de exploração” do capital ❏ Pólos de miséria → atração de sujeitos ❏ Desemprego em massa, pauperização → mundo contemporâneo ❏ Migrantes → lixo social (MILTON, Santos. Pobreza Urbana. São Paulo: Edusp, 2013, p. 80-83) Mobilização e Violência ❏ Mão invisível → “coerção silenciosa das relações econômicas” ❏ Mobilidade - concorrência ❏ Migrante → constituição fetichista ❏ Abstrações absurdas → “Consumo, ergo sum” (MILTON, Santos. O Espaço do Cidadão. São Paulo: Edusp, 2014, p. 48) ❏ Estado → contradição intrínseca (Robert Kurz - A falta de autonomia do Estado e os limites da política ) https://www.marxists.org/portugues/kurz/1994/08/90.htm https://www.marxists.org/portugues/kurz/1994/08/90.htm A armadilha dos direitos humanos ❏ Ideia dos direitos humanos é mais importantes que os sujeitos ❏ Conceito de direitos humanos - poder de compra (MILTON, Santos. O Espaço do Cidadão. São Paulo: Edusp, 2014, p. 56) ❏ Ser humano → “produtor de mercadorias/ ganhador de dinheiro”; ❏ Sujeito do trabalho abstrato ❏ Obviedades - emancipação do dinheiro e libertação do trabalho Crise e crítica da sociedade do trabalho ❏ Trabalho → caráter abstrato ❏ Trabalho → traço natural da cultura humana (Ideal protestante) ❏ Revolução microeletrônica, a produção de riqueza se desvincula do trabalho (MILTON, Santos. Espaço e Método. São Paulo: Edusp, 2014, p.53-66) ❏ Centros capitalistas não se expandem territorialmente, se protegem contra forasteiros ❏ Libertar os mobilizados do trabalho, libertá-los da coerção de um processo que gira em torno de seu fim em si mesmos - a valorização do valor A antiglobalização cega para o núcleo duro ❏ Emancipação - Estados Nacionais - solidariedade internacional - produto do processo da modernização ❏ Ditadura do mercado e do dinheiro ❏ Luta por melhores condições - saída da miséria → crítica ao núcleo da economia de mercado ❏ Multitude é o anti-sujeito romantizado Contrapontos para caminhar ❏ Modernizar é mobilizar ❏ A concorrência estimulá e impede simultaneamente a mobilização total; ❏ A modernização e a mobilização têm assimetrias e descompassos territoriais; ❏ A crise do sistema mundial leva a metamorfoses do imperialismo; ❏ Os migrantes estão sujeitos ao apartheid imperial; ❏ A resistência e emancipação devem ultrapassar os motes da antiglobalização para retomar a crítica social radical; ❏ Considerações finais do autor. Modernizar é mobilizar ❏ Mobilização forçada; ❏ Organização social moderna. A concorrência estimula e impede simultaneamente a mobilização total ❏ Lei da concorrência ❏ Exército de reserva ❏ Rejeição e discriminação do migrante (SAYAD, Abdelmalek. A imigração ou os paradoxos da alteridade. Trad. Cristina Murachco. São Paulo: Edusp, 1998, p.55) A modernização e a mobilização têm assimetrias e descompassos territoriais ❏ Perspectiva da não-simultaneidade; ❏ Interesse no custo benefício e pagamento - essencial nas relações humanas. A crise do sistema mundial leva a metamorfoses do imperialismo ❏ Redução da subs de trabalho real e capitalista: trabalho vivo ❏ Acumulação estrutural - desemprego estrutural / fuga do capital / bolha do mercado de especulação; ❏ Crise da forma social do mercado e da política; ❏ Decadência social. Os migrantes estão sujeitos ao apartheid imperial ❏ Apartheid social; ❏ Condições análogas à escravidão; ❏ Fenômenos residuais de condições pré-moderna. A resistência e emancipação devem ultrapassar os motes da antiglobalização para retomar a crítica social radical ❏ Crítica às relações categoriais; ❏ “Metafísica real da forma valor ou do fetiche da mercadoria não pode ser reinventada, apenas superada”. Considerações finais do autor ❏ O movimento dos migrantes pode contribuir tanto bestialmente para a reprodução da barbárie, quanto sendo protagonista da superação dela; ❏ Novas formas de organização são necessárias; ❏ “Enquanto a força de trabalho for uma mercadoria e enquanto existir trabalho abstrato, haverá migrações forçadas e discriminações violentas e cínicas”; ❏ Ruptura categorial; ❏ Libertação da modernidade; ❏ Superação das relações abstratas.