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Tribunal do Juri - Avaliação

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TRIBUNAL DO JÚRI – AVALIAÇÃO
1.Quais os princípios que a Constituição Federal assegura com exclusividade ao Tribunal do Júri?
R: art 5º, XXXVIII da Constituição federal – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b)o sigilo das votações; c) a soberania os veredictos; d) a competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida
2.Qual o prazo para a conclusão do procedimento de instrução preliminar em caso de competência do Tribunal do Júri?
R: O procedimento será concluído no prazo de 90 (noventa)dias. Art. 412 CPP
3. Cite e comente, objetivamente, quais as diferentes decisões que o Juiz Presidente do Tribunal do Júri poderá tomar ao final da primeira fase do processo dos crimes de competência do Júri?
R: Pronúncia: julga admissível a acusação, remetendo o caso à apreciação Tribunal do Júri. O juiz fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.
Impronúncia: julga inadmissível a acusação, extinguindo o processo e não permitindo que o processo seja avaliado pelo Tribunal do Júri. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz fundamentadamente, impronunciará o acusado.
Absolvição sumária: julga improcedente a acusação, absolvendo o réu nas hipóteses do art 415 do CPP.
Desclassificação: decide não ser o Tribunal do Júri competente para julgamento da causa, determinando a remessa dos autos à Vara competente.
4. O que deverá fazer o Juiz Presidente do Tribunal do Júri quando presentes os indícios da autoria e prova da materialidade, se ao término da instrução do sumário da culpa ficar provado tecnicamente que o acusado é semi-imputável?
R: o juiz deverá pronunciá-lo, art 415 par. único do CPP, assim no art 26 do código penal, considera que jamais poderá conduzir a absolvição sumária do réu semi-imputável, já que não isenta de pena, tão somente importando na redução de pena imposta de 1/3 a 2/3.
 
5. É possível falar-se em usurpação na competência da instituição do Júri para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida?
R: sim, na absolvição sumária do acusado (CPP, art. 415 e incisos) em razão de sua semi-imputabilidade comprovada pelo laudo de exame psiquiátrico.
6. Quais os recursos cabíveis das seguintes decisões: a) pronúncia; b) impronúncia; c) absolvição sumária; d) desclassificação.
De acordo com o art. 416 do CPP: Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. Poderá propor a apelação contra impronúncia o Ministério Público e a defesa, pois existe uma decisão mais favorável à defesa, que é a absolvição sumária. Já contra decisão de pronúncia ou desclassificação, caberá recurso em sentido estrito.
7. Dê a solução para o seguinte caso: “Durante os debates em plenário do Júri, após a fala da Defesa, ao ser consultado pelo Juiz Presidente sobre seu interesse em usar o tempo para a réplica, o Promotor de Justiça, usando da palavra por breves minutos para justificar-se, diz que se acha satisfeito com a prova produzida e por isso não pretende valer-se do tempo destinado à réplica. Nessa hipótese o Defensor reivindica seu direito à tréplica”. Você como Juiz Presidente o que faria?
R: deve deferir esse pedido da defesa porque, de qualquer forma, houve manifestação oral do titular da acusação naquela fase.
8. Qual a ordem exata do questionário contendo os quesitos a serem apreciados pelos jurados no Tribunal do Júri, conforme prevê o CPP? E se houver teses como a tentativa ou a desclassificação. Como o Juiz deverá proceder? Explique.
R: a ordem do procedimento será: recebimento da denúncia, citação, resposta à acusação por escrito em 10 dias, oitiva da acusação sobre preliminares, decisão sobre preliminares (fase implícita no novo procedimento), oitiva de testemunhas de acusação, testemunhas de defesa, interrogatório ao final da instrução, alegações orais pelas partes em 20 minutos (prorrogáveis por mais 10), juiz profere decisão (pronúncia, impronúncia, absolvição sumária ou desclassificação) – art. 406 a 419;
9. Indique três alterações no novo procedimento do Júri com relação ao procedimento antigo.
R: Absolvição sumária – (procedimento antigo) Existência de circunstância que exclua o crime ou isente de pena o réu; (procedimento atual) Provada a inexistência do fato; provado não ser ele autor ou partícipe do fato; o fato não constituir infração penal; demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
Ata do julgamento – (procedimento antigo) Assinada pelo juiz-presidente e pelo Ministério Público; (procedimento atual) Assinada pelas partes;
Alegações finais da primeira fase – (procedimento antigo) Escritas no prazo de dias; (procedimento atual) Orais por vinte minutos prorrogáveis por mais dez;
10. O que se entende pela expressão “excesso de eloquência acusatória” na sentença de pronúncia?
R: O excesso de eloquência acusatória se dá quando o magistrado extrapola os limites da fundamentação na sentença de pronúncia, dando causa à nulidade do referido mandamento sentencial, vez que influi substancialmente no ânimo dos jurados.
11. Quais são as hipóteses de ocorrência da despronúncia?
R: Existem duas possibilidades de despronúncia: (a) o juiz, em razão do juízo de retratação inerente ao RESE, volta atrás e despronúncia; (b) o Tribunal, ao julgar o RESE, reforma a decisão de pronúncia para impronunciar o réu (ou seja, para despronúnciar).
12. O que se entende por desaforamento? Dê o fundamento legal.
R: É tirar o processo do foro em que está para mandá-lo a outro. Trata-se, pois, do deslocamento do processo de um foro para outro, admitido no Processo Penal em quatro hipóteses: por interesse da ordem pública; em razão de dúvida sobre a imparcialidade do júri; em razão de dúvida sobre a segurança pessoal do réu; não realização do julgamento, no período de seis meses a contar da preclusão da pronúncia, em virtude de comprovado excesso de serviço. Por ser  medida excepcional, só terá lugar quando houver prova segura da existência de um dos motivos que o justificam. Art 427 do CPP
13. O que se entende por recusas peremptórias no sorteio dos jurados para a composição do Conselho de Sentença?
R: Trata-se da possibilidade de se recusar alguns jurados que formarão o Conselho de Sentença no Plenário. Como se sabe, são convocados 25 jurados, dos quais deverão estar presentes ao menos 15, para que os trabalhos possam ser iniciados no dia do julgamento.A acusação e a defesa, no entanto, deverão aceitar ou rejeitar cada uma das 7 pessoas que formarão o Conselho de Sentença.
As recusas podem ser motivadas (cujo motivo pode ser impedimentos, suspeições ou incompatibilidade) e para estas recusas não há número máximo, desde que se comprove o motivo da recusa. Ou a recusa pode ser peremptória, que é a recusa imotivada. A recusa peremptória é limitada ao máximo de três jurados para a acusação e três jurados para a defesa. Art 468 CPP
14. É possível algemar o acusado durante a sessão do Tribunal do Júri? Cite a Súmula correspondente.
R: Sim, súmula 11 do STF “Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.
15. É possível a apresentação de provas novas durante a sessão do Tribunal do Júri? Dê o fundamento legal.
Não, segundo o artigo 475 do Código de Processo Penal, “durante o julgamento não será permitida a produção ou leitura de documento que não tiver sido comunicado à parte contrária, com antecedência”
16. Cite e explique como o CPP cuida dos “apartes”.
R: Art. 497. São atribuições do juiz presidente do Tribunal do Júri, além de outras expressamente referidas neste Código: (Redaçãodada pela Lei nº 11.689, de 2008)
XII – regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma das partes, quando a outra estiver com a palavra, podendo conceder até 3 (três) minutos para cada aparte requerido, que serão acrescidos ao tempo desta última.
17. Quais são as referências proibidas nos debates em plenário do Júri?
R: Durante os debates no plenário do Tribunal do Júri as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo.
18. Qual o juízo competente para proferir decisão no crime conexo com crime doloso contra a vida nos casos de desclassificação de crime doloso contra a vida bem como em caso de absolvição? Explique.
R: Em caso de desclassificação em que o crime conexo não seja doloso contra a vida, será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri (artigo 492, parágrafo segundo).
· 2o Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo
19. Por qual razão as circunstâncias atenuantes e as agravantes não fazem parte do rol dos quesitos ventilados no art. 483 do CPP?
R: O art. 483 do Código de Processo Penal determina a ordem e quais quesitos deverão ser formulados ao Conselho de Sentença, não estando incluídos neles as circunstâncias agravantes e atenuantes.
Apesar de não haver proibição expressa da quesitação dessas circunstâncias, verifica-se que as mesmas não devem mais ser direcionadas aos Jurados, mas sim diretamente ao Juiz Presidente, que analisará, no caso concreto, se devem incidir.
20. Como são formulados os quesitos em caso de haver mais de um crime ou mais de um acusado? Dê o fundamento legal.
R: Os quesitos serão formulados em séries distintas se forem dois ou mais os réus em julgamento. Igualmente, haverá séries distintas para o julgamento de dois ou mais crimes (art. 483, § 6º)
6o Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serão formulados em séries distintas. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)

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