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Princípio do Ne Bis In Idem

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Versão Condensada
DIREITO PENAL GERAL
Princípio do “ne bis in 
idem”
   2
A L F A C O N
Sumário
Princípio do “ne bis in idem” ������������������������������������������������������������������������������������������3
1� Princípio da presunção de inocência ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3
1.1 Princípio da materialização do fato ................................................................................................................................... 4
1.2 Princípio da isonomia ......................................................................................................................................................... 4
1.3 Princípio da proporcionalidade ......................................................................................................................................... 4
1.4 Princípio da confiança ....................................................................................................................................................... 4
Princípio do “ne bis in idem”  3
A L F A C O N
Princípio do “ne bis in idem”
Este princípio não está previsto expressamente em nosso texto legal, mas sim, no Estatuto de Roma, que criou o Tribunal 
Penal Internacional, e possui o seguinte enunciado:
Art� 20 Ne bis in idem Salvo disposição em contrário do presente Estatuto, ninguém será julgado pelo Tribunal por 
condutas constitutivas de crimes pelos quais já tenha sido condenado ou absolvido pelo próprio Tribunal. Ninguém 
será julgado por outro tribunal por um crime previsto no art. 5º, pelo qual já tenha sido condenado ou absolvido pelo 
Tribunal. Ninguém que já tenha sido julgado por outro tribunal por uma conduta igualmente prevista nos arts. 6º 7º 
ou 8º, será julgado pelo Tribunal pela mesma conduta, a menos que os procedimentos no outro tribunal: Tenham 
obedecido ao propósito de subtrair o acusado de sua responsabilidade penal por crimes sob a jurisdição do Tribunal; 
ou Não tenham sido conduzidos de forma independente ou imparcial, em conformidade com as normas do devido 
processo reconhecidas pelo direito internacional, mas de tal forma que, nas circunstâncias, era incompatível com a 
intenção de efetivamente submeter o indivíduo em questão à ação da justiça.
Como decorrência de todo princípio, este também não é absoluto, constando com a exceção do próprio Estatuto de 
Roma, relativamente ao crime de genocídio. Em nosso ordenamento jurídico, a exceção fica por conta da possibilidade 
de dupla punição pelo mesmo fato quando estivermos diante de uma hipótese de EXTRATERRITORIALIDADE INCON-
DICIONADA da Lei Penal Brasileira.
Para nosso estudo, devemos correlacionar referido princípio em três aspectos:
1� No sentido de que ninguém poderá ser processado duas vezes pelo mesmo crime (fato).
Para o STJ não ocorre bis in idem para a hipótese de instauração de processo penal no Brasil, enquanto ainda tra-
mita processo pelo mesmo fato no exterior, tendo em vista que apenas a sentença pode provocar efeitos no Brasil.
2� Refere-se à matéria, já que ninguém pode ser condenado pela segunda vez em razão do mesmo fato.
3� Refere-se à etapa de execução de um processo, consiste na ideia de que ninguém poderá executar duas penas pelo 
mesmo fato.
• SÚMULA RELACIONADA:
- Súmula nº 241, STJ: A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, 
como circunstância judicial.
1. Princípio da presunção de inocência
Art. 5º. LVII, CF. Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”
Art. 8, §2º, da Convenção Americana sobre Direito Humanos: Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se 
presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem 
direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas.
Princípio do “ne bis in idem”  4
A L F A C O N
Pelo presente princípio, identificamos uma regra probatória, que configura o dever da acusação em demonstrar a res-
ponsabilidade do réu (e não a este comprovar sua inocência); e que a condenação deve derivar da certeza do julgador, 
sendo que qualquer dúvida interpretada a favor do réu (in dubio pro reo).
É importante registrar que a partir do julgamento das ADC’s 43, 44 e 54, o STF reconheceu que a execução provisória 
de pena, baseada em acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso especial 
ou extraordinário, viola o princípio constitucional da presunção de inocência, não sendo permitida, portanto.
É importante que o estudante fique atento, pois esta regra pode ser alterada dependendo da composição do STF.
1.1 Princípio da materialização do fato
Eventual pena a ser imposta, deve ser baseada por ter o agente praticado um fato lesivo a bem jurídico de terceiro e 
não em razão do modo de ser do sujeito.
1.2 Princípio da isonomia
Consagrou-se o princípio da isonomia, ou da igualdade, como a obrigação de tratar igualmente aos iguais, e desigual-
mente aos desiguais, na medida de suas desigualdades.
1.3 Princípio da proporcionalidade
O princípio da proporcionalidade objetiva, de imediato, uma justa correlação entre a gravidade do fato perpetrado pelo 
agente e a sanção penal correspondente.
1.4 Princípio da confiança
Trata-se de construção jurisprudencial para enfrentar os problemas resultantes dos crimes praticados na direção de 
veículo automotor. Em resumo, o indivíduo deve pautar sua conduta imaginando e acreditando que os outros cidadãos 
também cumprirão com sua parcela de responsabilidade. Se ocorrer a violação de um dever de confiança por parte de 
terceira pessoa, não há que se falar em responsabilidade do agente que participou do resultado.
Exemplo: quando o indivíduo conduz seu veículo com prudência e cautela e, de repente, uma pessoa correndo atravessa 
a rua, é atropelada e morre. Ora, o condutor agiu amparado pelo princípio da confiança, não tendo culpa (responsabili-
dade), já que dirigia na expectativa de que os demais respeitariam as regras de sinalização e circulação.
	Princípio do “ne bis in idem”
	1. Princípio da presunção de inocência
	1.1 Princípio da materialização do fato
	1.2 Princípio da isonomia
	1.3 Princípio da proporcionalidade
	1.4 Princípio da confiança

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