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EDUCAÇÂO ESPECIAL Estudo Dirigido Nome do aluno: Michelle Balduíno Sorigotti. MEDICALIZAÇÃO ESCOLAR A “medicalização” pode ser definida por “algo se tornou médico”, onde se faz necessário analise, diagnostico e prescrição de meio de tratamento do “problema”. A medicalização é um dispositivo de gestão, de condução e controle dos corpos, tendo como base os saberes produzidos pela medicina. Segundo Michel Foucault, nesse contexto, a medicina se torna uma ferramenta gestora e condutora do controle de corpos, tornando-se fundamentalmente um saber-poder que define a escola. “[…] incide ao mesmo tempo sobre o corpo e sobre a população, sobre o organismo e sobre os processos biológicos e vai, portanto, ter efeitos disciplinares e efeitos regulamentadores” (Foucault, 2010, p. 212). Sendo um processo crescente em todas as esferas de vivencia, no cotidiano escolar a mesma se tornou parte de uma ação discursiva que justifica comportamentos e dificuldades de aprendizagem, direcionando os relacionamentos. Nessa conjuntura, a aprendizagem é transformada em base de análise, evidenciando a patologia ao invés das potencialidades do sujeito, aumentando significativamente a convocação da medicina pela escola, definindo as capacidades cognitivas do alunado e ampliando a as considerações de anormalidade, mascarando a dificuldade que a escola encontra em trabalhar com certos alunos. Nesse sentido, surge a necessidade intrínseca em problematizar a questão da medicalização escolar nos permite afirmar que os alunos que escapam, rompem e se produzem como linhas de fuga, instauram um curto-circuito nas organizações escolares e introduzem novos modos de ser e de aprender, permitindo que o alunado possa dirigir ser direcionado à formas de aprendizagem institucionalizadas e medicalizadas, promovendo o desenvolvimento qualitativo dessas crianças.
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