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4 OS IMPACTOS POSITIVOS DA HUMANIZACAO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PESSOA IDOSA NA ATENCAO BASICA.docx

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PPRG – PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II
ANA PAULA LIMA DE AGUIAR
FRANCISCO FERNANDO DE SOUSA CHAGAS
IZABELLA ALBANO DA COSTA
LIVIA ALVES SILVEIRA CAMPOS
OS IMPACTOS POSITIVOS DA HUMANIZAÇÃO DOS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM À PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
FORTALEZA
2021
ANA PAULA LIMA DE AGUIAR
FRANCISCO FERNANDO DE SOUSA CHAGAS 
IZABELLA ALBANO DA COSTA
LIVIA ALVES SILVEIRA CAMPOS
OS IMPACTOS POSITIVOS DA HUMANIZAÇÃO DOS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM À PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Centro Universitário
Ateneu – UNIATENEU, para
obtenção da aprovação da disciplina
de TCC II e obtenção do título de
bacharel em enfermagem.
Orientadora: Profa. Diana Pires Felix
FORTALEZA
2021
OS IMPACTOS POSITIVOS DA HUMANIZAÇÃO DOS CUIDADOS DE
ENFERMAGEM À PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
(THE POSITIVE IMPACTS OF HUMANIZATION OF NURSING CARE FOR
THE ELDERLY IN PRIMARY CARE: AN INTEGRATIVE REVIEW)
Ana Paula Lima De Aguiar¹
Francisco Fernando De Sousa Chagas²
Izabella Albano Da Costa³
Livia Alves Silveira Campos4
Diana Pires Felix5
RESUMO
Objetivo: compreender e aprofundar as discussões sobre humanização e cuidados de
enfermagem a pessoas idosas, identificando os pontos positivos do cuidar humanizado e sua
importância na atenção básica. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa. Foram
buscados artigos no idioma português, nas bases de dados: Banco de Dados de Enfermagem
(BDENF), Literatura Latino-americana e do caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical
Literature Analysis and Retrievel system online (MEDLINE). Os critérios de inclusão: foram
utilizados na pesquisa textos com conteúdo disponibilizado na íntegra, redigidos em língua
portuguesa e considerando o corte temporal dos últimos dez anos (2010-2020). Já os critérios
de exclusão consistiram na eliminação dos textos repetidos, dos artigos cujo assunto não
correspondia à temática proposta pelos autores e que não respondiam à pergunta norteadora.
Resultados: a amostra final desse estudo foi composta por 10 artigos, que foram analisados
criticamente, de forma a responder ao que o objetivo se propunha. Os artigos foram dispostos
em um quadro de forma a demonstrar os resultados e as discussões da análise em questão.
Conclusão: as pessoas idosas necessitam de cuidados de enfermagem que desenvolvam
autonomia, nos quais o profissional deve dialogar com o usuário da atenção básica para
conhecer todas as questões que possam influenciar direta ou indiretamente na sua saúde.
Dessa forma, a enfermagem cuidará de forma empática e humanizada e conseguirá preservar
a saúde dos idosos e se necessário restabelecê-la.
Descritores: humanização; enfermagem; idoso; atenção básica.
_______________________
¹ Discente do curso de Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu- e-mail: 
anapaula2209dp@gmail.com.
² Discente do curso de Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu- e-mail: 
fernandochagas97@gmail.com.
³ Discente do curso de Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu- e-mail:
albanoizabella@gmail.com.
4 Discente do curso de Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu- e-mail:
liviacampos490@gmail.com.
5 Docente do curso de Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário Ateneu- e-mail:
diana.felix@professor.uniateneu.edu.br.
3
ABSTRACT
Objective: understand and deepen discussions on humanization and nursing care for elderly
people, identifying the positive points of humanized care and its importance in primary care .
Methodology: it is an integrative review were searched in the databases Articles in Portuguese:
Banco de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-americana e do caribe em
Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrievel system online
(MEDLINE). Inclusion criteria: texts with content available in full, written in Portuguese and
considering the temporal cut of the last ten years, were used in the research. The exclusion
criteria consisted of the elimination of repeated texts, articles that the subject did not correspond
to the theme proposed by the authors and that did not answer the guiding question. Results:
The final sample of this study consisted of 10 articles, which were critically analyzed in order to
respond to the proposed objective. The articles were organized in a table in order to
demonstrate the results and discussions of the analysis in question. Conclusion: elderly people
need nursing care that develops autonomy, in which the professional must dialogue with the
primary care user to learn about all the issues that may directly or indirectly influence their
health. In this way, nursing will take care in an empathetic and humanized way and will be able
to preserve the health of the elderly and, if necessary, restore it.
Descriptors: humanization; nursing; elderly; primary attention.
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento é algo muito recente na história da população
brasileira. Nunca se teve tanta chance de se ter um envelhecimento saudável
como atualmente. Os fatores determinantes do envelhecer são cada vez mais
estudados, pois nos permitem conhecer a complexidade das necessidades que
os idosos têm. Essa população vem crescendo anualmente, o que culmina em
exigências cada vez maiores de políticas públicas em prol da promoção, da
proteção e da recuperação da saúde do idoso (MARTINS et al., 2007).
Segundo Medeiros et al. (2018), a população idosa representa o grupo
populacional que mais aumenta no Brasil, assim, estima-se que, com a taxa de
crescimento de mais de 4% observada entre os anos de 2012 à 2022, o
número de pessoas com mais de 60 anos em 2030 será em torno de 41,5
milhões e poderá atingir, em 2060, 73,5 milhões.
Como consequência do aumento desse grupo populacional, a demanda
por serviços de saúde também aumenta, principalmente na Atenção Básica,
pois nesse serviço se busca promover a saúde e prevenir agravos por meio de
ações individuais e coletivas, com o apoio da comunidade, orientada pelos
princípios do SUS, para efetivar um serviço humanizado ao usuário
(MEDEIROS et al. 2018).
4
De acordo com Martins et al. (2007), do ponto de vista biológico,
envelhecer é um processo único e singular, ou seja, cada idoso apresentará
um envelhecimento diferente. Não há como prever a forma como se chegará a
velhice. Ao observar o envelhecimento como algo natural na evolução humana,
percebe-se que ele não é um fator incapacitante, embora muitos idosos fiquem
incapacitados. Dessa forma, envelhecimento não deve ser sinônimo de
adoecimento, pois é um processo previsto no desenvolvimento humano, além
de as doenças e os agravos mais comuns nesse grupo serem preveníveis,
diagnosticáveis e tratáveis.
Contudo, os idosos apresentam comorbidades. Em geral, grande parte
das pessoas com mais de 60 anos tende a apresentar doenças crônicas, tais
como: Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS),
Osteoartrite, Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson, as pneumopatias
crônicas, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC, e o câncer.
Essas doenças crônicas e as complicações atreladas a ela fazem com que o
gasto com a saúde do idoso seja maior do que para os demais usuários do
sistema (LIMA et al., 2010).
De acordo com Borges e Telles (2010), existem fatores que diminuem a
frequência dos idosos em buscar assistência à saúde, o que dificulta o
acompanhamento desse grupo, no que tange a ações para a promoção da
saúde e a prevenção de agravos, consultas de hipertensão e diabetes, entre
outras. Assim segundo os autores, esses fatores podem ser devidos a:
dificuldades financeiras, desamparo da família e falta de políticas de apoio por
meio do Estado.A Política Nacional de Humanização (PNH) surge como forma de
assegurar os princípios norteadores do Sistema Único de Saúde (SUS) além
de buscar valorizar e fortalecer a comunicação entre os envolvidos no cuidar,
os usuários do sistema, os profissionais e os gestores. Contudo, nem sempre
isso acontece da forma como a política defende. Normalmente, a promoção da
saúde e a prevenção de agravos são mal geridas dentro das unidades de
saúde, assim o sistema falha e não se consegue difundir os conhecimentos da
equipe para os usuários, e o cuidado é repassado de maneira ineficaz ou
incompleta (BRASIL, 2013).
5
A equipe de enfermagem é uma figura muito importante na humanização
tendo em vista que a formação acadêmica do enfermeiro é baseada em
cuidados integrais aos pacientes. E, dentro da Atenção Básica, a equipe é
responsável por acolher o paciente, ou seja, assegurar que o usuário se sinta
bem e, portanto, os cuidados sejam efetivos e o paciente compreenda o que se
passa com sua saúde, entenda a terapêutica prescrita e retorne para novas
consultas, se necessário.
Cuidar de forma humanizada é um desafio para qualquer profissional da
saúde, pois esse cuidado requer profissionais qualificados e que além de
competência técnica se se relacione com o paciente e o coloque como foco do
cuidado, acima até da patologia que este apresente, ou seja, é importante
realizar pesquisas sobre a enfermagem e a humanização do cuidado para que
os profissionais possam melhor entender os benefícios que a humanização traz
para o protagonista da assistência, o paciente.
Assim, o presente estudo se justifica por entender sobre a importância
do cuidado humanizado de enfermagem à pessoa idosa na atenção básica.
Além disso a escolha dessa temática se deu, pois os idosos apresentam
comorbidades devido ao envelhecimento, o que aumenta a procura pela
Atenção Primária à Saúde.
A relevância da pesquisa se fundamenta por ser fonte de estudo e
instrumento para nortear profissionais de saúde quanto à importância da
discussão do tema. Portanto, poderá contribuir para a melhoria da qualidade no
atendimento e um cuidado humanizado.
Sabe-se que a humanização é de extrema importância para a
assistência prestada pelos profissionais da saúde. Desta forma, surge o
seguinte questionamento: quais os impactos positivos da humanização dos
cuidados de enfermagem à pessoa idosa na atenção básica?
Este estudo objetiva compreender e aprofundar as discussões sobre
humanização e cuidados de enfermagem a pessoas idosas, identificando os
pontos positivos do cuidar humanizado e sua importância na Atenção Básica.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6
A humanização é uma preocupação de todos os envolvidos no processo
saúde-doença (funcionários, gestores, usuários), pois é um grande fator
relacionado a uma melhor assistência prestada, o que significa dizer que o
paciente foi acolhido e que o cuidado foi realizado de forma integral, holística,
e, no caso dos idosos, respeitando suas condições especiais (LIMA et al.,
2010).
Na humanização em saúde, faz-se necessário exercer o respeito ao ser
humano, levando em consideração questões sociais, éticas, educacionais,
psíquicas, presentes no relacionamento humano. Uma prática humanizada
evidencia um cuidar humano, particular e individual, o que impacta
positivamente a saúde do paciente, levando qualidade ao atendimento e
aumentando a satisfação (VIEIRA; ALMEIDA, 2020).
Cuidado de enfermagem é um fenômeno intencional, essencial à
vida, que ocorre no encontro de seres humanos que interagem, por
meio de atitudes que envolvem consciência, zelo, solidariedade e
amor. Expressa um “saber-fazer” embasado na ciência, na arte, na
ética e na estética, direcionado às necessidades do indivíduo, da
família e da comunidade (VALE; PAGLIUCA, 2011, p.112).
Segundo a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (2006), é
assegurada a Atenção Integral e Integrada à Saúde da Pessoa Idosa,
observando as particularidades desse grupo e desenvolvendo ações para que
o cuidado tenha uma abordagem global, interdisciplinar e multidimensional,
levando em consideração os fatores físicos, psicológicos e sociais que
influenciam a saúde dos idosos. A Atenção Básica age avaliando os idosos de
sua área, quanto às suas dependências ou não, em realizar suas atividades de
vida diárias (AVD) de maneira eficiente, buscando assim informações
importantes para determinar quais idosos necessitam de maior atenção da
equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS).
2.1 Os impactos positivos da humanização
De acordo com Cotta et al. (2013), a humanização vem como estratégia
para os processos envolvidos no trabalho em saúde e na busca de um serviço
com maior qualidade, além de estar relacionada aos princípios do SUS, pois,
7
“enfatiza a necessidade de se assegurar atenção integral à população, bem
como estratégias que ampliem a condição de direitos e de cidadania dos
indivíduos” (COTTA et al., 2013, p. 172).
Esses profissionais têm um importante papel com o idoso, pois
acredita-se que, através de uma relação empática, haja uma
assistência humanizada e um comprometimento com o cuidado
personalizado, garantindo o seu equilíbrio físico e emocional
(FRANCO e col., 1999 apud LIMA et al., 2010, p. 867).
Assim, segundo Vieira e Almeida (2020), uma assistência em saúde de
forma humanizada é indispensável na terceira idade, pois esse grupo necessita
de uma atenção especializada, devido a suas demandas serem diferentes das
apresentadas por indivíduos em outras faixas etárias, e o profissional de
enfermagem é primordial nessa assistência por promover ações de promoção
de saúde e de autonomia à pessoa idosa.
2.2 A importância dos cuidados de enfermagem e os cuidados à pessoa
idosa na Atenção Básica
Segundo Shamian (2014), a enfermagem é fundamental, pois engloba
vários papeis na saúde e no cuidado em saúde. Para ela, a enfermagem é
denominada como “bolhas” que são divididas em 4 esferas: 1ª) a Bolha da
Enfermagem; 2ª) a Bolha dos Cuidados de Saúde; 3ª) a Bolha
Nacional/Regional; 4ª) a Bolha Global. Consequentemente, o papel da
enfermagem ganha uma grande força e um grande valor para a sociedade que
serão significativamente impactados pelas ações que cada bolha apresenta.
O cuidado de enfermagem (CE) prende-se à satisfação das
necessidades dos pacientes com vistas ao seu bem-estar físico e emocional e,
por ser uma ciência humana, cuida das necessidades de saúde e de doença
(SILVA et al., 2001).
O CE promove e restaura o bem-estar físico, o psíquico e o social do
indivíduo e possui uma amplitude humanística ao promover a continuidade da
espécie humana O CE pertence a duas esferas distintas: uma objetiva, que se
refere ao desenvolvimento de técnicas e procedimentos; e uma subjetiva, que
se baseia em sensibilidade, criatividade e intuição para cuidar de outro ser,
8
pois a enfermagem no cuidar tem a sensibilidade, a intuição, o “fazer com”, a
cooperação, a disponibilidade, a participação, a interação, a cientificidade, a
autenticidade, o vínculo compartilhado, o respeito, a empatia, o
comprometimento, a compreensão, a confiança mútua (SOUZA et al., 2005).
A atenção básica é a maior porta de entrada do SUS e também o centro
de comunicação da rede de atenção à saúde. O cuidado desenvolvido para
com o idoso envolve toda a rede de atenção, em especial os serviços de saúde
e os sociais. Dessa forma a atenção primária ocorre em diferentes lugares, em
creches, em escolas, em domicílio e em qualquer ambiente em que possa ser
desenvolvida a ação planejada. Podemos destacar as ações realizadas na
atenção primária, a promoção da saúde no envelhecimento,que deve enfatizar
o bom funcionamento físico, mental e social, a prevenção das comorbidades e
dificuldades, a inclusão na família e na comunidade para melhorar de qualidade
de vida. Considerando o que é apresentado sobre cuidado, destacam-se:
realização de atendimentos e procedimentos e cuidados de enfermagem,
consultas de enfermagem; prescrição de cuidados no domicílio e atenção para
com a imunização do idoso (DIAS; GAMA; TAVARES, 2017).
De acordo com LIMA et al. (2014), o que mais motiva a procura da
Unidade Básica de Saúde (UBS) por idosos são a hipertensão, o diabetes, os
exames de sangue e específicos (ginecológico, próstata), as doenças
cardiovasculares, as respiratórias e as vacinas. Fica nítida a imensa
importância dessas instituições na oferta de saúde, em especial aos idosos,
que carregam uma vida extensa de enfermidades, na maioria doenças
crônicas, e o sofrimento com a falta de assistência, com o abandono pela
família em hospitais ou asilos, que vivem angústias provenientes de problemas
com aposentadorias.
Segundo Fernandes e Fragoso (2005), durante o atendimento domiciliar
no contexto da atenção primária à saúde, a equipe de forma geral deve
enxergar o idoso como uma pessoa única, em um ambiente familiar e social em
que se comunica de forma contínua e se faz necessário avaliar a necessidade
de cuidados ao idoso, diante de avaliação de aspectos psicológicos, sociais,
ambientais e espirituais, respeitando-o de forma individual, seus
conhecimentos e sua caminhada. Dessa forma, ao entrarmos ao domicílio do
idoso e de sua família para ofertar cuidados, devemos estar cientes de que
9
nossas ações devem alcançar seu potencial máximo de benefício para com
ele, oferecendo um cuidado individualizado e humano.
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, do tipo
revisão integrativa, pois, de acordo com Severino (2013), uma pesquisa
bibliográfica se utiliza dos recursos já disponíveis, advindos de pesquisas
anteriores, ou seja, livros, artigos, teses. Assim, os pesquisadores trabalham a
partir de contribuições de outros autores, utilizando assim seus textos como
fonte de pesquisa.
Além disso, revisão integrativa é o tipo de revisão que é realizada a
partir de uma ampla abordagem metodológica, pois se busca uma
compreensão completa do tema analisado. De acordo com Souza, Silva e
Carvalho (2010, p. 103), a revisão integrativa:
Combina também dados da literatura teórica e empírica, além de
incorporar um vasto leque de propósitos: definição de conceitos,
revisão de teorias e evidências, e análise de problemas
metodológicos de um tópico particular.
Para instrumentalizar esta revisão, a busca dos artigos foi realizada a
partir do cruzamento dos descritores presentes nos Descritores em Ciências da
Saúde (DECS), associando os descritores que mais se adequam ao tema
proposto: humanização, enfermagem, idoso, atenção básica.
A pesquisa foi realizada nos meses de agosto a setembro de 2021, a
partir das bases de dados: Banco de Dados de Enfermagem (BDENF),
Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). 
Os critérios de inclusão: foram utilizados na pesquisa textos com
conteúdo disponibilizado na íntegra, redigidos em língua portuguesa e
considerando o corte temporal dos últimos dez anos (2010-2020). Já os
critérios de exclusão consistiram na eliminação dos textos repetidos, artigos
cujo assunto não correspondia à temática proposta pelos autores e que não
respondiam à pergunta norteadora.
10
Foram realizados cruzamentos dos quatro descritores (“Humanização”,
“Enfermagem”, “Idoso”, e “Atenção Básica”) nas bases de dados. Foi utilizado o
operador booleano “and” para a procura dos artigos que contemplassem os
descritores. Com isso foram encontradas 1.357 publicações, sendo 41 na
MEDLINE, 769 na LILACS, e 547 na BDENF, os quais foram submetidos a
uma rigorosa análise temática. Foram selecionados 140 artigos para leitura dos
títulos dos quais selecionaram-se 60 para leitura dos resumos, então foram
aplicados os critérios de exclusão e eliminados os artigos repetidos e que não
estavam de acordo com a temática ou não respondiam à pergunta norteadora e
aqueles que foram escritos antes de 2010. Assim, foram incluídos nesse
estudo dez artigos para serem lidos na íntegra e elegidos como objeto de
estudo deste artigo de revisão integrativa.
A seguir, a Figura 01 esquematiza a coleta.
Figura 01 – Coleta de dados dos artigos nas bases de dados.
Fonte: Elaborado pelos autores (2021).
11
Os artigos foram analisados a partir da leitura do título, seguido pela
leitura do resumo e por fim através de uma análise aprofundada do texto
completo. Nos estudos analisados, foram observados pontos pertinentes como
título, autor, ano, país, objetivos, resultados e discussões dos artigos, para
realizar o estudo em questão. Assim, foi elaborado um quadro que
esquematiza os artigos selecionados de acordo com os critérios de inclusão.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A amostra final desse estudo foi composta por 10 artigos, que foram
analisados criticamente, de forma a responder ao que o objetivo se propunha.
Os artigos foram dispostos no quadro 01 de forma a demonstrar os resultados
e as discussões da análise em questão.
Quadro 01 – Caracterização dos Estudos da Amostra, Fortaleza 2021
AUTOR ANO PAIS TÍTULO DA
OBRA
OBJETIVO RESULTADO DISCUSSÃO
MENEZE
S et al.
2020 Brasil Acolhimento e
cuidado da
enfermeira na
estratégia saúde
da família:
percepções da
pessoa idosa
Analisar a
percepção da
pessoa idosa
sobre o
acolhimento e
cuidado
da enfermeira
na Estratégia
Saúde da
Família.
As percepções
de pessoas
idosas sobre o
acolhimento da
enfermeira no
contexto da
atenção básica
O acolhimento e o
cuidado da
enfermeira têm
repercussões
positivas para a
saúde da pessoa
idosa assistida na
atenção básica.
CARVAL
HEDO;
ANTONIO
;
SANTOS.
2015 Brasil Acolhimento ao
idoso e
sistematização da
assistência de
enfermagem na
atenção primaria
Identificar os
diagnósticos de
enfermagem de
idosos na
atenção
primária. 
Foram
identificados
diagnósticos de
enfermagem
que são
prevalentes no
idoso.
A identificação de
diagnósticos de
enfermagem nos
idosos possibilita a
indicação de suas
necessidades de
saúde e o
planejamento de
cuidados
individualizados por
parte do
enfermeiro.
SILVA et
al.
2018 Brasil Acolhimento ao
idoso em
unidades de
saúde da família
Identificar
publicações
relacionadas ao
acolhimento do
idoso em
Unidades de
Saúde da
Família
Identificou-se
tema
relacionado ao
acolhimento,
tais como,
‘’acolhimento e
vínculo’’,
‘’atenção à
saúde do
Observou-se
precariedade de
comunicação e
fragilidade nas
relações do
cuidado
profissional/idoso e
a carência na
qualificação
12
idoso’’,
‘’qualificação da
equipe’’ e
‘’relações de
cuidado
profissional/idos
o’’.
profissional.
GOES;
POLARA;
GONÇAL
VES.
2016 Brasil Cultivo do bem
viver das pessoas
idosas e
tecnologia
cuidativo-
educacional de
enfermagem
Realizar 
avaliação 
diagnostica de 
condições de 
vida e saúde 
dos idosos 
convivendo em 
família e 
comunidade, 
usuários
de uma Unidade
Básica de
Saúde – UBS e
testar o
desenvolviment
o de uma
tecnologia
cuidativo-
educacional
Revelou
perspectivas à
enfermeira ser
facilitadora no
desenvolviment
o de
competências
ao autocuidado
e estimuladora
de idosos para
que sejam
protagonistas do
próprio
envelhecimento.
O estudo revelou
resultados
benéficos aos
idosos que se
submeteram à
experiência e
também à
enfermagem, pela
possibilidade de
empreender ações
cuidativo-
educacionais
inovadas.
NORA;
JUNGES.
2013 Brasil Políticade
humanização na
atenção básica:
revisão
sistemática
Analisar as 
práticas de 
humanização na
atenção básica 
na rede
pública do 
sistema de 
saúde brasileiro 
com base nos 
princípios da 
política
nacional de
humanização do
Brasil
O estudo
evidenciou a
insatisfação
com a estrutura
física e com o
fluxo de
atendimento,
com o processo
de trabalho e
com as relações
de trabalho.
Embora muitas
práticas sejam
citadas como
humanizadas, não
conseguem
produzir mudanças
nos serviços de
saúde por falta de
uma análise mais
aprofundada nos
processos de
trabalho.
ANDRAD
E et al.
2019 Brasil Percepção acerca
do
envelhecimento
saudável e das
questões raciais
Descrever a
experiência da
convivência com
idosos com um
olhar sobre as
questões raciais
e o
envelhecimento
saudável
Percebem-se,
no contato com
os idosos, as
fragilidades e as
dificuldades de
cada um em
realizar as
atividades
diárias e o
autocuidado.
Perceberam-se, no
contato com esses
idosos, a
fragilidade de cada
um em realizar as
atividades de vida
diárias e o
autocuidado.
CHERNIC
HARO;
FREITAS;
FERREIR
A
2013 Brasil Humanização no
cuidado de
enfermagem:
contribuição ao
debate sobre a
política nacional
de humanização
Identificar e
analisar os
elementos que
conformam as
representações
de profissionais
de enfermagem
e usuários sobre
a humanização
no cuidado; e
As concepções
sobre
humanização
remetem às
questões
sociais, que
mostram a
relação entre o
profissional e o
usuário no
A pesquisa indica
pressupostos para
que se avance na
implementação da
PNH nas práticas
assistenciais.
13
discutir
estratégias que
contribuam para
a
implementação
da Política
Nacional de
Humanização
cuidado.
NAKATA;
COSTA;
BRUZAM
OLIN.
2017 Brasil Cuidados de
enfermagem ao
idoso na
estratégia de
saúde da família:
revisão integrativa
Revisar a
literatura sobre
os cuidados de
enfermagem
direcionados
aos idosos na
Estratégia de
Saúde da
Família (ESF)
Os cuidados de
enfermagem
foram
classificados
em:
acompanhamen
tos das doenças
crônicas não
transmissíveis e
suas
incapacidades,
promoção da
saúde e
prevenção de
agravos.
Os cuidados de
enfermagem aos
idosos vão além da
assistência de
saúde na ESF.
Exige-se do
enfermeiro um
olhar que extrapole
o modelo
biomédico.
LOPES; 
LABEGAL
INI; 
BALDISS
ERA.
2017 Brasil Educar para
humanizar: o
papel
transformador da
educação
permanente na
humanização da
atenção básica
Elaborar os 
preceitos 
teóricos das 
práticas de 
Educação 
Permanente em 
Saúde para a 
implantação e 
utilização dos 
dispositivos da 
Política 
Nacional de 
Humanização 
na atenção 
básica brasileira
Metodologias
ativas de
aprendizagem e
grupalidade
foram
intervenções
educativas
relevantes para
a implantação e
utilização dos
dispositivos de
humanização.
As práticas de
Educação
Permanente são
importantes para a
implantação e
organização dos
referidos
dispositivos na
atenção básica e
os preceitos
teóricos elaborados
podem tornar os
trabalhadores da
atenção básica
permeáveis à sua
implantação e
facilitar esse
processo.
LIMA et
al.
2014 Brasil Humanização na
atenção básica de
saúde na
percepção de
idosos
Analisar a 
percepção do 
idoso quanto ao 
cuidado 
humanizado na 
atenção básica 
de saúde, com 
enfoque sobre 
os aspectos do 
atendimento 
ambulatorial que
interferem na 
qualidade do 
atendimento
Verificou-se que
alguns domínios
da atenção em
saúde,
altamente
valorizados
pelos idosos,
tiveram
desempenho
bem inferior,
como:
Autonomia, em
que apenas
54,4% tiveram
liberdade para
tomar decisões
sobre sua saúde
ou tratamento; e
Comunicação,
A humanização na
atenção básica de
saúde, avaliada a
partir de
percepções e
experiências de
idosos, apresentou-
se falha em alguns
domínios, e essa
constatação é
essencial para o
aprimoramento dos
serviços em saúde.
14
em que 67,6%
não obtiveram
informações
sobre outros
tipos de
tratamentos ou
exames.
Fonte: Elaborado pelos autores (2021).
De acordo com Chernicharo, Freitas e Ferreira (2013), um fator
importante no processo de cuidar é a comunicação, pois esse fator faz os
sujeitos se posicionarem sobre um tema, debater, partilhar conhecimentos e
promove a interação entre profissional e paciente. Dessa forma, a comunicação
é a base para um cuidado humanizado, visto que o diálogo conduz a um
melhor entendimento da informação que o enfermeiro quer transmitir ao
paciente, o que implicará um cuidado de enfermagem efetivo, assim, trazendo
benefícios à saúde do paciente.
Para Silva et al. (2018), uma boa comunicação resulta em cuidados
humanizados, pois a comunicação é o elo entre o profissional de saúde e o
idoso.
Compreende-se que a população idosa necessita de acompanhamento
multiprofissional devido às inúmeras demandas que esse grupo apresenta
(demanda física, psíquica, social, econômica). Muitos idosos possuem
dificuldades em realizar suas atividades de vida diárias e o autocuidado.
Consequentemente, necessitam de uma avaliação por parte da equipe de
saúde da atenção primária, de forma holística, que valorize suas crenças e
respeite seus valores e hábitos. Portanto, a enfermagem deve prestar uma
assistência humanizada, para assegurar ao idoso dignidade e um
envelhecimento saudável, proveitoso e que garanta segurança e proteção além
de buscar ações para diminuir a ociosidade que tanto está presente nessa
população (ANDRADE et al., 2019).
Os cuidados de enfermagem na Atenção Básica são principalmente para
acompanhamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), no
entanto, o enfermeiro deve equilibrar a prática assistencial entre o controle de
doenças já instaladas e a atividade com foco na prevenção. Além disso para
realizar práticas assistenciais humanizadas, os autores sugerem que os
profissionais sejam afetivos no acolhimento à população idosa e construam
15
vínculos entre a equipe de saúde e os idosos, a fim de promover a
humanização e garantir que os idosos tenham suas necessidades atendidas
(NAKATA; COSTA; BRUZAMOLIN, 2017).
O acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização
(PNH) e deve fazer parte de todo serviço de saúde. Para Menezes et al.
(2020), o acolhimento tem repercussões positivas para a saúde dos idosos.
Acolher o paciente de forma empática e com escuta qualificada garante à
equipe de enfermagem a confiança do paciente, proporciona a formação de
vínculos e, como resultado, tem-se uma maior adesão às orientações da
equipe e maior resolutividade nas demandas desse grupo.
Segundo Goes, Polares e Gonçalves (2016), deve-se incentivar os
idosos a serem protagonistas de um envelhecimento com qualidade. Para isso,
os cuidados de enfermagem devem estimular o autocuidado dos idosos e
discutir os fatores de riscos das DCNT para prevenir e estimular fatores de
enfrentamento caso o idoso já apresente a doença.
A Atenção Básica (AB) atua como porta de entrada do sistema. É nessa
unidade que grande parte dos idosos são acompanhados. A AB é de extrema
importância na assistência desse grupo, pois atua nos diagnósticos e no
tratamento das doenças crônicas. Devido à falta de investimentos na AB,
muitos usuários acabam relatando insatisfação, principalmente devido ao
tempo de espera pelo atendimento. No entanto, os profissionais buscam
melhorar o atendimento e diminuir a insatisfação por meio da humanização.
Assim, passando por cima da desvalorização profissional e da falta de
estrutura, conduzem um cuidado baseado na humanização para aprimorar os
serviços de saúde e melhorar a saúde dos idosos, acolhendo-os e respeitando-
os, dessa maneira, contribuindo positivamente na sua saúde (LIMA et al.,
2014).
Para Nora e Junges (2013),a humanização é responsável pelo
estabelecimento de novas práticas assistenciais, que buscam superar o modelo
biomédico, ainda muito presente no Brasil. Os processos de trabalho, quando
humanizados, dão protagonismo ao usuário do sistema e não à condição de
saúde que ele enfrenta. Portanto, a humanização visa mudar os serviços de
saúde, dando autonomia aos profissionais e fazendo o paciente ser
corresponsável pelos seus cuidados.
16
Segundo Carvalhêdo, Antônio e Santos (2015), o enfermeiro precisa
identificar nos idosos diagnósticos de enfermagem que facilitem o
planejamento dos cuidados baseados na humanização. De acordo com o
estudo, grande parte dos idosos apresenta baixa escolaridade, além de
problemas de visão e de audição, o que acaba por dificultar o entendimento
das ações de enfermagem principalmente no que se refere ao uso de
medicamentos (horários, quantidades). Para os autores, os profissionais de
enfermagem devem orientar e planejar uma rotina do uso de medicamentos
para garantir que o idoso não tenha dificuldade na adesão à terapia
medicamentosa.
De acordo com Lopes, Labegalini e Baldissera (2017), deve-se estimular
os profissionais a serem protagonistas na construção de seus conhecimentos,
pois, dessa forma, há uma maior valorização desses profissionais. Além disso,
o enfermeiro torna-se autônomo na implantação de metodologias/ações
educativas que dialoguem e interajam com os pacientes para propiciar aos
usuários uma coparticipação no seu processo de cuidados. Os cuidados de
enfermagem humanizados visam favorecer transformações, nas quais o
paciente seja visto além dos seus problemas de saúde.
Observa-se que os autores Chernicharo, Freitas e Ferreira (2013) e Silva
et al. (2018) sugerem que a comunicação é um fator de muita importância na
assistência em saúde, pois culminam em práticas humanizadas e garantem
melhor assistência às necessidades humanas dos idosos.
Nakata, Costa, Bruzamolin (2017) e Goes, Polares e Gonçalves (2016)
em seus estudos demonstram que as DCNT são a principal causa da busca
dos idosos por cuidados de saúde na AB, no entanto, os autores afirmam que a
enfermagem deve mesclar a assistência entre atividades de prevenção e ações
de controle das DCNT.
Nora e Junges (2013) sugerem que a prática humanizada dá
protagonismo ao idoso em seus cuidados de saúde e dá autonomia aos
profissionais a superar o modelo biomédico, já Lopes, Labegalini e Baldissera
(2017) falam que o enfermeiro deve ser autônomo na tomada de decisões e
observar os pacientes além de seus problemas de saúde, ou seja, há
equivalência entre o que os dois estudos abordam.
17
5 CONCLUSÃO
A humanização torna-se uma grande aliada da equipe de enfermagem,
no que tange ao cuidar da pessoa na velhice, pois o idoso deve ser o centro do
cuidado diante de suas comorbidades, eles precisam que os profissionais
sejam holísticos e os atendam compreendendo os fatores que podem acarretar
problemas de saúde. Não só as doenças já estabelecidas, mas relações
familiares: se o idoso é vítima de violência ou abuso, se consegue realizar as
atividades de vida diárias. O idoso requer da enfermagem um olhar
diferenciado, para que os cuidados de enfermagem sejam atingidos com foco
no bem-estar do idoso.
Destaca-se o papel fundamental do acolhimento dentro da unidade
básica de saúde, pois desta forma diminui-se o tempo de espera dos idosos
por atendimento, prestando assim melhor assistência e garantindo a satisfação
do usuário. Assim, a humanização visa respeitar a dignidade dos idosos e
assegurar uma melhor qualidade do serviço prestado.
Compreende-se, portanto, que as pessoas idosas necessitam de
cuidados de enfermagem que desenvolvam autonomia, nos quais o profissional
deve dialogar com o usuário da atenção básica para conhecer todas as
questões que possam influenciar direta ou indiretamente na sua saúde. Dessa
forma, a enfermagem cuidará de forma empática e humanizada e conseguirá
preservar a saúde dos idosos e se necessário restabelecê-la.
Assim, infere-se que a humanização é importante na prestação de
cuidados à pessoa idosa, e o profissional de enfermagem é responsável por
facilitar o entendimento das ações de saúde a esse grupo, de forma a
estabelecer práticas que ultrapassem o modelo biomédico (focado na doença).
A humanização torna o idoso corresponsável no reestabelecimento da sua
saúde, buscando dar autonomia e respeitando seus valores para garantir ao
idoso uma assistência digna e focada no envelhecimento saudável.
Contudo, mesmo em se tratando de um tema muito relevante para a
assistência em saúde, observou-se na literatura que a temática da
humanização ainda não é bem aprofundada, principalmente quando se
relaciona aos cuidados de enfermagem. Logo, a humanização dos cuidados de
18
enfermagem é um assunto que necessita de discussões para aprofundar os
debates sobre esse conteúdo.
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