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Andréia Bernardes
História da psicologia
Aula 5: Renascimento e modernidade
Responda:
O pensamento médico moderno nasceu na mesma época da formação da Psicologia, e as forças filosóficas presentes nele estão ligadas às influências que a Psicologia recebeu para se tornar ciência: mecanicismo, reducionismo, determinismo, empirismo, associacionismo, positivismo. 
Mas como essas escolas ou doutrinas estariam no pensamento psicológico? 
E como estariam presentes naquele lugar?
De que forma o pensamento dessas doutrinas todas poderiam ajudar numa situação
em que o corpo era a queixa predominante? 
Haveria espaço para um sofrimento “da alma”, mesmo sendo algo tão diferente? 
Como poderiam essas coisas tão diferentes estar juntas na mesma pessoa?
Pré aula
Ocorreu todo um processo histórico, social, econômico, filosófico e cultural para que a Idade Média terminasse.
Nosso foco aqui é a Psicologia, não é necessário detalhar com profundidade como se deu essa mudança.
Aos poucos, as pessoas e a sociedade foram mudando.
A Igreja perdeu parte de seu poder, os castelos ficaram abandonados, surgem as cidades e uma nova classe social começa a ganhar importância: a burguesia. Esse nome não apareceu à toa. Burguesia refere-se a “burgo”, palavra que também tem sua história.
Devido a toda essa reinvenção pela qual passava a Europa, Francesco Petrarca (1304-1374), o fundador do movimento chamado humanismo –
que consistia na revalorização do ser humano – deu à época o nome de Renascimento ou Renascença (REALE; ANTISIERI, 2004).
Renascimento
Foi uma época de muita riqueza cultural, intelectual, artística, religiosa e de muitos outros avanços para a humanidade. O homem renascentista é aquele que, oprimido durante mil anos, de repente se vê livre para criar, dotado de grande capacidade racional e habilidade manual. Ele busca, então, desenvolver ao máximo toda sua potencialidade, o que é chamado de homem universal. A figura que melhor representa esse momento é nada mais nada menos que Leonardo da Vinci (1452-1519).
Leonardo da Vinci (1452-1519)
Da Vinci é conhecido pela qualidade e variedade de sua obra: contribuiu com a Pintura, a Escultura, a Filosofia, a Literatura, a Engenharia, a Arquitetura, a Tecnologia e Estratégia de guerra, a criação de códigos secretos, a Anatomia, a
Matemática, a Botânica, a Poesia, a Música, o Desenho. Entre seus projetos, foram
encontrados desenhos de uma espécie de avião, de um tanque de guerra, de formas de uso da energia solar, de uma calculadora, entre outras anotações e ideias.
René Descartes (1596-1650
Foi com suas dúvidas que Descartes mais contribuiu, deixando um legado
de influência direta ainda por séculos após a sua morte. 
Filosoficamente, Descartes um dia se perguntou: “o que é que me prova que isso que percebo do mundo é real?”. Nenhuma resposta o satisfazia, pois ele sempre encontrava uma brecha pela qual poderia estar sendo enganado. Por exemplo, não podia confiar em seus sentidos, pois há inúmeros relatos de ilusões de ótica e percepções enganosas das coisas.
Isso significa que, para Descartes, a razão é anterior a qualquer outra coisa. Ela existe, antes de tudo, como fundadora da existência humana. A principal consequência dessa conclusão foi a fundação do racionalismo como uma importante corrente filosófica.
Outra consequência – importante para a Psicologia – foi a divisão realizada por
Descartes ao descrever o cogito. Ao ter certeza da razão, Descartes descreve que pode compreender dois componentes de si: uma coisa que pensa (res cogitans) e uma coisa que ocupa espaço (res extensa). Essa seria justamente a divisão mente-corpo tão discutida na Psicologia.
O mecanicismo
Algumas ideias dos pré-socráticos, principalmente Demócrito, já deixavam pistas para uma visão mecanicista do mundo. Na Idade Moderna, essa tendência ressurge com outros aspectos que a tornam completamente viável. O zeitgeist dos séculos XVII a XIX demonstra o predomínio do mecanicismo como compreensão de mundo. Para essa doutrina, o mundo era como um relógio construído por Deus. Todas as peças se encaixavam lógica e perfeitamente, e Deus, o grande relojoeiro, era o responsável por manter o relógio em funcionamento.
Reducionismo e determinismo 
Também existem outras consequências diante dessa forma de pensamento.
Se imagino um mecanismo em funcionamento, imagino uma série de peças
movimentando-se de forma conjunta. Dessa imagem, podem-se deduzir duas coisas:
reducionismo, ou seja, é possível e necessário reduzir o foco em apenas uma ou algumas peças separadas do todo para compreender a sua função; 
determinismo, a ideia de que uma peça define o movimento da outra peça que vem posteriormente na sequência, ou seja, uma peça empurra a outra, fazendo com que seus movimentos sejam definidos pela peça anterior. Uma engrenagem empurra a outra, que mexe o ponteiro. Segundo essa doutrina, seria possível transferir esse olhar para todo o Universo, incluindo o corpo e a mente humanos (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009).
Empirismo
Outra corrente filosófica que despontava a partir da Filosofia era o empirismo.
Empirismo é a filosofia que apenas reconhece o conhecimento quando ele vem da observação e da experiência. Talvez não tenha ficado tão claro, mas esse pensamento é exatamente oposto ao de Descartes. Se Descartes confia apenas na sua razão e desconfia do mundo externo, os empiristas confiam apenas no mundo externo e desconfiam da razão introspectiva. No entanto, os dois lados preparavam a base científica do futuro, que virá a considerar tanto o momento introspectivo e racional como o momento empírico de uma pesquisa (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009).
O materialismo, o positivismo e o associacionismo
Materialismo é a tendência de acreditar apenas naquilo que é material, ou seja, concreto, físico. Assim, por exemplo, só se dá crédito quando uma hipótese é comprovada em um teste de laboratório.
O positivismo não é bem um pensamento, mas um movimento, uma doutrina materialista representada principalmente por Auguste Comte (1798-1857), que reconhecia apenas os fenômenos observáveis. Combatia o idealismo e considerava válidas apenas as informações quantitativas. A ideia era conseguir criar explicações e intervenções em todo o Universo, visto que o entendiam como mecânico. Se há um mecanismo, é possível conhecê-lo e dominá-lo. O lema do positivismo era “saber para prever, prever para prover”, ou seja, conhecer para prever e controlar. O sonho positivista era, um dia, conseguir controlar todas as forças da natureza. Era um movimento tão pretensioso que propunha, inclusive, uma religião positivista, toda baseada em conhecimentos lógicos e objetivos (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009).
Associacionismo, se baseia na associação de ideias, ou seja, entende que é possível unir ideias simples e, assim, compor ideias complexas. É uma espécie de “atomismo psicológico”. Vários filósofos – enfaticamente os ingleses – defenderam essa doutrina, que teve bastante repercussão na psicologia científica, desde seu precursor, John Locke (1632-1704), e David Hume (1711-1776), seu fundador, passando por David Hartley (1705-1757), James Mill (1773-1836) e John Stuart Mill (1806-1873). As ideias simples seriam as mais básicas, ligadas a sensações físicas e que, unindo-se, constroem as complexas (ABBAGNANO, 2014; SCHULTZ; SCHULTZ, 2009
Todos esses filósofos também são considerados empiristas e desenvolveram algumas noções importantes para o início da Psicologia, como, por exemplo, a ideia de que, quanto mais se repete uma associação, mais rápida ela se torna. Uma ideia que merece destaque é um conceito de John Stuart Mill denominado síntese criativa. Com ele, Mill, diferentemente da característica dos empiristas, reconhece uma possibilidade de subjetividade, pois afirma que não ocorre apenas a união dos elementos, mas alguma combinação a mais que cria algo novo, indo além da simples união associativa. “Algo” acontece dentro do sujeito e o que sai é uma coisa nova (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009).
Com todo esse histórico, o pensamentomoderno se mostra bastante preocupado
com o controle e a prática, conforme o próprio pensamento positivista de conhecer para prever e controlar.
Pós aula
René Descartes e os empiristas trouxeram uma série de possibilidades de
pensamento sobre o corpo e a mente. 
Seria possível conhecer, prever e controlar os sintomas psicológicos?
 
Como você faria para lidar com toda essa dificuldade?
.

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