Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 50º VARA DO TRABALHO DE RORAIMA Distribuição por dependência ao processo nº 0011250-27.2013.5.11.0050 Rômulo Delgado Silva, brasileiro, viúvo, empresário, portador da identidade 113, CPF 114, residente e domiciliado na Avenida Brás Montes, casa 72 – Boa Vista – Roraima – CEP 222, tendo se retirado da pessoa jurídica Delgado Jornais e revistas Ltda há dois anos e oito meses, por sua advogada que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência opor EMBARGOS À EXECUÇÃO, Com fulcro nos arts. 736 e seguintes do CPC, pois o imóvel residencial do autor foi posto à penhora por execução de creditos trabalhistas devidos. I-DOS FATOS Trata-se que o autor da presente demanda recebeu a visita do oficial de justiça em sua residência particular para penhorá-la, avaliando seu imóvel no valor de R$180.000,00(cento e oitenta mil reais), para pagamento de demanda trabalhista no valor de R$150.000,00(cento e cinquenta mil reais), ocorre que o embargante se retirou da sociedade empresária há dois anos e oito meses (doc.01 acostado), sendo o autor da demanda viúvo e reside com a filha no imóvel, sendo o único imóvel da família que foi penhorado, o mesmo tempestivamente e através da sua advogada (instrumento de mandato incluso, doc.02) resolve opor o presente embargo à execução, pois a mesma não pode atingir ao bem imóvel da família bem como o mesmo comprova não ter parte com a sociedade empresária há dois anos e oito meses. II-DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO Consoante o estipulado no art. 738 do CPC os embargos foram opostos em __/__/__, o embargante opôs o presente incidente tempestivamente ao que preconiza o CPC. Trata-se de execução por quantia certa por devedor solvente, cabível portanto como preconiza o art 736 do CPC:” O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos.” III-DO DIREITO Consoante o art. 745 do CPC, pode o embargante alegar a penhora incorreta bem como a avaliação errônea, inciso V- qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. Há impossibilidade de execução de ex-sócio- pois conforme já exposto, o embargante se retirou da sociedade empresária há dois anos e oito meses, conforme o art. 1003 do CC. BEM DE FAMÍLIA-como Sabe-se o bem de família é não passível de penhora consoante a lei 8009/1990. O art. 1º preconiza que o imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de divida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. Sendo a impenhorabilidade do bem de família inoponível; A correção monetária deverá levar em consideração a contagem pelo mês seguinte ao da prestação de serviços conforme a Súmula 381 do TST, e não considerando o mês da prestação de serviços como foi contabilizada. SOBRE A MULTA DO ART. 475-J do CPC-em relação à multa do 475-J, não é cabível no processo do trabalho sendo o mesmo regulado pelo art. 880 da CLT, que trata da execução em sede de Direito do Trabalho. IV- DOS PEDIDOS Isto posto requer: A intimação do embargado para manifestar-se no prazo de 15 dias, a condenação do embargado para pagamento das custas e honorários advocatícios, houve a juntada das guias das custas devidamente recolhidas, protestando provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito. Ao fim, para dar procedência do presente embargo à execução com o intuito de resguardar bem de família, conforme protegido por legislação especial (lei 8009 de 1990). Dá-se o presente o valor de R$ 20.000,00(vinte mil reais) Termos em que, Pede deferimento o juízo. Local e Data Advogada______________ OAB nº________ OAB nº XXXX
Compartilhar