Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Comunicação Fotografia Institucional Linguagem fotográfica/composição 1Módulo Enap, 2022 Fundação Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Desenvolvimento Profissional SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF Fundação Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Desenvolvimento Profissional Conteudista/s Felipe Oliveira Marini. Sumário Módulo 1 - Linguagem fotográfica/Composição 1. Enquadramento ....................................................................................................6 1.1 Introdução .................................................................................................................... 6 1.2 Encher o quadro .......................................................................................................... 7 1.3 Pontos de vista ............................................................................................................. 8 2. Regra dos terços e Espaço vazio ........................................................................10 2.1 Regra dos terços ........................................................................................................10 2.2 Espaço vazio ...............................................................................................................12 3. Cortes, formas e linhas ......................................................................................14 3.1 Cortes ..........................................................................................................................14 3.2 Formas e Linhas .........................................................................................................18 3.3 Perspectiva .................................................................................................................20 3.4 Diagonal ......................................................................................................................21 Módulo 2 – Recursos do aparelho 1. Exposição .............................................................................................................24 1.1 Sensibilidade do ISO..................................................................................................24 1.2 Velocidade do Obturador .........................................................................................26 1.3 Fotometria ..................................................................................................................29 1.4 High Dynamic Range (HDR) ......................................................................................33 2. Foco .......................................................................................................................35 2.1 Foco automático ........................................................................................................35 2.2 Foco Manual ...............................................................................................................36 2.3 Foco com reconhecimento facial .............................................................................37 2.4 Recursos para aparelhos com mais de uma lente ................................................37 3. Objetivas ..............................................................................................................39 3.1 Distância focal ............................................................................................................39 3.2 Objetiva normal .........................................................................................................40 3.3 Objetivas grandes angulares ....................................................................................40 3.4 Teleobjetivas ..............................................................................................................41 3.5 Distorções e aberrações ...........................................................................................42 3.6 Zoom ótico e zoom digital ........................................................................................46 Módulo 3 - Luz 1. Contraste .............................................................................................................49 1.1 Brilho e Contraste ......................................................................................................49 2. Direção .................................................................................................................52 2.1 Direção ........................................................................................................................52 3. Cor .........................................................................................................................54 3.1 Cor e WB .....................................................................................................................54 4. Teoria das Cores ..................................................................................................60 4.1 Teoria das cores (Cores quentes, Cores frias, Psicologia das cores) ...................60 4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Módulo 4 - Digital 1. Resolução, proporções e tamanhos para redes sociais .................................66 1.1 Resolução para tela ...................................................................................................66 1.2 Interpolação ...............................................................................................................68 1.3 Proporção (aspecto ratio) ........................................................................................69 1.4 Cuidados com a proporção e o uso final da imagem ...........................................71 1.5 Redes sociais ..............................................................................................................72 2. Formatos ..............................................................................................................78 2.1 JPEG, RAW, TIFF, PSD e PNG .....................................................................................78 3. Armazenamento e Backup ................................................................................80 3.1 Dispositivos para armazenamento .........................................................................80 3.2 Dispositivos para armazenamento e cuidados .....................................................81 4. Software de edição de imagem .........................................................................82 4.1 Tipos de edição ..........................................................................................................82 Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5 Módulo Linguagem fotográfica/ Composição1 Olá! Desejamos boas-vindas ao módulo 1 do curso Fotografia Institucional. É um prazer ter você como participante e auxiliar na construção do seu conhecimento acerca desse tema. Este curso possui o objetivo de apresentar aspectos teóricos e práticos sobre a fotografia, bem como conhecimentos e habilidades para o manuseio do celular e para a produção de imagens fotográficas. Sugerimos que você leia o conteúdo e depois responda as questões no ambiente virtual na ordem em que estão dispostos. Mas você é livre para fazer isso quando e na ordem em que achar melhor - dentro do período de duração do curso. Só não deixe de garantir que fez tudo, para não ter problemas com a obtenção do certificado ao final do curso! Desejamos um excelente estudo! 6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 1. Enquadramento Objetivo de aprendizagem Identificar as regras de composição e compreender a melhor forma de aplicá-las. 1.1 Introdução O ser humano é um ser comunicativo. Desde os primórdios da nossa história, sempre buscamos meios para nos comunicarmos, seja por forma audível ou visual. Não importa a forma que escolhemos para nos comunicar, existem regras nesses meios de comunicações que servempara que o comunicador seja compreendido pelo seu receptor. No caso da fotografia chamamos regras de composição. Em primeiro lugar, é importante deixar claro que regras existem para serem quebradas, mas só é interessante quebrar uma regra a partir do momento que temos total domínio sobre uso dela. Como em um texto, as regras existem para que ao ler um texto ele seja compreendido como um todo e não somente como um amontoado de palavras. Serão apresentadas diversas regras de composição fotográfica, provavelmente algumas delas já conhecidas ou até mesmo utilizadas mesmo sem sabermos que são regras de composição. Quanto maior o domínio sobre essas regras, mais fácil será a construção da imagem pretendida e também mais fácil será quebrá-la com um propósito. Tenha em mente que toda fotografia conta uma história. Até mesmo uma simples foto como a do nosso RG possui uma história, dessa forma é preciso ter muito claro que tipo de história será contada para saber quais serão as melhores regras que serão empregadas na construção dessa fotografia. Essa é a diferença entre uma boa fotografia e uma fotografia sem graça. O domínio sobre sua construção e a clareza da história que está sendo contada. Diferente de andar de bicicleta que não esquecemos após aprender, a fotografia é preciso a prática constante, pois se isso não acontecer, todo conhecimento adquirido será esquecido com o passar do tempo. Para finalizar, nada melhor do que a prática para dominar essas regras. Vamos conhecer algumas regras importantes! Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 7 1.2 Encher o quadro Encher o quadro pode não ser a regra mais importante, mas vem em primeiro lugar por ser uma regra simples e que muitas vezes é feita sem saber que é uma regra. Ela basicamente consiste em se aproximar do assunto fotografado fazendo com que este assunto ocupe praticamente o quadro por completo. Essa aproximação pode ser feita de forma física, chegando bem próximo ao assunto ou de alguma outra forma, por exemplo o zoom do equipamento fotográfico que está sendo utilizado. Quando temos somente um assunto sendo fotografado, não existe discussão sobre qual a mensagem desta fotografia. Ao adicionarmos mais elementos no enquadramento, é necessário maior cuidado para que o assunto principal não se perca entre os demais elementos. Fonte: Felipe Marini (2021). 8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 1.3 Pontos de vista A altura e o ângulo com que a fotografia será realizada, pode modificar muito a história que será contada. A escolha correta do ponto de vista é de extrema importância para a mensagem que está sendo transmitida. O fotojornalismo e publicidade utilizam muito essa regra para influenciar seus espectadores. Plongeé (Ponto de vista superior) Ao apontar a câmera para o assunto estando em um ponto mais elevado, é criado a sensação de inferioridade, menosprezo, insegurança e fragilidade, isso é intensificado ao fotografar seres vivos como crianças e animais. Também cria-se a sensação de diminuir e engordar o assunto fotografado. Fonte: Felipe Marini (2021). Meia-altura (Ponto de vista normal) Fotografar a meia-altura é fotografar na altura dos olhos do fotografado. Esse ponto de vista traz a sensação de intimidade e proximidade, é um ponto de vista mais agradável e natural. Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 9 Contra-plongeé (Ponto de vista inferior) Fotografar com o ângulo contra-plonge cria o efeito praticamente oposto ao plongeé. O assunto será aumentado, alongado e será criado a sensação de poder, superioridade e força. Fonte: Felipe Marini (2021). Ângulo inusitado É simples de explicar, mas exige um pouco mais de cuidado na hora de executar. O ângulo inusitado é qualquer ângulo fora do padrão que estamos acostumados. Caso alguém com 1,70m de altura fotografa na altura dos olhos, mesmo que o observador seja mais alto ou mais baixo, esse é um ângulo considerado normal. O inusitado vai fugir desse padrão. O segredo para isso é estar sempre atento e perceber o padrão que é criado com a rotina dessa forma visualizar novos pontos de vista que fogem do senso comum. Fonte: Felipe Marini (2021). 10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 2. Regra dos terços e Espaço vazio Objetivo de aprendizagem Identificar as regras de composição e a melhor forma de aplicá- las. 2.1 Regra dos terços A regra dos terços tem como base a “proporção áurea” e a “sequência Fibonacci”. A proporção áurea ou razão áurea consiste em um número irracional, onde a soma de duas retas de tamanhos distintos é dividida pela reta maior e o resultado obtido é um número aproximado de 1, 61803398875, também conhecido como número de ouro. Esse número foi denominado como PHI na matemática grega em homenagem a Phidias, criador da proporção áurea e um dos construtores do Pathernon. Conhecida como proporção divina, quanto mais próximo algo chegar a esse valor na sua proporcionalidade e simetria, mais próximo da perfeição e do belo estará. Leonardo de Pisa, conhecido por Fibonacci, estudando o conceito do Belo e Perfeito em formas da natureza cria uma sequência numérica em 1.202 que reproduz números que possuem a proporção áurea entre. Essa sequência se inicia com 0, 1 o próximo número sempre será a soma dos dois últimos números. Dessa forma temos o início dessa sequência assim: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21 e assim de forma infinita. A proporção áurea está nessa sequência ao dividir um número pelo seu antecessor, chegando novamente ao número de ouro, ou seja, o 1,6180. Como o retângulo do quadro fotográfico não é um retângulo perfeito, onde a aresta maior tem a relação de 1,6180 com a aresta menor, foi criada uma adaptação onde dividimos o enquadramento fotográfico em três colunas e três linhas. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 11 Fonte: Felipe Marini (2021). Os pontos de intersecção entre essas linhas são os pontos de ouro da fotografia. São os pontos de maior interesse dentro do enquadramento fotográfico. Apesar de todo o conteúdo histórico que essa regra de composição possui, a maior dica, em relação a ela é, nunca colocar o assunto fotografado no centro do enquadramento, sempre o coloque voltado para um dos cantos do quadro. Fonte: Felipe Marini (2021). 12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 2.2 Espaço vazio Ao escolher trabalhar com a Regra dos terços, é natural que se crie um espaço maior ao lado oposto do assunto fotografado, também conhecido como espaço vazio. O Espaço vazio precisa ser bem pensado para que ele faça parte da imagem como um todo e não crie a sensação de que falta algo ou que não faz parte da cena final. Normalmente o espaço vazio ficará no final da imagem, dando a ideia de continuidade para a mensagem que está sendo transmitida. Sentido de leitura A leitura de uma imagem é feita da mesma forma que texto, ou seja, da esquerda para direita, de cima para baixo. Normalmente o Espaço vazio estará adiante ao sentido de leitura. Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 13 Agora, o sentido de leitura pode ser invertido, causando um impacto visual maior no espectador. Isto acontece, simplesmente por forçar a visão no sentido oposto ao que é o natural. A forma para se inverter o sentido de leitura é livre e exige criatividade, mas pode acontecer da forma mais simples, uma pessoa no canto direito da foto olhando para o canto esquerdo, como algo mais complexo como repetições de padrões ou cores guiando o olhar do espectador no sentido contrário. Fonte: Felipe Marini (2021). 14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 3. Cortes, formas e linhas Objetivo de aprendizagem Identificar as regras de composição e a melhor forma de aplicá- las. 3.1 Cortes Para iniciar essa unidade, o assunto abordado será enquadramento/planos, que consiste no espaço que serácolocado dentro do enquadramento. Isso pode variar de uma cena extremamente ampla onde o foco principal da foto é somente a paisagem, até um pequeno detalhe do assunto fotografado. Plano panorâmico Este enquadramento consiste em mostrar grandes porções de paisagem, o mais comum é não aparecer pessoas devido ao enquadramento muito aberto. Fonte: Felipe Marini (2021). Plano geral No plano geral, o foco continua sendo a paisagem, a diferença é que não são enquadramentos tão abertos. No plano geral é possível já visualizar pessoas na cena, mas não para identifica-las, pois o assunto principal continua sendo a paisagem. Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 15 Plano conjunto As pessoas agora são o assunto principal da fotografia quando se trata do plano conjunto. Ainda são enquadramentos abertos mostrando a paisagem, mas o foco principal agora são as pessoas que já podem ser identificadas e normalmente estão olhando para a câmera. Quando se trata de fotografar pessoas, existe uma regra que diz para nunca se enquadrar a pessoa cortando próximo as articulações, pois dessa forma cria-se a sensação de amputar a pessoa retratada. Fonte: PixaBay (2021). Corpo inteiro Como o próprio nome já diz sobre esse enquadramento, é mostrado o corpo por inteiro da pessoa fotografada e normalmente com a pessoa estando em pé. Fonte: Felipe Marini (2021). 16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Plano americano O nome é oriundo dos filmes clássicos de faroeste onde os atores eram enquadrados do meio da coxa até a cabeça, para dar ênfase nos duelos de tiroteios. Fonte: Felipe Marini (2021). Plano médio Nessa regra, a única articulação aceitável para se fazer o corte, é o meio corpo ou plano médio, e é bem comum vê-la nas fotos. Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 17 Plano médio fechado Indo além do plano médio, temos o plano médio fechado também conhecido como busto, o corte é feito na altura do peito da pessoa. Fonte: Felipe Marini (2021). Primeiríssimo plano No primeiríssimo plano, o foco fica somente no rosto da pessoa retratada. Fonte: Felipe Marini (2021). 18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Detalhe Por último, no detalhe ou big close, o que se mostra é somente uma pequena parte do assunto fotografado. Fonte: Felipe Marini (2021). 3.2 Formas e Linhas Formas O cérebro humano decodifica tudo o que é visualizado em três formas básicas, que são: o triângulo, círculo e retângulo. Assim, é natural ao olho humano identificar essas formas e, assim, ter uma sensação mais agradável, ao reconhecê-las na imagem. Linhas Já as linhas, representam forças da natureza, como gravidade e vento. Elas servem de guias para o espectador passear pela imagem, e criar, dessa forma, sensações diferentes, que dão dinamismo ou estabilidade para a foto. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 19 Fonte: Felipe Marini (2021). Linhas retas representam equilíbrio, forças iguais. Linhas levemente curvadas são forças desiguais, mas ainda estáveis. Fonte: Felipe Marini (2021). Fonte: Felipe Marini (2021). Linhas inclinadas trazem dinâmica e tensão à cena. Linhas sinuosas remetem à beleza e à tranquilidade. Fonte: Felipe Marini (2021). 20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 3.3 Perspectiva A profundidade, o volume e a distância são alguns dos resultados obtidos, quando se trabalha com a perspectiva na imagem. Por meio da perspectiva, é possível ter a sensação da terceira dimensão na fotografia. No entanto, lembramos que, na fotografia, só existem duas dimensões. A perspectiva só existe quando linhas dentro da cena convergem para um ponto em comum, o que cria a ideia de profundidade. Esse ponto chama-se ponto de fuga. Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 21 3.4 Diagonal Colocar as linhas da cena em paralelo às do quadro produzirá uma imagem, teoricamente, comum e sem graça. Trabalhar com diagonais permite criar dinamismo, prende a atenção e guia o olhar do espectador(a) através da fotografia, de um canto ao outro, além de dar a sensação de movimento à cena. Fonte: Felipe Marini (2021). Referências AGOSTINI, Daniela. Fotografia: um guia para ser fotógrafo em um mundo onde todos fotografam / Daniela Agostini, Heloísa Alessio, Thomas Degen. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2019. HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia: guia completo para todos os formatos / John Hedgecoe; tradução de Assef Nagib Kfouri e Alexandre Roberto de Carvalho. – 3ªed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007. Präkel, David. Composição / David Präkel; tradução Mariana Belloli; revisão técnica: Rodolpho Pajuaba. – Porto Alegre. Editora Bookman, 2010. 22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Comunicação Fotografia Institucional Recursos do aparelho 2Módulo Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 23 2 Módulo Recursos do aparelho2 Olá! Desejamos boas-vindas ao módulo 2 do curso Fotografia Institucional. É um prazer ter você como participante e auxiliar na construção do seu conhecimento acerca desse tema. Neste módulo abordaremos os seguintes tópicos: • Exposição; • Foco; • Objetivas. Desejamos um excelente estudo! 24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 1. Exposição Objetivo de aprendizagem Compreender a forma de balancear a quantidade de luz para registrar uma imagem. 1.1 Sensibilidade do ISO O ISO é uma escala de sensibilidade do sensor em relação a luz. Quanto mais alto o ISO utilizado, mais sensível a luz o sensor se torna. Na realidade, a sensibilidade é sempre a mesma, a diferença é o processamento que acontece com a informação que o sensor está capturando. Essa escala de ISO é padronizada normalmente começando em ISO 25 e podendo passar dos ISO 3200. Normalmente, ela será apresentada com números redondos e sempre em dobro. ISO - 25-50 ISO - 100 ISO - 200 ISO - 400 ISO - 800 ISO - 1600 Fonte: Felipe Marini (2021). A sensibilidade do ISO está, diretamente, relacionada com a qualidade da imagem criada, também, com a velocidade que está sendo registrada. Para compreender isso melhor, é preciso analisar cada ponto de forma individual. Qualidade da imagem O ISO do sensor responde com melhor qualidade normalmente no ISO mais baixo, ou ISO nativo. Qualquer ISO acima do nativo, o que acontece é um processamento forçado dessa informação, fazendo com que a qualidade final seja diminuída. Essa perda de qualidade é chamada de ruído. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 25 Velocidade do ISO Quando trabalhamos com um ISO mais elevado, apesar da perda de qualidade na imagem, o processamento se torna mais rápido, por isso também podemos falar em velocidade do ISO. O mais comum nos celulares é deixar o ISO no modo automático, mas em algumas situações podem ser mais interessante ter total controle sobre o ISO e assim trabalhar com ele de forma manual. Não são todos os celulares que permitem o uso manual do ISO. Ruído O ruído é o efeito que acontece devido ao uso de ISOs elevados. Quanto mais alto o ISO utilizado, maior será a incidência de ruído na imagem. O ruído será reconhecido devido a manchas coloridas que surgem na fotografia, uma sensação de granulação da imagem, além de uma diminuição da nitidez e perda da riqueza de detalhes da imagem. Fonte: Felipe Marini (2021). 26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública A melhor forma de evitar a surgimento de ruído é não utilizar ISOs muito altos ou então procurar fotografar em ambientes com melhor iluminação. A tabela, a seguir, serve como um guia para o fotógrafo. Não necessariamente, para ser seguida, pois o fotógrafo tem total liberdade para trabalhar a escolha do ISO, da forma que lhe parecer melhor. Porém, deve-se tomar cuidado com essa escolha, de acordo com a iluminaçãoe o assunto a ser fotografado, já que cada decisão acarreta consequências. Por exemplo, ISOs mais baixos, em locais com menos iluminação, farão com que as fotos fiquem tremidas. Dica de referência para uso da escala de ISO Escala de ISO Condição de luz 25 Durante o dia, à céu aberto.50 100 200 Locais sombreados; Dias nublados; nascer do sol; pôr do sol.400 800 Locais internos; iluminação fraca/ pontual; locais onde seja proibido o uso do flash; durante à noite. 1600 3200 6400 12800 1.2 Velocidade do Obturador Não são todos os celulares que permitem trabalhar manualmente com a Velocidade do Obturador, dessa forma o ajuste do ISO afeta diretamente a velocidade do obturador. O obturador controlará a quantidade de luz que chegará ao sensor através do tempo de exposição, ou seja, o intervalo entre o abrir e fechar do obturador. Esse intervalo pode variar entre frações de segundo de exposição a segundos. Quanto maior o tempo de exposição do obturador, maiores serão os borrões dos movimentos da foto, e também mais difícil de segurar o celular para se obter uma boa foto. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 27 Para se evitar fotos tremidas o ideal seria fotografar em locais com maior luminosidade, quando não for possível, procure segurar o celular com maior firmeza e procurar algum local para servir de apoio. Caso isso não seja possível, podemos criar movimentos na fotografia que sejam agradáveis e causem boa impressão ao espectador. Fonte: Felipe Marini (2021). A escala de Velocidade do Obturador pode variar de aparelho para aparelho. Aqui segue uma escala padrão, lembrando que para fotografia, a base sempre será o segundo de exposição: 30” – 15” – 8” – 4” – 2” – 1” – ½ - ¼ - 1/8 – 1/15 – 1/30 – 1/60 – 1/125 – 1/250 – 1/500 – 1/1000 – 1/2000 – 1/4000 – 1/8000 Quanto mais alta a fração de segundo, menos luz será registrada e mais congelado ficará qualquer movimento. 28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Fonte: Felipe Marini (2021). Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 29 1.3 Fotometria Fotometria é o controle da quantidade de luz que chegará ao sensor da câmera do aparelho celular. Tradicionalmente, esse controle é feito por meio de três recursos que são: a sensibilidade do ISO; a velocidade do obturador — que já foram apresentados, anteriormente —; e o controle da abertura do diafragma, que não será abordado neste material, uma vez que a maioria dos celulares não possui diafragma com abertura variável. Assim, não faz sentido entrarmos em detalhes acerca de controle da abertura do diafragma, se não poderemos praticar o uso desse recurso. A medição da fotometria é realizada por meio de um fotômetro, um leitor de luz que se encontra dentro das câmeras, como dos celulares. Por intermédio do ISO e da velocidade do obturador, será feito o ajuste da fotometria. Esses ajustes acontecerão por meio dos pontos de exposição, conhecidos, também, por EV (exposure values). Mesmo nos celulares em que não podemos alterar o ISO ou a velocidade do obturador, ainda assim, é possível alterar a fotometria, por meio do EV. A fotometria, normalmente, é apresentada por intermédio de uma régua, que possui uma variação de -2 a +2. Nela, o indicado é deixarmos no ponto “0”, onde é o equilíbrio ideal da fotometria. Na imagem, a seguir, está ilustrada a apresentação mais tradicional da fotometria, em câmeras fotográficas. Fonte: Felipe Marini (2021). 30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Já na imagem, a seguir, está ilustrada a apresentação mais comum da fotometria, em celulares. Fonte: Felipe Marini (2021). Esses valores da fotometria servem como um guia para definir como a foto será feita, pois a fotometria é algo muito subjetivo, a luz pode variar desde que chega à cena que será fotografada, passa pela cor dos objetos que compõem a cena e chega ao gosto pessoal de quem realiza o registro fotográfico. Os fotômetros estão programados para fazer uma exposição média padrão, que se adequa a diversas situações. Mas, mesmo assim, é preciso tomar cuidado, uma vez que, em muitos casos, a atitude de apenas zerar a fotometria pode trazer um resultado ruim para a foto, no caso, uma cena mais clara ou mais escura que o desejado. Essa exposição média padrão é chamada de cinza médio, que é obtida por intermédio da leitura, tanto das partes claras da cena, quanto das escuras. Agora, o que acontece quando se fotografa uma cena, predominantemente, clara ou escura? Quando se compreende esse princípio da fotometria, fica mais fácil obter o resultado desejado, sem passar pela tentativa e erro. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 31 Cenas claras Já que esclarecemos que o fotômetro sempre estará na busca do cinza médio, quando a cena a ser fotografada for mais clara, é importante saber que, se a fotografia for feita apenas zerando a fotometria, o resultado será uma foto mais escura, uma vez que a câmera fez a fotometria para o cinza médio, conforme a imagem, a seguir. Fonte: Felipe Marini (2021). Fonte: Felipe Marini (2021). Nesse caso, é necessário fazer um ajuste na fotometria, o que é chamado de super-expor. Dessa forma, tudo aquilo que for mais claro que o cinza médio, voltará a ser mais claro na fotografia realizada. Fonte: Felipe Marini (2021). Fonte: Felipe Marini (2021). 32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Cenas escuras O princípio para se fotografar cenas escuras é o mesmo que das cenas claras, só que com a direção oposta. Ao fotografar uma cena mais escura que o cinza médio, o simples ato de zerar a fotometria fará com que a cena fique mais clara que o real. Dessa forma, é necessário subexpor a fotometria para que tudo o que for mais escuro que o cinza médio, realmente, fique mais escuro. Fonte: Felipe Marini (2021). Fonte: Felipe Marini (2021). Fonte: Felipe Marini (2021). Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 33 1.4 High Dynamic Range (HDR) Cenas com diferenças muito grande de luz se tornam mais difíceis de se fotografar no modo convencional, uma vez que as câmeras dos celulares não conseguem captar os detalhes das áreas claras e escuras da cena, de forma simultânea. O alcance dinâmico é a capacidade de visualizar detalhes nas áreas claras e escuras. Quanto maior for essa capacidade, mais próximo será daquilo que o olho humano enxerga. O equipamento fotográfico sempre perderá para o olho humano nesse quesito. Enquanto o olho humano tem a capacidade de enxergar em torno de 1.000 tonalidades entre o branco e o preto, um celular terá, no máximo, 12 tons entre branco e preto. Dessa forma, a técnica do HDR tem como objetivo aproximar a fotografia registrada à realidade da cena observada. O HDR consiste em três registros fotográficos, em que uma das fotos terá a fotometria zerada; a segunda terá a fotometria subexposta; e a terceira será feita de forma superexposta. Observe que a foto subexposta preserva os detalhes mais claros da cena, enquanto a foto superexposta preserva os detalhes mais escuros. Após os três registros, o software do celular processa essas informações e cria outra fotografia, com detalhes nas áreas mais claras e mais escuras da cena. Assim, a gama de luz da fotografia será ampliada. Fonte: Felipe Marini (2021). 34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 35 2. Foco Objetivo de aprendizagem Compreender o funcionamento dos aparelhos para desfocar o fundo da cena fotografada. 2.1 Foco automático O foco em fotografia acontece por planos. A base desse plano de foco sempre será o plano do sensor, no caso, o celular. Se o celular estiver perpendicular, paralelo ou na diagonal, será esse o plano de foco. Indiferente ao plano de foco, o foco sempre será feito por distância. Ao focarmosum objeto a determinada distância, tudo o que estiver na mesma distância do objeto estará focado. Focar com os celulares, atualmente, é muito fácil, basta tocar na tela, no local onde deseja focar e pronto. Agora, existem algumas tecnologias diferentes de foco automático, que influenciam na velocidade do foco e na dependência de luz para focar. Na essência, todos possuem o mesmo princípio e são muito parecidos com os olhos humanos. Foco automático por detecção de fase (PDAF) Esse modelo de foco automático usa uma tecnologia que foca através do contraste encontrado sobrepondo duas imagens da cena ou objeto fotografado. É uma das tecnologias mais simples e baratas de foco automático, porém é mais lenta e menos precisa quando o assunto está em movimento. As câmeras de foco automático por detecção de fase usam parte dos sensores como PDAF para capturar imagens separadas e assim comparar o contraste da cena e focar, como se fossem olhos um sendo o esquerdo outro o direito. Como parte dos sensores estão responsáveis pelo foco, acaba que é registrado menos luz e dessa forma podem causar problemas de foco em situações com pouca luz. 36Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Foco automático por detecção de contraste (CDAF) O foco automático por detecção de contraste é um foco passivo, pois não utiliza nenhum hardware para realizar o foco, da forma mais simples o foco acontece quando as lentes se movem para frente e para trás até a imagem ficar nítida. Esse é o mais lento dos focos automáticos e ainda extremamente dependente de luz e alto contraste para funcionar. Funciona muito bem para cenas estáticas. Foco automático de pixel duplo Diferente do DPAF — em que parte dos pixels é responsável pelo registro da luz; e outra, por fazer o foco automático —, no foco automático de pixel duplo, todos os pixels têm a capacidade de registrar luz e auxiliar no foco, o que acelera, significativamente, o processo. Foco automático a laser Talvez, o foco automática a laser seja o processo mais simples de focagem direta e automática, que tem como base a luz infravermelha. Enquanto todos os outros processos de foco automático dependem da luz que é refletida pela cena para focar, o foco a laser emite um feixe de luz infravermelha na cena para determinar o foco. A desvantagem do foco a laser é a necessidade de um hardware específico para a luz infravermelha, além de um emissor e receptor da luz. AF híbrido O foco automático híbrido é a junção de duas tecnologias de foco automático. Essas tecnologias tiram proveito dos pontos fortes e minimizam os pontos fracos de ambas. 2.2 Foco Manual Alguns celulares permitem fazer o foco de forma manual. Nesse caso, quando habilitado, é apresentada uma escala do foco em metros, que pode variar desde centímetros até metros de distância, ou, na forma mais comum, com um desenho de flor em um dos extremos, que representa distância mínima para focar; e no outro extremo, um desenho de montanhas, que representa as maiores distâncias de focagem. Não é muito utilizado esse recurso de foco manual devido à falta de precisão nos comandos e auxiliares para focar, além da lentidão para acertar o foco. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 37 2.3 Foco com reconhecimento facial Outra possibilidade de foco automático está relacionada à tecnologia de reconhecimento ou detecção facial. Criada, especificamente, para fotografia e, atualmente, utilizada para diversas outras áreas, inclusive para segurança, os softwares de reconhecimento facial utilizam algoritmos para, a princípio, detectar um rosto em formas geométricas e assim montar um “quebra-cabeça”. Dentro desse “quebra-cabeça” são identificados os principais pontos que são comuns a todas as pessoas, olhos e distância entre eles, nariz, comprimento da boca, entre outras coisas. O ato de montar o “quebra-cabeça” determina a detecção facial, os cálculos mais avançados que compreendem a distância entre olhos, tamanho da boca e formato de rosto além de características mais individuais. Tudo isso armazenado em um banco de dados determina o reconhecimento facial. Com o reconhecimento facial, podemos programar o aparelho celular para fotografar sempre que determinada pessoa aparecer diante da câmera. Podemos, também, programar o celular para somente fotografar com determinada intensidade de sorriso, desde um leve sorriso somente com a boca até um super sorriso com todos os dentes à mostra. 2.4 Recursos para aparelhos com mais de uma lente Nos modelos de celulares mais avançados, é comum a utilização de mais de uma câmera na parte traseira dos aparelhos. Isso abre mais opções nas funções das câmeras e possibilidades de novas imagens. A função mais querida de todas é a possibilidade de desfocar o fundo da cena, cujo nome técnico é profundidade de campo. A profundidade de campo é a faixa de nitidez que a imagem possui. Quando a imagem está focada desde o primeiro plano até o último, essa imagem tem grande profundidade de campo. Agora, quando algum dos planos da imagem está desfocado, essa imagem está com pequena profundidade de campo. A profundidade de campo está relacionada, diretamente, com o tamanho do sensor e a lente utilizada para fotografar. Como nos celulares não é possível a troca de lentes — como em câmeras fotográficas 38Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública profissionais — e os sensores dos celulares são de tamanho bem reduzido, o desfoque do fundo da cena só é possível acontecer devido aos aparelhos possuírem mais de uma câmera, já que enquanto uma das câmeras faz o foco no assunto principal, outra câmera faz a foto completamente desfocada e por meio de software é montada a imagem final com junção das duas fotos. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 39 3. Objetivas Objetivo de aprendizagem Compreender o que é distância focal, suas especificações, efeitos e melhores situações de uso. 3.1 Distância focal Antes de apresentar um novo assunto, é preciso explicar a diferença entre lentes e objetivas. Popularmente chamada de lentes, as objetivas, basicamente, são um conjunto de lentes com construções variadas, que trabalharão por intermédio de um ângulo de visão específico, para conduzir a luz para o sensor que a registrará e formará a fotografia. Agora que esclarecemos o que são objetivas, o que mais é preciso entender? Para apresentarmos as objetivas e seus efeitos, é necessário compreendermos suas classificações e números e, para entendermos os números das objetivas, é preciso definirmos o que é distância focal. • Distância focal é a distância entre o plano de foco e o centro ótico da objetiva. Por meio da definição da distância focal, é criada a classificação das objetivas, que se divide em três categorias: objetivas normais; objetivas grande angular; teleobjetivas. 40Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 3.2 Objetiva normal As objetivas normais registram o mesmo ângulo de visão de um olho humano, que são aproximadamente 50 graus de visão. Por representar a visão humana, não possui efeito e traz a ideia de normalidade para a fotografia. As distâncias focais classificadas como normal abrangem dos 45mm aos 55mm. Fonte: Felipe Marini (2021). 3.3 Objetivas grandes angulares Já as objetivas grandes angulares possuem um maior ângulo de visão. Normalmente, chegam aos 90 graus, mas podem ultrapassar isso, a depender de sua construção. Devido a essa construção, essas objetivas possuem alguns efeitos. Os mais comuns são: efeito funil; maior profundidade de campo; e maior amplitude. 1. Efeito barril: será explicado mais adiante. Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 41 2. Maior profundidade de campo: a grande angular aumenta a profundidade campo da cena. Fonte: Felipe Marini (2021). 3. Amplitude: a grande angular aumenta a sensação de espaço existente na cena. As distâncias focais classificadascomo grande angular abrangem dos 18mm aos 40mm. 3.4 Teleobjetivas As teleobjetivas são, basicamente, opostas às grandes angulares. Suas distâncias focais variam de 60 mm a 800 mm e os ângulos de visões chegam até os 8 graus de visão. Possuem seus efeitos específicos, como: o achatamento dos planos, menor profundidade de campo e o efeito almofada. 1. Efeito almofada: será explicado mais adiante. 2. Menor profundidade de campo: as teleobjetivas diminuem a profundidade de campo. Dessa forma, desfocam um dos planos, de forma mais fácil. Fonte: Felipe Marini (2021). 42Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 3. Achatamento dos planos: enquanto a grande angular aumenta a sensação de espaço, a teleobjetiva diminui a sensação do espaço físico, o que cria a ideia de achatar os planos. Fonte: Felipe Marini (2021). 3.5 Distorções e aberrações As distorções que as objetivas possuem são criadas devido ao conjunto de lentes utilizado para criar o ângulo de visão desejado. Podemos classificar as distorções em três categorias: barril, almofada e complexa. Em todos os casos, as distorções são mais pronunciadas nas bordas da imagem. Essas distorções ocorrem devido ao formato das lentes, material de construção e alinhamento em sua montagem. Distorções 1. Barril A distorção barril está relacionada, normalmente, com as objetivas grandes angulares, em que podemos identificar o centro da imagem mais magnificado do que as bordas. Visualmente, as bordas ficam levemente curvadas para fora, enquanto o centro fica com a sensação de estar reto. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 43 Fonte: Felipe Marini (2021). 2. Almofada A distorção almofada está, normalmente, relacionada às teleobjetivas, em que podemos identificar as bordas das imagens mais magnificadas do que o centro. Dessa forma, o efeito visual é que centro fica reto, enquanto as bordas ficam curvadas para dentro. Fonte: Felipe Marini (2021). 3. Complexa A distorção complexa é a junção das duas distorções anteriores, o que acontece, normalmente, com objetivas zoom e não com objetivas fixas. Nesse tipo de distorção, o centro da imagem apresentará características da distorção barril, enquanto as bordas da imagem apresentarão a distorção almofada. Fonte: Felipe Marini (2021). 44Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Aberrações As aberrações são classificadas, a princípio, como defeitos óticos causados pelas lentes. Mas, em alguns casos, esses efeitos podem ser propositais e, dessa forma, passam a ser chamados de efeitos. Os efeitos mais comuns são: flare, vinheta e cromática. 4. Flare O flare nada mais é que um desvio de luz que acontece dentro da objetiva. Por isso, causa um efeito bem característico. O efeito do flare pode ser adicionado por intermédio de software, mas, dificilmente, pode ser retirado, pois ela altera o contraste, a nitidez e a saturação da cor na imagem, de forma pontual. Outro ponto importante na questão do flare é que ele acontece de acordo com o ângulo que a luz atinge a objetiva e pode ser intensificado, caso a objetiva esteja suja. Fonte: Felipe Marini (2021). 5. Vinheta A vinheta é um efeito de leve sombreamento, que ocorre nas bordas da imagem, de acordo com o ângulo de visão utilizado. Normalmente, isso sucede nos ângulos mais fechados, ou seja, com o uso das teleobjetivas. O sombreamento acontece devido à perda de intensidade da luz periférica, ao percorrer um caminho maior; e pelo próprio corpo da objetiva, que bloqueia parte dessa luz. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 45 Fonte: Felipe Marini (2021). 6. Cromática O efeito de aberração cromática, normalmente, ocorre com objetos que possuem bordas ou pontas bem definidas, em parte da cena, com um alto contraste. É possível identificar bordas coloridas, que podem ser: verdes, magentas ou cianas. Essas bordas coloridas acontecem, pois, as cores caminham em ondas diferentes e assim atingem o sensor em pontos diferentes. Fonte: Felipe Marini (2021). 46Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 3.6 Zoom ótico e zoom digital A ferramenta zoom nada mais é que uma objetiva que possui uma lente com distância focal variável, ou seja, a mesma lente pode aumentar ou diminuir o ângulo de visão que possui. Isso é possível na maioria das câmeras fotográficas, pois as objetivas possuem um corpo físico maior, o que reflete em mais espaço para as lentes poderem criar esses diferentes ângulos de visão. Nos aparelhos celulares, isso não é possível devido ao pequeno espaço físico que possuem, assim, os fabricantes aproveitam a possibilidade de trabalhar com mais de uma lente nos aparelhos e, assim, conseguem diferentes ângulos de visão. No zoom digital, ao acionarmos o zoom, estamos, simplesmente, trabalhando com uma área menor do sensor, o que nos dá a sensação de aproximação, mas isso afeta, diretamente, a qualidade da imagem de forma negativa, o que faz com que não seja aconselhável utilizá-lo. Referências AGOSTINI, Daniela. Fotografia: um guia para ser fotógrafo em um mundo onde todos fotografam / Daniela Agostini, Heloísa Alessio, Thomas Degen. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2019. HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia: guia completo para todos os formatos / John Hedgecoe; tradução de Assef Nagib Kfouri e Alexandre Roberto de Carvalho. – 3ªed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007. Präkel, David. Composição / David Präkel; tradução Mariana Belloli; revisão técnica: Rodolpho Pajuaba. – Porto Alegre. Editora Bookman, 2010. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 47 Comunicação Fotografia Institucional Luz 3Módulo 48Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Módulo Luz3 Olá! Desejamos boas-vindas ao módulo 3 do curso Fotografia Institucional. É um prazer ter você como participante e auxiliar na construção do seu conhecimento acerca desse tema. Neste módulo abordaremos os seguintes tópicos: • Contraste; • Direção; • Cor; • Teoria das cores. Desejamos um excelente estudo! Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 49 1. Contraste Objetivo de aprendizagem Compreender a física da luz e suas cores, além dos efeitos causados pela natureza, direção e cor da luz. 1.1 Brilho e Contraste Antes de estudar e aprender as características da luz, é preciso defini-la e entender a sua importância na fotografia. O que é Luz? Luz é uma energia chamada radiação eletromagnética, que caminha em ondas de frequências eletromagnéticas variadas, e estas determinam a cor da luz. A luz visível ao olho humano é uma pequena parte do espectro eletromagnético. Serão apresentadas quatro características da luz visível, nas próximas unidades. Quanto maior for o conhecimento e o domínio acerca dessas características, mais fácil será para se obter o resultado desejado. Em primeiro lugar, vamos falar acerca do brilho da luz! 50Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Brilho Talvez seja a característica da luz mais fácil para se definir, pois trata-se da intensidade da luz. A intensidade da luz pode ser mais forte ou mais fraca. O mais comum é não se ter controle sobre a intensidade da luz, a não ser que seja uma luz artificial, por exemplo, uma lâmpada com dimmer. Fonte: Felipe Marini (2021). Contraste O contraste é um conceito difícil de se definir, apesar de ser bem presente no dia a dia. Pense por um instante qual a definição de contraste! Se você pensou em luz e sombra, ótimo! Isso é um bom exemplo de contraste, mas não é a definição! Pense em algum exemplo de contraste social! Qual a relação entre todos esses exemplos? O contraste nada mais é que a diferença existente entre dois pontos opostos. Exemplos: luz e sombra; rico e pobre; alto e baixo. Vamos pensar na luz e sombra, um dos exemplos que falamos. Cuidado! Já que estamos falando que o contraste é uma característica da luz; e que sombra é ausência da luz. EnapFundação Escola Nacional de Administração Pública 51 Existe uma luz contrastada e uma luz não contrastada. Para podermos identificar que tipo de luz estamos analisando, é preciso entender que tipo de sombra essa luz projeta. Luz contrastada Uma fonte de luz tem contraste acentuado, quando seus raios atingem o objeto, quase no mesmo ângulo. Chamamos a luz contrastada de luz dura. A luz dura cria sombras bem definidas e marcadas, e acontece quando a fonte de luz for pequena, estiver próxima do assunto e apontada para ele, de forma direta. Luz não contrastada Uma fonte de luz de baixo contraste acontece quando seus raios atingem o objeto em diferentes ângulos. Chamamos a luz não contrastada de luz suave. A luz suave cria sombras sem definições e difusas, e acontece quando a fonte de luz for grande, quando estiver distante do assunto e apontada para ele, de forma indireta, que pode ser rebatida ou difundida. 52Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 2. Direção Objetivo de aprendizagem Compreender a física da luz e suas cores, além dos efeitos causados pela natureza, direção e cor da luz. 2.1 Direção A direção da luz sempre estará relacionada à posição da câmera ou do aparelho celular. Dessa forma, podemos pré-visualizar as sombras que serão projetas e, assim, realçar ou disfarçar características do assunto fotografado, além de criar bons ou maus resultados. Há cinco classificadas de direções, que vamos conhecer, agora. Frontal A luz vinda da direção da câmera será a luz frontal, e iluminará a frente do objeto. A luz frontal diminui o volume e reduz a textura do assunto fotografado, já que a parte visível está inteiramente realçada por essa luz. Uma das características da luz frontal é criar uma foto chapada e deixar as cores com maior intensidade. Lateral A luz lateral cria profundidade e realça texturas. Quando usada em perpendicular à câmera, cria uma sombra profunda do lado oposto, mais comumente, em ângulo de 45 graus. A luz lateral dá volume e textura ao assunto, além de sombras, o que deixa as cores naturais. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 53 Superior A luz com direção superior, normalmente, não favorece o rosto humano, devido à sombra que cria, principalmente, nos olhos e boca. Esta é a luz mais comum, pois é a luz do sol ou a luz do teto das salas ou postes da rua. Dessa forma, não possui características próprias, mas acaba se misturando com as demais. Inferior Raramente utilizada na fotografia de pessoas, a luz inferior cria um clima fantasmagórico, e altera a fisionomia da pessoa retratada. Contraluz A contraluz não trará volume ou textura ao objeto fotografado, a não ser que o objeto seja translúcido. Vinda da parte detrás do assunto, a parte iluminada fica escondida da câmera, o que cria a silhueta do objeto. Características da contraluz são: o contorno de sombra ou de brilho do objeto; e cores alteradas, caso o objeto seja translúcido. 54Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 3. Cor Objetivo de aprendizagem Compreender a física da luz e suas cores, além dos efeitos causados pela natureza, direção e cor da luz. 3.1 Cor e WB O que é cor? Para estudar esse assunto é preciso defini-lo, o que é difícil, pois todos sabem o que é cor, mas não é comum que se peça para explicá-la. De uma forma simples, a cor é um evento. Por que um evento? Para que um evento aconteça, são necessários alguns fatores. No caso da cor, são necessários três fatores: a cor da luz que ilumina; a cor do objeto iluminado (pigmento); e quem observa o objeto. Se for alterado qualquer um desses elementos, a cor pode variar, também; por isso, a cor é definida como um evento. Sabendo disso, vamos tratar dos dois primeiros fatores que determinam a cor: a luz que ilumina; e a cor do objeto, ou seja, seu pigmento. A luz A luz de cor branca será sempre a referência da visão humana, uma vez que ela não altera as cores da cena e mantém a cor original. A única luz branca natural é a luz do sol, em situações bem singulares, isso inclui horários e locais geográficos específicos. A luz solar emite uma grande quantidade de ondas eletromagnéticas, e parte delas é invisível; e outra, visível ao olho humano. O físico Isaac Newton observou que, quando a luz solar atravessa uma pirâmide de cristal polido, a luz que consideramos branca, é decomposta em diversas luzes coloridas e, assim, é gerado um pequeno arco-íris. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 55 Isaac Newton, então, concluiu que a luz branca é a soma de todas as cores. E as cores que formam a luz branca transitam de uma para outra, de forma bem gradual, sem passagens abruptas. Fonte: Felipe Marini (2021). Existem três cores que são mais evidentes e que Newton observou que alcançavam uma distância maior. Essas cores só são possíveis obtê-las, a partir da luz branca, por isso, chamou-as de cores primárias, que são: vermelho (R), verde (G) e azul (B). Ao somar essas três cores, obtém-se a luz branca, novamente, e se misturarmos somente duas cores, obtemos as chamadas cores secundárias, ou cores complementares. 56Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública As três cores primárias (RGB), somadas em partes variáveis, produzem todas as outras cores do espectro luminoso, e nenhuma soma de outras cores podem produzir o vermelho, o verde ou o azul, quando falamos de luz. Esse é o princípio de adição de cores: para chegarmos à luz branca é necessário somar todas as cores. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 57 Sombra A visão humana está sempre buscando corrigir qualquer cor de luz que apareça. Dessa forma, a sombra projetada pela luz terá sempre a cor oposta ou complementar à fonte de luz. Exemplo: a sombra de um prédio projetada durante um fim de dia será azulada, já que a luz do sol, nesse horário, é amarelada. Pigmento Compreendida a cor da luz e sua influência sobre o objeto, vamos tratar, agora, da cor do objeto, seu pigmento. As cores que vemos nos objetos são, na realidade, a luz refletida que enxergamos, influenciada pelo pigmento do objeto. Pense na luz branca como referência. Ao iluminar determinada superfície colorida — por exemplo, uma superfície verde —, a luz verde será refletida, enquanto o restante das outras cores será absorvido pelo objeto iluminado. É dessa forma que enxergamos as cores dos objetos. Diferente da luz — que somamos as cores para obter a luz branca —, quando trabalhamos com pigmento, estamos subtraindo as cores, pois, ao iluminar determinado objeto, ele absorverá parte dessa luz e refletirá somente a cor do pigmento do objeto. 58Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Dessa forma, quando falamos de pigmento, refere-se a um processo de subtração de cores, enquanto, na luz, é um processo de adição. O pigmento é composto por três características que determinam a cor, são eles: matiz, saturação e tom. Matiz é o aspecto cromático em si, é a forma como determinamos as diferentes longitudes de ondas eletromagnéticas. Assim, temos os matizes: vermelho, amarelo, azul e assim por diante. Saturação está relacionada à pureza da cor. Quanto maior a pureza da cor, mais saturada será. Para uma melhor compreensão, ao diminuir a saturação, o objeto começará a ficar acinzentado. Tom indica a intensidade de luz, quanto mais intensa a luz, mais clara ficará a cor refletida do objeto. Na ilustração, a seguir, o círculo do centro representaria a cor real. WB Vimos tudo isso acerca de cor, para podermos compreender o funcionamento do WB. WB é a sigla para White Balance, também chamado de balanço de branco ou equilíbrio de branco. A função do WB é corrigir a cor da luz que está sendo registrada. Assim, formatemos uma imagem com as cores reais. Pelo menos essa é a ideia, mas, na prática, podemos ter alguns problemas para conseguirmos chegar nas cores reais, ou ainda, podemos alterar as cores de acordocom nosso desejo. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 59 Não são todos os aparelhos celulares que permitem o uso livre da função WB, em alguns aparelhos, essa função estará disponível somente no automático. Naqueles aparelhos em que é possível escolher, manualmente, essa função, teremos algumas opções pré-determinadas de WB. Isso pode mudar, de aparelho para aparelho, mas as opções são: automático; luz do dia; sombra; nublado; fluorescente; incandescente; e em alguns casos, flash. Fonte: Felipe Marini (2021). A escolha do WB influenciará, consideravelmente, nas cores da cena fotografada; por isso, o cuidado para escolhê-lo e o conhecimento antecipado é necessário para prever o que pode acontecer com a cena. Fonte: Felipe Marini (2021). 60Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 4. Teoria das Cores Objetivo de aprendizagem Compreender a física da luz e suas cores, além dos efeitos causados pela natureza, direção e cor da luz. 4.1 Teoria das cores (Cores quentes, Cores frias, Psicologia das cores) A cor é a característica mais emotiva da superfície de qualquer objeto. A cor está relacionada, diretamente, com a emoção sentida e transmitida por uma imagem. Lembrando que cor é luz, então, a cor é emitida pela fonte de luz que ilumina a cena, quanto pela luz refletida do objeto iluminado. Por isso, o cuidado com a cor é tão importante. Mais um ponto importante a ser lembrado, as emoções criadas por intermédio das cores emitidas pela luz são diferentes das emoções criadas a partir das cores dos objetos. Cores quentes e cores frias Quando se pensa em teoria das cores, o primeiro aspecto lembrado é a classificação entre as cores quentes e frias. A base dessa classificação está na aproximação de algumas cores com o fogo e outras cores com o gelo. Dessa forma, cores como vermelhos, laranjas, amarelos e variações são consideradas cores quentes, enquanto as azuis e verdes são denominadas cores frias. Círculo cromático Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 61 A classificação de vermelhos e amarelos como cores quentes; e azuis e verdes como frias, podem ser muito simplórias, devido à grande quantidade de variações de cores existentes. Apesar disso, essa definição é bem conhecida e utilizada, o que ajuda na compreensão de outros pontos da teoria das cores. O modo como essa classificação impacta a imagem pode variar em sensações diferentes. Normalmente, as cores quentes causam emoções mais positivas, como: alegria, agitação, aconchego, intimidade; mas, também, podem causar desconforto como sufocamento e irritabilidade. Já as cores frias criam emoções mais negativas, como: solidão, doença, morte, frio e depressão, mas também podem trazer sensações de paz, tranquilidade e relaxamento. Cores contrastantes Cores contrastantes são aquelas em posições opostas no círculo cromático, também conhecidas por cores complementares, pois, quando juntas, serão transformadas na cor branca, quando falamos em luz. Trabalhar com cores contrastantes criará tensão, dará destaque à cena. 62Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Cores análogas Cores análogas são aquelas que aparecem lado a lado no círculo cromático. Enquanto as cores contrastantes criam uma tensão na imagem, as cores análogas trazem uma sensação de calmaria. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 63 Referências AGOSTINI, Daniela. Fotografia: um guia para ser fotógrafo em um mundo onde todos fotografam / Daniela Agostini, Heloísa Alessio, Thomas Degen. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2019. HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia: guia completo para todos os formatos / John Hedgecoe; tradução de Assef Nagib Kfouri e Alexandre Roberto de Carvalho. – 3ªed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007. Präkel, David. Composição / David Präkel; tradução Mariana Belloli; revisão técnica: Rodolpho Pajuaba. – Porto Alegre. Editora Bookman, 2010. PRÄKEL, David. Iluminação / David Präkel; tradução técnica: Rodolpho Pajuaba. – Porto Alegre: Editora Bookman, 2010. VILLEGAS, Alex. O Controle da Cor – Gerenciamento de cores para fotógrafos / Alex Villegas. – Santa Catarina: Editora Photos, 2009. 64Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Comunicação Fotografia Institucional Digital 4Módulo Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 65 Módulo Digital4 Olá! Desejamos boas-vindas ao módulo 4 do curso Fotografia Institucional. É um prazer ter você como participante e auxiliar na construção do seu conhecimento acerca desse tema. Neste módulo abordaremos os seguintes tópicos: • Resolução, Proporções, Tamanho para redes sociais; • Formatos; • Armazenamento/Backup; • Software de edição de imagens. Desejamos um excelente estudo! 66Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 1. Resolução, proporções e tamanhos para redes sociais Objetivo de aprendizagem • Diferenciar as resoluções, de acordo com a necessidade. • Identificar as diferentes proporções e suas funcionalidades. • Identificar os tamanhos de imagens para redes sociais e adequar as imagens, da melhor forma. 1.1 Resolução para tela As fotografias digitais são formadas por meio de milhões de pequenos quadrados chamados pixel. Cada pixel grava uma informação de intensidade e cor de luz. Os pixels são microscópicos, como de uma tela de LCD, só que enquanto essa tela emite luz para formar a imagem, o sensor fotográfico captura luz. Resolução da câmera Indica a quantidade de pixels que o sensor possui, ou seja, que formam a imagem. Por exemplo: 5.304 x 7.952 = 42.177.408, aproximadamente, 42 milhões de pixels (42 mp). Fonte: Felipe Marini (2021). Quanto maior a resolução da câmera, em maior tamanho a imagem pode ser visualizada, tanto de forma impressa quanto em um monitor. Também, o arquivo fica mais pesado, devido à maior quantidade de informação capturada pelo sensor. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 67 Quando se fala a respeito de alta ou baixa resolução, isso não está relacionado à qualidade da imagem. A qualidade depende de outros fatores, menos o tamanho do sensor. Claro que, quanto maior o sensor, maior a imagem produzida e em maior tamanho ela poderá ser visualizada, mas isso não quer dizer que terá mais qualidade. Alta e baixa resolução Quando imprimimos uma imagem digital, os pixels vistos na tela do computador são transformados em pontos de tinta, que tendem a ser menores que os pixels do monitor. Dessa forma, é preciso aproximá-los para que possam, lado a lado, formar uma imagem nítida. Como a resolução de um monitor e uma foto impressa são diferentes, também, é preciso trabalhar com essa informação de forma diferente. Assim, convencionalmente, a imagem no monitor terá uma resolução de 72 dpi (dot per inchs/pontos por polegadas), enquanto imagens a serem impressas devem ter 300 dpi. Fonte: Felipe Marini (2021). Para identificarmos o tamanho da imagem na tela do computador, (ampliação em 100%) ou o tamanho da imagem impressa, devemos fazer a seguinte conta: Monitor Largura (7952 / 72) x 2,54* = 280cm Altura (5304 / 72) x 2,54* = 187cm 68Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Papel Largura (7952 / 300) x 2,54* = 67cm Altura (5304 / 300) x 2,54* = 44cm *2,54cm = 1 polegada Fonte: Felipe Marini (2021). 1.2 Interpolação Quando uma imagem é ampliada, é preciso adicionar novos pixels que ocupem a área criada. Para isso a cor e intensidade de luz são calculadas com média nos pixels ao redor. Como consequência disso a imagem perde nitidez e é criado um halo nas bordas mais contrastantes. Esse problema de perda de nitidez só acontece no momento em que o arquivo digital é interpolado, quando o arquivo tem o tamanho reduzido não existe a perda de qualidade, somente a redução do tamanho do arquivo. Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 69 1.3 Proporção (aspecto ratio) A proporçãode uma imagem bidimensional é a relação matemática entre sua largura e altura. Normalmente, será representada por dois números (1:1; 3:2; 4:3; 5:4; 16:9; 21:9). Nas artes plásticas bidimensionais, as proporções de imagem têm grande variedade e não existe padronização para elas. Já nas artes gráficas, apesar da grande flexibilidade das plataformas, existem alguns padrões pré-determinados, como revistas, banners e outdoors. A maior necessidade de padronização acontece com a fotografia e o vídeo, devido às câmeras utilizadas para a captura das cenas. As proporções mais comuns são: Fonte: Felipe Marini (2021). 1:1 – Proporção quadrada – uso indicado para Instagram. 3:2 – Proporção retangular mais tradicional (proporção dos filmes 35mm). Fonte: Felipe Marini (2021). 70Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Fonte: Felipe Marini (2021). 4:3 – Proporção retangular mais comum em celulares. É quando se obtém a maior resolução que os celulares permitem, pois utiliza o sensor por completo. 5:4 – Proporção retangular menos comprida, mais próxima ao quadrado, também muito utilizada no Instagram. Fonte: Felipe Marini (2021). Fonte: Felipe Marini (2021). 16:9 – Proporção retangular mais cumprida (widescreen). Uso indicado para papel de parede e descanso de tela. Formato bem utilizado para Stories e reels na posição vertical. 21:9 – Chamado de Ultrawide é um formato muito popular para filmes de cinema, alguns modelos de celulares e monitores também trabalham nessa proporção. Fonte: Felipe Marini (2021). Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 71 1.4 Cuidados com a proporção e o uso final da imagem A maioria dos sensores dos celulares atuais possui a proporção 4:3. Isso significa que, ao imprimir a foto, em papel, no tamanho 10x15 cm, que possui a proporção 3:2 ou postá-la no Instagram, que pode ser 1:1 ou 5:4, a imagem não se encaixará na proporção do destino. Nessa situação, o melhor a ser feito é o reenquadramento das fotos na proporção desejada, para não haver o risco de partes importantes da imagem serem cortadas de forma errada. Ao imprimir a foto, em papel, com proporções diferentes, podemos tomar dois caminhos. Temos a opção de cortar parte da foto ou criar margens brancas na imagem, de forma desproporcional. Fonte: Felipe Marini (2021). Fonte: Felipe Marini (2021). 72Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 1.5 Redes sociais Ao trabalhar com redes sociais é essencial adequarmos as imagens, de acordo com cada rede, pois elas possuem tamanhos e proporções diferentes, nas janelas das imagens. Instagram • Foto perfil: 720 x 720px • Feed Square: 1080 x 1080px • Feed Landscape: 1080 x 566px • Feed Portrait: 1080 x 1350px • Stories:1080 x 1920px Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 73 Facebook • Perfil: 180 x 180px • Capa: 851 x 315px • Capa para grupos: 640 x 334px • Capa para eventos: 1920 x 1080px • Post com imagem: 1200 x 1200px • Post com link e imagem: 1200 x 628px • Stories: 1080 x 1920px • Anúncio imagem única: 400 x 500px • Anúncio link e imagem: 1080 x 1080px • Anúncio carrossel: 1080 x 108px 74Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Twitter • Perfil: 400 x 400px • Capa: 1500 x 500px • Post imagem: 600 x 335px • Post imagem: 1200 x 1200px • Post link e imagem: 800 x 418px • Post link e imagem: 800 x 800px Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 75 Linkedin • Perfil: 300 x 300px • Capa: 1536 x 768px • Post imagem: 1200 x 1200px • Post link e imagem: 1200 x 627px 76Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública YouTube • Perfil do canal: 800 x 800px • Capa do canal: 1546 x 423px • TV: 2560 x 1440px • Desktop: 2560 x 423px • Tablet: 1855 x 423px • Smartphone: 1546 x 423px • Thumbnail: 1280 x 720px Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 77 Pinterest • Perfil: 720 x 720px • Pin: 1000 x 1500px • Capa pasta: 200 x 200px WhatsApp • Perfil: 192 x 192 px • Thumbnail de imagem na conversa: 600 x 600 px • WhatsApp Status: 1080 x 1920 px 78Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 2. Formatos Objetivo de aprendizagem Identificar os formatos e suas funções, de acordo com a necessidade de cada situação. 2.1 JPEG, RAW, TIFF, PSD e PNG JPEG O JPEG (Joint Photographic Experts Group) é o formato de imagem digital, largamente utilizado, atualmente. Todos os dispositivos são aptos para criar e ler arquivos JPEG, que têm a nitidez, contraste, saturação e tonalidade naturalmente manipulados. Isso porque os dispositivos possuem pré-definições inteligentes para cenas específicas, que são reconhecidas pelo processador e, assim, criam um melhor resultado para cada foto. Os arquivos em JPEG são menores devido à compressão que sofrem ao serem criados. Essa compressão serve somente para que ocupem menos espaço, mas isso implica perda de qualidade na nitidez e na profundidade de cor, porque são criados somente em 8 bits por canal de cor. RAW O arquivo RAW (“bruto” em tradução livre) não possuem uma extensão como o JPEG, TIFF, PSD ou PNG. Ele representa uma família de arquivos que são únicos e criados, especificamente, para cada câmera e processador, por isso o nome RAW. As extensões dos arquivos RAW variam, de fabricante para fabricante. São mais comuns em câmeras fotográficas profissionais, mas é possível trabalhar em RAW com alguns celulares. São arquivos mais complexos e difíceis de trabalhar, pois, devido à sua singularidade, não é possível abri-los com qualquer software. São necessários softwares específicos ou atualizados para abrir e visualizar os arquivos RAW. Como o arquivo RAW não sofre compressão, ele possui muito mais informação, o que gera arquivos maiores e melhores para um tratamento posterior. Devido à sua singularidade, não podem ser manipulados. Então, a captura é real, e para alterar qualquer característica desse arquivo, é necessário criar um arquivo de leitura com as alterações realizadas ou uma cópia em outro formato, pois o arquivo RAW é inalterável, o que dá, a ele, uma característica única de fidelidade. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 79 TIFF Formato muito utilizado para imagens em processo de manipulação pós captura, o TIFF (Tagged Imagem File Format), possui diversas formas de compressão, mas toda a compressão serve para reduzir o tamanho do arquivo, no momento de armazenamento. No entanto, quando aberto em software para edição, mantém toda informação original. O TIFF não é um arquivo criado direto da câmera, e sim após a edição do arquivo. É um arquivo bem flexível, quando é necessária uma manipulação mais profunda e avançada; possui um padrão aberto, e é possível visualizá-lo em qualquer plataforma — diferente do PSD que é mais fechado e limitado —, porém está sempre desatualizado, em relação ao PSD. Não é adequado para internet, devido ao seu tamanho. São arquivos grandes, mas com limitação de até 4 GB por imagem. PSD O PSD (Adobe Photoshop Document) possui as mesmas características do arquivo TIFF, porém, como é criado pela Adobe, responde melhor aos softwares da própria Adobe. Devido ao grande alcance da Adobe, atualmente, é um formato muito utilizado; por isso, outros softwares também permitem trabalhar com ele. Como é uma criação da Adobe, está sempre sendo atualizado e melhorado, o que se torna vantajoso, em comparação ao TIFF. PNG Por último, o PNG (Portable Network Graphics) é um formato menos conhecido, mas tem ganhado um espaço considerável, em relação ao JPEG, pois tem características muito parecidas com ele. Porém, sua compressão mostra resultados melhores, quando comparado ao JPEG e ainda existe a possibilidade de salvar o arquivo com camada transparente, o que em JPEG não é possível fazer. 80Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 3. Armazenamento e Backup Objetivo de aprendizagem Compreender a forma de se fazer backup e os cuidados necessários para manter as imagensem segurança. 3.1 Dispositivos para armazenamento Com a maravilha da fotografia digital, nunca foram criadas tantas imagens como tem sido, atualmente. Só que é preciso criarmos o costume de fazer backups, pois a qualquer momento, podemos perder milhares de fotos, se não tomarmos os cuidados devidos. Isso acontece porque, na maioria das vezes, as fotos que fazemos ficam armazenadas no computador ou no celular, e infelizmente esses dispositivos podem falhar e, assim, perdermos tudo. Dessa forma, o backup é algo que se tornou necessário, atualmente, e é preciso saber fazê-lo, para mais tarde não termos preocupações ou frustrações por incidentes de perdas. Agora, o que é o backup e como fazê-lo? O backup nada mais é que uma cópia de segurança do seu material, que pode ser armazenado em diversas formas e locais, mas a ideia é que não seja manuseado com frequência e que fique em local seguro. O ideal é que o backup não seja o HD do seu computador compartilhado, ou, então, um HD externo que você utilize em diversos locais diferentes ou carregue para locais diferentes com frequência. Ou seja, o backup é uma cópia de seus arquivos que você guarda em local seguro e acessa somente em casos necessários, ou quando precisar atualizar ou inserir conteúdo novos. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 81 3.2 Dispositivos para armazenamento e cuidados Pen-drive: • Dispositivo rápido para transporte de arquivos relativamente pequenos. • Cuidados: Quedas e objetos magnéticos. Tempo de vida indeterminado. Cartão de memória: • Dispositivo para armazenamento temporário. • Cuidados: Quedas e objetos magnéticos. Tempo de vida indeterminado. CD’s e DVD’s: • Dispositivos para armazenamento contínuo. • Cuidados: Quedas e objetos abrasivos. Tempo de vida, em média, de sete anos. HD externo: • Dispositivo para armazenamento contínuo. • Cuidados: Quedas e descargas elétricas. Tempo de vida indeterminado. HD storage: • Dispositivo para armazenamento contínuo. • Cuidados: Descargas elétricas. Tempo de vida indeterminado. Nuvens: • Dispositivo virtual para armazenamento contínuo. • Cuidados: Necessário acesso à internet. Tempo de vida indeterminado. 82Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 4. Software de edição de imagem Objetivo de aprendizagem Compreender o funcionamento de imagens digitais e os cuidados necessários para uma edição com software dedicados e as funcionalidades básicas do software. 4.1 Tipos de edição Edição A edição de imagens nada mais é que a etapa em que são selecionadas as fotos a serem trabalhadas. É na parte de edição que classificamos as fotos, ordenamos e definimos a forma de sua apresentação final. É algo parecido com escolher a decoração de uma nova casa, onde temos diversos móveis e acessórios para escolher e que precisam combinar e criar um ambiente agradável. Tratamento O tratamento consiste nos ajustes básicos de uma fotografia, algo que já é feito direto na câmera, só que, agora, com mais controle e opções de ajustes. É no tratamento que vamos realçar ou suavizar elementos da cena, podemos clarear ou escurecer a imagem, como um todo, ou trabalhar com determinadas intensidades de luz, além de ter mais controle sobre o contraste e as cores da cena. Por fim, podemos fazer ajustes mais finos, ao alinhar e nivelar a cena, além de correções de defeitos, como aberrações cromáticas, esféricas e de ruído. Manipulação Na manipulação, é onde o céu se torna o limite. Com a utilização de softwares mais avançados, podemos trabalhar com toda a criatividade na imagem. Podemos alterar características reais dos objetos da cena, além de adicionar ou retirar objetos da cena, trabalhar com textos e manipulações, em pontos específicos. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 83 4.2 Tipos de Softwares Existem um grande número de softwares ou aplicativos (App) especializados em imagens, mas todos eles trabalharão somente de duas formas distintas. Eles podem trabalhar da forma de edição destrutiva ou a edição não destrutiva. Edição não destrutiva Nesse caso, a estrutura do software ou App é diferente do convencional, pois para trabalhar com a edição não destrutiva, o software não trabalha sobre o arquivo original. Ao abrir um arquivo em um software de edição não destrutiva, é criada uma cópia virtual do arquivo original e, dessa forma, toda alteração realizada, é mostrada de forma virtual, o arquivo original continua intacto. Não é necessário salvar ou se preocupar com o processo, já que o arquivo original só sofrerá as alterações, quando for exportado e, assim, é criada uma cópia, com as alterações adicionadas. Edição destrutiva Já na edição destrutiva, tudo o que é alterado, é feito no arquivo original. Assim, é preciso mais cuidado, pois há o risco de estragar o arquivo e perder o trabalho por completo. Na edição destrutiva, o mais recomendado é trabalhar com arquivos TIFF ou PSD, que suportam melhor as alterações e ainda podem trabalhar com camadas em seus arquivos, em que cada camada terá um tratamento diferente, o que os arquivos JPEG e PNG não permitem fazer. 4.3 Metadados São dados que servem para descrever um dado principal, e evidenciar a utilidade das informações dos dados. Apesar de ser um assunto muito falado, na atualidade, o conceito de metadados é muito antigo e sempre foi muito utilizado. A função dos metadados é de organização, por exemplo, etiquetar arquivos de determinado assunto por cores, ou caixas diferentes, isso pode ser descrito como metadados. 84Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Os antigos, na Suméria, e os escribas romanos utilizavam essa técnica para organizar os documentos, seja por assunto, autor ou qualquer outro tipo de informação. O que faz o assunto ser tão atual e procurado é a questão do volume de dados que criamos, devido à questão digital e a maior dificuldade que temos para organizar isso. Todos os dispositivos digitais geram metadados, a partir do momento que criamos um dado. Por exemplo, uma foto que, ao ser criada, contém a informação de localização por meio do GPS, a data e hora do registro, e, dependendo do aparelho, possui reconhecimento facial e muitas outras informações. Tudo isso são metadados da fotografia criada. Veja alguns dos metadados mais comuns, que estão na internet: • números de telefone; e-mails; nomes de usuários de determinado endereço da internet; • dados de localização; • uso de celular; • data e hora de ligações, e-mails, fotos etc.; • informações do aparelho que está sendo utilizado; • títulos e assuntos de e-mails. É necessário muito cuidado com os metadados, pois eles podem conter informações confidenciais. Além disso, alguns dispositivos são passíveis de manipulação de dados, e assim, podem expor informações não autorizadas. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 85 É importante analisar quais metadados podem ser anexados ao sistema, e quais aplicativos serão utilizados, para não deixar rastros daquilo que não deve ser exposto. A principal função dos metadados é catalogar e recuperar dados dentro da web semântica. A web semântica tem a capacidade de busca por assuntos, sons ou imagens, é a web inteligente. Ela utiliza os metadados para filtrar, facilitar e recuperar dados, por meio de informações definidas. São três tipos básicos de metadados, descritos, a seguir. • Estruturados: representados por uma estrutura rígida, previamente pensada para armazenamento, como formulários com campos para nomes, telefones e outras informações pré-definidas. • Não estruturados: representados de forma flexível e sem estrutura. Por exemplo, um arquivo de texto no Word. • Semi estruturados: são dados que possuem estrutura, mas com flexibilidade, sem uma imposição de formato. Fonte: Felipe Marini (2021). 86Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Referências AGOSTINI, Daniela. Fotografia: um guia para ser fotógrafo
Compartilhar