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Caderno de curso - Fotografia Institucional

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Prévia do material em texto

Comunicação
Fotografia Institucional
Linguagem fotográfica/composição
1Módulo
Enap, 2022
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
Conteudista/s 
Felipe Oliveira Marini.
Sumário
Módulo 1 - Linguagem fotográfica/Composição
1. Enquadramento ....................................................................................................6
1.1 Introdução .................................................................................................................... 6
1.2 Encher o quadro .......................................................................................................... 7
1.3 Pontos de vista ............................................................................................................. 8
2. Regra dos terços e Espaço vazio ........................................................................10
2.1 Regra dos terços ........................................................................................................10
2.2 Espaço vazio ...............................................................................................................12
3. Cortes, formas e linhas ......................................................................................14
3.1 Cortes ..........................................................................................................................14
3.2 Formas e Linhas .........................................................................................................18
3.3 Perspectiva .................................................................................................................20
3.4 Diagonal ......................................................................................................................21
Módulo 2 – Recursos do aparelho
1. Exposição .............................................................................................................24
1.1 Sensibilidade do ISO..................................................................................................24
1.2 Velocidade do Obturador .........................................................................................26
1.3 Fotometria ..................................................................................................................29
1.4 High Dynamic Range (HDR) ......................................................................................33
2. Foco .......................................................................................................................35
2.1 Foco automático ........................................................................................................35
2.2 Foco Manual ...............................................................................................................36
2.3 Foco com reconhecimento facial .............................................................................37
2.4 Recursos para aparelhos com mais de uma lente ................................................37
3. Objetivas ..............................................................................................................39
3.1 Distância focal ............................................................................................................39
3.2 Objetiva normal .........................................................................................................40
3.3 Objetivas grandes angulares ....................................................................................40
3.4 Teleobjetivas ..............................................................................................................41
3.5 Distorções e aberrações ...........................................................................................42
3.6 Zoom ótico e zoom digital ........................................................................................46
Módulo 3 - Luz
1. Contraste .............................................................................................................49
1.1 Brilho e Contraste ......................................................................................................49
2. Direção .................................................................................................................52
2.1 Direção ........................................................................................................................52
3. Cor .........................................................................................................................54
3.1 Cor e WB .....................................................................................................................54
4. Teoria das Cores ..................................................................................................60
4.1 Teoria das cores (Cores quentes, Cores frias, Psicologia das cores) ...................60
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Módulo 4 - Digital
1. Resolução, proporções e tamanhos para redes sociais .................................66
1.1 Resolução para tela ...................................................................................................66
1.2 Interpolação ...............................................................................................................68
1.3 Proporção (aspecto ratio) ........................................................................................69
1.4 Cuidados com a proporção e o uso final da imagem ...........................................71
1.5 Redes sociais ..............................................................................................................72
2. Formatos ..............................................................................................................78
2.1 JPEG, RAW, TIFF, PSD e PNG .....................................................................................78
3. Armazenamento e Backup ................................................................................80
3.1 Dispositivos para armazenamento .........................................................................80
3.2 Dispositivos para armazenamento e cuidados .....................................................81
4. Software de edição de imagem .........................................................................82
4.1 Tipos de edição ..........................................................................................................82
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5
 Módulo
Linguagem fotográfica/
Composição1
Olá!
Desejamos boas-vindas ao módulo 1 do curso Fotografia Institucional. É um prazer 
ter você como participante e auxiliar na construção do seu conhecimento acerca 
desse tema.
Este curso possui o objetivo de apresentar aspectos teóricos e práticos sobre a 
fotografia, bem como conhecimentos e habilidades para o manuseio do celular e 
para a produção de imagens fotográficas. 
Sugerimos que você leia o conteúdo e depois responda as questões no ambiente 
virtual na ordem em que estão dispostos. Mas você é livre para fazer isso quando 
e na ordem em que achar melhor - dentro do período de duração do curso. Só 
não deixe de garantir que fez tudo, para não ter problemas com a obtenção do 
certificado ao final do curso!
Desejamos um excelente estudo!
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Enquadramento
Objetivo de aprendizagem
Identificar as regras de composição e compreender a melhor 
forma de aplicá-las.
1.1 Introdução
O ser humano é um ser comunicativo. Desde os primórdios da nossa história, 
sempre buscamos meios para nos comunicarmos, seja por forma audível ou visual. 
Não importa a forma que escolhemos para nos comunicar, existem regras nesses 
meios de comunicações que servempara que o comunicador seja compreendido 
pelo seu receptor. No caso da fotografia chamamos regras de composição.
Em primeiro lugar, é importante deixar claro que regras existem para serem 
quebradas, mas só é interessante quebrar uma regra a partir do momento que 
temos total domínio sobre uso dela.
Como em um texto, as regras existem para que ao ler um texto ele seja compreendido 
como um todo e não somente como um amontoado de palavras.
Serão apresentadas diversas regras de composição fotográfica, provavelmente 
algumas delas já conhecidas ou até mesmo utilizadas mesmo sem sabermos que 
são regras de composição. Quanto maior o domínio sobre essas regras, mais fácil 
será a construção da imagem pretendida e também mais fácil será quebrá-la com 
um propósito.
Tenha em mente que toda fotografia conta uma história. Até mesmo uma simples 
foto como a do nosso RG possui uma história, dessa forma é preciso ter muito claro 
que tipo de história será contada para saber quais serão as melhores regras que 
serão empregadas na construção dessa fotografia. Essa é a diferença entre uma boa 
fotografia e uma fotografia sem graça. O domínio sobre sua construção e a clareza 
da história que está sendo contada. 
Diferente de andar de bicicleta que não esquecemos após aprender, a fotografia é 
preciso a prática constante, pois se isso não acontecer, todo conhecimento adquirido 
será esquecido com o passar do tempo.
Para finalizar, nada melhor do que a prática para dominar essas regras. Vamos 
conhecer algumas regras importantes!
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 7
1.2 Encher o quadro
Encher o quadro pode não ser a regra mais importante, mas vem em primeiro lugar 
por ser uma regra simples e que muitas vezes é feita sem saber que é uma regra.
Ela basicamente consiste em se aproximar do assunto fotografado fazendo com 
que este assunto ocupe praticamente o quadro por completo.
Essa aproximação pode ser feita de forma física, chegando bem próximo ao assunto 
ou de alguma outra forma, por exemplo o zoom do equipamento fotográfico que 
está sendo utilizado.
Quando temos somente um assunto sendo fotografado, não existe discussão sobre 
qual a mensagem desta fotografia.
Ao adicionarmos mais elementos no enquadramento, é necessário maior cuidado 
para que o assunto principal não se perca entre os demais elementos.
Fonte: Felipe Marini (2021).
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1.3 Pontos de vista
A altura e o ângulo com que a fotografia será realizada, pode modificar muito a 
história que será contada. A escolha correta do ponto de vista é de extrema 
importância para a mensagem que está sendo transmitida.
O fotojornalismo e publicidade utilizam muito essa regra para influenciar seus 
espectadores.
Plongeé (Ponto de vista superior)
Ao apontar a câmera para o assunto estando em um ponto mais elevado, é 
criado a sensação de inferioridade, menosprezo, insegurança e fragilidade, isso é 
intensificado ao fotografar seres vivos como crianças e animais.
Também cria-se a sensação de diminuir e engordar o assunto fotografado.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Meia-altura (Ponto de vista normal)
Fotografar a meia-altura é fotografar na altura dos olhos do fotografado. Esse 
ponto de vista traz a sensação de intimidade e proximidade, é um ponto de vista 
mais agradável e natural.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 9
Contra-plongeé (Ponto de vista inferior)
Fotografar com o ângulo contra-plonge cria o efeito praticamente oposto ao 
plongeé. O assunto será aumentado, alongado e será criado a sensação de poder, 
superioridade e força.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Ângulo inusitado
É simples de explicar, mas exige um pouco mais de cuidado na hora de executar. 
O ângulo inusitado é qualquer ângulo fora do padrão que estamos acostumados.
Caso alguém com 1,70m de altura fotografa na altura dos olhos, mesmo que o 
observador seja mais alto ou mais baixo, esse é um ângulo considerado normal. 
O inusitado vai fugir desse padrão.
O segredo para isso é estar sempre atento e perceber o padrão que é criado 
com a rotina dessa forma visualizar novos pontos de vista que fogem do senso 
comum.
Fonte: Felipe Marini (2021).
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2. Regra dos terços e Espaço vazio
Objetivo de aprendizagem
Identificar as regras de composição e a melhor forma de aplicá-
las.
2.1 Regra dos terços
A regra dos terços tem como base a “proporção áurea” e a “sequência Fibonacci”. A 
proporção áurea ou razão áurea consiste em um número irracional, onde a soma 
de duas retas de tamanhos distintos é dividida pela reta maior e o resultado obtido 
é um número aproximado de 1, 61803398875, também conhecido como número de 
ouro.
Esse número foi denominado como PHI na matemática grega em homenagem a 
Phidias, criador da proporção áurea e um dos construtores do Pathernon.
Conhecida como proporção divina, quanto mais próximo algo chegar a esse valor 
na sua proporcionalidade e simetria, mais próximo da perfeição e do belo estará.
Leonardo de Pisa, conhecido por Fibonacci, estudando o conceito do Belo e Perfeito 
em formas da natureza cria uma sequência numérica em 1.202 que reproduz 
números que possuem a proporção áurea entre.
Essa sequência se inicia com 0, 1 o próximo número sempre será a soma dos dois 
últimos números.
Dessa forma temos o início dessa sequência assim: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21 e assim 
de forma infinita.
A proporção áurea está nessa sequência ao dividir um número pelo seu antecessor, 
chegando novamente ao número de ouro, ou seja, o 1,6180.
Como o retângulo do quadro fotográfico não é um retângulo perfeito, onde a aresta 
maior tem a relação de 1,6180 com a aresta menor, foi criada uma adaptação onde 
dividimos o enquadramento fotográfico em três colunas e três linhas.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 11
Fonte: Felipe Marini (2021).
Os pontos de intersecção entre essas linhas são os pontos de ouro da fotografia. 
São os pontos de maior interesse dentro do enquadramento fotográfico.
Apesar de todo o conteúdo histórico que essa regra de composição possui, a 
maior dica, em relação a ela é, nunca colocar o assunto fotografado no centro do 
enquadramento, sempre o coloque voltado para um dos cantos do quadro.
Fonte: Felipe Marini (2021).
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2.2 Espaço vazio
Ao escolher trabalhar com a Regra dos terços, é natural que se crie um espaço maior 
ao lado oposto do assunto fotografado, também conhecido como espaço vazio.
O Espaço vazio precisa ser bem pensado para que ele faça parte da imagem como 
um todo e não crie a sensação de que falta algo ou que não faz parte da cena final.
Normalmente o espaço vazio ficará no final da imagem, dando a ideia de continuidade 
para a mensagem que está sendo transmitida.
Sentido de leitura
A leitura de uma imagem é feita da mesma forma que texto, ou seja, da esquerda 
para direita, de cima para baixo. 
Normalmente o Espaço vazio estará adiante ao sentido de leitura.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 13
Agora, o sentido de leitura pode ser invertido, causando um impacto visual maior 
no espectador. Isto acontece, simplesmente por forçar a visão no sentido oposto ao 
que é o natural.
A forma para se inverter o sentido de leitura é livre e exige criatividade, mas pode 
acontecer da forma mais simples, uma pessoa no canto direito da foto olhando para 
o canto esquerdo, como algo mais complexo como repetições de padrões ou cores 
guiando o olhar do espectador no sentido contrário.
Fonte: Felipe Marini (2021).
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3. Cortes, formas e linhas
Objetivo de aprendizagem
Identificar as regras de composição e a melhor forma de aplicá-
las.
3.1 Cortes
Para iniciar essa unidade, o assunto abordado será enquadramento/planos, que 
consiste no espaço que serácolocado dentro do enquadramento. Isso pode variar 
de uma cena extremamente ampla onde o foco principal da foto é somente a 
paisagem, até um pequeno detalhe do assunto fotografado.
Plano panorâmico
Este enquadramento consiste em mostrar grandes porções de paisagem, o mais 
comum é não aparecer pessoas devido ao enquadramento muito aberto.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Plano geral
No plano geral, o foco continua sendo a paisagem, a diferença é que não são 
enquadramentos tão abertos. No plano geral é possível já visualizar pessoas 
na cena, mas não para identifica-las, pois o assunto principal continua sendo a 
paisagem.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 15
Plano conjunto
As pessoas agora são o assunto principal da fotografia quando se trata do plano 
conjunto. Ainda são enquadramentos abertos mostrando a paisagem, mas o foco 
principal agora são as pessoas que já podem ser identificadas e normalmente 
estão olhando para a câmera.
Quando se trata de fotografar pessoas, existe uma regra que 
diz para nunca se enquadrar a pessoa cortando próximo as 
articulações, pois dessa forma cria-se a sensação de amputar 
a pessoa retratada.
Fonte: PixaBay (2021).
Corpo inteiro
Como o próprio nome já diz sobre esse enquadramento, é mostrado o corpo por 
inteiro da pessoa fotografada e normalmente com a pessoa estando em pé.
Fonte: Felipe Marini (2021).
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Plano americano
O nome é oriundo dos filmes clássicos de faroeste onde os atores eram 
enquadrados do meio da coxa até a cabeça, para dar ênfase nos duelos de 
tiroteios.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Plano médio
Nessa regra, a única articulação aceitável para se fazer o corte, é o meio corpo ou 
plano médio, e é bem comum vê-la nas fotos.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 17
Plano médio fechado
Indo além do plano médio, temos o plano médio fechado também conhecido 
como busto, o corte é feito na altura do peito da pessoa.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Primeiríssimo plano
No primeiríssimo plano, o foco fica somente no rosto da pessoa retratada.
Fonte: Felipe Marini (2021).
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Detalhe
Por último, no detalhe ou big close, o que se mostra é somente uma pequena 
parte do assunto fotografado.
Fonte: Felipe Marini (2021).
3.2 Formas e Linhas
Formas
O cérebro humano decodifica tudo o que é visualizado em três formas básicas, que 
são: o triângulo, círculo e retângulo. 
Assim, é natural ao olho humano 
identificar essas formas e, assim, ter 
uma sensação mais agradável, ao 
reconhecê-las na imagem.
Linhas
Já as linhas, representam forças da natureza, como gravidade e vento.
Elas servem de guias para o espectador passear pela imagem, e criar, dessa forma, 
sensações diferentes, que dão dinamismo ou estabilidade para a foto. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 19
Fonte: Felipe Marini (2021).
Linhas retas representam equilíbrio, forças iguais.
Linhas levemente curvadas são forças desiguais, 
mas ainda estáveis.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Fonte: Felipe Marini (2021).
Linhas inclinadas trazem dinâmica e tensão à cena.
Linhas sinuosas remetem à beleza e à tranquilidade.
Fonte: Felipe Marini (2021).
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3.3 Perspectiva
A profundidade, o volume e a distância são alguns dos resultados obtidos, quando 
se trabalha com a perspectiva na imagem.
Por meio da perspectiva, é possível ter a sensação da terceira dimensão na fotografia. 
No entanto, lembramos que, na fotografia, só existem duas dimensões.
A perspectiva só existe quando linhas dentro da cena convergem para um ponto em 
comum, o que cria a ideia de profundidade. Esse ponto chama-se ponto de fuga.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 21
3.4 Diagonal
Colocar as linhas da cena em paralelo às do quadro produzirá uma imagem, 
teoricamente, comum e sem graça.
Trabalhar com diagonais permite criar dinamismo, prende a atenção e guia o olhar 
do espectador(a) através da fotografia, de um canto ao outro, além de dar a sensação 
de movimento à cena.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Referências
AGOSTINI, Daniela. Fotografia: um guia para ser fotógrafo em um mundo onde 
todos fotografam / Daniela Agostini, Heloísa Alessio, Thomas Degen. – São 
Paulo: Editora Senac São Paulo, 2019.
HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia: guia completo para todos os 
formatos / John Hedgecoe; tradução de Assef Nagib Kfouri e Alexandre Roberto 
de Carvalho. – 3ªed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.
Präkel, David. Composição / David Präkel; tradução Mariana Belloli; revisão 
técnica: Rodolpho Pajuaba. – Porto Alegre. Editora Bookman, 2010.
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Comunicação
Fotografia Institucional
Recursos do aparelho
2Módulo
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 23
2
 Módulo
Recursos do aparelho2
Olá!
Desejamos boas-vindas ao módulo 2 do curso Fotografia Institucional. É um 
prazer ter você como participante e auxiliar na construção do seu conhecimento 
acerca desse tema. 
Neste módulo abordaremos os seguintes tópicos:
• Exposição;
• Foco;
• Objetivas.
Desejamos um excelente estudo!
24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Exposição
Objetivo de aprendizagem
Compreender a forma de balancear a quantidade de luz para 
registrar uma imagem.
1.1 Sensibilidade do ISO
O ISO é uma escala de sensibilidade do sensor em relação a luz. Quanto mais alto 
o ISO utilizado, mais sensível a luz o sensor se torna. Na realidade, a sensibilidade é 
sempre a mesma, a diferença é o processamento que acontece com a informação 
que o sensor está capturando.
Essa escala de ISO é padronizada normalmente começando em ISO 25 e podendo 
passar dos ISO 3200. Normalmente, ela será apresentada com números redondos 
e sempre em dobro.
ISO - 25-50 ISO - 100 ISO - 200 ISO - 400 ISO - 800 ISO - 1600
Fonte: Felipe Marini (2021).
A sensibilidade do ISO está, diretamente, relacionada com a qualidade da imagem 
criada, também, com a velocidade que está sendo registrada. 
Para compreender isso melhor, é preciso analisar cada ponto de forma individual.
Qualidade da imagem
O ISO do sensor responde com melhor qualidade normalmente no ISO mais baixo, 
ou ISO nativo. Qualquer ISO acima do nativo, o que acontece é um processamento 
forçado dessa informação, fazendo com que a qualidade final seja diminuída. Essa 
perda de qualidade é chamada de ruído.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 25
Velocidade do ISO
Quando trabalhamos com um ISO mais elevado, apesar da perda de qualidade na 
imagem, o processamento se torna mais rápido, por isso também podemos falar 
em velocidade do ISO.
O mais comum nos celulares é deixar o ISO no modo automático, mas em algumas 
situações podem ser mais interessante ter total controle sobre o ISO e assim 
trabalhar com ele de forma manual.
Não são todos os celulares que permitem o uso manual do ISO.
Ruído
O ruído é o efeito que acontece devido ao uso de ISOs elevados. Quanto mais alto o 
ISO utilizado, maior será a incidência de ruído na imagem. 
O ruído será reconhecido devido a manchas coloridas que surgem na fotografia, 
uma sensação de granulação da imagem, além de uma diminuição da nitidez e 
perda da riqueza de detalhes da imagem.
Fonte: Felipe Marini (2021).
26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A melhor forma de evitar a surgimento de ruído é não utilizar ISOs muito altos ou 
então procurar fotografar em ambientes com melhor iluminação.
A tabela, a seguir, serve como um guia para o fotógrafo. Não necessariamente, para 
ser seguida, pois o fotógrafo tem total liberdade para trabalhar a escolha do ISO, da 
forma que lhe parecer melhor. Porém, deve-se tomar cuidado com essa escolha, de 
acordo com a iluminaçãoe o assunto a ser fotografado, já que cada decisão acarreta 
consequências. Por exemplo, ISOs mais baixos, em locais com menos iluminação, 
farão com que as fotos fiquem tremidas.
Dica de referência para uso da escala de ISO
Escala de ISO Condição de luz
25
Durante o dia, à céu aberto.50
100
200 Locais sombreados; Dias nublados;
nascer do sol; pôr do sol.400
800
Locais internos; iluminação fraca/
pontual; locais onde seja proibido 
o uso do flash; durante à noite.
1600
3200
6400
12800
 
1.2 Velocidade do Obturador
Não são todos os celulares que permitem trabalhar manualmente com a Velocidade 
do Obturador, dessa forma o ajuste do ISO afeta diretamente a velocidade do 
obturador.
O obturador controlará a quantidade de luz que chegará ao sensor através do tempo 
de exposição, ou seja, o intervalo entre o abrir e fechar do obturador. Esse intervalo 
pode variar entre frações de segundo de exposição a segundos.
Quanto maior o tempo de exposição do obturador, maiores serão os borrões dos 
movimentos da foto, e também mais difícil de segurar o celular para se obter uma 
boa foto.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 27
Para se evitar fotos tremidas o ideal seria fotografar em locais com maior 
luminosidade, quando não for possível, procure segurar o celular com maior firmeza 
e procurar algum local para servir de apoio.
Caso isso não seja possível, podemos criar movimentos na fotografia que sejam 
agradáveis e causem boa impressão ao espectador.
Fonte: Felipe Marini (2021).
A escala de Velocidade do Obturador pode variar de aparelho para aparelho. Aqui 
segue uma escala padrão, lembrando que para fotografia, a base sempre será o 
segundo de exposição:
30” – 15” – 8” – 4” – 2” – 1” – ½ - ¼ - 1/8 – 1/15 – 1/30 – 1/60 – 1/125 – 1/250 – 1/500 – 
1/1000 – 1/2000 – 1/4000 – 1/8000 
Quanto mais alta a fração de segundo, menos luz será registrada e mais congelado 
ficará qualquer movimento.
28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Fonte: Felipe Marini (2021).
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 29
1.3 Fotometria
Fotometria é o controle da quantidade de luz que chegará ao sensor da câmera 
do aparelho celular. Tradicionalmente, esse controle é feito por meio de três 
recursos que são: a sensibilidade do ISO; a velocidade do obturador — que já foram 
apresentados, anteriormente —; e o controle da abertura do diafragma, que não 
será abordado neste material, uma vez que a maioria dos celulares não possui 
diafragma com abertura variável. Assim, não faz sentido entrarmos em detalhes 
acerca de controle da abertura do diafragma, se não poderemos praticar o uso 
desse recurso.
A medição da fotometria é realizada por meio de um fotômetro, um leitor de luz que 
se encontra dentro das câmeras, como dos celulares. 
Por intermédio do ISO e da velocidade do obturador, será feito o ajuste da fotometria. 
Esses ajustes acontecerão por meio dos pontos de exposição, conhecidos, também, 
por EV (exposure values).
Mesmo nos celulares em que não podemos alterar o ISO ou a velocidade do 
obturador, ainda assim, é possível alterar a fotometria, por meio do EV. A fotometria, 
normalmente, é apresentada por intermédio de uma régua, que possui uma variação 
de -2 a +2. Nela, o indicado é deixarmos no ponto “0”, onde é o equilíbrio ideal da 
fotometria.
Na imagem, a seguir, está ilustrada a apresentação mais tradicional da fotometria, 
em câmeras fotográficas.
Fonte: Felipe Marini (2021).
30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Já na imagem, a seguir, está ilustrada a apresentação mais comum da fotometria, 
em celulares.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Esses valores da fotometria servem como um guia para definir como a foto será 
feita, pois a fotometria é algo muito subjetivo, a luz pode variar desde que chega à 
cena que será fotografada, passa pela cor dos objetos que compõem a cena e chega 
ao gosto pessoal de quem realiza o registro fotográfico.
Os fotômetros estão programados para fazer uma exposição média padrão, que 
se adequa a diversas situações. Mas, mesmo assim, é preciso tomar cuidado, uma 
vez que, em muitos casos, a atitude de apenas zerar a fotometria pode trazer um 
resultado ruim para a foto, no caso, uma cena mais clara ou mais escura que o 
desejado.
Essa exposição média padrão é chamada de cinza médio, que é obtida por intermédio 
da leitura, tanto das partes claras da cena, quanto das escuras. 
Agora, o que acontece quando se fotografa uma cena, predominantemente, clara 
ou escura?
Quando se compreende esse princípio da fotometria, fica mais fácil obter o resultado 
desejado, sem passar pela tentativa e erro.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 31
Cenas claras
Já que esclarecemos que o fotômetro sempre estará na busca do cinza médio, quando 
a cena a ser fotografada for mais clara, é importante saber que, se a fotografia for 
feita apenas zerando a fotometria, o resultado será uma foto mais escura, uma vez 
que a câmera fez a fotometria para o cinza médio, conforme a imagem, a seguir.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Fonte: Felipe Marini (2021).
Nesse caso, é necessário fazer um ajuste na 
fotometria, o que é chamado de super-expor. 
Dessa forma, tudo aquilo que for mais claro 
que o cinza médio, voltará a ser mais claro na 
fotografia realizada.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Fonte: Felipe Marini (2021).
32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Cenas escuras
O princípio para se fotografar cenas escuras é o mesmo que das cenas claras, só 
que com a direção oposta.
Ao fotografar uma cena mais escura que o cinza médio, o simples ato de zerar a 
fotometria fará com que a cena fique mais clara que o real. Dessa forma, é necessário 
subexpor a fotometria para que tudo o que for mais escuro que o cinza médio, 
realmente, fique mais escuro.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Fonte: Felipe Marini (2021).
Fonte: Felipe Marini (2021).
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 33
1.4 High Dynamic Range (HDR)
Cenas com diferenças muito grande de luz se tornam mais difíceis de se fotografar 
no modo convencional, uma vez que as câmeras dos celulares não conseguem 
captar os detalhes das áreas claras e escuras da cena, de forma simultânea.
O alcance dinâmico é a capacidade de visualizar detalhes nas áreas claras e escuras. 
Quanto maior for essa capacidade, mais próximo será daquilo que o olho humano 
enxerga.
O equipamento fotográfico sempre perderá para o olho humano nesse quesito. 
Enquanto o olho humano tem a capacidade de enxergar em torno de 1.000 
tonalidades entre o branco e o preto, um celular terá, no máximo, 12 tons entre 
branco e preto.
Dessa forma, a técnica do HDR tem como objetivo aproximar a fotografia registrada 
à realidade da cena observada.
O HDR consiste em três registros fotográficos, em que uma das fotos terá a fotometria 
zerada; a segunda terá a fotometria subexposta; e a terceira será feita de forma 
superexposta.
Observe que a foto subexposta preserva os detalhes mais claros da cena, enquanto 
a foto superexposta preserva os detalhes mais escuros. Após os três registros, o 
software do celular processa essas informações e cria outra fotografia, com detalhes 
nas áreas mais claras e mais escuras da cena. Assim, a gama de luz da fotografia 
será ampliada.
Fonte: Felipe Marini (2021).
34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 35
2. Foco
Objetivo de aprendizagem
Compreender o funcionamento dos aparelhos para desfocar o 
fundo da cena fotografada.
2.1 Foco automático
O foco em fotografia acontece por planos. A base desse plano de foco sempre será 
o plano do sensor, no caso, o celular. Se o celular estiver perpendicular, paralelo ou 
na diagonal, será esse o plano de foco.
Indiferente ao plano de foco, o foco sempre será feito por distância. Ao focarmosum 
objeto a determinada distância, tudo o que estiver na mesma distância do objeto 
estará focado.
Focar com os celulares, atualmente, é muito fácil, basta tocar na tela, no local onde 
deseja focar e pronto.
Agora, existem algumas tecnologias diferentes de foco automático, que influenciam 
na velocidade do foco e na dependência de luz para focar.
Na essência, todos possuem o mesmo princípio e são muito parecidos com os olhos 
humanos.
Foco automático por detecção de fase (PDAF)
Esse modelo de foco automático usa uma tecnologia que foca através do contraste 
encontrado sobrepondo duas imagens da cena ou objeto fotografado. É uma das 
tecnologias mais simples e baratas de foco automático, porém é mais lenta e 
menos precisa quando o assunto está em movimento.
As câmeras de foco automático por detecção de fase usam parte dos sensores 
como PDAF para capturar imagens separadas e assim comparar o contraste da 
cena e focar, como se fossem olhos um sendo o esquerdo outro o direito.
Como parte dos sensores estão responsáveis pelo foco, acaba que é registrado 
menos luz e dessa forma podem causar problemas de foco em situações com 
pouca luz.
36Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Foco automático por detecção de contraste (CDAF)
O foco automático por detecção de contraste é um foco passivo, pois não utiliza 
nenhum hardware para realizar o foco, da forma mais simples o foco acontece 
quando as lentes se movem para frente e para trás até a imagem ficar nítida.
Esse é o mais lento dos focos automáticos e ainda extremamente dependente de 
luz e alto contraste para funcionar.
Funciona muito bem para cenas estáticas.
Foco automático de pixel duplo
Diferente do DPAF — em que parte dos pixels é responsável pelo registro da 
luz; e outra, por fazer o foco automático —, no foco automático de pixel duplo, 
todos os pixels têm a capacidade de registrar luz e auxiliar no foco, o que acelera, 
significativamente, o processo.
Foco automático a laser
Talvez, o foco automática a laser seja o processo mais simples de focagem direta 
e automática, que tem como base a luz infravermelha.
Enquanto todos os outros processos de foco automático dependem da luz que é 
refletida pela cena para focar, o foco a laser emite um feixe de luz infravermelha 
na cena para determinar o foco.
A desvantagem do foco a laser é a necessidade de um hardware específico para 
a luz infravermelha, além de um emissor e receptor da luz.
AF híbrido
O foco automático híbrido é a junção de duas tecnologias de foco automático. 
Essas tecnologias tiram proveito dos pontos fortes e minimizam os pontos fracos 
de ambas.
2.2 Foco Manual
Alguns celulares permitem fazer o foco de forma manual. Nesse caso, quando 
habilitado, é apresentada uma escala do foco em metros, que pode variar desde 
centímetros até metros de distância, ou, na forma mais comum, com um desenho 
de flor em um dos extremos, que representa distância mínima para focar; e no 
outro extremo, um desenho de montanhas, que representa as maiores distâncias 
de focagem.
Não é muito utilizado esse recurso de foco manual devido à falta de precisão nos 
comandos e auxiliares para focar, além da lentidão para acertar o foco.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 37
2.3 Foco com reconhecimento facial
Outra possibilidade de foco automático está relacionada à tecnologia de 
reconhecimento ou detecção facial.
Criada, especificamente, para fotografia e, atualmente, utilizada para diversas outras 
áreas, inclusive para segurança, os softwares de reconhecimento facial utilizam 
algoritmos para, a princípio, detectar um rosto em formas geométricas e assim 
montar um “quebra-cabeça”.
Dentro desse “quebra-cabeça” são identificados os principais pontos que são 
comuns a todas as pessoas, olhos e distância entre eles, nariz, comprimento da 
boca, entre outras coisas.
O ato de montar o “quebra-cabeça” determina a detecção facial, os cálculos mais 
avançados que compreendem a distância entre olhos, tamanho da boca e formato 
de rosto além de características mais individuais. Tudo isso armazenado em um 
banco de dados determina o reconhecimento facial.
Com o reconhecimento facial, podemos programar o aparelho celular para fotografar 
sempre que determinada pessoa aparecer diante da câmera. Podemos, também, 
programar o celular para somente fotografar com determinada intensidade de 
sorriso, desde um leve sorriso somente com a boca até um super sorriso com todos 
os dentes à mostra.
2.4 Recursos para aparelhos com mais de uma lente
Nos modelos de celulares mais avançados, é comum a utilização de mais de uma 
câmera na parte traseira dos aparelhos. Isso abre mais opções nas funções das 
câmeras e possibilidades de novas imagens.
A função mais querida de todas é a possibilidade de desfocar o fundo da cena, cujo 
nome técnico é profundidade de campo.
A profundidade de campo é a faixa de nitidez que a imagem possui. Quando 
a imagem está focada desde o primeiro plano até o último, essa imagem tem 
grande profundidade de campo. Agora, quando algum dos planos da imagem está 
desfocado, essa imagem está com pequena profundidade de campo.
A profundidade de campo está relacionada, diretamente, com o tamanho do sensor 
e a lente utilizada para fotografar.
Como nos celulares não é possível a troca de lentes — como em câmeras fotográficas 
38Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
profissionais — e os sensores dos celulares são de tamanho bem reduzido, o 
desfoque do fundo da cena só é possível acontecer devido aos aparelhos possuírem 
mais de uma câmera, já que enquanto uma das câmeras faz o foco no assunto 
principal, outra câmera faz a foto completamente desfocada e por meio de software 
é montada a imagem final com junção das duas fotos. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 39
3. Objetivas
Objetivo de aprendizagem
Compreender o que é distância focal, suas especificações, efeitos 
e melhores situações de uso.
3.1 Distância focal
Antes de apresentar um novo assunto, é preciso explicar a diferença entre lentes e 
objetivas.
Popularmente chamada de lentes, as objetivas, basicamente, são um conjunto de 
lentes com construções variadas, que trabalharão por intermédio de um ângulo 
de visão específico, para conduzir a luz para o sensor que a registrará e formará a 
fotografia.
Agora que esclarecemos o que são objetivas, o que mais é preciso entender?
Para apresentarmos as objetivas e seus efeitos, é necessário compreendermos suas 
classificações e números e, para entendermos os números das objetivas, é preciso 
definirmos o que é distância focal.
• Distância focal é a distância entre o plano de foco e o centro ótico da objetiva.
Por meio da definição da distância focal, é criada a classificação das objetivas, que se 
divide em três categorias: objetivas normais; objetivas grande angular; teleobjetivas.
40Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3.2 Objetiva normal
As objetivas normais registram o mesmo ângulo de visão de um olho humano, que 
são aproximadamente 50 graus de visão. Por representar a visão humana, não 
possui efeito e traz a ideia de normalidade para a fotografia.
As distâncias focais classificadas como normal abrangem dos 45mm aos 55mm.
Fonte: Felipe Marini (2021).
3.3 Objetivas grandes angulares
Já as objetivas grandes angulares possuem um maior ângulo de visão. Normalmente, 
chegam aos 90 graus, mas podem ultrapassar isso, a depender de sua construção.
Devido a essa construção, essas objetivas possuem alguns efeitos. Os mais comuns 
são: efeito funil; maior profundidade de campo; e maior amplitude.
1. Efeito barril: será explicado mais adiante.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 41
2. Maior profundidade de campo: a grande angular aumenta a profundidade 
campo da cena.
Fonte: Felipe Marini (2021).
3. Amplitude: a grande angular aumenta a sensação de espaço existente na cena.
As distâncias focais classificadascomo grande angular abrangem dos 18mm aos 
40mm.
3.4 Teleobjetivas
As teleobjetivas são, basicamente, opostas às grandes angulares. Suas distâncias 
focais variam de 60 mm a 800 mm e os ângulos de visões chegam até os 8 graus de 
visão.
Possuem seus efeitos específicos, como: o achatamento dos planos, menor 
profundidade de campo e o efeito almofada.
1. Efeito almofada: será explicado mais adiante.
2. Menor profundidade de campo: as teleobjetivas diminuem a 
profundidade de campo. Dessa forma, desfocam um dos planos, de 
forma mais fácil.
Fonte: Felipe Marini (2021).
42Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3. Achatamento dos planos: enquanto a grande angular aumenta a sensação de 
espaço, a teleobjetiva diminui a sensação do espaço físico, o que cria a ideia de 
achatar os planos.
Fonte: Felipe Marini (2021).
3.5 Distorções e aberrações
As distorções que as objetivas possuem são criadas devido ao conjunto de lentes 
utilizado para criar o ângulo de visão desejado.
Podemos classificar as distorções em três categorias: barril, almofada e complexa. 
Em todos os casos, as distorções são mais pronunciadas nas bordas da imagem.
Essas distorções ocorrem devido ao formato das lentes, material de construção e 
alinhamento em sua montagem.
Distorções
1. Barril
A distorção barril está relacionada, normalmente, com as objetivas grandes 
angulares, em que podemos identificar o centro da imagem mais magnificado do 
que as bordas. 
Visualmente, as bordas ficam levemente curvadas para fora, enquanto o centro fica 
com a sensação de estar reto.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 43
Fonte: Felipe Marini (2021).
2. Almofada
A distorção almofada está, normalmente, relacionada às teleobjetivas, em que 
podemos identificar as bordas das imagens mais magnificadas do que o centro.
Dessa forma, o efeito visual é que centro fica reto, enquanto as bordas ficam 
curvadas para dentro.
Fonte: Felipe Marini (2021).
3. Complexa
A distorção complexa é a junção das duas distorções anteriores, o que acontece, 
normalmente, com objetivas zoom e não com objetivas fixas.
Nesse tipo de distorção, o centro da imagem apresentará características da distorção 
barril, enquanto as bordas da imagem apresentarão a distorção almofada.
Fonte: Felipe Marini (2021).
44Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Aberrações
As aberrações são classificadas, a princípio, como defeitos óticos causados pelas 
lentes. Mas, em alguns casos, esses efeitos podem ser propositais e, dessa forma, 
passam a ser chamados de efeitos. Os efeitos mais comuns são: flare, vinheta e 
cromática.
4. Flare
O flare nada mais é que um desvio de luz que acontece dentro da objetiva. Por isso, 
causa um efeito bem característico.
O efeito do flare pode ser adicionado por intermédio de software, mas, dificilmente, 
pode ser retirado, pois ela altera o contraste, a nitidez e a saturação da cor na 
imagem, de forma pontual.
Outro ponto importante na questão do flare é que ele acontece de acordo com o 
ângulo que a luz atinge a objetiva e pode ser intensificado, caso a objetiva esteja 
suja.
Fonte: Felipe Marini (2021).
5. Vinheta
A vinheta é um efeito de leve sombreamento, que ocorre nas bordas da imagem, de 
acordo com o ângulo de visão utilizado. Normalmente, isso sucede nos ângulos mais 
fechados, ou seja, com o uso das teleobjetivas.
O sombreamento acontece devido à perda de intensidade da luz periférica, ao 
percorrer um caminho maior; e pelo próprio corpo da objetiva, que bloqueia parte 
dessa luz.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 45
Fonte: Felipe Marini (2021).
6. Cromática
O efeito de aberração cromática, normalmente, ocorre com objetos que possuem 
bordas ou pontas bem definidas, em parte da cena, com um alto contraste.
É possível identificar bordas coloridas, que podem ser: verdes, magentas ou cianas. 
Essas bordas coloridas acontecem, pois, as cores caminham em ondas diferentes e 
assim atingem o sensor em pontos diferentes.
Fonte: Felipe Marini (2021).
46Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3.6 Zoom ótico e zoom digital
A ferramenta zoom nada mais é que uma objetiva que possui uma lente com 
distância focal variável, ou seja, a mesma lente pode aumentar ou diminuir o ângulo 
de visão que possui.
Isso é possível na maioria das câmeras fotográficas, pois as objetivas possuem um 
corpo físico maior, o que reflete em mais espaço para as lentes poderem criar esses 
diferentes ângulos de visão.
Nos aparelhos celulares, isso não é possível devido ao pequeno espaço físico que 
possuem, assim, os fabricantes aproveitam a possibilidade de trabalhar com mais 
de uma lente nos aparelhos e, assim, conseguem diferentes ângulos de visão.
No zoom digital, ao acionarmos o zoom, estamos, simplesmente, trabalhando com 
uma área menor do sensor, o que nos dá a sensação de aproximação, mas isso 
afeta, diretamente, a qualidade da imagem de forma negativa, o que faz com que 
não seja aconselhável utilizá-lo.
Referências
AGOSTINI, Daniela. Fotografia: um guia para ser fotógrafo em um mundo onde 
todos fotografam / Daniela Agostini, Heloísa Alessio, Thomas Degen. – São 
Paulo: Editora Senac São Paulo, 2019.
HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia: guia completo para todos os 
formatos / John Hedgecoe; tradução de Assef Nagib Kfouri e Alexandre Roberto 
de Carvalho. – 3ªed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.
Präkel, David. Composição / David Präkel; tradução Mariana Belloli; revisão 
técnica: Rodolpho Pajuaba. – Porto Alegre. Editora Bookman, 2010.
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Comunicação
Fotografia Institucional
Luz
3Módulo
48Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 Módulo
Luz3
Olá!
Desejamos boas-vindas ao módulo 3 do curso Fotografia Institucional. É um 
prazer ter você como participante e auxiliar na construção do seu conhecimento 
acerca desse tema.
 
Neste módulo abordaremos os seguintes tópicos:
• Contraste;
• Direção;
• Cor;
• Teoria das cores.
Desejamos um excelente estudo!
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 49
1. Contraste
Objetivo de aprendizagem
Compreender a física da luz e suas cores, além dos efeitos 
causados pela natureza, direção e cor da luz.
1.1 Brilho e Contraste
Antes de estudar e aprender as características da luz, é preciso defini-la e entender 
a sua importância na fotografia.
O que é Luz?
Luz é uma energia chamada radiação eletromagnética, que caminha em ondas 
de frequências eletromagnéticas variadas, e estas determinam a cor da luz.
A luz visível ao olho humano é uma pequena parte do espectro eletromagnético.
Serão apresentadas quatro características da luz visível, nas próximas unidades. 
Quanto maior for o conhecimento e o domínio acerca dessas características, mais 
fácil será para se obter o resultado desejado.
Em primeiro lugar, vamos falar acerca do brilho da luz!
50Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Brilho
Talvez seja a característica da luz mais fácil para se definir, pois trata-se da intensidade 
da luz.
A intensidade da luz pode ser mais forte ou mais fraca. 
O mais comum é não se ter controle sobre a intensidade da luz, a não ser que seja 
uma luz artificial, por exemplo, uma lâmpada com dimmer.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Contraste
O contraste é um conceito difícil de se definir, apesar de ser bem presente no dia a 
dia.
Pense por um instante qual a definição de contraste!
Se você pensou em luz e sombra, ótimo!
Isso é um bom exemplo de contraste, mas não é a definição!
Pense em algum exemplo de contraste social!
Qual a relação entre todos esses exemplos?
O contraste nada mais é que a diferença existente entre dois pontos opostos.
Exemplos: luz e sombra; rico e pobre; alto e baixo.
Vamos pensar na luz e sombra, um dos exemplos que falamos.
Cuidado! Já que estamos falando que o contraste é uma característica da luz; e que 
sombra é ausência da luz.
EnapFundação Escola Nacional de Administração Pública 51
Existe uma luz contrastada e uma luz não contrastada.
Para podermos identificar que tipo de luz estamos analisando, é preciso entender 
que tipo de sombra essa luz projeta.
Luz contrastada
Uma fonte de luz tem contraste acentuado, quando seus raios atingem o objeto, 
quase no mesmo ângulo. 
Chamamos a luz contrastada de luz dura. 
A luz dura cria sombras bem definidas e marcadas, e acontece quando a fonte 
de luz for pequena, estiver próxima do assunto e apontada para ele, de forma 
direta.
Luz não contrastada
Uma fonte de luz de baixo contraste acontece quando seus raios atingem o 
objeto em diferentes ângulos.
Chamamos a luz não contrastada de luz suave.
 
A luz suave cria sombras sem definições e difusas, e acontece quando a fonte de 
luz for grande, quando estiver distante do assunto e apontada para ele, de forma 
indireta, que pode ser rebatida ou difundida.
52Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2. Direção
Objetivo de aprendizagem
Compreender a física da luz e suas cores, além dos efeitos 
causados pela natureza, direção e cor da luz.
2.1 Direção
A direção da luz sempre estará relacionada à posição da câmera ou do aparelho 
celular. Dessa forma, podemos pré-visualizar as sombras que serão projetas e, 
assim, realçar ou disfarçar características do assunto fotografado, além de criar 
bons ou maus resultados.
Há cinco classificadas de direções, que vamos conhecer, agora.
Frontal
A luz vinda da direção da câmera será a luz frontal, e 
iluminará a frente do objeto.
A luz frontal diminui o volume e reduz a textura do assunto 
fotografado, já que a parte visível está inteiramente 
realçada por essa luz.
Uma das características da luz frontal é criar uma foto 
chapada e deixar as cores com maior intensidade.
Lateral
A luz lateral cria profundidade e realça texturas.
Quando usada em perpendicular à câmera, cria uma 
sombra profunda do lado oposto, mais comumente, em 
ângulo de 45 graus.
A luz lateral dá volume e textura ao assunto, além de 
sombras, o que deixa as cores naturais.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 53
Superior
A luz com direção superior, normalmente, não favorece o 
rosto humano, devido à sombra que cria, principalmente, 
nos olhos e boca. Esta é a luz mais comum, pois é a luz 
do sol ou a luz do teto das salas ou postes da rua. Dessa 
forma, não possui características próprias, mas acaba se 
misturando com as demais.
Inferior
Raramente utilizada na fotografia de pessoas, a luz inferior 
cria um clima fantasmagórico, e altera a fisionomia da 
pessoa retratada.
Contraluz
A contraluz não trará volume ou textura ao objeto 
fotografado, a não ser que o objeto seja translúcido. 
Vinda da parte detrás do assunto, a parte iluminada fica 
escondida da câmera, o que cria a silhueta do objeto.
Características da contraluz são: o contorno de sombra ou 
de brilho do objeto; e cores alteradas, caso o objeto seja 
translúcido.
54Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3. Cor
Objetivo de aprendizagem
Compreender a física da luz e suas cores, além dos efeitos 
causados pela natureza, direção e cor da luz.
3.1 Cor e WB
O que é cor?
Para estudar esse assunto é preciso defini-lo, o que é difícil, pois todos sabem o que 
é cor, mas não é comum que se peça para explicá-la.
De uma forma simples, a cor é um evento. Por que um evento?
Para que um evento aconteça, são necessários alguns fatores. No caso da cor, 
são necessários três fatores: a cor da luz que ilumina; a cor do objeto iluminado 
(pigmento); e quem observa o objeto.
Se for alterado qualquer um desses elementos, a cor pode variar, também; por isso, 
a cor é definida como um evento.
Sabendo disso, vamos tratar dos dois primeiros fatores que determinam a cor: a luz 
que ilumina; e a cor do objeto, ou seja, seu pigmento.
A luz
A luz de cor branca será sempre a referência da visão humana, uma vez que ela não 
altera as cores da cena e mantém a cor original. 
A única luz branca natural é a luz do sol, em situações bem singulares, isso inclui 
horários e locais geográficos específicos.
A luz solar emite uma grande quantidade de ondas eletromagnéticas, e parte delas 
é invisível; e outra, visível ao olho humano.
O físico Isaac Newton observou que, quando a luz solar atravessa uma pirâmide 
de cristal polido, a luz que consideramos branca, é decomposta em diversas luzes 
coloridas e, assim, é gerado um pequeno arco-íris.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 55
Isaac Newton, então, concluiu que a luz branca é a soma de todas as cores. E as 
cores que formam a luz branca transitam de uma para outra, de forma bem gradual, 
sem passagens abruptas.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Existem três cores que são mais evidentes e que Newton observou que alcançavam 
uma distância maior.
Essas cores só são possíveis obtê-las, a partir da luz branca, por isso, chamou-as de 
cores primárias, que são: vermelho (R), verde (G) e azul (B).
Ao somar essas três cores, obtém-se a luz branca, novamente, e se misturarmos 
somente duas cores, obtemos as chamadas cores secundárias, ou cores 
complementares.
56Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
As três cores primárias (RGB), somadas em partes variáveis, produzem todas 
as outras cores do espectro luminoso, e nenhuma soma de outras cores podem 
produzir o vermelho, o verde ou o azul, quando falamos de luz.
Esse é o princípio de adição de cores: para chegarmos à luz branca é necessário 
somar todas as cores.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 57
Sombra
A visão humana está sempre buscando corrigir qualquer cor de luz que apareça. 
Dessa forma, a sombra projetada pela luz terá sempre a cor oposta ou complementar 
à fonte de luz.
Exemplo: a sombra de um prédio projetada durante um fim de dia será azulada, já 
que a luz do sol, nesse horário, é amarelada.
Pigmento
Compreendida a cor da luz e sua influência sobre o objeto, vamos tratar, agora, da 
cor do objeto, seu pigmento.
As cores que vemos nos objetos são, na realidade, a luz refletida que enxergamos, 
influenciada pelo pigmento do objeto.
Pense na luz branca como referência. Ao iluminar determinada superfície colorida 
— por exemplo, uma superfície verde —, a luz verde será refletida, enquanto o 
restante das outras cores será absorvido pelo objeto iluminado.
É dessa forma que enxergamos as cores dos objetos.
Diferente da luz — que somamos as cores para obter a luz branca —, quando 
trabalhamos com pigmento, estamos subtraindo as cores, pois, ao iluminar 
determinado objeto, ele absorverá parte dessa luz e refletirá somente a cor do 
pigmento do objeto.
58Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Dessa forma, quando falamos de pigmento, refere-se a um processo de subtração 
de cores, enquanto, na luz, é um processo de adição.
O pigmento é composto por três características que determinam a cor, são eles: 
matiz, saturação e tom.
Matiz é o aspecto cromático em si, é a forma como determinamos as diferentes 
longitudes de ondas eletromagnéticas. Assim, temos os matizes: vermelho, amarelo, 
azul e assim por diante.
Saturação está relacionada à pureza da cor. Quanto maior a pureza da cor, mais 
saturada será. Para uma melhor compreensão, ao diminuir a saturação, o objeto 
começará a ficar acinzentado.
Tom indica a intensidade de luz, quanto mais intensa a luz, mais clara ficará a cor 
refletida do objeto. Na ilustração, a seguir, o círculo do centro representaria a cor 
real.
WB
Vimos tudo isso acerca de cor, para podermos compreender o funcionamento do 
WB.
WB é a sigla para White Balance, também chamado de balanço de branco ou 
equilíbrio de branco.
A função do WB é corrigir a cor da luz que está sendo registrada. Assim, formatemos 
uma imagem com as cores reais. Pelo menos essa é a ideia, mas, na prática, podemos 
ter alguns problemas para conseguirmos chegar nas cores reais, ou ainda, podemos 
alterar as cores de acordocom nosso desejo.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 59
Não são todos os aparelhos celulares que permitem o uso livre da função WB, em 
alguns aparelhos, essa função estará disponível somente no automático. Naqueles 
aparelhos em que é possível escolher, manualmente, essa função, teremos algumas 
opções pré-determinadas de WB. Isso pode mudar, de aparelho para aparelho, mas 
as opções são: automático; luz do dia; sombra; nublado; fluorescente; incandescente; 
e em alguns casos, flash.
Fonte: Felipe Marini (2021).
A escolha do WB influenciará, consideravelmente, nas cores da cena fotografada; 
por isso, o cuidado para escolhê-lo e o conhecimento antecipado é necessário para 
prever o que pode acontecer com a cena.
Fonte: Felipe Marini (2021).
60Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
4. Teoria das Cores
Objetivo de aprendizagem
Compreender a física da luz e suas cores, além dos efeitos 
causados pela natureza, direção e cor da luz.
4.1 Teoria das cores (Cores quentes, Cores frias, Psicologia das 
cores)
A cor é a característica mais emotiva da superfície de qualquer objeto. A cor está 
relacionada, diretamente, com a emoção sentida e transmitida por uma imagem.
Lembrando que cor é luz, então, a cor é emitida pela fonte de luz que ilumina a cena, 
quanto pela luz refletida do objeto iluminado. Por isso, o cuidado com a cor é tão 
importante.
Mais um ponto importante a ser lembrado, as emoções criadas por intermédio das 
cores emitidas pela luz são diferentes das emoções criadas a partir das cores dos 
objetos.
Cores quentes e cores frias
Quando se pensa em teoria das cores, o primeiro aspecto lembrado é a classificação 
entre as cores quentes e frias. A base dessa classificação está na aproximação de 
algumas cores com o fogo e outras cores com o gelo. Dessa forma, cores como 
vermelhos, laranjas, amarelos e variações são consideradas cores quentes, enquanto 
as azuis e verdes são denominadas cores frias.
Círculo cromático
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 61
A classificação de vermelhos e amarelos como cores quentes; e azuis e verdes como 
frias, podem ser muito simplórias, devido à grande quantidade de variações de 
cores existentes. Apesar disso, essa definição é bem conhecida e utilizada, o que 
ajuda na compreensão de outros pontos da teoria das cores.
O modo como essa classificação impacta a imagem pode variar em sensações 
diferentes. Normalmente, as cores quentes causam emoções mais positivas, como: 
alegria, agitação, aconchego, intimidade; mas, também, podem causar desconforto 
como sufocamento e irritabilidade. Já as cores frias criam emoções mais negativas, 
como: solidão, doença, morte, frio e depressão, mas também podem trazer 
sensações de paz, tranquilidade e relaxamento.
Cores contrastantes
Cores contrastantes são aquelas em posições opostas no círculo cromático, também 
conhecidas por cores complementares, pois, quando juntas, serão transformadas 
na cor branca, quando falamos em luz.
Trabalhar com cores contrastantes criará tensão, dará destaque à cena.
62Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Cores análogas
Cores análogas são aquelas que aparecem lado a lado no círculo cromático. Enquanto 
as cores contrastantes criam uma tensão na imagem, as cores análogas trazem uma 
sensação de calmaria.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 63
Referências
AGOSTINI, Daniela. Fotografia: um guia para ser fotógrafo em um mundo onde 
todos fotografam / Daniela Agostini, Heloísa Alessio, Thomas Degen. – São 
Paulo: Editora Senac São Paulo, 2019.
HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia: guia completo para todos os 
formatos / John Hedgecoe; tradução de Assef Nagib Kfouri e Alexandre Roberto 
de Carvalho. – 3ªed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.
Präkel, David. Composição / David Präkel; tradução Mariana Belloli; revisão 
técnica: Rodolpho Pajuaba. – Porto Alegre. Editora Bookman, 2010.
PRÄKEL, David. Iluminação / David Präkel; tradução técnica: Rodolpho Pajuaba. 
– Porto Alegre: Editora Bookman, 2010.
VILLEGAS, Alex. O Controle da Cor – Gerenciamento de cores para fotógrafos / 
Alex Villegas. – Santa Catarina: Editora Photos, 2009.
64Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Comunicação
Fotografia Institucional
Digital
4Módulo
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 65
 Módulo
Digital4
Olá!
Desejamos boas-vindas ao módulo 4 do curso Fotografia Institucional. É um 
prazer ter você como participante e auxiliar na construção do seu conhecimento 
acerca desse tema.
 
Neste módulo abordaremos os seguintes tópicos:
• Resolução, Proporções, Tamanho para redes sociais;
• Formatos;
• Armazenamento/Backup;
• Software de edição de imagens.
Desejamos um excelente estudo!
66Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1. Resolução, proporções e tamanhos para redes sociais
Objetivo de aprendizagem
• Diferenciar as resoluções, de acordo com a necessidade. 
• Identificar as diferentes proporções e suas funcionalidades. 
• Identificar os tamanhos de imagens para redes sociais e 
adequar as imagens, da melhor forma.
1.1 Resolução para tela
As fotografias digitais são formadas por meio de milhões de pequenos quadrados 
chamados pixel. Cada pixel grava uma informação de intensidade e cor de luz. Os 
pixels são microscópicos, como de uma tela de LCD, só que enquanto essa tela emite 
luz para formar a imagem, o sensor fotográfico captura luz.
Resolução da câmera
Indica a quantidade de pixels que o sensor possui, ou seja, que formam a imagem.
Por exemplo: 5.304 x 7.952 = 42.177.408, aproximadamente, 42 milhões de pixels 
(42 mp).
Fonte: Felipe Marini (2021).
Quanto maior a resolução da câmera, em maior tamanho a imagem pode ser 
visualizada, tanto de forma impressa quanto em um monitor. Também, o arquivo 
fica mais pesado, devido à maior quantidade de informação capturada pelo sensor.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 67
Quando se fala a respeito de alta ou baixa resolução, isso não está relacionado à 
qualidade da imagem. A qualidade depende de outros fatores, menos o tamanho 
do sensor.
Claro que, quanto maior o sensor, maior a imagem produzida e em maior tamanho 
ela poderá ser visualizada, mas isso não quer dizer que terá mais qualidade.
Alta e baixa resolução
Quando imprimimos uma imagem digital, os pixels vistos na tela do computador 
são transformados em pontos de tinta, que tendem a ser menores que os pixels do 
monitor. Dessa forma, é preciso aproximá-los para que possam, lado a lado, formar 
uma imagem nítida.
Como a resolução de um monitor e uma foto impressa são diferentes, também, é 
preciso trabalhar com essa informação de forma diferente. Assim, convencionalmente, 
a imagem no monitor terá uma resolução de 72 dpi (dot per inchs/pontos por 
polegadas), enquanto imagens a serem impressas devem ter 300 dpi.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Para identificarmos o tamanho da imagem na tela do computador, (ampliação em 
100%) ou o tamanho da imagem impressa, devemos fazer a seguinte conta:
Monitor
Largura (7952 / 72) x 2,54* = 280cm 
Altura (5304 / 72) x 2,54* = 187cm
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Papel
 Largura (7952 / 300) x 2,54* = 67cm
Altura (5304 / 300) x 2,54* = 44cm
*2,54cm = 1 polegada
Fonte: Felipe Marini (2021).
1.2 Interpolação
Quando uma imagem é ampliada, é preciso adicionar novos pixels que ocupem a 
área criada. Para isso a cor e intensidade de luz são calculadas com média nos pixels 
ao redor. Como consequência disso a imagem perde nitidez e é criado um halo nas 
bordas mais contrastantes.
Esse problema de perda de nitidez só acontece no momento em que o arquivo 
digital é interpolado, quando o arquivo tem o tamanho reduzido não existe a perda 
de qualidade, somente a redução do tamanho do arquivo.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 69
1.3 Proporção (aspecto ratio)
A proporçãode uma imagem bidimensional é a relação matemática entre sua 
largura e altura. Normalmente, será representada por dois números (1:1; 3:2; 4:3; 
5:4; 16:9; 21:9).
Nas artes plásticas bidimensionais, as proporções de imagem têm grande variedade 
e não existe padronização para elas. Já nas artes gráficas, apesar da grande 
flexibilidade das plataformas, existem alguns padrões pré-determinados, como 
revistas, banners e outdoors.
A maior necessidade de padronização acontece com a fotografia e o vídeo, devido 
às câmeras utilizadas para a captura das cenas.
As proporções mais comuns são:
Fonte: Felipe Marini (2021).
1:1 – Proporção quadrada – uso indicado para 
Instagram.
3:2 – Proporção retangular mais tradicional 
(proporção dos filmes 35mm).
Fonte: Felipe Marini (2021).
70Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Fonte: Felipe Marini (2021).
4:3 – Proporção retangular mais comum em 
celulares. É quando se obtém a maior resolução 
que os celulares permitem, pois utiliza o sensor 
por completo.
5:4 – Proporção retangular menos comprida, mais 
próxima ao quadrado, também muito utilizada no 
Instagram.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Fonte: Felipe Marini (2021).
16:9 – Proporção retangular mais cumprida 
(widescreen). Uso indicado para papel de parede 
e descanso de tela. Formato bem utilizado para 
Stories e reels na posição vertical.
21:9 – Chamado de Ultrawide é um formato muito 
popular para filmes de cinema, alguns modelos de 
celulares e monitores também trabalham nessa 
proporção.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 71
1.4 Cuidados com a proporção e o uso final da imagem
A maioria dos sensores dos celulares atuais possui a proporção 4:3. Isso significa 
que, ao imprimir a foto, em papel, no tamanho 10x15 cm, que possui a proporção 
3:2 ou postá-la no Instagram, que pode ser 1:1 ou 5:4, a imagem não se encaixará 
na proporção do destino.
Nessa situação, o melhor a ser feito é o reenquadramento das fotos na proporção 
desejada, para não haver o risco de partes importantes da imagem serem cortadas 
de forma errada.
Ao imprimir a foto, em papel, com proporções diferentes, podemos tomar dois 
caminhos. Temos a opção de cortar parte da foto ou criar margens brancas na 
imagem, de forma desproporcional.
Fonte: Felipe Marini (2021).
Fonte: Felipe Marini (2021).
72Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
1.5 Redes sociais
Ao trabalhar com redes sociais é essencial adequarmos as imagens, de acordo com 
cada rede, pois elas possuem tamanhos e proporções diferentes, nas janelas das 
imagens.
Instagram
• Foto perfil: 720 x 720px
• Feed Square: 1080 x 1080px
• Feed Landscape: 1080 x 566px
• Feed Portrait: 1080 x 1350px
• Stories:1080 x 1920px
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Facebook
• Perfil: 180 x 180px
• Capa: 851 x 315px
• Capa para grupos: 640 x 334px
• Capa para eventos: 1920 x 1080px
• Post com imagem: 1200 x 1200px
• Post com link e imagem: 1200 x 628px
• Stories: 1080 x 1920px
• Anúncio imagem única: 400 x 500px
• Anúncio link e imagem: 1080 x 1080px
• Anúncio carrossel: 1080 x 108px
74Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Twitter
• Perfil: 400 x 400px
• Capa: 1500 x 500px
• Post imagem: 600 x 335px
• Post imagem: 1200 x 1200px
• Post link e imagem: 800 x 418px 
• Post link e imagem: 800 x 800px
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Linkedin
• Perfil: 300 x 300px
• Capa: 1536 x 768px
• Post imagem: 1200 x 1200px
• Post link e imagem: 1200 x 627px
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YouTube
• Perfil do canal: 800 x 800px
• Capa do canal: 1546 x 423px
• TV: 2560 x 1440px
• Desktop: 2560 x 423px
• Tablet: 1855 x 423px
• Smartphone: 1546 x 423px
• Thumbnail: 1280 x 720px
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Pinterest
• Perfil: 720 x 720px
• Pin: 1000 x 1500px
• Capa pasta: 200 x 200px
WhatsApp
• Perfil: 192 x 192 px
• Thumbnail de imagem na conversa: 600 x 600 px
• WhatsApp Status: 1080 x 1920 px
78Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2. Formatos
Objetivo de aprendizagem
Identificar os formatos e suas funções, de acordo com a 
necessidade de cada situação.
2.1 JPEG, RAW, TIFF, PSD e PNG
JPEG
O JPEG (Joint Photographic Experts Group) é o formato de imagem digital, 
largamente utilizado, atualmente. Todos os dispositivos são aptos para criar e ler 
arquivos JPEG, que têm a nitidez, contraste, saturação e tonalidade naturalmente 
manipulados. Isso porque os dispositivos possuem pré-definições inteligentes 
para cenas específicas, que são reconhecidas pelo processador e, assim, criam 
um melhor resultado para cada foto. 
Os arquivos em JPEG são menores devido à compressão que sofrem ao serem 
criados. Essa compressão serve somente para que ocupem menos espaço, mas 
isso implica perda de qualidade na nitidez e na profundidade de cor, porque são 
criados somente em 8 bits por canal de cor.
RAW
O arquivo RAW (“bruto” em tradução livre) não possuem uma extensão como o 
JPEG, TIFF, PSD ou PNG. Ele representa uma família de arquivos que são únicos e 
criados, especificamente, para cada câmera e processador, por isso o nome RAW.
As extensões dos arquivos RAW variam, de fabricante para fabricante.
São mais comuns em câmeras fotográficas profissionais, mas é possível trabalhar 
em RAW com alguns celulares.
São arquivos mais complexos e difíceis de trabalhar, pois, devido à sua 
singularidade, não é possível abri-los com qualquer software. São necessários 
softwares específicos ou atualizados para abrir e visualizar os arquivos RAW.
Como o arquivo RAW não sofre compressão, ele possui muito mais informação, o 
que gera arquivos maiores e melhores para um tratamento posterior.
Devido à sua singularidade, não podem ser manipulados. Então, a captura é real, 
e para alterar qualquer característica desse arquivo, é necessário criar um arquivo 
de leitura com as alterações realizadas ou uma cópia em outro formato, pois o 
arquivo RAW é inalterável, o que dá, a ele, uma característica única de fidelidade.
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TIFF
Formato muito utilizado para imagens em processo de manipulação pós captura, 
o TIFF (Tagged Imagem File Format), possui diversas formas de compressão, mas 
toda a compressão serve para reduzir o tamanho do arquivo, no momento de 
armazenamento. No entanto, quando aberto em software para edição, mantém 
toda informação original.
O TIFF não é um arquivo criado direto da câmera, e sim após a edição do arquivo. 
É um arquivo bem flexível, quando é necessária uma manipulação mais profunda 
e avançada; possui um padrão aberto, e é possível visualizá-lo em qualquer 
plataforma — diferente do PSD que é mais fechado e limitado —, porém está 
sempre desatualizado, em relação ao PSD.
 
Não é adequado para internet, devido ao seu tamanho. São arquivos grandes, 
mas com limitação de até 4 GB por imagem.
PSD
O PSD (Adobe Photoshop Document) possui as mesmas características do arquivo 
TIFF, porém, como é criado pela Adobe, responde melhor aos softwares da 
própria Adobe. Devido ao grande alcance da Adobe, atualmente, é um formato 
muito utilizado; por isso, outros softwares também permitem trabalhar com ele.
Como é uma criação da Adobe, está sempre sendo atualizado e melhorado, o 
que se torna vantajoso, em comparação ao TIFF.
PNG
Por último, o PNG (Portable Network Graphics) é um formato menos conhecido, mas 
tem ganhado um espaço considerável, em relação ao JPEG, pois tem características 
muito parecidas com ele. Porém, sua compressão mostra resultados melhores, 
quando comparado ao JPEG e ainda existe a possibilidade de salvar o arquivo 
com camada transparente, o que em JPEG não é possível fazer.
80Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3. Armazenamento e Backup
Objetivo de aprendizagem
Compreender a forma de se fazer backup e os cuidados necessários 
para manter as imagensem segurança.
3.1 Dispositivos para armazenamento
Com a maravilha da fotografia digital, nunca foram criadas tantas imagens como 
tem sido, atualmente. Só que é preciso criarmos o costume de fazer backups, pois 
a qualquer momento, podemos perder milhares de fotos, se não tomarmos os 
cuidados devidos.
Isso acontece porque, na maioria das vezes, as fotos que fazemos ficam armazenadas 
no computador ou no celular, e infelizmente esses dispositivos podem falhar e, 
assim, perdermos tudo.
Dessa forma, o backup é algo que se tornou necessário, atualmente, e é preciso saber 
fazê-lo, para mais tarde não termos preocupações ou frustrações por incidentes de 
perdas.
Agora, o que é o backup e como fazê-lo? 
O backup nada mais é que uma cópia de segurança do seu material, que pode ser 
armazenado em diversas formas e locais, mas a ideia é que não seja manuseado 
com frequência e que fique em local seguro.
O ideal é que o backup não seja o HD do seu computador compartilhado, ou, então, 
um HD externo que você utilize em diversos locais diferentes ou carregue para locais 
diferentes com frequência.
Ou seja, o backup é uma cópia de seus arquivos que você guarda em local seguro 
e acessa somente em casos necessários, ou quando precisar atualizar ou inserir 
conteúdo novos.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 81
3.2 Dispositivos para armazenamento e cuidados
Pen-drive: 
• Dispositivo rápido para transporte de arquivos relativamente pequenos. 
• Cuidados: Quedas e objetos magnéticos. Tempo de vida indeterminado.
Cartão de memória:
• Dispositivo para armazenamento temporário.
• Cuidados: Quedas e objetos magnéticos. Tempo de vida indeterminado.
CD’s e DVD’s: 
• Dispositivos para armazenamento contínuo.
• Cuidados: Quedas e objetos abrasivos. Tempo de vida, em média, de sete anos.
HD externo:
• Dispositivo para armazenamento contínuo.
• Cuidados: Quedas e descargas elétricas. Tempo de vida indeterminado.
HD storage: 
• Dispositivo para armazenamento contínuo.
• Cuidados: Descargas elétricas. Tempo de vida indeterminado.
Nuvens: 
• Dispositivo virtual para armazenamento contínuo.
• Cuidados: Necessário acesso à internet. Tempo de vida indeterminado.
82Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
4. Software de edição de imagem
Objetivo de aprendizagem
Compreender o funcionamento de imagens digitais e os cuidados 
necessários para uma edição com software dedicados e as 
funcionalidades básicas do software.
4.1 Tipos de edição
Edição 
A edição de imagens nada mais é que a etapa em que são selecionadas as fotos a 
serem trabalhadas. 
É na parte de edição que classificamos as fotos, ordenamos e definimos a forma de 
sua apresentação final. 
É algo parecido com escolher a decoração de uma nova casa, onde temos diversos 
móveis e acessórios para escolher e que precisam combinar e criar um ambiente 
agradável.
Tratamento
O tratamento consiste nos ajustes básicos de uma fotografia, algo que já é feito 
direto na câmera, só que, agora, com mais controle e opções de ajustes.
É no tratamento que vamos realçar ou suavizar elementos da cena, podemos 
clarear ou escurecer a imagem, como um todo, ou trabalhar com determinadas 
intensidades de luz, além de ter mais controle sobre o contraste e as cores da cena.
Por fim, podemos fazer ajustes mais finos, ao alinhar e nivelar a cena, além de 
correções de defeitos, como aberrações cromáticas, esféricas e de ruído.
Manipulação
Na manipulação, é onde o céu se torna o limite. Com a utilização de softwares mais 
avançados, podemos trabalhar com toda a criatividade na imagem. 
Podemos alterar características reais dos objetos da cena, além de adicionar ou 
retirar objetos da cena, trabalhar com textos e manipulações, em pontos específicos.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 83
4.2 Tipos de Softwares
Existem um grande número de softwares ou aplicativos (App) especializados em 
imagens, mas todos eles trabalharão somente de duas formas distintas.
Eles podem trabalhar da forma de edição destrutiva ou a edição não destrutiva.
Edição não destrutiva
Nesse caso, a estrutura do software ou App é diferente do convencional, pois para 
trabalhar com a edição não destrutiva, o software não trabalha sobre o arquivo 
original. 
Ao abrir um arquivo em um software de edição não destrutiva, é criada uma cópia 
virtual do arquivo original e, dessa forma, toda alteração realizada, é mostrada de 
forma virtual, o arquivo original continua intacto. 
Não é necessário salvar ou se preocupar com o processo, já que o arquivo original 
só sofrerá as alterações, quando for exportado e, assim, é criada uma cópia, com as 
alterações adicionadas.
Edição destrutiva
Já na edição destrutiva, tudo o que é alterado, é feito no arquivo original. Assim, é 
preciso mais cuidado, pois há o risco de estragar o arquivo e perder o trabalho por 
completo. 
Na edição destrutiva, o mais recomendado é trabalhar com arquivos TIFF ou PSD, 
que suportam melhor as alterações e ainda podem trabalhar com camadas em seus 
arquivos, em que cada camada terá um tratamento diferente, o que os arquivos 
JPEG e PNG não permitem fazer.
4.3 Metadados
São dados que servem para descrever um dado principal, e evidenciar a utilidade 
das informações dos dados.
Apesar de ser um assunto muito falado, na atualidade, o conceito de metadados é 
muito antigo e sempre foi muito utilizado.
A função dos metadados é de organização, por exemplo, etiquetar arquivos de 
determinado assunto por cores, ou caixas diferentes, isso pode ser descrito como 
metadados. 
84Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Os antigos, na Suméria, e os escribas romanos utilizavam essa técnica para organizar 
os documentos, seja por assunto, autor ou qualquer outro tipo de informação.
O que faz o assunto ser tão atual e procurado é a questão do volume de dados que 
criamos, devido à questão digital e a maior dificuldade que temos para organizar 
isso.
Todos os dispositivos digitais geram metadados, a partir do momento que criamos 
um dado. Por exemplo, uma foto que, ao ser criada, contém a informação de 
localização por meio do GPS, a data e hora do registro, e, dependendo do aparelho, 
possui reconhecimento facial e muitas outras informações. Tudo isso são metadados 
da fotografia criada.
Veja alguns dos metadados mais comuns, que estão na internet:
• números de telefone; e-mails; nomes de usuários de determinado endereço da 
internet;
• dados de localização; 
• uso de celular;
• data e hora de ligações, e-mails, fotos etc.;
• informações do aparelho que está sendo utilizado;
• títulos e assuntos de e-mails.
É necessário muito cuidado com os metadados, pois eles podem conter informações 
confidenciais. Além disso, alguns dispositivos são passíveis de manipulação de 
dados, e assim, podem expor informações não autorizadas.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 85
É importante analisar quais metadados podem ser anexados ao sistema, e quais 
aplicativos serão utilizados, para não deixar rastros daquilo que não deve ser 
exposto.
A principal função dos metadados é catalogar e recuperar dados dentro da web 
semântica. A web semântica tem a capacidade de busca por assuntos, sons ou 
imagens, é a web inteligente. Ela utiliza os metadados para filtrar, facilitar e recuperar 
dados, por meio de informações definidas.
São três tipos básicos de metadados, descritos, a seguir.
• Estruturados: representados por uma estrutura rígida, previamente pensada para 
armazenamento, como formulários com campos para nomes, telefones e outras 
informações pré-definidas.
• Não estruturados: representados de forma flexível e sem estrutura. Por exemplo, 
um arquivo de texto no Word.
• Semi estruturados: são dados que possuem estrutura, mas com flexibilidade, sem 
uma imposição de formato.
Fonte: Felipe Marini (2021).
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Referências
AGOSTINI, Daniela. Fotografia: um guia para ser fotógrafo

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