Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROJETO INTEGRADOR JANAINA MONTEIRO DA SILVA RA: FBO3063177812 MARCIA ANTÔNIA NUNES MALACCO RA: FBO3016848006 NELSON DE SOUZA LIMA - RA: FBO8179396741 ROBERTA DE ABREU PACHECO ROIZ RA: FBO3045926856 THAUANY TAMARA DOS SANTOS SILVA RA: FBO3113144500 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: os benefícios para estudantes com ou sem deficiência Belo Horizonte 2019 CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA Belo Horizonte 2019 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: os benefícios para estudantes com ou sem deficiência Artigo apresentado à Anhanguera-Uniderp, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina Projeto Integrador da 7ª série do Curso de Pedagogia. Tutor a Distância: Fernanda Martins Valla JANAINA MONTEIRO DA SILVA RA: FBO3063177812 MARCIA ANTÔNIA NUNES MALACCO RA: FBO3016848006 NELSON DE SOUZA LIMA - RA: FBO8179396741 ROBERTA DE ABREU PACHECO ROIZ RA: FBO3045926856 THAUANY TAMARA DOS SANTOS SILVA RA: FBO3113144500 RESUMO Vivemos num momento em que a educação inclusiva vem permitindo que estudantes com e sem deficiência percorram suas trajetórias lado a lado, nos ambientes escolares. A inclusão vem sendo a prática indicada e reafirmada em diversas leis nacionais, políticas de educação e declarações internacionais. A educação inclusiva traz benefícios a todos os estudantes, não apenas àqueles que possuem alguma deficiência. O convívio entre alunos com e sem deficiência tem como objetivo beneficiar o desenvolvimento cognitivo, emocional e aumentar a interação e socialização dentro do ambiente escolar. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica feita de forma qualitativa utilizando aspectos teóricos que confirmaram que o processo de inclusão traz muitos benefícios para toda comunidade escolar, pois convivendo com a diferença os atores sociais da escola podem aprender a aceitar e respeitar as limitações de todos. Palavras-chave: Deficiência, Inclusão, Benefícios, Interação SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................ 6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................ 6 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................. 10 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 13 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15 4 INTRODUÇÃO Acredita-se que aceitar e aprender a conviver com a diversidade é o primeiro passo para a criação de uma escola plural e de qualidade para todos, reforçando a percepção de que as políticas de uma escola inclusiva devem ser adotadas e aprimoradas cada vez mais, permitindo que uma parcela de alunos anteriormente excluídos passe a fazer parte de espaços regulares de ensino. Nessa perspectiva, este estudo tem por objetivo identificar benefícios trazidos pelo processo de inclusão de alunos com deficiência nas escolas de ensino regular, uma vez que tais benefícios não se aplicam somente aos alunos com deficiência, mas também para aqueles que não possuem. Para a realização deste artigo foram realizados estudos e pesquisas bibliográficas em diversas obras, como livros, artigos científicos, sites e revistas. Veremos que estes confirmam o quanto é importante o processo de inclusão e a convivência das crianças com e sem deficiência num mesmo ambiente escolar. Ambas se beneficiam, uma vez que passam a conviver diariamente trocando experiências, vivenciando novas formas de aprender, desenvolver e comunicar, compartilhando momentos de conhecimento, desafios e solidariedade. Este trabalho também fomentará a importância da Constituição Federal de 1988 e as adequações ocorridas no âmbito escolar para que o direito das crianças possa ser respeitado, e que a sua permanência seja garantida através de mudanças curriculares, metodológicas e ou atitudinais. Ainda neste, será citado as mudanças ocorridas nos últimos anos e a sua evolução diante dos processos de implementação, aceitação e convivência entre esses alunos dentro da mesma escola e da mesma classe. O desenvolvimento de uma abordagem inclusiva com força de estrutura para a educação brasileira foi formalizado em 2008 por meio da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva. Tal política abrange orientações pedagógicas, formação de professores, avanço na tecnologia de apoio e investimentos em acessibilidade, fazendo com que as escolas públicas passassem a atender a demanda de estudantes com deficiência. Com os dados apresentados no decorrer deste artigo, além de ressaltar a importância da interação entre alunos com deficiência com os demais alunos de uma escola regular, também será possível identificar a importância do professor e sua 5 capacitação, conhecer sobre o direito ao Apoio Educacional Especializado para o aluno deficiente ou com altas habilidades, e reconhecer os resultados, benefícios e desafios diante de toda a comunidade escolar. Como temos uma longa história de exclusão educacional de pessoas estigmatizadas pelo seu status de deficiência, muitas ainda enfrentam barreiras para se matricularem em escolas regulares, sendo assim é preciso aprofundar o conhecimento para que a diversidade e o respeito pelas diferenças seja cada vez mais compreendida como um ganho no convívio escolar e no combate a exclusão. 6 DESENVOLVIMENTO O Artigo trata dos benefícios da Educação Inclusiva para estudantes com e sem deficiência. A Educação Inclusiva vem permitindo que alunos com e sem deficiência compartilhem o mesmo espaço escolar, lado a lado, na mesma sala de aula. A educação inclusiva é a prática recomendada e consta em diversas declarações internacionais, leis nacionais e políticas de educação. Para este trabalho escolhemos obras que demonstram os benefícios da educação inclusiva não só para estudantes com deficiência, mas principalmente para estudantes sem deficiência, já que as provas desses benefícios para os primeiros já são largamente divulgadas. Este Artigo é o resultado de uma pesquisa bibliográfica realizada por meio da leitura de quatro livros, que foram utilizados como base para as apreciações aqui arrazoadas. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A Educação vem enfrentando grandes mudanças nos últimos anos, dentre elas merece destaque a inclusão de alunos com deficiência nos estabelecimentos de ensino regular. Anteriormente a regra era a homogeneização do ensino e dentro desta realidade, a segregação do aluno com necessidades educativas especiais estava estabelecida como uma prática comum. Por um longo tempo, entendeu-se a educação escolar como uma possibilidade destinada àquelas pessoas colocadas em um patamar de normalidade, ao qual se ajustam condutas e expectativas congruentes, que as levam a adaptar-se em uma dada sociedade. (DECHICHI e SILVA, 2008, p.10) Em 1988 a Constituição Federal estabeleceu o direito de todos a educação, desta forma toda a criança com algum tipo de deficiência tem direito à escolarização. As escolas passam a ter a necessidade de se preparar para receber estas crianças, tornando-se necessárias adaptações arquitetônicase práticas pedagógicas que atendam toda a diversidade. Este estudo pretende identificar os benefícios gerados 7 por este processo de inclusão nas escolas. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência definiu pessoa com deficiência como sendo: Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. (2007, p.2) Podemos citar como exemplo, as pessoas com deficiência mental, intelectual, motora, problemas auditivos, visuais, com transtornos e síndromes. Segundo FIGUEIRA: Durante muitas décadas de isolamento e nos primeiros anos de vida, a criança com deficiência não tinha maiores problemas, vivendo em torno da família, sendo assistida e recebendo toda a proteção do lar. Mas ao atingir a idade escolar, iniciava-se o dilema: a procura de escolas especializadas com vagas, ou mesmo uma de ensino regular que o aceitasse em seu quadro de alunos. (2016, p.8) Essa realidade vem mudando, o acesso e a permanência do aluno com deficiência é garantido em lei, as práticas pedagógicas da Educação Especial possibilitam a sua participação nas atividades escolares e favorecem a aquisição do conhecimento. Além disso os professores de AEE promovem o apoio especializado aos alunos com necessidades educativas especiais em caráter permanente de acordo com o estipulado na lei vigente. As políticas inclusivas aqui estudadas são as descritas nas quatro obras constantes da análise bibliográfica do pré-projeto e foram complementadas por um minucioso estudo da legislação que trata do tema. Foram considerados, ainda, artigos e vídeos de palestras com profissionais que realizam o Atendimento Educacional Especializado (AEE), defensores dos direitos das pessoas com deficiência e depoimentos de pais de crianças portadoras de necessidades educativas especiais, todos disponíveis na Internet. O atendimento Educacional Especializado (AEE) é o atendimento oferecido aos alunos no contraturno de seu horário de aula, de forma a complementar e/ou suplementar o ensino regular, considerando as suas necessidades educativas 8 especiais. O AEE é realizado na sala de recursos multifuncionais por um professor com formação específica. A respeito dos efeitos causados pela implantação da Educação Especial nos estabelecimentos de ensino nos esclarece DECHICHI e SILVA que: A Educação Especial provocou/desencadeou uma inovação irreversível para toda a educação básica. A reforma educativa pressupõe o reconhecimento do direito de todas as pessoas, com o sem necessidades especiais, de passarem a ter acesso à escolaridade, sempre que possível, com práticas educativas integradoras. (2008, p.12) A Educação Especial desencadeou uma série de mudanças organizativas, metodológicas, curriculares e principalmente atitudinais. Resultou ainda no recrudescimento de uma demanda de recursos materiais, pessoais e de capacitação. Ainda a respeito dessas mudanças nos afirma DECHICHI e SILVA (2008, p.13) que “[...] a educação básica tem que adequar-se as condições da população da população e não o inverso, com resultados expressivos na qualidade educativa para atuar com equidade” promovendo um novo entendimento da educação, com iniciativas que busquem a inclusão, o acolhimento e a diversidade. É possível afirmar que a Inclusão tem resultado num relevante aumento do número de alunos com deficiência que recebem o ensino regular compartilhando os espaços escolares com seus colegas sem deficiência. Para entender como ocorre o processo inclusivo nas instituições escolares, temos necessariamente que considerar o posicionamento do professor que recebe em sua classe o aluno com deficiência. Grande parte das obras analisadas abordam esta problemática, dentre elas destacamos a seguinte afirmativa de MANTOAN: A maioria dos professores tem uma visão funcional do ensino e tudo o que ameaça romper o esquema de trabalho prático que aprenderam a aplicar em suas salas de aula é inicialmente rejeitado. Também reconhecemos que inovações educacionais como a inclusão abalam a identidade profissional e o lugar conquistado pelos professores em uma dada estrutura ou sistema de ensino, atentando contra a experiência, os conhecimentos e o esforço que fizeram para adquiri-los. (2003, p.41) 9 Podemos deduzir da análise do fragmento de texto acima, que um dos desafios que se apresenta com maior frequência nos ambientes escolares é o acolhimento do aluno com deficiência. Analisando as considerações de MANTOAN fica demonstrado, que este desafio tem como principal protagonista o professor. Entretanto MANTOAN nos apresenta um caminho para a sua superação. Certamente, um professor que engendra e participa da caminhada do saber “com” seus alunos consegue entender melhor as dificuldades e as possibilidades de cada um e provocar a construção do conhecimento com maior adequação. (MANTOAN, 2003, p.41) Ainda versando sobre o ambiente escolar verificamos que é necessário um contínuo monitoramento dos resultados das adaptações curriculares e das práticas pedagógicas implementadas em razão da deficiência do aluno. Este controle nos permite realizar correções e mudanças de rumo com a finalidade de otimizar as práticas que verificamos serem eficazes ou substituir aquelas que tragam algum prejuízo para o desenvolvimento do aluno. Conforme nos indica SILVA, CASTRO e BRANCO: Um dos aspectos importantes a serem considerados é a interação contínua entre as necessidades educacionais do aluno e as respostas efetivas no seu desempenho escolar. Portanto, o atendimento educacional a essas necessidades deve ser previsto no projeto pedagógico da escola. (2006 p.30) FIGUEIRA (2016, p.30) nos orienta a adaptar nossas técnicas pedagógicas “[...] Flexibilizando a prática educacional para atender a todos e propiciar seu progresso em função de suas possibilidades e diferenças individuais” estas práticas diferenciadas devem ser focadas na realidade do aluno, utilizar material concreto e abusar dos estímulos visuais sendo esperado que beneficiem não só os alunos com deficiência como também aqueles que porventura tenham alguma dificuldade de aprendizagem. Conclui-se que no currículo do aluno o aspecto prático deve ser valorizado, considerando, ainda o seu aspecto mutável conforme nos ensina SILVA, CASTRO e BRANCO: A flexibilização e a adequação curricular devem ser considerar o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos 10 diferenciados, as metodologias de ensino, os recursos didáticos e os processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos com deficiência física. (2006 p.30) A flexibilização do currículo “[...] adota uma linha de pensamento, na qual o professor, diante da reflexão na e sobre a ação em sala de aula, refaz sua prática” (RODRIGUES,1996, p.297) e em razão disso podemos afirmar que em sua lide educativa o professor, adapta e readapta a sua prática baseado na observação, considerando o progresso escolar do aluno e as suas relações interpessoais, muitas vezes marcadas por conteúdos afetivos. MATERIAL E MÉTODOS A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica. Inicialmente foram realizadas buscas na internet com o objetivo de selecionar as obras que melhor traduzissem o tema escolhido e os autores que apresentavam uma visão diversificada sobre o assunto elencado sem, no entanto, abandonar a coerência necessária para uma conclusão lógica dos argumentos estudados. Foram selecionadas quatro obras que, em nossa opinião, atendem aos critérios e objetivos propostos no pré-projeto, estes livros foram divididos entre os componentes do grupo para leitura e reflexão sobre o seu conteúdo.Conforme previsto no calendário de atividades, constante do Projeto de Pesquisa, no mês de abril foi realizada a análise do material coletado. Concluída esta atividade obtivemos como resultado um vasto material, que foi posteriormente consolidado para ser utilizado na redação do artigo. Neste contexto foram realizadas, ainda, reuniões para a discussão e o debate de pontos divergentes com a finalidade de gerar o conteúdo necessário para redação do artigo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após a coleta dos elementos de interesse da pesquisa nas obras escolhidas, reuniram-se os componentes do grupo para consolidação dos dados. Desta 11 discussão chegou-se a algumas conclusões que serão relatadas abaixo. Achamos relevante destacar que muitos autores fazem afirmações que são baseadas em suas experiências no atendimento de alunos com deficiência como quando FIGUEIRA afirma que “[...] há importâncias e benefícios em se colocar uma criança com deficiência entre crianças sem deficiência, inclusive, posso afirmar isso com conhecimento de causa”. (2016, p.62) MANTOAN (2003, p.43) ressalta a importância do professor na educação Inclusiva. Ela afirma que “[...] ensinar, na perspectiva inclusiva, significa ressignificar o papel do professor, da escola, da educação e de práticas pedagógicas”. A formação dos profissionais da educação vem contemplando nos últimos anos novos conteúdos que o capacitam na prática inclusiva. Os discentes que não tiveram a oportunidade de adquirirem estas habilidades e competências devem ser incentivados a investirem na sua formação continuada. Ainda sobre a importância dos discentes MANTOAN “[...] considera o professor uma referência para o aluno, e não apenas um mero instrutor, a formação enfatiza a importância de seu papel, tanto na construção do conhecimento, como na formação de atitudes e valores do cidadão”. (2003, p.44) Mas, afinal, o que é esperado dos docentes e agentes de ensino da escola? Como eles podem contribuir para uma escola verdadeiramente inclusiva? Para responder a estas perguntas podemos, mais uma vez, nos orientar pelas declarações da professora MANTOAN pois “[...] o que se almeja, acima de tudo, é saber se os professores e demais integrantes das unidades escolares progridem pedagogicamente, atualizando a maneira de ensinar, a partir de novas concepções e práticas educacionais”. (2003, p.47) Podemos concluir, que estas novas práticas pedagógicas diferenciadas utilizadas na educação inclusiva alteram qualitativamente a aula do professor e são responsáveis pelo ganho no rendimento escolar dos alunos com ou sem deficiência. É importante destacar o benefício da convivência em um mesmo ambiente escolar dos alunos com e sem deficiência. A convivência para os alunos com deficiência estimula a apreensão de diversas habilidades socioemocionais e para os alunos sem deficiência a convivência com o diferente oferece a oportunidade de aprender a aceitar e respeitar as limitações de cada um. Segundo nos ensina FIGUEIRA “[...] devemos estar preparados para essa convivência, aceitando as diferenças e a individualidade de cada pessoa, uma vez que o conceito de inclusão mantém este lema: todas as pessoas têm o mesmo valor”. (2016, p.7) 12 Por fim entendemos que é possível comprovar os diversos benefícios da Inclusão, pois citando MANTOAN “[...] ao denunciar o abismo existente entre o velho e o novo na instituição escolar brasileira, a inclusão é reveladora dos males que o conservadorismo escolar tem espalhado pela nossa infância e juventude estudantil”. (2003, p.48) 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS Discutir a educação inclusiva implica discutir também o tema educação no ensino regular. É com esta perspectiva que tratamos de elencar os conceitos e estudos realizados por pesquisadores sobre a inclusão, deficiência, não deficiência e ensino regular, bem como, as legislações pertinentes ao tema. Vale ressaltar que o modelo inclusivo se sustenta em uma filosofia que defende a solidariedade e o respeito mútuo às diferenças individuais, cujo ponto central está na relevância da sociedade aprender a conviver com as diferenças. Diante desta perspectiva a inclusão apresenta-se como uma proposta adequada para a comunidade escolar, que se mostra disposta ao contato com as diferenças, porém não necessariamente satisfatória para aqueles que, tendo necessidades especiais, necessitam de uma série de condições que, na maioria dos casos, não têm sido propiciadas pela escola. Existem evidências de que a vivência em contextos inclusivos pode trazer benefícios sociais e emocionais para os estudantes com deficiência. Tais benefícios podem incluir o desenvolvimento e a conservação de relacionamentos positivos com seus colegas, reunindo implicações importantes para a aprendizagem da criança e seu desenvolvimento psicológico. Para muitos, a frequência da criança na escola é suficiente para que os processos de exclusão, fracasso e abandono por parte dos alunos sejam resolvidos, mas as pessoas que pensam isso estão equivocadas. É preciso uma parceria entre família e escola para que isso ocorra de fato. "Cabe à escola encontrar respostas educativas para as necessidades de seus alunos". (Mantoan, 1997, p.68). A orientação, o conhecimento são ações importantes para o atendimento ao aluno da educação inclusiva, com ou sem deficiência. Portanto, ressaltamos anteriormente conforme os autores citados, e demais regulamentos e decretos que irão teoricamente concretizar a sua inclusão. No entanto, este conhecimento não tem sido suficiente para propiciar que ao aluno de inclusão, que frequente uma escola regular, seja garantido a sua aprendizagem. É importante que a implementação de uma educação inclusiva concreta possa demandar que professores e diretores repensem muitas abordagens tradicionais dentro das escolas e perante a sociedade. A atitude e a formação de 14 professores devem ser levadas em consideração, assim como a estrutura administrativa da escola, para que o processo inclusivo saia do papel e se transforme em ações efetivas no contexto escolar. Além disso, fazem-se necessários diversos processos e ações pedagógicas que possam proporcionar uma inclusão satisfatória do aluno da educação especial na escola regular, sendo necessária uma série de outras providências para que este aluno possa ser atendido adequadamente, como por exemplo: adequação curricular, aspectos didáticos e metodológicos, conhecimentos sobre a sua necessidade especial, entre outros. Portanto, muitos dos aspectos da realidade escolar de inclusão não são singulares, como pode parecer em princípio. Precisamos rever nossas políticas públicas educacionais inclusivas para que não passem despercebidas aos nossos olhos. Notamos que a maior dificuldade não está somente em atender os alunos com necessidades especiais, mas no cumprimento da própria Lei que apoia a sua inclusão. A educação inclusiva precisa ser vista com um olhar mais solidário, com um pensar não apenas para um propósito escolar, mas de pensar a educação como um bem social, que a sociedade precisa estar atenta. Conclui-se que a educação inclusiva é capaz de fornecer uma série de benefícios acadêmicos e sociais para alunos com deficiência, como melhor desempenho em linguagem, comportamento e interação elevando assim os níveis das relações positivas com os demais alunos sem deficiência, e que para tanto, será necessário adequar as Leis às necessidades de cada tipo de inclusão, qualificando as propostas pedagógicas e didáticas para o ensino na educação especial, criando um novo caminho, um novo olhar e novas práticas com qualidade e eficiência para a educação inclusiva. 15 REFERÊNCIAS NAÇÕES UNIDAS BRASIL. ONU, 2018. A ONU e as pessoas com deficiência. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/acao/pessoas-com-deficiencia/>. Acesso em:26 de maio de 2019. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Subchefia para Assuntos Jurídicos, 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com D2eficiência). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 018/2015/lei/l13146.htm> Acesso em: 26 de maio de 2019. MEC/SACADI. Ministério da Educação, 2014. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16 690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva- 05122014&Itemid=30192> Acesso em: 26 de maio de 2019. MEC. Ministério da Educação, 2014. Declaração de Salamanca - Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf> Acesso em: 26 de maio de 2019. SENADO FEDERAL. Senado Federal, 2008. Decreto Legislativo Nº 186, de 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Congresso/DLG/DLG-186- 2008.htm> Acesso em: 26 de maio de 2019. INSTITUTO UNIBANCO. Aprendizagem em foco Nº15, 2016. Inclusão aumenta, mas acesso ao ensino médio ainda é desafio. Disponível em: <https://www.institutounibanco.org.br/aprendizagem-em-foco/15/> Acesso em: 26 de maio de 2019. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988. BRASIL. Decreto Nº 186, de 09 de julho de 2008. Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007. BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. MEC, Brasília: Imprensa Oficial, 2008. DECHICHI, Claudia; SILVA, Lazara Cristina da. Inclusão escolar e educação especial: teoria e prática na diversidade. 1ª ed. Minas Gerais: Edufu, 2008. https://nacoesunidas.org/acao/pessoas-com-deficiencia/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-018/2015/lei/l13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-018/2015/lei/l13146.htm http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192 http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Congresso/DLG/DLG-186-2008.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Congresso/DLG/DLG-186-2008.htm https://www.institutounibanco.org.br/aprendizagem-em-foco/15/ 16 FIGUEIRA, Emílio. Educação Inclusiva: Teorias e práticas Pedagógicas. São Paulo, 2016. E-Book Disponível em: http://emiliofigueira.com/educacao-inclusiva/. Acesso em: 27/08/2018. MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão Escolar: o que é? por quê? como fazer? 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2003. SILVA, Adilson; CASTRO, Ana; BRANCO, Maria. A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: deficiência física. 1ª Ed. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão Escolar: o que é? por quê? como fazer? 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2003 P.68
Compartilhar