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Celulas do sangue e hemocitopoese

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Bi�n�� Fe�n����s Lu�� - T8
Células do sangue e hemocitopoese
Sangue
● Único tecido conjuntivo líquido
● Circula pelo sistema vascular sanguíneo
● Opaco e de consistência ligeiramente viscosa
● +/- 5,5 litros
Funções
● O sangue é principalmente um meio de transporte. Por seu intermédio,
os leucócitos, células que desempenham várias funções de defesa e
constituem uma das primeiras barreiras contra a infecção, percorrem
constantemente o corpo, atravessam por diapedese (saída ativa de
leucócitos do sistema circulatório, por movimentos amebóides) a parede
das vênulas e capilares e concentram-se rapidamente nos tecidos
lesionados ou atacados por microrganismos, nos quais desempenham
suas funções defensivas
● Serve principalmente para transportar fases, mas não somente
● O2, CO2, nutrientes, resíduos, hormônios
● Regulação de pH, temperatura, pressão osmótica (por isso que quando
está muito quente, a pessoa que é muito branca fica vermelha, pois o
vaso dilata tentando eliminar o calor)
● Proteção (coagulação (plaquetas), células imunológicas, anticorpos) →
as células do sangue são as células que vão exercer ação imunológica,
produzindo anticorpos etc
● O plasma também transporta nutrientes e metabólitos dos locais de
absorção ou síntese, distribuindo-os pelo organismo
Componentes do sangue total
O sangue é formado pelos glóbulos sanguíneos e pelo plasma.
Os glóbulos sanguíneos são: eritrócitos ou hemácias, as plaquetas (fragmento do
citoplasma dos megacariócitos da medula óssea) e diversos tipos de leucócitos ou
glóbulos brancos
● Plasma sanguíneo: água, proteínas e solutos não proteicos
● Elementos figurados: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas
● Hemácias, leucócitos, plaquetas, matriz extracelular do sangue, porção celular
Plasma
Plasma é um líquido amarelado constituído por:
● Água (90%)
● Proteínas (7%)
● Sais inorgânicos (0,9%)
● Solutos orgânicos não proteicos (2,1%)
As proteínas plasmáticas mais abundantes são:
● Albumina (54%): sua principal função é a
manutenção da pressão osmótica
● Globulinas (38%): incluem os anticorpos e
imunoglobulinas, proteínas que participam dos
mecanismos de defesa. Obs.: as globulinas são
uma classe de proteínas encontradas no sangue
que se apresentam em várias formas. As alfa e beta
globulinas atuam como transportadores e podem
inibir algumas enzimas. A imunoglobulinas, as
imunoglobulinas, agem como anticorpos
● Fibrinogênio (0,9%): proteínas essencial para a
formação de coágulos
● Obs.: soro é diferente de plasma
● Soro = plasma – fibrinogênio (tudo que tem no plasma menos a proteína de coagulação). Quando
quer separar as substâncias usa o anticoagulante
Elementos figurados
● Glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos)
● Glóbulos brancos (leucócitos)
● Plaquetas (trombócitos)
Eritrócitos
● Compõem cerca de 42 a 47% do volume do sangue (mulher possui em média 5,4 e homem 4,8
milhões uL)
● São células em forma de disco bicôncavo, sem núcleo ou outras organelas e que não realizam divisão
celular ou atividade metabólica intensa
● Contém grande quantidade de hemoglobina, uma proteína transportadora de O2 e CO2. Por serem
ricos em hemoglobina, uma proteína básica, os eritrócitos são acidófilos, corando-se pela eosina
● Em condições normais, esses corpúsculos, ao contrário dos leucócitos, não saem do sistema
circulatório, permanecendo sempre no
interior dos vasos
● Consistem basicamente em membrana
plasmática, citosol o pigmento
hemoglobina que é responsável pelo
transporte de O2 e pequena parte de
CO2
● É preciso manter a forma dela para
que ela tenha função certa. Quando ela
perde o formato, a pessoa tem anemia
● São produzidas na medula óssea
vermelha (processo de eritropoiese) e
cerca de 120 dias depois são
fagocitadas por macrófagos no fígado,
baço e na medula óssea
● Hemácia não se multiplica
Leucócitos
● Formação dos leucócitos à partir da célula-tronco hematopoiética
● São incolores, de forma esférica quando em suspensão no sangue e têm a função de proteger o
organismo contra infecções
● São produzidos na medula óssea (assim como os eritrócitos) ou em tecidos linfóides e permanecem
temporariamente no sangue como meio de transporte para alcançar seu destino final, os tecidos. São
classificados em granulócitos e agranulócitos (linfócitos e
monócitos). Esses grânulos presentes nos granulócitos contêm
enzimas e outras substâncias que podem destruir micróbios,
como as bactérias
● Leucócitos são células especializadas na defesa contra
microrganismos agressores
● O número de leucócitos por microlitro de sangue no adulto é de
4.500 a 11.500. Chama-se leucocitose o aumento e leucopenia a
diminuição do número de leucócitos no sangue
Granulócitos e polimorfonucleares: neutrófilos, basófilos e
eosinófilos
Os granulócitos têm núcleo de forma irregular e mostram no
citoplasma grânulos específicos que, ao microscópio eletrônico,
aparecem envoltos por membrana. Além dos grânulos
específicos, essas células contêm grânulos azurófilos, inespecíficos, presentes também em outros tipos
celulares.
Eosinófilo – grânulos eosinofílicos (célula transitória)
● Os eosinófilos são muito menos numerosos do que os neutrófilos, constituindo apenas 1 a 3% do
total de leucócitos
● No eosinófilo, o retículo endoplasmático, as mitocôndrias e o complexo de golgi são pouco
desenvolvidos
● Se coram pela eosina
● É um PMN
● Núcleo bilobulado
● Contêm grânulo enzimático e histamina
● Aparecem em processos alérgicos e parasitários
Basófilo – grânulos basofílicos (célula transitória)
● Núcleo volumoso em forma de S
● Contém grânulos grandes
● Difícil visualização (menor número)
participam de respostas alérgicas e defesa contra parasitas
● Grânulos: histamina, heparina e fatores quimiotáticos para
eosinófilos e neutrófilos
● O citoplasma é carregado de grânulos maiores do que os dos
outros granulócitos, os quais muitas vezes obscurecem o
núcleo
● Constituem menos de 2% dos leucócitos do sangue
● Se origina na medula óssea
Neutrófilo – grânulos “neutros” (transitória)
● Fagocitam bactérias
● São células arredondadas
● A célula muito jovem tem núcleo não segmentado em lóbulos, sendo chamada de neutrófilo com
núcleo em bastonete, ou simplesmente, bastonete
● PMN
● Núcleo multilobulado (2-5 lóbulos)
● 1º célula de defesa contra microorganismos
● Função de fagocitose, principalmente de bactérias
● Neutrofilia – infecções bacteriana e processo inflamatório
● O neutrófilo é uma célula em estágio final de diferenciação e realiza uma síntese proteica muito
limitada. Apresenta poucos perfis do retículo endoplasmático granuloso, raros ribossomos livres,
poucas mitocôndrias e complexo de Golgi rudimentar
Monócito
● São os maiores leucócitos circulantes. Devido ao arranjo pouco denso de sua cromatina, o núcleo dos
monócitos é mais claro do que o dos linfócitos
● Citoplasma basófilo e grânulos azurófilos
● Representam uma fase na maturação da célula mononuclear fagocitária originada na medula óssea .
essa célula passa para o sangue, onde permanece apenas por alguns dias e, atravessando por
diapedese a parede dos capilares e vênulas, penetra alguns órgãos, transformando-se em macrófagos,
que constituem uma fase mais avançada na vida da célula mononuclear fagocitário. Assim, o
monócito faz parte do sistema mononuclear fagocitário ou sistema histiocitário
● Presentes somente no sangue (precursores dos macrófagos)
● Célula grande com núcleo ovóide em forma de rim
● Função de fagocitose e apresentação de antígenos
Linfócitos
● São responsáveis pela defesa imunológica do organismo. Essas células reconhecem moléculas
estranhas existentes em diferentes agentes infecciosos, combatendo-as por meio de resposta humoral
(produção de imunoglobulinas) e resposta citotóxica mediada por células
● Apresenta basofilia discreta, corando-se em azul-claro
● Núcleo ocupa cerca de 99% da célula→ citoplasma= 1%
● Núcleo esférico
● Existem vários tipos (thelper, tcitotóxico, treg, B...)
● Migram para os tecidos e voltam para o sangue (diferente dos outros leucócitos)● Linfocitose→ infecções virais
Plaquetas
● Função primordial= hemostasia (é a resposta fisiológica normal do corpo
para a prevenção e interrupção de sangramento e hemorragias)
● Trombocitopenia leva a hemorragias
● Trombocitose aumenta a propensão à trombose
● São corpos discóides anucleados – fragmentos do citoplasma dos
megacariócitos da medula óssea
● Derivados de células gigantes e polipóides da medula óssea, os megacariócitos
● As plaquetas promovem a coagulação do sangue e auxiliam a reparação da parede dos vasos
sanguíneos, evitando perda de sangue
Hemocitopoese, hematopoese ou hemopoese
➢ Hemo ou hemato→ sangue
➢ Poiesis→ fazer
➢ Formação e desenvolvimento das células do sangue
➢ As células do sangue têm vida curta e são constantemente
renovadas pela proliferação mitóticas de células localizadas nos
orgão hematopoéticos
Diferenciação celular
● Processo pelo qual as células se especializam para realizar
determinada função
● Mesmo diferenciadas, as células mantêm o código genético igual
ao da primeira célula (zigoto)
● O que difere é a ativação e inibição de grupos específicos de genes que determinarão a função de cada célula
● Obs: a partir da mórula começa o estágio de diferenciação
● Esta especialização acarreta não só alterações da função, mas
também da estrutura das células
● Essa diferenciação depende de estímulos químicos e de
ambientes físicos
● O núcleo das células diferenciadas são iguais, o que muda é o
gene que foi ativado
Principais características de células indiferenciadas (células-tronco)
● Capazes de se multiplicar e se manter indiferenciadas
● Podem se diferenciar (plasticidade)
● Obs: células mesenquimais são um tipo de célula tronco
Classificação quanto a “potência”
● Totipotentes (célula tronco embrionária): originam as células
embrionárias e extra embrionárias
● Pluripotentes (célula tronco embrionária): originam todos os tipos
celulares do embrião, menos placenta e anexos
● Multipotentes (célula tronco adulta): originam as células de várias linhagens
● Oligopotentes: originam as células dentro de uma linhagem
● Unipotentes (célula tronco adulta): produzem somente um tipo celular maduro
● Obs: admite-se que todas as células do sangue derivam de um único tipo celular da medula óssea, chamada
de células tronco pluripotentes. Essas células se proliferam e formam duas linhagens: a das células linfóides,
que formam linfócitos, e a das células mieloides, que originam eritrócitos, granulócitos, monócitos e
plaquetas.
● A proliferação das células-tronco pluripotentes origina células-filhas com potencialidade menor – as células
progenitoras multipotentes, que produzem as células precursoras (blastos).
● Obs: quanto mais a célula vai amadurecendo, mais ela vai perdendo o poder de diferenciação
Visão geral da hematopoese
● Fatores de crescimento
● Interleucinas
Ínicio da hematopoese
● As primeiras células sanguíneas do embrião surgem muito precocemente (em torno do 19º dia de gestação),
no mesoderma do saco vitelino
● Essa fase transiente da hemocitopoese, denominada mesoblástica, é caracterizada pelo desenvolvimento de
eritroblastos primitivos (principalmente) e, em geral, ocorre no interior de vasos sanguíneos em
desenvolvimento, prosseguindo até a 6a semana de vida intrauterina (VIU). Entre a 4a e a 6a semana de VIU
inicia-se a hemocitopoese definitiva, com a migração, para o fígado fetal, de células originadas dos vasos em
desenvolvimento, da porção alantoide da placenta em desenvolvimento e da porção anterior do eixo
aorta-gônada-mesonefro. Assim, o fígado funciona temporariamente como órgão hemocitopoético. Essa fase,
denominada hepática, é caracterizada pelo desenvolvimento de eritroblastos, granulócitos e monócitos; além
disso, as primeiras células linfóides e os megacariócitos aparecem. A hemocitopoese hepática, extravascular, é
muito importante durante a vida fetal, com um pico de atividade em torno de 3 a 4 meses de gestação,
declinando gradualmente até o nascimento. Outros órgãos em desenvolvimento, como baço, timo e
linfonodos, também contribuem para a hemocitopoese, especialmente para a produção de linfócitos. Em
contrapartida, no 2o mês de VIU, a clavícula já passa a se
ossificar, e começa a formação de medula óssea
hematógena (vermelha) em seu interior, dando início à
fase medular da hemocitopoese. À medida que a
ossificação pré-natal do restante do esqueleto avança, a
medula óssea se torna cada vez mais importante como
órgão hemocitopoético, alcançando um pico de atividade
no período próximo ao nascimento. Na vida pós-natal, os
eritrócitos, granulócitos, linfócitos, monócitos e plaquetas
originam-se a partir de células-tronco da medula óssea
vermelha. Conforme o tipo de glóbulo formado, o
processo recebe os seguintes nomes: eritropoese,
granulocitopoese, linfocitopoese, monocitopoese e
megacariocitopoese. Essas células passam por diversos
estágios de diferenciação e maturação na medula óssea
antes de passarem para o sangue.A partir do 19º dia –
aparecimento de células sanguíneas no saco vitelino
(primeiro lugar que vai formar células do sangue)
● Depois que nasce quem é responsável por essa produção
é a medula óssea
● As células tronco originam células-filhas, que seguem dois destinos: algumas permanecem como
células-tronco, mantendo sua população (autorrenovação), e outras se diferenciam em outros tipos celulares
com características específicas. Acredita-se que a decisão inicial pela auto renovação ou diferenciação seja
aleatória (modelo estocástico), enquanto a diferenciação posterior seria determinada por agentes
reguladores no microambiente medular, de acordo com as necessidades do organismo (modelo indutivo).
Essa regulação ocorre via interação célula-célula ou por meio de fatores secretados (fatores de crescimento,
citocinas) e resulta na amplificação ou repressão da expressão de determinados genes associados à
diferenciação em linhagens múltiplas
Período medular da hematopoese
● No recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha e, portanto, ativa
na produção de células do sangue. Com o avançar da idade, porém, a
maior parte da medula óssea transforma-se progressivamente na
variedade amarela. No adulto, a medula vermelha é observada apenas
no esterno, nas vértebras, nas costelas e na díploe dos ossos do crânio;
no adulto jovem (por volta de 18 anos de idade), é vista nas epífises
proximais do fêmur e do úmero. A medula amarela ainda retém células-tronco e, em certos casos, como
hemorragias, hemólise, inflamação, alguns tipos de intoxicação e irradiação, pode transformar-se em medula
óssea vermelha e voltar a produzir células do sangue.
➢ Até 5 anos a medula óssea de todos os ossos do corpo
➢ Vida adulta somente pelve, esterno, osso do crânio, costelas, epífise do úmero de do fêmur
Componentes da medula óssea
● Além das células hematopoéticas, nós temos o estroma, que são células de origem conjuntiva
● A hematocitopoese depende de microambiente adequado e de fatores de crescimento fornecidos pelas
células do estroma dos órgãos hemocitopoéticos
● A medula óssea é um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo. No adulto saudável, produz por dia cerca
de 2,5 bilhões de eritrócitos, 2,5 bilhões de plaquetas e 1
bilhão de granulócitos por quilo de peso corporal
● Obs: a liberação de células maduras da medula óssea
vermelha para o sangue ocorre por migração através do
endotélio, próximo das junções intercelulares. De modo geral,
o processo de maturação envolve a perda de receptores de
adesão célula-célula e célula-matriz. Por exemplo: os
megacariócitos ao atravessarem a parede sinusoide da
medula, formam prolongamentos delgados que penetram no
lúmen vascular, no qual suas extremidades se fragmentam,
originando as plaquetas
Estroma
● Meio adequado para a proliferação e diferenciação dos precursores
hematopoéticos
● Componente celular
● Matriz extracelular (componente acelular)
● Função: regular a hematopoese por meio da secreção de fatores solúveis
e reserva energética de lipídeos
● As sérieshematopoéticas se distribuem em compartimentos, parecendo
soltas, mas na verdade, estão ancoradas às células reticulares/estromais
da medula
Fatores solúveis: interlecuinas (ILs) e fatores estimuladores de colônias (CSFs)
A hematopoese ocorre de acordo com o equilíbrio e isso depende de um microambiente
adequado (células do estroma), fatores de crescimento e estímulos
- Os estímulos podem ser: fisiológicos, hipóxia, sangramento e infecção
Hematopoese → 3 processos
● Eritropoese: formação de eritrócitos
(hemácias)
● Leucopoese: formação de leucócitos
● Megacariocitopoese: formação de plaquetas
● Eritropoese
- A série eritroblástica está visível como pequenos cachos de células de
núcleos arredondados, escuros, longe das trabéculas ósseas
- Célula madura é a que alcançou um estágio de diferenciação que lhe
possibilita exercer todas as suas funções especializadas. O processo
básico da maturação da série eritrocítica ou vermelha é a síntese de
hemoglobina e a formação de um corpúsculo pequeno e bicôncavo, que oferece o máximo de superfície para
as trocas de oxigênio. A diferenciação dos eritrócitos ocorre em nichos que contêm macrófagos no seu
estroma central e células eritrocíticas em desenvolvimento ao seu
redor. Esses macrófagos estabelecem contatos com as células
eritrocíticas, regulam sua proliferação e fagocitam as células
defeituosas e os núcleos extruídos durante o processo de
maturação. De acordo com seu grau de maturação, as células
eritrocíticas são chamadas de: proeritroblastos, eritroblastos
basófilos, eritroblastos policromáticos, eritroblastos
ortocromáticos (ou acidófilos), reticulócitos e hemácias
- Serie eritoblástica: pequenos agrupamentos de células de
núcleos escuros, cromatina densa, citoplasma escasso, em meio
às células da série granulocítica, que formam a grande parte do
tecido hematopoético
● Granulopoese
- É o processo de geração de granulócitos (neutrófilos,
eosinófilos e basófilos)
- No processo de maturação dos granulócitos ocorrem
modificações citoplasmáticas caracterizadas pela síntese de muitas proteínas, que são acondicionadas em dois
tipos de grânulos, os azurófilos e os específicos. As proteínas desses grânulos são produzidas no retículo
endoplasmático granuloso e recebem o acabamento final e o endereçamento no complexo de Golgi, em dois
estágios sucessivos. O primeiro estágio resulta na produção de
grânulos azurófilos, que se coram pelos corantes básicos das
misturas usuais (Giemsa, Wright) e contêm enzimas do sistema
lisossomal. No segundo estágio, ocorre uma modificação na
atividade sintética da célula, com a produção das proteínas dos
grânulos específicos. Estes contêm diferentes proteínas, conforme o
tipo de granulócito
- A série granulocítica se distribui por todo o espaço intertrabecular
- Série granulocítica: são as células mais numerosas, são
constituídas por mielócitos, metamielócitos, bastonetes e
segmentados. As formas mais jovens têm núcleos claros, de
cromatina frouxa e pequenos nucléolos. São chamados blastos mielóides
- Os eosinófilos são os mais facilmente
reconhecíveis pela granulação abundante e
grosseira no citoplasma
- O mieloblasto é a célula mais imatura já
determinada para formar exclusivamente os
três tipos de granulócitos. Quando surgem
granulações citoplasmáticas específicas nessa
célula, ela passa a ser chamada de
promielócito neutrófilo, eosinófilo ou basófilo,
conforme o tipo de granulação existente. Os estágios seguintes de maturação são
o mielócito, metamielócito, granulócito com núcleo em bastão e o granulócito
maduro (neutrófilo, eosinófilo e basófilo)
- Antes de adquirir a forma nuclear lobulada típica da célula madura, o
granulócito neutrófilo passa por uma fase intermediária, chamada de neutrófilo
com núcleo em bastonete ou simplesmente bastonete, na qual o núcleo tem a
forma de um bastão recurvado
● Monopoese
- Ao contrário dos granulócitos, que são células diferenciadas e terminais, as
quais não mais se dividem, os monócitos são células intermediárias, destinadas a
formar os macrófagos dos tecidos. Sua origem é a célula mielóide multipotente
que origina todos os outros leucócitos, exceto os linfócitos. A célula mais jovem
da linhagem é o promonócito, encontrado somente na medula óssea, virtualmente idêntica morfologicamente
ao mieloblasto. O promonócito é uma célula que mede aproximadamente 20 μm de diâmetro. Sua cromatina é
delicada, e o citoplasma, basófilo, apresentando complexo de Golgi grande e retículo endoplasmático
desenvolvido. Mostra também numerosos grânulos azurófilos finos (lisossomos). Os promonócitos dividem-se
2 vezes e se transformam em monócitos que passam para o sangue, no qual permanecem cerca de 8 horas.
Depois, migram para o tecido conjuntivo, atravessando a parede das vênulas e dos capilares, e se diferenciam
em macrófagos
● Linfopoese
- É o processo de proliferação e diferenciação de linfócitos a
partir de células comprometidas com a linhagem linfóide que se
desenvolvem a partir das células tronco hematopoiéticas
pluripotentes na medula óssea
- Os linfócitos circulantes no sangue e na linfa se originam
principalmente no timo e nos órgãos linfóides periféricos (p.
ex., baço, linfonodos e tonsilas), a partir de células levadas da
medula óssea pelo sangue. Os linfócitos T e B se diferenciam
no timo e na medula óssea, respectivamente,
independentemente de antígenos. Nos tecidos, o linfócito B se
diferencia em plasmócito, célula produtora de imunoglobulinas.
A célula mais jovem da linhagem é o linfoblasto, que forma o
prolinfócito, originando, por sua vez, os linfócitos maduros. O
linfoblasto é a maior célula da série linfocítica. Tem forma
esférica, com citoplasma basófilo e sem granulações azurófilas. A cromatina é relativamente condensada, em
placas, lembrando já a cromatina do linfócito maduro. O linfoblasto apresenta dois ou três nucléolos. O
prolinfócito é menor do que a célula anterior; tem o citoplasma basófilo, podendo conter granulações
azurófilas. Sua cromatina é condensada, porém menos do que nos linfócitos. Os nucléolos não são facilmente
visíveis devido à condensação da cromatina. O prolinfócito dá origem diretamente ao linfócito circulante.
● Megariocitopoese
- Os megariócitos são as células mais visíveis, maiores, de núcleo polilobado
- São distribuídos aleatoriamente, cerca de 2 a 5 por espaço intertrabecular, geralmente não agrupados
- As plaquetas são corpúsculos anucleados com papéis muito relevantes em hemostasia, trombose, inflamação
e biologia vascular. Elas se originam na medula óssea vermelha, pela fragmentação do citoplasma dos
megacariócitos, os quais, por sua vez, formam-se pela diferenciação dos megacarioblastos
- O megacarioblasto é uma célula com diâmetro de 15 a 50 μm e núcleo grande, oval ou em forma de rim,
com numerosos nucléolos. O núcleo é também poliplóide, contendo até 30 vezes a quantidade normal de ácido
desoxirribonucleico (DNA), e o citoplasma é homogêneo e intensamente basófilo.
- O megacariócito mede 35 a 100 μm de diâmetro, tem núcleo irregularmente lobulado e cromatina grosseira,
sem nucléolos visíveis nos esfregaços. O citoplasma é abundante e levemente basófilo. Contém numerosas
granulações que ocupam, às vezes, a maior parte do citoplasma, as quais formam os cromômeros das
plaquetas.
- O citoplasma do megacarioblasto é rico em retículo endoplasmático liso e granuloso. Durante a maturação
do megacariócito aparecem grânulos citoplasmáticos, delimitados por membrana. Esses grânulos se formam
no complexo de Golgi e depois se distribuem por todo o citoplasma. São precursores do hialômero das
plaquetas e contêm diversas substâncias biologicamente ativas, como o fator de crescimento derivado das
plaquetas, o fator de crescimento dos fibroblastos, o fator de von Willebrand (que provoca a adesão das
plaquetas a alguns substratos) e o fator IV das plaquetas (que favorece a coagulação do sangue). Com o
amadurecimento do megacariócito, ocorre também um aumento na quantidade de membranas lisas, que vão
formar os canais de demarcação. Essas membranasacabam confluindo, dando origem à membrana das
plaquetas. Os megacariócitos são adjacentes aos capilares sinusóides, o que facilita a liberação das plaquetas
para o sangue.
- Série megacariocítica: os megacariócitos são células grandes, com núcleo polilobado e citoplasma róseo
abundante. Prolongamentos citoplasmáticos insinuam-se entre as células endoteliais dos seios venosos
medulares e se destacam como fragmentos, originando as plaquetas

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