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Histologia do sangue

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@apostilas_medvet 44 
 
HISTOLOGIA DO SANGUE 
 
O sangue é formado por glóbulos sanguíneos e pelo plasma, parte 
líquida, na qual os glóbulos estão suspensos. Se enquadram como 
glóbulos os eritrócitos ou hemácias, plaquetas e leucócitos ou 
glóbulos brancos. 
Quando o sangue é coletado através de punção venosa, tratado com 
anticoagulantes e depois centrifugado, ele separa-se em várias 
camadas, o que mostra sua heterogeneidade. Após essa 
sedimentação, obtém-se o hematócrito, que é importante para 
estimar o volume de sangue ocupado pelos eritrócitos em relação 
ao sangue total. 
No hematócrito (HCT), temos o plasma, que é o sobrenadante 
translúcido e amarelado. Os glóbulos ficam sedimentados em duas 
camadas: a inferior, correspondente a 35-50% do volume total do 
sangue, possui cor avermelhada e é formada por eritrócitos. A 
camada abaixo desta, correspondente a 1% do volume de sangue, 
possui cor acinzentada e contém os leucócitos. Sobre os leucócitos 
há uma delgada camada de plaquetas, não distinguíveis a olho nu. 
 
Esquerda: antes da centrifugação // Direita: centrifugado 
 
O sangue possui diversas funções, como: 
• Suprimento de nutrientes e de oxigênio direta ou 
indiretamente às células 
• Transporte de produtos de degradação e dióxido de carbono 
a partir das células 
• Transporte de hormônios e outras substâncias reguladoras 
para as células e os tecidos. 
• Manutenção da homeostasia, atuando como tampão, 
participando da coagulação e termorregulação 
• Transporte de agentes humorais e células do sistema imune 
que protegem o organismo de agentes patogênicos, de 
proteínas estranhas e células transformada (ex células 
cancerosas) 
O volume relativo de células e de plasma no sangue total é de 
aproximadamente 45 e 55%, respectivamente. 
 
 
 
COMPOSIÇÃO DO PLASMA 
O plasma é o material extracelular líquido que confere propriedades 
líquidas ao sangue. Ele é composto por água (91 a 92%), proteína 
(albumina, globulinas, fibrinogênio – 7 a 8%), e outros solutos 
(eletrólitos, substâncias nitrogenadas não proteicas, nutrientes, 
gases sanguíneos, substâncias reguladoras – 1 a 2 %). 
A albumina é o principal constituinte proteico do plasma. Produzida 
no fígado, ela exerce o gradiente de concentração entre o sangue e 
o líquido extracelular tecidual. Essa pressão osmótica sobre a 
parede do vaso chama-se pressão coloidosmótica, e mantém a 
proporção correta entre sangue e volume de líquido tecidual. Se 
grande quantidade de albumina extravasar dos vasos para o tecido 
conjuntivo frouxo ou for perdido para a urina nos rins, a pressão 
coloidosmótica do sangue diminui, e ocorre edema (acúmulo de 
líquido nos tecidos). A albumina também atua como proteína 
carreadora, ligando-se a hormônios (tiroxina), metabólitos 
(bilirrubina) e fármacos (barbitúricos) e o transporta. 
As globulinas podem ser imunoglobulinas (y-globulinas) e as 
globulinas não imunes (α e β globulina). As imunoglobulinas são 
anticorpos secretadas pelos plasmócitos. As globulinas não imunes 
são secretadas pelo fígado e ajudam a manter a pressão osmótica e 
atuam como proteínas carreadoras (cobre e hemoglobina). 
O fibrinogênio é produzido no fígado, e em uma série de reações 
em cascata com outros fatores de coagulação, torna-se insolúvel, 
sendo denominado então como fibrina. 
Quando o sangue é coletado, coagula imediatamente. O coágulo é 
uma massa de eritrócitos preso em rede de fibrina. Para impedir a 
coagulação do sangue, acrescenta-se anticoagulante (citrato ou 
heparina). O plasma desprovido de fatores de coagulação é 
denominado de soro. O soro é o equivalente ao plasma sanguíneo, 
exceto que os fatores de coagulação foram removidos, sendo o 
material de escolha de vários exames de sangue, visto que os 
anticoagulantes podem interferir no resultado. 
Os líquidos intersticiais que circunda as células teciduais deriva do 
plasma sanguíneo. 
 
ERITRÓCITOS 
Conhecidos também como hemácias, são células anucleadas em 
formato de disco bicôncavos, com bordas, desprovidas de organelas 
típicas. Elas são responsáveis por ligar o oxigênio para o suprimento 
e o dióxido de carbono para eliminação dos tecidos. 
 
@apostilas_medvet 45 
 
O tempo de vida dos eritrócitos é de aproximadamente 120 dias. Os 
envelhecidos são fagocitados por macrófagos no baço, medula 
óssea e no fígado, enquanto outros podem ser degradados no meio 
intravascular, liberando pequenas quantidades de hemoglobina no 
sangue. 
Em cortes corados pela H&E, costumam ter sua dimensão 
preservada no tecido fixado, sendo designados como ‘’régua 
histológica’’, para estimar a dimensão de outras células. 
O formato dos eritrócitos é mantido por citoesqueleto 
especializado, que mantém a estabilidade mecânica e flexibilidade 
necessária para sua movimentação durante a circulação. Possui uma 
bicamada lipídica típica, proteínas integrais de membrana (sendo 
elas a glicoforina C, que ajuda na fixação da rede proteica do 
citoesqueleto à membrana celular, e a proteína da banda 3, que se 
liga à hemoglobina e atua como fixação para proteínas do 
citoesqueleto) e proteínas periféricas de membrana. Quaisquer 
defeitos nos genes que codificam essas proteínas do citoesqueleto 
podem resultar em eritrócitos frágeis e com formato anormal. 
 
Os eritrócitos transportam oxigênio e dióxido de carbonos ligados à 
proteína hemoglobina. Ela liga moléculas de oxigênio no pulmão e 
depois, libera estas nos tecidos. O formato discoide do eritrócito 
facilita a troca gasosa. 
A hemoglobina é formada por 4 cadeias polipeptídicas de globina 
α,β,γ e δ , formando cada uma um complexo com um grupo heme 
que possui ferro. Na oxigenação, cada um dos 4 grupos se liga à uma 
molécula de oxigênio de modo reversível. 
 
 
Há vários tipos de hemoglobina, devido a variações nas cadeias 
polipeptídicas, porém 3 são consideradas normais: Hb A1, Hb A2 
(presentes em adultos) e Hb F (presente em fetos). 
 
LEUCÓCITOS 
São células incolores, esféricas e protegem o organismo contra 
infecções. São produzidos na medula óssea ou em tecidos linfoides. 
São divididos em dois grupos: 
• Granulócitos: possuem grânulos específicos no citoplasma e 
núcleo de formato irregular → neutrófilo, eosinófilo e 
basófilos 
• Agranulócitos: Não possuem grânulos específicos no 
citoplasma e possuem núcleo com formato mais regular.→ 
linfócitos e monócitos. 
NEUTRÓFILOS 
Também chamados de leucócitos polimorfonucleares. São os mais 
numerosos. Medem de 10 a 12 μm de diâmetro e são maiores que 
os eritrócitos. Possuem ausência de coloração citoplasmática e 
Núcleos multilobulados (2 a 4 lobos) unidos por filamentos 
nucleares mais finos. A Célula jovem não possui segmentação no 
núcleo, sendo denominado núcleo em bastonete, ou bastonete. 
Na Cromatina, as regiões com heterocromatina estão na periferia 
do núcleo, em contato com envoltório nuclear, enquanto que as 
regiões de eucromatina estão localizadas no centro do núcleo. No 
sexo feminino há o Corpúsculo de Barr (cromossomo x inativo único 
condensado), formando um apêndice em formato de baqueta de 
tambor em um dos lobos nucleares. 
Possuem grânulos azurófilos no citoplasma, que são maiores e 
menos numerosos que os grânulos específicos, contendo proteínas 
e peptídeos destinados a digestão e morte de microrganismos, e 
também grânulos específicos, que são menores e mais numerosos, 
formado por enzimas importantes no combate aos microrganismos 
e componentes para reposição de membrana. 
 
3 neutrófilos envolvidos por eritrócitos. A parte mais clara é devido a forma 
bicôncava. 
São células móveis, que deixam a circulação sanguínea e migram 
para o local de ação no tecido conjuntivo, sendo os primeiros a 
chegar numa área de dano tecidual, devido à expressão de 
moléculas de adesão na superfície de neutrófilos. A fase inicial de 
migração ocorre em vênulas pós capilarese é regulada por 
reconhecimento da célula endotelial pelo neutrófilo. Algumas 
moléculas de adesão (ex selectina) são moléculas de adesão celular 
encontradas na superfície de células endoteliais dessas vênulas, que 
integram com os neutrófilos circulantes que expressam número alto 
de carboidratos, fazendo com que ambos fiquem ficados. Os 
@apostilas_medvet 46 
 
neutrófilos então diminuem sua velocidade e rolam sobre a 
superfície do endotélio. A ligação firme dos neutrófilos na superfície 
endotelial é feita por moléculas de adesão denominadas integrinas. 
O neutrófilo então emite pseudópodo em direção a uma junção 
intercelular, que é aberta devida a liberação de histamina e heparina 
por mastócitos perivasculares. O neutrófilo então sai do vaso e entra 
no tecido conjuntivo subjacente, indo para o local de lesão por meio 
de quimiotaxia. 
 
Já no local de lesão, o neutrófilo reconhece as substâncias estranhas 
para depois fazer fagocitose. A fagocitose se inicia quando o 
neutrófilo reconhece o antígeno e se liga á ele. Os pseudópodos do 
neutrófilo envolvem o antígeno e o internalizam, formando um 
fagossomo. Os grânulos específicos e azurófilos se fundem com a 
membrana desse fagossomo e liberam substâncias que irão digerir 
o material estranho. 
 
 
EOSINÓFILOS 
Quase do mesmo tamanho dos neutrófilos, possuem núcleo 
bilobulado, heterocromatina compacta localizada adjacente ao 
envoltório nuclear e a eucromatina localizada no centro do núcleo. 
São menos numerosos que os neutrófilos (1 a 3% do total de 
leucócitos). 
 
Possuem grandes grânulos eosinófilos em seu citoplasma. Os 
grânulos azurófilos são lisossomos que ajudam na destruição dos 
parasitos. Os grânulos específicos contêm um corpo cristaloide com 
proteínas em seu interior. 
São células associadas à reações alérgicas, infecções parasitárias e 
inflamação crônica. Eles desenvolvem-se e amadurecem na medula 
óssea. Após serem liberados, circulam no sangue periférico e 
migram para o tecido conjuntivo. São ativados por interações com 
anticorpos IgG, IgA, ou IgA secretora. 
A liberação de arilsulfatase e de histaminase pelos eosinófilos nos 
locais de reação alérgica modera os efeitos deletérios dos 
mediadores vasoativos inflamatórios. Também participa de reações 
imunológicas e fagocita os complexos de antígeno-anticorpo. 
BASÓFILOS 
Possuem numerosos grânulos grandes em seu citoplasma, que se 
coram com corantes básicos e podem obscurecer o núcleo, que é 
volumoso, retorcido e irregular. Constituem menos de 2% dos 
leucócitos do sangue, porém, seu número se expande na medula 
óssea a sinais inflamatórios. 
 
Seus grânulos são metacromáticos e contém histamina, fatores 
quimiotáticos para eosinófilos e neutrófilos, e heparina. A 
membrana plasmática dessas células possui receptores para 
imunoglobulina E (IgE). Além das proteínas nos grânulos, liberam 
também citocinas (IL-4, IL-3) e leucotrienos, que são mediadores 
inflamatórios. 
LINFÓCITOS 
São as principais células do sistema linfático ou imune. São células 
que não são terminalmente diferenciadas, podendo ser capazes de 
sofrer divisão e diferenciação em outros tipos celular mediante 
estimulação. Também podem deixar o lúmen dos vasos sanguíneos 
e irem para o tecido, podendo também retornar. São responsáveis 
pela defesa imunológica, reconhecendo moléculas estranhas e 
combatendo-as por meio de resposta humoral – produção de 
imunoglobulinas – e resposta citotóxica mediada por células. 
 
@apostilas_medvet 47 
 
Caracterizado por serem células esféricas, com núcleo pequeno e 
também esférico, às vezes com uma chanfradura. Sua cromatina se 
mostra como grumos grosseiros, fazendo com que o núcleo seja 
bem escuro nos preparados usuais. O citoplasma é pequeno e 
escasso, aparecendo como um anel delgado em volta do núcleo, 
corando em azul-claro. Pode conter grânulos azurófilos. 
Podem ser separados em dois tipos: Linfócitos B e Linfócitos T, com 
diversos subtipos. 
• Linfócitos T: participam da imunidade celular e tem vida mais 
longa. Podem ser citotóxicos (efetores primários da 
imunidade celular), auxiliares (ajudam as células B e T na 
resposta imune) ou supressores (inibem a atividade das 
células B e regula a maturação dos eritrócitos na medula 
óssea) 
• Linfócitos B: produzem anticorpos e possuem tempo de vida 
variável 
Todos os tipos de linfócitos participam da memória imunológica e 
só podem reconhecer antígenos específicos. Quando os linfócitos 
entram em contato, pela primeira vez, com um antígeno que são 
capazes de responder, dividem-se várias vezes. Parte dos linfócitos 
diferenciam-se em linfócitos B que podem dividir-se várias vezes, 
produzindo mais linfócitos B e plasmócitos, que participam da 
produção de anticorpos. Outra parte diferencia-se em linfócitos T 
que sofrem várias sequências de divisões celulares e produzem 
linfócitos citotóxicos, capazes de lisar células estranhas ou 
infectadas por vírus. Algumas células T e B não sofrem diferenciação 
e permanecem como células de memória de vida longa, 
programadas para responder rapidamente e com mais intensidade 
a exposições posteriores ao antígeno específico. 
MONÓCITOS 
São precursores das células do sistema fagocitário mononuclear. 
São os maiores leucócitos circulantes, com núcleo ovoide em forma 
de rim ou de ferradura, geralmente excêntrico, núcleo é mais claro, 
com dois ou três nucléolos. Citoplasma é basófilo e contém grânulos 
azurófilos (lisossomos) finos, que podem preencher todo o 
citoplasma. 
 
Essas células passam da medula óssea, onde foram produzidas, para 
os tecidos corporais, onde irão se diferenciar em vários fagócitos do 
sistema fagocítico mononuclear - isto é, macrófagos do tecido 
conjuntivo, macrófagos alveolares, macrófagos perissinusoidais no 
fígado (células de Kupffer) e macrófagos dos linfonodos, baço e 
medula óssea, osteoclastos (do osso), dentre outros. 
Os monócitos se diferenciam em macrófagos, que irão atuam como 
célula apresentadora de antígeno no sistema imune. 
 
PLAQUETAS 
São corpúsculos anucleados, em forma de disco, derivado de células 
gigantes da medula óssea, os megacariócitos. Ela possui função de 
promover a coagulação do sangue e auxiliar na reparação da parede 
dos vasos, evitando perdas de sangue. 
Na formação das plaquetas, pequenos fragmentos de citoplasma 
são separados das regiões periféricas do megacariócito por canais 
extensos de demarcação de plaquetas. A membrana que reveste 
esses canais origina-se por invaginação da membrana plasmática; 
por conseguinte, os canais estão em continuidade com o espaço 
extracelular. O desenvolvimento continuado e a fusão das 
membranas de demarcação das plaquetas resultam na separação 
completa dos fragmentos citoplasmáticos, formando, por fim, 
plaquetas individuais. 
 
Setas: hemácias // círculos: plaquetas 
 
FORMAÇÃO DAS CÉLULAS 
SANGUÍNEAS 
A hematopoese/hemocitopoese inclui a eritropoese, leucopoese e 
trombopoese. É um processo responsável pela renovação, 
proliferação, diferenciação e maturação celular para produção de 
células do sangue. 
As células do sangue possuem vida curta e são renovadas de forma 
constante por proliferação através da mitose de células localizadas 
em órgãos hemocitopoiéticos. 
As primeiras células do sangue surgem no mesoderma do saco 
vitelínico. Essa fase, chamada de mesoblástica, se caracteriza pelo 
desenvolvimento de eritroblastos primitivos e ocorre dentro de 
vasos sanguíneos em desenvolvimento. Posteriormente, inicia-se a 
hemocitopoese definitiva, com a migração para o fígado fetal dessas 
células. O fígado então, funciona temporariamente como órgão 
hemocitopoético. Essa fase, denominada de hepática, se caracteriza 
pelo desenvolvimento de eritroblastos, granulócitos e monócitos, 
também aparecendo as células linfoides e megacariócitos. Os outros 
órgãos em desenvolvimentotambém irão contribuir com esse 
processo, principalmente na produção de linfócitos. 
@apostilas_medvet 48 
 
A clavícula então passa a se ossificar e inicia-se a formação da 
medula óssea hematógena (vermelha), dando início à fase medular 
da hemocitopoese. Na vida pós natal, os eritrócitos, granulócitos, 
linfócitos, monócitos e plaquetas irão se originar de células tronco 
da medula óssea vermelha. 
Os órgãos nos quais ocorre o desenvolvimento linfoide são 
chamados de primários (medula óssea e timo) e secundários (baço, 
linfonodo e agregados linfoides) Todas as células são derivadas de 
forma primária na medula óssea. Linfócitos B diferenciam-se na 
medula e os linfócitos T provém de células que saem da medula e 
vão até o timo para se diferenciar. Nos órgãos secundários, os 
linfócitos T e B se proliferam intensamente, estimulado por 
antígenos. 
 
 
Aditime-se que todas as células do sangue derivam de um único tipo 
celular da medula óssea, por isso chama-se célula tronco 
pluripotente, que se prolifera e formam a linhagem das células 
linfoides (forma linfócitos) e células mielóides (forma eritrócitos, 
granulócitos, monócitos e plaquetas). 
Nos adultos, as células tronco hematopoéticoas (CTH) residem na 
medula óssea, e sob a influência de citocinas e fatores de 
crescimento, diferenciam-se em células progenitoras mieloides 
comuns (CMP), que darão origem aos megacariócitos, eritrócitos, 
neutrófilos, eosinófilos, basófilos, mastócitos e monócitos, e nas 
células progenitores linfáticas comuns (CLP), que darão origem às 
células T, células B, células NK. 
Durante a eritropoese, eritrócitos evoluem de pró-eritroblastos e 
eritroblastos basófilos, plicromatófilos e ortocromatófilos para 
eritrócitos policromatófilos e maduros. Os que estão em 
desenvolvimento tornam-se menores, modificam seu citoplasma 
(de azul para vermelho) por acúmulo de hemoglobina e eliminam 
seus núcleos. 
Na trombocitopoese, as plaquetas são produzidas na medula óssea, 
por células chamadas megacariócitos, que se desenvolveram a 
partir das mesmas células tronco CMP dos eritroblastos. 
Na granulocitpoese, os granulócitos originam-se de células tronco 
CMP que se diferenciaram em células progenitores de 
granulócitos/monócitos (GMP). 
As células progenitoras de neutrófilos (NoP) passam por seis 
estágios no desenvolvimento: mieloblasto, pró-mielócitos, 
mielócitos, metamielócito, bastonete (célula imatura) e neutrófilo 
maduro. 
Na linfocitopoese, os linfócitos se desenvolvem a partir da célula 
tronco CLP e dependem de fatores de transcrição específicos. 
Diferenciam-se na medula óssea e em outros tecidos linfáticos. 
A medula óssea contém cordões de células hematopoéticas ativas 
que residem dentro da cavidade medular nos jovens e nos adultos, 
dentro dos espaços do osso esponjoso. Ela também contém vasos 
sanguíneos especializados (sinusoides), onde são liberadas células 
sanguíneas recém-desenvolvidas e plaquetas. 
A medula óssea não ativa na hemocitopoese contém adipócitos e é 
chamada de medula óssea amarela.

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