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Produtor de Cosmeticos

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Fortaleza
2012
Produtor de 
cosméticos
Evanise Batista Frota
Elizabete Batista Frota
©2012 by Edições Demócrito Rocha
Todos os direitos desta edição reservados a:
 Frota, Evanise Batista
F941p Produtor de cosméticos / Evanise Batista Frota. - Fortaleza: 
Edições Demócrito Rocha; Instituto Centro de Ensino 
Tecnológico, 2011.
 72 p.: il. color. 
 ISBN 978-85-7529-523-6
 1. Indústria Cosmetologia 2. Cosméticos I.Título.
CDU 687.5
Fundação Demócrito Rocha
Presidente: Luciana Dummar
Editora: Regina Ribeiro
Coordenação Editorial: Eloísa Maia Vidal
Coordenação Geral do Projeto: Francisco Fábio Castelo Branco
Editor de Design: Deglaucy Jorge Teixeira
Projeto Gráfico: Arlene Holanda
Capa: Welton Travassos
Revisão: Wilson P. Silva
Editoração Eletrônica: Welton Travassos
Catalogação na fonte: Ana Kelly Pereira
Ilustrações: Eli Barbosa e Leonardo Filho
Fotos: Banco de Dados O POVO
Av. Aguanambi, 282-A - Joaquim Távora - Cep 60.055-402 - Fortaleza-Ceará
Tel.: (85) 3255.6270 - 3255.6148 - 3255.6256 - Fax (85) 3255.6160
edicoesdemocritorocha.com.br | edr@fdr.com.br | livrariaedr@fdr.com.br
Durante as aulas
■ Prestar atenção ao que o instrutor explica e demonstra. 
■ Pedir ao instrutor para explicar novamente, caso não tenha entendido alguma 
coisa. 
■ Fazer todas as atividades para ver se você realmente aprendeu o que foi ensinado.
■ Prestar muita atenção às aulas práticas. São elas que preparam o profissional 
eficiente.
■ Ler tudo com atenção. 
■ Se achar uma palavra difícil, não se preocupar. Marcar a palavra e perguntar o 
que significa ao instrutor ou pesquisar num dicionário. 
■ Procurar associar o que está escrito com as figuras existentes no texto.
■ O instrutor está à sua disposição para tirar dúvidas, portanto pergunte à vontade. 
Esforce-se e aprenda!!!
Em casa
Para aproveitar ao máximo
o curso você precisa
Aprende-se a fazer, fazendo...
Sumário
Introdução ........................................................................................ 7
Lição 1
Fabricação de perfumes ..................................................................9
Lição 2
Fabricação de desodorante spray .................................................27
Lição 3
Fabricação de sabonetes líquidos .................................................31
Lição 4
Fabricação de xampu ....................................................................39
Lição 5
Condicionador ................................................................................47
Lição 6
Hidratante .......................................................................................55
Lição 7
Noções de higiene, limpeza 
e cuidados no uso de aditivos .......................................................62
Pequeno dicionário para orientação dos 
componentes na formulação dos produtos ...................................71
Referências ................................................................................... 72
7
Introdução
A fabricação de produtos cosméticos tem importância, devi-
do o seu uso intenso no cotidiano, sendo utilizado uma varie-
dade imensa de produtos de limpeza, perfumes e de conser-
vação da pele como sabonetes, xampus, condicionadores, 
hidratantes e etc.
O uso destes produtos é essencial para se ter uma vida 
saudável, visto que a limpeza e a conservação da pele são 
muito importantes tanto no que diz respeito a se manter uma 
boa aparência, como na preservação da saúde, através do 
combate às doenças sendo estas minimizadas com o uso dos 
produtos cosméticos tendo muitos deles ação microbiana.
A fabricação de tais produtos no meio doméstico exige 
total atenção por parte do indivíduo, uma vez que, qualquer 
excesso de reagente, pode reverter o benefício em malefício 
para a pele. Portanto, a produção em escala não industrial 
deve ser cercada de muitos cuidados e seriedade.
Um dos benefícios principais do uso de cosméticos é a 
limpeza e hidratação da pele. Atualmente o mercado cosmé-
tico faz uso de muitas substâncias naturais, com o objetivo 
de uma maior absorção de água e nutrientes, induzindo a 
uma maior conservação da pele.
Além dos benefícios para o usuário também é importante 
saber que o uso de produtos naturais é um apelo ecologica-
mente correto que remete à questão da preservação da 
biodiversidade. 
Não basta apenas a preocupação do uso de produtos natu-
rais, mas também de como estes são adquiridos e descarta-
dos. Deve sempre existir além da preocupação dos benefícios 
ao corpo, cuidado na preservação do meio ambiente. 
99
Fabricação de perfumes
A fragrância pode ser o fator determinante na escolha de um 
produto cosmético. Isto acontece porque o olfato se liga dire-
tamente às emoções e lembranças. Por isso a indústria de 
perfume e higiene pessoal investe muito no marketing olfativo 
aumentando o vínculo entre a marca e o consumidor final.
Fabricar perfumes é muito mais simples do que se possa 
imaginar. Alguns detalhes e cuidados, porém, jamais podem 
ser ignorados, pois se corre o risco de comprometer a qualida-
de e a eficiência deles. Um perfume preparado com fragrâncias 
(essências) de qualidade comprovada, com os cuidados 
necessários e aliado a uma boa dosagem, tem praticamente o 
mesmo resultado que os mais caros dos perfumes importados.
As fragrâncias características dos perfumes foram obti-
das durante muito tempo exclusivamente a partir de óleos 
essenciais extraídos de flores, plantas, raízes e de alguns 
animais selvagens.
Esses óleos receberam o nome de óleos essenciais por-
que continham a essência, ou seja, aquilo que confere à 
planta seu odor característico. 
Embora os óleos essenciais sejam ainda hoje obtidos a 
partir dessas fontes naturais, têm sido substituídos cada vez 
mais por compostos sintéticos.
Nomenclatura de fragrâncias
Parfum (perfume) ou Extrait 
Superconcentrados, contêm a maior porcentagem de essên-
cia. A quantidade de essência varia de fragrância para fra-
grância e isto ocorre devido a diferente performance de cada 
uma delas.
Normalmente um perfume (extrato) contém entre 20% e 
40% de concentração de essência.
Eau de Parfum
Forma um pouco mais diluída do que o parfum (extrato), 
geralmente a concentração de essência varia entre 15% a 
20%. Apesar de ser mais diluído, o aroma ainda é forte.
1Lição
Que fator é 
determinante na 
escolha de um 
produto cosmético?
Qual a concentração 
da essência de um 
perfume?
Diferentes concentrações 
de essência determinam o 
preço e a intensidade do 
perfume.
Eau de Parfun
Frasco de perfume
10
Eau de Toilette (água de toilette)
Contém normalmente entre 10% e 15% de concentração de 
essência. Não é tão forte e duradouro, nem tão caro como o 
perfume, mas é sem dúvida, a forma mais popular de fragrância. 
Eau de Cologne (colônia ou água de colônia) 
Contém a menor porcentagem de essência, normalmente 
5% de concentração de fragrância. É uma versão mais leve.
Classificação olfativa das fragrâncias
Cada perfume é resultado da combinação de notas básicas 
como madeira, flores, especiarias, frutas e elementos doces 
como o âmbar e a baunilha, que determinam se a fragrância 
é jovem, refrescante, moderna, sensual, etc. De acordo com 
a composição das notas, as fragrâncias são classificadas 
em famílias olfativas.
Fragrâncias femininas
1. Cítrica
Este tipo de fragrância é viva, leve, refrescante e energética. 
Composta principalmente de notas cítricas (limão, bergamo-
ta, tangerina, mandarina, laranja e lima) aliadas a ervas 
aromáticas (tomilho, sálvia, menta, alecrim, anis). 
2. Lavanda
Caracteriza-se pela predominância da nota lavanda. As 
notas de lavanda são puras e transmitem muito frescor, são 
alegres e vibrantes. Estas fragrâncias bem aceitas no mer-
cado brasileiro. As matérias-primas utilizadas na composi-
ção desta fragrância são: lavanda, gerânios e musk.
3. Floral 
Principal família dos perfumes femininos podem se classifi-
car em:
Floral Bouquet
É a combinação harmoniosa de duas ou mais fragrâncias 
complexas de flores, onde predominamas notas florais, dos 
mais simples aos mais completos bouquets. Expressam 
Eau de toillette
Qual a classificação 
olfativa das 
fragâncias?
Qual a diferença 
entre perfume e 
água de colônia?
11
frescor, natureza, delicadeza, fineza, romantismo e feminili-
dade. As matérias-primas utilizadas na composição desta 
fragrância são: rosa, jasmim, violeta e cravo.
Floral Aldeídica
Elaboradas com aromas florais com a adição de notas aldeí-
dicas. Os aldeídos foram os primeiros ingredientes sintéticos 
na perfumaria. Importantes por seu impacto, força, presença.
Floral Verde/Fresco
Elaborada em notas florais com a adição de notas verdes, 
lembram o frescor de folhas, plantas, gramas e alguns vege-
tais. São notas frescas, limpas, esportivas e naturais. As 
matérias-primas são: folhas de violeta, jacinto, grama corta-
da, folhagem.
Floral Frutal
Tendência moderna e atual de combinar florais às notas fru-
tais, resultando em perfumes de característica refrescante. 
Muito usadas em notas de saída pelo seu caráter volátil. 
Vistas como frescas, jovens, saborosas e divertidas. Matérias-
primas utilizadas na composição desta fragrância: pêssego, 
damasco, abacaxi, melão, manga e maracujá.
4. Floriental
As fragrâncias florientais são baseadas na combinação de 
notas florais com adição de notas orientais. Combinam a 
beleza e a popularidade do bouquet floral com a sensualida-
de e o exotismo das fragrâncias orientais. 
Floriental Especiada
Família oriental com elementos florais e especiados. Matérias-
primas utilizadas na composição desta fragrância: cravo, 
canela, baunilha (vanila), noz moscada e flor de laranjeira.
Floriental Amadeirado
Combinação de notas florais orientais com adição de notas 
amadeiradas. As matérias-primas são: sândalo, cedro, patchou-
li, madeiras transparentes.
Lavanda
Como se classifica a 
fragrância floral?
Floral Frutal Aquoso:
elaboradas em notas florais 
com adição de notas 
ozônicas, marinhas e 
aquosas. Utilizam-se as 
seguintes matérias-primas: 
melão, melancia, lírios 
d’água, juncos d’água.
Floral Especiada:
elaboradas em notas florais 
com nuances de 
especiarias. As principais 
especiarias são o cravo, a 
pimenta e noz moscada.
Floral Ambarado:
notas florais adicionadas 
às notas quentes e 
envolventes do âmbar.
12
Floriental Frutal 
Combinação de notas florais e orientais com aspectos de 
notas frutais frescas (melão) ou frutais doces (pêssegos, 
uva, abacaxi, coco).
Floriental Gourmand
Combinação de notas florais e orientais com notas Gourmand 
(gustativas) como algodão doce, bala toffee, caramelo, café, 
chocolate e outros que remetem aos cheiros doces da infância.
Floriental Ambarado
Combinação de notas florais com notas doces como a bau-
nilha e o âmbar.
5. Oriental
São notas que fazem lembrar os odores do Oriente, como as 
resinas adocicadas, os bálsamos da Arábia, as especiarias da 
Índia e o almíscar (musk). Aos orientais são associados o sân-
dalo e à baunilha, dando mais transparência às fragrâncias. 
Desta maneira, estas fragrâncias estão sendo mais aceitas 
durante o dia. São bastante marcantes, transmitem mistério, 
exotismo e sensualidade. Matérias-primas utilizadas na compo-
sição desta fragrância: sândalo, vanilla, bálsamo e patchouli.
Oriental Especiada 
Às notas orientais são incorporadas notas especiadas como 
o cravo, canela, pimenta doce.
Oriental Amadeirada
Às notas orientais são incorporadas notas amadeiradas 
como o sândalo e o cedro. 
Oriental Ambarada
Às notas orientais são incorporadas notas ambaradas como 
o âmbar a baunilha.
6. Chypre
O Chypre é uma combinação de madeiras e musgos. Os 
chypres são quentes e marcantes. 
Fragrância floriental
De que se compõem 
as fragrâncias 
florientais?
Quais as matérias-
primas da fragrância 
oriental?
13
Chypre Oriental
Combinação de madeiras e musgos, sândalo, patchouli, 
musgo de carvalho, musgo de árvores e a adição de notas 
doces, âmbar, vanila.
Chypre Floral
São normalmente chypres mais leves, não deixando de ser 
envolventes. Combinam notas florais, amadeiradas e musgos.
Chypre Frutal/Verde 
As fragrâncias chypre (madeiras e musgos) são adicionadas 
de notas frutais.
Chypre Amadeirado 
Predominam as notas madeiras como o cedro e o sândalo.
Musk/almiscaradas
São fragrâncias que transmitem bem-estar, aconchego, calor, 
sensualidade. Originalmente a matéria-prima musk era obtida 
da secreção de um animal chamado Moschus mouschiferus 
(veado almiscareiro). Atualmente, uma reprodução química sin-
tética substitui o original. Notas almiscaradas também são asso-
ciadas à florais. Usado em fragrâncias femininas e masculinas.
Fragrâncias masculinas
Cítrica / aromática
Deriva de notas cítricas como limão, bergamota, mandari-
na, laranja, combinados com ervas aromáticas (menta, 
alecrim, anis). 
Fougère
As notas Fougère são baseadas em um acorde ou combinação 
de ingredientes. No passado as fragrâncias masculinas eram 
predominantemente Fougère. Este tipo de fragrância é fresca, 
combinando notas cítricas, verdes, herbais, gerânio e lavanda.
A família Fougère evoluiu nos últimos anos com novos 
acordes frescos utilizando notas florais, frutais e verdes. A 
percepção geral é limpa, vibrante, natural e fresca. Estes 
novos acordes são também incomuns devido a permanência 
do seu frescor durante todo o uso da fragrância. É a mais 
Fragrância Chypre
Fragrância masculina
14
expressiva dentro das famílias masculinas, e com o maior 
número de lançamentos.
Fougère Amadeirado
Impressão de odores de madeira dentro do tema da fragrância.
Para homens com espírito esportivo ou clássico, hoje ganha 
adeptos femininos. Matérias-primas utilizadas na composi-
ção desta fragrância: cedro, pinho, sândalo e cipreste.
Fougère Aromático
Esta combinação marcante e harmônica, que normalmente 
é utilizada em colônias masculinas, no Brasil também tem 
grande aceitação pelo público feminino. Matérias-primas 
utilizadas na composição desta fragrância: manjericão, sál-
via, alecrim e pinho.
Fougère Fresco 
Fragrância Fougère adicionada de notas cítricas frutais e 
notas marinhas, aquosas, verdes e frescas.
Fougère Ambarado 
Fragrância Fougère adicionada de notas quentes do âmbar.
Estrutura do perfume
A evolução de um perfume sobre a pele esta baseada na per-
cepção das notas voláteis que fazem parte de sua composição.
Os perfumes têm em sua composição uma combinação 
de fragrâncias distribuídas e denominadas de notas de um 
perfume. Assim, um bom perfume possui três notas:
 �Nota superior (ou cabeça do perfume) - é a primeira 
impressão ao sentir um perfume. São notas refrescantes, é 
a parte mais volátil do perfume e a que detectamos primei-
ro, geralmente nos primeiros 15 minutos de evaporação. 
 �Nota do meio (ou coração do perfume) - é a parte inter-
mediária do perfume. É a personalidade da fragrância. 
Expandem-se e enriquecem gradualmente, à medida que 
o tempo passa. O aroma permanece na pele por aproxi-
madamente 2 horas.
 �Nota de fundo (ou base do perfume) - é a parte menos 
volátil, geralmente leva de quatro a cinco horas para ser 
percebida. É também denominada "fixador" do perfume.
Qual a cmposição da 
fragrância cítrica?
Qual o significado 
do termo notas de 
um perfume?
15
Matérias-primas utilizadas na fabricação
de perfumes
Água
Para a fabricação de perfume, água de colônia, etc, deve-se 
utilizar água destilada para evitar impurezas que poderiam 
turvar o perfume. 
Álcool
O álcool é um dos produtos mais utilizados na fabricação 
dos perfumes líquidos. Devemos utilizar álcool da melhor 
qualidade para obtenção de perfumes finos. Recomenda-se 
a utilização de álcool de cereais. 
Corantes
Para a coloração dos perfumes líquidos, usam-se, corantes 
alimentícios, que são encontrados sob a forma de soluções, 
em casas especializadas.
Fragrância (essência) para perfumes 
É encontrada em lojas especializadas e para escolhê-la, 
siga seu gosto pessoal. 
Fixadores
Lembre-se sempre
1. Diferentes concentrações de essência determinam o 
preço e também se seu perfume fixaou não.
2. A qualidade da essência é quem vai dizer se seu perfume 
fixa ou não.
3. A qualidade do perfume está na qualidade da fragrância 
(essência).
Fixação de um perfume 
Os elementos que contribuem para um perfume fixar na pele 
já vêm na essência – cada ingrediente da essência tem o 
seu próprio poder de fixação (pegue uma pétala de baunilha, 
por exemplo, esfregue na pele, que o cheiro vai ficar). Além 
disso, existem outros elementos químicos e/ou orgânicos 
cuja finalidade é melhorar a fixação.
Não se pode esperar que uma colônia fixe na mesma 
proporção de um perfume. 
Água
Álcool
Corantes
Flor da baunilha
16
A concentração da fragrância, isto é, a proporção da 
essência em líquidos torna o perfume mais ou menos forte e 
lhe confere diferentes tempo de duração na pele.
O argumento escolhido para venda de um perfume é a 
“fixação”, usando muita potência e duração dos cheiros, 
mesmo que desvie o caminho da qualidade. Aumente nas 
porcentagens de aplicação dos 15% tradicionais de essências 
para 20% a 30% e dosagem muito alta de novas matérias-
primas sintéticas de baixa evaporação. De preferência, use 
óleo essencial (caros) do que essências (bem mais baratas). 
Enfim, o que é fixação?
Na realidade é o cheiro que vai ficar em sua pele durante um 
tempo indeterminado após a aplicação, e normalmente esse 
cheiro residual vai ser muito diferente do perfume que você 
usou em sua pele algumas horas antes.
Pode-se explicar de uma maneira muito fácil o porquê 
desse fato – um óleo essencial (essência) é a mistura de 
várias matérias-primas, como folhas, flores, madeiras, raí-
zes, frutas, etc., cada uma com um cheiro mais ou menos 
volátil (volatilização - ato ou efeito de evaporar). Por exem-
plo, o limão, a hortelã e outros se evaporam rapidamente, já 
as flores levam algum tempo e as madeiras, raízes ou resina 
demoram algumas horas para desaparecerem.
Na nossa pele aqueles produtos de evaporação mais 
lenta como resina, madeiras, incenso, baunilha, etc., terão 
maior fixação (mais tempo na pele) e uma evaporação pro-
gressiva, fracionada; primeiro liberando as notas refrescan-
tes, notas mais voláteis, depois as notas florais e especiarias 
de média duração na pele e finalmente os produtos que dão 
uma grande fixação, que são os produtos de evaporação 
lenta.
O prazo de validade do perfume é normalmente de 2 a 3 
anos, contudo, deve-se observar que este tipo de produto 
mantém suas características originais por este período se 
forem acondicionadas em local fresco, seco e ao abrigo da 
luz, principalmente da incidência direta dos raios solares.
Vagem seca da baunilha
Essências
17
Maceração de um perfume
Em perfumaria macerar quer dizer impregnar, apurar, inten-
sificar a fragrância. Da mesma maneira que as boas bebidas 
necessitam obrigatoriamente ficar curtindo (macerando), 
também os melhores perfumes passam por tal processo.
Para entender melhor o que isso significa, temos a 
seguinte explicação – as essências são compostas com 
muitos elementos naturais, que são extraídos de flores, 
folhas, caules, frutos, sementes, madeiras, etc. Esses ele-
mentos deixam micropartículas suspensas na solução.
Dessas partículas, que nada mais são do que fragmentos 
aromáticos, desprendem-se notas importantes que com-
põem a fragrância. Portanto, durante um certo período, que 
vai muito além da data em que a essência foi produzida, a 
dispersão aromática continua a acontecer.
Assim, é óbvio que o fluido, em maceração, se intensifica 
muito mais do que se fosse filtrado logo após a fabricação.
Como o processo é caro, muitas empresas não se dão a 
esse trabalho, daí a baixa qualidade de seus perfumes. Mesmo 
em perfumes com notas sintéticas, a maceração é importante, 
para eliminar o odor do álcool, que com o tempo vai diminuindo, 
deixando transparecer quase que apenas a essência.
Equipamentos básicos
 �Provetas de 50, 100, 250 e 500 mL (cm3) para medição; 
ou jarra de vidro ou plástico com medidas (do tipo utiliza-
do em receitas culinárias. 
 �Copos ou béquer de várias capacidades para misturar os 
componentesl.
 �Bastões de vidro ou colheres de inox para auxiliar na mis-
tura dos componentes.
 �Funis pequenos e grandes de vidro e papéis de filtro para 
as filtrações (filtros comuns, utilizados para coar café, ou 
filtros específicos para este fim, encontrados em casas 
especializadas).
 �Porta filtro de papel.
 �Recipiente de vidro escuro (âmbar) com tampa (rolha) 
para maceração do produto.
Óleo essencial de laranja
18
 �Rolhas. 
 �Etiqueta adesiva lisa para escrever o nome e a data que 
foi feito o perfume.
 �Caderno para anotar as fórmulas (desta maneira seu per-
fume sairá sempre igual, pois funciona como um livro de 
receita).
 �Frascos de vidro com válvula spray para acondicionar o 
perfume para o uso.
 �Etiquetas para identificar os produtos acabados.
 �Embalagens, saquinhos de TNT com fita ou caixas para 
os vidros spray.
Para a produção de composições aromáticas em 
maior escala são necessários ainda recipientes maiores 
tais como os tachos.
Processo de produção
1. Formulações básicas para perfumes
(fabricação artesanal)
Fórmula básica para colônia ou água de colônia
com essências de qualidade
Matéria-prima Quantidade
Álcool de cereais 800 mL
Essência 50 mL
Água destilada 150 mL
Total 1000 mL
Fórmula básica para Eau de Toilette (água de toilette)
Matéria-prima Quantidade
Álcool de cereais 800 mL
Essência 100 mL 
Água destilada 100 mL
Total 1000 mL
Fórmula básica para Eau de Parfum
Matéria-prima Quantidade
Álcool de cereais 800 mL
Essência 200 mL
Total 1000 mL
A fixação de um perfume 
está na quantidade e 
qualidade da essência 
usada
Béquer
Qual a importância 
da maceração de um 
perfume?
Descreva a função 
de um fixador nos 
perfumes
Proveta
19
Fórmula básica para Parfum (perfume) ou Extrait
O extrato perfumado atualmente pode ter de 30% a 40% de essên-
cia e não vai água. É muito forte e ideal para noite. Os extratos são 
acondicionados para venda em frascos miniaturas de 5mL a 20 mL
Matéria-prima Quantidade
Álcool de cereais 600 mL
Essência 400 mL 
Total 1000 mL
Fórmula básica para Eau de Fraiche (pós-banho)
Matéria-prima Quantidade
Álcool de cereais 800 mL
Essência 30 mL
Água destilada 170 mL
Total 1000 mL
Método de preparo de todas as fórmulas do ítem 1:
Coloque o álcool em um recipiente graduado e adicione a essência. Agite e deixe 
em repouso. No dia seguinte adicione lentamente a água destilada.
2. Formulações básicas para perfumes
(fabricação em escala industrial)
Fórmula de Perfume (extrato)
Matéria-prima Quantidade
Dipropilenoglicol 20 mL
Fixador 20 mL
Álcool de cereais a o produto ficar com a quanti-
dade volume de 1litro contando com a essência
q.s.p.
Colocar a essência na concentração desejada 300 a 400 mL
Total 1000 mL
Fórmula Eau de parfum
Matéria-prima Quantidade
EDTA 1 mL
Dipropilenoglicol 20 mL
Fixador 20 mL (2%)
Álcool de cereais
Até o produto ficar com a quantidade volume 
de 1 litro contando com a essência
q.s.p.
Colocar a essência na concentração desejada 200 a 300 mL
Total 1000 mL
O perfume tem quatro 
inimigos: 
1 - A luz 
2 - O tempo 
3 - O ar 
4 - O calor 
Portanto é necessário 
protegê-lo bem. Manter 
sempre as embalagens 
transparentes ao abrigo 
da luz, dentro da caixa ou 
dentro de um armário. 
Fechar bem o vidro. 
Procurar guardá-lo em 
local fresco.
q.s.p. significa quantidade
suficiente para, e refere-se 
à quantidade do 
componente utilizado.
20
Fórmula de Eau de toilette
Deve-se colocar a água bem devagar ou depois de 5 dias 
da Eau de Toilette pronta
Matéria-prima Quantidade
EDTA 1 mL
Dipropilenoglicol 20 mL
Fixador 20 mL (2%)
Álcool de cereais até o produto ficar com a quan-
tidade volume de 1 litro contando com a essência
q.s.p.
Colocar a essência na concentração desejada 100 a 200 mL
Água destilada 100 mL
Total 1000 mL
Fórmula de Água de colônia
Colocar a água bem devagar ou depois de 5 dias 
da Água de Colônia pronta
Matéria-prima Quantidade
EDTA 1 mL
Dipropilenoglicol20 mL
Fixador 20 mL (2%)
Álcool de cereais
até o produto ficar com a quantidade volume 
de 1 litro contando com a essência
q.s.p.
Colocar a essência na concentração desejada 80 a 100 mL
Água destilada 150 mL
Total 1000 mL
Fórmula de Deo colônia
A água deve ser adicionada bem devagar ou depois de 5 dias 
da Deo-Colônia pronta.
Matéria-prima Quantidade
EDTA 1 mL
TRICLOSAN (irgasan DP 300) 1 g
Dipropilenoglicol 20 mL
Fixador 20 mL (2%)
Álcool de cereais
até o produto ficar com a quantidade volume de 
1 litro contando com a essência
q.s.p.
Colocar a essência na concentração desejada 80 a 100 mL
Água Destilada 150 mL
Total 1000 mL
O EDTA é um agente 
quelante cuja função é 
formar um complexo com 
íons metálicos
(Fe2+, Cu2+ etc.) para 
evitar que estes afetem 
negativamente o produto 
impedindo a fixação da 
essência.
Se a essência for de boa 
qualidade não necessitará 
de fixador, mas se quiser, 
geralmente usa-se 2% do 
mesmo.
21
Fórmula de Colônias infantis
A água colocar bem devagar.
Matéria-prima Quantidade
Álcool de cereais
até o produto ficar com a quantidade volume de 
1 litro contando com a essência
q.s.p.
Colocar a essência na concentração desejada 30 a 50 mL
Água destilada 150 mL
Total 1000 mL
Para fazer um vidro de 100 ml de perfume
Caso queira um perfume mais forte é só diminuir a quantidade de 
veículo (base). Para fazer maiores quantidades de perfume é só 
colocar os materiais em proporção. Para 100 mL de perfume são 
80 mL de veículo e 20 mL de essência, então para 200 mL de per-
fume serão necessários o dobro dos materiais: 160 mL de veículo e 
40 mL de essência..
Matéria-prima Quantidade
Álcool de cereais 80 mL
Essência 20 mL
Total 100 mL
Método de preparo de todas as fórmulas do ítem 2:
Coloque o álcool em um recipiente graduado e adicione o fixador. Solubilize a 
essência no dipropilenoglicol e adicione à mistura do álcool. Coloque o EDTA e 
complete com álcool até o volume desejado, lembrando que deve excluir o volume 
total da água que será adicionada posteriormente caso exista na formulação.
O procedimento abaixo deve ser usado para todas as 
fórmulas descritas anteriormente
1. Em um recipiente de vidro ou aço inox, rigorosamente 
limpo, adicionar o álcool de cereais, o dipropileno glicol, 
o fixador e o EDTA. Mexa bem em cada adição (se a 
fórmula pedir o dipropileno, o fixador ou o EDTA).
2. Adicionar a essência de sua escolha e homogeneizar.
3. Adicionar a água destilada lentamente (se a fórmula pedir 
água. Lembre-se: lentamente, para não turvar). 
4. Adicionar o corante (se desejado).
5. Transferir a mistura para um frasco de vidro escuro (vidro 
âmbar, marrom).
6. Feche o vidro (bem fechado) com cortiça (rolha) e colo-
que para descansar (macerar) por 10 dias, embrulhado 
em papel, com o vidro deitado.
22
Importante!
A Colônia, a Deo-Colônia, o Perfume e o Extrato precisam 
descansar depois de prontos, deixando macerar por, no 
mínimo 10 dias no freezer ou congelador. O ideal são 30 
dias, uma vez que esse processo é importante para tirar o 
cheiro do álcool e fixar mais tempo na pele.
 �Não preencher o frasco até a boca. Sempre deixar 3 dedos 
sem perfume para o aldeídico subir e ficar nesse espaço. 
 �Fechar o vidro com rolha lavada com álcool de cereais. 
 �Embrulhar com papel e deixar DEITADO para a rolha 
inchar e não deixar evaporar o perfume que estará a curtir. 
 �Esse processo deve ser feito 10 dias em resfriamento 
alternado, sendo um dia na geladeira, congelador ou fre-
ezer e um dia em temperatura ambiente em um lugar 
escuro e frio, para oxidar alguns componentes do álcool. 
 �Agite DELICADAMENTE uma vez por dia.
 �Após esse período de descanso, filtrar (se necessário) e 
envasar o perfume nos vidros.
NOTA: Quanto maior o tempo de maceração, maior a quali-
dade do produto final.
Recomendações úteis
 �Não manuseie álcool de cereais perto do fogo. 
 �Mantenha os produtos longe do alcance das crianças.
 �Quanto mais tempo de maceração, melhor será a qualidade. 
 �Não deixe seu perfume em contato com plásticos, use vidro. 
 �Pode-se lentamente variar as proporções indicadas, até 
obter um perfume agradável (nem forte nem fraco). 
 �Recomenda-se experimentar fazer misturas de essências 
a fim de obter um perfume ideal, ou exclusivo. 
 �Use sua criatividade. Seu olfato será o controle de qualidade. 
 �Lave os materiais somente com álcool de cereais. 
 �Para filtrar pode-se usar o papel filtro Melitta, na falta de 
um papel profissional. 
 �Nunca use álcool comum. 
 �Coloque o perfume em garrafas âmbar (escuras) sempre 
com rolhas e bem fechadas.
O triclosan, também 
chamado de Irgasan é um 
bactericida e dá um efeito 
desodorante.
Molécula de triclosan
23
 �Deixe as garrafas de perfumes para macerar SEMPRE 
DEITADAS. 
 �Cuidado quando for trabalhar com essências amadeira-
das. A quantidade de água é muito importante para não 
turvar (turvar = ficar leitoso).
 �Se quiser adicionar cor ao produto, utilize sempre coran-
tes solúveis em água e alimentícios, pois não provocam 
irritação.
 �Utilize apenas algumas gotas de corante, pois em excesso, 
esta solução pode causar manchas em roupas. Compre o 
corante líquido alimentício. Para cor tradicional do perfume 
na cor amarelo, a cor do corante é o “amarelo gema”.
 �Se você acrescentar mais essência, retire água da fórmula na 
mesma quantidade para que a conta final seja a desejada.
 �Não é só a quantidade de essência contida na fórmula que 
determina se o perfume é bom ou não. O que conta tam-
bém é o bom gosto na escolha da essência, a qualidade 
desta e a dosagem correta para se fazer um bom perfume.
 �Algumas essências podem turvar (ficar meio leitoso, ou seja, 
não ficar translúcido). Se isto ocorrer, refaça a fórmula com 
menos quantidade de água e maior quantidade de álcool.
 �A procedência da essência é muito importante para a 
qualidade do produto. Use sempre fragrância recomen-
dada para perfumes.
 �Frascos com válvulas são os mais indicados para o uso 
de perfume, pois conservam melhor o produto. 
 �Os perfumes devem ser guardados em frascos bem 
fechados, de modo que o contato com o ar não os oxide, 
e em locais frescos e ao abrigo da luz, pois o calor e a luz 
do sol podem alterar sua cor e odor.
 �O local para a produção de perfumes deve ser arejado e 
com espaço suficiente para a manipulação e armazena-
mento dos produtos.
 �Dê preferência ao material de vidro para a fabricação dos 
perfumes, pois eles não “pegam” cheiro.
 �Se for reutilizá-los na fabricação de outra colônia, lave-
os bem com detergente neutro (de louça) e depois com 
álcool. 
24
 �Após serem utilizados na produção de perfumes, estes 
materiais não devem servir para preparar alimentos.
 �As essências utilizadas na fabricação de perfumes podem 
ser adquiridas em casas de perfumaria ou distribuidora 
de essências.
Algumas dicas importantes 
1ª: Na fabricação, é importantes experimentar as receitas 
em pequena escala (para preparar, em menor escala 
que a receita, dividem-se as quantidades indicadas por 
um número). 
2ª: Usar as substâncias indicadas para fabricação do per-
fume desejado, não as substituindo por outras mais 
fáceis de encontrar ou mais baratos. Substituições só 
são aconselháveis quando se tenha comprovado a efi-
ciência dessas essências, não resultando assim em 
prejuízo. 
3ª: As quantidades, concentrações e outras características, 
como a densidade do perfume, etc., devem manter-se 
conforme orienta a receita, podendo variar somente quan-
do a prática e o bom senso assim o indicarem. 
4ª: Os frascos de perfume devem ser guardados em locais 
protegidos da claridade, a fim de não provocar altera-
ções no aroma. 
5ª: Querendo experimentar um perfume, é melhor vaporizá-lo 
nas costas da mão ou no punho, lembrando que o aroma 
varia de pele para pele e que esta não deve ser molhada, 
mas apenas salpicada. 
6ª: Não se deve esfregá-lo, para não mascarar o aroma. 
7ª: Ao cheirar, não aproximar demasiadamente o nariz, 
pois um bom perfume se sente a certa distânciae deixa 
um rastro. 
8ª: Nunca experimentar mais que três fragrâncias ao 
mesmo tempo.
9ª: A quantidade de álcool pode variar de acordo com seu 
gosto pessoal.
10ª: Quanto mais tempo de maceração, melhor será a quali-
dade.
25
11ª: Recomenda-se experimentar fazendo misturas de 
essências a fim de obter um perfume ideal, ou exclusi-
vo.
12ª: Use sua criatividade. Seu olfato será o controle de qua-
lidade.
13ª: Nunca use álcool comum.
14ª: Não existe processo correto de maceração e sim métodos 
específicos para obter a qualidade desejada.
15ª: Tanto para produção artesanal (micro e pequena empre-
sa) ou produção industrial é necessária a legalização, 
do contrário, a empresa estará operando informalmente.
Aviso importante
Torna-se necessário tomar algumas providências legais, 
para a abertura do empreendimento, tais como: 
 �Registro na Junta Comercial (exceto para as empresas 
prestadoras de serviço, que serão registradas no Cartório 
de Registro de Pessoas Jurídicas). 
 �Registro na Secretária da Receita Federal (somente para 
as pessoas jurídicas - CNPJ). 
 �Registro na Secretária da Fazenda (exceto para as 
empresas prestadoras de serviços). 
 �Registro na Prefeitura do Município. 
 �Matrícula no INSS. 
•	Para	as	pessoas	jurídicas	já	cadastradas	no	CNPJ,	o	
registro da matrícula no INSS é simultâneo. 
•	Para	as	demais,	é	necessária	a	solicitação	da	matrí-
cula, inclusive obra de construção civil, no prazo de 
trinta dias, contados do início de suas atividades. 
O novo empresário deve procurar a prefeitura da cidade 
onde pretende montar seu empreendimento para obter infor-
mações quanto às instalações físicas da empresa (com rela-
ção à localização), e também o Alvará de Funcionamento.
Símbolo da justiça
26
Resumo da lição
•	 Durante muito tempo os perfumes foram produzidos 
exclusivamente de óleos essenciais extraídos de plantas.
•	 Atualmente muitos dos perfumes são produzidos com 
essências sintéticas.
•	 As fragrâncias femininas se dividem em: cítricas, lavanda, 
floral, floriental, oriental e chypre e as masculinas em cítricas 
e fougère (amadeirado, aromático, fresco e ambarado).
•	 Os perfumes possuem uma combinação de fragrâncias 
denominadas notas de um perfume.
•	 A concentração da fragrância é que torna o perfume mais 
ou menos forte e a qualidade da essência é responsável 
pela sua fixação na pele.
27
Fabricação de desodorante 
spray
Desodorantes são produtos aplicados topicamente que atuam 
através de mecanismos isolados ou associados, inibindo o 
desenvolvimento microbiano na zona de aplicação e neutrali-
zando as substâncias odoríferas, por combinação com estas 
ou por mascaramento. Como espécies de ativos, desodoran-
tes existem os compostos que inibem o crescimento daqueles 
micro-organismos que se encontram nas axilas.
Além da eficácia e da segurança, as substâncias devem 
permitir aplicação local e serem livres de reações tóxicas 
alérgicas ou de irritação. Devem possuir capacidade de per-
manência e retenção sobre a pele para que o efeito perdure. 
Associadas às substâncias ativas podem ser acrescidas 
composições de fragrâncias (essências) que tenham longa 
duração, e sejam compatíveis com o produto final.
As fragrâncias podem conter também em sua composi-
ção matérias-primas que possuam ação antisséptica como 
os óleos essenciais: cravo, tomilho, sálvia, alecrim, lavanda, 
sândalo, cipreste e pinho. 
Uma dúvida comum entre os consumidores é a de saber 
distinguir um desodorante de um antitranspirante. De fato, estes 
produtos apresentam diferenças nas formulações e na amplitude 
de sua ação. Um desodorante com ação bactericida tem como 
principal função eliminar as bactérias que “residem” nas axilas, 
consequentemente, diminuem o odor da transpiração. Sua for-
mulação contém agentes bactericidas, como o etanol (álcool) e 
quase sempre, uma fragrância envolvente e refrescante. Este 
tipo de formulação é denominado normalmente como desodo-
rante, seja pelos técnicos como pelos consumidores.
Já um antitranspirante ou moderador da transpiração 
apresenta ingredientes ativos que atuam nos ductos das 
glândulas sudoríparas e controlam a saída do suor, sem 
prejudicar a saúde. Estes ingredientes são substâncias com 
efeito hipohidrótico (reduzem a transpiração), como os sais 
de alumínio e os de alumínio associados ao zircônio. Este 
tipo de produto é normalmente denominado de desodorante 
antitranspirante, pois satisfazem às duas funções.
2Lição
Desodorante
O que são 
substâncias 
odoríferas?
Antisséptico: se refere a 
tudo o que for utilizado no 
sentido de degradar ou 
inibir a proliferação de 
micro-organismo.
28
Produtos para o controle do odor axilar comer-
cializados
Em tempos não muito distantes, os anúncios de produtos 
de higiene eram impressos nos rótulos, sem qualquer com-
provação. Hoje, essa comprovação, por força da lei, benefi-
cia a indústria bem como dá ao consumidor mais confiança 
na aquisição desses produtos para uso. 
Os produtos para o controle do odor axilar, segundo a 
Resolução N°79/00, são enquadrados na categoria Produtos 
de Higiene Pessoal.
Quanto ao Grau de risco que oferecem, são classifica-
dos como produtos de: 
Grau de Risco 1
Desodorantes: sendo submetidos ao processo de 
Notificação.
Grau de Risco 2
Desodorantes/antitranspirantes: submetidos ao processo 
de Registro.
Na rotulagem é preciso estar bem clara a diferença entre 
um desodorante, um antitranspirante e um desodorante 
antitranspirante.
A importância do esclarecimento desta diferença esbarra 
na produção de um rótulo com texto objetivo, deixando o 
consumidor seguro ao comprar um produto, como também 
consciente de sua escolha, ou seja, se ele deseja um produ-
to apenas para controlar o seu odor corporal (desodorante), 
ou um produto que elimine apenas a transpiração (anti-
transpirante), ou ainda um produto que, além de controlar o 
odor, controle também a transpiração (desodorante anti-
transpirante). 
É importante o conhecimento dos princípios ativos e de 
outras substâncias de uma preparação para a realização da 
fabricação.
Desodorante 
A composição básica dos desodorantes perfumados é: álco-
ol neutro, água purificada e fragrância, associados a agentes 
O que significa 
efeito hipohidrótico?
29
desodorantes e complexos com propriedades bacteriostáti-
cas. Sua função é desodorizar, perfumar suavemente e agir 
sobre as bactérias que se instalam na região das axilas pro-
vocando odor desagradável.
Antitranspirante
São produtos aplicados topicamente que restringem a quan-
tidade de secreção das glândulas sudoríparas na zona trata-
da, evitando os efeitos desagradáveis do suor. A sua ação 
se dá por adstringência associada a mecanismos de obstru-
ção ou tamponamento dos canais sudoríparos.
Lembre-se:
 �Controla odor corporal é um “desodorante”;
 �Controla transpiração é um ”antitranspirante”;
 �Controla odor corporal e transpiração é um “desodorante 
antitranspirante”.
Processo de produção
Formulação desodorante/antitranspirante spray
Nome técnico Função Quantidade
Álcool de cereais veículo 700 mL
Triclosan bactericida 2 g
Propileno glicol emoliente 20 mL
Essência para perfumes perfumar 20 mL
Água destilada veículo 250 mL
Cloridróxido de alumínio 50% antitranspirante 50 mL
Método de preparo:
Coloque o álcool em um copo graduado. Adicione o triclosan, o propileno glicol e a 
essência. Misture bem. Em outro recipiente misture a água destilada e o cloridróxi-
do de alumínio. Depois de completamente misturados, juntá-los aos demais. Agitar 
tudo muito bem. Deixar estabilizar e colocar em embalagens spray.
NOTA: Deixe macerar por 24 horas e embale
Desodorante/antitranspirante spray
Nome Técnico Função Quantidade
Álcool de cereais veículo 650 mL
Triclosan bactericida 2 g
Propileno glicol emoliente 30 mL
Qual a diferença 
entre desodorante e 
antitranspirante?
Qual a função dos 
sais de alumínio na 
formulação dos 
desodorantes 
antitranspirantes?
30
Desodorante/antitranspirante spray
Essência para perfumesperfumar 20 mL
Água destilada veículo 250 mL
Cloridróxido de alumínio 50% antitranspirante 50 mL
Corante alimentício líquido
(opcional)
q.s.p
Método de preparo:
Coloque o álcool em um copo graduado. Adicione o triclosan, o propileno glicol e 
a essência. Misture bem. Em outro recipiente misture a água destilada e o clori-
dróxido de alumínio. Depois de completamente misturados, juntá-los aos demais. 
Agitar tudo muito bem. Acrescente o corante na cor desejada, evitando excesso. 
Deixar estabilizar e embalar em embalagens spray. 
NOTA: Deixe macerar por 24 horas e embale
Desodorante/antitranspirante spray
Nome técnico Qtde.
Álcool de cereais 630 mL
Triclosan solução 10% 20 mL
Propileno glicol 100 mL
Essência para perfumes 20 mL
Água destilada 100 mL
Cloridróxido de alumínio 50% 100 mL
Corante alimentício líquido (opcional) q.s.p
Extrato de aveia 50 mL
Resumo da lição
•	 Desodorantes são produtos que atuam inibindo o desen-
volvimento de micróbios, impedindo a formação de subs-
tâncias odoríferas.
•	 Os desodorantes antitranspirantes possuem na sua for-
mulação além dos ingredientes dos desodorantes, sais 
de alumínio e sais de alumínio associados ao zircônio 
para reduzirem a transpiração.
•	 Para controlar os odores corporais usa-se desodorante e 
para controlar o suor usa-se antitranspirante.
O Alumínio na forma de 
cloridróxido de alumínio 
está presente geralmente 
com o propósito de 
reduzir a transpiração. 
Porém muitas vezes a 
finalidade pode ser 
adstringente, propriedade 
bastante interessante para 
quem tem pele oleosa, 
cujo objetivo é reduzir o 
tamanho dos poros e indi-
retamente a oleosidade da 
pele.
31
Fabricação de sabonetes 
líquidos
Os sabonetes têm a função de limpar, proteger a pele das 
bactérias, perfumar e hidratar. Mas, para obter todos esses 
benefícios, é necessário manter o ponto de equilíbrio do pH. 
Ele deve ser próximo ao da pele, que para a maioria das 
pessoas é 5,5. Este cuidado impede que o produto agrida a 
pele mantendo-a assim protegida e livre de infecções. Como 
o pH da pele depende do nível de acidez do suor, recomen-
da-se deixá-lo com pH neutro (7) para ter uma amplitude do 
uso sem oferecer riscos.
Controlador de pH 
Entre as substâncias empregadas para manter o pH dentro 
da faixa esperada o ácido cítrico é o controlador de pH mais 
utilizado. Quando se desejar diminuir o pH tornando o sabo-
nete menos básico, acrescenta-se um pouco de solução de 
ácido cítrico. Caso queira aumentar o pH para torná-lo 
menos ácido, adiciona-se mais amida que é uma base.
Espessantes 
A principal função do espessante é melhorar a estabilidade 
da emulsão em altas temperaturas. Entre as suas outras 
funções estão a de melhorar a suspensão do material parti-
culado e espessar as emulsões, alterando suas característi-
cas físicas. É preciso muito cuidado ao usá-los porque, 
muitas vezes, estes conferem uma característica pegajosa 
ao produto. Alguns sais, como o cloreto de sódio (NaCl), são 
utilizados nos sabonetes líquidos como espessante, devido 
ao seu baixo custo. Pode-se utilizar também o sulfato de 
sódio e o sulfato de magnésio.
Equipamentos
Os equipamentos podem variar bastante, mas devem ser 
sempre de fácil limpeza. A seguir alguns equipamentos sim-
ples para a produção de sabonetes.
3Lição
A amida para sabonete 
corporal (cosméticos) 
deve ser a amida 80 ou 
90% . Nunca a amida 60% 
ela é específica para 
detergentes.
Emulsão é a suspensão 
de um líquido em outro 
líquido tornando-o com 
aparência leitosa e não 
translúcida.
Viscosidade é a 
resistência para fluir.
Como controlar o 
pH dos sabonetes 
líquidos?
32
 �2 potes plásticos com tampa e capacidade de 10 Litros. 
 �1 colher de aço ou plástico com cabo longo, para agitar a 
mistura. 
 �1 avental. 
 �1 óculos de segurança. 
 �1 luva plástica. 
 �Papel para medir o pH. 
 �1 borrifador de plástico. 
 �1 balança de cozinha. 
 �1 copo medidor de volumes.
Ingredientes
Extrato glicólico para o sabonete de erva-doce: suavisante, 
antisséptico, refrescante, calmante, antirrugas, antioliosidade.
Os extratos glicólicos são obtidos por processo de mace-
ração, infusão ou percolação de uma erva em um solvente 
hidroglicólico, podendo ser este o propile no glicol ou a gli-
cerina puros ou com pequena quantidade de água. Estes 
extratos têm seu principal uso nos fitocosméticos.
Os extratos glicólicos são os mais utilizados em sabone-
tes e produtos de perfumaria. Nestes extratos, em geral, a 
relação erva/solvente corresponde a 1/5 do seu peso em 
erva seca. Isso significa que 200 g de erva seca permitem 
preparar 1 litro de extrato glicólico. Como exemplo, vamos 
preparar um extrato glicólico de erva-doce para o sabonete 
líquido (cremoso).
1. Pesar 200 g das sementes de erva-doce. 
2. Esmagar (macerar) as sementes em um pilão (ou no 
liquidificador) até as mesmas se transformar em pó. 
3. Colocar o pó em um recipiente de vidro âmbar (escuro) 
ou recoberto por papel alumínio e adicionar uma mistura 
com 900 mL de glicerina e 100 mL de álcool de cereais. 
4. Deixar por 72 horas em repouso com o vidro fechado e 
ao abrigo de luz e de calor.
5. Colocar a mistura de líquido e pó em uma panela e deixar 
em banho-maria por 1 hora a uma temperatura de apro-
ximadamente 40 ºC. 
6. Após este tempo, passar a mistura em um filtro de café 
Medida de pH
33
(filtro de papel ou de algodão). 
7. Guardar em frasco escuro fechado, protegido da luz e 
do calor.
Tal procedimento pode ser utilizado para todas as plantas 
para a extração do extrato glicólico. Mas tenha o cuidado de 
extrair o extrato glicólico apenas de plantas conhecidas para 
evitar a extração de substâncias tóxicas e perigosas à saúde. 
Quando se tratar de frutas ou legumes suculentos, primei-
ro trituramos no liquidificador e depois coamos para separar a 
parte sólida. Desta parte sólida fazemos o extrato. 
No caso de frutas pastosas, como a banana e o abacate, 
podemos fazer a infusão diretamente com a fruta, somente 
passando-a no liquidificador.
Chá de aroeira para o sabonete de aroeira
 �20 porções de casca de aroeira seca
(comprado no mercado).
 �10 litros de água.
Casca do tronco da aroeira
1. Lave as cascas em água corrente. Quebre-as em peda-
ços pequenos.
2. Junte a água e leve ao fogo para o cozimento. Após abrir 
fervura deixe cozinhar 5 minutos.
3. Retire do fogo, coe e deixe esfriar tampado para ser 
usado totalmente frio.
O Extrato Glicólico deve 
ser adicionado no final da 
preparação cosmética, com 
o produto em temperatura 
abaixo de 45 ºC.
34
Recomendações
A luz, a umidade e o tempo de armazenamento são os 
principais fatores que alteram os princípios ativos dos produ-
tos. Portanto, siga as recomendações do fabricante quanto 
ao manuseio e armazenagem.
Avaliar os fornecedores de insumo e utilizar sempre 
matérias-primas de um mesmo fornecedor.
Produção do sabonete cremoso de erva-doce
Contém extrato glicólico de erva-doce que possui ação antissép-
tica, calmante e suavizante.
Materiais
 �160 g de dietanolamida (amida 90%).
 �400 g de anfótero betaínico. 
 �2 kg de lauril éter sulfato de sódio (lauril líquido). 
 �200 g de extrato glicólico de erva-doce. 
 �25 g de EDTA. 
 �75 g de uréia. 
 �Corante verde claro. 
 �50 mL de essência de erva-doce. 
 �200 g de sal marinho. 
 �50 g de ácido cítrico. 
 �8 kg de água. 
 �Álcool etílico.
Procedimentos na produção do sabonete 
1. Pesar separadamente os ingredientes. 
2. Em um recipiente, adicionar à água, lentamente o lauril, 
a amida, a glicerina, o corante, o extrato glicólico, agitan-
do moderadamente até a completa homogeneização da 
solução. 
3. Evite formar muita espuma. 
4. Se formar espuma borrife álcool sobre ela. 
5. O corante deve ser colocado aos poucos e na quantida-
de que mais lhe agradar. 
6. Adicionar o anfótero betaínico e misturar para homogeneizar. 
7. Testar o pH da solução. 
Quais fatores 
alteram os princípios 
ativos do sabonete?
Sabonete cremoso
35
8. Se estiver básica adicionar a solução de ácido cítricoem 
pequenas quantidades controlando o pH com o papel 
indicador. 
9. Diluir a uréia e o EDTA e em seguida adicionar ao sabo-
nete agitando bem para homogeneizar. Acerte novamen-
te o pH. Deixe esfriar.
10. Preparar uma solução forte de sal. 
11. Dividir a quantidade de sabonete ao meio, em dois vasi-
lhames. 
12. Ir acrescentando o sal em uma das metades, lentamen-
te, até diminuir a viscosidade, após ter aumentado. 
13. Adicionar essa metade à outra e misturar bem.
14. Repetir os passos 6 e 7 até estar na viscosidade deseja-
da. Deixe esfriar. 
15. Adicione a essência.
16. Coloque nos vasilhames.
Obs 1: Para preparar a solução de ácido cítrico ponha o 
ácido em 200 mL de água e misture até dissolver o 
máximo possível. Se for necessário, aqueça a água. 
Obs 2: Colocando-se menos água obtêm-se um produto 
mais concentrado que pode ser guardado sem 
corante e essência, para ser utilizado como base 
para sabonete líquido.
Sabonete líquido de aroeira 100 litros
Ingredientes
 �20 kg de lauril éter sulfato de sódio (lauril líquido);
 �2 kg de dietanolamida de ácido graxo de coco. Também 
denominado de amida 90 ou amida cosmética (agente 
espumante e espessante);
 �1 kg de agente perolizante disolvido em 1 litro de água;
 �150 g de metilparabeno (também denominado Nipagim 
é conservante);
 �10 L de chá de aroeira (extrato);
 �500 g Essência Phebo dissolvido em 500 mL de água 
(coloque em uma garrafa PET para esfriar e deixe para ser 
usado no final, pois a essência quando se une com água 
fica quente e desanda o sabonete.
O pH do sabonete deve 
ficar entre 6,0 e 7,0.
Qual a função do 
EDTA na fabricação 
do sabonete?
36
 �60 L de água deionizada.
 �3 a 4 kg de sal para engrossar - qs - quantidade suficien-
te (cuidado, muito sal perde a transparência e fica menos 
viscoso) dissolva o sal em 1/1 de água. 
 �Ácido cítrico (solução a 20%) para neutralizar o pH. 
Procedimentos na produção do sabonete 
1. Diluir em 60 litros de água o lauril. Mexa bem para incor-
porar na água.
2. Adicione a amida. Mexa bem. Deixe esfriar e baixar a 
espuma.
3. Adicione o metilparabeno e o perolizante.
4. Teste o pH da solução. Se estiver básico, adicionar a solu-
ção de ácido cítrico em pequenas quantidades controlando 
o pH com o papel indicador. O pH deve ficar entre 6,0 e 7,0. 
5. Adicione o extrato de aroeira.
6. Deixe descansar para colocar o sal, pois este deverá ser 
recebido com o produto totalmente frio para não ser colo-
cado em excesso.
7. Depois de acertar a viscosidade com o sal, feche o tam-
bor e somente depois de 4 horas coloque a essência 
reservada.
8. Coloque no vasilhame.
Obs 1: Dependendo das concentrações dos produtos usa-
dos (comprados) como no caso a amida e o lauril, se 
o pH ficar alto coloque 300 g mais ou menos de ácido 
sulfônico (para acertar o pH entre 6,0 e 7,0 e se o pH 
ficar abaixo de 6,0, corrigir com o ácido cítrico).
Obs 2: Não corrija o pH depois de colocar o extrato de aro-
eira, pois a cor marrom da aroeira pode mascarar a 
cor do papel indicador
Obs 3: Querendo um sabonete mais rico acrescente: 5 kg de 
coco amida propil betaína (a 30%) (suavidade); 4 kg de 
Poliquatérnium 7, agente condicionante, também 
conhecido por Mirapol 550 e 1 kg de EDTA dissódico.
A faixa de pH vai de 1 a 14 
sendo 7 pH neutro, abaixo 
de 7 pH àcido e acima de 7 
pH básico.
37
Sabonete perolado de erva-doce
Segue abaixo uma formulação de sabonete perolado de 
erva-doce, ideal para a limpeza das mãos, pois contém 
extrato glicólico de erva-doce que possui ação antisséptica, 
calmante e suavizante.
Matéria-Prima
Fórmula para
100 litros
Fórmula para
10 litros
Lauril éter sulfato de sódio 20 kg 2 kg
Cocoamidopropil betaína 3 kg 300 g
Dietanolamida de acido graxo de coco 2 kg 300 g
Base perolada 1 kg 200 g
Metilparabeno (Nipagim) 150 gramas 15 g
Propilparabeno (nipazol) 50 gramas 5 g
Essência 500 gramas 50 g
Ácido cítrico (pH 6,0 a 7,0) q.s.p.
Corante q.s.p.
Extrato glicólico de erva-doce 2 kg
Cloreto de sódio q.s.p.
Água deionizada Até completar os 100 litros Até completar os 10 litros
Modo de preparo
Em recipiente adequado adicione cerca de 50 litros de água, 
em seguida adicione sob agitação lenta o lauril, a dietanola-
mida, o cocoamidopropil e a base perolada.
Em seguida solubilize na glicerina o metilparabeno e o pro-
pilparabeno, aquecendo em recipiente adequado; em seguida 
adicione ao produto sob agitação.
Acerte o pH com o ácido cítrico diluído em água, adicio-
nando aos poucos sob agitação e verificando no pHmetro, 
até obter pH indicado (6,0 a 7,0).
Em seguida adicione sob agitação moderada a essência, 
o corante diluído em água e o extrato glicólico de erva-doce.
Complete o volume com água até uns 90 litros, espere a 
espuma baixar e acerte a viscosidade com um pouco de 
cloreto de sódio diluído em água, adicionando aos poucos 
sob agitação até obter viscosidade desejada.
Sabonete perolado
38
Complete com água para os 100 litros, agite bem para 
completa homogeneização do sabonete.
Viscosidade recomendada: acima de 3000 cps a 20 ºC, 
para que se reduzam as possibilidades de sedimentação 
das partículas do perolizante.
 
Resumo da lição
•	 Os sabonetes têm a função de perfumar, limpar e prote-
ger o corpo das bactérias. Para que isto ocorra, torna-se 
necessário o controle do seu pH tornando-o o mais pró-
ximo do pH da pele que para a maioria das pessoas está 
em torno de 5,5. 
•	 Recomenda-se que o pH do sabonete seja em torno de 
sete, que é neutro para que possa ter uma amplitude no 
uso sem oferecer riscos à pele
•	 Para ajustar o pH do sabonete, utiliza-se o ácido cítrico 
quando estiver básico (acima de sete) e a amida quando 
o pH estiver ácido (abaixo de sete).
•	 O sabonete líquido é uma emulsão onde o espessante 
(NaCl) tem a função de manter a estabilidade e melho-
rar a suspensão do material particulado. É necessário 
cuidado no uso para que o produto não adquira uma 
característica pegajosa.
•	 Os sabonetes sofrem alterações com a luz, a umidade, 
o armazenamento e o nível de sua qualidade dependem 
da matéria-prima, por isso o fornecedor deve ser escolhi-
do com critério.
39
Fabricação de xampu
Xampus são produtos químicos que se destinam a lavar e 
higienizar os cabelos e o couro cabeludo. Eles são compos-
tos basicamente de agentes detergentes, espessantes, emul-
sionantes, umectantes, anfóteros, solubilizantes, sequestran-
tes, corantes, conservantes, essências, aditivos, diluentes, 
engordurantes, etc.
Existem vários tipos de xampus atuando cada grupo de 
forma específica ou semigeneralizada. Enumerá-los e classificá-
los seria um bom exercício para a vida toda, mas veja alguns:
 �Quanto ao estado físico os xampus podem ser intermedi-
ários como cremes e géis ou líquidos.
 �Quanto à finalidade referente aos tipos de cabelos podem 
ser para cabelos normais, secos e oleosos.
 �Quanto ao aspecto visual podem ser transparentes, trans-
lúcidos, opacos, perolados, transparentes com microesfe-
ras contendo agentes especiais, etc. 
 �Quanto ao odor podem ser dos mais variados como, mel, 
frutas diversas, flores diversas, etc.
 �Quanto a funções específicas podem ser com proteínas, 
vitaminas, extratos glicólicos, extratos naturais, óleos 
minerais, óleos vegetais, produtos derivados de animais 
como cartilagens, colágenos, subprodutos de embriões, e 
até uma mistura de vários itens deste parágrafo.
Um fato intrigante é a disseminação da ideia de que xampu 
neutro, ou seja, com pH 7, nem ácido, nem alcalino, é o bom. 
Basta saber que o pH do couro cabeludo é ácido, portanto o 
xampu mais indicado é o que não altere o pH ligeiramente ácido 
do cabelo, o xampu mais apropriado deve ter pH entre 5,5 e 6,5.
Classificação dos reagentes tensoativo
Não iônicos: possuem um radical hidrófobo e um hidrófilo. 
São considerados bons emulsionantes, umectantes ou solu-
bilizantes. Ex.: Alcanolamidas de ácidos graxos.
Catiônicos: apresentam em solução íons tensoativos posi-
tivos, o radical hidrófobo é um cátion. Possuemcaracterísti-
4Lição
Quais os 
componentes do 
Xampu?
Qual a diferença 
entre translúcido, 
transparente e 
opaco?
40
cas bactericidas e antissépticas, sendo, pois, sua aplicação 
um complemento no tratamento dos cabelos.
Anfóteros: são produtos que em meio ácido, formam 
cátions e em meio alcalino, ânions. Ex.: Betaína (ácidos gra-
xos clorados e a trimetilamina). Utilizados na preparação de 
xampus não irritantes para as mucosas, como xampu infan-
til, ou associados a outros detergentes conferem ao produto 
final efeitos especiais.
Aniônicos: o radical ativo é um ânion. De todos os detergen-
tes atualmente são os mais usados. Devem possuir de 12 a 16 
carbonos, característica que proporciona um melhor poder 
detergente e espumante. Ex.: Lauril sulfato de sódio., Lauril 
éter sulfato de sódio, Lauril éter sulfato de trietanolamina.
Espessantes: como agentes espessantes encontramos 
uma série de produtos que podem ser utilizados. Entre estes 
podemos citar sais, alginatos. As principais são as alcanola-
midas de ácidos graxos pois apresentam uma série de van-
tagens sobre os anteriores, tais como poder engordurante e 
estabilizador de espuma. Os primeiros apresentam inconve-
nientes como turvação, influenciam a transparência e na 
estabilidade do produto. As alcanolamidas que apresentam 
ótimo poder espessante são: dietanolamida do ácido graxo 
de coco, do ácido mirístico, láurico e oléico.
Engordurantes: para se evitar a retirada excessiva de gordu-
ra pelo tensoativo, utilizamos os agentes engordurantes. Os 
mais usados: alcanolamidas, lanolina e derivados hidrosso-
lúveis, derivados de lecitina, etc.
Estabilizadores de espuma: popularmente é aceito um 
xampu que apresente bom poder espumante, pois acredita-
se que o efeito de limpeza encontra-se ligado ao poder 
espumante, o que na realidade não ocorre. Por exemplo, os 
não iônicos com alto grau de etoxilação apresentam poder 
de limpeza bom, porém fraco poder espumante. A formação 
de espuma depende do pH da solução, do conteúdo em 
eletrólitos e da dureza da água. Pode-se melhorar ou esta-
bilizar o poder espumante de um xampu pela adição de 
vários componentes, tais como carboximetilcelulose, fosfa-
tos, alcanolamidas, etc. Normalmente estas últimas favore-
O que são radicais 
hidrófobos e 
hidrófilos?
Como se classifica 
as substâncias 
tensoativas?
41
cem a formação de uma espuma de pequenas bolhas as 
quais apresentam melhor estabilidade. 
Perolizantes: em casos especiais pode-se desejar que o 
xampu apresente aspecto sedoso ou perolado e para tanto 
lançamos mão de certos aditivos, os quais sob certas condi-
ções, apresentam esta característica. Tais aditivos são éste-
res de ácidos graxos, sabões metálicos e certas alcanolami-
das de ácidos graxos. Para obtermos o brilho desejado com 
tais produtos deveremos seguir e manter certas condições e 
métodos de trabalho, caso contrário obteremos efeitos inde-
sejáveis e inesperados. Para facilitar o trabalho do fabricante 
de xampus, diversas firmas apresentam produtos concentra-
dos, líquidos pastosos, que evitam tais inconvenientes e favo-
recem o trabalho.
Conservantes: devido a presença de água e como o xampu 
é uma associação de diversos componentes orgânicos, 
apresenta a susceptibilidade de ser atacado por micro-orga-
nismos, os quais provocam uma grand e alteração, tornando-
o inadequado ao consumo. Ex.: Metilparabeno e propilpara-
benos (Nipagin e Nipazol).
Recomendação 1
Sempre que terminar um lote de produto, retire uma amos-
tra para um pequeno frasco transparente e marque a data 
de fabricação. Esta amostra servirá para comparações 
com futuras produções. É importante manter o mes mo 
padrão de qualidade (cor, aspecto, viscosidade, etc).
Recomendação 2
Como os produtos estão classificados na categoria de 
cosméticos e pode interferir na saúde do cliente, reco-
menda-se:
1. Seguir as regras das Boas Práticas de Fabricação.
2. Ter um químico responsável pela formulação ou que dê 
orientações e/ou faça acompanhamentos periódicos. 
Xampus
Tensoativos são 
substâncias responsáveis 
pelo efeito de 
emulsificação, solubilização 
e dispersão das partículas 
no xampu.
Como o poder 
espumante do 
xampu pode ser 
melhorado?
42
3. Obter o registro das formulações, cadastro do estabele-
cimento de acordo com as regras da Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Secretaria de 
Vigilância Sanitária do estado e do município. 
4. Participar de cursos, para obter melhor qualificação e 
atualização profissional. 
Cuidados importantes no preparo dos cosméticos 
 �Higiene, qualquer contaminação afeta o resultado final e 
compromete o trabalho. 
 �Materiais e recipientes bem limpos e secos. 
 �Os produtos manipulados devem ser armazenados em 
lugares secos, protegidos da claridade. 
 �Montar um minilaboratório caseiro, reservando os utensí-
lios somente para esse fim, tais como: panelas de ágata 
(evite o alumínio), espátulas de madeira ou plástico, 
vidros claros e escuros, recipiente medidor, colheres de 
vários tamanhos, e outros.
 �A luz, a umidade e o tempo de armazenamento são os 
principais fatores que alteram os princípios ativos dos 
produtos. Portanto, siga as recomendações do fabricante 
quanto o manuseio e armazenagem. 
 �Avaliar os fornecedores de insumo e utilizar sempre maté-
rias-primas de um mesmo fornecedor. 
Dicas para elaboração de um xampu
Inicialmente escolhemos o produto base (detergente) e a 
alcanolamida.
 �Para cabelos gordurosos utilizamos normalmente um 
lauril (éter) sulfato de sódio associado a uma dietanolami-
da de ácido graxo de coco.
 �Para cabelos normais procuramos usar um lauril (éter) 
sulfato de trietanolamina ou monoetanolamina associado 
a uma dietanolamina de ácido graxo de coco. 
 �Para os cabelos secos seguiremos a mesma ideia do 
anterior, variando as concentrações do tensoativo e da 
dietanolamina.
Quais os cuidados 
importantes na 
fabricação dos 
cosméticos?
Atividade em laboratório
Panela de ágata
43
Nos casos de xampus que devam ter uma compatibilida-
de especial para com a epiderme e as mucosas, utilizamos 
um dos componentes citados associados a um detergente 
anfótero, o que aliás seria a situação ideal.
O passo seguinte é a colocação ou não do agente pero-
lizante, caracterizando o xampu como perolado ou trans-
parente. A seguir virão a essência, aditivos e a água. Os 
conservantes poderão ser dissolvidos no diluente ou solubi-
lizados na dietanolamina de coco.
Sugestões de fórmulas 
Xampu, Condicionador
Os xampus são preparados para a limpeza dos cabelos e da 
cabeça. Cerca de 90% dos xampus que se encontram no 
comércio são líquidos, há porém, outros em forma de pó e 
creme, preparados com sabão e sem sabão. 
Existem no mercado dezenas de tensoativos aniônicos 
(agentes de limpeza), estabilizadores de espuma, espessan-
tes, opacificantes, conservantes e outras matérias-primas 
que podem ser empregadas nas formulações de xampus. 
A concentração adequada de agentes de limpeza (tenso-
ativos aniônicos) na formulação é fundamental para que não 
seja removida, além da sujeira dos cabelos e do couro cabe-
ludo, a oleosidade natural do fio capilar, a qual é importante 
para a manutenção do brilho dele. 
Os tensoativos anfóteros tem feito parte das formulações 
de xampus porque permite maior viscosidade ao produto 
final e são menos agressivos ao cabelo e ao couro cabeludo 
que os aniônicos. 
Bons resultados podem ser obtidos, quando os tensoati-
vos aniônicos são associados aos anfóteros, sendo que a 
escolha do tipo e da concentração do anfóteros são fatores 
decisivos para a obtenção de uma fórmula adequada; assim 
como o adequado acerto do pH final, que para xampu deve 
ser em torno de 6,0. 
O sucesso na formulação de um xampu está baseado na 
seleção e concentração adequadas de matérias-primas utiliza-
das, inclusive nos conservantes que podem ser o metil parabe-
Quais as causas 
externas que mais 
agridem o cabelo?
44
no, mistura sinérgica de fenoxietanol e parabenos e outros.
O xampudeve apresentar boa ação detergente cumprin-
do a sua finalidade de uso, porém não deve retirar a oleosi-
dade natural dos cabelos, para deixá-los opacos, resseca-
dos e ainda não causar irritação ao couro cabeludo.
Tipos de cabelos
Normais, secos e oleosos
O tipo de cabelo deve-se a fatores relacionados ao funciona-
mento glandular, notadamente as sebáceas, localizadas no 
couro cabeludo. A princípio, todos deveriam ter cabelos do 
tipo normal, sendo os tipos seco e oleoso uma disfunção das 
glândulas acima mencionadas, causada por fatores exter-
nos ou internos.
As causas internas são provocadas por qualquer agente 
ou estado que cause desequilíbrios hormonais, tais como os 
ligados ao sistema nervoso e os devidos à alimentação ina-
dequada.
As causas externas são as que agridem os cabelos de 
diversas formas: lavagens excessivas, produtos não ade-
quados, tinturas, exposição ao sol, etc.
A característica marcante dos cabelos secos é a aspere-
za e fragilidade, pontas duplas, além da presença de caspas 
secas.
A característica marcante dos cabelos oleosos é o aspec-
to de peso, odor característico e, nos casos mais graves, 
seborréia, que, no mínimo, obstrui os orifícios por onde se 
projetam os folículos.
A caspa e a seborréia são bons meios de cultura para o 
desenvolvimento de micro-organismos que, além de causa-
rem coceiras e feridas no couro cabeludo, podem ocasionar 
a destruição das raízes dos cabelos e consequente perda 
dos mesmos.
Por isso devemos tratar os cabelos e o couro cabeludo 
com produtos adequados e de acordo com o tipo de cabelos 
que possuímos. A utilização de produtos não balanceados 
somente somará prejuízos maiores.
Fio de cabelo com caspas visto 
ao microscópio
Estruturas de um fio de cabelo
Quais as causas 
que afetam as 
funções das 
glândulas sebáceas 
do couro cabeludo?
45
Técnicas básicas para elaboração de um xampu
Fórmulas gené
COMPONENTES
CABELOS
NORMAIS
CABELOS
SECOS
CABELOS
OLEOSOS
Lauril éter sulfato de sódio 5 - 30% 25% 30 - 40%
Lauril sulfato trietanolamina 5 - 8% 8 - 10% nada
Dietanolamina de ácido graxos 2 - 3% 3 - 3,5% 1,5 - 2,5%
Anfótero betaínico 3 - 4% 4 - 4,5% 2 - 3%
Conservantes 0,2% 0,2% 0,2%
Agente perolizante 5 - 3% 2,5 - 3% 1 - 1,5%
Essência hidrossolúvel 0,3 - 0,6% 0,3 - 0,6% 0,3 - 0,6%
Aditivos 1 - 6% 1 - 6% 1 - 6%
Água deionizada ou destilada qsp 0 mL qsp100 mL qsp 100 mL
Ácido cítrico até 0,5% até 0,5% até 0,5%
sal comum de cozinha até 2% até 2% até 2%
Corante hidrossolúvel apropriado a gosto a gosto a gosto
1. Dissolva o sal comum de cozinha em um pouquinho de 
água e reserve; ele servirá para acertar a viscosidade.
2. Dissolva o ácido cítrico em um pouquinho de água e 
reserve; ele servirá para acertar o pH.
3. Misture todo o resto, com exceção do corante, essência 
e o sal e ácido cítrico que você preparou.
4. Homogeneíze tudo muito bem.
5. Acrescente o corante até conseguir a cor desejada;
6. Acrescente a essência.
7. Acerte o pH entre 5,5 e 6,5, adicionando com um conta-
gotas o ácido cítrico previamente diluído. Para tal utilize 
um papel indicador de pH comumente encontrado em 
qualquer casa do ramo. 
8. Acrescente aos poucos e sempre homogeneizando, o sal 
comum de cozinha, até que espesse o suficiente.
9. Embale.
Como fazer base de xampu
Lauril éter sulfato de sódio 25,0%
Dietanolamida ácido graxo de coco 4,0%
Anfótero betaínico 4,0%
46
Como fazer base de xampu
EDTA solução 5% 1,0%
Ácido cítrico solução 10% 1,0%
Metilparabeno solução 10% 1,0%
Água destilada qsp 100%
Procedimento
Misturar o lauril éter sulfato de sódio, ácido cítrico, EDTA e metilpa-
rabeno com um pouco de água. A parte misturar a dietanolamida 
com água aos poucos até formar uma solução fluida. Dissolver o 
anfótero na água restante e verter no restante da fórmula. pH final 
entre 6,0 e 6,5.
Resumo da lição
•	 Xampus são produtos químicos que se destinam a lavar, 
higienizar e perfumar os cabelos e o couro cabeludo.
•	 Os xampus podem se apresentar como cremes, géis ou 
líquidos, tendo fórmula específica de acordo com a fina-
lidade do uso se para cabelo seco, normal ou oleoso.
•	 Os produtos que entram na formação dos xampus são basi-
camente: agentes detergentes, espessantes, emulsionan-
tes, umectantes, solubilizantes, sequestrantes, corantes, 
conservantes, essências, diluentes, engordurantes, etc.
•	 Na fabricação de xampus, como nos cosméticos de um 
modo geral, regras devem ser seguidas, para que a saúde 
do usuário não seja prejudicada. De preferência tendo um 
Químico responsável pela execução das formulações.
•	 Entre os principais cuidados necessários para se ter suces-
so na fabricação dos cosméticos estão: manter os recipien-
tes limpos e secos, guardar os produtos manipulados em 
ambiente seco, ao abrigo da luz e do calor, procurando 
adquirir a matéria-prima de bons fornecedores.
•	 Os reagentes tensoativos (não iônicos, catiônicos, aniô-
nicos, anfótero, espessante, engordurante, estabilizado-
res de espuma,perolizante,etc.) são escolhidos de acor-
do com o tipo de xampu a ser produzido, podendo entrar 
na sua composição vários deles e em quantidades varia-
das, dependendo para que se destina o produto.
47
Condicionador
Os cabelos são anexados à epiderme e se compõem basi-
camente por duas proteínas: a queratina que dá dureza aos 
fios e a melanina que fornece a cor.
Os aminoácidos são de fundamental importância na forma-
ção das proteínas e podem ser produzidos pelo próprio orga-
nismo ou adquiridos por meio de alimentação. O mesmo acon-
tece com sais minerais que também compõem as proteínas.
O ferro e zinco são importantes na obtenção de fios de 
cabelos queratinizados ou sedosos. Também as vitaminas 
são importantes para se ter um cabelo saudável. Elas se 
dividem em hidrossolúveis (B1, B2, B6, B12 e C) que não 
apresentam problemas de superdosagem e lipossolúveis (A, 
D, E e K) que por serem insolúveis na água devem ser usa-
das com cautela e sem excesso.
As vitaminas ingeridas se distribuem por todo o corpo, 
atingem o metabolismo vital do ser humano; portanto para 
se ter cabelos saudáveis torna-se necessário em primeiro 
lugar uma alimentação variada com alimentos que conte-
nham tais vitaminas (tabela 1).
O condicionador capilar irá resolver principalmente a 
danificação dos fios provocada pelas agressões do meio 
ambiente como: o vento, sol e uso de produtos químicos 
para tingi-los. O uso contínuo de bons condicionadores mini-
miza os efeitos das agressões externas, podendo o indiví-
duo possuir cabelos lindos e saudáveis quando o tratamento 
for associado a uma alimentação equilibrada.
Formulações para condicionadores variados
Base de creme condicionador
Fase A
Álcool ceto-estearílico 2,5%
Propilparabeno solução 10% 1,0%
Vaselina líquida 8,0%
Fase B
EDTA solução 5% 1,0%
Ácido cítrico solução 10% 1,0%
Metilparabeno solução 10% 1,0%
5Lição
Condicionador
De que se compõem 
basicamente o fio 
de cabelo?
Que são 
aminoácidos?
48
Base de creme condicionador
Cloreto de cetil trimetil amônio 25% 4,0%
Água destilada q.s.p. 100%
Aquecer as fases A e B à 70 ºC e verter a fase B sobre a A. 
Mexer até resfriar. pH final entre 4,0 e 5,5.
Tabela 1
Vitaminas dos alimentos
Vitaminas Fontes
Doenças provocadas pela 
carência (avitaminoses)
Funções no organismo
A
fígado de aves, animais e 
cenoura
problemas de visão, secu-
ra da pele, diminuição de 
glóbulos vermelhos, for-
mação de cálculos renais
combate radicais livres, formação dos ossos, 
pele, funções da retina
D
óleo de peixe, fígado, gema 
de ovos
raquitismo e osteoporose regulação do cálcio do sangue e dos ossos
E verduras, azeite e vegetais
dificuldades visuais e alte-
rações neurológicas
K fígado e verduras
desnutrição, má função do 
fígado, problemas intestinais
atua na coagulação do sangue, previne osteo-
porose
B1
cereais, carnes, verduras, 
levedo de cerveja
beribéri atua no metabolismo energético dos açúcares
B2 leites, carnes, verduras
inflamações na língua, 
anemias, seborréia
atuano metabolismo de
enzimas, proteção no sistema nervoso.
B5
fígado, cogumelos, milho, 
abacate, ovos, leite, vegetais
fadigas, cãibras muscula-
res, insônia
metabolismo de proteínas,
gorduras, e açúcares
B6
carnes, frutas, verduras e 
cereais
seborréia, anemia, distúr-
bios de crescimento
crescimento, proteção celular, metabolismo de 
gorduras e proteínas, produção de hormônios
B12 fígado, carnes anemia perniciosa formação de hemácias e multiplicação celular
C
laranja, limão, abacaxi, kiwi, 
acerola, morango, brócolis, 
melão, manga
escorbuto
atua no fortalecimento de sistema imunológico, 
combate radicais livres e aumenta a absorção 
do ferro pelo intestino.
H
noz, amêndoa, castanha, 
lêvedo de cerveja, leite, 
gema de ovo, arroz integral
eczemas, exaustão, dores 
musculares, dermatite
metabolismo de gorduras,
M ou B9 cogumelos, hortaliças verdes
anemia megaloblástica, 
doenças do tubo neural
metabolismo dos aminoácidos, formação das 
hemácias e tecidos nervosos
PP ou B3
ervilha, amendoim, fava, 
peixe, feijão, fígado
insônia, dor de cabeça, 
dermatite, diarréia, 
depressão
manutenção da pele, proteção do fígado, regula 
a taxa de colesterol no sangue
Condicionador para cabelos oleosos
Extrato de algas .................................................5 mL
Extrato de hamaméllis .......................................5 mL
Essência .............................................................2 mL
Base de condicionador ....................................88 mL
49
Procedimento
Medir a base de condicionador e adicionar o extrato e a 
essência.
Condicionador para cabelos secos
Extrato de cenoura ..........................................10 mL
Óleo de amêndoas ............................................2 mL
Essência .............................................................2 mL
Base de condicionador ..................................186 mL
Procedimento
Medir a base de condicionador e adicionar o extrato e a 
essência. 
Condicionador de silicone com proteínas
Aminoácidos da seda ......................................10 mL
Silicone volátil ....................................................6 mL
Essência .............................................................2 mL
Base de condicionador ..................................186 mL
Procedimento
Medir a base de condicionador e adicionar o extrato e a 
essência.
Máscara capilar com abacate
Extrato de cenoura ..........................................10 mL
Óleo de abacate ..............................................10 mL
Essência ceramidas ...........................................2 mL
Base de condicionador ..................................178 mL
Procedimento
Medir a base de condicionador e adicionar o extrato e a 
essência.
Coquetel de frutas
Extrato de frutas tropicais ................................10 mL
Óleo de abacate ................................................4 mL
Essência ceramidas ...........................................2 mL
Base de condicionador ..................................178 mL
Abacate
Frutas variadas
50
Procedimento
Medir a base de condicionador e adicionar o extrato e a 
essência.
Condicionador para cabelos seborréicos
Extrato de jaborandi .........................................10 mL
Extrato de própolis .............................................5 mL
Óleo de copaíba ................................................1 mL
Essência .............................................................2 mL
Base de condicionador ..................................182 mL
Procedimento
Medir a base de condicionador e adicionar o extrato, o óleo 
e a essência.
Condicionador de lama negra
Lama negra ......................................................20 mL
Extrato de algas .................................................5 mL
Essência .............................................................2 mL
Base de condicionador ..................................173 mL
Procedimento
Medir a base de condicionador e adicionar o extrato, a lama 
e a essência.
Máscara capilar para cabelos danificados
Extrato de mutamba ..........................................6 mL
Óleo de pequi ...................................................10 mL
Essência ceramidas ...........................................2 mL
Base de condicionador ..................................182 mL
Procedimento
Medir a base de condicionador e adicionar o extrato e a 
essência
Creme hidratante para os cabelos
 �50 g de álcool cetoestearílico
 �20 g de vaselina sólida
 �20 mL de quaternário de amônio
 �100 mL de propilenoglicol
 �20 mL de emulsão de silicone
Máscara capilar
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 �20 mL de óleo de semente de uva 
 �01 g de BHT
 �20 mL de lanolina etoxilada
 �800 mL de água
 �Essência e corante a gosto
 �10 gotas de zoonen
Procedimento
Aquecer 500 mL de água a aproximadamente 80 ºC e 
acrescentar o álcool cetoesteárico e a vaselina sólida. 
Misturar até o derretimento completo e tirar do fogo. 
Acrescentar o quartenário e misturar bem durante 
alguns minutos (de preferência com a batedeira de 
bolo). Acrescentar o propilenoglicol e misturar mais uns 
5 minutos. Acrescentar o restante da água (300 mL) e 
os outros componentes, deixando, por último, o silicone. 
Misturar por mais 5 minutos.
Obs.: Caso o cabelo seja muito seco, pode se colocar 20 g 
de manteiga de caritê e mais 100 mL de Propilenoglicol.
Fórmula do creme condicionador de cabelos
Material 
1. Álcool ceto-estearílico .................. 600,0 g
2. Cloreto de cetrimônio ................... 300,0 mL
3. Óleo mineral ................................. 75,0 mL
4. Água deionizada .......................... 23,0 L
5. Silicato de sódio ........................... 75,0 mL
6. Ácido cítrico ................................. 150,0 g
7. Isotiazolona .................................. 1,5% 5,0 g
8. Essência ...................................... 90,0 mL
9. Extrato vegetal ........................... 300,0 mL
10. Corante (opcional) ....................... *q .s. p.
Procedimento de fabricação 
do condicionador de cabelos
 �Em um recipiente de alumínio ou ferro, adicionar os itens 
1, 2 e 3 e aquecê-los até fundir;
 �Em um segundo recipiente (pode ser de plástico), mistu-
rar os itens 4 e 5.
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 �Após a fusão do material no primeiro recipiente, juntar os 
itens do segundo recipiente e misturar.
 �Desligar o aquecimento e medir o pH com o uso de um 
papel indicador de pH.
 �Acertar o pH com o ácido cítrico (item 6) até atingir 4,0 – 4,5.
 �Sob agitação, resfriar o produto até chegar a 55 – 60 ºC.
 �Caso queira, adicionar o corante (item 10) agora.
 �Sob agitação, resfriar o produto até chegar a 40 ºC.
 �Adicionar os itens 7, 8 e 9.
 �Quando atingir a temperatura ambiente, envasar.
Creme condicionador de cabelos
Ingredientes Qtd (%)
1. Álcool Ceto Estearilico 4
2. Cloreto de Cetil Trimetil Amônio 3,5
3. Lanolina 0,2
4. Ácido Cítrico 0,5
5. Água Deionizada 90,8
6. Essência 1
Procedimento
Misturar 1, 2, 3, 4 e 5 a 75 ºC. Manter a temperatura de 75 ºC 
durante aproximadamente 20 minutos. Resfriar até 35 ºC man-
tendo a homogenização. Adicionar o item 6. Homogenizar.
Base de gel cosmético
Solução de Carbopol 2% 30%
Glicerina 5,0%
EDTA solução 5% 1,0%
Metilparabeno solução 10% 1,0%
Água destilada qsp 100%
AMP 0,7%
Procedimento
Misturar os componentes e por último adicionar o AMP.
Solução de carbopol
Carbopol 940 2%
Metilparabeno solução 10% 1%
Glicerina 5%
Creme Rinse
Gel cosmético
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Solução de carbopol
Água destilada qsp 100%
Procedimento
Para preparar a solução de carbopol, deixar os componentes da 
fórmula abaixo em contato por 24h e depois processar em um mix
Gel de cabelo fixador 
Ingredientes
 �150 g base gel cosmético pronta.
 �7 a 12 g de p.v.p.k. (3% a 5%).
 �1/4 colher de café de nipagin.
 �1/4 colher de café de nipazol (dissolvidos em 2,5 mL de 
álcool de cereais).
 �50 mL de água deionizada.
 �Corante alimentício q.s.p.
 �3 mL de essência (sabonete ou perfumaria).
Procedimento
1. Dissolver o p.v.p.k. na água (+ ou – uma hora) e reservar.
2. Colocar a

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