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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
2
Fabio Konishi
São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A 
2021
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
1ª edição
3
2021
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
Diretor Presidente Platos Soluções Educacionais S.A
Paulo de Tarso Pires de Moraes
Conselho Acadêmico
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Camila Braga de Oliveira Higa
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
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Henrique Salustiano Silva
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Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Revisor
Miriane de Almeida Fernandes
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
_______________________________________________________________________________________ 
Konishi, Fabio
K82a Administração financeira / Fabio Konishi, – São Paulo: 
Platos Soluções Educacionais S.A., 202.
 43 p.
 ISBN 978-65-89881-27-8
 1. Administração financeira. 2. Planejamento financeiro.
3. Índices financeiros. I. Título.
 
CDD 658.15
____________________________________________________________________________________________
 Evelyn Moraes – CRB: 010289/O
© 2021 por Platos Soluções Educacionais S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de 
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, da Platos Soluções Educacionais S.A.
https://www.platosedu.com.br/
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SUMÁRIO
A administração financeira e o ambiente de negócio _________ 05
Os indicadores de desempenho e as relações com o mercado _ 17
Planejamento financeiro e administração do capital _________ 32
Demonstrações financeiras e indicadores de desempenho __ 45
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
5
A administração financeira e o 
ambiente de negócio
Autoria: Fábio Konishi 
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
Objetivos
• Reconhecer os conceitos essenciais de administração 
financeira. 
• Identificar as atribuições do profissional de finanças 
e a sua importância para as organizações.
• Reconhecer as influências de macro e 
microambientes e seus stakeholders.
6
1. Introdução às finanças
Ao iniciar os estudos em administração financeira, é importante ter 
em mente algumas questões: o que são finanças e qual seu papel nas 
organizações? Quais são as influências dos ambientes interno e externo 
das empresas e as atribuições do administrador financeiro? Quais são 
os impactos das decisões? Além disso, quem são os interessados na 
organização?
Se você pensar, algumas questões, como a aquisição de um imóvel 
ou de um carro, ou seja, uma decisão importante que causará um 
impacto no seu caixa de longo prazo, devem ser analisadas com base 
em informações corretas. Sabemos que há muitas questões, e aqui 
traremos um pouco de conhecimento e reflexão sobre o assunto. A 
área de conhecimento é extensa, com inúmeros assuntos a serem 
explorados, então neste Tema falaremos dos mais relevantes. Lembre-
se de que o universo das finanças não se limita ao que será tratado aqui, 
uma vez que ele passa por constantes atualizações, diante da dinâmica 
do mercado, mas será o necessário para a compreensão do tema.
2. Finanças
O tema finanças tem um aspecto singular por tratar-se de um modo 
geral de dinheiro. A sobrevivência das empresas está baseada no 
quanto de resultado financeiro suas operações geram, seja com lucro ou 
prejuízo. Segundo Gitman (2010, p. 3), “finanças é a arte e a ciência de 
administrar dinheiro”. Portanto, vamos entender melhor este conceito.
Como ciência e arte, as finanças são um conhecimento que passou por 
um processo de observação sistematizada, a qual determinou técnicas 
de que o administrador financeiro deve fazer uso para tomar decisões. 
Os relatórios gerenciais, como o balanço patrimonial, o demonstrativo 
7
de resultado do exercício e o fluxo de caixa, são exemplos de estudos 
que foram analisados e desenvolvidos para gerar informações para 
a administração financeira. Sendo arte, está relacionada à aplicação 
dos conhecimentos desenvolvidos e às habilidades necessárias para a 
interpretação e aplicação de técnicas, além do lado humano que se faz 
presente.
Quando falamos de finanças empresariais, estamos nos referindo a um 
conjunto de processos sistematizados que envolvem a administração 
financeira de uma empresa, planejando, organizando, executando e 
controlando todos os processos que envolvem o dinheiro e a empresa 
como um todo. Em outras palavras, a administração financeira está 
relacionada às atribuições e funções do administrador financeiro.
Figura 1 – Funções da administração financeira
Fonte: adaptada de Maximiano (2015, p. 10).
8
3. O administrador financeiro
A responsabilidade da administração financeira de uma empresa, 
independentemente do segmento de negócio e do porte, é atribuída ao 
administrador financeiro. Gitman (2010) ressalta que o gestor financeiro 
é o responsável pelos negócios sob a ótica financeira, realizando todas 
as atividades pertinentes ao cargo e à função e desempenhando papel 
nos planos estratégico, tático e operacional.
É claro que suas funções não se restringem a analisar números e 
indicadores financeiros ou elaborar cálculos. Ele deve ter um conjunto 
de competências técnicas específicas da área, aliado a uma visão 
sistêmica sobre o todo, como também do ambiente em que está 
posicionado o negócio.
O administrador financeiro deve ter uma visão sistêmica da empresa. 
Dessa forma, deve dominar os processos que envolvem o conjunto de 
departamentos que se interrelacionam e que também interagem com o 
meio externo, como: administração, contabilidade, serviços, marketing, 
gestão de pessoas, operações, sistemas de informação, entre outros, 
com objetivo comum de promover a perenidade da organização.
É importante ressaltar aqui que o profissional de finanças tem um campo 
de atuação que não se limita a trabalhar dentro das organizações, sejam 
elas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos. Ele poderá também 
atuar de forma autônoma como consultor de finanças empresariais em 
bancos, instituições de crédito e cobrança, e pessoais, e com educação 
financeira, investimentos, seguros, patrimônio, entre outros.
4. Ambiente empresarial
Inteirar-se do ambiente empresarial é de extrema importância para a 
organização. Para o gestor financeiro, compreender as interrelações 
9
possibilitará avaliar com mais assertividade a dinâmica do mercado: 
tendências do consumidor, novas tecnologias, economia e legislação.
Acompanhar o ambiente de negócios, abrangido pela empresa e por 
suas relações externas, é uma tarefa que envolve toda uma estrutura 
organizacional e ocorre em todos os níveis hierárquicos. Porém, cabe ao 
administrador financeiro estar atento a tudo.
As mudanças processadas no círculo empresarial (ambientes 
interno e externo) e seus impactos podem ser compreendidos como 
oportunidades ou ameaças. O aumento do Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS), por exemplo, pode trazer impactos no 
preço final de um produto, uma vez que seus custos incorrerão no preço 
final; em contrapartida, a queda do preço do barril do petróleo pode 
reduzir o preço dos combustíveis e consequentemente o valor do frete.
Assim, no caso do ICMS, o aumento representa uma possível ameaça, uma 
vez que o valor será repassado integralmente ao consumidor, elevando 
o preço do produto. No caso do petróleo, uma redução do preço do 
barril teoricamente gera uma redução no preço dos combustíveis, como 
gasolinae diesel, e para uma empresa de transportes de cargas gera uma 
oportunidade de redução do valor do frete.
Em ambos os casos, houve uma interferência externa, seja para 
aumento ou para diminuição dos custos de produção ou de processos. 
E são essas questões que devem ser avaliadas para verificar os efeitos 
externos dentro da empresa.
4.1 Macroambiente empresarial
O macroambiente empresarial são todos os fatores externos à empresa 
e que de certa forma impossibilitam o total controle do negócio, visto 
que os gestores não têm poder de decisão sobre eles. Nesse caso, o 
administrador financeiro deve manter-se atualizado e em frequente 
10
monitoramento, visto que esses fatores podem representar tanto uma 
certa ameaça quanto uma oportunidade de negócio, são eles:
• Economia. 
• Política. 
• Cultura. 
• Comportamento.
• Tecnologia.
• Demografia. 
• Outros. 
O macroambiente empresarial assume o papel de forças externas à 
empresa e por isso cabe aos gestores administrar os efeitos positivos 
(geração de receita/ redução de custos e despesas) ou negativos 
(redução de receitas/ aumento de custos e despesas) para que haja a 
adaptação ao meio para sobrevivência do negócio.
Sem sombra de dúvidas, a tecnologia é um dos fatores a que a empresa 
mais necessita estar atenta, visto que nos últimos anos os aplicativos 
tomaram conta do mundo dos negócios, e a empresa, conforme 
segmento de atuação, precisa adaptar-se ao modelo de negócio digital. 
Por isso a importância do monitoramento contínuo e a eventual 
necessidade de revisão dos planos financeiros continuamente, aplicando 
investimentos para a adequação ao que o mercado sinaliza.
4.2 Microambiente empresarial
O microambiente são todos os fatores que estão dentro do círculo 
empresarial e que, de certa forma, podem influenciar o negócio. São eles:
• Fornecedores.
11
• Prestadores de serviços. 
• Clientes.
• Concorrentes.
• Distribuidores. 
• Demais fatores próximos à empresa.
Por estar próximo à empresa, o microambiente pode ser monitorado, e, 
com isso, é possível prever situações que possam causar algum prejuízo 
ao negócio, minimizando o seu impacto. Por exemplo, um fornecedor 
que deixa de entregar um insumo afeta o processo produtivo. Então, 
se os gestores trabalham apenas com esse fornecedor, o impacto será 
enorme: a não entrega do produto pode acarretar perda de cientes. 
Porém, se a empresa tem outros fornecedores, pode reverter essa 
situação em curto prazo comprando o insumo de outro fornecedor.
4.3 Ambiente interno
O ambiente interno está relacionado com todas as atividades sobre as 
quais os administradores têm conhecimento e controle dos processos 
específicos e dos integrados da empresa. Na maioria dos casos, é 
possível ter um controle quase que total dos procedimentos, o que 
permite identificar as potencialidades e os pontos de vulnerabilidade 
(pontos fortes e fracos). O ambiente interno nada mais é do que as 
diversas áreas de uma organização:
• Contabilidade e finanças. 
• Marketing e vendas.
• Gestão de pessoas.
• Serviços. 
12
• Produção. 
• Outras áreas internas da empresa.
Além das áreas com suas respectivas funções, o ambiente organizacional 
interno possui outros elementos que devem ser observados, como 
a cultura organizacional, as políticas da empresa, as lideranças, a 
tecnologia, entre outros. Alguns destes nem sempre são tangíveis, mas 
fazem parte do ambiente interno.
Figura 2 – Ambiente empresarial
Fonte: elaborada pelo autor.
5. Os stakeholders e a empresa
O termo stakeholders de certa forma é recente e sua tradução no 
sentido literal significa acionistas. Na literatura, você poderá encontrá-
lo conceitualmente como partes interessadas, públicos de interesse, 
13
público estratégico ou atores envolvidos. Para Rocha e Goldschimidt 
(2010), são grupos que têm algum tipo de interesse pela organização e 
que de alguma forma são afetados por suas atividades.
Refletindo sob a ótica das organizações empresariais, estamos tratando 
de todos aqueles que têm um interesse ou algum tipo de preocupação 
com a empresa, estando envolvidos direta ou indiretamente no negócio. 
Nesse sentido, são eles: proprietários; colaboradores (pagamento de 
salários); parceiros de negócios (fornecedores, distribuidores, terceirizados 
e clientes); comunidade local ou regional; governo (tributos) e a sociedade 
civil (ética, meio ambiente com o descarte inadequado de rejeitos 
industriais); ou outras partes externas que têm algum tipo de interesse.
Os interesses são diversos e cada uma das partes quer ou deseja algum 
tipo de benefício, vantagem ou privilégio, ou simplesmente que a 
empresa tenha uma conduta ética e de transparência em suas ações.
Figura 3 – Stakeholders
Fonte: elaborada pelo autor.
14
Ao compreender a importância do papel dos stakeholders, a empresa 
consegue obter uma visão ampla e estratégica de todos os envolvidos, 
minimizando eventuais riscos nas decisões de curto e longo prazos. 
Além disso, pode avaliar eventuais impactos para si, sendo possível 
trabalhar com investimentos com menor risco.
Outra dimensão importante que tem sido perseguida pelas organizações 
é a sustentabilidade. Na tentativa de reduzir os conflitos de interesse, as 
empresas de grande porte prestam contas aos stakeholders, publicando 
relatórios gerenciais operacionais e financeiros. Atualmente, os 
Relatórios de Sustentabilidade também estão sendo revelados seguindo 
a metodologia de publicação internacional da Global Report Iniciative 
(GRI). É importante notar eu a sustentabilidade não se limita apenas 
aos resultados financeiros, mais dois outros grupos a integram em uma 
empresa.
Figura 4 – Sustentabilidade organizacional
Fonte: adaptada de Barbieri e Cajazeira (2017, p. 77).
O pilar social (capital humano) refere-se às questões humanas de um 
empreendimento ou de uma sociedade. Salários justos e Equipamento 
de Proteção Individual (EPIs) não são os únicos aspectos a serem 
observados, pois também é imprescindível um ambiente condizente e 
agradável, com um clima organizacional favorável. Além disso, existem 
15
os aspectos externos da comunidade local, ou seja, se a atividade 
econômica da empresa a afeta ou não.
O pilar ambiental é o capital natural do negócio e da sociedade que se 
refere aos recursos naturais do planeta que são utilizados. Grande parte 
das atividades econômicas tem um impacto ambiental, como a indústria 
de transformação, o extrativismo, a agricultura e a atividade local de 
subsistência. Assim, a empresa e a sociedade devem buscar formas de 
minimização desses impactos no planeta.
O pilar econômico possui um conceito mais amplo quando buscamos 
o seu significado, indo além das questões empresariais, pois em sua 
origem tem significado de organização financeira e material de uma 
casa. Assim, a economia para as questões de sustentabilidade está 
ligada aos aspectos de produção e consumo no sistema econômico 
entre empresa, sociedade e governo.
Em resumo, a ideia principal é que a empresa se desenvolva dentro 
desses três pilares de forma sustentável, propondo uma interação 
harmoniosa, ou seja, suas ações devem conjugar os objetivos propostos 
e as partes interessadas.
6. Fechamento do Tema
Neste Tema, você conheceu os principais conceitos de finanças, 
administração financeira e sua importância para as empresas, além do 
papel do administrador financeiro, suas competências e habilidades 
necessárias. Tais habilidades são imprescindíveis para que esse 
profissional possa, com base em seu conhecimento técnico, ter 
competência para tomar as melhores decisões no ambiente de negócios 
ou fora dele.
16
O ambiente empresarial gera desafios constantes, visto que são muitas 
atividades e procedimentos que devem ser analisados constantemente. 
Os ambientes macro e micro fazem parte do círculo da organização, 
interferindo e influenciando as decisões dos gestores. Por isso, 
é importante que o administrador financeiro esteja atualizado e 
preparado para decidirsobre o que é melhor para a empresa, a curto, 
médio e longo prazos.
Referências
BARBIERI, José Carlos; CAJAZEIRA, Jorge Emanuel Reis. Responsabilidade social 
empresarial e empresa sustentável: da teoria à prática. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 
2017.
GITMAN, Lawrence. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: 
Pearson, 2010.
MATIAS, Alberto B. (coord.). Finanças Corporativas de Curto Prazo: a gestão do 
valor do capital de giro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014. v. 1.
MAXIMIANO, Antonio Cesar. Fundamentos da administração: introdução à teoria 
geral e aos processos da administração. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
ROCHA, Thelma; GOLDSCHIMIDT, Andrea. (coord.) Gestão dos stakeholders: como 
gerenciar o relacionamento e a comunicação entre a empresa e seus públicos de 
interesse. São Paulo: Saraiva, 2010. 
17
Os indicadores de desempenho e 
as relações com o mercado
Autoria: Fábio Konishi
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
Objetivos
• Identificar e compreender os objetivos empresariais 
na administração financeira.
• Reconhecer os agentes e a sistemática do mercado 
financeiro.
• Reconhecer a importância dos índices financeiros. 
18
1. Introdução
Neste tema, serão abordadas a importância do reconhecimento e 
a compreensão dos objetivos organizacionais e sua relação com a 
administração financeira, para que sejam direcionadas as melhores 
decisões. Além disso, será apresentada a estrutura básica do Sistema 
Financeiro Nacional (SFN), bem como sua composição, os órgãos 
normativos e reguladores e as instituições que o compõe. Será 
demonstrado especificamente o mercado financeiro com as operações 
que são negociadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), denominada como 
Bolsa de Valores. Para finalizar, serão explicados os principais índices 
contábeis-financeiros, e os impactos nas decisões por meio da análise 
dos resultados.
2. Objetivos empresariais
Quando tratamos de objetivos empresariais, estamos relacionando o 
termo aos resultados que a empresa deseja alcançar com seu negócio, 
dentro de um determinado período, considerando os possíveis cenários. 
Segundo o dicionário Michaelis [s.d.], objetivo é o “resultado ou meta que 
se quer atingir numa ação; alvo, fim, finalidade, objeto, propósito”. Nesse 
sentido, a finalidade da empresa vai além de conseguir somente ótimos 
rendimentos financeiros, podendo seus resultados serem quantitativos 
(financeiros) e qualitativos (atendimento, entrega no prazo), a fim de 
garantir a perenidade da empresa.
Dessa forma, parte-se do princípio de que o administrador financeiro 
não está apenas se empenhando para alcançar resultados financeiros, 
pois, se assim fosse, bastaria apresentar estudos técnicos e considerar 
a opção que traga o melhor retorno monetário. Em outras palavras, ele 
tem outros objetivos em seu escopo de trabalho.
19
Uma das razões de se estabelecerem objetivos específicos por setor ou 
departamento é garantir que toda a estrutura da empresa caminhe para 
a mesma direção, ou seja, a partir da definição de critérios para onde 
se deseja chegar, a empresa irá percorrer o mesmo rumo em busca dos 
resultados que foram previamente determinados.
Figura 1 – Objetivos empresariais
Fonte: elaborada pelo autor.
É fato que muitos objetivos são comuns às empresas, como: gerar lucro, 
reduzindo custos de operação; aumentar a qualidade dos produtos; 
assegurar a satisfação dos clientes; ampliar o market share (participação 
do mercado); entre outros. Por outro lado, é importante a adequação 
correta, dentro das possibilidades e condizente com suas limitações, seja 
pelos processos, pelos fornecedores, pelos clientes ou pela distribuição 
e naturalmente pelo tipo de negócio.
Na administração financeira, os objetivos estão centrados em 
rentabilidade, lucratividade, valor, lucro por ação; porém, Gitman 
(2010) ressalta que esta não é uma condição única. Quando se gera 
a maximização de riqueza dos proprietários, amplia-se o foco e inclui 
os stakaholders, o enfoque passa a ser a preservação do “bem-estar” 
20
da empresa, evitando, assim, medidas que prejudiquem, por alguma 
decisão equivocada, também as partes interessadas.
3. Instituições e mercado financeiro
Segundo Sandroni (2005), o Sistema Financeiro Nacional (SFN) é um 
conjunto de instituições financeiras que comandam a gestão da política 
monetária, ou seja, são instituições ou órgãos reguladores, fiscalizadores 
e executores das operações de moeda, crédito, capitais, câmbio, seguros 
e previdência.
• Órgãos normativos: o Conselho Monetário Nacional (CMN) para 
moeda, crédito, capitais e câmbio; o Conselho Nacional de Seguros 
Privados (CNSP), para seguros privados; e o Conselho Nacional de 
Previdência Complementar (CNPC), para previdência privada.
• Órgãos supervisores: o Banco Central do Brasil (BACEN); a 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM); a Superintendência 
de Seguros Privados (SUSEP); e Superintendência Nacional de 
Previdência Complementar (PREVIC).
• São consideradas entidades executoras ou operadoras os 
bancos (comerciais, de investimento e múltiplos); as caixas 
econômicas; as cooperativas de crédito; os administradores 
de consórcios; as instituições de pagamento; as corretoras; as 
distribuidoras; a bolsa de valores; a bolsa de mercadorias e 
futuros; as seguradoras e resseguradoras; as entidades abertas de 
previdência; a sociedades de capitalização; as entidades fechadas 
de previdência complementas; e as demais instituições financeiras 
regulamentadas.
O SFN é uma rede de participantes interdependentes que têm como 
objetivo comum a intermediação entre tomadores e investidores, e 
poupança e investimento, possibilitando maior eficiência ao setor 
21
produtivo. Ele busca a manutenção do equilíbrio para a promoção do 
desenvolvimento econômico e social, promovendo o crescimento entre 
os setores, além de fiscalizar as operações de crédito e de circulação da 
moeda.
3.1 Mercado financeiro
O mercado financeiro é o ambiente de troca no qual são negociados 
(compras e vendas) produtos financeiros, como: ações, títulos públicos, 
fundos de investimentos, moedas estrangeiras e de mercadorias. 
Ele é regulado pela CVM, cujo papel é fiscalizar as operações. Por 
sua vez, as operações são supervisionadas pelo BACEN, que cumpre 
a função de depositário do Tesouro Nacional, além das funções de 
controle e regulação das reservas cambiais e moeda estrangeira; 
emissão e controle de moeda nacional; regulação das taxas de juros; e 
monitoramento do sistema para a garantia do equilíbrio do mercado.
O mercado financeiro é subdividido conforme a Figura 2.
Figura 2 – Mercado financeiro
Fonte: elaborada pelo autor.
22
Desde 2017, as operações do mercado financeiro são realizadas pela 
B3, que é a fusão da BMF&FBOVESPA (Bolsa de Mercadorias & Futuros e 
Bolsa de Valores do Estado de São Paulo), ocorrida em 26 de março de 
2008, e pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira (CETIP). É 
uma plataforma de negociação, sendo considerada uma das principais 
empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo, com sede 
na cidade de São Paulo.
Figura 3 – Negócios na B3
Fonte: elaborada pelo autor.
4. Índices financeiros
Os índices financeiros são indicadores que apresentam dados e 
informações em forma numérica e são obtidos de relatórios emitidos 
pelas empresas, em conformidade com a Lei n. 11.638/07 (Lei das 
Sociedades por Ações) (BRASIL, 2007). São eles:
• Balanço Patrimonial (BP).
• Demonstrações das Mutações Patrimoniais ou Demonstração de 
Lucros e Prejuízos Acumulados (DMPL).
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
• Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC).
• Demonstração do Valor Acumulado (DVA).
23
Com base nas informações contábeis, fiscais e financeiras, os gestores 
podem avaliar a atual situação patrimonial a curto, médio e longo 
prazos. Além disso, podem reavaliar o que não está adequado, 
implementando correções, e se apoiar nesses indicativos para tomar 
decisões mais assertivas.
Alémdas cinco demonstrações, a empresa ainda divulga uma 
complementação pelas Notas Explicativas, por outros quadros analíticos, 
pelo Relatório de Administração e pelo Balanço Social. No Brasil, a 
CVM é responsável pela normatização e padronização das informações 
apresentadas pelas empresas de capital aberto.
Os demonstrativos, relatórios e índices financeiros são necessários para 
que a empresa divulgue aos seus stakeholders sua situação e de seu 
negócio. Os acionistas e proprietários desejam saber sobre a relação 
retorno-risco em que ela pode incorrer em determinado investimento, 
uma vez que isso pode comprometer o preço da ação. Já os credores 
estão interessados na liquidez de curto prazo para avaliar se a empresa 
tem capacidade financeira de honrar com as suas obrigações, ou 
seja, desejam saber se receberão pelos produtos vendidos, serviços 
prestados ou empréstimos. Tanto os acionistas quanto os colaboradores 
têm a preocupação com todos os aspectos financeiros da empresa: 
garantia de retorno do investimento, pagamento dos salários e 
longevidade da empresa.
Os principais índices financeiros são classificados em quatro categorias 
(liquidez, de atividade, endividamento e rentabilidade) e cada uma 
propõe acompanhar a situação financeira, econômica e patrimonial 
das empresas. É uma forma de avaliar, comparando com o conjunto de 
contas contábeis e seus indicativos históricos.
4.1 Índice de liquidez
Os indicadores de liquidez são um conjunto de índices financeiros 
que medem a capacidade da empresa em saldar suas obrigações com 
24
terceiros. Eles, então, medem o grau de solvência, que é a capacidade 
financeira de pagar as despesas e os custos organizacionais.
O índice de Liquidez Corrente mede a capacidade da empresa de pagar 
suas obrigações de curto prazo.
Liquidez Corrente =
Ativo Circulante
Passivo Circulante
O Ativo Circulante (AC) representa o total de direitos e o Passivo 
Circulante (PC), a soma das obrigações. Se o valor do AC for maior que 
o valor do PC, indica que a empresa tem capacidade financeira para 
cumprir suas obrigações com terceiros (fornecedores, empréstimos). 
O indicativo é medido pelo produto da equação, demonstrada 
anteriormente, cuja análise é baseada sempre em 1.
• Acima de 1: a empresa tem capital circulante ou capital de giro 
suficiente para o cumprimento de suas obrigações.
• Igual a 1: a empresa tem recursos suficientes apenas para quitar 
suas obrigações, não podendo planejar em investir.
• Abaixo de 1: as obrigações (dívidas) são maiores do que os direitos 
(recebimentos), revelando uma situação crítica.
A Liquidez Seca é similar ao índice de Liquidez Corrente; entretanto, 
por não ser considerado de liquidez imediata, o saldo da conta Estoques 
é excluído da operação. Com isso, os gestores têm dois indicadores 
importantes que medem a solvência: a primeira abrange os itens do 
Caixa, Banco e Estoques; e a segunda apenas o que a empresa tem de 
saldo específico em dinheiro.
Liquidez Seca =
Ativo Circulante - Estoques
Passivo Circulante
25
Da mesma forma, o valor aceitável é igual ou maior que 1, pois o 
entendimento é o mesmo. Ressalta-se que uma análise pode ser 
realizada comparando os valores obtidos nos índices com aqueles 
obtidos por empresas do mesmo segmento de negócios. Com isso, 
é possível avaliar se é uma situação específica ou do mercado. Por 
exemplo, é aceitável para uma empresa de serviços públicos apresentar 
um índice igual a 1; por outro lado, para uma empresa no segmento 
farmacêutico, esse resultado não seria bem-visto pelos stakeholders.
4.2 Índice de Atividade
O índice de atividade tem como finalidade medir os processos do ciclo 
empresarial. Na indústria, por exemplo, esse ciclo é medido desde a 
compra dos insumos de produção até a venda do produto, integrando 
nesse período o método de pagamento, se à vista ou a prazo. 
Acompanhar a atividade de uma empresa é essencial para garantir a 
otimização de processos que contemplam o giro de estoque e os prazos 
médios entre receber dos clientes e pagar fornecedores (capital de giro).
O Giro do Estoque mede a capacidade da empresa de administrar com 
eficiência a liquidez de seus estoques. A fórmula para se apurar é:
Giro de Estoque =
Custo das Mercadorias Vendidas
Giro de Estoque
O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) é um dado importante para 
a empresa, no qual estão contidos todos os custos que envolvem o 
produto, incluindo aquisição e armazenagem. Por isso, conhecer a 
relação entre o CMV e o Estoque (giro) é relevante para a gestão.
O Giro de Estoque, também conhecido como Prazo Médio de 
Estocagem (PME), aponta a circulação das mercadorias (quantas vezes 
foram vendidas e as repostas) e evidencia o equilíbrio entre compras 
e vendas de produtos. Como no índice de liquidez, a empresa deve se 
26
comparar com organizações do mesmo segmento e com o histórico dos 
indicadores. Para um supermercado, por exemplo, um indicador de 25 
é aceitável, enquanto para uma fábrica de tratores é alto. Neste caso, 
quanto mais baixo, melhor.
Conhecendo o prazo médio de estocagem, a empresa pode também 
apurar a média para saber o tempo em que os produtos ficam 
armazenados. Esse cálculo pode considerar qualquer período: dias, 
semana, mês, trimestre ou ano. A fórmula a seguir considera a média do 
estoque em dias:
Média do Estoque =
365
Giro do Estoque
Outra informação importante é o Prazo Médio de Recebimento 
(PMR), que averigua o tempo médio entre a efetivação da venda e 
o recebimento pelo cliente; isto é, em quanto tempo, em média, a 
empresa receberá após as vendas. Com essa informação, ela pode 
administrar pagamentos e propor investimentos de curto prazo.
Prazo Médio de Recebimento =
Contas a receber de clientes
Valor diário médio das vendas 
Em que:
Valor diário médio das vendas =
Vendas anuais
365
O PMR leva em consideração a política de vendas e de crédito da 
empresa (vendas a prazo). Se ela possui uma política de recebimentos 
de longo prazo, deve ficar atenta às entradas de caixa para honrar suas 
obrigações, não prejudicando o capital de giro.
27
Enquanto o PMR avalia o tempo entre a venda e o recebimento, o Prazo 
Médio de Pagamento (PMP) indica o tempo entre as compras e o 
pagamento aos fornecedores. As fórmulas são idênticas.
Prazo Médio de Pagamento =
Fornecedores
Valor diário médio das compras
Em que:
Valor diário médio das compras =
Compras anuais
365
Com essas duas informações, os gestores podem decidir sobre 
investimentos, reposição de estoque, promoções de venda, entre 
outras oportunidades de alavancagem da receita. Em outras palavras, 
conhecer as médias de prazos de compra e de vendas propicia uma 
gestão eficiente dos recursos. O ideal para uma empresa seria receber 
dos clientes antes de vencerem os prazos para pagamento das faturas 
dos fornecedores, ou seja, utilizar recursos de terceiros para quitar as 
obrigações.
Há uma certa dificuldade no cálculo do PMP em razão de os valores 
não estarem explicitados nos demonstrativos, uma vez que as compras 
são estimadas em um percentual do CMV. Dessa forma, atribui-se 
esse percentual e obtém-se um valor, conforme política de custos da 
empresa.
O Giro do Ativo Total apresenta uma comparação entre as vendas e o 
total de seus ativos, ou seja, o quanto a empresa consegue vender com 
base em seus ativos.
Giro do Ativo Total =
Vendas
Ativo Total
Quanto maior o valor do Giro do Ativo significa que a empresa tem sido 
mais eficiente gerando renda sobre os ativos. Por exemplo, se o Giro do 
28
Ativo for de 0,90, significa que ela produz esse valor para cada real de 
ativos que possui.
4.3 Índice de Endividamento
O Índice de Endividamento Geral (EG) representa o quanto dos ativos 
da empresa está financiado por terceiros. O Passivo Total representa 
as obrigações como os fornecedores, investidores, sócios, impostos 
e contribuições; já o Ativo Total reflete os lançamentos dos bens e 
direitos, como dinheiro, estoque, recebimento de clientes, imóveis, entreoutros. Ao apurar o endividamento, os gestores conseguem saber se os 
recursos são suficientes para quitar todas as obrigações.
Um exemplo de fácil entendimento é de uma empresa que vai encerrar 
suas atividades em seis meses. Se ela tiver um ativo maior do que o 
passivo, a resposta é positiva: se ela vender todos os bens (imóveis, 
estoques) e receber dos clientes, vai conseguir pagar todas as dívidas, 
inclusive os sócios-proprietários e os investidores.
Índice de Endividamento Geral =
Passivo Total
Ativo Total
A situação pode ser analisada pela ótica de seu grau de endividamento e 
pela sua capacidade de honrar suas obrigações. Nesse caso, relaciona-se 
com a quantidade de capital de terceiros envolvida na operação para a 
geração de lucros.
4.4 Índice de Rentabilidade
Existem diversas medidas de rentabilidade, mas neste tópico serão 
apresentadas as mais relevantes. Em uma visão ampliada, esses 
indicadores permitem demonstrar o quanto de rendimento um 
determinado investimento gerou para a empresa. Assim, apurar as 
margens de lucro permite aos gestores acompanhar se a empresa está 
29
operando com efetividade, mantendo equilibrados os bens, os direitos 
e as obrigações. Os indicadores de margem de lucro fazem uma relação 
entre lucro, mercado, retorno e eficiência da empresa. São eles:
• Margem de Lucro Bruto: é expressa em percentual e mede a 
relação entre as vendas e o lucro bruto (sem dedução do imposto 
de renda). Permite saber com quanto do lucro as receitas de 
vendas (já deduzidos os custos) contribuem. No Brasil, a Receita 
Federal estabelece que a margem pode variar entre 20% e 40%, 
dependendo do setor econômico do negócio; de maneira direta, 
quanto maior, melhor.
Margem de Lucro Bruto =
Lucro Bruto
Receita de vendas
Em que: Lucro Bruto=Receita de vendas-CMV
• Margem de Lucro Operacional: também expressa em percentual, 
mede o valor de dinheiro (lucro/prejuízo) que fica na empresa após 
as deduções de custos e de despesas relacionados à operação.
Margem de Lucro Operacional =
Lucro Operacional
Receita de vendas
• Margem de Lucro Líquido: expressa em percentual e 
conceitualmente similar às demais margens, inclui todas as 
deduções da margem operacional, mais juros, impostos e 
dividendos. Da mesma forma, quanto maior o valor, melhor para a 
empresa. É o rendimento real de uma empresa.
Margem de Lucro Líquido =
Lucro disponível para os 
acionistas ordinários
Receita de vendas
• Lucro por Ação (LPA): representa basicamente o lucro de cada 
ação em um determinado período, para cada ação em circulação.
30
Lucro por ação =
Lucro disponível para os 
acionistas ordinários
Número de ações 
ordinárias em circulação 
• Retorno sobre Ativo Total ou ROA (em inglês Return on Assets): 
também chamado de Retorno sobre o Investimento (ROI), 
representa a eficácia da empresa na geração de lucros pelos seus 
ativos disponíveis. Quanto mais elevado esse indicador, melhor 
para a empresa.
Retorno sobre ativo total =
Lucro disponível para os 
acionistas ordinários
Ativo total 
5. Fechamento do Tema
Neste Tema, você conheceu um pouco mais sobre os objetivos 
empresariais e sua relação com a administração financeira, considerando 
a sua importância para o sucesso do negócio em uma visão sistêmica 
entre a empresa e o meio em que atua. Além disso, conheceu a estrutura 
do sistema financeiro nacional, sua configuração, sua estrutura, seus 
participantes e as funções de cada um deles. Ainda dentro desse tópico, 
especificamos um pouco mais sobre o mercado financeiro e a atuação 
na bolsa de valores. Concluímos apresentando os principais indicadores 
financeiros, que são essenciais para a tomada de decisões na condição de 
investidor, na aquisição de ações, como proprietário no acompanhamento 
dos indicadores da empresa ou como qualquer outros stakeholder.
Referências
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo: Atlas, 
2021.
31
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro: exercícios e prática. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2019.
BRASIL. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da 
Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976 [...]. Brasília: Presidência da República, 
2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11638.htm. Acesso em: 11 maio 2021.
BRUNI, Adriano L.; FAMÁ, Rubens. As decisões de investimento: com aplicações na 
HP 12C e Excel. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
GIMENES, Cristiano M. Matemática Financeira com HP12C e Excel: uma 
abordagem descomplicada. 2. ed. São Paulo: Pearson, 2009.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: 
Pearson, 2010.
HOJI, Masakazu. Administração Financeira e Orçamentária: matemática 
financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 12. ed. São 
Paulo: Atlas, 2017.
MATIAS, Alberto B. (coord.). Finanças Corporativas de Curto Prazo: a gestão do 
valor do capital de giro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014. v.1.
MICHAELIS. Objetivo. [s.d.]. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-
portugues/busca/portugues-brasileiro/objetivo%20/. Acesso em: 11 maio 2021.
ROSS, Stephen et al. Fundamentos de administração financeira. 9. ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2013.
SANDRONI, Paulo. Dicionário de Economia do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 
2005.
32
Planejamento financeiro e 
administração do capital
Autoria: Fábio Konishi
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
Objetivos
• Compreender o processo de planejamento 
financeiro e de caixa.
• Entender as definições de capital de giro e seus 
impactos na administração de caixa.
• Reconhecer os elementos do ciclo operacional 
da empresa e sua importância na administração 
financeira de curto prazo. 
33
1. Introdução
Neste Tema, serão abordadas a importância do planejamanto 
financeiro para a empresa e a sua relação com as demais áreas 
para o desenvolvimento de um plano unificado com foco nos 
objetivos empresariais. A partir das definições de capital de giro, 
compreenderemos a administração financeira de curto prazo e a 
essencial administração do circulante para solvência da empresa, 
ou seja, se irá conseguir pagar suas contas. Além disso, serão 
apresentados o ciclo operacional da empresa, bem como sua 
estrutura e as informações necessárias para análise e tomada de 
decisões no controle do caixa, e a administração dos recursos sob a 
ótica financeira.
2. Planejamento financeiro
A palavra planejamento vem de planejar, que significa elaborar um 
plano, programar-se, projetar algo futuro; ou seja, é a determinação 
de um conjunto de procedimentos para a consecução de objetivos 
em um determinado tempo futuro. É uma importante tarefa da 
administração que visa à organização e à estruturação de um ou 
vários objetivos empresariais.
A estratégia financeira é derivada do planejamento empresarial, que 
tem como fonte os demonstrativos financeiros ou contábeis e os 
orçamentos de caixa, que propiciam um direcionamento aos objetivos 
financeiros da empresa. Dessa forma, o planejamento financeiro 
requer do administrador um amplo conhecimento do negócio e do 
34
ambiente organizacional, considerando que a área não trabalha 
isoladamente.
É um processo que envolve aspectos de sustentabilidade econômica 
da empresa, permitindo a realização de seus objetivos, uma vez que 
fornece uma espécie de mapa ou roteiro que deve ser seguindo, 
a fim de dirigir, coordenar e controlá-la por meio de indicadores 
financeiros, além de outras ferramentas e análises. Para isso, 
Gitman (2010) ressalta a necessidade do planejamento de caixa, 
que envolve a elaboração do orçamento de caixa da empresa e 
do planejamento de lucro, que é a elaboração de demonstrativos 
financeiros projetados, os quais são comumente utilizados para 
acompanhamento interno (relatórios gerenciais).
Planos financeiros de longo prazo são ações e projeções, geralmente 
durante um período entre 2 anos e 10 anos, sendo revisados 
periodicamente de acordo com novas informações disponíveise 
que de alguma forma possam impactar a empresa ou o negócio. São 
considerados estratégicos por serem integrados ao plano empresarial 
e envolverem outras áreas da empresa, como produção, marketing e 
demais setores. Esses planos apresentam as atividades de pesquisa, 
desenvolvimento de novos produtos, ampliação de processo 
produtivo, ações de marketing, fontes de financiamento, estrutura de 
capital e demais desembolsos necessários para a sua execução.
Os planos financeiros de curto prazo, ou operacionais, são ações 
financeiras planejadas que cobrem um período de até dois anos, 
com possibilidade de previsão de seus reflexos financeiros. A base de 
informações para subsídio dos relatórios são as previsões de vendas 
(receitas), os dados operacionais de processos produtivos (gestão), a 
aquisição de insumos (custos) e os relatórios financeiros.
35
Figura 1 – Planejamanto financeiro de curto prazo
Fonte: adaptada de Gitman (2010, p. 107).
O ponto de partida para a confecção de um plano financeiro são 
as projeções de vendas e os planos de produção, que são a base 
de informações a serem refletidas nos demonstrativos financeiros, 
incluindo o balanço patrimonial e o orçamento de caixa. Além disso, 
análises do balanço patrimonial do exercício anterior e do corrente e 
dos planos de investimento e financiamentos de longo prazo auxiliam 
no desenvolvimento da estratégia financeira.
36
Figura 2 – Informações para a projeção de vendas
Fonte: elaborada pelo autor.
Partindo-se do planejamento financeiro, é possível a confecção do 
orçamento empresarial. Essa é uma prática necessária para as empresas 
públicas ou privadas e visa à elaboração de uma projeção de todas as 
despesas e receitas da empresa em um determinado período, incluindo 
as projeções de lucro que se deseja alcançar.
Entre os objetivos do orçamento empresarial, está assegurar um 
controle financeiro da empresa, uma competência dos administradores 
dos setores que envolvem suas operações. Além disso, há o apoio 
na tomada de decisões das operações diárias e dos projetos de 
investimento e nas estratégias de preços de seus produtos e serviços. 
Nesse sentido, monitora, analisa e avalia os custos, os lucros e os 
resultados em um período preestabelecido (ou exercício fiscal).
O orçamento empresarial anual também é conhecido como budget, que 
em tradução literal significa orçamento, também chamado de metas 
financeiras. Esse termo é um jargão muito conhecido quando queremos 
falar do tema orçamento.
Outro termo muito utilizado é forecast, que significa previsão. No 
sentido de planejamento orçamentário, é o orçamento ajustado, ou 
37
seja, uma vez estabelecido onde se deseja chegar, é importante que 
no decorrer de um determinado período a empresa realize ajustes, a 
fim de chegar ao resultado estipulado. Assim, enquanto o budget é o 
orçamento estático, o forecast é o ajustado.
O orçamento empresarial nada mais é do que o conjunto dos diversos 
objetivos empresariais para que sejam estabelecidos o controle e o 
monitoramento dos resultados estipulados, tanto gerais (ou genéricos) 
como setoriais. Tais objetivos são norteados por oportunidades e 
possíveis ameaças provenientes do ambiente empresarial.
Várias são as técnicas para realizar as análises para a confecção do 
orçamento empresarial, entre as quais as mais usuais são aquelas 
que utilizam o valor de dinheiro no tempo para análise dos retornos 
e dos riscos envolvidos, além de projeções de cenários nas possíveis 
situações do micro e macroambientes empresariais. Diante dessa 
situação, é importante que a empresa envolva todas as áreas para 
possibilitar um comprometimento dos gestores responsáveis, além 
de serem estabelecidas metas factíveis e realísticas, considerando as 
potencialidades e limitações de cada setor da empresa.
3. Administração do capital de giro
A administração financeira de curto prazo tem como um de seus 
principais objetivos gerenciar e controlar as contas do ativo e passivo 
circulante. Os elementos que compõem o ativo circulante são: 
estoques, contas a receber, caixa e títulos, ou seja, são os bens que 
a empresa consegue transformar em dinheiro no curto prazo. Já o 
passivo circulante representa as obrigações de curto prazo assumidas 
pela empresa: contas a pagar a fornecedores, despesas com salários, 
impostos a recolher e empréstimos bancários a pagar.
38
O ativo circulante, que comumente é chamado de capital de giro ou 
capital circulante,
corresponde a uma parcela de capital aplicada pela empresa em seu ciclo 
operacional, caracteristicamente de curto prazo, a qual assume diversas 
formas ao longo de seu processo produtivo e de venda. (ASSAF NETO, 
2021, p. 395)
Em outras palavras, é o capital que circula dentro da empresa e suporta 
todos os gatos com a sua operação.
Capital de Giro (ou circulante) líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Imagine a seguinte situação: uma empresa fabricante de calçados possui 
R$ 500 mil em ativo circulante e R$ 350 mil em passivo circulante. Nessa 
condição, temos o seguinte:
Capital de Giro Líquido (CGL) = 500 mil – 350 mil = 150 mil
Figura 3 – CGL Positivo
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante
Circulante
Não circulante
Não circulante
Fonte: elaborada pelo autor.
Nessa situação, a empresa apresenta um capital de giro positivo no valor 
de R$150 mil, ou seja, está com disponibilidade suficiente de recursos 
para quitar as obrigações com vencimentos de curto prazo.
No entanto, se o passivo circulante for de R$ 600 mil:
39
CGL = R$ 500 mil – R$ 600 mil = – R$ 100 mil
Figura 4 – CGL Negativo
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante
Circulante
Não circulante
Não circulante
Fonte: elaborada pelo autor.
Nesse caso, a empresa apresentou um saldo negativo, o que significa 
que necessita de R$ 100 mil para repor o seu capital de giro. Em outras 
palavras, ela está parcialmente insolvente nessa condição e vai precisar 
buscar uma solução para honrar todos os compromissos.
Quanto maior o Capital de Giro Líquido, melhor será a capacidade 
financeira para pagamentos de curto prazo. Dessa forma, a empresa 
consegue efetuar os pagamentos existentes e ainda pode assumir 
novos compromissos ou investir. Ou seja, quanto maior o capital de 
giro, menor o risco e menor a probabilidade de insolvência para as 
obrigações de curto prazo.
Em contrapartida, um valor baixo de capital de giro apresenta a 
probabilidade de a empresa não conseguir pagar suas contas nos 
prazos, que é um risco maior associado a esse resultado.
4. Ciclo de conversão de caixa
O administrador financeiro deve entender o ciclo de conversão 
de caixa, ou ciclo de caixa de uma empresa, pois este fornece as 
informações básicas para compreensão do ativo circulante. Em outras 
palavras, apresenta de forma sucinta os ciclos entre o pagamento de 
40
fornecedores até o recebimento dos valores pelas vendas de seus 
produtos, considerando a data de seu pagamento.
O Ciclo de Conversão de Caixa (CCC), ou simplesmente Ciclo de Caixa, 
refere-se ao tempo entre o pagamento de fornecedores (insumos 
adquiridos para a operação) e a data de recebimento das vendas dos 
produtos acabados. Grosso modo, é a movimentação do dinheiro na 
empresa entre pagamento e recebimento, sendo também conhecido 
como Ciclo Financeiro por alguns autores.
Para o cálculo do CCC temos a seguinte expressão:
CCC = Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagamento
Considerando uma situação hipotética em que uma empresa tem um 
Ciclo Operacional de 90 dias e um Prazo Médio de Pagamento de 60 
dias, temos:
CCC = 90 – 60 = 30 dias
Nessa condição, o CCC de 30 dias aparentemente apresenta um 
resultado satisfatório, uma vez que a empresa possui um tempo 
relativamente grande para pagar seus compromissos e recebe em um 
tempo equivalente à metade dos dias. Por outro lado, é importante 
ressaltar que a análise deve considerar o tipo de negócio e os ciclos de 
seus concorrentes para que seja possível afirmar que o resultado é bom.
Na prática,quanto menor o CCC, maior o giro de seus estoques, o que 
representa que a empresa consegue transformar sua matéria-prima em 
produtos acabados rapidamente.
O Ciclo Operacional (CO) são as atividades básicas e cotidianas da 
empresa que envolvem o tempo, que vai desde a aquisição de matéria-
prima, estoques, processo de produção e venda até as atividades de 
pagamento de fornecedores e o recebimento das vendas realizadas. 
41
Para entender melhor, imagine que a empresa Sapato Leve S/A, 
fabricante de calçados de plástico, tem suas vendas anuais no valor 
de R$ 10 milhões; um Custo da Mercadoria Vendida (CMV) de 75% das 
vendas, e compras que representam 60% do CMV. Considerando um 
ano de 365 dias, a empresa tem o seguinte Ciclo Financeiro Operacional:
Figura 5 – Ciclo operacional da Sapato Leve S/A
Fonte: elaborada pelo autor.
A empresa Sapato Leve S/A tem um (CO) total de 90 dias, considerando 
desde a entrada da matéria-prima (MP) em estoque até o recebimento 
das vendas. Já a Idade Média do Estoque (IME) considera desde a 
entrada da matéria-prima até a venda dos produtos acabados; o Prazo 
Médio de Pagamento (PMP) vai da entrada da MP até o seu pagamento; 
e o Prazo Médio de Recebimento vai da data de venda até o recebimento 
das vendas.
O Ciclo Financeiro (CF), ou Ciclo de Conversão de Caixa (CCC), é o 
período entre o momento em que a empresa efetua o pagamento das 
compras e o recebimento das vendas. Assim, temos os seguintes dados:
42
• CO = 90 dias.
• IME = 50 dias.
• PMP = 30 dias.
• PMR = 40 dias.
• CF ou CCC = 60 dias.
Transcrevendo para as fórmulas, temos:
CO = IME + PMR
CO = 50 + 40 = 90 dias
CF = CO – PMP
CF = 90 – 30 = 60 dias
CF = IME + PMR – PMP
CF = 50 + 40 – 30 = 60 dias
Em valores, temos:
Estoques
(R$ 10.000.000,00 x 0,75) x 60/365 = R$ 1.232.877,00
(+) Contas a receber
(R$ 10.000.000,00 x 40/365) = R$ 1.095.890,41
(-) Contas a pagar fornecedores
(R$ 10.000.000,00 x 0,75 x 0,60) x (30/365) = R$ 369.863,01
Recursos Aplicados = R$ 1.058.904,40
43
O resultado apresenta um valor correspondente a R$ 1.058.904,40, que 
representa os recursos aplicados no ciclo operacional da empresa. Caso 
ela faça uma opção de redução no PMP em dez dias, conseguirá reduzir 
em R$ 273.972,60 [R$ 10.000.000,000 x (10/365)] em recursos aplicados 
no Ciclo Operacional.
A partir das informações do Ciclo Operacional, é possível desenvolver 
diversas ações com o objetivo de monitorar e gerenciar todos os 
intervalos de maneira que o caixa sempre fique positivo para a 
sustentação dos ativos operacionais. Em termos gerais, deve-se reduzir o 
Ciclo Financeiro, que possibilita a minimização dos passivos negociados 
por meio de algumas estratégias:
• Maior giro do estoque.
• Vendas com menor prazo de pagamento.
• Prazos de pagamento maiores, sem afetar o crédito da empresa.
• Gestão das contas a receber, sem perda dos clientes.
Todas essas ações em conjunto favorecem a gestão eficiente do capital 
de giro da empresa, possibilitando a garantia de redução dos riscos pelo 
não cumprimento das obrigações e o recebimento dos valores a receber.
5. Considerações finais
Neste tema, você compreendeu a importância da integração entre as 
áreas da empresa na formatação do planejamento financeiro, que é 
derivado do planejamento empresarial, cujas fontes de informação 
são os diversos demonstrativos financeiros, as projeções de vendas, 
os planos de produção e as questões relacionadas ao ambiente 
44
empresarial. A partir desse entendimento, é possível elaborar o 
orçamento empresarial.
Para a confecção do orçamento empresarial, vimos que as projeções 
futuras são possíveis com as operações do presente. Além disso, 
identificamos a importância das operações de curto prazo e de uma 
correta gestão do capital de giro da empresa no ativo e no passivo 
circulante.
Fechamos o assunto com o reconhecimento das etapas do ciclo 
operacional e do ciclo de conversão de caixa (ou ciclo financeiro) e 
da importância na gestão desse processo, uma vez que se trata de 
operações cotidianas da empresa que envolvem a administração do 
dinheiro que entra e que sai, ou seja, estamos falando de pagamentos 
e recebimento. Um eventual atraso no recebimento pode comprometer 
a compra de insumos e a disponibilidade para o pagamento desses 
insumos.
Referências
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo: Atlas, 
2021.
BRUNI, Adriano L.; FAMÁ, Rubens. As decisões de investimento: com aplicações na 
HP 12C e Excel. 4. ed. São Paulo: Gen/Atlas, 2017.
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 
2010.
HOJI, Masakazu. Administração Financeira e Orçamentária: matemática 
financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 12. ed. São 
Paulo: Atlas, 2017.
MATIAS, Alberto B. (coord.). Finanças Corporativas de Curto Prazo: a gestão do 
valor do capital de giro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014. v.1. 
45
Demonstrações financeiras e 
indicadores de desempenho 
Autoria: Fábio Konishi
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
Objetivos
• Identificar as demonstrações financeiras sob a ótica 
da legislação brasileira. 
• Compreender a importância das informações para 
as decisões financeiras e do negócio. 
• Reconhecer os índices de rentabilidade e o valor de 
mercado da empresa e das ações. 
46
1. Introdução
Neste Tema, será abordada a importância dos relatórios gerenciais, 
especificamente os demonstrativos financeiros regulamentados 
pela legislação brasileira e internacional. Sua compreensão é de 
grande importância, pois os dados coletados pelas diversas áreas da 
empresa são traduzidos em números, ou melhor, em valores, que 
são contabilizados em um determinado periodo ou exercicio social, 
apresentando um diagnóstico financeiro da empresa em seus negócios 
e nos segmentos em que atua.
A partir desses relatórios, é possivel ainda diagnosticar aspectos 
relevantes sobre a saúde financeira e identificar como a empresa tem 
demandado seus recursos, de curto ou de longo prazo. É possível 
também avaliar a rentabilidade, já que todo administrador e investidor 
quer saber se a empresa está gerando lucro ou prejuízo em sua 
operação.
2. Demonstrações contábeis ou financeiras
As demonstrações contábeis ou financeiras são relatórios gerenciais 
obrigatórios, regidos pela Lei n. 6.404/76 (BRASIL, 1976) e atualizados 
pelas Leis n. 11.638/2007 (BRASIL, 2007) e n. 11.941/09 (BRASIL, 2009), 
que estabelecem critérios, normas e procedimentos para apresentação. 
São um conjunto de dados coletados pela contabilidade e apresentados 
de forma regular, geralmente ao fim de um exercício social (anual) ou 
periódico (mensal, trimestral, semestral), de acordo com as necessidades 
dos interessados e usuários (stakeholders).
Nesse contexto, a legislação atual estabelece a obrigatoriedade de 
divulgação e publicação de cinco demonstrativos para todas as empresas 
sociedades anônimas (as SAs) de capital aberto (empresas com ações na 
47
bolsa de valores) e as de capital fechado e limitadas com ativos de mais de 
R$ 240 milhões ou receita anual de R$ 300 milhões; em ambos os casos, 
devem ser assinados por auditores independentes. É importante destacar 
que existe um conjunto de procedimentos e normas para a publicação e 
divulgação desses demonstrativos financeiros.
Figura 1 – Demonstrações financeiras
Fonte: elaborada pelo autor.
O Balanço Patrimonial (BP) é um relatório gerado pala contabilidade 
e tem como premissa a identificação da saúde econômica e financeira 
da empresa em um determinado exercício social ou em um determinado 
período.
Figura 2 – Estrutura do BP
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Não Circulante
Não Circulante
Patrimônio 
Líquido
Fonte: elaborada pelo autor.
48
Para a apresentação, são considerados todos os movimentos das contas 
que compõem os ativos (bens e direitos) e passivos (obrigações). É 
considerada uma das mais importantes demonstrações apresentadas 
pelacontabilidade, fornecendo as informações necessárias para a 
administração da empresa. O BP demonstra a movimentação que afeta 
o patrimônio da organização.
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ou Mutações 
Patrimoniais (DMPL) apresenta a conciliação entre os saldos iniciais e 
os finais de um exercício social das contas do Patrimônio Líquido (PL), 
evidenciando as movimentações internas sem alteração e as contas que 
podem afetá-lo. O PL representa o resultado dos saldos das contas do 
Ativo (-) e das contas do Passivo  PL = Ativo–Passivo. Assim, se a soma do 
Ativo for de R$ 125 mil e a do Passivo de R$ 95 mil, o PL será de R$ 30 mil.
A partir de 1º de janeiro de 2008, pela Lei n. 11.638/2007 (BRASIL, 2007), 
o PL tem a seguinte composição:
• Capital social.
• Reservas de capital.
• Ajuste de avaliação patrimonial (+/-).
• Reservas de lucro.
• Ações em tesouraria (-).
• Prejuízo acumulado (-).
Para melhor compreensão, Assaf Neto (2021) apresenta algumas 
operações que podem afetar o PL:
• Resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízo).
• Pagamento de dividendos ou juros sobre o capital próprio (reduz PL).
• Subscrição e integralização de novas ações (aumenta o PL).
49
• Aquisição de ações da própria companhia etc.
Operações que não modificam o PL, segundo Assaf Neto (2021):
• Aumento de capital pela utilização de reservas patrimoniais.
• Compensação de prejuízos acumulados utilizando saldo de 
Reservas.
• Reversão de Reservas Patrimoniais etc.
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma espécie de 
resumo ordenado que tem como finalidade apurar o resultado (lucro 
ou prejuízo) de forma simplificada, a partir dos valores das receitas e das 
despesas de um exercício social.
Quadro 1 – DRE
Demonstração de Resultado do Exercício 
(=) Receita Bruta 
(-) Impostos 
(-) Devoluções, Descontos Comerciais, Abatimentos 
(=) Receita Líquida 
(-) Custo de Produtos e/ou Serviços Vendidos 
(=) Lucro Bruto 
(-) Despesas com Vendas 
(-) Despesas Gerais e Administrativas 
(+/-) Outras Despesas ou Receitas 
(+/-) Resultado de Equivalência Patrimonial
(=) Resultado Antes das Receitas e Despesas Financeiras
(+) Receita Financeira 
(-) Despesa Financeira 
(=) Lucro antes de Juros e IR (LAJIR)
(-) Tributos sobre Lucro 
(=) Resultado Líquido do Exercício 
Fonte: elaborado pelo autor.
O DRE é um relatório que demonstra as operações realizadas pela 
empresa de forma resumida, especificamente das contas de receitas, 
50
despesas e custos, chegando ao resultado líquido de um determinado 
período.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é elaborada a partir dos 
saldos das contas do Caixa ou equivalentes ao Caixa, que são recursos 
com disponibilidade relativamente imediata: conta caixa, conta Bancos 
e investimentos a curto prazo (aplicações com características de liquidez 
imediata). Auxilia na análise da capacidade de uma empresa ao fazer um 
encontro de contas entre os recebimentos e os pagamentos.
A construção do DFC é derivada do BP e da DRE, com acréscimo 
de informações específicas de movimentação a partir de caixa e 
equivalentes de caixa, que são os recursos de liquidez imediata, 
classificadas em três grandes grupos, com apresentado no Quadro 2.
Quadro 2 – DFC
Demonstração dos Fluxos de Caixa 
Atividades Operacionais: 
(=) Lucro Líquido 
(+/-) São as operações relacionadas à atividade/negócio da empresa 
 
Atividades de Financiamento: 
(+/-) São os recebimentos e os pagamentos dos credores e 
investidores da empresa. São as movimentações no capital 
social e no capital de terceiros para endividamento. 
 
Atividades de Investimento: 
(+/-) São as compras e vendas de ativos não circulantes (permanentes) 
e outros tipos de investimento em imobilizado, ações, entre outros. 
 
(+) Saldo existente em 31.12.X1
(=) Saldo Existente em 31.12.X2
Fonte: elaborado pelo autor.
51
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é o quanto a empresa está 
gerando de valor pela sua atividade econômica ou por seus negócios, e 
quais foram os elementos que contribuíram para sua formação, como 
credores, governo, colaboradores, acionistas, investimentos, entre 
outros. Assaf Neto (2021) apresenta uma estrutura básica do DVA:
Quadro 3 – DVA
Demonstração do Valor Adicionado 
1. Receitas 
Receitas de vendas 
Previsão p/ Devedores Duvidosos 
2. Insumos de Terceiros 
Matérias-primas Consumidas 
Materiais, Energia, Serviços de Terceiro etc. 
3. Valor Adicionado Bruto 
4. Valores Retidos 
Depreciação, Amortização e Exaustão 
5. Valor Adicionado Líquido (3–4) 
6. Valor Adicionado Recebido 
Resultado de Equivalência Patrimonial 
7. Valor Adicionado a Distribuir 
8. Distribuição do Valor Adicionado 
Pessoal e encargos 
Dividendos 
Impostos, Taxas e Contribuições 
Juros e Aluguéis 
Lucros/Prejuízos do Exercício
Fonte: adaptado de Assaf Neto (2021, p. 73).
Os demonstrativos são complementados pelas Notas Explicativas, 
que fornecem informações necessárias ao esclarecimento da situação 
patrimonial, detalhando movimentações, investimentos, dívidas de 
longo prazo, ajustes de exercícios anteriores e fatos relevantes aos 
investidores. São obrigatórias por lei para as empresas que publicam e 
apresentam os demonstrativos financeiros.
52
Ainda compõe como fonte de informação das empresas de capital 
aberto, mas sem a obrigatoriedade, o Relatório de Administração, que 
é um documento corporativo e oficial divulgado ao final de um exercício, 
em conjunto com as demonstrações financeiras. Nele são apresentadas 
de forma detalhada as ações da empresa em seus vários segmentos de 
negócio e a atuação da administração.
O Balanço Social tem como premissa a informação de um conjunto de 
atividades patrocinadas ou promovidas pela empresa que são revertidas 
à sociedade, divulgando as ações econômico-sociais e o relacionamento 
da empresa com a comunidade local. São os resultados das ações de 
responsabilidade social da empresa.
Cabe destacar que a partir da Lei 11.638/07 (BRASIL, 2007), o Brasil passa 
a alinhar-se aos processos de internacionalização da contabilidade, 
seguindo o padrão das IFRS (International Financial Reporting Standard), 
que é regulado pelo IASB (International Accounting Standards Board).
Com base na exigência internacional, novos relatórios foram 
incorporados e outros foram suprimidos, bem como a sua extensão de 
apresentação, não sendo obrigatórios somente para empresas de capital 
aberto. Atualmente, as empresas incorporaram todos os procedimentos 
para a apresentação dos relatórios, além de estarem preparadas para 
novas atualizações regulamentadas pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Conforme regulamentação específica da Comissão de Valores 
Mobiliários (CMV), todas as companhias abertas são obrigadas, por 
força de lei, a publicar suas demonstrações financeiras com o parecer 
dos auditores independentes, consoante às Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC). Por meio do parecer, o auditor expressa de forma 
clara e objetiva uma avaliação em relação às demonstrações financeiras 
apresentadas pela companhia quando do fechamento de um exercício 
social.
53
3. Índices de rentabilidade
Os índices de rentabilidade de uma empresa são apurados com base 
nos relatórios contábeis e financeiros, possibilitando avaliar a situação 
financeira e os resultados auferidos em um determinado período ou 
exercício social. A base para essa análise são os saldos das contas 
denominadas de “resultado”: apuração de receitas e despesas. Esses 
indicadores identificam análises sob a ótica financeira em relação às 
decisões tomadas e, consequentemente, seus reflexos na estrutura 
financeira da empresa. É importante destacar que esses índices exercem 
uma forte influência nas decisões dos administradores, bem como dos 
investidores externos; porém, ressalta-se que a análise não se limita 
exclusivamente a esses indicadores.
O Retorno sobre o Investimento, em inglês Returno on Investment 
(ROI), é a razão entre o ganho ouo lucro líquido menos o valor do 
investimento e o investimento efetuado em determinado período, 
apresentando como resultado o percentual de retorno.
ROI = 
Ganho Obtido - Investimento
 x 10
Investimento 
O ROI é uma forma de medir quanto a empresa ganhou com um 
investimento em termos percentuais ao valor dele. Considerando 
uma situação hipotética em que a empresa Alfa S/A investiu em um 
determinado projeto durante cinco anos o valor de R$ 500 mil e 
nesse período obteve um ganho de R$ 700 mil, aplicando os valores 
diretamente na fórmula, obtemos o resultado:
ROI = 
700 mil - 500 mil
x 100 = 40%
500 mil 
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido, do inglês Return On Equity 
(ROE), mede o retorno dos investimentos ou recursos aplicados pelos 
54
investidores (proprietários, acionistas), que advêm do capital próprio da 
empresa. É uma forma de medir o quanto os acionistas auferem do 
lucro da empresa.
ROE = 
Lucro Líquido
x 100
Patrimônio Líquido
Considere os seguintes dados da empresa Beta S/A em um determinado 
período:
• PL líquido médio R$ 450 mil.
• Lucro líquido (após IR) R$ 64,5 mil.
ROE = 
64,5 mil
x 100 = 14,33%
450 mil
Nessa condição, os acionistas tiveram um retorno de 14,33% sobre o 
capital aplicado na empresa. Em valores, representa que, para cada R$ 
1,00 investido, houve um retorno de R$ 0,1433.
A Rentabilidade das Vendas mensura a eficiência de cada unidade 
monetária vendida que se transforma em lucro, podendo ser apurada 
em termos operacionais e líquidos:
Margem Operacional = 
Lucro Operacional
x 100
Vendas Líquidas 
Margem Líquida = 
Lucro Líquido
x 100
Vendas Líquidas 
Considere uma empresa com receita de vendas total de R$ 3,85 milhões, 
lucro operacional de R$ 515 mil e lucro líquido de R$ 230 mil. Assim, 
obtemos os seguintes resultados:
Margem Operacional = 
R$ 515 mil
x 100 = 13,38%
R$ 3,85 milhões
55
Esse resultado indica que a empresa tem uma margem operacional 
líquida de 13,38% (margem de lucro operacional).
Margem Líquida = 
R$ 230 mil
x 100 = 5,97%
R$ 3,85 milhões
Esse resultado indica que a empresa tem uma margem líquida de 5,97% 
(margem de lucro líquido).
É importante destacar que a margem operacional está relacionada com 
o lucro operacional, que é basicamente a receita líquida deduzidos os 
custos de produção antes dos juros e dos impostos. Já a margem líquida 
está relacionada com o lucro líquido, ou seja, o resultado após todas as 
deduções e antes da distribuição aos acionistas.
De maneira geral os indicadores econômico-financeiros são de extrema 
relevância para uma análise mais conclusiva em relação aos fatos 
gerados. As análises em demonstrações, que revelam o passado, devem 
servir de base para ações futuras em relação aos negócios da empresa. 
Nesse sentido, é importante destacar alguns fatores importantes na 
análise de índices.
Figura 3 – Análise dos indicadores
Fonte: elaborada pelo autor.
56
4. Índice de valor de mercado
O Índice de Valor de Mercado, ou Índice de Mercado, é um indicador 
utilizado para apresentar o desempenho das ações de uma empresa no 
mercado. A análise pode ser efetuada pelos valores passados e atuais, 
auxiliando nas decisões de investimento presente e futuro.
O Índice preço/lucro (P/L) avalia como os proprietários e investidores 
visualizam o preço da ação.
Índice Preço Lucro = 
Preço de mercado por ação ordinária
Lucro por ação
O Lucro por Ação (LPA) é um indicador obtido pela relação entre o lucro 
líquido da empresa em um determinado período ou exercício social e o 
número total de ações emitidas em bolsa de valores. Em uma situação 
hipotética, em que o preço da ação é de R$ 45,00 e o LPA é de R$ 5,70, 
temos o resultado de R$ 7,89, ou seja, a empresa está pagando R$ 7,89 
para cada R$ 1,00 de lucro. Porém, é importante que os valores sejam 
comparados com o setor em que atua.
O Índice de Valor de Mercado/Valor Patrimonial (VM/VP) apresenta 
valores de como os investidores avaliam o desempenho da empresa em 
relação aos valores das ações e ao valor patrimonial da companhia. Para 
se chegar aos valores, calcula-se o valor patrimonial da ação ordinária 
pela fórmula:
Valor patrimonial por ação ordinária = 
PL Ordinário
N.de ações ordinárias
Índice VM/VP = 
Preço de mercado por ação ordinária
Valor contábil por ação ordinária
A análise segue o mesmo raciocínio do índice anterior, ou seja, a 
empresa está pagando X reais para cada Y de valor patrimonial.
57
5. Fechamento
Neste tema, você conheceu os demonstrativos financeiros 
regulamentados e obrigatórios por lei no Brasil e que estão em 
conformidade com os padrões internacionais. Ademais, compreendeu 
cada um dos demonstrativos e o seu grau de importância para o 
administrador, nas diversas decisões que envolvem os recursos da 
empresa em relação a seus bens, seus direitos e suas obrigações.
Além dos relatórios obrigatórios por lei, a empresa apresenta aos grupos 
de interesse outros relatórios que compõem as atividades gerenciais 
e sociais que ela desenvolveu durante o exercício social. A partir da 
compreensão dos demonstrativos financeiros e dos demais relatórios, é 
possível analisar, ainda pelos indicadores de rentabilidade, com maiores 
detalhes, o desempenho da empresa em seu negócio.
Referências
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 8. ed. São Paulo: Atlas, 
2021.
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por 
Ações. Brasília: Presidência da República, 1976. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm. Acesso em: 11 maio 2021.
BRASIL. Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da 
Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976 [...]. Brasília: Presidência da República, 
2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11638.htm. Acesso em: 11 maio 2021.
BRASIL. Lei n. 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária federal 
relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários [...]. Brasília: Presidência 
da República, 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/lei/l11941.htm. Acesso em: 11 maio 2021.
BRUNI, Adriano L.; FAMÁ, Rubens. As decisões de investimento: com aplicações na 
HP 12C e Excel. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm
58
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: 
Pearson, 2010.
HOJI, Masakazu. Administração Financeira e Orçamentária: matemática 
financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 12. ed. São 
Paulo: Atlas, 2017.
59
BONS ESTUDOS!
	Sumário
	A administração financeira e o ambiente de negócio
	Objetivos
	1. Introdução às finanças
	2. Finanças
	3. O administrador financeiro
	4. Ambiente empresarial
	5. Os stakeholders e a empresa
	6. Fechamento do Tema
	Referências
	Os indicadores de desempenho e as relações com o mercado
	Objetivos
	1. Introdução
	2. Objetivos empresariais
	3. Instituições e mercado financeiro
	4. Índices financeiros
	5. Fechamento do Tema
	Referências
	Planejamento financeiro e administração do capital
	Objetivos
	1. Introdução
	2. Planejamento financeiro
	3. Administração do capital de giro
	4. Ciclo de conversão de caixa
	5. Considerações finais
	Referências
	Demonstrações financeiras e indicadores de desempenho 
	Objetivos
	1. Introdução
	2. Demonstrações contábeis ou financeiras
	3. Índices de rentabilidade
	4. Índice de valor de mercado
	5. Fechamento
	Referências

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