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APS - HTLV E VACINA COVID-19

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
 
 
 
 
KETLEN BEATRIZ CORREIA DA SILVA RA- F315290 
LILIANE GUIMARÃES DE ASSUNÇÃO FARIAS RA- N683384 
LISVILANE MARTINS FERREIRA RA- F32ADE5 
LUCIANA SILVA DOS SANTOS RA- F338320 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS - AM 
2022 
 
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1- INTRODUÇÃO 
O Programa de APS (Atividades Práticas Supervisionadas) é realizado 
pelos alunos do curso de graduação em Farmácia da Universidade Paulista 
(UNIP). A APS tem como objetivo geral proporcionar aos alunos uma 
fundamentação prática dos conceitos teóricos explorados na disciplina de 
Imunologia Clínica do presente semestre. 
Este trabalho tem como objetivo principal descrever as atividades 
realizadas baseadas nos temas abordados em sala de aula, o quais foram as 
doenças Toxoplasmose, Poliomielite e Sarampo. A metodologia aplicada pelo 
professor orientador da APS foi a criação de uma conta no instagram com o 
mesmo nome, onde foram postadas as imagens informativas produzidas pela 
equipe. 
O primeiro assunto abordado foi a doença Toxoplasmose que é uma 
zoonose causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, um parasita intracelular 
obrigatório. Esta infecção possui distribuição geográfica mundial e alta 
prevalência sorológica. Porém, 90% das infecções são assintomáticas e os 
casos de doença clínica são menos frequentes (KRAVETZ et al. 2005). Apesar 
da elevada frequência de infecções inaparentes, a toxoplasmose pode se 
manifestar-se como uma doença sistêmica severa, como ocorre na forma 
congênita. A mãe ao infectar-se pela primeira vez durante a gestação, pode 
apresentar uma parasitemia temporada e infectar o feto (DUNN et al., 1999). 
 No segundo assunto, foi desenvolvido sobre o Sarampo, que é uma 
doença de alta transmissibilidade causada por um vírus RNA, gênero 
Morbillivirus, família Paramyxoviridae. Um doente é capaz de transmitir para 
outras 12 a 18 pessoas. Outra característica do sarampo é o período longo de 
transmissibilidade do vírus: seis dias antes do exantema a quatro dias depois 
do seu aparecimento (STREBEL et al., 2005). O sarampo estava controlado 
nas Américas e o Brasil recebeu o certificado de erradicação em 2016 e 
perdemos no final de 2018, pelo avanço dos surtos que estão ocorrendo até os 
dias atuais (OPAS., BRASIL. 2019). 
E por fim, a Poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é 
uma doença infectocontagiosa aguda que ocorre seguida a uma infecção por 
um dos três sorotipos de poliovírus, o qual se localiza na região gastrointestinal 
e trato respiratório de um indivíduo, visto que devido à especificidade do 
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receptor desse microrganismo, a espécie humana é seu único hospedeiro. Em 
quadros mais graves de pacientes infectados com o vírus, as paralisias 
musculares, sobretudo, de membros inferiores, podem acometer o organismo 
(KYIAN et al. 2019) juntamente com outros sintomas mais comuns da doença, 
como febre, vômito, mal-estar, dor de cabeça, diarreia, constipação, rigidez da 
nuca e meningite, os quais aparecem também em quadros mais leves da 
enfermidade (Ministério da Saúde, 2019). 
A vacinação é a única forma de prevenção da doença, uma vez que não 
há tratamentos específicos para a poliomielite. Todas as crianças menores de 
cinco anos devem ser vacinadas conforme o Calendário Nacional de Vacinação 
(Ministério da Saúde, 2013). 
Baseado nas recomendações do professor este trabalho foi 
desenvolvido, com a produção de mídias informativas. 
 
2- TOXOPLASMOSE 
2.1- Agente etiológico 
O Toxoplasma gondii é um protozoário oportunista de fácil transmissão 
para diversos mamíferos, inclusive para o homem, a doença causada por este 
protozoário ocorre especialmente pelas fezes dos gatos no ambiente, ingestão 
de carnes cruas e transmissão congênita. Nesta última forma, a atenção 
especial deve ser indispensável às gestantes, uma vez que o acometimento 
fetal pode ser a causa de danos irreversíveis (NEVES, 2011). 
 A Toxoplasmose, doença causada pelo Toxoplasma gondii, é uma 
protozoonose de distribuição geográfica mundial, com altas taxas de 
prevalência sorológica, podendo atingir mais de 70% da população em 
determinados países. No entanto, os casos de quadros-clínicos graves são 
constatados mais frequentemente em crianças recém-nascidas e indivíduos 
imunodeprimidos. Neste grupo de risco, incluem-se os receptores de órgãos, 
indivíduos em tratamento quimioterápico, gestantes e HIV (Vírus da 
Imunodeficiência Humana) positivos (REY,2008; NEVES, 2011; LOPES & 
BERTO, 2012). 
Este protozoário intracelular, apresenta três estádios infectantes os 
oocistos, os taquizoítos e os bradizoítos (URQHART et al., 1998; FORTES, 
2004). 
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Os oocistos as formas que se desenvolvem no ciclo intestinal do 
parasita, e que ocorrem somente no trato intestinal de felídeos. Os oocistos do 
T. gondii medem 12x10 µm e quando esporulados apresentam dois 
esporocistos com quatro esporozoítos cada (URQHART et al., 1998; FORTES, 
2004). 
Os taquizoítos se apresentam em forma de arco com um núcleo central, 
medindo 6 µm de comprimento por 2 µm de largura, sendo sua extremidade 
anterior pontiaguda e a posterior arredondada. Possuem proliferação rápida, e 
são encontradas durante a fase aguda da infecção no hospedeiro intermediário 
e estão presentes na circulação sanguínea e nos líquidos biológicos 
(URQHART et al., 1998; FORTES, 2004). 
Os bradizoítos são semelhantes ao taquizoítos, diferindo por 
apresentarem o núcleo próximo a extremidade posterior e serem de 
multiplicação lenta. Estas formas são encontradas na fase crônica da doença 
dentro de cistos teciduais. Estes cistos podem atingir até 100 µm de diâmetro e 
conter milhares de bradizoítos (URQHART et al., 1998; FORTES, 2004). 
 
2.2- Ciclo Evolutivo 
Nos hospedeiros definitivos, gatos e outros felídeos, adquirem a 
toxoplasmose principalmente pela ingestão de cistos teciduais contendo 
bradizoítos, ao predarem os hospedeiros intermediários, tais como pequenos 
roedores e aves infectados. Estes cistos teciduais ao atingirem o estômago do 
animal, sofrem a ação das enzimas gástricas, resultando no rompimento da 
parede do cisto e são liberados os bradizoítos. Estes, invadem a mucosa 
intestinal e diferenciam-se em formas sexuadas do parasita, que se 
reproduzindo nas células do intestino, vão gerar oocistos não esporulados, que 
serão eliminados juntamente com as fezes do gato, podendo resistir no solo 
por 18 meses (URQUHART et al., 1998; FORTES, 2004). 
Os hospedeiros intermediários, mamíferos e aves, podem adquirir a 
toxoplasmose pela ingestão de oocistos que estejam contaminando o solo e os 
alimentos vegetais, pela ingestão de cistos teciduais contendo bradizoítos na 
musculatura de animais cronicamente infectados, ou pela passagem de 
taquizoítos pela via transplacentária, que atingem então o feto em formação 
nas fêmeas e na mulher grávida que se infecta pela primeira vez. No caso da 
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ingestão de oocistos ou cisto teciduais, estas formas parasitárias são rompidas 
quando chegam ao estômago dos animais, liberando os parasitas que vão 
então invadir a mucosa intestinal, modularem-se em taquizoítos e atingir os 
mais diversos órgãos pelas circulações sanguínea e linfática nos órgãos os 
taquizoítos reproduzem-se com grande rapidez, gerando necrose dos tecidos 
afetados. Com o desenvolvimento da resposta imune, os taquizoítos tornam-se 
mais lentos recebendo o nome de bradizoítos, formando cistos teciduais na 
musculatura e no sistema nervoso central (URQUHART et al., 1998; FORTES, 
2004). 
 
2.3- Sintomatologia 
A maioria dos casos de toxoplasmose em imunocompetentes é 
assintomática. Geralmente, quando adultos apresentam sintomas, ocorrem 
estado febril, com linfadenopatia. Em crianças a infecção se apresenta na 
forma subaguda de encefomielite e coriorretinite. Na maioria dos casos, o 
paciente não sabe se temou teve infecção pelo parasito. No estudo de Costa e 
colaboradores (2010), foram realizados estudos em pacientes ambulatoriais de 
um hospital de São Luís – MA, que procuraram o serviço por requisição 
médica, e destes, 66,38% apresentaram sorologia para toxoplasmose IgG 
positiva, o que mostra elevada de contato com o parasito. 
Devido os grandes números de casos assintomáticos, reflete-se a 
importância da detecção e acompanhamento precoce. 
 
2.4- Grupos de Risco 
Nas grávidas, O parasita atinge o concepto por via transplacentária 
causando danos de diferentes graus de gravidade, dependendo da virulência 
da cepa do parasita, da capacidade da resposta imune da mãe e do período 
gestacional em que a mulher se encontra, podendo resultar, inclusive, em 
morte fetal ou em graves manifestações clínicas (DESMONT; COUVREUR. 
1974). A infecção fetal poderia ser atenuada ou prevenida quando há 
tratamento materno após um diagnóstico precoce. 
Outra classe de indivíduos sujeita à infecção e que também representa 
grande risco, é a dos pacientes imunocomprometidos, pois nesses casos a 
infecção passa de crônica assintomática para aguda grave, ocupando até 
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mesmo lugar destacado como causa de óbito por infecções oportunistas em 
indivíduos com AIDS (Aquired Inmodificiency Sindrome). O quadro imunológico 
desses pacientes pode também contribuir para a forma neural da doença. 
 
2.5 Testagem e Diagnóstico 
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil recomenda-se a 
realização da triagem sorológica, principalmente em lugares onde a prevalência 
é elevada (BRASIL, 2013). O objetivo principal do rastreamento é a 
identificação de gestantes suscetíveis para acompanhamento durante a 
gestação. Idealmente, a sorologia para toxoplasmose deve ser conhecida em 
mulheres previamente à concepção. 
O acompanhamento visa à prevenção da infecção aguda por meio de 
medidas de prevenção primária. Já a detecção precoce objetiva prevenir a 
transmissão fetal e também proporcionar o tratamento, caso haja transmissão 
intrauterina (BRASIL, 2006). A sorologia deve ser solicitada na primeira 
consulta ou no primeiro trimestre. Os casos confirmados são encaminhados ao 
pré-natal de alto risco (BRASIL, 2010; BRASIL, 2012; BRASIL 2013;). 
O diagnóstico de toxoplasmose é muito complexo, sendo em muitos 
casos difícil de distinguir a infecção aguda da crônica, (BAQUERO-ARTIGAO, 
2013) e deve ser fundamentado na associação entre as manifestações clínicas, 
riscos para o adoecimento e a confirmação por meio de estudos sorológicos 
(BRASIL, 2010). 
O rastreamento sorológico permite a identificação de gestantes 
suscetíveis para seguimento posterior, com vistas à prevenção da infecção 
aguda por meio de medidas de prevenção primária e a detecção precoce. Além 
disso, o monitoramento apoia o diagnóstico diferencial e o tratamento para: 
mononucleose infecciosa, citomegalovírus, arboviroses, sífilis, rubéola, herpes, 
AIDS e outras doenças febris. 
O diagnóstico é baseado principalmente em métodos indiretos, como 
sorologia, mas também em métodos de detecção direta do parasito, podendo 
ser necessário, muitas vezes, combinar métodos diferentes para alcançar a 
avaliação adequada (BAQUERO-ARTIGAO, 2013; MARQUES, 2015). 
Seguem alguns métodos para diagnóstico: 
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Diagnóstico por método indireto: sorologia para detecção de IgG, IgM, 
IgA e determinação da avidez de IgG (BAQUERO-ARTIGAO, 2013). No Brasil, 
os testes laboratoriais mais indicados para detecção e quantificação de 
anticorpos IgG anti-T. gondii no soro são: enzimaimunoensaio (ELISA); teste 
imunoenzimático de micropartículas (MEIA), quimioluminescência e 
eletroquimioluminescência, e imunoensaio fluorescente ligado a enzima 
(ELFA). Para detecção de IgM anti-T. gondii no soro são indicados 
enzimaimunoensaio por captura (ELISA-captura), teste imunoenzimático de 
micro partículas (MEIA), quimioluminescência e eletroquimioluminescência, 
imunoensaio fluorescente ligado a enzima (ELFA) (BRASIL, 2014). 
Nos diagnósticos por métodos diretos destacam-se as técnicas 
moleculares de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR e PCR em tempo 
real), por isolamento (cultivos celulares e inoculação em camundongos) e 
histológico ou imunohistológico (BRASIL, 2014). Os métodos utilizados para 
confirmação dos casos pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública têm sido 
a sorologia IgM e IgG e avidez de IgG. Eventualmente, realizam PCR de 
acordo com a capacidade laboratorial (BRASIL, 2018). 
 
2.6- Medidas preventivas durante a gravidez 
Para evitar o problema, as gestantes devem adotar medidas preventivas 
como evitar comer carne crua ou malcozida; lavar as mãos e utensílios com 
água e sabão após manuseio de carne crua; lavar e higienizar as frutas e 
verduras antes do consumo; usar luvas para trabalhar com terra; limpar a caixa 
de areia do gato e trocar a areia diariamente, com luvas; dar ao gato somente 
ração industrializada, específica para o animal. 
 
2.7- Material Postado 
A primeira atividade do grupo foi a postagem de um carrossel informativo 
com o tema Toxoplasmose na página da Liga Acadêmica de Imunologia Clínica 
da Unip no dia 06 de setembro de 2022. 
 
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3- SARAMPO 
 
O sarampo é uma doença de alta transmissibilidade causada por um 
vírus RNA, gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae. Um doente é capaz 
de transmitir para outras 12 a 18 pessoas. Outra característica do sarampo é o 
período longo de transmissibilidade do vírus: seis dias antes do exantema a 
quatro dias depois do seu aparecimento (STREBEl et al. 2019). O sarampo 
estava controlado nas Américas e o Brasil recebeu o certificado de erradicação 
em 2016 e perdemos no final de 2018, pelo avanço dos surtos que estão 
ocorrendo até os dias atuais (OPAS, 2019). 
Por ser uma doença altamente contagiosa, faz com que ela afete todas 
as faixas etárias, porém, é mais letal em indivíduos entre 15 e 29 anos e 
crianças abaixo de 5, sendo uma das principais causa de morte evitáveis nessa 
idade (MELLO, et al.,2014). 
Ao longo da história houveram inúmeras epidemias de sarampo, até a 
chegada da vacina contra a doença, os países da Organização Panamericana 
de Saúde (OPAS) acredita que o casos diminuíram em até 99% após a 
introdução desta (MATOS, 2020) 
 
3.1- Transmissão 
O Sarampo é transmitido de pessoa para pessoa pela via respiratória, 
através da inalação de aerossóis ou por contato com secreções de 
nasofaringes infectadas (catarro, saliva). A transmissibilidade desse vírus é 
alta, e ele pode permanecer ativo no ar ou superfícies infectadas por até duas 
horas (MELLO, 2014; LEMOS, 2016). 
Dentro do organismo, acontece primeiramente a viremia primária, na 
qual o vírus passa a se replicar nos nódulos linfáticos, e em seguida espalha-se 
através do sangue pelo sistema retículo endotelial e sistema respiratório. Após 
aproximadamente cinco dias da infecção inicial, dá-se início à viremia 
secundária, na qual o vírus migra para outros compartimentos do organismo e 
continua a se replicar, infectando pele, bexiga e rins (MELLO, 2014; LEMOS, 
2016). 
 
 
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3.4- Manifestações Clínicas 
O período de incubação do sarampo dura cerca de 10 a 11 dias e 
costuma ser assintomático. Após esse período dá-se início à fase prodrômica, 
a qual corresponde a fase dos primeiros sintomas e costuma durar em média 2 
a 4 dias, podendo durar até 7 dias em alguns casos. Nesta fase iniciam 
normalmente a febre elevada, conjuntivite, fotofobia, coriza e tosse, além do 
surgimento dos sinais de Koplik, que são patognomônicos da doença, e 
correspondem a pontos branco-azulados na cavidade oral e outras mucosas 
(MELLO, 2014; LEMOS, 2016). 
Após cerca de 4 dias do início do período prodrômico, e em média 14 
dias após a exposição ao vírus, inicia-se a fase exantemática, onde há o 
aparecimentodo exantema junto a um pico dos sintomas. O exantema trata-se 
de uma erupção maculopapular que surge primeiramente na linha do cabelo e 
se distribui da cabeça para o corpo. Há uma melhora clínica dentro de 48 horas 
do surgimento do exantema e, após 3 a 4 dias, este começa a esmaecer, 
surgindo uma fina descamação e uma pigmentação mais amarronzada na pele. 
A regressão do exantema acompanha a queda da febre e a regressão dos 
sintomas catarrais. Caso haja prolongamento da febre além do terceiro dia do 
início do exantema, pode sugerir que houve complicações. A maior 
transmissibilidade do vírus acontece nos 4 dias que antecedem o aparecimento 
do exantema e 4 dias após, e mais de 90% das pessoas que forem expostas 
ao vírus irão desenvolver a doença (LEMOS, 2016; PERSON et al., 2019; 
XAVIER et al., 2019). 
Aproximadamente 30% dos casos de sarampo envolvem complicações. 
Essas complicações ocorrem devido ao rompimento dos revestimentos 
epiteliais e à imunossupressão. O sarampo grave ocorre geralmente em 
crianças jovens, desnutridas ou com deficiência de vitamina A, portadores de 
imunodeficiências, recém-nascidos e gestantes. Os doentes com infecção pelo 
vírus HIV ou com leucemia e linfoma apresentam uma maior 
probabilidade de desenvolver complicações graves do sarampo (MELLO, 
2014; LEMOS, 2016; PERSON et al., 2019; MEDEIROS, 2020). 
 
 
 
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3.5- Profilaxia 
A única forma de prevenção contra a doença do sarampo é por meio da 
vacinação, protegendo não somente contra o vírus do sarampo, mas também 
contra outras doenças. A vacina é feita em duas doses, sendo primeira 
aplicada aos 12 meses de idade (vacina tríplice viral) e a segunda aos 15 
meses de idade (vacina tetra viral) (BRANCO; MORGADO. 2019; MEDEIROS, 
2020). 
 A vacina contra o sarampo está disponível desde 1961 e é oferecida no 
Sistema Único de Saúde (SUS) sendo também recomendada pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS) (BRANCO; MORGADO. 2019). 
 
4- POLIOMIELITE 
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda que ocorre 
seguida a uma infecção por um dos três sorotipos de poliovírus, o qual se 
localiza na região gastrointestinal e trato respiratório de um indivíduo, visto que 
devido à especificidade do receptor desse microrganismo, a espécie humana é 
seu único hospedeiro. Nos casos mais graves de pacientes infectados com o 
vírus, as paralisias musculares, principalmente de membros inferiores, podem 
acometer o organismo (KYIAN et al. 2019) juntamente com outros sintomas 
como febre, vômito, mal-estar, dor de cabeça, diarreia, constipação, rigidez da 
nuca e meningite, os quais aparecem também em quadros mais leves da 
enfermidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). 
Diversos estudos indicam que a gravidade da pólio é maior em adultos 
do que em crianças (NATHANSON; KEW. 2010). 
 
4.1- Transmissão 
A transmissão da Poliomielite pode ocorrer, principalmente, de forma 
oral-fecal e oral-oral, através de secreções nasofaríngeas, ou através de 
objetos, água e alimentos contaminados com fezes de doentes. O período de 
incubação varia de 2 a 30 dias, e 3 tipos de enterovírus (os poliovírus tipos 1, 2 
e 3) podem causar a poliomielite. São esses agentes que determinam a 
imunidade sorotipo específica de longa duração (SILVA, 2011). Embora o 
índice de contágio em crianças menores de quatro anos seja maior, essa 
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doença pode acometer os adultos que não foram vacinados (Fundação 
Oswaldo Cruz, 2021). 
 
4.2 – Diagnóstico 
O diagnóstico sorológico pode ser feito coletando 2 amostras de sangue, 
uma na fase aguda e outra de 15 a 20 dias após essa fase. A elevação de 4 
vezes ou mais do título de anticorpos neutralizantes ou fixadores de 
complemento demonstra a soroconversão (Secretaria de Estado de Saúde de 
São Paulo, c2021). O poliovírus pode ser detectado pelo isolamento em cultura 
nas amostras de faringe e fezes, sendo menos frequente na urina, e raramente 
no Líquido Cefalorraquidiano (LCR), devido à circulação do vírus ser transitória 
(SILVEIRA et al., 2019). 
O diagnóstico diferencial deve ser realizado com a polineurite pós-
infecciosa e demais infecções que podem causar paralisia flácida aguda. 
Algumas principais doenças que podem ser incluídas no diagnóstico diferencial 
são: síndrome de Guillain Barré, meningite viral, mielite transversa, 
meningoencefalite e outras enteroviroses. Para um diagnóstico apropriado é 
necessário que haja uma investigação epidemiológica, evolução clínica e 
exames complementares são indispensáveis (SILVEIRA et al., 2019). 
 
4.3 - Tratamento 
A oportunidade de uma vacina eficaz contra a poliomielite tornou-se real, 
com uma nova técnica de cultura em tecidos. Diversos laboratórios lutaram 
para conseguir esse efeito, Jonas Salk e sua equipe foram os primeiros a 
mostrar resultados de sua vacina injetável com o vírus inativado, sendo assim, 
obtiveram autorização de uso no ano de 1955, nos Estados Unidos. Albert 
Bruce Sabin conseguiu obter a vacina com o vírus atenuado e de aplicação 
oral, que por sua vez recebeu autorização de uso no ano de 1960. Desta 
forma, alcançou a descoberta de duas vacinas contra a poliomielite, sendo 
ambas de laboratórios americanos (NASCIMENTO, 2011). 
No Brasil, a vacina Salk começou a ser utilizada a partir de 1955, por 
intermédio de alguns pediatras e em vacinações de amplitude muito reduzida, 
promovidas por secretarias estaduais e municipais de Saúde, basicamente do 
Rio de Janeiro e em São Paulo. 
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Após o uso disseminado da vacina oral contra o poliovírus em meados 
dos anos 50, a incidência de poliomielite diminuiu rapidamente em muitos 
países industrializados. A doença foi erradicada no Brasil em 1994, porém é 
imprescindível manter a vigilância de alta qualidade para detecção de paralisia 
flácida aguda (PFA), além de atualizar os planos nacionais de respostas a 
surtos de poliovírus (BRASIL, 2018). 
 
4.4- Material Postado 
A primeira atividade do grupo foi a postagem de um carrossel informativo 
com o tema Toxoplasmose na página da Liga Acadêmica de Imunologia Clínica 
da Unip no dia 06 de setembro de 2022. 
 
 
 
 
 
 
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5- REFERÊNCIAS 
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