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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS CAMPUS POUSO ALEGRE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL HIDRÁULICA I EVELLYN SILVA RIBEIRO TAREFA III REDE RAMIFICADA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA POUSO ALEGRE 2020 EVELLYN SILVA RIBEIRO TAREFA III REDE RAMIFICADA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Terceiro trabalho da disciplina de Hidráulica I do Curso de Graduação em Engenharia Civil do IFSULDEMINAS - Campus Pouso Alegre, como requisito parcial à aprovação da disciplina. Docente: Prof. Me. Régis Marciano Souza. POUSO ALEGRE 2020 Questão: O professor Régis decidiu implementar um loteamento em um bairro de Pouso Alegre – MG (Figura 1): Figura 1: Fotografia aérea do loteamento (arruamento) Fonte: Retirada pelo autor Ex-alunos da disciplina de Topografia I e II, realizaram o levantamento topográfico planialtimétrico e definiram os valores das cotas dos principais pontos (nós), para estabelecimento do projeto da rede de distribuição de água, conforme Figura 2 e Tabela 1. Os dados de coordenadas UTM, no sistema SIRGAS2000, foram omitidos na Tabela 1, foram disponibilizadas as distâncias entre os pontos (Tabela 2). Figura 2: Pontos levantados pela topografia (arruamento) Fonte: Elaborado pelo autor Tabela 1: Lista de coordenadas e altitudes dos pontos levantados pela Topografia Fonte: Elaborado pelo autor Tabela 2: Distância horizontal entre os pontos levantados pela equipe de Topografia Fonte: Elaborado pelo autor Tendo em vista a necessidade de implantação de uma rede de distribuição ramificada e um reservatório para abastecimento desse novo bairro de classe média (característica residencial), proponha uma solução para o problema, considerando os dados da Tabela 3. Utilizando de uma rede ramificada de distribuição de água, responda as seguintes perguntas: A) Qual o volume de água do(s) reservatório(s) considerando adução contínua (Dica: ≥ 1/3 do volume do dia de consumo máximo – SLIDE 11) – 0,5 pontos. B) Qual a cota do nível de água do reservatório para que a mínima pressão dinâmica na rede seja 15 mca? – 1,0 pontos. C) Qual a máxima pressão estática e a máxima pressão dinâmica na rede? - 0,5 pontos. D) Qual a máxima velocidade e a mínima velocidade da rede? - 0,5 pontos. E) Os valores (C e D) ficaram dentro dos valores recomendados pelas normas da ABNT? Quais esses limites? Se a resposta for não, quais os problemas que podem ocorrer? - 0,5 pontos. Resolução da questão: Para a resolução deste problema, foi proposto pelo professor que a população total do loteamento seja de 6100 habitantes e que a mesma se mantém constante ao longo do tempo pela sua característica residencial. O contratante definiu também que o tipo de material que se deseja utilizar para as tubulações é de PVC. Foi informado também que a resolução deste problema fosse realizada através da Fórmula Universal e que a implantação do reservatório se encontrasse no “Ponto L” da Figura 2. Figura 2: Planta do loteamento. Fonte: A autor Letra A: Primeiramente, segundo (TSUTIYA, 2006), utiliza-se a seguinte fórmula para obter o volume de água do reservatório: 𝑄 = 𝐾1 𝑥 𝑃 𝑥 𝑞 86400 (1) 𝑉𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 = 𝑄 𝑥 86400 3 (2) 𝑉𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 = 𝐾1 𝑥 𝑃 𝑥 𝑞 3 (3) Segundo Azevedo Netto (1988), o coeficiente “𝐾1” refere-se ao maior dia de consumo e varia entre 1,1 a 1,5. Para esta resolução, adotou-se 1,3. O consumo per capita foi calculado com uma extrapolação dos dados do SNIS, referentes ao estado de Minas Gerais, no período de 2008 a 2018, e feito a estimativa para o ano de 2020, que é o ano atual do exercício. A Figura 2.2 apresenta esse gráfico construído. Figura 3: Consumo de água médio per capita do estado de Minas Gerais Fonte: SNIS Segundo (TSUTIYA, 2006), um método para a estimativa de consumo futuro é por meio de extrapolação gráfica. A Equação 2.1 representa a equação para regressão linear dos consumos da Figura 3. 𝐶𝑝𝑐(𝑥) = 1,43𝑥 − 2731 onde 𝐶𝑝𝑐 é o consumo per capita e x é o ano em consideração. Ao calcular o consumo em 2020, obtém-se o consumo per capita de 157,6 l/hab.dia. Com isso, substituindo os referidos dados, chega-se ao seguinte resultado: 𝑉𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 = 1,3 𝑥 6100 𝑥 157,6 3 𝑉𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 = 416,59 𝑚³ Letras B, C, D e E: De acordo com Azevedo Netto (2015), uma rede ramificada caracteriza-se por apresentar uma tubulação principal com diversas outras tubulações, onde as mesmas divergem a partir de um ponto inicial e facilmente pode-se estabelecer o sentido de escoamento. Sendo assim, de acordo com a rede ramificada, o reservatório situa-se na cota 838 metros, no denominado ponto L, de acordo com a Figura 4 abaixo: Inicialmente, deve-se calcular a vazão de distribuição que consiste na vazão total da rede. De acordo com (TSUTIYA, 2006), a mesma pode ser calculada através da seguinte expressão: 𝑄𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 = 𝐾1 ∗ 𝐾2 ∗ 𝑃 ∗ 𝑞 86.400 Onde: 𝐾1 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜; 𝐾2 = 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑎 ℎ𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜; 𝑃 = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 á𝑟𝑒𝑎 𝑎𝑏𝑎𝑠𝑡𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎; 𝑞 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎; De acordo com a norma (PNB-587-ABNT de 1997), utiliza-se para os coeficientes 𝐾1 e 𝐾2, os valores de 1,2 e 1,5 respectivamente. Com isso, com todas as constantes determinadas, chega-se ao seguinte resultado para a vazão de distribuição: 𝑄𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 = 1,2 ∗ 1,5 ∗ 6100 ∗ 157,6 86.400 𝑄𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 = 20,03 𝑙/𝑠 Após a determinação da vazão total da rede, constata-se que o comprimento da rede é de 3.150 metros. Logo, é possível determinar a taxa de consumo linear (𝑞𝑚𝑎𝑟𝑐ℎ𝑎), que de acordo com (TSUTIYA, 2006) é dada por: 𝑞𝑚𝑎𝑟𝑐ℎ𝑎 = 𝑄𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝐿 Substituindo os valores, chega-se no seguinte resultado: 𝑞𝑚𝑎𝑟𝑐ℎ𝑎 = 20,03 3.150 𝑞𝑚𝑎𝑟𝑐ℎ𝑎 = 0,006359 𝑙 𝑠 /𝑚 Posteriormente, realiza-se a confecção de uma tabela para maior disposição dos dados e com isso, calcula-se a vazão de marcha, que de acordo com (PORTO RODRIGO DE MELHO, 1998), é dada pela seguinte equação: 𝑄𝑚𝑎𝑟𝑐ℎ𝑎 = 𝑞𝑚𝑎𝑟𝑐ℎ𝑎 ∗ 𝐿 Adotando 𝑞𝑚𝑎𝑟𝑐ℎ𝑎 = 0,006359 𝑙 𝑠 /𝑚, e L o comprimento de cada trecho analisado, através da Tabela 3 chegamos aos seguintes resultados de vazão de marcha para cada trecho da rede: Tabela 3: Determinação da vazão de marcha de cada trecho. Trecho Nó Extensão(m) Vazão de Marcha (l/s) 1 A-B 100 0,6359 2 B-D 150 0,95385 Fonte: Elaborado pela autora Após a determinação da vazão de marcha, determina-se a vazão jusante e montante. Sabe-se que o valor da vazão jusante localizada nas extremidades (pontas secas) é igual a zero. Com isso, determinando as vazões das pontas secas, é possível determinar as vazões jusantes dos outros trechos que consiste na soma das montantes dos trechos anteriores. Posteriormente através da fórmula abaixo dada por (TSUTIYA, 2006), é possível calcular a vazão de montante: 𝑄𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑄𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑄𝑚𝑎𝑟𝑐ℎ𝑎 Sendo assim, chega-se na seguinte tabela: Tabela 4: Determinação das vazões de jusante e montante de cada trecho Trecho Nó Extensão(m) Vazão de Marcha (l/s) Vazão de Jusante (l/s) Vazão de Montante (l/s) 1 A-B 100 0,6359 0 0,6359 2 B-D 150 0,95385 0,6359 1,58975 3 C-D 200 1,2718 0 1,2718 4 E-D 200 1,2718 0 1,2718 5 D-G 200 1,2718 4,1334 5,4052 6 F-G 200 1,2718 0 1,2718 7 H-G 200 1,2718 0 1,2718 8 G-J200 1,2718 7,9488 9,2206 9 I-J 200 1,2718 0 1,2718 3 C-D 200 1,2718 4 E-D 200 1,2718 5 D-G 200 1,2718 6 F-G 200 1,2718 7 H-G 200 1,2718 8 G-J 200 1,2718 9 I-J 200 1,2718 10 K-J 200 1,2718 11 J-M 200 1,2718 12 N-M 200 1,2718 13 O-R 200 1,2718 14 P-R 100 0,6359 15 Q-R 200 1,2718 16 M-R 200 1,2718 17 L-M 200 1,2718 10 K-J 200 1,2718 0 1,2718 11 J-M 200 1,2718 11,7642 13,036 12 N-M 200 1,2718 0 1,2718 13 O-R 200 1,2718 0 1,2718 14 P-R 100 0,6359 0 0,6359 15 Q-R 200 1,2718 0 1,2718 16 M-R 200 1,2718 3,1795 4,4513 17 L-M 200 1,2718 18,7591 20,0309 Fonte: Elaborado pela autora Posteriormente, com os valores das vazões de jusante e montante determinadas, calcula-se a vazão fictícia que consiste na média das duas vazões anteriores encontradas. 𝑄𝑓𝑖𝑐𝑡í𝑐𝑖𝑎 = 𝑄𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑄𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 2 Conforme a Tabela 5 abaixo, encontrou-se os seguintes resultados: Tabela 5: Determinação da vazão fictícia de cada trecho Vazão (l/s) Trecho Nó Extensão(m) Marcha Jusante Montante Fictícia 1 A-B 100 0,6359 0 0,6359 0,31795 2 B-D 150 0,95385 0,6359 1,58975 1,112825 3 C-D 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 4 E-D 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 5 D-G 200 1,2718 4,1334 5,4052 4,7693 6 F-G 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 7 H-G 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 8 G-J 200 1,2718 7,9488 9,2206 8,5847 9 I-J 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 10 K-J 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 11 J-M 200 1,2718 11,7642 13,036 12,4001 12 N-M 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 13 O-R 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 14 P-R 100 0,6359 0 0,6359 0,31795 15 Q-R 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 16 M-R 200 1,2718 3,1795 4,4513 3,8154 17 L-M 200 1,2718 18,7591 20,0309 19,395 Fonte: Elaborado pela autora Em seguida, após a obtenção dos valores das vazões, é estabelecido os diâmetros de cada trecho da rede em função da vazão fictícia. Tendo como referência os valores apresentados em uma tabela por (TSUTIYA, 2006), deve-se adotar o diâmetro em que a vazão seja superior à encontrada em cada trecho. Tabela 6: Diâmetros com suas respectivas velocidades e vazões Fonte: (TSUTIYA, 2006) Com isso, através da Tabela 7 pode-se determinar os seguintes valores de diâmetro para os trechos da rede: Tabela 6: Determinação do diâmetro de cada trecho Vazão (l/s) Trecho Nó Extensão(m) Marcha Jusante Montante Fictícia Diâmetro (mm) 1 A-B 100 0,6359 0 0,6359 0,31795 50 2 B-D 150 0,95385 0,6359 1,58975 1,112825 75 3 C-D 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 50 4 E-D 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 50 5 D-G 200 1,2718 4,1334 5,4052 4,7693 150 6 F-G 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 50 7 H-G 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 50 8 G-J 200 1,2718 7,9488 9,2206 8,5847 150 9 I-J 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 50 10 K-J 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 50 11 J-M 200 1,2718 11,7642 13,036 12,4001 150 12 N-M 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 50 13 O-R 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 50 14 P-R 100 0,6359 0 0,6359 0,31795 50 15 Q-R 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 50 16 M-R 200 1,2718 3,1795 4,4513 3,8154 100 17 L-M 200 1,2718 18,7591 20,0309 19,395 200 Fonte: Elaborado pela autora Posteriormente, através da Equação da Continuidade apresentada abaixo, determina-se o valor da velocidade de cada trecho da rede. Para utilizar-se da equação foi convertido o valor da vazão fictícia que antes era medida em (l/s) para (m³/s) através da multiplicação do valor por 0,001, foi convertido também o valor do diâmetro que antes encontrava-se em (mm) passando a ser (m), conversão esta realizada através da divisão por 1000. 𝑉 = 4 ∗ 𝑄 𝜋 ∗ 𝐷² Tabela 7: Determinação da velocidade de cada trecho. Vazão (l/s) Trecho Nó Extensão(m) Marcha Jusante Montante Fictícia (l/s) Vazão Fictícia (m³/s) Diâmetro (mm) Velocidade (m/s) 1 A-B 100 0,6359 0 0,6359 0,31795 0,00031795 50 0,1619 2 B-D 150 0,95385 0,6359 1,58975 1,112825 0,001112825 75 0,2519 3 C-D 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 0,0006359 50 0,3239 4 E-D 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 0,0006359 50 0,3239 5 D-G 200 1,2718 4,1334 5,4052 4,7693 0,0047693 150 0,2699 6 F-G 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 0,0006359 50 0,3239 7 H-G 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 0,0006359 50 0,3239 8 G-J 200 1,2718 7,9488 9,2206 8,5847 0,0085847 150 0,4858 9 I-J 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 0,0006359 50 0,3239 10 K-J 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 0,0006359 50 0,3239 11 J-M 200 1,2718 11,7642 13,036 12,4001 0,0124001 150 0,7017 12 N-M 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 0,0006359 50 0,3239 13 O-R 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 0,0006359 50 0,3239 14 P-R 100 0,6359 0 0,6359 0,31795 0,00031795 50 0,1619 15 Q-R 200 1,2718 0 1,2718 0,6359 0,0006359 50 0,3239 16 M-R 200 1,2718 3,1795 4,4513 3,8154 0,0038154 100 0,4858 17 L-M 200 1,2718 18,7591 20,0309 19,395 0,019395 200 0,6174 Fonte: Elaborado pela autora Posteriormente, segue-se para o cálculo da perda de carga unitária através da Fórmula Universal, para isso primeiramente deve-se determinar o número de Reynolds e em seguida o fator de atrito. Para o cálculo do número de Reynolds, utiliza-se a fórmula abaixo proposta por (AZEVEDO NETTO, 2015): 𝑅𝑒 = 𝑉 ∗ 𝐷 𝑣 Conforme a expressão anterior, deve-se adotar um valor para a viscosidade cinemática da água (𝑣). De acordo com (AZEVEDO NETTO, 2015) adotou-se o valor como 𝑣 = 0,000001007 m²/s. Em seguida, como dito anteriormente, após encontrar o número de Reynolds para cada um dos trechos, deve-se calcular o fator de atrito. Como o regime de escoamento é turbulento, ou seja, Re > 4000, utiliza-se da Equação de Swamee-Jain para calcular tal fator. 𝑓 = 0,25 [log(0,27 ⋅ 𝜀 𝐷 + 5,74 𝑅𝑒 0,9 )] 2 Para utilizar a fórmula acima, deve-se adotar primeiramente o coeficiente para a rugosidade relativa do material, sendo ele o PVC, conforme (AZEVEDO NETTO, 2015), adota-se como ε o valor de 0,0015 mm. Conforme a Tabela 8 a seguir, chega-se nos seguintes resultados para o número de Reynolds e fator de atrito para cada trecho: Tabela 8: Determinação do número de Reynolds e fator de atrito de cada trecho Trecho Nó Fictícia (l/s) Diâmetro (mm) Velocidade (m/s) Reynolds Fator de atrito 1 A-B 0,31795 50 0,162 8038,729 0,033 2 B-D 1,112825 75 0,252 18761,172 0,027 3 C-D 0,6359 50 0,324 16082,423 0,028 4 E-D 0,6359 50 0,324 16082,423 0,028 5 D-G 4,7693 150 0,270 40203,575 0,022 6 F-G 0,6359 50 0,324 16082,423 0,028 7 H-G 0,6359 50 0,324 16082,423 0,028 8 G-J 8,5847 150 0,486 72363,456 0,020 9 I-J 0,6359 50 0,324 16082,423 0,028 10 K-J 0,6359 50 0,324 16082,423 0,028 11 J-M 12,4001 150 0,702 104523,337 0,018 12 N-M 0,6359 50 0,324 16082,423 0,028 13 O-R 0,6359 50 0,324 16082,423 0,028 14 P-R 0,31795 50 0,162 8038,729 0,033 15 Q-R 0,6359 50 0,324 16082,423 0,028 16 M-R 3,8154 100 0,486 48242,304 0,022 17 L-M 19,395 200 0,617 122621,648 0,018 Fonte: Elaborado pela autora Por fim, após a determinação do número de Reynolds e o fator de atrito, calcula- se a perda de carga para cada um dos trechos. Sendo assim, utilizou-se a Fórmula Universal, que através de (TSUTIYA, 2006) é dada pela seguinte expressão: ℎ𝑓 = 𝑓 ⋅ 𝐿 𝐷 ⋅ 𝑉2 2 ⋅ 𝑔 Adotando o fator de atrito, diâmetro, velocidade e extensão de acordo com cada trecho conforme apresentado nas tabelas anteriores e adotando a gravidade como 9,81 m/s², chega-se nos seguintes resultados para a perda de carga conforme a Tabela 9 abaixo: Tabela 9: Determinação da perda de carga através da Fórmula Universal Fonte: Elaborado pela autora Em seguida, após estabelecer a perda de carga em cada trecho, determina-se os valores das cotas jusantes e montantes de cada trecho e posteriormente calcula- se a cota piezométrica do primeiro trecho. Adota-se o trecho E-D como ponto crítico por apresentar uma cota de 855 metros e estar localizado distante do reservatório. Conforme estabelecido, adota-se que a pressão mínima seja de 15mca, com isso para a determinação da cota piezométricajusante deste primeiro trecho, soma- se 15mca à cota dele indicada, resultando assim em uma cota de 870mca. Trecho Nó Extensão(m) Diâmetro (mm) Velocidade (m/s) Reynolds Fator de atrito Perda de carga (Hf) 1 A-B 100 50 0,162 8038,729 0,033 0,089 2 B-D 150 75 0,252 18761,172 0,027 0,173 3 C-D 200 50 0,324 16082,423 0,028 0,598 4 E-D 200 50 0,324 16082,423 0,028 0,598 5 D-G 200 150 0,270 40203,575 0,022 0,110 6 F-G 200 50 0,324 16082,423 0,028 0,598 7 H-G 200 50 0,324 16082,423 0,028 0,598 8 G-J 200 150 0,486 72363,456 0,020 0,315 9 I-J 200 50 0,324 16082,423 0,028 0,598 10 K-J 200 50 0,324 16082,423 0,028 0,598 11 J-M 200 150 0,702 104523,337 0,018 0,612 12 N-M 200 50 0,324 16082,423 0,028 0,598 13 O-R 200 50 0,324 16082,423 0,028 0,598 14 P-R 100 50 0,162 8038,729 0,033 0,089 15 Q-R 200 50 0,324 16082,423 0,028 0,598 16 M-R 200 100 0,486 48242,304 0,022 0,518 17 L-M 200 200 0,617 122621,648 0,018 0,342 Posteriormente, após a determinação da cota piezométrica jusante do primeiro trecho, calcula-se a cota piezométrica montante deste mesmo trecho através da seguinte expressão: 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃𝑖𝑒𝑧𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃𝑖𝑒𝑧𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 + ℎ𝑓 Sendo hf a perda de carga ocorrida naquele trecho, chega-se ao seguinte resultado para a cota piezométrica montante do trecho E-D: 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃𝑖𝑒𝑧𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 870 + 0,598 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑃𝑖𝑒𝑧𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 870,598 𝑚𝑐𝑎 Por conseguinte, através da cota piezométrica montante do trecho E-D, sabe- se que este será também para a cota piezométrica de montante do trecho C – D e do trecho B – D. Com isso, determina-se a cota piezométrica de jusante de ambos os trechos através da subtração da perda de carga de cada trecho da cota piezométrica de montante. Por fim, é conhecido também a cota piezométrica de jusante do trecho B – D, que é igual à cota piezométrica de montante do trecho A – B. Para a determinação da cota piezométrica de jusante deste trecho é realizada a subtração da perda de carga da cota piezométrica de montante do mesmo. Portanto, através desta definição feita por (TSUTIYA, 2006), que a cota montante de um ponto é cota jusante do trecho que a ele está conectado, chega-se às seguintes soluções para os trechos: • Montante B-D = Jusante D-G • Montante D-G = Montante F-G = Montante H-G = Jusante G-J • Montante G-J = Montante I-J = Montante K-J = Jusante J-M • Montante J-M = Jusante L-M = Montante M-N = Montante R-M • Jusante R-M = Montante O-R = Montante Q-R = Montante P-R Tabela 10: Determinação das cotas piezométricas dos trechos. Cotas do terreno (m) Cotas Piezométrica (m) Trecho Nó Jusante Montante Perda de carga Montante Jusante 1 A-B 850 852 0,089 870,425 870,336 2 B-D 852 855 0,173 870,598 870,425 3 C-D 848 855 0,598 870,598 870 4 E-D 855 855 0,598 870,598 870 5 D-G 855 845 0,110 870,708 870,598 6 F-G 847 845 0,598 870,708 870,11 7 H-G 853 845 0,598 870,708 870,11 8 G-J 845 842 0,315 871,023 870,708 9 I-J 841 842 0,598 871,023 870,425 10 K-J 848 842 0,598 871,023 870,425 11 J-M 842 839 0,612 871,635 871,023 12 N-M 841 839 0,598 871,635 871,037 13 O-R 832 831 0,598 871,117 870,519 14 P-R 830 831 0,089 871,117 871,028 15 Q-R 838 831 0,598 871,117 870,519 16 M-R 831 839 0,518 871,635 871,117 17 L-M 839 838 0,342 871,977 871,635 Fonte: Elaborado pela autora Em seguida, após todas as cotas piezométricas determinadas, segue-se para determinação da pressão dinâmica, que por (TSUTIYA, 2006) é dada pela seguinte expressão: 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 − 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 Tabela 11: Determinação das pressões dinâmicas. Cotas do terreno Cotas Piezométrica Pressão Dinâmica (mca) Trecho Nó Jusante Montante Perda de carga Montante Jusante Montante Jusante 1 A-B 850 852 0,089 870,425 870,336 18,425 20,336 2 B-D 852 855 0,173 870,598 870,425 15,598 18,425 3 C-D 848 855 0,598 870,598 870 15,598 22 4 E-D 855 855 0,598 870,598 870 15,598 15 5 D-G 855 845 0,110 870,708 870,598 25,708 15,598 6 F-G 847 845 0,598 870,708 870,11 25,708 23,11 7 H-G 853 845 0,598 870,708 870,11 25,708 17,11 8 G-J 845 842 0,315 871,023 870,708 29,023 25,708 9 I-J 841 842 0,598 871,023 870,425 29,023 29,425 10 K-J 848 842 0,598 871,023 870,425 29,023 22,425 11 J-M 842 839 0,612 871,635 871,023 32,635 29,023 12 N-M 841 839 0,598 871,635 871,037 32,635 30,037 13 O-R 832 831 0,598 871,117 870,519 40,117 38,519 14 P-R 830 831 0,089 871,117 871,028 40,117 41,028 15 Q-R 838 831 0,598 871,117 870,519 40,117 32,519 16 M-R 831 839 0,518 871,635 871,117 32,635 40,117 17 L-M 839 838 0,342 871,977 871,635 33,977 32,635 Fonte: Elaborado pela autora Por fim, determina-se as pressões estáticas através da seguinte fórmula: 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎 = 𝑁í𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 − 𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜 à 𝑚𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 Tabela 12: Determinação das pressões estáticas. Cotas do terreno Cotas Piezométrica Pressão Dinâmica (mca) Pressão Estática (mca) Trech o Nó Jusant e Montante Montante Jusante Montant e Jusant e Montant e Jusant e 1 A-B 850 852 870,425 870,336 18,425 20,336 19,977 21,977 2 B-D 852 855 870,598 870,425 15,598 18,425 16,977 19,977 3 C-D 848 855 870,598 870 15,598 22 16,977 23,977 4 E-D 855 855 870,598 870 15,598 15 16,977 16,977 5 D-G 855 845 870,708 870,598 25,708 15,598 26,977 16,977 6 F-G 847 845 870,708 870,11 25,708 23,11 26,977 24,977 7 H-G 853 845 870,708 870,11 25,708 17,11 26,977 18,977 8 G-J 845 842 871,023 870,708 29,023 25,708 29,977 26,977 9 I-J 841 842 871,023 870,425 29,023 29,425 29,977 30,977 10 K-J 848 842 871,023 870,425 29,023 22,425 29,977 23,977 11 J-M 842 839 871,635 871,023 32,635 29,023 32,977 29,977 12 N-M 841 839 871,635 871,037 32,635 30,037 32,977 30,977 13 O-R 832 831 871,117 870,519 40,117 38,519 40,977 40,977 14 P-R 830 831 871,117 871,028 40,117 41,028 40,977 41,977 15 Q-R 838 831 871,117 870,519 40,117 32,519 40,977 33,977 16 M-R 831 839 871,635 871,117 32,635 40,117 32,977 40,977 17 L-M 839 838 871,977 871,635 33,977 32,635 33,977 32,977 Fonte: Elaborado pela autora Com isso, chegamos a todos os resultados solicitados pelo exercício: Letra B – A cota do nível de água do reservatório para que a pressão mínima na rede seja de 15mca é de 871,977 metros. Letra C – A máxima pressão dinâmica na rede encontra-se à jusante do trecho P-R com um valor de 41,028mca. Já a máxima pressão estática encontra-se também neste trecho à jusante, com um valor de 41,977mca. Letra D – A máxima velocidade da rede é de 0,7017 m/s e a mínima velocidade é de 0,1619 m/s. Letra E – Os valores encontrados na resolução do item C estão dentro dos valores recomendados pelas normas da (ABNT, 1997) pois a mesma estabelece uma pressão mínima na rede de 10mca e máxima de 50mca. Já na resolução do item D, notamos que a velocidade mínima na rede está abaixo da mínima estabelecida pela norma que é de 0,5 m/s. Com isso, um problema que pode ser encontrado na rede é o acúmulo de sedimentos na tubulação, recomenda-se portanto a constante limpeza da rede para que não haja grandes estragos.
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