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LEI DE EXECUÇÃO PENAL - LEP

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1 
 
ESTUDO DA LEP – LEI 7.210/84 
 
→ Não é um processo de conhecimento 
 
Objetivos: 
1) Cumprir a sentença 
2) Proporcionar a ressocialização 
 
Natureza jurídica: 
→ Mista (jurisdicional + administrativa) 
 
Princípio da humanidade das penas: 
Ex: 
Art. 5º, XLIX, CF - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus 
filhos durante o período de amamentação 
 
Como funciona uma execução? 
1) Guia de recolhimento (art. 105, LEP) 
Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar pena privativa de liberdade, se o 
réu estiver ou vier a ser preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para 
a execução. 
→ Se não houver guia de recolhimento é o mesmo que um processo de conhecimento 
sem denúncia 
→ A guia de recolhimento será retificada sempre que sobrevier modificação quanto ao 
início da execução ou ao tempo de duração da pena 
 
 
 
 
 
2 
 
Direitos e deveres dos presos 
Deveres: 
Art. 39. Constituem deveres do condenado: 
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; 
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; 
III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; 
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à 
ordem ou à disciplina; 
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; 
[...] 
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo. 
Direitos: 
Art. 41 - Constituem direitos do preso: 
I - alimentação suficiente e vestuário; 
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; 
III - Previdência Social; 
IV - constituição de pecúlio; 
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação; 
[...] 
Disciplina: 
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às 
determinações das autoridades e seus agentes e no desempenho do trabalho. 
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou 
restritiva de direitos e o preso provisório. 
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal 
ou regulamentar. 
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado. 
3 
 
§ 2º É vedado o emprego de cela escura. 
§ 3º São vedadas as sanções coletivas. 
Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou da prisão, será 
cientificado das normas disciplinares. 
Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido 
pela autoridade administrativa conforme as disposições regulamentares. 
Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar será exercido 
pela autoridade administrativa a que estiver sujeito o condenado. 
Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade representará ao Juiz da execução para os 
fins dos artigos 118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei. 
Sanção disciplinar: 
Art. 53. Constituem sanções disciplinares: 
I - advertência verbal; 
II - repreensão; 
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); 
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam 
alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei. 
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado 
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do 
diretor do estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz 
competente. 
§ 1o A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de 
requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra 
autoridade administrativa 
§ 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de 
manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze 
dias. 
 
 
 
 
4 
 
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (RDD) 
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando 
ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou 
condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as 
seguintes características: 
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por 
nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; 
II - recolhimento em cela individual; 
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas 
horas; 
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. 
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou 
condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a 
segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o 
condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a 
qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. 
 
Características: 
I – Sobre o limite de quantos RDD podem acontecer? 
1ª corrente (prevalece): não há limite no número de inclusões do preso faltoso no RDD. 
A cada nova inclusão, o tempo de duração pode ser até 1/6 da pena aplicada 
2º corrente: não há limite no número de inclusão do preso faltoso ao RDD. O tempo do 
RDD nas várias repetições não pode ultrapassar 1/6 da pena aplicada 
II – Recolhimento em cela individual 
→ Cuidar o art. 45, parágrafo 2º, que veda o recolhimento em cela escura 
III – Visitas semanais de 2 pessoas, com duração de 2 horas, sem contar as crianças 
→ Prevalece na doutrina que as crianças não são contabilizadas 
IV – Banho de sol por 2 horas diárias 
 
5 
 
Cabimento do RDD (art. 52, LEP): 
a) Crime doloso + subversão da ordem ou disciplina interna 
→ Prevalece que basta a prática 
b) Alto risco 
Crítica: direito penal do inimigo 
c) Fundadas suspeitas 
→ Doutrina critica, porque não se prende ninguém suspeito. O correto seria “prova de 
envolvimento com grupo suspeito” 
 
Procedimento do RDD: 
Inclusão preventiva (art. 60, LEP) 
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso 
pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no 
interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz 
competente. 
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar 
diferenciado será computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. 
Inclusão definitiva (art. 54, pár. 1º) 
Art. 54 
§ 1o A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de 
requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra 
autoridade administrativa. 
§ 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de 
manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze 
dias (CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA) 
→ Juiz deve decidir 
1ª situação: não pode se dar de ofício 
2ª situação: MP não pode requerer (para uma parte da doutrina pode) 
 
 
6 
 
REGIMES DE CUMPRIMENTO 
→ Estabelecidos na sentença 
Obs 1: 
→ Na sentença (não na execução), o juiz deve fixar o regime de cumprimento da pena 
privativa de liberdade 
Obs 2: 
→ Para a fixação do regime inicial de cumprimento de pena privativa de liberdade, de 
acordo com o art. 33, pár. 2º e 3º, deve o juiz levar em consideração: 
a) A natureza (detenção ou reclusão) 
b) A quantidade de pena imposta 
c) A reincidência ou não do condenado 
d) As circunstâncias judiciais do art. 59 
 
Pena de reclusão: 
a) Condenadoreincidente: 
→ O regime inicial será o fechado. Salienta-se a ressalva da súmula 269, STJ 
Súmula 269: É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos reincidentes 
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judicias. 
b) Condenado não reincidente: 
Pena superior a 8 anos: regime inicial fechado 
Pena superior a 4 anos e inferior a 8 anos: regime inicial semi-aberto 
Pena igual ou inferior a 4 anos: regime inicial aberto 
 
Pena de detenção: 
a) Condenado reincidente: 
→ O regime inicial será o semi-aberto 
b) Condenado não reincidente: 
Pena superior a 4 anos: regime inicial semi-aberto 
Pena igual ou inferior a 4 anos: regime aberto 
 
 
7 
 
Crime hediondo: 
→ O regime inicial nem sempre será o fechado. O Juiz deve levar em consideração as 
circunstâncias subjetivas 
 
ESTABELECIMENTOS PENAIS 
Trabalho: 
Preso provisório: direito 
Preso condenado: direito-dever 
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. 
A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a 
regime fechado. 
§ 1º - Considera-se: 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou 
média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 
 
a) Penitenciária (87 a 90, LEP) 
Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado. 
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão 
construir Penitenciárias destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados 
que estejam em regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos 
do art. 52 desta Lei. 
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho 
sanitário e lavatório. 
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular: 
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e 
condicionamento térmico adequado à existência humana; 
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados). 
8 
 
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada 
de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) 
meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada cuja 
responsável estiver presa. 
Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche referidas neste artigo: 
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas pela 
legislação educacional e em unidades autônomas; e 
II – horário de funcionamento que garanta a melhor assistência à criança e à sua 
responsável. 
Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro urbano, 
à distância que não restrinja a visitação. 
 
b) Colônia agrícola ou industrial (art. 91 e 92, LEP) 
→ Regime semiaberto 
→ Trata-se de estabelecimento de segurança média, sem muros ou grades, com segurança 
exercida por meio de guarda discreta e não armada 
→ Sujeito ao trabalho no período diurno, trabalho externo e frequenta cursos supletivos 
profissionalizantes, de ensino médio (2º grau) ou superior. O curso supletivo pode ser à 
noite e cumulado com o trabalho 
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao cumprimento da pena em 
regime semiaberto. 
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observados os 
requisitos da letra a, do parágrafo único, do artigo 88, desta Lei. 
Parágrafo único. São também requisitos básicos das dependências coletivas: 
a) a seleção adequada dos presos; 
b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de individualização da pena. 
Art. 35, CP: Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o 
cumprimento da pena em regime semiaberto. 
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em 
colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. 
§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a frequência a cursos supletivos 
profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior. 
 
9 
 
c) Casa de Albergado (arts. 93 a 95, LEP) 
→ Regime aberto 
→ Possui como características a autodisciplina e o senso de responsabilidade do 
condenado 
Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, 
em regime aberto, e da pena de limitação de fim de semana. 
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais 
estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga. 
Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Albergado, a qual deverá 
conter, além dos aposentos para acomodar os presos, local adequado para cursos e 
palestras. 
Art. 36, CP - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do 
condenado. 
§ 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, frequentar 
curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período 
noturno e nos dias de folga. 
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime 
doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente 
aplicada. 
Condições para ingressar no regime aberto: 
Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que: 
I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; 
→ Para cumprir esse requisito, não basta o condenado ter aptidão física para o trabalho, 
mas uma comprovação idônea de emprego 
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, 
fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, 
ao novo regime. 
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117 
desta Lei. 
 
 
 
 
10 
 
d) Prisão domiciliar (art. 117, LEP) 
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em 
residência particular quando se tratar de: 
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; 
→ Não basta ser idoso. Deve estar em regime aberto e ter mais de 70 anos 
II - condenado acometido de doença grave; 
→ É aquela em que é difícil de ser curada, sujeita a cuidados ou coloque em risco outro 
indivíduo 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
→ Em razão da isonomia entre homens e mulheres, aplica-se também ao condenado 
IV - condenada gestante. 
Obs: 
→ Cuidar que há diferença entre a prisão domiciliar da LEP e a prisão domiciliar do CPP. 
Na LEP, o condenado precisa ser maior de 70 anos. Em contrapartida, no CPP, precisa 
ter mais de 80 anos 
 
e) Cadeia Pública (arts. 102 a 104, LEP) 
Art. 102. A cadeia pública destina-se ao recolhimento de presos provisórios. 
Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeia pública a fim de resguardar o 
interesse da Administração da Justiça Criminal e a permanência do preso em local 
próximo ao seu meio social e familiar. 
Art. 104. O estabelecimento de que trata este Capítulo será instalado próximo de centro 
urbano, observando-se na construção as exigências mínimas referidas no artigo 88 e seu 
parágrafo único desta Lei. 
 
f) Hospital de custódia e tratamento psiquiátrico (arts. 99 a 101) 
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se aos inimputáveis e 
semi-imputáveis referidos no artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal. 
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o disposto no parágrafo único, do 
artigo 88, desta Lei. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art26p
11 
 
Art. 100. O exame psiquiátrico e osdemais exames necessários ao tratamento são 
obrigatórios para todos os internados. 
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, segunda parte, do Código 
Penal, será realizado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local 
com dependência médica adequada. 
 
PROGRESSÃO DE REGIME 
Art. 33, CP: A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou 
aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de 
transferência a regime fechado. 
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, 
segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as 
hipóteses de transferência a regime mais rigoroso 
Art. 112, LEP: A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com 
a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso 
tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom 
comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as 
normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) 
§ 1º A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público 
e do defensor. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) 
§ 2º Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto 
e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. 
 
2 requisitos: 
a) Ter o condenado cumprido 1/6 da pena (requisito objetivo) 
*Caso o crime seja hediondo, o condenado deve cumprir 2/5 da pena, se primário e 3/5, 
se reincidente 
Obs: 
→ Caso a condenação seja superior a 30 anos, o percentual de 1/6 deve ser calculado pela 
pena total aplicada, e não sobre 30 anos 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art97
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art97
12 
 
Obs 2: 
 
 O cálculo de 1/6 será sobre 10 
 
 
Fechado –––––––––––– Semiaberto ––––––––––––– Aberto 
 12 anos 10 anos 
 (12 x 1/6) (10 x 1/6) 
 
→ Há divergência quanto a segunda progressão. Nessa situação, prevalece a orientação 
que deve ser cumprido 1/6 do restante da pena 
 
b) Merecimento (requisito subjetivo) 
→ A lei 10.792/2003 exclui o exame criminológico como um dos requisitos para a 
progressão de regime. Por seu turno, a jurisprudência, apesar do advento da referida lei, 
firmou entendimento no sentido de não ser vedado ao juiz requisitar esse exame, sendo 
que a decisão precisa ser fundamentada. 
Súmula 439, STJ: Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde 
que em decisão motivada. 
 
Progressão de regime nos crimes hediondos 
→ É inconstitucional o regime integralmente fechado 
 
Crime praticado até 29/03/2007: progride com 1/6 
 
Crime praticado a partir de 30/03/2007: progride com 2/5 (primário) ou 3/5 
(reincidente) 
 
 
 
 
13 
 
Progressão de regime “per saltum” 
Fechado –––––––––––– Semiaberto ––––––––––––– Aberto 
 
 
Súmula 491, STJ: É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional. 
 
MAS 
 
Súmula vinculante 56, STF: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a 
manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa 
hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. 
→ Assim, apesar da vedação da súmula 491, é preciso adequar a possibilidade de 
progressão per saltum, face a súmula vinculante 56. Nesse sentido, se não houver vaga 
no regime semiaberto, por exemplo, é possível que o preso seja deslocado para o regime 
aberto 
 
REGRESSÃO DE REGIME 
Ex: fuga 
→ É ADMISSÍVEL A REGRESSÃO PER SALTUM, pois o próprio art. 118 da LEP, 
autoriza a transferência do preso, tanto para o semiaberto como para o fechado 
Art. 118, LEP: A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma 
regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o 
condenado: 
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em 
execução, torne incabível o regime (artigo 111). 
§ 1º O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos 
incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa 
cumulativamente imposta. 
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o 
condenado. 
 
 
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=(sumula%20adj1%20%27491%27).sub.#TIT1TEMA0
14 
 
Hipóteses de regressão: 
a) Condenado pratica fato definido como crime doloso 
Obs: parte da doutrina considera suficiente a prática de fato definido como crime doloso, 
não sendo exigível o trânsito em julgado desse fato. Apesar de não exigir o trânsito em 
julgado, o parágrafo 2º determina a necessidade do contraditório 
STJ: é necessário o recebimento da denúncia 
 
b) Falta grave 
 
c) Quando sofrer condenação quando a pena, somada com o restante da pena em 
execução, torne incabível o regime 
 
d) Frustrar os fins da execução 
 
e) Descumprir os deveres relacionados ao monitoramento eletrônico

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