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ATIVIDADES PENAL M2 2022

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1 - APELAÇÃO
Breno, nascido em 7 de junho de 1945, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, falsifica uma assinatura em uma folha de cheque e a apresenta em loja de eletrodomésticos localizada no bairro de sua residência, com a intenção de realizar compras no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Após a apresentação do cheque, apesar de a falsificação não ser grosseira e ser apta a enganar, o gerente do estabelecimento comercial percebe que aquele cheque não fora assinado pelo verdadeiro correntista do banco, já que o nome que constava do título de crédito era de um grande amigo seu. Descoberta a fraude, o referido gerente aciona a polícia, e Breno é preso em flagrante antes de obter a vantagem pretendida. Com o recebimento dos autos, o Ministério Público opina pela liberdade de Breno e oferece denúncia pela prática dos crimes dos arts. 171, caput, e 297, § 2o, na forma do art. 69, todos do Código Penal. Após concessão da liberdade provisória e recebimento da denúncia, houve juntada do laudo pericial do cheque, constatando a falsidade e a capacidade para iludir terceiros, bem como da Folha de Antecedentes Criminais, na qual consta uma condenação definitiva pela prática, no ano anterior, do crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, além de uma ação em curso pela suposta prática de crime de furto. Durante a instrução, todos os fatos acima descritos são confirmados pelas testemunhas, não tendo sido o réu interrogado, já que, apesar de intimado, apresentou problemas de saúde no dia e não pôde comparecer à audiência. Ainda durante a audiência de instrução e julgamento, após a instrução, as partes apresentaram suas alegações, sendo consignado pela defesa o inconformismo com a ausência do réu, já que foi apresentado atestado médico, e, em seguida, o juiz proferiu sentença condenatória nos termos da denúncia, condenando o agente pela prática dos dois delitos em suas modalidades consumadas. No momento de fixar a pena-base, aumentou o magistrado a pena do estelionato em dois meses, destacando que o comportamento de Breno não deixa qualquer dúvida de que agiu com dolo. Já a pena do uso de documento falso foi aplicada em seu patamar mínimo. Na segunda fase, não foram reconhecidas atenuantes, mas foi reconhecida a agravante da reincidência, aumentando a pena de cada um dos delitos em mais dois meses de reclusão. No terceiro momento, não foram reconhecidas causas de aumento ou de diminuição. Assim, foi fixada a pena de um ano e quatro meses de reclusão e 14 dias-multa, no que tange ao crime de estelionato, e dois anos e dois meses de reclusão e 12 dias multa para o crime de falsificação de documento equiparado ao público, restando a pena final em três anos e seis meses de reclusão e 26 dias-multa. O regime inicial de cumprimento de pena aplicado pelo magistrado foi o semiaberto e não houve substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito, tudo fundamentado na reincidência do agente. Intimado da decisão, o Ministério Público apenas tomou ciência de seu teor, não apresentando qualquer medida. Já a defesa técnica de Breno foi intimada de seu teor em 6 de dezembro de 2017, quarta-feira, sendo quinta-feira dia útil em todo o país. 
QUESTÃO: Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Breno, redija a peça jurídica cabível, diferente de habeas corpus e embargos de declaração, apresentando todas as teses jurídicas pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo para interposição.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS
BRENO, já qualificado nos autos, por meio de seu procurador infra-assinado, conforme procuração anexa, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente RECURSO DE APELAÇÃO, com base no artigo 593, inciso I, do Código de Processo Penal.
 
 Assim, requer seja recebido e processado o recurso, já com as razões inclusas, remetendo-se os autos ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.
Nestes termos, 
pede deferimento.
 ADVOGADA OAB 
 Rio Grande do Sul 20 de outubro de 22
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Apelante: Breno 
Apelado: Ministério Público
N° Processo : 
 
 RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
 
 EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL COLENDA CÂMARA CRIMINAL.
I-DOS FATOS 
 O réu foi denunciado pelos crimes previstos nos art. 171 caput e 297inc. 2º na forma do art.69 do Código de Processo Penal.
Durante a audiência de instrução, foram ouvidas as testemunhas, sendo que o réu não compareceu, porque apresentou problemas de saúde, não havendo interrogatório.
Encerrada a instrução, as partes apresentaram os respectivos memoriais. O juiz proferiu sentença condenando o réu, nos termos da denúncia, fixando a pena final em 03 anos e 06 meses de reclusão e 26 dias-multa, no regime inicial semiaberto, reconhecendo a reincidência do agente.
 A defesa foi intimada no dia 06 de dezembro de 2017.
II – DO DIREITO
-DA PRELIMINAR
- DA NULIDADE
 O réu não compareceu à audiência de instrução, porque se encontrava doente, tendo a defesa, na ocasião, demonstrado o seu inconformismo com a realização da audiência. Todavia, verifica-se que que todos os atos praticados a partir da audiência de instrução e julgamento, bem como a sentença, são nulos, tendo em vista que a audiência f oi realizada sem a presença do réu, o qual não pode comparecer justificadamente tendo s ido inclusive apresentado atestado médico pela defesa.
Assim, resta clara a violação ao princípio da ampla defesa, em seu elemento de autodefesa (direito de presença), estando configurado também o cerceamento de defesa, já que o réu não foi interrogado, nos termos do art. 5º, LV, da Constituição Federal.
- DO MÉRITO
-DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO
 O réu foi condenado pela prática dos crimes do artigo 171, “caput”, e art. 297, § 2º, na forma do artigo 69, todos do Código Penal. Todavia, a falsificação do cheque foi apenas um meio para a prática do crime de estelionato, não sendo possível, por isso, o réu ser condenado pela prática de dois crimes autônomos, pois o delito de falsificação de documento previsto no art. 297, §2º do Código Penal deve ser absorvido pelo delito de estelionato, previsto no art. 171, caput, do Código Penal. Trata-se da aplicação do princípio da consunção. Neste mesmo sentido, é o que prevê expressamente o Enunciado 17 da Súmula de Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
 Ou seja, quando um delito é praticado apenas como meio para a prática de outro crime, o primeiro deve ser absorvido por este, em respeito ao princípio da consunção, o qual é um dos princípios que soluciona o conflito aparente de normas.
Assim, em tendo o delito de falsificação apenas o corrido como um crime meio para a prática do estelionato, o potencial lesivo do crime foi exaurido, não devendo o réu responder pela prática de dois crimes autônomos.
-DA SUBSIDIARIEDADE
DA PENA-BASE NO MÍNIMO LEGAL
 Após fixar a pena-base do delito, o magistrado de 1º grau entendeu por aumentá-la de acordo com as circunstâncias do art. 59 do Código Penal, com o fundamento de que o réu teria agido com dolo. 
Todavia, o delito de estelionato somente é punido em razão de comportamento dolos o, não havendo previsão de punição em caso de conduta culposa, sendo que o elemento subjetivo dolo já é inerente ao tipo não podendo ser aumentada a pena sob esse fundamento. Assim, a pena-base deve ser reduzida ao mínimo legal.
DA ATENUANTE
 O réu, na data dasentença, era maior de 70 anos, pois nasceu em 1945, e a sentença foi proferida em 2017, devendo ser aplicada a atenuante da senilidade, nos termos do art. 65, inciso I, do Código Penal.
DA TENTATIVA
 O réu foi condenado pela prática do crime de estelionato consumado. Todavia, ao tentar realizar as compras que seriam pagas mediante apresentação de cheque de terceiro falsificado, foi descoberto pelo gerente do estabelecimento, o qual acionou a polícia, que prendeu o réu em flagrante, tendo sido impedida a consumação do delito. Neste caso, em sendo o delito de estelionato de natureza material, e, não tendo ocorrido a obtenção da vantagem ilícita (0,10), deve ser reconhecida a tentativa.
 Não havendo consumação do delito por motivo alheio à vontade do agente, pugna se pela aplicação do art. 14, inciso II do CP, com a consequente diminuição da pena aplicada.
DA SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
 O Magistrado não substituiu a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Todavia, a condenação anterior do agente pelo crime de homicídio culposo não impede a substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos, pois o art. 44, inciso I I, do Código Penal. Apenas veda a substituição para o condenado reincidente em crime doloso, o que não se aplica no presente caso. Na presente situação, a pena aplicada anteriormente foi inferior a 04 anos e o agente foi condenado por crime culposo, sendo possível, portanto, a substituição.
DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA
 Em não sendo acolhido o pedido de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, pugna -se pela suspensão condicional da pena, nos termos do art. 77, §2º do Código Penal , tendo em vista que a pena aplicada, caso mantida, foi inferior a 04 anos, e o réu é maior de 70 anos. Logo, aplicável o sursis etário.
– DOS PEDIDOS
 Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso de apelação, a fim de que:
a) Seja reconhecida a preliminar de nulidade da sentença, tendo em vista a ausência do réu em audiência e a não realização de interrogatório;
b) Seja afastado o delito autônomo de falsificação de documento, com a consequente absolvição, com base no artigo 386 III, do Código de Processo Penal;
c) Seja aplicada a pena base no mínimo legal, pois o dolo é inerente ao tipo penal do estelionato;
d) Seja reconhecida a atenuante pelo fato do réu ser maior de 70 anos na data da sentença;
e) Seja reconhecida a causa de diminuição de pena pela tentativa.
f) Seja substituída a pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos, pois a condenação anterior era por crime culposo;
g) Subsidiariamente, requer a aplicação da suspensão condicional da pena.
 NESTES TERMOS PEDE DEFERIMENTO: 
 
 PORTO ALEGRE 11 DE DEZEMBRO 2017
 
 
 ADVOGADA 
 OAB 
2 - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
José foi processado perante a 1ª Vara Criminal da capital como incurso no artigo 213 do CP. Baseou sua defesa no fato de que, apesar de ter sido reconhecido pela vítima, não seria possível ser o autor do crime, uma vez que no dia dos fatos estava na cidade do Rio de Janeiro, anexando aos autos notas fiscal de hotéis e restaurantes. Concedido a José o direito de recorrer em liberdade, ele efetivamente apelou ao tribunal competente, sempre alegando, entre outras coisas, que não poderia ter cometido o crime, pois não estava em São Paulo e que a prova era robusta e insofismável. A decisão do tribunal, por sua 1.ª Câmara, foi publicada ontem e o venerando acórdão negou provimento ao recurso interposto por José, salientando seus péssimos antecedentes criminais e sólida prova acusatória, mas não mencionou a prova carreada aos autos, no que diz respeito às notas fiscais anexadas. Como advogado de José, elaborar a peça que melhor atenda aos interesses de José.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA 1ª CÂMARA DE DIREITO CRIMINAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
José, já devidamente qualificado nos autos, por seu advogado, que esta subscreve, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, opor:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com fundamento no artigo 619 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I - DOS FATOS
José foi processado perante a 1ª Vara Criminal da capital como incurso no artigo 213 do CP. Baseou sua defesa no fato de que, apesar de ter sido reconhecido pela vítima, não seria possível ser o autor do crime, uma vez que no dia dos fatos estava na cidade do Rio de Janeiro, anexando aos autos notas fiscal de hotéis e restaurantes. 
Concedido a José o direito de recorrer em liberdade, ele efetivamente apelou ao tribunal competente, sempre alegando, entre outras coisas, que não poderia ter cometido o crime, pois não estava em São Paulo e que a prova era robusta e insofismável. 
A decisão do tribunal, por sua 1.ª Câmara, foi publicada ontem e o venerando acórdão negou provimento ao recurso interposto por José, salientando seus péssimos antecedentes criminais e sólida prova acusatória, mas não mencionou a prova carreada aos autos, no que diz respeito às notas fiscais anexadas.
Deste modo, constata-se que há omissão no v. acórdão condenatório, pois cabe ao Tribunal apreciar todos os pedidos presentados pelo recurso de apelação.
II - DO CABIMENTO
Em um Estado Democrático de Direito, a garantia da jurisdição e, principalmente, o princípio constitucional da fundamentação das decisões (previsto no artigo 93, IX da CR/88), não admitem a prolação de “qualquer” decisão. É fundamental que o ato decisório possua requisitos mínimos (clareza, coerência, lógica e exaustividade), sob pena de invalidade:
“A decisão deve ser passível de ser compreendida, por elementar, sob pena de tornar-se um mero rebusqueio inútil de teses jurídicas sem nenhum valor ou utilidade. Da mesma forma que a acusação deve ser clara, coerente e lógica, sob pena de inépcia e rejeição liminar, a decisão deve revestir-se desses mesmos atributos (infelizmente, para o direito processual, não existem sentenças ineptas). A exaustividade da decisão significa que é dever do juiz analisar e decidir acerca de todas as teses acusatórias e defensivas, acolhendo-as ou não, mas sempre enfrentando e fundamentando cada uma, sob pena de omissão e, dependendo da gravidade, gerar um ato defeituoso insanável (nulo, portanto). ”
Assim, havendo qualquer uma dessas irregularidades em uma determinada decisão, a parte deverá impugná-la através de Embargos Declaratórios, permitindo que o magistrado esclareça ou supra eventuais omissões.
Por este motivo, tais embargos, que possuem efeito regressivo, permitindo uma nova análise do Juízo a quo mesmo após esgotada sua jurisdição, se caracterizam como “instrumentos a serviço da eficácia da garantia da motivação das decisões judiciais, pois as partes têm o direito fundamental de saber o que o juiz decidiu, como e por que”
Os embargos de declaração são previstos em primeira, quanto em segunda instância, conforme os artigos 382 e 619, ambos do Código de Processo Penal. Vejamos:
“Art. 382. Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão.”
“Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradiçãoou omissão.”
Desta forma, toda decisão judicial, ainda que irrecorrível, é passível de embargos declaratórios (como ocorre, por exemplo, com as decisões interlocutórias simples), bastando que contenha uma obscuridade (decisão confusa), ambiguidade (decisão com mais de uma interpretação, imprecisa), contradição (decisão cujo conteúdo é incompatível) ou omissão (decisão que não enfrenta todas as teses e pedidos arguidos pelas partes), de modo que, perfeitamente cabível o presente recurso.
III - DA TEMPESTIVIDADE
O prazo para interposição de embargos de declaração, em regra é de 02 (dois) dias, independente da instância de interposição, contado a partir da intimação da decisão em primeira instância ou da publicação do Acórdão no âmbito dos Tribunais.
Além disso, deve-se levar em conta que, no processo penal, a contagem do prazo se inicia com o ato em si (seja ele de citação, intimação ou publicação) e não com a juntada aos autos do respectivo mandado, nos termos do art. 798, § 5º a do CPP.
Assim, considerando que a intimação da recorrente se ocorreu no dia de de , tem-se por tempestivo o presente recurso.
IV - DO MÉRITO
Trata-se de acórdão omisso, eis que, conforme já exposto anteriormente, não houve nenhuma manifestação a respeito do álibi apresentado pelo embargante, as notas fiscais de hotéis e restaurantes hábeis em evidenciar que no dia dos fatos estava na cidade do Rio de Janeiro.
Desse modo, tem-se que tais omissões devam ser supridas neste momento.
V - DO PEDIDO
Isso posto, requer sejam conhecidos e providos os presentes embargos, com a manifestação a respeito do tema objeto da omissão alegada, bem como a modificação do v. acórdão, atendendo-se as provas não apreciadas, como medida de inteira justiça.
Requer, outrossim, a fim de evitar ofensa ao contraditório, a intimação do embargado para manifestação no prazo de dois dias.
Termos em que, pede deferimento.
Local…, 08 de fevereiro de 2017.
Advogado
OAB/UF
3 - EMBARGOS INFRINGENTES
John, primário e de bons antecedentes, foi denunciado pela prática do crime detráfico de drogas. Após a instrução, inclusive com realização do interrogatório, ocasião em que o acusado confessou os fatos, John foi condenado, na forma do art. 33,§ 4o, da Lei n. 11.343/2006, à pena de um ano e oito meses de reclusão, a ser cumprido em regime inicial aberto. 
O advogado de John interpôs o recurso cabível da sentença condenatória. Em julgamento pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, a sentença foi integralmente mantida por maioria de votos. O desembargador revisor, por sua vez, votou no sentido de manter a pena de um ano e oito meses de reclusão, assim como o regime, mas foi favorável à substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, no que restou vencido. O advogado de John é intimado do acórdão.
QUESTÃO: Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de John, redija a peça jurídica cabível, diferente de habeas corpus e embargos de declaração, apresentando todas as teses jurídicas pertinentes.
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...
Processo nº:...
A, já qualificado nos autos do processo criminal epigrafado, através de seu advogado que esta subscreve, vem perante Vossa Excelência, não se conformando “data vênia” com o acórdão de fls..., que de forma não unânime, manteve a condenação proferida pelo Juízo “a quo”, tempestivamente, opor EMBARGOS INFRINGENTES, com fundamento no Artigo 609, Parágrafo Único do Código de Processo Penal.
Requer que o presente recurso seja recebido e processado com as inclusas razões.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local... Data...
Advogado...
OAB...
RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES
Embargante: John
Embargado: Ministério Público
Acórdão nº:...
Processo-Crime nº...
Origem: Vara Criminal da Comarca de...
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
“Data Vênia” é cabível os presentes embargos infringentes para que o voto vencido seja reconhecido, por ser medida de justiça a ser aplicada no caso em questão, pelas razões a seguir expostas:
I – DOS FATOS
John, primário e de bons antecedentes, foi denunciado pela prática do crime detráfico de drogas. Após a instrução, inclusive com realização do interrogatório, ocasião em que o acusado confessou os fatos, John foi condenado, na forma do art. 33,§ 4o, da Lei n. 11.343/2006, à pena de um ano e oito meses de reclusão, a ser cumprido em regime inicial aberto. 
Intesposto recurso de apelação, em julgamento pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, a sentença foi integralmente mantida por maioria de votos. O desembargador revisor, por sua vez, votou no sentido de manter a pena de um ano e oito meses de reclusão, assim como o regime, mas foi favorável à substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, no que restou vencido.
Portanto, deve ser reformado o referido acórdão, para que o voto vencido seja reconhecido na presente questão.
II – DO DIREITO
No forma do artigo 609, parágrafo único, do código de processo civil, considerando que a decisão proferida em sede de apelação não foi, em relação à substituição da pena, unânime.
Passa-se a demonstrar a possibilidade de ser substituída a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, tendo em vista que foi reconhecido que o acusado é primário, de bons antecedentes e que não se dedica ao crime e nem integra organização criminosa.
Isto, pois, em que pese o Art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06, vedar a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, o Supremo Tribunal Federal, em sede de controle difuso de inconstitucionalidade, entendeu que tal vedação viola o princípio da individualização da pena.
Destarte, de acordo com a lei de drogas, a lei 11343/06, qualquer réu condenado pelo delito configurado no artigo 33 (Tráfico de Entorpecentes) poderá ter sua pena reduzida de 1/6 a 2/3 se preencher alguns requisitos. Dentre os requisitos, está o fato do réu ser primário e possuir bons antecedentes, exatamente coimo ocorre nos autos.
Portanto, merece acolhimento a reforma pleiteada, tendo total respaldo legal o voto vencido proferido no acórdão, não podendo imperar tal condenação imposta ao Embargante.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja dado provimento ao presente recurso, reformando-se o respectivo acórdão recorrido, para que ao final seja mantido o voto vencido, fixando-se a pena em ano e oito meses de reclusão, assim como o regime, mas foi favorável à substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, nos termos dos Artigos 33, § 4º e 44, § 2º todos do Código Penal, por ser medida de inteira justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local... Data...
Advogado...
OAB...
4 – HABEAS CORPUS
Jaime, brasileiro, solteiro, mecânico, praticou delito de furto simples de uma carteira deixada por Vânia sobre a bancada da oficina em que trabalha, tendo a sua conduta sido gravada pelo sistema interno de monitoramento eletrônico. Tendo sido preso em flagrante delito pelo proprietário da oficina mecânica, foi levado por policiais militares à delegacia de polícia mais próxima, onde a autoridade policial, após ver as filmagens e ouvir os envolvidos, ratificou a voz de prisão em face de Jaime, determinando seu recolhimento ao cárcere. Realizada no dia seguinte a audiência de custódia, a autoridade judiciária não atendeu pedido da defesa no sentido de que fosse concedida a liberdade provisória a Jaime, eis que este comprovadamente possuía ocupação lícita, endereço fixo em casa alugada e não era reincidente em nenhum tipo de delito. Em sentido contrário, a autoridade judiciária promoveu, nos termos do art. 310 do Código de Processo Penal, a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, sob o fundamento da gravidade abstratados crimes contra o patrimônio.
QUESTÃO: A família de Jaime o procura para que, na qualidade de advogado, promova a medida judicial mais célere e ampla objetivando a sua liberdade.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 advogada, OAB/ sob o nºxxxxx com escritório profissional na (endereço xxxxxxx), vem, respeitosamente perante esse Egrégio Tribunal, impetrar HABEAS CORPUS com fundamento no art. 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal e artigo 647 e s s do CPP, em favor de JAIME, Brasileiro, solteiro, mecânico, portadordo CPF nº xxxx e RG xxxxx, residente e domiciliado na rua xxxxxx cep xxxxxxx em razão de estar sofrendo constrangimento ilegal por parte do Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de são Paulo ,pelos motivos fáticos e de direito a seguir aduzidos:
I – DOS FATOS
JAIME, foi acusado de ter praticado crime de furto simples, tipificado no artigo155 do Código Penal, tendo a sua conduta sido gravada pelo sistema interno de monitoramento eletrônico. Foi preso em flagrante pelo proprietário da oficina mecânica, sendo levado por policiais militares à delegacia de polícia, onde a autoridade policial, após ver as filmagens e ouvir os envolvidos, ratificou a voz de prisão em face do acusado, determinando seu recolhimento ao cárcere.
Realizada no dia seguinte a audiência de custódia, a autoridade judiciária não atendeu pedido da defesa no sentido de que fosse concedida a liberdade provisória, eis que este comprovadamente possuía ocupação lícita, endereço fixo em casa alugada e não era reincidente em nenhum tipo de delito.
A autoridade judiciária promoveu, nos termos do art. 310 do Código de Processo Penal, a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, sob o fundamento da gravidade abstrata dos crimes contra o patrimônio.
Desse modo, fica caracterizada a grave ameaça do réu vir sofrer limitação em seu direito de liberdade.
II – DO DIREITO
De acordo com o artigo 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal, é necessário a concessão do Habeas Corpus, haja vista que o Paciente se encontra privado, equivocadamente, de sua liberdade de locomoção, ferindo de tal modo um direito constitucional, in verbis:
“(…) LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; (…)
Nesse mesmo entender, é o previsto no artigo 647 e 648, inciso I do Código de Processo Penal.
“Art.647.Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar” Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal :I - quando não houver justa causa.
Há constrangimento ilegal relacionado à liberdade de locomoção, eis que acusado está preso preventivamente sem que estejam presentes os requisitos dos art.312 e 313 do Código de Processo Penal.
A mera gravidade do delito não permite a decretação da prisão preventiva, sendo que no caso exposto não há qualquer comprovação que o acusado , uma vez solto durante a instrução do processo, venha atentar contra a ordem pública ou econômica. Não há qualquer demonstração de risco à instrução processual, ou fuga por parte do acusado.
Ademais, é fato que o crime de furto simples, que é o imputado ao Paciente, tem pena de 1 a 4 anos, e multa, não sendo o réu reincidente em nenhum crime doloso ,não cabe a decretação da prisão preventiva prevista no art. 313 do CPP.O MM. Juízo a quo determinou a prisão temporária do acusado, que se encontra preso até a presente data, erroneamente, uma vez que o crime imputado não se enquadra no rol taxativo previsto no artigo 1º da Lei 7.960/89.Assim, percebe-se que o acusado está sofrendo de sua liberdade de locomoção, ou seja, do seu direito de ir e vir, devido a ato ilegal praticado pelo Juiz de Direito da ª Juizado Especial Criminal da Comarca de.
Sendo assim, é forçoso constatar, a necessidade da expedição de um alvará de soltura, para que o réu tenha o seu direito de liberdade assegurado, tendo em vista sua previsão na Constituição Federal, bem como a concessão do pedido de Habeas Corpus.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, resta induvidoso que o réu sofreu constrangimento ilegal por ato da autoridade coatora que deve ser remediada por esse Colendo Tribunal 
a) A expedição de ofício para r. Autoridade coatora, para que preste informações;
b) A concessão da ordem de habeas corpus com fundamento legal no artigo 647 do Código de Processo Penal, a fim de cessar a coação ilegal na sua liberdade de ir e vir.
c) E a expedição de um alvará de soltura, para que o réu tenha o seu direito de liberdade assegurado, tendo em vista sua previsão na lei supra, qual seja a Constituição Federal.
 Termos em que:
 Pede e espera deferimento.
LOCAL DATA 
 ADVOGADA 
 OAB 
5 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Fátima, atrasada para importante compromisso profissional, dirige seu carro bastante preocupada, mas respeitando os limites de velocidade. Em uma via de mão dupla, Fátimadecide ultrapassar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da velocidade permitida. Para realizar a referida manobra, entretanto, Fátimanão liga a respectiva seta luminosa sinalizadora do veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir Diogo, motociclista que, em alta velocidade, conduzia sua moto nosentido oposto da via. Não obstante a presteza no socorro que veio após o chamado da própria Jerusa e das demais testemunhas, Diogo falece em razão dos ferimentos sofridos pela colisão. Instaurado o respectivo inquérito policial, após o curso das investigações, o Ministério Público decide oferecer denúncia contra Fátima, imputando-lhe a prática do delito de homicídio doloso simples, na modalidade dolo eventual (art. 121 c/c art. 18, I, parte final, ambos do CP). Argumentou o ilustre membro do Parquet a imprevisão de Fátimaacerca do resultado que poderia causar ao não ligar a seta do veículo para realizar a ultrapassagem. A denúncia foi recebida pelo juiz competente e todos os atos processuais exigidos em lei foram regularmente praticados. Finda a instruçãoprobatória, o juiz competente, em decisão devidamente fundamentada, decidiu pronunciar Fátimapelo crime apontado na inicial acusatória. O advogado de Fátimaé intimado da referida decisão em 15 de fevereiro de 2019 (sexta-feira), sendo todos os dias da semana seguinte úteis. QUESTÃO: Atento ao caso apresentado e tendo como base apenas os elementos fornecidos, elabore o recurso cabível e date-o com o último dia do prazo para a interposição.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DO JURI DA COMARCA DE SÃO PAULO S/P 
Processo nº
 FATIMA já qualificada nos autos do PROCESSO CRIMINAL em epígrafe que lhe move o Ministério 
Público, Justiça Pública, por meio de seu advogado, abaixo subscrito, cujo instrumento de procuração segue em anexo, inconformado com a respeitável decisão prolatada por Vossa Excelência, que incidiu a acusada nos 
Artigos 121 e 18.I final do Código Penal, tramitando vem, perante Vossa Excelência, interpor.
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
 Dentro do prazo legal e com fundamento no artigo 581, IV do Código de Processo Penal. Consoante as razões recursais que seguem em anexo.
Assim a recorrente pleiteia o RECEBIMENTO E O PROCESSAMENTO DO PRESENTE RECURSO e espera que Vossa Excelência exerça o juízo de retratação, previsto no art. 589 parágrafo único do Código de Processo Penal, a fim de que IMPRONUNCIE A RÉ do crime capitulado no a rt.1 21 e 18, l do código penal PARA O CRIME CAPITULADO NO ART. 302 DO CÓDIGO DE TRANSITO 
BRASILEIRO
 Desse modo , caso Vossa Excelência não exerça o juízo de retratação, a recorrente requer; O ENVIO dos autos ao EGREGI O TRIBUNAL DE JUSTIÇAesperando o provimento do presente RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.
Nestes termos, 
pede de ferimento. 
Local 15de fevereiro 2019 
 ADVOGADA 
 OAB 
RAZÕES DE RECURSO EM SENTID O ESTRITO
PROCESSO CRIME N º: ... 
RECORRENTE: FATIMA 
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE J USTIÇA DO ESTADO DE C OLENDA CÂMARA CRIMINAL. 
PROCURADORIA DE JUSTIÇA
Colenda Câmara Criminal, a respeitável decisão proferida pelo Meritíssimo Juiz de Direito da...Vara 
Criminal da Comarca…está em total discordância com os ditames legais, sendo imperiosa sua reforma, conforme exposição a seguir 
 
 DA TEMPESTIVIDADE 
 O presente recurso em sentido estrito MERECE SER PROVI DO, para que seja 
DESCLASSIFICADO o homicídio doloso (artigo 121c /c artigo 18,I ambos do Código Penal) para o crime 
de homicídio culposo na direção de veículo auto motor ( artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro
D OS FATOS 
FATIMA, atrasada para importante compromisso profissional, dirige seu carro bastante preocupada, mas respeitando os limites de velocidade. Em uma via de mão dupla, FATIMA decide ultrapassar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da velocidade permitida.
Para realizar a referida manobra, entretanto, FATIMA não liga a respectiva seta luminosa sinalizadora do veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir Diego, motociclista que, em alta velocidade, conduzia sua moto no sentido oposto da via.
Não obstante a presteza no socorro que veio após o chamado da própria FATIMA e das demais testemunhas, Diogo falece em razão dos
ferimentos sofridos pela colisão
DO DIREITO 
PRELIMINARES:
Nulidade por incompetência do juízo, nos termos do art.564, I do Código de Processo Penal 
 Assim, como a IN EXISTENCIA da ocorrência de crime doloso contra a vida, o tribunal do Júri não é competente para apreciar a questão, razão pela qual deve ocorrer a desclassificação, nos termo do artigo 419 do Código de Processo penal.
Ausência de pressuposto ou condição para o exercício da ação penal, o que deveria ter motiva do, desde o início, a rejeição liminar da peça acusatória, conforme previsão no art.395, II do Código de Processo Penal
 Dessa Forma, percebe-se NITIDAMENTE que a conduta que melhor se adequa ao caso ora discutido é 
A conduta prevista no artigo 302 do Código de trânsito Brasileiro, razão pela qual a Recorrente deverá 
responder somente pela prática de Homicídio culposo na Direção de Veículo Auto motor.
 MÉRITO
A apelante foi, erroneamente, condenada pelo crime de homicídio simples na modalidade dolosa 
pelo juízo ad quo. No caso aqui citado, FATIMA, apesar de preocupada, observava os limites de trânsito impostos pelo CTB e ao bom senso comum, seguindo seu caminho mantendo a velocidade dentro da permitida no local em que se encontrava. Porém, por um descuido, não veio a acionar a FATIMA não liga a respectiva seta luminosa sinalizadora do seu veículo
Deste modo, não há como a firmar que a Recorrente incorreu em culpa, isso porque para que se caracterize o dolo eventual se faz necessário, além da previsão do resultado, que o agente assuma o risco pela ocorrência do mesmo, nos termos do artigo 18, inciso I (parte fina l) do Código Penal, o que confirma que o nobre representante do Ministério Público Estadual não foi feliz ao adotar a Teoria do Consentimento, Sendo que, Excelência houve culpa exclusiva da vítima, pois ela vinha trafegando em sua moto 
Em alta velocidade, que não houve possibilidade dela freia o seu veículo e evitar a colisão com o veículo da denunciada o que elimina, na conduta da acusada, o dolo e a culpa. Sem a presença de elemento subjetivo, não existe a possibilidade de caracterização de tipificação penal. Consequentemente, deve ser defendida a 
tese de que a conduta de FATIMA caracteriza – se como fato atípico, sendo incabível a sua pronúncia. 
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito, com a finalidade.
a) preliminarmente, que seja reconhecida a nulidade arguida anulando-se a decisão de pronuncia.
b) na hipótese de rejeição da preliminar, quanto ao mérito requer-se absolvição sumaria. 
c) se Vossa Excelência entender por não acolher o pedido no mérito, pleiteia-se subsidiariamente, a despronúncia da Recorrente, que seja reformada a respeitável sentença de pronúncia,
DESCLASSIFICANDO o homicídio doloso (artigo 121 c/c artigo18,I ambos do Código Penal) 
PARA O CRIME DE HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTO MOTOR (artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro)
Nestes termos. 
pede deferimento. 
Local 20 de fevereiro 2019
 Advogado 
OAB/… n. …. 
 OAB
6 – REVISÃO CRIMINAL
Jane, no dia 18 de outubro de 2010, na cidade de Cuiabá – MT, subtraiu veículo automotor de propriedade de Gabriela. Tal subtração ocorreu no momento em que a vítima saltou do carro para buscar um pertence que havia esquecido em casa, deixando-o aberto e com a chave na ignição.
Jane, ao ver tal situação, aproveitou-se e subtraiu o bem, com o intuito de revendê-lo no Paraguai.
Imediatamente, a vítima chamou a polícia e esta empreendeu perseguição ininterrupta, tendo prendido Jane em flagrante somente no dia seguinte, exatamente quando esta tentava cruzar a fronteira para negociar a venda do bem, que estava
guardado em local não revelado.
Em 30 de outubro de 2010, a denúncia foi recebida. No curso do processo, as testemunhas arroladas afirmaram que a ré estava, realmente, negociando a venda do bem no país vizinho e que havia um comprador, terceiro de boa-fé arrolado como testemunha, o qual, em suas declarações, ratificou os fatos. Também ficou apurado que Jane possuía maus antecedentes e reincidente específica nesse tipo de crime, bem como que Gabriela havia morrido no dia seguinte à subtração, vítima de enfarte sofrido logo após os fatos, já que o veículo era essencial à sua subsistência. A ré confessou o crime em seu interrogatório.
Ao cabo da instrução criminal, a ré foi condenada a cinco anos de reclusão no regime inicial fechado para cumprimento da pena privativa de liberdade, tendo sido levada em consideração a confissão, a reincidência específica, os maus
antecedentes e as consequências do crime, quais sejam, a morte da vítima e os danos decorrentes da subtração de bem essencial à sua subsistência. A condenação transitou definitivamente em julgado, e a ré iniciou o cumprimento da pena em 10 de novembro de 2012.
No dia 5 de março de 2013, você, já na condição de advogado(a) de Jane, recebe em seu escritório a mãe de Jane, acompanhada de Gabriel, único parente vivo da
vítima, que se identificou como sendo filho desta. Ele informou que, no dia 27 de outubro de 2010, Jane, acolhendo os conselhos maternos, lhe telefonou, indicando o local onde o veículo estava escondido. O filho da vítima, nunca mencionado no processo, informou que no mesmo dia do telefonema, foi ao local e pegou o veículo de volta, sem nenhum embaraço, bem como que tal veículo estava em seu poder desde então.
QUESTÃO: Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de habeas corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO
JANE, Brasileira , estado civil, profissão, com cédula de identidade RG nº XXXX e CPF XXXX, residente e domiciliado na rua XXXX, cep xxxxxx bairro xxxxxxxx por seu advogado que está lhe subscreve (procuração anexa), vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência não se conformando com o venerando acordão já trânsito em julgado (certidão anexa) que a condenou com incurso no art. 155, § 5º do CP propor REVISÃO CRIMINAL com fundamento no art. 621, I II do CPP, pelas razões de fatos e direitos a seguir expostas.
I-DOS FATOS
Jane,no dia 18 de outubro de 2010, na cidade de Cuiabá – MT, subtraiu veículo automotor de propriedade de Gabriela. Tal subtração ocorreu no momento em que a vítima saltou do carro para buscar um pertence que havia esquecido em casa, deixando-o aberto e com a chave na ignição. Verificando esta ação, Jane se aproveitou e subtraiu o carro, com o intuito de revendê-lo no Paraguai. A vítima acionou a Polícia Militar, iniciando uma perseguição ininterrupta, sendo Jane presa em flagrante somente no dia seguinte, exatamente quando esta tentava cruzar a fronteira para negociar a venda do bem, que estava guardado em local não revelado.
Em 30 de outubro de 2010, a denúncia foi recebida. No curso do processo, as testemunhas arroladas afirmaram que a ré estava, realmente, negociando a venda do bem no país vizinho e que havia um comprador, terceiro de boa-fé arrolado como testemunha, o qual, em suas declarações, ratificou os fatos. Também ficou apurado que Jane possuía maus antecedentes e reincidente específica nesse tipo de crime, bem com o que Gabriela havia morrido no dia seguinte à subtração, vítima de enfarte sofrido logo após os fatos, já que o veículo era essencial à sua subsistência. A ré confessou o crime em seu interrogatório.
No curso da instrução criminal, a ré foi condenada a cinco anos de reclusão no regime inicial fechado para cumprimento da pena privativa de liberdade, tendo sido levada em consideração a confissão, a reincidência específica, os maus antecedentes e as consequências do crime, quais sejam, a morte da vítima e os danos decorrentes da subtração de bem essencial à sua subsistência.
A condenação transitou definitivamente em julgado, e a ré iniciou o cumprimento da pena em 10 de novembro de 2012.
Ocorre que no dia 5 de março de 2013, compareceu a este escritório de advocacia a genitora de Jane juntamente com o filho da vítima (único parente vivo), o qual informou que em data de 27 de outubro de 2010, a ré entrou em contato no intuito de indicar o local onde o veículo estava escondido. Assim, diante dessas informações, o filho de Gabriela deslocou ao local indicado e recuperou o veículo.
II. DOS DIREITOS
 A presente ação trata sobre a condenação da acusada com incurso no art. 155, § 5º do CP e em que pese já haver sentença transitada em julgado, esta pode ser modificada de acordo com o art. 626 do CPP, uma vez que há novas provas a serem juntadas neste processo.
Em data de 18 de outubro de 2010, Jane praticou a conduta tipificada no Art. 155, § 5º do CP, sendo a denúncia recebida no dia 30 de outubro de 2010. Contudo, no dia 27 de outubro de 2 010, ou seja, três dias antes do recebimento da denúncia, a acusada entrou em contato com o filho da vítima, a qual já havia falecido nesta data, e informou onde estava o veículo subtraído, fazendo a devolução integral do bem ora subtraído, fato este que não foi mencionado em nenhuma das fases do processo judicia.
Diante de tal fato, considerando que o delito não foi praticado com violência ou grave ameaça, fica claramente demonstrando que a acusada teve arrependimento posterior, previsto no art. 16 do CP, fato este que não foi levado em consideração no momento da condenação.
 ’Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços .’
Resta comprovada a presença do arrependimento posterior, haja vista que a ação de Jane foi antes do recebimento da denúncia e assim a pensa deve ser reduzida, de acordo com o artigo supracitado, de um a dois terços
A acusada também teve em sua conduta a presença da qualificadora por ser o bem subtraído para venda no exterior, mas com o arrependimento da ré o bem não saiu de território nacional, devendo portanto, ocorrer desclassificação para o crime de furto simples previsto no "caput" do art. 155 do CP.
No caso em tela, encontra-se claro os motivos para modificação da pena aplicada considerando todos os fatores mencionado de acordo com o art. 626 do
 ’Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração, absolver o Réu, modificar a pena ou anular o processo. Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser gravada a pena imposta pela decisão revista.
Além do mais, com a redução da pena aplicada é admissível a mudança de regime da acusada para o semi- aberto, mesmo este sendo reincidente entendimento já consolidado pelo Superior de Justiça em sua súmula 269, aprovada em 22 de maio de 2002.
É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais.
III. DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto requer seja a presente ação recebida e provida, havendo desta forma.
I. A desclassificação do crime de furto qualificado para o de furto simples, pela inexistência da qualificadora prevista no § 5º do Art. 155 do CP;
II. Realização da oitiva da testemunha para produção de nova prova;
III. Redução da pena por incidência do arrependimento posterior de acordo com o art. 16 do CP.
IV. Fixação do regime semi-aberto para a pena aplicada de acordo com a Súmula 269 do STJ;
V. Por fim que seja modificada a sentença com fulcro no art. 626 do CPP.
TERMOS EM QUE 
PEDE DEFERIMENTO 
Mato Grosso 05 de outubro de 2013
 ADVOGADA 
 OAB

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