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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA OBESIDADE INFANTIL NA PANDEMIA Alexandre Gomes Rodrigues Anna Luísa dos Santos Queiroz Arthur Araujo Gonçalves Christiane Guedes Débora Cintia Paes Arêas Deyvis Alexandre de Souza Rodrigues Hugo Rossi Paloma da Silva Paula Lemos Sarah de Freitas Vicente Yasmin de Andrade dos Santos Atividade apresentada ao Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Estácio de Sá como parte das atividades da disciplina Psicologia Experimental. Campos dos Goytacazes/RJ 2022 RESUMO A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que produz efeitos deletérios à saúde. Há um consenso na literatura de que sua etiologia é multifatorial, envolvendo aspectos biológicos, históricos, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais e culturais. Nesse sentido, este estudo tem por objetivo analisar a interface entre as pandemias de inatividade física, obesidade e COVID-19, elencando os impactos do distanciamento social decorrente da pandemia de COVID-19 na epidemia de obesidade. O Brasil passou por uma rápida transição nutricional que culminou na diminuição percentual da desnutrição e despontamento da obesidade como importante problema de saúde pública. O caráter de sua distribuição e sua progressiva prevalência permitem caracterizar a obesidade como uma epidemia global. Entre as estratégias para enfrentá-la na população estão o estímulo às atividades físicas, alimentação balanceada e limitação do tempo de exposição a aparelhos eletrônicos. O distanciamento social imposto pela pandemia de COVID-19 acarretou dificuldades para realização das estratégias de enfrentamento e estimulou as práticas que poderiam desencadear ou agravar o excesso de peso, sendo potencialmente um complicador da epidemia de obesidade cujos reais impactos estão sendo percebidos posteriormente. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3 MÉTODO ................................................................................................................ 4 SUJEITO ................................................................................................................ 4 AMBIENTE, MATERIAIS E INSTRUMENTOS ...................................................... 4 RESULTADOS ....................................................................................................... 5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 7 INTRODUÇÃO Em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou oficialmente situação de pandemia, causada pela disseminação do vírus SARS-CoV2 (Síndrome Respiratória Aguda Grave do Coronavírus 2), causador da COVID-19. O coronavírus é transmitido por contato próximo com um indivíduo infectado, objetos ou superfícies contaminadas. Devido a este fato, foram adotadas medidas para que o distanciamento social fosse mantido, a fim de impedir a disseminação da doença. O isolamento determinou a suspensão das atividades presenciais escolares, proibiu atividades ao ar livre e afastou profissionais de serviços não essenciais de seus cargos. Esses acontecimentos causaram a permanência frequente da família no ambiente doméstico, e com o prolongamento dessa situação, a nova realidade trouxe algumas dificuldades, pelo fato da população precisar se adequar às regras impostas pelo momento. Acredita-se que a restrição do contato social pode gerar consequências na saúde mental e física do indivíduo. O isolamento ainda agrava vulnerabilidades, sejam elas emocionais ou sociais e afetam a saúde mental da criança, aumentando os níveis de estresse dessa população. Sabe-se que crianças com ansiedade possuem 3,12 vezes mais chances de terem o apetite alterado e que no período de restrição social a alimentação desse grupo em muitas famílias encontra-se desbalanceada, com uma dieta repleta de alimentos com o valor nutritivo muito baixo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em 2019, 38,2 milhões de crianças menores de 5 anos estavam acima do peso ou obesas aumentando para 39 milhões em 2020, e que mais de 34 milhões de crianças de 5 a 19 anos estavam acima do peso ou obesos em 2016. No Brasil, segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) registrados no período de janeiro a dezembro de 2020, das crianças com menos de 5 anos acompanhadas na Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), 18,2% apresentavam risco para sobrepeso, 8,5% apresentavam sobrepeso e 7,4% apresentavam obesidade no Brasil. Em crianças entre 5 e 10 anos, 15,9% apresentavam excesso de peso, 9,5% apresentavam obesidade e 6,3% obesidade grave. MÉTODO Revisão literária baseada em análise descritivo-reflexiva dos referenciais bibliográficos. Foram consideradas as palavras-chave: Obesidade; Comportamental; Isolamento social. SUJEITO Estabelecemos como tema de estudo A Obesidade Infantil na Pandemia, visto que, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é considerada criança a pessoa com até 12 anos incompletos. As crianças citadas na revisão bibliográfica da pesquisa predita se situavam na faixa etária de 6 meses a 12 anos de idade incompletos. AMBIENTE, MATERIAIS E INSTRUMENTOS Objetivando maximizar a qualidade nas informações apresentadas; utilizamos como instrumento para captação de dados sobre o assunto, a pesquisa bibliográfica, onde a busca eletrônica para esse estudo resultou em artigos por meio do levantamento de periódicos científicos nacionais e internacionais indexados nas bases de dados (Google Acadêmico e sites governamentais) no período de 2006 a 2022, possibilitando apresentar informações que consolidam nossa pesquisa a respeito da obesidade durante e pós pandemia da COVID-19. RESULTADOS A temática abordada reflete sobre a importância do adequado aporte nutricional da manutenção da saúde física e mental das crianças e adolescentes como fatores protetores contra o aumento da obesidade infantil durante a pandemia, com vista a amenizar os impactos causados na vida isolada e coletiva desta população. Fato é que a obesidade infantil aumentou devido à pandemia da Covid-19, reforçando uma preocupação já existente, pois se sabe que a qualidade de vida da pessoa com sobrepeso, diminuiu consideravelmente, principalmente em crianças já obesas em comparação com a população em geral. Estudos indicam que a inflamação causada pela obesidade se apresenta como um dos fatores de risco para o desenvolvimento dos sintomas mais graves da COVID- 19 e as chances ainda são maiores quando se trata de obesos desnutridos. Crianças com peso normal para a idade foram as que tiveram alterações mais significantes, alcançando a condição de sobrepeso ou obesidade, o que faz aumentar a necessidade de vigilância por trazer consequências a curto e longo prazo para a saúde física e mental, além oportunizar o surgimento de doenças metabólicas. DISCUSSÃO Durante a pandemia da Covid-19, houve um aumento no número de pessoas em relação ao ganho de peso. O Lockdown foi a estratégia utilizada para conter a disseminação do coronavírus, principalmente nos primeiros meses da pandemia, as restrições e o distanciamento social levaram ao aumento do sedentarismo. Além de consumir alimentos em excesso por conta de problemas com ansiedadee depressão, aplicativos de "fast food" facilitaram ainda mais este comportamento. As causas da obesidade envolvem aspectos que vão muito além do individual, como questões sociais, políticas, culturais e econômicas. Tais questões afetaram o cotidiano das pessoas, como se alimentam e se deslocam na cidade, a fim de enfrentar e mudar a realidade que contribui para a obesidade. É vital abordar o estigma da obesidade para que as pessoas com sobrepeso não sejam definidas por esse aspecto de suas vidas. Para isso, é importante mudar a forma como a sociedade lida com a obesidade. Enfrentar o aumento do sobrepeso e da obesidade no Brasil e no mundo é um grande desafio. Como alternativa para o enfrentamento desse grave problema de saúde pública, os profissionais de saúde atuantes na saúde básica, atuam junto à comunidade na realização de campanhas de educação em saúde para a promoção da alimentação e hábitos de vida saudáveis. O principal objetivo dessas ações é conscientizar as pessoas sobre os danos à saúde causados pelo excesso de peso, e proporcionar um espaço de diálogo e discussão sobre as barreiras e dificuldades do cotidiano que afetam a qualidade de vida das pessoas, a fim de servirem coletivamente com profissionais da saúde tendo responsabilidade para propor caminhos possíveis, em função de ajudar a população. Com base nos dados apresentados nesse experimento, observa-se que há um aumento por conta do isolamento social e sintomas que foram gerados com esse momento de pandemia. A alimentação das pessoas em geral ficou totalmente desregulada priorizando "delivery's" e comidas de fácil preparo. Ainda mais com as pessoas "presas" dentro de suas casas, o medo e a quarentena agravou muito os dados de obesidade. O índice de obesidade no ano de 2021 ficou em 22,35%. O desempenho foi superior ao do ano anterior, que marcou 21,55%. Essa pesquisa é com base em outros artigos tanto nacionais quanto internacionais. Para aprofundar e melhorar o estudo seriam necessárias entrevistas com pessoas que passam ou passaram por essa situação de pandemia e aumento em seu peso chegando ou não na obesidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, A. S.; et al. Os impactos da pandemia de covid-19 no desenvolvimento da Obesidade. UNIFACS. Salvador, 20 jun. 2022. MOREIRA, R. O.; BENCHIMOL, A. K. Princípios gerais do tratamento da obesidade. Transtornos alimentares e obesidade. In: NUNES, M. A. et al. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 290-298. OLIVEIRA, V. M.; LINARDI, C. R.; AZEDEVO, P. A. Cirurgia bariátrica: aspectos psicológicos e psiquiátricos. Rev. Psiq. Clin. v. 31, n. 4, p. 199-201, 2004. PANDIT R, de J. J. W.; VANDERSCHUREN L. J. M. J.; ADAN R. A. H. Neurobiology of overeating and obesity: The role of melanocortins and beyond. Eur J Pharmacol. 2011, 660: 28 – 42. RANG EL, S. S. et al. Impacto do Isolamento Social Devido a Pandemia do Coronavírus nas Crianças. Revista Científica da FMC. v. 17, n. 1, 2022. SOUSA, G. C. et al. A pandemia de covid-19 e suas repercussões na epidemia da obesidade de crianças e adolescentes. Revista Eletrônica Acervo Saúde. v. 12, n. 12, p. 1-8, 11 dez. 2020. TAVARES, T. B.; NUNES, S. M.; SANTOS, M. O. Obesidade e qualidade de vida: revisão da literatura. Rev. Med. Minas Gerais. 2010. VARGAS, T. Obesidade: pandemia de Covid-19 traz aumento nas taxas no Brasil e no mundo. FIOCRUZ, 2022.
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