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Inconsciente Freudiano

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1 
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CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
❖ Introdução 
O que se repete em cada pessoa? Algumas questões se repetem, como, 
por exemplo, nos relacionamentos – sempre tem algo que se repete sem se dar 
conta, porque a pessoa pode encontrar pessoas diferentes, mas com algo em 
comum. Freud chamou isso de trieb. 
Trieb: é um impulso. O corpo tem um impulso de energia que faz com que 
estabelecemos a relação com o outro. Ou seja, a energia vai em busca de um 
objeto e volta (vai e volta), produzindo um desgaste no corpo, por isso somos 
modificados / desgastados. 
Esse impulso tem como objetivo a satisfação. Só quer se satisfazer, pode 
ser qualquer objeto, mas, geralmente, é um objeto específico. 
Podemos fazer qualquer coisa com a pulsão, mas na vida de cada um de 
nós não existe qualquer objeto, existe aquele objeto. 
❖ Descoberta do inconsciente 
A psicanálise não vai colocar a questão do sujeito da verdade, mas a 
questão da verdade do sujeito. 
Freud começou a perceber que algumas questões vão além da 
consciência, da razão (por que troca o nome de uma pessoa? Por que sonha?). 
então, Freud estava interessado em uma verdade além do sujeito da verdade, 
que é além do que a ciência da época abordava. Essa questão além da 
consciência é o inconsciente. 
Mas o inconsciente foi uma descoberta freudiana? Não. Não foi Freud 
que nomeou o inconsciente, já havia esse estudo antes. Acontece que Freud fez 
uma descoberta e conceituou ao modo dele. 
 
2 
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Precisa falar que tipo de inconsciente é, porque existem várias formas de 
conceituar. Precisa especificar a teoria – tem inconsciente da filosofia, da 
psicanálise, entre outros. 
Ele entende que tem algo maior que a consciência, que rege as decisões 
sem que a pessoa saiba. 
Com isso acontece uma ruptura, sendo três feridas narcísicas da 
humanidade: 
1. Heliocentrismo de Copérnico: essa teoria diz que a terra não 
é o centro do universo. Ela faz parte de um sistema maior. isso 
tirou a humanidade da prepotência de achar que é o centro do 
mundo. 
2. Teoria da evolução de Charles Darwin: antes acreditava que 
o ser humano era diferente e superior, mas Darwin mostrou que 
surgiu de uma evolução e tem semelhanças com os demais. 
3. Psicanálise de Freud: fala que o ser humano não é o sujeito 
da razão, da livre consciência. Entende que tem o inconsciente 
que é maior que a consciência e que domina o ser humano. 
Ou seja, são três feridas para o ser humano, deixando de se ver em uma 
posição privilegiada no universo, natureza e da própria razão. 
❖ Sobre Freud 
Ele participou de uma palestra do médico Charcot, então começou a 
estudar sobre histeria. 
Nesse período a neurologia acreditava que as questões que ocorriam nas 
pessoas eram de uma anatomia, tinha uma psicopatologia anatômica, que tinha 
algum lugar no cérebro que causava o sofrimento na pessoa. 
Algumas pessoas tinham paralisia, acontecia algo no corpo e não dava 
para entender. Charcot acreditava que tinha alguma psicopatologia nisso, ele 
trabalhava com a hipnose (não era permanente, voltava quando acabava a 
hipnose). Contudo, ele acaba criando uma psicologia do trauma. 
 
3 
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Freud começa a pedir para as pessoas contarem para encontrar a origem 
do trauma, buscando entender essa origem para eliminar permanentemente a 
psicopatologia. Contudo, Freud abandona a hipnose e vai em busca da 
descoberta da defesa (o recalque). 
Freud começa a aplicar a associação livre. 
NEUROCIÊNCIA NOS PRIMÓRDIOS DA PSICANÁLISE 
Freud era um médico, um neurologista e, na época, a medicina que os 
transtornos eram por questões anatômicas ou por vontade da própria paciente. 
Contudo, com a entrada da cultura e da linguagem, não tem como limitar 
as questões patológicas a anatomia apenas. 
Sexualidade: Freud entende que o corpo é algo erotizado. Foi 
descobrindo que alguns traumas eram desenvolvidos por questões associadas 
a sexualidade e, em alguns causos, essa sexualidade é quebrada ou inserida 
em momentos imaturos. 
Então, Freud propõe que o corpo é erogeneizado. Inclusive, a criança é 
um ser perverso e polimorfo, porque o perverso encontra a satisfação fora dos 
locais permitidos e polimorfo por ser de diferentes modos – ou seja, é perverso 
e polimorfo, porque vai querer encontrar a satisfação a qualquer custo, em 
diferentes medidas. 
Essa satisfação não está apenas nos órgãos sexuais, mas em todo o 
corpo. 
Projeto para uma psicologia científica: obra de Freud de 1895. A 
intenção era elaborar uma teoria do funcionamento psíquico, queria entender 
como funciona estruturalmente o inconsciente. Trouxe questões da 
neurobiologia, mas traz hipóteses, ele cria fundamentações. 
Entende que vai buscar sempre o prazer, quer evitar o desprazer. 
Os resíduos de experiências de satisfação e de dor vão constituir os afetos 
e os estados de desejo. 
 
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Exemplo: o bebê vai buscar o prazer, mesmo sem estar com fome, vai 
querer mamar e isso pode ser considerado sexualizado. É sexual no sentido de 
buscar o prazer. 
PULSÃO E SEUS DESTINOS 
❖ Conceito 
Pulsão está ligada a questão da sexualidade. 
No caso da Anna O. ele começa a investigar essa questão da sexualidade. 
Ele chama a pulsão de trieb, tendo um problema na tradução – trieb seria 
pulsão, um impulso, mas a tradução do inglês significa instinto. Freud não queria 
se referir sobre instinto, mas sim impulso / pulsão. 
É um impulso gerado dentro do organismo, mas que vai além, busca um 
objeto, está entre o mental e o somático. 
É a dimensão da força de alguma coisa que recai sobre nós na forma de 
um impacto e que nos instiga através da ação. 
Não é um instinto, é diferente do instinto. Vai além das necessidades 
fisiológicas. É uma força constante, sempre está em busca de mais, os objetos 
não vão ser suficientes. 
O objetivo da pulsão é satisfação, mesmo que seja parcial, mas isso não 
significa prazer, porque pode acontecer de ter satisfação, mas não tem prazer. 
❖ 4 elementos da pulsão 
1. Fonte – é um instinto, mas ela vai além. O momento do apoio 
também é uma ruptura. Vem do corpo e vai em busca de um 
objeto. 
2. Pressão – é o fator dinâmico da pulsão. É a exigência de 
trabalho. Toda pulsão é uma energia ativa. 
3. Finalidade – sempre a satisfação. 
4. Objeto – do ponto de vista econômico pode ser qualquer um, 
mas, inconscientemente, vai ser um objeto específico. 
 
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A pulsão em si é uma representação de algo, porque ela é inconsciente. 
Não é a excitação pura, mas uma representação. É algo que acontece no corpo 
e vai para o psíquico. 
❖ Tipos de pulsão 
Pulsão de autoconservação: é mais específica. Elimina um estado de 
necessidade. 
Pulsão sexual: é menos específico. É sustentado / orientado pelas 
fantasias. 
❖ Destinos da pulsão 
Uma vez que a pulsão emerge, ela não pode ser destruída, ela quer a 
satisfação. Contudo, nem sempre é possível essa satisfação, então o que vai 
acontecer? Tem 4 destinos. 
A pulsão não tem moral, não entende o que é certo ou errado, ela quer 
apenas se satisfazer. 
1. Reversão ao seu oposto: diz sobre reverter, literalmente. Se ama 
uma pessoa, vai passar a odiar. 
2. Retorno em direção ao próprio eu: trazer para si aquilo que era 
direcionado a outro. Então, se gostava de ver o outro sofrer, vai 
querer se fazer sofrer pelo outro. 
3. Recalcamento: origina os sintomas. Vai ser reprimido. Esse 
processo não se satisfaz, então uma parte do recalcamento vai 
retornar. 
4. Sublimação: é um dos melhores destinos. É flexibilizar o objeto e 
trazer outro objeto que não seja sexual. Vai usar a energia em 
outros objetos. Vai daroutro destino ao objeto, vai tentar alcançar 
outros objetos que não seja o inicial. 
O afeto não está ligado a esses representantes da pulsão. O inconsciente 
não tem afeto, só vem afeto quando é representado psiquicamente. 
A pulsão vai virar um sintoma, porque ela é uma força constante, vai 
continuar, então vai tentar se satisfazer de alguma forma. 
 
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RECALCAMENTO 
❖ Conceito 
A partir do recalque tem como saber a origem do inconsciente. 
Algumas experiências vão sendo fixadas, mas não é a situação como um 
todo, são alguns traços dela. Isso seria o recalque primário – fixação dos 
representantes ideativos. 
O recalque primário não vai para o consciente, fica inconsciente durante 
toda a vida. 
Vai viver o trauma e, só depois que desenvolve a linguagem, o trauma 
começa a ganhar uma representação psíquica. Ou seja, só depois vai começar 
a vim o sentido do trauma. 
Quando começa a ter relações com o outro vai tendo o recalque 
secundário, porque está tendo novas experiências. O secundário vai aparecer 
no consciente de forma distorcida – através de sonhos, de ato falho, de 
repetições, entre outros. 
O recalque secundário, chamado de recalque propriamente dito, é o que 
vai ser trabalhado na clínica. Por isso, é importante a associação livre. Essas 
lacunas podem ganhar uma palavra. 
Retorno do recalcado: os conteúdos podem retornar à consciência de 
forma distorcida, podendo gerar um sofrimento, porque o recalque não vai 
conseguir durar para sempre. São os sonhos, por exemplo. 
INCONSCIENTE 
Freud entende que o inconsciente é o averso da razão. 
Fenômenos lacunares: o inconsciente vai se manifestar através de 
fenômenos lacunares. Dentro do discurso produzido pela razão, existem lacunas 
que escapam e dizem outras coisas (sonhos, ato falho, repetições), são 
manifestações além da consciência. 
 
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Freud entende que o inconsciente é uma forma de manifestação de 
efeitos, mas não um lugar específico, nem uma coisa. Então, ele não está 
preocupado nas questões biológicas. 
Elabora o primeiro sistema: inconsciente, pré-consciente e consciente. 
A nível inconsciente tem a representação coisa – são livres, não tem uma 
palavra, vincula-se livremente, são imagens. Já a representação palavra 
acontece no sistema pré-consciente e consciente, porque sempre vai buscar ter 
um sentido para se relacionar com o outro, tem relação com a linguagem. 
Existe uma censura do que tem no inconsciente, mas quando o conteúdo 
inconsciente for para o consciente ele vai mudar da representação coisa para a 
representação palavra. 
O inconsciente não é apenas o que não lembra, porque pode acontecer 
de não estar no consciente, mas facilmente ser formado / lembrado. 
O sistema dinâmico opera a partir do processo primário (é uma energia 
livre, guiado pelo princípio do prazer). 
O inconsciente é regido pelo princípio da não contradição – a 
representação pode significar coisas diferentes, porque não existe a palavra. 
Pode se ligar a formas diferentes. Uma representação é ligada a outra, então, 
quando busca o significado, do sonho por exemplo, vai procurar palavras para 
explicar, mas pode não ter um sentido lógico. 
Inconsciente não tem temporalidade, por isso representações da infância 
pode se ligar com representações da fase adulta. 
No manejo clínico vai produzindo um sentido e deixando vir a tona os 
fenômenos lacunares.

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