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Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume Fisiopatologia Uronefroptologia – Doenças da Próstata • O PSA não é específico para CA de pŕos- tata e não deve ser indicado a biópsia. • Paciente pode fazer uma prostatite, pode ter uma obstrução urinária • Apenas 5% dos pacientes vão ter câncer como diagnóstico final Graduação histológica que se relaciona com o prognóstico do adenocarcinoma e é baseado no grau de diferenciação glandular: • Gleason 1: ADC mais bem diferenciado (se assemelha a próstata normal • Gleason 5: ADC mais anaplásico, com menos diferenciação glandular A mesma lesão pode apresentar graus diferen- tes de diferenciação glandular. A somatória é com base nos 2 padrões predominantes na neoplasia. Indicação para Biópsia de Próstata: • Toque prostático retal alterado. • PSA > 4,0 ng/mL. • PSA > 2,5 ng/mL em pacientes jovens (até 55 anos). • Densidade de PSA > 0,15 ng/mL. • Velocidade de PSA > 0,75 ng/mL/ano. O ideal é a combinação desses fatores para que seja indicada a biópsia. Ex: PSA elevado + toque retal alterado. Obs - Recidiva bioquímica → Indica ao paciente que seja feita alguma terapia adjuvante que fa- vorece a sobrevida → Medicamentos que ini- bam a ação da testosterona ou sua diminuição periférica. Pode estar sendo produzido devido alguma neoplasia residual. Aspectos de Normalidade: Possui formato de castanha, e se relaciona com a uretra e o ducto ejaculatório. As hiperplasias prostáticas normalmente se manifestam com al- terações urinárias. Zona periférica posterior → relaciona-se com a parede do reto → Local onde se desenvolve o Adenocarcinoma. Histologicamente: glândulas que produzem flui- dos que fazem parte do volume ejaculatório • Células internas: colunares altas secreto- ras • Células externas: basais • Essas células estão empacotadas pelo estroma prostático → tecido conjuntivo Adenocarcinoma Prostático: Tipo mais comum de câncer e a segunda causa de morte por câncer entre homens no mundo → Fatores de Risco: idade, etnia (afrodescen- dentes + comum), fatores genéticos e ambien- tais. Ocorrem mais comumente na zona periférica posterior, portanto são palpáveis ao toque retal mas demoram a produzir sintomas. → Sinais e sintomas: disúria, hematúria, odinor- gasmia, dor lombar (metástases hematogênicas vertebrais). → Lesão precursora: neoplasia intraepitelial pros- tática. → Patogênese: Combinação de múltiplos fatores, incluindo fato- res ambientais (“dieta ocidental” com ingestão de carne vermelha e gordura animal → forma- ção de carcinógenos → aminas e hidrocarbone- tos policíclicos aromáticos) e características pró- prias do indivíduo (predisposição racial, idade, obesidade). → Morfologia: Neoplasia intraepitelial prostática: não possui al- teração em toque retal, não se associa a eleva- ções significativas do PSA, não provoca altera- ções em exames de imagem Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume • Displasia e adenocarcinoma in situ Tipo histológico mais comum → Acinar Usual: • Neoplasia ao lado esquerdo onde não possui áreas “furadas”. • Comum que o ADC prostático seja focal → por isso a biópsia deve respeitar as re- giões. Invasão e substituição da estrutura glandular normal da próstata Cor mais escura: revestida por uma única população de células com atipias, indica que as glândulas são neoplasias invasivas. O núcleo das glândulas exibe apenas 1 nucléolo proeminente Cor mais clara: Não possui atipias, com células basais presentes → Escore de Gleason: Com base na somatória dos dois padrões histo- lógicos predominantes. Gleason 1: lesão bem diferenciada Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume Gleason 5: células atípicas sem grau de formação glandular Grupos Prognósticos: → Vias de Disseminação: Por contiguidade, linfática (linfonodos obtura- dores e para-aórticos) e hematogenica (ossos e vértebras). Esquerda → ducto ejaculatório infiltrado Central → linfonodos com foco subcapsular de adenocarcinoma Direita → metástase nas vértebras com risco de fraturas, desabamento e alterações neurovas- culares (paraplegia) → Estadiamento: • pT1: a neoplasia é um achado histoló- gico incidental, não é palpável ao toque retal ou visualizado por técnicas de ima- genologia. Paciente assintomático, sem alteração de imagem. • Começa pelo pT2 porque a neoplasia é identificada apenas histologicamente. → Fatores Prognósticos • Grau histológico • Estadiamento • Nível sérico de PSA • Idade • Estado geral do paciente • Metástases linfonodais ou hematogê- nica (ossos) → Rastreamento de CA de Próstata: O rastreamento universal de toda população masculina (sem considerar idade, raça e história familiar) apresenta controvérsias, pois pode di- agnosticar, entre outros, câncer de próstata de baixa agressividade, que não necessita de trata- mento, cujos pacientes são submetidos a bióp- sias, que têm potencial de complicações (infec- ção local), e, eventualmente, tratamentos radi- cais com potencial impacto na qualidade de vida. A Sociedade Brasileira de Urologia mantém sua recomendação de que os homens, a partir de 50 anos e mesmo sem apresentar sintomas, de- vem procurar um profissional especializado, para avaliação individualizada tendo como ob- jetivo o diagnóstico precoce do câncer de prós- tata. Os homens que integrarem o grupo de risco (raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata) devem começar seus exames mais precocemente, a partir dos 45 anos. Após os 75 anos, somente homens com perspectiva de vida maior do que 10 anos pode- rão fazer essa avaliação. O rastreamento deverá ser realizado após am- pla discussão de riscos e potenciais benefícios, em decisão compartilhada com o paciente. Hiperplasia Prostática (Benigna): • Causa comum de aumento de volume da próstata resultante da proliferação dos elementos glandulares e estromais. • Homens acima dos 40 anos. • Causa importante de obstrução de fluxo urinário, com as seguintes manifestações clínicas associadas: o Hesitação (dificuldade em iniciar o fluxo e interrupção intermi- tente). o Urgência urinária e noctúria (por hipertrofia de musculatura vesi- cal). o ITUs de repetição (volume urinário residual). o Hidronefrose e atrofia renal. A Hiperplasia não é fator de risco para Adeno- carcinoma Ana Fernanda Leal - @medicina.resume @medicina.resume → Patogênese: Associado a testosterona → diminuição da pro- dução conforme a idade → A ação enzimática converte em uma forma ativa do hormônio → In- dução de proliferação → Hiperplasia. Próstata distorcida com aspecto multinodular. Glândulas dilatadas com aspecto papilar e pseudo- estratificação → Refletem na alta taxa de prolifera- ção hormônio-induzido. Se difere do ADC pois possui 2 populações celulares. Prostatites: Prostatite aguda: • Relação etiológica com bactérias - ITUs e ISTs são fatores de risco (Escherichia coli, enterococos, Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae). • Clínica: febre, calafrios, disúria e próstata flácida e dolorosa ao toque. → Sinais sis- têmicos de inflamação com próstata amolecida devido ao edema. Prostatite crônica: • Não bacteriana - forma mais comum, manifestações semelhantes à forma bacteriana, mas culturas negativas • Bacteriana - história de ITU recorrente, mesmos patógenos da prostatite aguda. • Prostatite granulomatosa por BCG (ba- cilo de Calmette-Guérin) - empregada como imunoterapia para neoplasias de bexiga. • Clínica: disúria, dor pélvica, dor lombar. Não há febre. Pode ser assintomática(prostatite microscópica).
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