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SISTEMA DE ENSINO
CONTABILIDADE 
GERAL E 
AVANÇADA
Tratamento das Participações Societárias
Livro Eletrônico
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Tratamento das Participações Societárias
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Francisco Feliphe da Luz Araujo
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Tratamento das Participações Societárias ............................................................................... 4
1. Investimentos em Participações Societárias ........................................................................ 4
2. Participações Societárias Permanentes ................................................................................ 4
2.1. Coligadas .................................................................................................................................... 5
2.2. Controladas .............................................................................................................................. 7
2.3. Sociedades Integrantes de um Mesmo Grupo .................................................................. 8
2.4. Sociedades sobre Controle Comum .................................................................................... 9
2.5. Método do Custo .................................................................................................................... 10
2.6. Método de Equivalência Patrimonial ................................................................................ 14
3. Apuração e Tratamento Contábil da Mais Valia, do Goodwill e do Deságio ................. 23
3.1. Ágio Mais Valia de Ativos Líquidos ..................................................................................... 25
3.2. Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill) ........................................... 26
3.3. Ganho por Compra Vantajosa ............................................................................................. 29
3.4. Amortização dos Ágios ..........................................................................................................31
3.5. Ações ou Cotas Bonificadas ................................................................................................ 33
3.6. Passivo a Descoberto na Investida....................................................................................34
Resumo ............................................................................................................................................ 36
Questões Comentadas em Aula .................................................................................................42
Questões de Concurso .................................................................................................................46
Gabarito ......................................................................................................................................... 102
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Tratamento das Participações Societárias
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Francisco Feliphe da Luz Araujo
ApresentAção
Olá, querido(a) aluno(a),
Seja bem-vindo a mais uma aula do nosso curso.
Hoje falaremos sobre as Participações Societárias, os conceitos diretamente relaciona-
dos com os investimentos e os cálculos de ágios e deságios na aquisição dos investimentos.
Estes assuntos são de extrema importância para o seu estudo, devido a regularidade na 
cobrança pelas bancas. Por isso, estudem com bastante atenção.
Qualquer dúvida, crítica, sugestões e/ou esclarecimentos, estou à disposição no Fórum. 
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso.
Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que quei-
ram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. Treinar é preciso.
Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula!
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!
Um forte abraço, Feliphe Araújo.
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Tratamento das Participações Societárias
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Francisco Feliphe da Luz Araujo
TRATAMENTO DAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
1. InvestImentos em pArtIcIpAções socIetárIAs
Os investimentos em participações societárias derivam de operações nas quais uma em-
presa (a investidora) adquire ações de outras sociedades, denominada de investida.
As participações societárias podem ser classificadas como:
1) Temporárias: são aquelas adquiridas para fins especulativos, ou seja, a empresa adqui-
re com a intenção de vender após algum tempo. Neste caso, a intenção é lucrar com a valori-
zação das ações.
2) Permanentes: são adquiridas com a intenção de permanência, ou seja, não serão man-
tidas de forma temporária ou para fins especulativos.
Segue uma esquematização que resume os métodos de avaliação de investimentos em 
participações societárias:
As participações societárias temporárias já foram estudadas. Agora, vamos estudar as 
participações permanentes.
2. pArtIcIpAções socIetárIAs permAnentes
Como não há intenção de venda, as participações societárias permanentes são classifica-
das no Ativo Não Circulante Investimentos, sendo avaliadas pelo método do custo de aquisi-
ção ou método de equivalência patrimonial (MEP).
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Francisco Feliphe da Luz Araujo
De acordo com o artigo 248 da Lei 6.404/1976, serão avaliados pelo método da equivalên-
cia patrimonial, os investimentos permanentes em sociedades coligadas ou em controladas e 
em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum.
Ao contrário, serão avaliados pelo método do custo, os investimentos permanentes em 
outras sociedades que não são coligadas, controladas, controladas em conjunto (sociedades 
que façam parte de um mesmo grupo) ou que estejam sob controle comum.
Assim, antes de estudar os métodos de avaliação das participações societárias, precisa-
mos esclarecer os conceitos de sociedades coligadas e controladas e das sociedades que 
façam parte de um mesmo grupo ou que estejam sob controle comum.
2.1. colIgAdAs
Conforme a Lei 6.404/1976, artigo 243, § 1º, são coligadas as sociedades nas quais a in-
vestidora tenha influência significativa.
Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder 
de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.
É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cen-
to) ou mais do capital VOTANTE da investida, sem controlá-la.
Cabe aqui observar que essa presunção de influência significativa é relativa, pois admite 
prova em contrário, de acordo com o item 5 do Pronunciamento n. 18 (R2) - Investimento em 
Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto – do Comitê de Pro-
nunciamentoContábeis (CPC).
Nos termos do CPC 18 (R2), temos que se o investidor mantém direta ou indiretamente 
(por exemplo, por meio de controladas), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, 
presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demons-
trado o contrário.
Por outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por 
exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não 
tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada.
A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não necessaria-
mente impede que o investidor minoritário tenha influência significativa.
A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por um ou 
mais das seguintes formas:
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre 
dividendos e outras distribuições;
(c) operações materiais entre o investidor e a investida;
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou
(e) fornecimento de informação técnica essencial.
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A entidade perde a influência significativa sobre a investida quando ela perde o poder de 
participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais daquela investida. A per-
da da influência significativa pode ocorrer com ou sem mudança no nível de participação acio-
nária absoluta ou relativa. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma coligada se torna su-
jeita ao controle de governo, tribunal, órgão administrador ou entidade reguladora. Isso pode 
ocorrer também como resultado de acordo contratual.
Portanto, o principal conceito para definir se uma empresa é ou não coligada é a existência 
da influência significativa.
Esquematizando:
001. (INÉDITA/2021) Ao analisar o subgrupo Ativo Não Circulante Investimentos no Balan-
ço Patrimonial da Cia. Aprovados Ltda., o auditor independente verificou que a participação 
societária da empresa na Cia. Sortudos Ltda., registrada na contabilidade por R$ 100.000,00, 
tinha sido avaliada pelo método de equivalência patrimonial, porque a investidora tinha 30% do 
capital votante da investida.
Constatou, ainda, que a Cia. Aprovados Ltda. não tinha o poder de participar nas decisões 
sobre as políticas financeiras e operacionais da investida e, por isso, não possuía influência 
significativa sobre a Cia. Sortudos.
Diante de tais fatos, o auditor concluiu que o procedimento está:
a) correto, porque como existe presunção de influência significativa, a participação societária 
na investida é em coligada.
b) incorreto, porque a participação societária é em coligada e o investimento é avaliado pelo 
método de equivalência patrimonial.
c) incorreto, porque a investida é equiparada a coligada da investidora.
d) correto, porque a investida é uma controlada.
e) incorreto, porque, como não existe influência significativa, a participação societária na inves-
tida não é em coligada e o investimento é avaliado pelo método do custo.
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A Cia. Aprovados Ltda. possui influência significativa presumida sobre a investida, porque de-
tém vinte por cento ou mais do poder de voto da investida. Porém, a presunção é relativa, pois 
admite-se prova em contrário.
Como a Cia. Aprovados Ltda. não possuía influência significativa sobre a Cia. Sortudos, con-
forme dados do enunciado, a participação societária na investida não é em coligada e o inves-
timento é avaliado pelo método do custo.
Então, concluímos que o procedimento está incorreto.
Letra e.
2.2. controlAdAs
De acordo com a Lei n. 6.404/1976, artigo 243, § 2º, considera-se controlada a sociedade 
na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de 
sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o 
poder de eleger a maioria dos administradores.
Em outras palavras, o controle ocorre quando a investidora (controladora) possui direta ou 
indiretamente mais de 50% do capital votante da investida (controlada).
Quando a investidora possui a totalidade das ações da investida, ou seja, 100% do capital 
votante, essa controlada é denominada por subsidiária integral, que é uma espécie sui genere 
de sociedade, pois ela possui um único acionista, conforme dispõe o art. 251 da Lei das Socie-
dades por Ações.
Sabemos que o capital social de uma sociedade pode ser formado por:
1. Em alguns casos, as ações preferenciais podem ter direito ao voto.
O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição no exercício 
desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinquenta por cento) do total das ações emitidas. (Lei 
6.404/1976, artigo 15, § 2º)
Portanto, como consequência do artigo 15, o número de ações ordinárias corresponde a no 
mínimo 50% (cinquenta por cento) do capital social.
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Exemplo: 
A Companhia Aprovados tem um capital social de 10.000 ações. Conforme o artigo 15 da 
Lei 6.404/1976, a Companhia Aprovados pode ter no mínimo 5.000 ações ordinárias (50% x 
10.000). Supondo que ela tenha somente esse mínimo, para que qualquer companhia inves-
tidora tenha o controle da Companhia Aprovados, é necessário adquirir 50% mais uma ação 
ordinária, ou seja, 50% x 5.000 + 1 ação = 2.501 ações ordinárias.
O controle acionário pode ser direto ou indireto.
Exemplo: observe a figura abaixo e identifique quais empresas são controladas e quais são 
controladoras, identificando se o controle é direto ou indireto.
Conclusões:
• A Companhia Sortudos controla diretamente a Companhia Aprovados.
• A Companhia Aprovados controla diretamente a Companhia Felicidade.
• A Companhia Sortudos controla indiretamente a Companhia Felicidade por meio do con-
trole direto que exerce sobre a Companhia Aprovados.
2.3. socIedAdes IntegrAntes de um mesmo grupo
Grupo Econômico é o conjunto de empresas subordinadas a um centro único de decisões 
que, através de ligações financeiras, pessoais e (sobretudo) de propriedade acionária é capaz 
de exercer o poder, no mínimo, em termos estratégicos (investimentos, base tecnológica, es-
tratégia financeira etc.).
De acordo com o CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas, Grupo Econômico é a con-
troladora e todas as suas controladas.
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Quando a investidora e a investida pertencem a um mesmo grupo econômico, ou seja, 
possuem um controlador comum, o investimento será avaliado pelo MEP, independentemente 
do percentual de participação da investidora no capital social da investida.
Por exemplo, vamos supor que a companhia Aprovados controle um grupo econômico 
formado por várias empresas, entre elas, as companhias Sortudos e Felicidade, e que a com-
panhia Sortudos possua apenas 5% do capital votante da companhia Felicidade. Segue figura 
dessa situação.
Da análise da figura acima, podemos concluir que as companhias Sortudos e Felicidade 
(controladas) estão sob o controle comum da Companhia Aprovados (controladora). Nesse 
caso, mesmo a companhia Sortudos possuindo apenas 5% do capital votante da companhia 
Felicidade, o investimento da companhia Sortudos na Companhia Felicidade será avalia-
do pelo MEP.
2.4. socIedAdes sobre controle comum
Controle comum (ou controle conjunto) é o compartilhamento, contratualmente conven-
cionado, do controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades 
relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle.
Segue um exemplo de duas companhias que exercem controle comum sobre uma outra 
companhia, conforme ilustração abaixo:
Da análise da figura acima, podemos concluir que nenhuma companhia tem o controle da 
companhia Aprovados. Por causa disso, as companhias Sortudos e felicidade celebram um 
contrato aprovando o controle em comum (ou controle conjunto) da companhia Aprovados.
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Continuando a nossa aula, vamos estudar os dois métodos de avaliação das participa-
ções societárias permanentes, quais sejam: Método do Custo ou Método de Equivalência 
Patrimonial.
2.5. método do custo
Segundo o artigo 183, III, da Lei das S/A, os investimentos em participação no capital social 
de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, serão avaliados pelo custo 
de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando 
essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do 
recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas.
As outras sociedades são aquelas que não são coligadas, controladas, controladas em con-
junto (sociedades que façam parte de um mesmo grupo) ou que estejam sob controle comum.
Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos avaliados pelo método de equivalência 
patrimonial, que estudaremos no tópico seguinte.
Os demais investimentos serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão 
para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aqui-
sição ao valor de mercado, quando este for inferior. (Art. 183, IV, Lei 6.404/1976)
Resumindo, os investimentos pelo método do custo são avaliados pelo custo de aqui-
sição, deduzido de provisão para perdas prováveis, e possui o seguinte lançamento na sua 
aquisição:
D - Investimentos permanentes “método do custo” (AÑC Investimentos)
C - Caixa/Bancos
Exemplo: em 01/03/20X1, a sociedade Aprovados S/A adquiriu 1.000 ações da companhia 
Sortudos Ltda. ao custo de R$ 30,00 cada, com a finalidade de permanência. Sabendo que não 
há influência significativa no investimento, realize o lançamento de aquisição:
O investimento é permanente e não há influência significativa, portanto, a participação so-
cietária é avaliada pelo método do custo.
1. Lançamento para registro da aquisição de 1.000 ações:
D – Investimento avaliado pelo custo – Cia. Sortudos
C – Bancos......................................... 30.000 (30,00 x 10.000 ações)
2. O Balanço Patrimonial da sociedade Aprovados após aquisição das ações, em 
01/03/20X1, tem a seguinte estrutura, considerando apenas o ativo:
ATIVO
Ativo Não Circulante Investimentos.......................30.000,00
Investimento avaliado pelo custo – Cia. Sortudos...30.000,00
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Após o registro inicial, analise as duas situações abaixo:
Situação 01: digamos que, em 31/12/20X1, o valor justo das ações da Cia. Sortudos es-
teja sendo cotada ao custo de R$ 27,00 cada. Calcule o valor contábil do investimento em 
31/12/20X1.
Como o investimento é avaliado pelo método do custo, nenhum ajuste deve ser feito, porque 
não há comprovação de que a diminuição do valor do investimento [de 30.000 para 27.000 (27 
x 10.000)] seja uma perda permanente. Assim, o valor contábil do investimento no balanço pa-
trimonial permanece o mesmo no montante de R$ 30.000,00, conforme registro inicial.
Situação 02: digamos que, em 31/12/20X1, a entidade obtenha evidências suficientes de 
que o valor provável de realização de seus investimentos na Cia. Sortudos será de apenas R$ 
28.000,00, tendo em vista um incêndio em suas instalações que ocasionou a perda de diversos 
produtos. Calcule o valor contábil do investimento em 31/12/20X1.
Segundo o artigo 183, III, da Lei das S/A, quando a perda estiver comprovada como permanen-
te, deve ser constituída uma provisão para perdas prováveis na realização do seu valor.
Neste caso, a entidade obteve provas concretas de que o valor de realização destes investi-
mentos irá reduzir permanentemente. Portanto, a sociedade Aprovados deverá constituir uma 
conta redutora para Ajuste para perdas prováveis, reduzindo o saldo da conta Investimento 
avaliado pelo custo – Cia. Sortudos, ajustando-a ao valor provável de realização. Pela consti-
tuição da conta redutora, deverá ser reconhecida a perda provável como despesa do exercício.
1. Lançamento para registro da perda em 31/12/20X1:
D - Despesas com Ajuste para perdas prováveis
C - Ajustes para perdas prováveis com investimentos...2.000 (30.000 – 28.000)
2. O Balanço Patrimonial da sociedade Aprovados após o registro da perda, em 31/12/20X1, 
tem a seguinte estrutura, considerando apenas o ativo:
ATIVO
Ativo Não Circulante Investimentos............................28.000,00
Investimento avaliado pelo custo – Cia. Sortudos........30.000,00
(-) Ajustes para perdas prováveis com investimentos...(2.000,00)
Até agora, tudo bem tranquilo. Ocorre que, as entidades, ao adquirirem participações em 
outras companhias, o fazem por dois motivos primordiais:
a) obter ganhos de capital na realização das ações no futuro; e
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b) auferir receita de dividendos.
Antes de estudar como deve ser o tratamento dos dividendos no método do custo, vamostreinar o que já aprendemos.
002. (FCC/ICMS-SP/2013) A Cia. Futurista adquiriu 3% das ações da Cia. Atual, em 20/02/2013, 
por R$ 4.560,00. As sociedades não são do mesmo grupo nem estão sob controle comum. O 
investimento adquirido não caracteriza controle nem influência significativa sobre a investida, 
mas a Cia. Futurista possui a intenção de permanecer com este investimento por vários exer-
cícios, ou seja, não há intenção de venda.
Neste caso, o investimento, classificado no ativo não circulante da Cia. Futurista, será 
avaliado pelo
a) custo corrente corrigido.
b) método da equivalência patrimonial.
c) método de custo.
d) método da conciliação.
e) método de crédito unitário projetado.
Os investimentos permanentes devem ser avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial 
(se houver controle ou influência significativa) ou pelo método de custo.
O investimento adquirido não caracteriza controle nem influência significativa sobre a investi-
da, mas a Cia. Futurista (investidora) possui a intenção de permanecer com este investimento 
por vários exercícios, ou seja, como não há intenção de venda, o investimento será avaliado 
pelo método de custo.
Letra c.
2.5.1. Dividendos de Investimento Avaliado pelo Método do Custo
Para contabilização dos dividendos recebidos de investimentos permanentes pelo método 
do custo, existem duas regras:
1) De acordo com art. 416 do RIR/2018, os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurí-
dica, em decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição, adquirida até 
seis meses antes da data da respectiva percepção, serão registrados pelo contribuinte como 
diminuição do valor do custo e não influenciarão as contas de resultado.
Assim, os dividendos recebidos até 6 meses da data de aquisição dos investimentos 
são considerados como uma recuperação de parte do investimento. A justificativa para 
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Tratamento das Participações Societárias
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esse procedimento é que o valor da compra já incluía o lucro, que seria posteriormente re-
cebido. Contabilização:
D – Caixa/Bancos ou dividendos a receber (AC)
C - Investimentos “método do custo” (AÑC Investimentos)
2) Os dividendos recebidos após 6 meses da data de aquisição dos investimentos são 
registrados como receita. Tal receita é considerada como operacional nos termos da legis-
lação, mas em subgrupo a parte, denominado de Outras Receitas Operacionais. A receita de 
dividendos deve ser reconhecida pela investidora no momento em que a investida informa a 
distribuição de dividendos, conforme lançamento:
D - Dividendos a receber (AC)
C - Receita de Dividendos (ou Receita Operacional) – Resultado
Quando a investida distribuir os dividendos de fato, a investidora deverá registrar o recebi-
mento dos recursos mediante o seguinte lançamento:
D - Caixa ou Bancos (ou Disponível)
C - Dividendos a receber (AC)
Se, por acaso, o montante dos dividendos for efetivamente recebido no momento da apu-
ração dos dividendos a distribuir, o registro será da seguinte forma:
D - Caixa ou Bancos (ou Disponível)
C - Receita de Dividendos (ou Receita Operacional) – Resultado
Regra geral, nas questões de concursos, se o examinador não mencionar o prazo de pa-
gamento dos dividendos de investimentos avaliados pelo método de custo, considere que os 
dividendos foram recebidos após 6 meses da data de aquisição.
003. (ESAF/AFC/STN/2013) A Cia. Iluminada participa com 4% do capital ordinário da Cia. 
Hércules. Nessa participação societária permanente, a investidora não possuía influência sig-
nificativa. Na ocasião da aprovação das contas e distribuição do resultado da Cia. Hércules, 
também foi aprovada a distribuição de R$ 500.000 a título de dividendos aos seus acionistas. 
A empresa investidora, ante esse fato, deve registrar um débito:
a) em Resultado com Investimentos a crédito de Ganhos com Participações Societárias 
Permanentes.
b) em Participações Societárias Permanentes a crédito de Receitas não Correntes - In-
vestimentos.
c) de Dividendos a Receber a crédito de Outras Receitas Operacionais - Dividendos e Rendi-
mentos de Outros Investimentos.
d) de Disponibilidades a crédito de Ganhos e Perdas com Participações Permanentes em Ou-
tras Sociedades.
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e) de Conta de Resultado a crédito de Resultados com Investimentos Permanentes em outras 
Sociedades Coligadas.
Como não existe influência significativa, o investimento é avaliado pelo método de custo. Nes-
se caso, o recebimento de dividendos será reconhecido pela empresa investidora como uma 
receita, na Demonstração do Resultado:
D - Caixa ou Dividendos a Receber (AC)
C - Receita de Dividendos (resultado - outras receitas operacionais)
Letra c.
2.6. método de equIvAlêncIA pAtrImonIAl
Segundo o artigo 248 da Lei 6.404/1976, os investimentos permanentes em sociedades 
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou 
estejam sob controle comum serão avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP).
O valor do investimento pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP) é determinado 
mediante a aplicação da percentagem de participação no capital social sobre o patrimônio 
líquido de cada coligada, controlada, controlada em conjunto ou sobre controle comum.
Os investimentos avaliados pelo MEP estão relacionados com o percentual de participação 
no Capital Social da investida. Para determinar se uma empresa é coligada ou controlada, 
identificamos a participação no Capital Votante da investida. Capital Social e Capital Votan-
te são coisas distintas. Muito cuidado na hora da prova, porque as bancas tentam confundir 
os candidatos.
Método de equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o in-
vestimento é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pela aplicação 
do percentual de participação no capital social da investida nos lucros ou prejuízos do exer-
cício da investida.
Quando a investida apura um lucro líquido, a investidora reconhecerá no resultado do exer-
cício uma receita de equivalência patrimonial (REP). Se a investida apura um prejuízo líquido, 
a investidora contabilizará uma perda de equivalência patrimonial (PEP).
REP = % de participação no capital da investida x Lucro Líquido da investida
PEP = % de participação no capital da investida x Prejuízo Líquido da investida
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Portanto, concluímos que os investimentos avaliados pelo MEP possuem duas datas em 
que são analisados, o primeiro, na data da aquisição, e o segundo, quando encerrado o exercí-
cio social e divulgado o resultado.
Ainda, ao término do exercício, as demais variações ocorridas no patrimônio líquido da 
investida,como os outros resultados abrangentes (por exemplo, ajustes de avaliação patrimo-
nial e as diferenças de conversão em moeda estrangeira, quando aplicável) devem ser reco-
nhecidos pelo investidor de forma reflexa, ou seja, em outros resultados abrangentes direta-
mente no patrimônio líquido do investidor, e não no seu resultado.
Portanto, qualquer variação que ocorra no PL da investida gera reflexo nos investimentos 
contabilizados no ativo da investidora.
A melhor forma de explicar tudo que vimos até agora é por meio de um caso práti-
co. Vamos lá!
Exemplo: em 01/05/2015, a Cia. Aprovados S/A adquiriu 40% do capital social da Cia. De-
dicados S/A por R$ 20.000,00. As empresas são coligadas. Segue o balanço patrimonial da 
investida na data da aquisição da participação.
BALANÇO PATRIMONIAL DA CIA. DEDICADOS EM 01/05/2015
ATIVO PASSIVO
Investimento disponível para venda 
futura................................ 10.000
Bancos.............................. 20.000
Móveis e Utensílios.............. 26.000
Passivo Exigível.................... 6.000
Duplicatas a Pagar................ 6.000
Patrimônio Líquido.............. 50.000
Capital Social..................... 50.000
Ativo Total = 56.000,00 Passivo Total = 56.000,00
1. Com base nos dados, efetue o registro de aquisição do investimento:
Como as empresas são coligadas, esse investimento é avaliado pelo MEP. Cálculo da par-
ticipação no investimento pela Cia. Aprovados S/A:
PL da Cia. Dedicados S/A.............................................. 50.000,00
x % de participação no capital social da Cia Dedicados........... x 40%
= Investimento pelo MEP.............................................. 20.000,00
Reconhecimento na Cia. Aprovados S/A da aquisição de investimentos da Cia. Dedicados 
S/A, em 01/05/2015:
D - Investimentos na Cia Dedicados “MEP” (AÑC Investimentos)
C - Caixa/Bancos.................................................................. 20.000,00
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2. A Cia. Dedicados, em 31/12/2015, apurou um prejuízo líquido de R$ 10.000,00. Balanço 
Patrimonial após o resultado de 2015:
BALANÇO PATRIMONIAL DA CIA. DEDICADOS EM 31/12/2015
ATIVO PASSIVO
Investimento disponível para venda 
futura 10.000
Bancos 10.000
Móveis e Utensílios 26.000
Passivo Exigível 6.000
Duplicatas a Pagar 6.000
Patrimônio Líquido 40.000
Capital Social 50.000
(-) Prejuízo Acumulados (10.000)
Ativo Total = 46.000,00 Passivo Total = 46.000,00
A Cia. Aprovados (investidora) deve ajustar seu investimento de acordo com o resultado da 
investida. Podemos fazer de duas maneiras:
�a) Valor da participação da Cia. Aprovados S/A em 31/12/2015:
PL da Cia. Dedicados S/A em 31/12/2015....................... 40.000,00
x % de participação no capital social da Cia Dedicados........... x 40%
= Investimento pelo MEP.............................................. 16.000,00
Comparando o valor do investimento registrado inicialmente com o valor ajustado, 
temos que:
Valor do investimento em 01/05/2015: R$ 20.000,00
Valor do investimento em 31/12/2015: R$ 16.000,00
Resultado do MEP: 20.000 – 16.000 = Perda de R$ 4.000,00
Outra forma de cálculo do MEP: como o resultado da Cia. Dedicados S/A foi um prejuízo de 
R$ 10.000, o resultado do MEP para a Cia. Aprovados S/A poderia ser calculado diretamente 
sobre este resultado:
PEP = % de participação no capital da investida x Prejuízo Líquido da investida
Perda de Equivalência Patrimonial = 40% x 10.000 = R$ 4.000,00
Reconhecimento da perda da Cia. Aprovados S/A nos prejuízos da Cia. Dedicados S/A em 
31/12/2015:
D - Perda de equivalência patrimonial (resultado)
C - Investimentos na Cia Dedicados “MEP” (AÑC Investimentos)....... 4.000,00
3. A Cia. Dedicados apresentou os seguintes resultados em 31/12/2016:
• Lucro líquido de R$ 25.000,00, sem a distribuição de dividendos. Esse valor foi usado 
para abater os prejuízos e o restante para constituição de reserva de lucros.
• Apurou R$ 8.000,00 de Ajuste de Avaliação Patrimonial.
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Balanço Patrimonial após o resultado de 2016:
BALANÇO PATRIMONIAL DA CIA. DEDICADOS EM 31/12/2016
ATIVO PASSIVO
Investimento disponível para venda 
futura 18.000
Bancos 35.000
Móveis e Utensílios 26.000
Passivo Exigível 6.000
Duplicatas a Pagar 6.000
Patrimônio Líquido 73.000
Capital Social 50.000
Reserva de lucros 15.000
Ajuste de Av. Patrimonial 8.000
Ativo Total = 79.000,00 Passivo Total = 79.000,00
Vamos fazer pelo método mais rápido. Primeiro, precisamos ajustar seu investimento de acor-
do com o resultado da investida.
REP = % de participação no capital da investida x Lucro Líquido da investida
Receita de Equivalência Patrimonial = 40% x 25.000 = R$ 10.000,00
3.1. Reconhecimento da participação da Cia. Aprovados S/A nos lucros da Cia. Dedicados 
S/A em 31/12/2016:
D - Investimentos na Cia Dedicados “MEP” (AÑC Investimentos)
C - Receita de equivalência patrimonial (resultado)....... 10.000,00
3.2. Vimos que os outros resultados abrangentes da investida (como o Ajuste de Avaliação 
Patrimonial) também devem ser reconhecidos pelo investidor de forma reflexa, ou seja, em 
outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio líquido do investidor.
O valor do Ajuste de Avaliação Patrimonial da Cia. Dedicados S/A gera o seguinte lança-
mento na Investidora Cia. Aprovados S/A:
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D - Investimentos na Cia Dedicados “MEP” (AÑC Investimentos)
C - Ajuste de Avaliação Patrimonial em coligada (PL)...3.200,00 (8.000 x 40%)
Resumo dos registros na conta “Investimentos na Cia Dedicados MEP”:
3.3. Valor da participação da Cia. Aprovados S/A em 31/12/2016:
PL da Cia. Dedicados S/A em 31/12/2016....................... 73.000,00
x % de participação no capital social da Cia Dedicados........... x 40%
= Investimento pelo MEP.............................................. 29.200,00
3.4. Balanço Patrimonial da Investidora Cia. Aprovados S/A, em 31/12/2016, sendo que as 
demais contas foram desconsideradas:
ATIVO PASSIVO
AÑC Investimentos
Investimentos na Cia 
Dedicados.29.200*
Patrimônio Líquido
Capital Social
AAP em empresa coligada.............3.200
* Valor Contábil do Investimento = Valor Patrimonial do Investimento
Esquematizando os investimentos avaliados pelo MEP:
Nos investimentos avaliados pelo método do custo, o resultado do exercício apurado na inves-
tida não gera nenhum reflexo na contabilidade da investidora.
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004. (FCC/CONTADOR/ALAP/2020) A Cia. Gama obteve, em 31/12/2017, as seguintes infor-
mações sobre as participações societárias que tinha em outras empresas:
Sabendo que as empresas Delta, Alfa e Luz possuem apenas ações ordinárias e que não exis-
tiam resultados não realizados entre a Cia. Gama e suas investidas, o Resultado de Equivalên-
cia Patrimonial apurado nas demonstrações individuais da Cia. Gama, em 2017, foi, em reais,
a) 30.000,00, negativo.
b) 160.000,00, negativo.
c) 300.000,00, positivo.
d) 200.000,00, positivo.
e) 40.000,00, negativo.
Inicialmente, vamos identificar o método de contabilização do investimento.
O investimento na empresa Luz S.A. é avaliado pelo método de custo. Neste método não há 
resultado de equivalência patrimonial.
Assim, apenas os investimentos na Delta S.A. e na Alfa S.A. vão ser avaliados pelo Método de 
Equivalência Patrimonial.
Método de equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o inves-
timento é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pela aplicação do 
percentual de participação no capital social da investida nos lucros ou prejuízos do exercício 
da investida.
O resultado de equivalência patrimonial é calculado para os investimentos permanentes ava-
liados pelo Método de Equivalência Patrimonial.
Quando a investida apura um Lucro Líquido (LL), a investidora reconhecerá no resultado do 
exercício uma receita de equivalência patrimonial (REP). Se for prejuízo, a investidora vai reco-
nhecer perda de equivalência patrimonial.
Resultado de Equivalência Patrimonial na Delta S.A.:
REP (Receita) = (200.000) x 80% = R$ 160.000,00 negativo
Resultado de Equivalência Patrimonial na Cia B:
REP (Despesa) = 400.000 x 30% = R$ 120.000,00 positivo
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Assim, o Resultado de Equivalência Patrimonial é, então:
REP apurado = - 160.000 + 120.000 = 40.000,00 negativo
Letra e.
2.6.1. Dividendos de Investimentos Avaliados pelo MEP
De acordo com o CPC 18 (R2), as distribuições recebidas da investida de investimentos 
avaliados pelo MEP reduzem o valor contábil do investimento na investidora.
Quando houver a distribuição dos dividendos pela investida, o PL desta sofrerá uma redu-
ção no valor dos dividendos distribuídos. Em consequência, os dividendos recebidos pela in-
vestidora causam uma redução dos investimentos contabilizados na investidora proporcional 
ao percentual de participação que a investidora tem no capital social da investida.
Dividendos a pagar pela investida
x % de participação no capital da investida
= Dividendos a Receber pela investidora
A implicação disso é que, no método de equivalência patrimonial, o recebimento de divi-
dendos é mera “entrada de caixa”, já que a repercussão econômica do lucro, que deu origem 
aos dividendos, já foi realizada quando da avaliação do investimento pelo MEP.
Em outras palavras, o recebimento de dividendos significa uma realização parcial dos in-
vestimentos na investida e, portanto, não deverá ser apropriado como receita.
O dividendo distribuído é mais uma variação que ocorre no PL da investida e que gera refle-
xo nos investimentos contabilizados no ativo da investidora.
Assim, nos investimentos avaliado pelo MEP, a investidora efetuará um débito em caixa/
bancos ou dividendos a receber em contrapartida a um crédito em investimentos.
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Esquematizando:
Tabela dos lançamentos dos dividendos pelos dois métodos de avaliação:
Investimentos 
avaliados pelo Lançamento
Dividendos a 
Receber
Custo até 6 meses da data 
da aquisição
D – Dividendos a 
Receber
C – Investimento pelo 
custo
Redução do 
Investimento
Custo após 6 meses da 
data da aquisição
D – Dividendos a 
Receber
C – Receita de 
Dividendos
Receita Operacional
Método de Equivalência 
Patrimonial
D – Dividendos a 
Receber
C – Investimento pelo 
MEP
Redução do 
Investimento
005. (FCC/ISS-SP/2012) A empresa Alfa, sociedade anônima de capital aberto, possui 30% de 
participação no capital social de uma empresa coligada (empresa Gama). Durante o exercício 
financeiro de X1, a investida obteve Lucro Líquido de R$ 100.000,00, distribuiu Dividendos no 
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valor de R$ 20.000,00 e teve o saldo da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial aumentado em 
R$ 10.000,00. Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1,
a) reconheceu receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000,00.
b) manteve o valor do investimento avaliado pelo custo de aquisição.
c) teve uma variação no saldo da conta Investimento em Coligadas referente à empresa Gama 
de R$ 24.000,00.
d) reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 6.000,00.
e) teve seu patrimônio líquido aumentado em R$ 30.000,00.
1. Investidora: Empresa Alfa
Participação de 30% no capital social da empresa Gama
2. Investida: Empresa Gama
Lucro líquido de R$ 100.000,00
Dividendos distribuídos = R$ 20.000,00
Ajuste de Avaliação Patrimonial = R$ 10.000,00
3. Quando a investida apura um lucro líquido, a investidora reconhecerá no resultado do exer-
cício uma receita de equivalência patrimonial (REP).
REP = % de participação no capital da investida x Lucro Líquido da investida
Receita de Equivalência Patrimonial = 30% x 100.000 = R$ 30.000,00
Lançamento contábil:
D - Investimentos em coligadas (AÑC Investimentos)
C - Receita de equivalência patrimonial (resultado)............ 30.000,00
4. Quando da distribuição de dividendos, que é o valor que a empresa paga aos seus sócios, 
30% deles serão devidos à companhia Alfa. Logo, os dividendos da investidora serão de 20.000 
x 30% = R$ 6.000,00, contabilizados da seguinte maneira:
D – Dividendos a receber (Ativo circulante)
C – Investimentos em coligadas (ANC Investimentos)............. 6.000,00
O reconhecimento dos dividendos na investidora não impacta o resultado do exercício.
5. Para concluir, tivemos um aumento na conta ajuste de avaliação patrimonial na investida. 
Essa conta aumentou o patrimônio líquido da coligada. Tal fato aumenta o investimento no 
método da equivalência patrimonial.
Portanto, o lançamento será:
D - Investimentos em coligadas (AÑC Investimentos)
C - Ajuste de Avaliação Patrimonial em coligada (PL) 3.000,00 (10.000 x 30%)
�Analisemos, agora, as alternativas.
�Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1:
�a) Certa. Conforme vimos no item 3, a investidora reconheceu receita de equivalência patrimo-
nial no valor de R$ 30.000,00.
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�b) Errada. Os investimentos em coligadas são avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
�c) Errada. A variação no investimento foi de R$ 30.000,00 – R$ 6.000,00 + R$ 3.000,00 = R$ 
27.000,00, conforme razão da conta abaixo:
�d) Errada. No método da equivalência patrimonial não reconhecemos receita de dividendos.
�e) Errada. O patrimônio líquido da investidora foi aumentado em R$ 33.000,00, sendo R$ 
30.000 pela Receita de Equivalência Patrimonial e R$ 3.000,00 pelo crédito em outros resulta-
dos abrangentes, diretamente no Patrimônio Líquido.
Letra a.
3. ApurAção e trAtAmento contábIl dA mAIs vAlIA, do goodwIll e 
do deságIo
Já vimos que a investidora realiza, na data de aquisição, a primeira avaliação dos investi-
mentos pelo MEP. Até aqui, para simplificar, só consideramos o valor pago pelos investimen-
tos, sem identificar os ágios e deságios decorrentes da diferença entre o valor pago, o valor 
justo e o valor contábil dos investimentos.
Quando da aquisição do investimento, três dados são indispensáveis ao registro do fato 
contábil, quais sejam:
1) o valor contábil do investimento: também chamado de valor contábil dos ativos líquidos 
ou valor patrimonial do investimento.
PL da investida a valor contábil
x % de participação no capital da investida
= Valor Contábil do Investimento
2) o valor justo do investimento: também chamado de valor justo dos ativos líquidos.
De acordo com o CPC 15, o adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos 
e os passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição.
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De acordo com os Pronunciamentos do CPC, valor justo é o valor pelo qual um ativo pode 
ser negociado entre partes interessadas, conhecedores do negócio e independentes entre si, 
com ausência de compulsoriedade na transação.
PL da investida a valor justo
x % de participação no capital da investida
= Valor Justo do Investimento
3) o valor pago pela investidora na aquisição: corresponde ao custo de aquisição do in-
vestimento.
Ativos líquidos correspondem a diferença entre o ativo e o passivo exigível, ou seja, é sinônimo 
de patrimônio líquido e significa o valor dos ativos líquidos dos passivos.
O ágio na aquisição de investimentos pelo MEP deve ser classificado em duas parcelas:
1) Ágio por mais valia de ativos líquidos; e
2) Goodwill.
006. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2020) De acordo com o Pronunciamento Técni-
co CPC 15 (R1) — Combinação de Negócios —, assinale a opção que indica o critério contábil 
a ser utilizado em uma combinação de negócios para mensurar uma obrigação decorrente de 
um financiamento industrial assumido pelo adquirente.
a) valor presente
b) custo amortizado
c) valor de liquidação
d) valor realizável líquido
e) valor justo
De acordo com o CPC 15, o adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os 
passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição.
Letra e.
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3.1. ágIo mAIs vAlIA de AtIvos líquIdos
A mais valia é identificada quando o valor justo dos ativos líquidos é maior que o valor con-
tábil dos ativos líquidos da investida.
Assim, o ágio por mais valia é a diferença entre valor justo do investimento e o valor con-
tábil do investimento na investida.
Mais valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento
Valor Justo do investimento
(-) Valor Contábil do Investimento
= Ágio por mais valia (ou menos valia, se negativo)
A menos valia (deságio) é identificada quando ocorre o contrário, ou seja, quando o valor 
justo dos ativos líquidos é inferior ao seu valor contábil.
Quando o valor pago pelo investimento for igual ao seu valor patrimonial, não ocorre o ágio 
nem o deságio. Vamos ver como isso ocorre na prática.
Exemplo: A Cia. Aprovados Ltda. adquiriu 70% das ações da empresa Sortudos, pagando à 
vista o valor justo de 250.000,00. O patrimônio líquido da investida era de R$ 300.000,00 no 
momento da negociação. Sabendo que o investimento foi avaliado pela equivalência patrimo-
nial, realize o lançamento desse fato na investidora.
O reconhecimento do valor contábil dos ativos líquidos da empresa coligada/controlada e 
da mais-valia identificada (ou menos-valia, caso o valor justo seja inferior ao valor contábil dos 
ativos líquidos) devem ser feitas em contas específicas do subgrupo investimentos do Ativo.
Como não temos o valor do PL da investida a valor justo, vamos utilizar o valor justo do 
investimento no montante de R$ 250.000,00.
PL da investida a valor contábil 300.000
x % de participação no capital da investida x 70%
= Valor Contábil do Investimento 210.000
Mais valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento
Mais valia = 250.000 – 210.000 = R$ 40.000,00.
Contabilização da aquisição de ações pela Cia. Aprovados Ltda.:
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D – Investimentos permanentes – Sortudos (AÑC Investimentos)...... 210.000
D – Ágio por mais valia de investimentos (AÑC Investimentos)............ 40.000
C – Caixa/Bancos......................................................................... 250.000
Esquematizando:
3.2. ágIo por expectAtIvA de rentAbIlIdAde FuturA (goodwIll)
O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é a diferença positiva entre preço 
pago na compra do investimento e o valor justo (valor de mercado) de seus ativos líquidos.
Valor pago (ou custo de aquisição) do investimento
(-) Valor Justo do Investimento
= Goodwill
A justificativa para a compra de investimentos com ágio pela investidora é a expectativa de 
que a investida apure lucros em exercícios futuros.
Exemplo: A Cia. ALFA adquiriu 60% da Empresa BETA pelo valor de R$ 80.000. O valor justo 
do ativo líquido da BETA é de R$ 120.000. Na data da operação, o patrimônio líquido da inves-
tida era de R$ 100.000,00. Efetue o lançamento dessa aquisição realizada pela investidora:
1. Investidora = Cia. ALFA
a) Valor pago na aquisição do investimento = R$ 80.000,00
b) Valor justo do investimento:
PL (ativo líquido) da investida a valor justo 120.000
x % de participação no capital da investida X – 60%
= Valor Justo do Investimento 72.000
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c) Valor patrimonial do investimento:
PL da investida a valor contábil 100.000
x % de participação no capital da investida x 60%
= Valor Contábil do Investimento 60.000
2. Cálculo da Mais Valia e do Goodwill:
2.1. Mais Valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento
Mais Valia = R$ 72.000 – R$ 60.000 = R$ 12.000,00.
2.2. Cálculo do Goodwill:
Goodwill = valor pago – valor justo
Goodwill = 80.000 – 72.000 = R$ 8.000,00.
Lançamento de aquisição do investimento pela Cia. ALFA:
D – Investimento controlada BETA (Valor patrimonial)............. 60.000,00
D – Investimento controlada BETA (Mais Valia)....................... 12.000,00
D – Investimento controlada BETA (Goodwill)........................... 8.000,00
C – Caixa/bancos................................................................ 80.000,00
Esquematizando:
Valor pago na 
aquisição do 
investimento
Valor Contábil
Mais Valia
Goodwill
007. (FCC/ANALISTA/TRT 6ª/2012) A Cia. Investidora adquiriu 90% das ações da Cia. 
Gama por R$ 5.000.000,00. Na data da aquisição, o patrimônio líquido da Cia. Gama era de 
R$ 3.500.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia. era de R$ 
4.500.000,00. Com base nessas informações e sabendo que a participação dos não controla-
dores é avaliada pela parte que lhes cabe no valor justo líquido dos ativos e passivos identificá-
veis da adquirida, o valor do ágio pago pela Cia. Investidora em função de rentabilidade futura 
foi, em reais,
a) 1.850.000.
b) 1.500.000.
c) 1.000.000.
d) 950.000.
e) 500.000.
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1. Investidora = Cia. Investidora
a) Participação no capital da investida = 90%
b) Valor pago na aquisição do investimento = R$ 5.000.000,00
c) Valor justo do investimento = 90% x 4.500.000 = R$ 4.050.000,00
d) Valor patrimonial do investimento = 90% x 3.500.000 = R$ 3.150.000,00
2. Mais Valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento
Mais Valia = 4.050.000 – 3.150.000 = R$ 900.000,00
3. Goodwill = valor pago – valor justo
Goodwill = 5.000.000 – 4.050.000 = R$ 950.000,00
Portanto, o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é igual a R$ 950.000,00. 
Gabarito: Letra D.
Lançamento de aquisição do investimento pela Cia. Investidora:
D – Investimento controlada Cia. Gama (Valor patrimonial)....... 3.150.000,00
D – Investimento controlada Cia. Gama (Mais Valia).................... 900.000,00
D – Investimento controlada Cia. Gama (Goodwill)...................... 950.000,00
C – Bancos.......................................................................... 5.000.000,00
Método turbo para resolução no dia da prova:
Goodwill = valor pago – valor justo
Goodwill = 5.000.000 – (4.500.000 x 90%) = 950.000.
Letra d.
Professor, gostaria de entender melhor o trecho “sabendo que a participação dos não con-
troladores é avaliada pela parte que lhes cabe no valor justo líquido dos ativos e passivos 
identificáveis da adquirida” da questão.
Os não controladores são todos aqueles sócios e acionistas que não controlam a empresa. 
Por exemplo, a empresa X tem os sócios A, B e C. O sócio A controla a empresa X, porque tem 
80% das ações. Logo, os sócios B e C são não controladores e possuem juntos 20% das ações. 
Referida participação de cada um a questão que vai trazer o dado.
Se a participação é avaliada pelo valor justo, isso quer dizer que o montante do investimen-
to da investidora será multiplicado pelo valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis 
mencionado na questão.
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3.3. gAnho por comprA vAntAjosA
Se o valor pago pela participação societária for menor que o valor justo, surge o ganho por 
compra vantajosa (Goodwill negativo), que era chamada de “Deságio a Amortizar” antes da Lei 
11.941/09.
Valor Justo do Investimento
(-) Valor pago (ou custo de aquisição) do investimento
= Ganho por compra vantajosa
O ganho por Compra Vantajosa deve ser reconhecido (contabilizado) no Resultado do Pe-
ríodo como receita operacional tanto no balanço individual quanto no balanço consolidado.
Exemplo: A Cia. ALFA adquiriu 100% da Empresa BETA por R$ 30.000. O valor justo do ativo 
líquido da BETA é de R$ 40.000 e o valor contábil é de R$ 25.000.
1) Mais Valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento
Mais Valia = R$ 40.000 – R$ 25.000 = R$ 15.000
2) Cálculo da Compra Vantajosa:
Valor Justo do Investimento 40.000,00
(-) Valor pago (ou custo de aquisição) do investimento 30.000,00
= Ganho por compra vantajosa 10.000,00
3) Lançamento na Controladora Cia. ALFA:
D – Investimento controlada BETA (Valor patrimonial)............ 25.000,00
D – Investimento controlada BETA (Mais Valia)...................... 15.000,00
C – Ganhos por compra vantajosa (resultado)........................ 10.000,00
C – Caixa/bancos............................................................... 30.000,00
Balanço Patrimonial da Cia. ALFA após o lançamento de aquisição:
ATIVO
Ativo Não Circulante Investimentos
Ações da empresa Y...........25.000
Ágio mais valia..................15.000
Total...................................40.000
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O ganho por Compra Vantajosa é reconhecido imediatamente no resultado do exercício da 
investidora ALFA como receita operacional.
Esquematizando:
008. (VUNESP/AUDITOR-FISCAL/ISS CAMPINAS/2019) A Cia. Nova Paulista adquiriu o con-
trole da Cia. Barueri, comprando 60% de suas ações com direito a voto, que é o único tipo de 
ação emitido pela controlada. O valor total do patrimônio líquido contábil da Cia. Barueri é de 
R$ 2.500.000,00. Nas negociações, ambas as partes acordaram quanto ao valor justo dos ati-
vos líquidos da controlada, estimado por peritos, que correspondeu a R$ 2.800.000,00. O valor 
da transação equivaleu a 1.650.000,00. Ao escriturar a transação, a controladora lançará
uma mais-valia de 300.000,00.
um ganho por compra vantajosa de R$ 30.000,00.
uma menos-valia de 150.000,00.
um goodwill de 180.000,00.
uma mais-valia de 180.000,00 e goodwill de R$ 30.000,00
Mais valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento
Valor Contábil (valor patrimonial) = % de participação x valor contábil do PL
Valor contábil = 2.500.000 x 60% = 1.500.000
Mais valia = 1.680.000 – 1.500.00 = 180.000
Valor justo = 2.800.00 x 60% = 1.680.000
Estamos diante de uma compra vantajosa,pois a companhia realizou a compra por R$ 
1.500.000 que correspondem a R$ 1.500.000
Compra vantajosa = Valor pago – mais valia - Valor justo
Compra vantajosa = 1.650.000 – 180.000 – 1.500.000 = -30.000
O ganho por Compra Vantajosa deve ser reconhecido (contabilizado) no Resultado do Período 
como receita operacional.
Letra b.
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3.4. AmortIzAção dos ágIos
Já vimos que o ágio mais valia de ativos líquidos e o ágio por rentabilidade de expectativa 
futura (goodwill) integram o saldo contábil do investimento avaliado pelo MEP.
O goodwill, uma vez computado, não fica sujeito a amortizações (não terá seu valor re-
duzido ao longo do tempo, como ocorre, por exemplo, com imóveis sujeitos à depreciação), 
devendo permanecer no balanço da investidora até a baixa por investimento ou por teste de 
recuperabilidade.
Portanto, o Goodwill não está sujeito à amortização, mas está sujeito ao teste de recupe-
rabilidade.
O Goodwill no Balanço Patrimonial da investidora é classificado no AÑC Investimentos. No 
entanto, quando a investidora for apresentar o balanço consolidado, o goodwill será transferi-
do para o Intangível, em conta específica.
Esquematizando:
*De acordo com o CPC 18 (R2), demonstrações consolidadas são as 
demonstrações contábeis de um grupo econômico, em que ativos, passivos, 
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de 
suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade 
econômica.
O ágio mais valia, por outro lado, será amortizado na proporção em que os ativos e os pas-
sivos que lhe deram origem forem realizados, por exemplo:
a) no caso de estoques, quando ocorrer a sua venda;
b) no caso de ativos imobilizados, proporcionalmente à sua depreciação, baixa por aliena-
ção ou teste de recuperabilidade.
c) no caso de ativos intangíveis com vida útil definida, proporcionalmente à sua amortiza-
ção, baixa por alienação ou teste de recuperabilidade.
O ágio mais valia referente a ativos não sujeitos a depreciação, amortização ou exaustão, 
como terrenos e obras de artes, ou aos ativos intangíveis com vida útil indefinida, só deve ser 
amortizado quando da baixa dos respectivos ativos.
A amortização do ágio mais valia tem como contrapartida a conta resultado de equivalên-
cia patrimonial.
D – Resultado de Equivalência Patrimonial (despesa)
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C – Investimento em coligadas e controladas – mais-valia
No balanço patrimonial individual, o ágio mais valia é classificado no AÑC Investimentos. 
No balanço consolidado, o ágio mais valia será reclassificado para os ativos e passivos que 
lhe deram origem. Por exemplo, se o ativo que deu origem a mais valia foi um estoque do ativo 
circulante, no balanço consolidado, a mais valia ficará no ativo circulante.
Esquematizando:
Já a menos valia fica como sendo retificadora do ativo não circulante investimento (ba-
lanço individual) ou da conta reclassificada para os ativos e passivos que lhe deram origem 
(balanço consolidado).
009. (FCC/ANALISTA DO TESOURO ESTADUAL/SEFAZ-PI/2015) O valor do Patrimônio Lí-
quido da Cia. Bons Negócios, em determinada data, era R$ 36.000.000,00 e o valor justo líquido 
dos seus ativos e passivos identificáveis era, na mesma data, R$ 45.000.000,00. A Cia. Investi-
dora adquiriu, nesta data, 60% das ações da Cia. Bons Negócios por R$ 33.000.000,00.
Sabendo que a Cia. Investidora passou a deter o controle da Cia. Bons Negócios e que a par-
ticipação dos não controladores é mensurada pela parte que lhes cabe no valor justo líquido 
dos ativos e passivos identificáveis da Cia. Bons Negócios, os valores reconhecidos no grupo 
Investimentos (no balanço individual da Cia. Investidora) e no grupo Intangíveis (no balanço 
consolidado) foram, respectivamente, em reais:
a) 21.600.000,00 e 11.400.000,00
b) 33.000.000,00 e 6.000.000,00
c) 33.000.000,00 e 11.400.000,00
d) 27.000.000,00 e 0,00 (zero)
e) 27.000.000,00 e 18.000.000,00
Quando o examinador perguntar o valor que a Cia. Investidora reconhece em seu Balanço Pa-
trimonial individual como Investimentos em investida na data da aquisição, este montante é 
igual ao valor pago pelo investimento, desde que o valor pago (33.000.000,00) seja maior que 
o valor justo do investimento (27.000.000,00 = 45.000.000 x 60%).
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Assim, o valor que a Cia. Investidora deve reconhecer em seu Balanço Patrimonial individual 
como Investimentos em Controladas na data da aquisição da Cia. Bons Negócios foi, em reais, 
de R$ 33.000.000,00. Já podemos eliminar as letras A, D e E. Parte deste preço de aquisição 
é composto pelo ágio mais-valia e parte pelo goodwill (também chamado de ágio pago por 
expectativa de rentabilidade futura).
1. MAIS VALIA dos ativos líquidos: A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ati-
vos líquidos.
2. GOODWILL: É a diferença entre o valor pago e o valor justo.
a) Valor Contábil do Investimento= PL x % participação da investidora
Valor Contábil = 36.000.000 x 60% = R$ 21.600.000,00
b) Valor Justo do investimento = Valor justo dos ativos líquidos x % participação
Valor Justo do investimento = 45.000.000 x 60% = R$ 27.000.000,00
3. Cálculo da Mais Valia = Valor justo (-) valor contábil do investimento
Mais Valia = 27.000.000 – 21.600.000 = R$ 5.400.000,00
4. Cálculo do Goodwill = valor pago pelo investimento - valor justo
Goodwill = 33.000.000 – 27.000.000 = R$ 6.000.000,00
No balanço individual, o valor do investimento será registrado pelo valor total pago na aquisi-
ção, conforme lançamento abaixo:
D – Investimento Cia. Bons Negócios.......................... 21.600.000,00
D – Investimento Cia. Bons Negócios – Mais Valia......... 5.400.000,00
D – Investimento Cia. Bons Negócios – Goodwill........... 6.000.000,00
C – Caixa/bancos.................................................... 33.000.000,00
É importante relembrar que o Goodwill é classificado no balanço individual da Cia. Investidora 
no grupo Investimentos. No balanço consolidado, o Goodwill é reclassificado para o grupo 
Intangível. Tratamento do Goodwill:
Portanto, os valores reconhecidos no grupo Investimentos (no balanço individual da Cia. In-
vestidora) e no grupo Intangíveis (no balanço consolidado) foram, respectivamente, em reais, 
33.000.000,00 e 6.000.000,00.
Letra b.
3.5. Ações ou cotAs bonIFIcAdAs
As ações ou cotas bonificadas recebidas sem custo pela investidora, no caso de investi-
mentos avaliados pelo MEP, não devem ser objeto de registro. As bonificações decorrentes de 
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emissão de novas ações ou de aumento do valor nominal das ações podem ocorrer, por exem-
plo, pelo uso de reservas e lucros acumulados para o aumento do capital.
Observe que tal fato não implica em aumento do PL, porque ocorre apenas permutas entre 
contas do PL.
3.6. pAssIvo A descoberto nA InvestIdA
Sabemos que o saldo do valor patrimonial dos investimentos na investidora irá variar con-
forme a dinâmica do patrimônio líquido de suas investidas, sejam elas coligadas, controladas 
ou empreendimentos em conjunto.
Assim, quando o PL da investida aumenta de um exercício para o outro, a investidora re-
conhece o resultado positivo de equivalência patrimonial (ou outros resultados abrangentes, 
a depender da origem da variação patrimonial na investida). Se o PL da investida diminui (por 
exemplo, na apuração de prejuízos), por outro lado, a investidora deverá reconhecer o resultado 
negativo de equivalência patrimonial, reduzindo o saldo de seus investimentos.
Ocorre que, num determinado momento, pode acontecer de a investida apresentar situa-
ção líquida nula ou, ainda, passivo a descoberto (situação líquida negativa).
Nestas situações, como o método da equivalência patrimonial leva em consideração o per-
centual de participação da investidora sobre o PL da investida, a regra geral é que, em caso de 
passivo a descoberto, o saldo do investimento da investidora seja nulo.
Nos termos do CPC 18 (R2), item 39, após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação 
do investidor, perdas adicionais devem ser consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, 
somente na extensão em que o investidor tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas 
(não formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da investida.
Portanto, se a investida possui um passivo a descoberto, a princípio, o saldo do investi-
mento na investidora deverá ser nulo. Contudo, se o investidor houver incorrido em obrigações 
legais ou construtivas (não formalizadas), ou tiver feito pagamentos em nome da investida, ele 
deverá reconhecer um passivo proporcionalmente às obrigações incorridas. Isto vale para as 
sociedades coligadas e para empreendimentos controlados em conjunto.
O item 39A do CPC 18 (R2) orienta que a regra anterior (de reconhecimento de passivo ou 
de manutenção de saldo nulo do investimento) não é aplicável para investimento em controla-
da, no balanço individual da controladora, devendo ser observada a prática contábil que produ-
zir o mesmo resultado líquido e o mesmo PL para a controladora, que são obtidos a partir das 
demonstrações consolidadas do grupo econômico, para atendimento ao requerido quanto aos 
atributos de relevância e de representação fidedigna. Assim, para as controladas, deve ser feita 
o cálculo da participação normal considerando casos de passivos a descoberto.
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010. (CESPE/ANALISTA/CONTABILIDADE/FUNPRESP-JUD/2016) Reduzido a zero o saldo 
contábil do investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial, nenhuma perda 
adicional proporcionada pelo investimento será reconhecida nas demonstrações contábeis do 
investidor.
Se investida possui um passivo a descoberto, a princípio o saldo contábil do investimento no 
investidor deverá ser nulo. Contudo, se o investidor houver incorrido em obrigações legais ou 
construtivas (não formalizadas), ou tiver feito pagamentos em nome da investida, ele deverá 
reconhecer um passivo proporcionalmente às obrigações incorridas.
Errado.
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RESUMO
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Tratamento das Participações Societárias
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Francisco Feliphe da Luz Araujo
O capital social de uma sociedade pode ser formado por:
1. Em alguns casos, as ações preferenciais podem ter direito ao voto.
O controle acionário pode ser direto ou indireto.
REP = % de participação no capital da investida x Lucro Líquido da investida
PEP = % de participação no capital da investida x Prejuízo Líquido da investida
Esquematizando os investimentos avaliados pelo MEP:
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Tratamento das Participações Societárias
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Francisco Feliphe da Luz Araujo
Tabela dos lançamentos dos dividendos pelos dois métodos de avaliação:
Investimentos 
avaliados pelo Lançamento
Dividendos a 
Receber
Custo até 6 meses da data 
da aquisição
D – Dividendos a Receber
C – Investimento pelo custo
Redução do 
Investimento
Custo após 6 meses da 
data da aquisição
D – Dividendos a Receber
C – Receita de Dividendos Receita Operacional
Método de Equivalência 
Patrimonial
D – Dividendos a Receber
C – Investimento pelo MEP
Redução do 
Investimento
Nos investimentos avaliados pelo método do custo, o resultado do exercício apurado na inves-
tida não gera nenhum reflexo na contabilidade da investidora.
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Tratamento das Participações Societárias
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Francisco Feliphe da Luz Araujo
Ágio Mais Valia e Goodwill
Quando da aquisição do investimento, três dados são indispensáveis ao registro do fato 
contábil, quais sejam:
1) o valor contábil do investimento: também chamado de valor contábil dos ativos líquidos 
ou valor patrimonial do investimento.
PL da investida a valor contábil
x % de participação no capital da investida
= Valor Contábil do Investimento
2) o valor justo do investimento: também chamado de valor justo dos ativos líquidos.
De acordo com os Pronunciamentos do CPC, valor justo é o valor pelo qual um ativo pode 
ser negociado entre partes interessadas, conhecedores do negócio e independentes entre si, 
com ausência de compulsoriedade na transação.
PL da investida a valor justo
x % de participação no capital da investida
= Valor Justo do Investimento
3) o valor pago pela investidora

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