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Aula 07
Contabilidade Geral e Avançada p/
SEFAZ-PA (Auditor Fiscal) Com
Videoaulas - 2020 - Pré-Edital
Autores:
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 07
1 de Agosto de 2020
83540598634 - Dirceu Pereira do Carmo
 
 
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Sumário 
1. Ativo Não Circulante ..................................................................................................................................................... 3 
1.1 - Ativo Não Circulante – Realizável A Longo Prazo ............................................................................................ 3 
1.2 - Ativo Não Circulante – Investimentos ................................................................................................................... 5 
- Método De Custo ........................................................................................................................................................ 7 
- Método Da Equivalência Patrimonial ................................................................................................................... 12 
- Conceito de controle ............................................................................................................................................... 25 
- Conceito de Coligação ........................................................................................................................................... 27 
- Investimentos Permanentes Segundo as Normas Internacionais ...................................................................... 35 
1.3 - Indo Além - Propriedade Para Investimento ................................................................................................... 37 
- Diferença Propriedade Para Investimento X Ativo Imobilizado ..................................................................... 40 
1.4 - Ativo Não Circulante Imobilizado ...................................................................................................................... 43 
1.5 - Ativo Não Circulante - Intangível ....................................................................................................................... 45 
1.6 - Ativo Permanente Diferido .................................................................................................................................. 47 
2. Considerações Finais .................................................................................................................................................. 49 
3. Questões Comentadas ............................................................................................................................................... 49 
4. Lista de Questões........................................................................................................................................................ 49 
5. Gabarito ...................................................................................................................................................................... 78 
6. Resumo .......................................................................................................................................................................... 92 
 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
Aula 07
Contabilidade Geral e Avançada p/ SEFAZ-PA (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - 2020 - Pré-Edital
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APRESENTAÇÃO 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Contabilidade. 
É com uma grande alegria que estamos aqui para ministrar mais um pouquinho desta disciplina 
que, no começo pode parecer difícil, mas depois passa a ser muito boa de se estudar! 
Contabilidade é muito bom! 
Hoje, comentaremos um subgrupo do Ativo, chamado de Ativo Não Circulante. Será uma aula 
bastante interessante, onde estudaremos diversos artigos da Lei 6404/76 e de alguns 
Pronunciamentos Contábeis. Vamos lá? 
Quaisquer dúvidas, estamos à disposição! 
Um abraço. 
Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo 
Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e 
@profjuliocardozo 
 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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1. ATIVO NÃO CIRCULANTE 
O ativo não circulante é composto por: 
1 – ativo não circulante realizável a longo prazo; 
2 – investimentos; 
3 – imobilizado; 
4 – intangível. 
Esquematizemos: 
 
1.1 - Ativo Não Circulante – Realizável A Longo Prazo 
Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante realizável a longo prazo 
é composto por: 
Art. 179. II - No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término 
do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou 
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, 
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios 
usuais na exploração do objeto da companhia; 
 Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte 
O balanço é elaborado ao término do exercício social, vamos supor, 31.12.20x0. O exercício social 
seguinte é 20x1. Os direitos a receber em 20x2 e exercícios posteriores são classificados no ANC 
– RLP. Esses direitos também podem ser reais (animais em criação ou bens que exijam longo 
período de produção) ou pessoais (duplicatas a receber). 
Ativo não 
circulante
RLP
Investimentos
Imobilizado 
Intangível
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 Direitos realizáveis decorrentes de operações com pessoas ligadas à entidade 
Nesse ponto, deve-se ficar atento para que os três requisitos sejam atendidos, a espécie do 
direito, a operação ser não usual e pessoa ligada (devedor). Se essas condições não forem 
atendidas, seguimos a regra geral. 
Esquematizemos: 
Ativo não circulante - Realizável a Longo Prazo 
Direito realizáveis após o término do exercício social subsequente 
Direito derivado de 
Venda Coligadas/Controladas 
Não usual Adiantamento Diretores, administradores, sócios 
Empréstimo Acionistas ou participantes do lucro 
Por exemplo: Uma rede de supermercados realiza venda de produtos de seu estoque para 
determinado diretor, para que este possa realizar sua festa de aniversário de 50 anos. O 
pagamento por parte do diretor à companhia se dará dentro de 10 meses. Qual a classificação? 
Neste caso, será ativo circulante, já que se trata de venda de negócio usual, ou seja, os próprios 
produtos da rede de supermercados. 
Se for usual, você deve analisar como se fosse uma operação normal feita pela entidade e 
classificar conforme o prazo. 
Esquematizemos: 
 
Agora, imaginem que os ganhos recebidos por este diretor não tenham sido suficientes para quitar 
as demais dívidas decorrentes deste aniversário. A companhia, então, oferece um empréstimo, 
para pagamento também em 10 meses, a fim de que essas obrigações sejam quitadas com os 
terceiros respectivos. Qual a classificação deste direito a receber? 
Neste caso, temos empréstimo a diretor, em negócio não usual. Logo, mesmo que o prazo de 
recebimento seja 10 meses, estamos diante de um ativo não circulante – realizável a longo prazo. 
Venda de 
Mercadoria para 
diretor
É negócio usual da 
empresa
Circulante
Não Circulante
Não é negócio 
usual da empresa
Não Circulante 
(independente do 
prazo)
Segue 
a 
regra 
geral! 
Luciano Rosa, Júlio Cardozo
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1.2 - Ativo Não Circulante – Investimentos 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os 
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se 
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
Esquematizemos: 
 
 Participações permanentes 
Portanto, neste subgrupo classificam-se as participações permanentes em outras sociedades, isto 
é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter não seja o especulativo. Os benefícios 
esperados são pela permanência desses investimentos na empresa, como um projeto de expansão 
de negócios. Querem um caso da vida real? 
Petrobras adquire participação de 50% em bloco 
exploratório na Namíbia 
Esse é um exemplo real de um investimento permanente, pois a Petrobras não está comprando 
uma participação acionária nesse bloco aguardando a valorização das ações e depois se desfazer 
delas. A intenção é obter benefícios pela sinergia dos ativos das duas empresas! Legal, não é 
mesmo? 
 Direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante 
Além disso, os direitos classificáveis nesse grupo são aqueles que não se encaixam no ativo 
circulante e nem no realizável em longo prazo, e sempre com essa característica de permanência. 
 
ANC-Investimentos
Participações 
permanentes
Direitos
Não classificáveis no 
AC
Não se destinem à 
manutenção das 
atividades
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 Não se destinem à manutenção da atividade; 
Ou seja, ativos que a empresa já decidiu qual será a destinação deles, NÃO podem ser 
considerados como investimentos. Por exemplo, um terreno adquirido para a construção da sua 
sede administrativa não é representa um Investimento, mas um Ativo Imobilizado. 
Pela Lei 6.404, esses investimentos podem ser avaliados por dois métodos (a serem estudados 
adiante): o método de custo e o método da equivalência patrimonial (MEP). 
Pelas normas internacionais (CPCs), esses investimentos podem ser avaliados pelo MEP, pelo custo 
ou pelo valor justo! Não se preocupe agora. 
Vamos explicar um pouco melhor essa distinção. 
Investimentos com fins meramente especulativos são aqueles que não representam, por exemplo, 
uma proposta de expansão da atuação da empresa. Imagine, por exemplo, que a empresa 
Petrobrás faça aquisição de participação em outras empresas que explorem gás na África. A ideia 
aqui é aumentar a sua atuação, ampliar seus negócios. Aproveitar a sinergia dos ativos! Portanto, 
comprando ações dessas empresas, a classificação será ativo não circulante investimentos. 
Agora, imagine que a mesma empresa tenha uma sobra de caixa e faça a aquisição de alguns 
títulos de uma empresa na área de informática que acaba de abrir o seu capital, cujo vencimento 
é de 6 meses. A ideia aqui é apenas auferir rendimentos com a valorização e não expandir sua 
atuação. Havendo uma boa oportunidade, a empresa venderá os títulos. Apesar de ser um 
investimento em sentido amplo, não são classificados no Ativo Não Circulante – Investimentos, 
podem representar Ativos Circulantes ou Realizáveis em Longo Prazo. 
Ainda, são classificáveis como Ativo não Circulante - Investimentos os direitos que não sejam 
classificáveis em outros grupos. Os exemplos clássicos a serem levados para a prova são: obras de 
arte, casas e edificações mantidas para aluguel e terrenos. 
 
(Analista/FUNPRESP/2016) Os investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial 
devem figurar no ativo circulante do balanço patrimonial, em razão da alta liquidez que possuem. 
Comentários: 
O item está incorreto! Os investimentos avaliados pelo MEP são classificados no ativo não 
circulante – investimentos. 
 
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Segundo a Lei 6.404/76, há duas formas de avaliar os investimentos permanentes: pelo método 
de custo ou pelo método da equivalência patrimonial. 
Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo grupo e sob 
controle comum são avaliados pelo método da equivalência patrimonial. 
Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e controladas, serão 
avaliados pelo método de Custo. Vejam que este critério é residual. 
Vamos esquematizar? 
 
No momento oportuno falaremos o que são empresas coligadas, controladas ou sociedades sob 
controle comum. 
- Método De Custo 
Conforme a Lei 6404/76: 
Critérios de avaliação do ativo 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, 
ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de 
provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda 
estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do 
recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; 
In
ve
st
im
en
to
s MEP
Coligadas
Controladas
Sociedades sob 
controle comum
Mesmo grupo
Custo Outros
Valor Justo
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IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para 
atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo 
de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior; 
Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos em coligadas e controladas, que estudaremos 
a seguir. 
Os investimentos do método de custo são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão 
para perdas prováveis, se esta perda for comprovada como permanente. Por exemplo: foram 
adquiridos títulos, ativos financeiros, da empresa ACME S/A pelo custo de R$ 50.000, mas 
verificou-se que há uma perda considerada permanente de 10%, assim sendo, a empresa ACME 
S/A deve evidenciar essa ajuste: 
Avaliação dos investimentos pelo método de custo 
Custo de aquisição R$ 50.000 
(-) Ajuste para perdas prováveis (R$ 5.000) 
Tecnicamente, o nome provisão utilizado no artigo 183, III, está incorreto, já que provisões são 
sempre passivos de prazo ou valores incertos, mas ainda temos que conviver com contas de 
provisão que ajustam, retificam, contas de ativos. 
Portanto, se cair em prova, aceite normalmente. 
Esquematizemos: 
 
Como todos nós quando investimos em algo esperamos algum retorno, o retorno do capital 
aplicado em empresas geralmente é chamado de dividendos, que é a remuneração, a participação 
do acionista no lucro. 
Os dividendos distribuídos no método de custo são contabilizados como receita, quando da 
distribuição FORMAL DE LUCROS. Não importa quando o lucro foi gerado, mas quando houve a 
formalização da distribuição. 
Vejam. Esse aspecto é relevante! No dividendo avaliado pelo custo, a empresa em que investimos 
fala “sua parte nos dividendos é X”, então nós reconheceremos este montante como receita de 
dividendos. 
De vez em quando, algumas provas misturam alguns aspectos da legislação tributária com 
aspectos contábeis e precisamos nos precaver. 
Investimentos 
avaliados pelo custo
Custo de aquisição
(-) Ajuste perdas 
prováveis
Se a perda for 
permanente
AvaliIação
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Por uma determinação da legislação tributária, se os dividendos distribuídos no prazo de até 6 
meses após a aquisição do investimento são considerados como uma recuperação de parte do 
investimento. Não afetam o resultado, isto é, não representam receitas. A justificativa para esse 
procedimento é que o valor da compra já incluía o lucro, que seria posteriormente distribuído. 
Confira o Regulamento do Imposto de Renda: 
Art. 416. Os lucros ou os dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em 
decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição, adquirida 
até seis meses antes da data da sua percepção, serão registrados pelo contribuinte 
como diminuição do valor do custo e não influenciarão as contas de resultado ( 
DECRETO Nº 9.580, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2018 
Já apareceu em provas também a seguinte expressão “a distribuição de dividendos já foi 
determinada no momento da aquisição do investimento”. 
Isso também é um indicativo que devemos contabilizar a distribuição de dividendos não como 
receita, mas com redução do investimento. 
Já iremos fazer a contabilização e tudo ficará mais claro. 
Esquematizemos: 
 
Os lançamentos são os seguintes. 
 Aquisição de investimento avaliado pelo método de custo, pelo valor de R$ 1.000,00. 
Lançamento na aquisição: 
D – Investimentos avaliados pelo método de custo (Investimentos) 1.000,00 
C – Caixa (Ativo Circulante) 1.000,00 
Inv. Custo
Avaliação: 
Custo de aquisição
- Perdas prováveis
Se a perda for 
permanente
Dividendos
Receita
6 meses (ou acordados 
no momento da 
aquisição): 
Redução do custo 
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Razonetes: 
1000 1000
Inv - Custo Caixa
 
 Dividendos declarados, no valor de R$ 100,00, dentro de 6 meses ou acordados no momento 
da distribuição: 
D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 100,00 
C – Investimentos avaliados pelo método de custo (Investimentos) 100,00 
Razonetes: 
100 1000 100
Dividendos a rec. Inv - Custo
 
Vejam que nesta hipótese houve uma redução do valor do investimento. Você registrou um direito 
a receber no ativo (dividendos a receber) e reduziu o valor do investimento no ativo não circulante 
- investimentos. 
É como, se quando você já tivesse comprado a ação, tivesse pago o valor cheio, que já estava com 
dividendos. Não há registro em qualquer conta de resultado, de receita. 
 Dividendos declarados, no valor de R$ 200,00, após 6 meses ou sem acordo inicial: 
D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 200,00 
C – Receita de dividendos (Outras receitas operacionais – Resultado) 200,00 
Razonetes: 
200 200
Dividendos a rec. Receita de divid.
 
Notem a diferença. Aqui, da mesma maneira, nós registramos um valor a receber no ativo 
(dividendos a receber). Todavia, a contrapartida foi a chamada receita de dividendos, em outras 
receitas operacionais. 
Perda, no valor de R$ 300,00, considerada como permanente: 
D – Despesa com perda em investimentos (Resultado) 300,00 
C – Ajuste para perdas permanentes – Invest. Custos (Ret. Ativo) 300,00 
 
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Razonetes: 
300 300
Desp - Perd. Inv. Ajuste Perda Perm.
 
Perceba que aqui haverá uma redução do investimento. Contudo, essa redução não é feita 
diretamente na conta investimentos, mas em uma conta retificadora, que podemos chamar de 
ajuste para perdas permanentes ou provisão para perdas permanentes. 
Vejamos uma questão abordada em 2013, para o concurso de Agente Fiscal de Rendas do 
ICMS/SP: 
(Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP /2013) A Cia. Futurista adquiriu 3% das ações da Cia. Atual, 
em 20/02/2013, por R$ 4.560,00. As sociedades não são do mesmo grupo nem estão sob controle 
comum. O investimento adquirido não caracteriza controle nem influência significativa sobre a 
investida, mas a Cia. Futurista possui a intenção de permanecer com este investimento por vários 
exercícios, ou seja, não há intenção de venda. Neste caso, o investimento, classificado no ativo 
não circulante da Cia. Futurista, será avaliado pelo 
A) custo corrente corrigido. 
B) método da equivalência patrimonial. 
C) método de custo. 
D) método da conciliação. 
E) método de crédito unitário projetado. 
Comentários: 
Como resolver essa questão? 
Vamos lá! Inicialmente, você deve verificar se o investimento tem caráter especulativo ou 
permanente. E a questão deu a dica... “a Cia. Futurista possui a intenção de permanecer com este 
investimento por vários exercícios, ou seja, não há intenção de venda”. 
Portanto, classifica-se no ativo não circulante investimentos. A partir daí, já sabemos que ou será 
método de custo ou método da equivalência patrimonial. 
Inicialmente, você deverá checar se se trata de equivalência (MEP). Caso não se enquadre, será 
avaliado pelo custo. O método de custo é residual. 
Pois bem, para ser MEP deve ser controlada (maioria das ações com direito a voto ou poder de 
eleger maioria dos administradores), coligada (quando há influência significativa), sociedades do 
mesmo grupo ou sob controle comum. 
E vamos ver o que a questão disse? “A Cia. Futurista adquiriu 3% das ações da Cia. Atual, em 
20/02/2013, por R$ 4.560,00. As sociedades não são do mesmo grupo nem estão sob controle 
comum. O investimento adquirido não caracteriza controle nem influência significativa sobre a 
investida”. 
Veja, nesta hipótese, portanto, resta claro que será avaliado pelo custo, já que todas as outras 
hipóteses foram descartadas. 
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 Como a questão menciona que o investimento adquirido não caracteriza controle nem influência 
significativa sobre a investida, mas há intenção de permanecer com o investimento, deverá ser 
avaliado pelo método de custo. 
O gabarito é letra c. 
- Método Da Equivalência Patrimonial 
A Lei 6.404/76 estabelece o seguinte: 
Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas 
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas 
ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo 
ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência 
patrimonial, de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 
11.941, de 2009) 
O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste em reconhecer o resultado auferido pela 
investida na medida em que ocorre, e não apenas quando há distribuição de dividendos. Por essa 
metodologia, QUALQUER ALTERAÇÃO no Patrimônio Líquido da Investida é reconhecida pela 
Investidora, no resultado do exercício ou diretamente no Patrimônio Líquido, o que chamamos de 
Outros Resultados Abrangentes. 
Gravem isso: alterou o PL da investida vai gerar alteração na investidora também! 
Vejam a definição desse método prevista no CPC 18: 
Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do 
qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é 
ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre 
os ativos líquidos da investida. 
Para isso, multiplicamos o percentual de participação da investidora pelo PL da investida, e 
comparamos com o valor do investimento da investidora. 
Como calcular o ganho ou a perda com equivalência patrimonial? 
 
 
Resultado da 
Investida
Percentualde 
participação 
da 
investidora
Ganho ou 
Perda 
Equivalência 
Patrimonial
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Vejamos a contabilização, completa, do MEP. 
Exemplo: a Cia ABC foi constituída em 31.12.X1, com capital social de R$ 100.000, sendo que a 
empresa KLS adquiriu 90% do capital da Cia ABC. Trata-se de uma controlada. Portanto esse 
investimento da empresa KLS será avaliado pelo MEP. 
A CIA ABC apresentou os seguintes resultados: 
- 31.12.X2 – prejuízo de 40.000 (lançado integralmente em Prejuízos acumulados) 
- 31.12.X3 – lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos acumulados) 
- 31.12.X4 – lucro de 50.000, sem distribuição de dividendos. (usado para abater o restante dos 
prejuízos e para constituição de reservas) 
- 31.12.X5 – lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor de $20.000 e constituição 
de reservas no valor restante. 
Na empresa KLS, a contabilização, nos diversos anos, seria a seguinte: 
 Pela aquisição, em 31.12.X1: 
D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 90.000 
C – Caixa/bancos 90.000 
Razonetes: 
90000 90000
Investimento Caixa
 
Como a Cia ABC acabou de ser constituída, seu balanço patrimonial tem a seguinte configuração: 
Ativo 100.000,00R$ PL 100.000,00R$ 
Total do Ativo 100.000,00R$ Total do PL 100.000,00R$ 
Balanço Patrimonial ABC (Investida)
 
A empresa KLS possui 90% do Capital Social da Cia ABC. Desse modo, o valor do seu investimento 
é de: 
Ativo 100.000,00R$ PL 100.000,00R$ 
Total do Ativo 100.000,00R$ Total do PL 100.000,00R$ 
90% x PL Investida 90.000,00R$ 
Balanço Patrimonial ABC (Investida)
Valor do investimento da KLS 
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 Em 31.12.X2 a Cia ABC apurou prejuízos de R$ 40.000. 
 
Seu Balanço Patrimonial é o seguinte: 
Capital Social 100.000,00R$ 
(-) Prejuízos Acumulados 40.000,00-R$ 
Total do Ativo 60.000,00R$ Total do PL 60.000,00R$ 
90% x PL Investida 54.000,00R$ 
Balanço Patrimonial ABC (Investida)
Valor do investimento da KLS
PL
Ativo 60.000,00R$ 
 
Valor da participação da Empresa KLS: R$ 60.000 x 90% = R$ 54.000 
Observação: para simplificar, vamos considerar que o Passivo é igual a zero. Como 
para o MEP o que interessa é o valor do PL, tal simplificação não fará diferença. 
Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da empresa KLS: 
Valor registrado em 31.12.X1 90.000,00R$ 
Valor calculado pelo MEP em 31.12.X2 54.000,00R$ 
Resultado do MEP 36.000,00R$ 
Prejuízo 
Há prejuízo na participação societária, já que o valor do PL da investida diminuiu. O que acontece 
no PL da investida, reflete na investidora. Como dissemos, quando compramos uma participação 
avaliada pelo MEP, compramos uma fatia da empresa investida. 
Contabilização na empresa KLS: 
D – Perdas com MEP (resultado) 36.000 
C - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 36.000 
Razonetes: 
90000 36000 36000
54000
Investimento Perda com MEP
 
Com a contabilização acima, o investimento fica registrado, na empresa KLS, pelo valor de R$ 
54.000, que corresponde a 90% do PL da CIA ABC. 
 
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==18b843==
 
 
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Forma de cálculo mais rápida MEP: 
Como o resultado da Cia ABC foi um prejuízo de R$ 40.000, o resultado do MEP 
para a empresa KLS poderia ser calculado diretamente sobre este resultado: 
Prejuízo Cia ABC R$ 40.000 x participação da KLS 90% = R$ 36.000 
 31.12.X3 – Lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos acumulados). 
 
Contabilização na Cia ABC: 
D – Resultado do Exercício 10.000 
C – Prejuízos acumulados(PL) 10.000 
Razonetes: 
10000 10000 40000 10000
Lucro Saldo inicial
Apuração do resultado Prejuízos acumulados
 
O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim: 
Capital Social 100.000,00R$ 
(-) Prejuízos Acumulados 30.000,00-R$ 
Total do Ativo 70.000,00R$ Total do PL 70.000,00R$ 
90% x PL Investida 63.000,00R$ 
Balanço Patrimonial ABC (Investida)
Valor do investimento da KLS
PL
Ativo 70.000,00R$ 
 
Valor da participação da Empresa KLS: R$ 70.000 x 90% = R$ 63.000 
Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da empresa KLS: 
Valor registrado em 31.12.X2 54.000,00R$ 
Valor calculado pelo MEP em 31.12.X3 63.000,00R$ 
Resultado do MEP 9.000,00R$ 
Lucro 
Contabilização na empresa KLS: 
D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 9.000 
C – Ganho com Equivalência Patrimonial - CIA ABC 9.000 
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Razonetes: 
90000 36000 9000
9000
63000
Investimento Ganho com MEP
 
Forma de cálculo mais rápida MEP: 
Lucro Cia ABC 10.000 
x Participação da KLS 90% 
Resultado do MEP 9.000 
Chamamos a atenção para o fato de que o MEP reflete, na investidora, o que está ocorrendo com 
o resultado da investida. Assim, quando a investida apura prejuízo ou lucro, isso se reflete no 
resultado da investira, independentemente da distribuição dos dividendos. O reconhecimento não 
é apenas quando ocorre a distribuição formal do lucro, anotem isso! 
 31.12.X4 – Lucro de R$ 50.000, sem distribuição de dividendos. (Usado para abater o restante 
dos prejuízos e para constituição de reservas). 
 
Contabilização na Cia ABC: 
D – Resultado do Exercício 50.000 
C – Prejuízos acumulados (PL) 30.000 
C – Reservas de Lucro (PL) 20.000 
Razonetes: 
10000 10000 40000 10000
30000 50000 30000
20000
0 0
20000
Reservas de lucro
Apuração do resultado Prejuízos acumulados
 
 
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O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim: 
Capital Social 100.000,00R$ 
Reserva de lucros 20.000,00R$ 
Total do Ativo 120.000,00R$ Total do PL 120.000,00R$ 
90% x PL Investida 108.000,00R$ 
Balanço Patrimonial ABC (Investida)
Valor do investimento da KLS
PL
Ativo 120.000,00R$ 
 
Valor da participação da Empresa KLS: R$ 120.000 x 90% = R$ 108.000 
Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da empresa KLS: 
Valor registrado em 31.12.X3 63.000,00R$ 
Valor calculado pelo MEP em 31.12.X4 108.000,00R$ 
Resultado do MEP 45.000,00R$ 
Lucro 
Contabilização na empresa KLS: 
D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 45.000 
C – Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 45.000 
Razonetes: 
90000 36000 45000
9000
45000
108000
Investimento Ganho com MEP
 
Forma de cálculo mais rápida MEP: 
Lucro Cia ABC 50.000 
x Participação da KLS 90% 
Resultado do MEP 45.000 
 
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 31.12.X5 – Lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor de R$ 20.000 e constituição 
de reservas no valor restante. 
 
Contabilização na Cia ABC: 
D – Resultado do Exercício 30.000 
C – Lucros Acumulados (PL) 30.000 
Razonetes: 
30000 30000 30000
Lucro
Result. Exercício Lucros acumulados
 
Neste caso, precisamos considerar o PL da Cia ABC antes da distribuição dos dividendos, para a 
correta apuração do resultado da Equivalência Patrimonial. 
Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim: 
Capital Social 100.000,00R$ 
Reserva de lucros 20.000,00R$ 
Lucros acumulados 30.000,00R$ 
Total do Ativo 150.000,00R$ Total do PL 150.000,00R$ 
90% x PL Investida 135.000,00R$ 
Balanço Patrimonial ABC (Investida)
Valor do investimento da KLS
PL
Ativo 150.000,00R$ 
 
Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da empresa KLS: 
Valor registrado em 31.12.X4 108.000,00R$ 
Valor calculado pelo MEP em 31.12.X5 135.000,00R$ 
Resultado do MEP 27.000,00R$ 
Lucro 
Contabilização na empresa KLS: 
D – Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 27.000 
C – Ganho com Equivalência Patrimonial - CIA ABC 27.000 
 
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Razonetes: 
90000 36000 27000
9000
45000
27000
135000
Investimento Ganho com MEP
 
 
Quando apuramos o resultado do exercício na investida, lançamos para a conta lucros acumulados. 
Ela não pode possuir saldo final, mas continua a existir para receber os valores da demonstração 
do resultado de modo transitório. Só poderá existir no balanço a conta prejuízo acumulado. 
A partir da conta Lucros Acumulados, é feita a destinação dos lucros, vejam: 
 
O enunciado disse que dos lucros acumulados seria R$ 20.000,00 para dividendos e R$ 10.000,00 
para reservas de lucros. 
Então, agora, vamos zerar a conta lucros acumulados. 
Contabilização na Cia ABC: 
D – Lucros Acumulados (PL) 30.000 
C – Reservas de Lucro (PL) 10.000 
C – Dividendos a Pagar (Passivo) 20.000 
 
D
es
ti
na
çã
o
 d
o
 L
uc
ro Compensação de 
Prejuízos
Aumento de 
Capital Social
Reservas de Lucros
Dividendos
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Razonetes: 
10000 30000 20000 20000
20000 10000
Lucros acumulados Reserva de lucros Div. a pagar
 
O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim: 
Dividendos a pagar 20.000,00R$ 
Total do Passivo 20.000,00R$ 
Capital Social 100.000,00R$ 
Reserva de lucros 30.000,00R$ 
Total do PL 130.000,00R$ 
Total do Ativo 150.000,00R$ Total do Passivo + PL 150.000,00R$ 
90% x PL Investida 117.000,00R$ 
Balanço Patrimonial ABC (Investida)
Valor do investimento da KLS
PL
Passivo
Ativo 150.000,00R$ 
 
 
Vejamos a contabilização, completa, dos dividendos pelo Método da Equivalência Patrimonial. 
Quando a investida resolveu, de acordo com os seus estatutos, pagar os dividendos, o valor do 
PL da Cia ABC passou de R$ 150.000,00 para R$ 130.000,00. Portanto, a empresa KLS (investidora) 
deverá contabilizar os dividendos a receber e diminuir o valor do seu investimento. Assim: 
Quando a ABC (investida) apurou os seus dividendos, ela diminui o seu PL (conta lucros 
acumulados) e aumenta o passivo (dividendos a pagar). Correto? Retiro saldo do meu Patrimônio 
Líquido e destino para o Passivo. 
O que acontece? A KLS (investidora) vai ter o seu investimento diminuído quando a investida 
declara os dividendos. Ora, o PL diminuiu de R$ 150.000,00 para R$ 130.000,00. Pelo MEP, se 
diminuir o PL da investida, a investidora sente os efeitos também. 
Ao mesmo tempo, a KLS vai ter um direito a receber. Que direito é esse? Como sócio, ela terá 
direito a receber dividendos. De quanto? De acordo com a sua fração do capital social. 90% o que 
foi declarado de dividendo. 
Como a ABC declarou R$ 20.000,00 de dividendos, R$ 18.000,00 (90%) será em benefício da ABC. 
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Então, esse valor será registrado em uma conta do ativo (dividendos a receber – R$ 18.000,00). E 
qual será a contrapartida? 
Será exatamente a diminuição do PL. Se o PL da ABC reduziu R$ 20.000,00 ao todo, a parte que 
cabe à KLS suportar deste montante é R$ 18.000,00, que representam exatamente 90% do total. 
Vamos fazer um esquema para visualização: 
 
Empresa KLS – Contabilização: 
D – Dividendos a receber – CIA ABC (20.000 x 90%) 18.000 
C - Investimento avaliado pelo MEP – CIA ABC 18.000 
Com isso, o valor do Investimento na Cia ABC fica contabilizado por: 
R$ 135.000 - R$ 18.000 = R$ 117.000. 
Razonetes: 
90000 36000 18000
9000 18000
45000
27000
117000
Investimento Dividendos a receber
 
Este total bate com a participação da empresa KLS no PL da CIA ABC, após a distribuição dos 
dividendos: 
 
Cia Investida 
destina saldo 
para dividendos
Diminuição do 
seu Patrimônio 
Líquido, ok?
Cia Investidora 
reconhece o 
direito a receber 
no ativo
Cia Investidora 
contabiliza a 
redução da conta 
de Investimentos
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Dividendos a pagar 20.000,00R$ 
Total do Passivo 20.000,00R$ 
Capital Social 100.000,00R$ 
Reserva de lucros 30.000,00R$ 
Total do PL 130.000,00R$ 
Total do Ativo 150.000,00R$ Total do Passivo + PL 150.000,00R$ 
90% x PL Investida 117.000,00R$ 
Balanço Patrimonial ABC (Investida)
Valor do investimento da KLS
PL
Passivo
Ativo 150.000,00R$ 
 
 
(Técnico/Contabilidade/TRF 3/2014) A empresa Investidora S.A. adquiriu, em 02/01/2010, uma 
participação societária na empresa Samambaia S.A. . Foram adquiridas 80% das ações da 
Samambaia S.A. pelo valor de R$ 10.000.000,00. No final de 2010, a empresa Samambaia S.A. 
apurou um lucro líquido de R$ 3.000.000,00. 
Nas demonstrações contábeis da empresa Investidora S.A. deverão ser apresentados os seguintes 
valores na Demonstração do Resultado, do ano de 2010 e no Balanço Patrimonial de 31/12/2010, 
respectivamente, em R$: 
a) Resultado de Participação Societária = 2.400.000,00; Dividendos a Receber = 2.400.000,00. 
b) Resultado de Participação Societária = 3.000.000,00; Dividendos a Receber = 3.000.000,00. 
c) Resultado de Participação Societária = 2.400.000,00; Investimentos = 12.400.000,00. 
d) Resultado de Participação Societária = 3.000.000,00; Investimentos = 13.000.000,00. 
e) Resultado de Participação Societária = 0,00; Investimentos = 10.000.000,00. 
Comentários: 
Os investimentos da Investidora estarão avaliados em seu balanço pelo valor inicial de R 
10.000.000,00. 
Posteriormente, a Samambaia apurou R$ 3.000.000,00 de lucro. Esse valor vai para a conta lucros 
acumulados da Samambaia. Do valor que aumentar o PL, 80% pertence à Investidora, que detém 
essa fatia do capital social. 
Logo, na demonstração contábil da investidora, aumentaremos R$ 3.000.000 x 80% = R$ 
2.400.000,00, ficando o balanço com um total de R$ 12.400.000,00. 
Na DRE, será registrado um ganho com MEP de R$ 2.400.000,00. 
O gabarito é, portanto, letra c. 
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(Auditor/TC DF/2014) Os investimentos mantidos por uma entidade em suas coligadas ou 
controladas e em outras entidades devem ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial, 
com impactos no balanço patrimonial e na demonstração de resultado do exercício. 
Comentários: 
Os investimentos em coligadas e controladas são avaliados pelo MEP. Todavia, a questão 
generalizou e disse em outras entidades. Essa foi a incorreção da assertiva. Então, item errado. 
(ISS SP/Auditor Fiscal/2014) A empresa INVESTIDA S/A emitiu 50.000 ações ordinárias e 50.000 
ações preferenciais no mercado, sendo que a empresa INVESTIDORA S/A adquiriu 10.000 ações 
ordinárias e 30.000 ações preferenciais da empresa INVESTIDA S/A. Sabe-se que, no final do ano 
de 2013, a empresa INVESTIDA S/A apresentou um lucro do exercício de R$155.000,00, sendo 
que, desse valor, distribuiu R$50.000,00 a título de dividendos. Com base nessas informações, é 
correto afirmar que a 
A) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em 31/12/2013, uma 
receita de equivalência patrimonial de R$62.000,00. 
B) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em 31/12/2013, uma 
receita de equivalência patrimonial de R$31.000,00. 
C) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em 31/12/2013, uma 
receita de dividendos de R$20.000,00. 
D) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em 31/12/2013, uma 
receita de dividendos de R$10.000,00. 
E) empresa INVESTIDORA S/A não precisa fazer qualquer lançamento contábil, pois não está 
obrigada ao método da equivalência patrimonial. 
Comentários: 
Os investimentos devem ser avaliados por equivalência patrimonial quando a investidora tem 
influência significativa: 
Lei 6404/76 Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência 
significativa. 
§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder 
de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. 
§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) 
ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. 
O capital votante são as ações ordinárias, que têm direito a voto. 
A Investidora comprou 10.000 ações ordinárias, portanto podemos calcular o percentual: 
10.000/50.000 ações ordinárias = 20%. 
Muito bem. O investimento deve ser avaliado pelo MEP (método da Equivalência Patrimonial). 
Mas, agora, devemos considerar a participação total da investidora, incluindo as ações 
preferenciais: 
10.000 ações ordinárias + 30.000 ações preferenciais = 40.000 ações 
Participação: 40.000/100.000 = 0,4 ou 40% 
Lucro da investida R$$ 155.000,00 x 40% = $62.000 
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Dividendos R$ 50.000,00 x 40% = R$ 20.000,00 
Contabilização na Investidora: 
Pelo MEP: 
D – Investimento em coligadas (Ativo) 62.000,00 
C – Receita de equivalência Patrimonial (Resultado) 62.000,00 
Pela distribuição dos dividendos: 
D – Dividendos a receber (Ativo) 20.000.00 
C – Investimento em coligadas (Ativo) 20.000,00 
Vamos examinar as alternativas: 
A) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em 31/12/2013, uma 
receita de equivalência patrimonial de R$62.000,00. 
Correto. É o gabarito da questão. 
B) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em 31/12/2013, uma 
receita de equivalência patrimonial de R$31.000,00. 
Errado. O examinador acha que o candidato vai calcular usando apenas o percentual das ações 
ordinárias (20%): 155.000 x 20% = 31.000. 
Não caia nessa! O cálculo é feito levando-se em conta o total das ações. O cálculo correto é o que 
demonstramos acima. 
C) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em 31/12/2013, uma 
receita de dividendos de R$20.000,00. 
Errado. A Investidora iria contabilizar uma receita de dividendos se usasse o método de custo. 
Como tem influência significativa, a Investidora deve avaliar o investimento pelo método da 
Equivalência Patrimonial. 
D) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em 31/12/2013, uma 
receita de dividendos de R$10.000,00. 
Errado. Veja a resposta da letra C. 
E) empresa INVESTIDORA S/A não precisa fazer qualquer lançamento contábil, pois não está 
obrigada ao método da equivalência patrimonial. Errado. A Investidora deve usar o método da 
equivalência patrimonial 
 
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- Conceito de controle 
Sabemos que existem empresas que aparentemente são independentes, mas fazem parte de um 
mesmo grupo econômico. Todos os dias vemos notícias de empresas que adquirem outras, não é 
mesmo? 
Para avançarmos no nosso estudo, precisamos saber o que são empresas controladas e coligadas, 
para isso, iremos recorrer ao Pronunciamento CPC 18 - Investimento em Coligada e em 
Controlada: 
2. Os termos a seguir são utilizados no presente Pronunciamento com os seguintes 
significados: 
Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da entidade 
de forma a obter benefícios de suas atividades. 
A Lei 6404/76 (Lei das SA) apresenta as seguintes definições: 
Art. 243 § 2º: Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, 
diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que 
lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e 
o poder de eleger a maioria dos administradores. 
Esquematizando: 
 
E como se dá a preponderância nas deliberações sociais? Temos de saber um pouco de direito 
empresarial aqui! Você tem de saber que as ações de uma sociedade anônima podem ser 
ordinárias ou preferenciais. 
As ordinárias são as que dão direito a voto, enquanto as preferenciais, na maioria das vezes dão 
privilégios a seus detentores, como dividendo maior ou prioridade para reembolso do capital, mas 
são frustradas do direito a voto. 
Vamos esquematizar? 
Controle
De modo 
permanente
Preponderência nas 
deliberações sociais
Poder de eleger a 
maioria dos 
administradores
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Atenção! O número máximo de ações preferenciais sem direito a voto é de 50% 
do total! 
Querem entender como funciona na prática? Tem uma questão bem interessante. 
(Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) A Cia. Eclipse Supermercados, dando continuidade à 
sua estratégia de expansão, no início de 2008, participa da constituição da Cia. de Varejo Luna, 
cujo capital social totalmente subscrito e integralizado, na ocasião, será formado por um total de 
2.000.000 de ações, distribuídas de acordo com limites legais, em ações ordinárias e preferenciais, 
todas com valor nominal unitário de R$ 30,00. É política da empresa manter o controle direto de 
todas as suas investidas, desembolsando sempre o valor mínimo necessário. Neste caso, de acordo 
com a legislação societária, para manter o controle da Cia. de Varejo Luna, no mínimo, a empresa 
deverá integralizar o capital social da investida no valor de 
(A) R$ 66.000.000,00 
(B) R$ 60.000.000,00(C) R$ 30.000.030,00 
(D) R$ 20.000.300,00 
(E) R$ 15.000.030,00 
Comentários: 
As sociedades anônimas possuem dois tipos de ações: 
1) ordinárias: dão direito a voto; 
2) preferenciais: não dão direito a voto, mas têm preferências na distribuição de dividendos. 
O voto é utilizado nas tomadas de decisões sociais, na Assembleia Geral (AG), órgão máximo 
deliberativo de uma SA. 
Para haver preponderância nas deliberações sociais através da AG faz-se necessária a propriedade 
de mais de 50% das ações que dão direito a voto, isto é, 50% das ações mais 1 ação, o que 
caracteriza, também, o controle. 
Ademais, devemos notar que a questão diz que o capital social é distribuído de acordo com os 
limites legais. A lei das SA´s, artigo 15, §2º, estabelece que no máximo 50% do total das ações 
emitidas poderá ser preferencial (ou seja, que não dão direito a voto). 
Enfim, extraímos as seguintes conclusões da questão: 
1) A empresa Eclipse quer o controle direto na Cia Luna, desembolsando o mínimo. 
2) O controle é caracterizado pela preponderância nas deliberações sociais (nas SA pela 
Assembleia Geral). 
Ações ordinárias
•Ações "comuns"
•Em regra dão direito a voto
Ações preferenciais
•Em regra não dão direito a voto
•Possuem maior dividendo ou 
prioridade para reembolsar o capital
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3) Votam na Assembleia Geral apenas as ações ordinárias (as preferenciais não). 
4) A Cia. Eclipse deve, portanto, possuir 50% + 1 ação ordinária da Cia. Luna como mínimo. 
5) Como são 2.000.000 ações distribuídas de acordo com o limite legal, podemos inferir que 
1.000.000 serão ordinárias e 1.000.000 serão preferenciais (LSA, art. 15, §2º). 
6) O controle será exercido por 500.001 ações ordinárias (50% + 1 ação), o que equivale a 
15.000.030,00 (500.001 x R$ 30). 
O gabarito é, portanto, letra e. 
Atenção! O conceito de controle da lei 6.404 está plenamente de acordo com o 
conceito de controlada do pronunciamento do CPC. 
- Conceito de Coligação 
Lei 6404/76: 
Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência 
significativa. 
§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou 
exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional 
da investida, sem controlá-la. 
§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% 
(vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. 
Esquematizemos: 
 
Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a existência da influência 
significativa. Esta será a palavra chave! 
C
o
lig
ad
as
Influência Significativa
Detém poder de 
participar nas decisões
Políticas financeiras
Operacional
Presumida
> 20% capital votante
Aceita prova em 
contrário
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Esquematizando: 
 
A influência significativa existe quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas 
decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. Ela é presumida 
quando se possui 20% do capital votante (ações ordinárias). Essa presunção, entretanto, admite 
prova em contrário! Uma empresa pode ter mais de 20% e não ter influência significativa e ter 
menos de 20% e ter influência significativa. 
Nos termos do CPC 18: 
Influência significativa 
6. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por meio de 
controladas), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se 
que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente 
demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou 
indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento 
do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência 
significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A 
propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não 
necessariamente impede que o investidor minoritário tenha influência significativa. 
7. A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada 
por um ou mais das seguintes formas: 
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; 
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões 
sobre dividendos e outras distribuições; 
(c) operações materiais entre o investidor e a investida; 
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou 
(e) fornecimento de informação técnica essencial. 
Infl. 
Significativa
Sim Coligada MEP
Não Invest. Perm.
Custo
Valor Justo
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- Aquisição de investimento em coligadas ou controladas – contabilização – com mais valia 
e goodwill. 
Quando nós adquirimos uma participação societária, quando compramos a parte de uma empresa 
e nos tornamos sócios, não necessariamente compramos pelo valor registrado na contabilidade. 
Podemos pagar um valor a mais ou menos do que o valor contábil ou até mesmo o valor de 
mercado. 
Seja pela expectativa de lucratividade futura, seja por que esta empresa não vale mais como 
antigamente. 
O ágio (valor pago a maior) na aquisição de investimentos em coligadas e controladas deve ser 
classificado em duas parcelas: 
1) Mais Valia dos ativos líquidos e 
2) Goodwill 
Esquematizemos: 
 
Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo valor justo que é o preço 
que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma 
transação não forçada. 
A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos (patrimônio líquido) é a Mais 
Valia. 
E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill (também chamado de “ágio por 
expectativa de rentabilidade futura”). Difícil? 
Esquematizemos: 
 
Já... 
Ágio 
Investimentos
Mais valia
Goodwill
Valor 
Justo 
Valor 
Contábil 
Mais 
Valia 
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Um exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 100.000. O valor justo do ativo 
líquido da XYZ é de R$ 80.000 e o valor contábil é de R$ 70.000. 
Cálculos: 
Mais Valia = Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil 
Mais Valia: R$ 80.000 – R$ 70.000 = R$ 10.000,00 
Goodwill = Valor pago (-) Valor justo dos ativos líquidos 
Goodwill = R$ 100.000 - R$ 80.000 = R$ 20.000,00 
Antes de apresentarmos o tratamento contábil para o goodwill e a mais-valia, precisamos falar 
sobre demonstrações contábeis individuais e consolidadas. Professores, o que é balanço 
patrimonial individual e o que é balanço patrimonial consolidado. 
 Vamos explicar esse conceito de forma prática. 
Imaginem Empresa Petrobrás S. A que é a controladora de diversas empresas, 
como por exemplo, Transpetro, Liquigás, Gaspetro. 
Existe a demonstração individual da empresa Petrobrás S.A e existe e uma 
demonstração consolidada, que é aquela que considera todas as empresas como 
se fosse um único grupo. 
A Petrobrás S. A prepara sua demonstração individual, na qual ela apresenta as 
participações que ela tem nas controladas e coligadas, e em determinados 
períodos, ela elaboraas demonstrações consolidadas, que possui diferenças 
significativas. 
Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais Valia e o Goodwill ficam 
classificados em Investimentos, controlados em subcontas: 
D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial 70.000 
D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido 10.000 
D – Investimento controlada XYZ – Goodwill 20.000 
C – Caixa/bancos 100.000 
Valor 
Pago 
Valor 
Justo Goodwill
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Observação: no balanço, pode aparecer apenas o valor do investimento, sem as 
subcontas: 
D - Investimento controlada XYZ 100.000 
C – Caixa/bancos 100.000 
Fique Atento! No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos e passivos que 
lhe deram origem. E o goodwill será transferido para o grupo Ativo Intangível, em conta específica. 
Esse tema é mais aprofundado, mas vamos entendê-lo aos poucos. 
O que significa: mais valia será eliminada contra os ativos e passivos que lhe deram origem? 
Imagine que a empresa Alfa possua investimentos em Beta, avaliados pelo Método 
da Equivalência Patrimonial. A mais-valia, por exemplo, originou-se do Ativo 
Imobilizado da companhia B, ou seja, o valor pago a mais é decorrência de uma 
valorização desse grupo no mercado. 
No balanço individual o grupo de Alfa investimento ficará evidenciado da seguinte 
maneira: 
D – Investimentos (ANC) 
 Valor Patrimonial 
 Mais-valia 
 Goodwill 
Ao elaborarmos o Balanço Patrimonial consolidado, a mais-valia será agregada ao 
Imobilizado Consolidado do grupo, visto que foi a origem de desse valor pago a 
mais. Por fim, o goodwill vai para o Intangível Consolidado 
Esquematizando: 
 
 
 
Consolidação dos 
Investimentos
Mais Valia Ativos e Passivos de Origem
Goodwill Ativo Intangível
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A Mais Valia será realizada, consumida, conforme a realização do ativo e passivo que a originaram. 
No exemplo que apresentamos anteriormente, conforme o Imobilizado for consumido, 
depreciado, a mais valia será realizada. 
E o Goodwill não é consumido, amortizado, (não é realizado), apenas devemos analisar se há 
expectativa de benefícios econômicos esperados, através de uma metodologia chamada teste de 
recuperabilidade. 
Fique claro que amortizar um ativo não tem relação nenhuma com empréstimos 
ou matemática financeira. Mas está relacionado com a redução periódica do valor 
de alguns ativos. Não confundam, ok? 
E se a gente pagar um valor menor do que o valor justo? Conseguir uma boa negociação na hora 
da compra? 
Se o valor pago pelo investimento for menor que o valor justo, surge a compra vantajosa que deve 
ser reconhecida IMEDIATAMENTE no Resultado do Período como uma receita. 
Na compra vantajosa, você paga pelo investimento menos do que o seu valor de mercado. 
Exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 78.000. O valor justo do ativo líquido 
da XYZ é de R$ 80.000 e o valor contábil é de R$ 70.000. 
Cálculos: 
 Mais Valia= Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil 
Mais Valia: R$ 80.000 – R$ 70.000 = R$ 10.000 
Goodwill = Valor pago (-) Valor justo dos ativos líquidos 
Goodwill: R$ 78.000 - R$ 80.000 = - R$ 2.000. 
(Goodwill Negativo = Compra Vantajosa). 
Contabilização na Controladora Cia KLR: 
D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial 70.000 
D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido 10.000 
C – Compra Vantajosa – Controlada XYZ (resultado). 2.000 
C – Caixa/bancos 78.000 
 
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A seguir, duas questões: 
(Contabilidade/TRE/PR/2017) O valor contábil do Patrimônio Líquido da Lavanderia Molhada S.A., 
em 31 de dezembro de 2015, era R$ 120.000.000,00. A Lavanderia a Seco S.A. adquiriu, nesta 
data, 80% das ações com direito a voto da Lavanderia Molhada S.A. pelo preço de R$ 
120.000.000,00 e passou a deter o seu controle. O valor justo líquido dos ativos e passivos 
identificáveis da Lavanderia Molhada S.A. que foram adquiridos era, nesta data, R$ 
135.000.000,00. 
Os valores totais reconhecidos nas demonstrações individuais da empresa Lavanderia a Seco S.A. 
foram, em reais: 
(A) Investimentos = 96.000.000,00 e Intangíveis = 24.000.000,00. 
(B) Investimentos = 108.000.000,00 e Intangíveis = 12.000.000,00. 
(C) Investimentos = $120.000.000,00, apenas. 
(D) Investimentos = 96.000.000,00 e Perda por compra desvantajosa = 24.000.000,00. 
(E) Investimentos = 108.000.000,00 e Perda por compra desvantajosa =12.000.000,00. 
Comentários: 
A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos é a Mais Valia (antigamente 
chamada de “ágio por diferença de valor de mercado dos ativos”). E a diferença entre o valor 
pago e o valor justo é o goodwill (também chamado de “ágio por expectativa de rentabilidade 
futura”). 
Vamos rever as fórmulas: 
Mais Valia = Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil 
Goodwill = Valor pago (-) Valor justo dos ativos líquidos 
Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais Valia e o Goodwill ficam 
classificados em Investimento, controlados em subcontas. Portanto, como estamos falando das 
demonstrações individuais, fica tudo avaliado como Investimento. 
Valor patrimonial (80%) = 120.000.000 x 80% = 96.000.000 
Valor justo = 135.000 x 80% = 108.000.000 
Valor pago = 120.000.000 
Goodwill = 120.000.000 – 108.000.000 = 12.000.000 
Mais valia = 108.000.000 – 96.000.000 = 12.000.000 
Valor patrimonial = 96.000.000 
O lançamento é o seguinte: 
D – Investimentos – valor patrimonial 96.000.000 
D – Investimentos – Mais valia 12.000.000 
D – Investimentos – Goodwill 12.000.000 
C – Caixa 120.000.000 
Ou 
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D – Investimentos 120.000.000 
C – Caixa 120.000.000 
O gabarito é letra c. 
(Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015) A Cia. Rio Grande adquiriu, em 31/12/2013, 
30% das ações da Cia. Rio Sul por R$ 3.000.000,00 à vista. Na data da aquisição, o Patrimônio 
Líquido contábil da Cia. Rio Sul era R$ 5.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos 
identificáveis dessa Cia. era R$ 6.000.000,00, sendo a diferença decorrente da variação entre o 
valor contabilizado pelo custo e o valor justo de um terreno. 
 No período de 01/01/2014 a 31/12/2014, a Cia. Rio Sul reconheceu as seguintes mutações em 
seu Patrimônio Líquido: 
− Lucro líquido de 2014: R$ 300.000,00 
− Pagamento de dividendos: R$ 100.000,00 
Com base nestas informações, o valor reconhecido em Investimentos em Coligadas, no Balanço 
Patrimonial individual da Cia. Rio Grande, em 31/12/2014, foi, em reais, 
(A) 3.090.000,00. 
(B) 1.590.000,00. 
(C) 1.890.000,00. 
(D) 3.060.000,00. 
(E) 1.560.000,00. 
Comentários: 
Temos duas companhias: 
Rio Grande  Investidora. 
Rio Sul  Investida. 
Vejamos a contabilização no momento inicial: 
O valor patrimonial da Rio Sul é de R$ 5.000.000, mas temos que aplicar o percentual de 
participação para fazermos a nossa análise. 
R$ 5.000.000 x 30% = R$ 1.500.000= valor patrimonial. 
Valor justo do PL da Rio Sul = R$ 6.000.000 e aplicando o percentual de participação, temos: 
R$ 6.000.000 x 30% = R$ 1.800.000 = valor justo proporcional 
R$ 1.800.000 - R$ 1.500.000 = R$ 300.000 
O valor de R$ 300.000,00 é a mais valia (diferença entra o valor justo e o valor patrimonial). 
Assim, temos: 
- Valor patrimonial = 1.500.000 
- Mais valia = 300.000 
Como o valor pago foi R$ 3.000.000, a diferença será o GOODWILL: 
R$3.000.000 – R$ 1.500.000 – R$ 300.000 = R$ 1.200.000 
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Como a questão pede o saldo dos Investimentos no Balanço Individual, o goodwill e a mais-valia 
ficam no grupo Investimentos. 
Investimento da Rio Grande: 
Valor patrimonial 1.500.000 
Mais valia 300.000 
Goodwill 1.200.000 
Total 3.000.000 
A Cia Rio Sul auferiu lucro de R$ 300.000 e distribuiu dividendos de R$ 100.000, aumentando o 
Patrimônio Líquido, portanto, em R$ 200.000. 
R$ 200.000 x 30% = $60.000 (aumento do investimento da Rio Grande) 
$3.000.000 + $60.000 = $3.060.000,00 
O gabarito é letra d. 
- Investimentos Permanentes Segundo as Normas Internacionais 
Nós já dissemos que os investimentos permanentes, segundo a Lei 6.404/76, devem ser avaliados 
pelo custo ou método da equivalência patrimonial. 
Pelo MEP quando se tratar de coligada, controlada, sociedade sob controle comum ou sociedades 
do mesmo grupo (Lei 6.404/76, art. 248). Os demais devem ser avaliados pelo método de custo 
(Lei 6.404/76, art. 183, III). Porém, os Pronunciamentos Contábeis hoje vigentes trazem regras 
distintas para a avaliação dos investimentos permanentes. 
Com base nestas normas, passam a existir três métodos possíveis para a avaliação de 
investimentos permanentes: 
1 – Método da equivalência patrimonial. 
2 – Método do valor justo. 
3 – Método do custo. 
Esquematizemos: 
 
 
Investimentos
Permanentes
MEP
Valor Justo
Custo
Avaliação
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Segundo as normas internacionais, a situação que vige é a seguinte: 
INVESTIMENTOS PERMANENTES SEGUNDO OS CPCS 
1 - É investimento permanente? Sim! 
2 – É coligada, controlada, sociedade sob controle comum ou sociedades do 
mesmo grupo? Sim! Avaliado pelo MEP! 
3 – Não! Próximo item. 
4 – É possível a adoção do valor justo (valor de mercado)? Sim! Então, o valor justo 
deverá ser utilizado. 
5 – Não! Então, utilizaremos o valor de custo. 
O valor de custo, de acordo com as normas internacionais, somente será utilizado se o valor justo 
não puder ser mensurado. Esse é o entendimento do Manual de Contabilidade FIPECAFI. 
Vê-se, pois, uma diferença entre a Lei 6.404/76 e as normas internacionais e CPCs. 
Esquematizemos: 
 
E o que vale para prova? Pois bem! Todas as questões de que temos conhecimento até hoje estão 
cobrando o assunto conforme a Lei 6.404. Porém, não surpreenderá se o assunto começar a 
aparecer em provas conforme o CPC, já que é cada vez mais recorrente a cobrança dessas normas 
nas provas de contabilidade. Fiquem de olho! 
A avaliação de investimentos pelo valor justo é tratada no CPC 48 – Instrumentos Financeiros. Esse 
pronunciamento aplica-se a todos os ativos financeiros, com exceção daqueles previstos em 
normas próprias, como, por exemplo, o CPC 18 – Investimentos em coligadas, controladas e 
sociedades em conjunto. 
Assim, quando você está comprando investimento em outra sociedade isso é um instrumento 
financeiro. 
E como os instrumentos financeiros são avaliados? 
 
Lei 6.404
MEP Custo
CPC
MEP Valor Justo Custo 
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Vamos para o CPC 48: 
B5.2.3 Todos os investimentos em instrumentos patrimoniais e contratos relativos 
a esses instrumentos devem ser mensurados ao valor justo. Contudo, em 
circunstâncias limitadas, o custo pode ser uma estimativa apropriada do valor 
justo. Esse pode ser o caso se não houver informações suficientes mais recentes 
disponíveis para mensurar o valor justo, ou se houver ampla gama de mensurações 
ao valor justo possíveis e o custo representar a melhor estimativa do valor justo 
nessa gama. 
Portanto, para o CPC 48, o método de custo é um método residual, enquanto a Lei 6.404/76 o 
trata como principal para os investimentos permanentes que não sejam avaliados pelo MEP. 
Assim, por exemplo, se adquirimos uma participação em uma sociedade limitada (esse tipo 
societário não negocia ações na bolsa), talvez tenhamos dificuldade para mensurar o seu valor 
justo (valor de mercado). Com efeito, não haverá óbice à avaliação pelo valor de custo. 
Agora, se adquirimos uma participação permanente, sem a intenção de alienação de curto ou 
longo prazo, em uma grande empresa do ramo do Petróleo, cujas ações são negociadas em bolsa, 
podemos facilmente obter o valor de mercado. Por isso, o valor a ser utilizado para avaliação será 
o valor justo. 
1.3 - Indo Além - Propriedade Para Investimento 
Dentro do subgrupo investimentos, é interessante que conheçamos, ainda, um novo tema, que 
vem frequentemente sendo abordado em provas. Trata-se da propriedade para investimento. 
O primeiro aspecto a se salientar é que o tema veio previsto no Pronunciamento Técnico n. 28 do 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. A lei 6.404/76 nada diz a respeito. 
Mas, professores, o que é a propriedade para investimento? 
Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de 
edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em 
arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou 
para ambas, e não para: 
(a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades 
administrativas; ou 
(b) venda no curso ordinário do negócio. 
Portanto, este é um dos pontos mais importantes para nossa prova, saber definir uma propriedade 
para investimento. 
Então, vamos esquematizar? 
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O CPC a define como aquela que é mantida para auferir aluguel ou para valorização (ou ambas), 
contanto que não sejam utilizadas para finalidades administrativas e nem sejam vendidas como 
curso ordinário, isto é, no funcionamento normal, do negócio. 
Propriedade para investimento: 
- Aluguel 
- Valorização de capital 
- Ambas 
Ah, professores, mas isso cai em prova? Sim! Vejam. 
(Analista/Contabilidade/TRF 1/2011) Denomina-se propriedade para investimento 
a) o bem destinado à venda no decurso ordinário das atividades, ou em vias de construção ou 
desenvolvimento para tal venda. 
b) a propriedade adquirida exclusivamente com vista à alienação subsequente, no futuro próximo, 
ou para desenvolvimento e revenda. 
c) o bem em construção ou desenvolvimento por conta de terceiros. 
d) a propriedade que é arrendada a outra entidade sob arrendamento financeiro. 
e) o bem mantido para valorização de capital a longo prazo e não para venda a curto prazo no 
curso ordinário dos negócios. 
Comentários: 
A propriedade para investimento é mantida para aluguel, valorização ou ambos e não para venda. 
Se fosse destinado à venda, tratar-se-ia de um ativo circulante. O gabarito é, portanto, letra e. 
(Analista Contábil/CRO/2015) As propriedades parainvestimento são mantidas pelo proprietário 
ou arrendatário para obtenção de rendas ou para valorização do capital ou para ambas, e por isso 
serão classificadas 
a) no ativo permanente. 
b) no grupo de investimentos, dentro do realizável a longo prazo. 
c) no subgrupo do imobilizado, dentro do ativo não circulante. 
Propriedade para 
investimento
Aluguel
Valorização
Ambos
Terreno
Edifício
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d) no subgrupo investimentos, dentro do ativo não circulante. 
e) no subgrupo investimentos, dentro do ativo circulante. 
Comentários: 
A propriedade para investimento é classificada no ativo não circulante investimentos. O gabarito 
é, portanto, letra d. 
Outro aspecto que merece destaque é o fato de que a propriedade para investimento não 
necessita ser juridicamente da entidade que está publicando as demonstrações contábeis. O que 
é mais importante é o controle sobre a propriedade, como no caso de contratos de arrendamento. 
Arrendamento é o contrato, ou parte do contrato, que transfere o direito de usar 
um ativo (ativo subjacente) por um período de tempo em troca de contraprestação 
Caso a propriedade seja mantida para uso na produção ou para fornecimento de bens ou serviços, 
ou, ainda, para finalidades administrativas, recebe o nome de propriedade ocupada pelo 
proprietário e a classificação é no ativo imobilizado. 
O grande diferencial, portanto, entre a propriedade mantida para investimento e a propriedade 
ocupada pelo proprietário é a classificação. Enquanto a primeira é contabilizada dentro do ativo 
não circulante – investimentos, a segunda é classificada no ativo não circulante – imobilizado 
(regendo-se eminentemente pelo CPC 27). 
Ademais, aquela gera fluxos de caixas altamente independentes dos outros ativos da sociedade, 
por deles não depender. Por exemplo: a Cia XYZ atua na produção de camisas do Botafogo, mas 
tem adquiriu um terreno em uma área da cidade aguardando valorização e montou ali um 
estacionamento. Ou seja, não tem nada a ver com sua atividade principal. A entradas de dinheiro 
desse aluguel são altamente independentes da atividade de produção de camisas do Glorioso 
Fogão. 
Por seu turno, a propriedade ocupada pelo proprietário gera fluxos de caixas mais dependentes, 
por estarem trabalhando em conjunto dentro da entidade. 
Então, se a entidade mantém terrenos para valorização, edifício de sua propriedade que seja 
arrendado, propriedade que está sendo construída para alugar, são exemplos claros de 
propriedade para investimento. 
Outro trecho importante do Pronunciamento é o destacado a seguir: 
10. Algumas propriedades compreendem uma parte que é mantida para obter 
rendimentos ou para valorização de capital e outra parte que é mantida para uso 
na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades 
administrativas. Se essas partes puderem ser vendidas separadamente (ou 
arrendadas separadamente sob arrendamento financeiro), a entidade contabiliza 
as partes separadamente. Se as partes não puderem ser vendidas separadamente, 
a propriedade só é propriedade para investimento se uma parte insignificante for 
mantida para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para 
finalidades administrativas. 
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Em síntese, a propriedade que seja utilizada concomitantemente para valorização e para uso nas 
atividades da entidade deverá ser assim analisada: 
 
- Diferença Propriedade Para Investimento X Ativo Imobilizado 
Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou 
ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário) para auferir aluguel ou para valorização 
do capital ou para ambas. 
Segundo o CPC 27 (ativo imobilizado): 
Ativo imobilizado é o item tangível que: 
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, 
para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e 
(b) se espera utilizar por mais de um período. 
Propriedade utilizada para 
investimento e para produção 
concomitantemente
Sim
Classifica-se 
separadamente
Não
A parte utilizada na 
produção é 
significante?
Siim
Classifica-se tudo 
como propriedade 
ocupada pelo 
proprietário
Não
Classifica-se tudo 
como propriedade 
para investimento
É possível separar?
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Esquematizemos: 
 
As duas definições mencionam “aluguel”. Qual é a diferença entre elas? Ou seja, quando um 
imóvel alugado será classificado como “Propriedade para Investimento” e quando será 
considerado um “Imobilizado”? 
A resposta está na Interpretação Técnica ICPC 10 - Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao Ativo 
Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 
43: 
46. (...) No ativo imobilizado, a figura do aluguel só pode existir quando estiver 
vinculado a ativo complementar na produção ou no fornecimento de bens ou 
serviços. Por exemplo, uma fazenda pode ter residências alugadas a seus 
funcionários, uma extratora de minerais pode construir residências no meio da 
floresta também para alugar a seus funcionários, etc. Nesse caso, os ativos 
alugados são, na verdade, parte do imobilizado necessário ao atingimento da 
atividade-fim da entidade. 
47. Se houver investimento para obter renda por meio de aluguel, em que este é 
o objetivo final, no qual o imóvel é um investimento em si mesmo, e não o 
complemento de outro investimento, aí se tem a caracterização não do ativo 
imobilizado, mas sim de propriedade para investimento. A propriedade para 
investimento, ao contrário do ativo alugado classificado no imobilizado, tem um 
fluxo de caixa específico e independente, ou seja, ele é o ativo principal gerador 
de benefícios econômicos, e não um acessório a outros ativos geradores desses 
benefícios. 
Ou seja: se o aluguel estiver vinculado à atividade da empresa (residência na floresta para 
mineradores, casas na fazenda para os trabalhadores rurais, etc.) é imobilizado. 
Se o aluguel não estiver vinculado à atividade da empresa, e se destina apenas a gerar renda, 
então será classificado como propriedade para investimento. 
Então, vamos esquematizar? 
Propriedade para Investimento
• Terreno ou Imovel
• Aluguel (aluguel é a finalidade), 
valorização ou ambos
Ativo Imobilizado
• Mantido para uso na produção, 
prestação de serviços, fins 
administrativos
• Aluguel a outros (quando aluguel é 
meio para conseguir fim)
• Se espera utilizar por mais de um 
período
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Agora, duas questões: 
(Contador/Prefeitura de Salvador/2017) Uma sociedade empresária especializada em consultoria 
contábil tem sede em Belo Horizonte. A empresa abre uma filial em Salvador e transfere alguns 
gerentes para trabalharem na nova filial. Os gerentes alugam apartamentos em um prédio 
pertencente à empresa, localizado na mesma rua. 
Assinale a opção que indica o correto reconhecimento contábil dos apartamentos alugados pelos 
gerentes no balanço patrimonial da sociedade empresária. 
(A) Ativo circulante. 
(B) Ativo realizável a longo prazo. 
(C) Ativo imobilizado. 
(D) Propriedades para Investimento.

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