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Práticas integrativas e complementares - PICs As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas (BRASIL, 2020). Esses recursos têm por objetivo realizar abordagens que buscam estimular tratamentos alternativos e complementares a medicina tradicional, utilizando-se mecanismos naturais que possam prevenir agravos da doença e promover a recuperação da saúde por meio de técnicas eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade (BRASIL, 2015). As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que orienta os países a adotarem as práticas nos seus Sistemas Nacionais de Saúde. As PICs visam incentivar as diversas abordagens disponíveis na área da saúde, promovendo uma visão ampliada do processo de tratamento e a promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. No final da década de 70, a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional, objetivando a formulação de políticas na área. Desde então, em vários comunicados e resoluções, a OMS expressa o seu compromisso em incentivar os Estados-membros a formularem e implementarem políticas públicas para uso racional e integrado da medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA) nos sistemas nacionais de atenção à saúde bem como para o desenvolvimento de estudos científicos para melhor conhecimento de sua segurança, eficácia e qualidade. O documento "Estratégia da OMS sobre Medicina Tradicional 2002- 2005" reafirma o desenvolvimento desses princípios. No Brasil, a legitimação e a institucionalização dessas abordagens de atenção à saúde iniciaram-se a partir da década de 80, principalmente após a criação do SUS. Com a descentralização e a participação popular, os estados e os municípios ganharam maior autonomia na definição de suas políticas e ações em saúde, vindo a implantar as experiências pioneiras. (BRASIL, 2015). É importante frisar, que as PICs não substituem o tratamento convencional, servem como um complemento, buscando uma melhor qualidade de vida e diminuir o uso excessivo de medicamentos. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS), oferece de forma gratuita e integral, 29 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares à população, como por exemplo, a Ozonioterapia, a Quiropraxia, a Medicina Chinesa Tradicional ou Acupuntura, a Fitoterapia, dentre outras. Hoje, o Brasil é o país líder na oferta dessa modalidade de atenção básica à saúde. PICs e a atuação do profissional Biomédico No Brasil, as PICs estão institucionalizadas no SUS desde 2006, com a publicação da Portaria GM/MS nº 971/2006, que criou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC), com inserção na Atenção Básica e demais níveis do sistema da saúde. Em 2020, o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), publicou a Resolução nº 327, que permite que o profissional Biomédico possa atuar em uma ou mais áreas das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Para isso, é necessário que o biomédico tenha uma capacitação específica com a quantidade de horas necessárias para se obter a habilitação junto ao Conselho. Sugestões de leitura: Acesse “Práticas Integrativas e Complementares (PICS)” e entenda como surgiram as PICs e conheça as 29 práticas oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). No artigo Práticas integrativas e complementares em saúde (PICs): Um relato de experiência extensionista, você terá a oportunidade de ler um pouco sobre a experiência desse projeto de extensão onde alunos universitários utilizaram as PICs. https://www.cff.org.br/userfiles/38%20-%20BRASIL_%20MINIST%C3%89RIO%20DA%20SA%C3%9ADE_%20Portaria%20n%C2%BA%20971,%20de%2003%20de%20maio%20de%202006_.pdf https://cfbm.gov.br/wp-content/uploads/2020/09/RESOLUCAO-CFBM-No-327-DE-03-DE-SETEMBRO-DE-2020.pdf https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/praticas-integrativas-e-complementares-pics-1 https://periodicos.ufsc.br/index.php/extensio/article/view/77324/46012 https://periodicos.ufsc.br/index.php/extensio/article/view/77324/46012 Vídeos: ⮚ Assista ao vídeo Terapias Integrativas no SUS e entenda um pouco mais sobre a discussão em torno dessas práticas. ⮚ Assista a reportagem Práticas Integrativas no SUS e entenda os objetivos da implantação das PICs pelo Ministério da Saúde. Na reportagem a entrevistada fala de 19 terapias (atualmente já temos 29 terapias aprovadas para o SUS), mas a reportagem é importante para entender a importância das PICs como um cuidado integral do indivíduo, visando o fortalecimento do sujeito no processo de tratamento e prevenção. ⮚ No vídeo Práticas integrativas, o pesquisador e professor da Fiocruz fala dos marcos históricos e do crescimento dessas práticas para o Sistema Único de Saúde e da importância de não olhar o indivíduo de forma isolada. ⮚ Acesse a reportagem disponível no link e entenda um pouco mais sobre os benefícios dessas práticas alternativas. Ozonioterapia Prática integrativa e complementar de baixo custo, segurança comprovada e reconhecida, que utiliza a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio, por diversas vias de administração, com finalidade terapêutica, e promove melhoria de diversas doenças. O ozônio medicinal, nos seus diversos mecanismos de ação, representa um estímulo que contribui para a melhora de diversas doenças, uma vez que pode ajudar a recuperar de forma natural a capacidade funcional do organismo humano e animal. Alguns setores de saúde adotam regularmente esta prática em seus protocolos de atendimento, como a odontologia, a neurologia e a oncologia, dentre outras. (BRASIL, 2020). Essa terapia consiste num processo em que é administrado gás de ozônio no corpo para tratar algumas patologias. O Ozônio tem importantes propriedades analgésicas, anti- inflamatórias e antissépticas, além de ter um efeito de melhora da oxigenação dos tecidos, assim como fortalecimento do sistema imune. Devido às suas propriedades, esta é uma terapia que pode ser sugerida no tratamento de problemas crônicos, como artrite, dor crônica, feridas infectadas e atraso da cicatrização, por exemplo. https://www.youtube.com/watch?v=pryBLHjTxIQ https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/praticas-integrativas-no-sus-BPS-0680 https://www.youtube.com/watch?v=phXXh_Bfz9o https://www.youtube.com/watch?v=cGFYh1k3JQ4 Clique aqui e leia mais sobre evidências científicas do uso da ozonioterapia e sua importância como prática integrativa na atenção básica à saúde. REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC- SUS Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 98 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_c omplementares_2ed.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas Integrativas e Complementares (PICS). 2020. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p http://revistafacesa.senaaires.com.br/index.php/revisa/article/view/530/445 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2ed.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2ed.pdf https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p
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