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Principios da Ozonioterapia

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PrincípiosPrincípios
dada
OzonioterapiaOzonioterapia
Princípios 
da Ozonioterapia
— 2 — 
Copyright© Nepuga – 2022 - Todos os direitos reservados. 
Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada, reproduzida ou armazenada em qualquer forma ou meio, 
seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc, sem a permissão por escrito da Instituição.
Sobre a Faculdade 
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• Mudar a vida das pessoas para melhor.
Missão
• Educar profissionais da saúde e negócios para fazer diferença no mercado e na 
vida.
Visão
• Proporcionar educação de qualidade segmentos da Saúde, Estética, Bem-Estar e 
Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e internacio-
nal.
Valores
• Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e influenciando 
mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora.
• Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da 
empresa, diferenciando nossos beneficiários no mercado competitivo.
• Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as regu-
lamentações e legislações vigentes.
• Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons 
relacionamentos.
• Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e capazes de 
justificar as nossas ações e decisões.
Princípios 
da Ozonioterapia
— 3 — 
Su
m
ár
io 1. Princípios da Ozonioterapia - introdução e a história.........................................4Ozônio ...................................................................................................................................................4
Como o ozônio se forma? ......................................................................................................4
O ozônio no meio ambiente .................................................................................................5
Ozônio X cloro .................................................................................................................................6
História ....................................................................................................................................................... 7
Legislação (Madrid) ...................................................................................................................8
Bioquímica e biofísica da ozonioterapia...........................................................................9
Como funciona o ozônio? ......................................................................................................9
Efeitos fisiológicos ...................................................................................................................... 10
Mecanismo de ação ..................................................................................................................11
Toxicidade do ozônio ................................................................................................................12
Contraindicações ...................................................................................................................... 13
Efeitos colaterais da ozonioterapia ............................................................................... 13
Alergia ao ozônio ........................................................................................................................ 13
Paciente em tratamento com anticoagulantes .................................................. 14
Ação oxidante imunomoduladora ................................................................................ 14
Princípios 
da Ozonioterapia
— 4 — 
1. Princípios da Ozonioterapia - introdução e a história 
Ozônio
O ozônio é a forma triatômica do oxigênio, enquanto o oxigênio é normalmente 
encontrado em sua forma diatômica (O2). Forma-se quando as moléculas de oxi-
gênio (O2) se rompem e, os átomos separados, combinam-se individualmente com 
outras moléculas de oxigênio. Pode ser formado naturalmente pela ação dos raios UV 
ou pelos geradores de ozônio, que convertem O2 em O3.
Christian Friedrich Schonbein (1799-1868), descobriu o ozônio em 1840, quando, 
trabalhando com uma pilha voltaica na presença de oxigênio, notou a emergência 
de um gás com um “cheiro elétrico e pungente” que poderia ser um tipo de “oxigênio 
super-ativo”. Podemos cheirá-lo durante uma tempestade, porque a descarga elé-
trica de raios entre nuvens e terra catalisa a formação de ozônio a partir do oxigênio 
atmosférico. O nome ozônio vem do grego e significa exalar cheiro, em condições 
normais é um gás incolor, mas na estratosfera é responsável pelo azul do céu.
O ozônio O3 é 10 vezes mais solúvel que que o O2. Entre os agentes oxidantes, o 
ozônio é o terceiro mais forte depois de flúor e persulfato, um fato que explica a sua 
elevada reatividade.
O ozônio medicinal é sempre uma mistura de ozônio e de oxigênio puro, produzi-
do por um gerador de ozônio. O equipamento promove uma descarga elétrica entre 
13.000 e 15.000 volts nas moléculas de oxigênio, o que possibilita a agregação dos 
átomos e a formação do gás ozônio.
Fonte: Biomedicina estética, 2019
Como o ozônio se forma?
Forma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem devido a um raio ou 
a ação radioativa ultravioleta que vem do sol. Quando atingidas, estas moléculas de 
(O2) separadas, vagam solitárias até se unir com outra molécuIa de (O2) que ainda 
não foi dividida, ocorrendo a transformação química e o surgimento do (O3).
Princípios 
da Ozonioterapia
— 5 — 
Molécula de
oxigênio (O2)
Molécula de
oxigênio (O2) é dividida
por uma descarga elétrica
Transformando-se
agora em (O3)
Torna-se um
átomo de (O2)
Em seguida, uni-se com
outra molécula de (O2)
Formação do Ozônio (O3)
Ozônio (O3),
alto poder de
desinfecção Ozônio (O3)
O ozônio no meio ambiente
O ozônio é uma molécula natural, instável, composta por três átomos de oxigênio. 
É formado durante uma reaçdo endotérmica reversível, que consome 68,4 calorias. 
No ambiente essa reaçdo é catalisada pelos raios UV, que sao absorvidos, com isso 
o ozônio controla a irradiacao destes, protegendo os sistemas biológicos na Terra. E 
considerado um agente oxidante, altamente reativo, que se decompoe espontanea-
mente. Dentre os agentes oxidantes o ozonio e o terceiro mais poderoso, atras ape-
nas do fluor e persulfato. (BOCCI, 2005).
O ozônio esta presente na atmosfera terrestre, sendo encontrado na estratosfera 
em concentração máxima, já que a baixa temperatura diminui sua degradação tér-
mica. O oxigênio rarefeito, presente na estratosfera, e uma de suas principais fontes. 
(OLIVEIRA, 2008)
Quando ocorrem tempestades, onde há a passagem de elétrons entre a super-
fície terrestre e as nuvens, trovões, raios e relâmpagos, ocorre a transformação do 
oxigênio em ozônio de um jeito semelhante ao que ocorre na estratosfera, podendo 
ser detectado através do olfato, dependendo da distância. Dependendo da tempe-
ratura da regido, as concentrações de ozônio voltam ao normal rapidamente. (OLI-
VEIRA, 2008)
O tempo de vida da molécula de ozônio esta diretamente relacionado a tem-
peratura. Quanto maior a temperatura ambiente, menor o tempo de vida do ozônio, 
e consequentemente seu poder de açdo. A meia vida do ozônio e de 140 minutos a 
OOC, já a 200 ºC atinge apenas 40 minutos. (OLIVEIRA, 2008 e BOCCI, 2005)
Outra fonte de ozônio de grande destaque e a poluição, sendo este denominado 
ozônio antropogênico, e seus principais produtores são os veículos e as indústrias. 
Princípios 
da Ozonioterapia
— 6 — 
Normalmente na natureza existe o controle natural entre a reaçdo de formação 
do ozônio e de sua dissociação. Mas infelizmente, em consequência da poluição este 
equilíbrio tem sido diretamente afetado. A continua emissão de gases poluentes 
como monóxido de carbono, dióxido de carbono, enxofre, entre outros, tem favoreci-
do para que o nível de concentração de ozônio aumente, causando uma sobrecarga 
na atmosfera e gerando umaalta taxa de toxicidade. Já os derivados do CFCs (cloro, 
flúor e carbono) são capazes de destruir milhares de moléculas de ozônio. (BOCCI, 
2005 e OLIVEIRA, 2008)
Poucos sabem que depois de oito horas, seus resíduos já não existem mais, en-
quanto o restante dos poluentes persiste no ambiente por meses elou anos. (OLIVERA, 
2008)
Ozônio X Cloro
Comparado ao cloro, o ozônio oferece muitas vantagens no processamento de ali-
mentos e bebidas e na sanitização de materiais e superfícies. O cloro tem sido utilizado 
como produto de primeira escolha na indústria de alimentos e no tratamento de água, 
no entanto, sabe-se que muitos subprodutos são derivados da ação oxidante do Cloro, 
como a formação de THM (trihalometanos), cloraminas, dioxinas que são produzidas 
na reação de cloro com matéria orgânica. Estas substâncias são conhecidas como 
carcinogênicas e trazem grande malefício à saúde de humanos e animais.
OZÔNIO CLORO
Não causa alergias ou irritações e não 
descolore roupas e piscinas de vinil.
No tratamento de piscinas causa problemas como 
irritação nos olhos, pele e descoloração de roupas.
Em contato com outros compostos, se 
dissocia a oxigênio.
Em contato com proteínas, gera compostos or-
gânicos clorados (cloraminas), substâncias que 
contaminam o meio ambiente e são canceríge-
nas aos humanos.
O ozônio é um excelente desodorizador, 
despolarizador e clarificador. Deixa odor, gosto e coloração branca na água.
Não deixa resíduos. Gera compostos tóxicos, chamados trialometa-nos que são cancerígenos.
Não necessita de transporte ou conso-
me insumos, é produzido no local.
Necessidade de adquirir e transportar produtos 
químicos perigosos.
O ozônio é 168 vezes mais forte e 3000 
mais rápido na ação de purificação da 
água levando 5 segundos.
O cloro leva 4 horas pra realizar a ação de purifi-
cação e deixa resíduos prejudiciais a saúde.
Princípios 
da Ozonioterapia
— 7 — 
História 
1840
O gás ozônio foi descoberto pelo pesquisador alemão Dr. Christian Friedrich Scho-
enbein, que observou um odor característico quando o oxigênio era submetido a uma 
descarga elétrica. E, pela frequência sistemática com que isto ocorria, o chamou de 
“ozein”, que em grego significa “aquilo que cheira”.
1857
O físico Dr. Werner Von Siemens desenvolveu o Gerador de Alta Frequência, apa-
relho que forma o gás ozônio em átomos de oxigênio por meio de descargas elétricas.
1896
Em 1896, Nicola Tesla, patenteou o primeiro gerador de O3 medicinal e começou 
a vender a máquina geradora de O3 e óleo ozonizado.
1914-1918
Durante a Primeira Guerra Mundial, médicos alemães e ingleses, utilizaram o ozô-
nio para tratamento de feridas em soldados, conforme já publicado na revista THE 
LANCET, nos anos 1916 e 1917.
Desde o século XIX, a Ozonioterapia médica era usada na Alemanha, inicialmente 
para combater a ação de bactérias e germes na pele humana.
1935
Erwin Payr, importante cirurgião austríaco e professor em Leipzig, experienciou o 
tratamento com ozônio e apresentou uma publicação de 290 páginas intitulada “O 
tratamento com ozônio na cirurgia”.
Este foi o início da Ozonioterapia que conhecemos hoje. A ausência de materiais 
adequados e resistentes à oxidação — como plásticos para aplicação local de ozônio 
em feridas, ou insuflação retal do gás - tornava sua utilização complicada, razão pela 
qual foi esquecida durante um tempo.
1975
No Brasil, o médico Heinz Konrad iniciou a prática em sua clínica em São Paulo 
e com ela trabalha até hoje. EM meados dos anos 90, Dr. Edison de Cezar Philippi (in 
memorian) introduziu a prática em Santa Catarina e difundiu a Ozonioterapia em 
inúmeros cursos e congressos.
Princípios 
da Ozonioterapia
— 8 — 
1979
Hans H. Wolff dedicou sua vida à pesquisa e à aplicação do ozônio. Em 1979, um 
ano antes de sua morte, publicou seu livro “O Ozônio Medicinal” — no qual apresen-
ta sua pesquisa e prática médica do uso do ozônio. Ele fundou a Sociedade Médica 
Alemã de Ozônio, posteriormente renomeada Sociedade Médica para Aplicação Pre-
ventiva e Terapêutica do Ozônio.
Legislação
O marco para a Ozonioterapia no Brasil ocorreu com a publicação da Portaria 
nº 702, de 21 de março de 2018, do Ministério da Saúde, na qual inclui novas práticas 
na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC, no âmbito do 
SUS, sendo a ozonioterapia uma dessas práticas, podendo ser aplicada por qualquer 
profissional da área da saúde. A partir desse marco, os Conselhos de Classe buscaram 
compreender e regulamentar a ozonioterapia no âmbito de atuação de cada profissão.
A regulamentação das práticas de ozonioterapia pelos Conselhos das Classes 
Profissionais de: Odontologia, Fisioterapia, Farmácia, Enfermagem, Medicina Veteri-
nária e Biomedicina, cada um no seu âmbito de atuações e com definição específica 
sobre capacitação, colaboram por modificar de uma vez por todas o cenário das 
Práticas Integrativas e Complementares no Brasil, trazendo mais possibilidades de 
tratamento, cuidados com a saúde para toda a população. 
Além do uso em tratamento de saúde, todos os Conselhos autorizam a ozoniote-
rapia no âmbito da estética, para os profissionais devidamente habilitados. 
O Conselho Federal de Medicina ainda aguarda por mais evidências científicas, 
por isso somente autoriza atividades no âmbito experimental.
Nota: Atualmente, existe aproximadamente 4900 publicações na PUBMED.
Regulamentação da prática de ozonioterapia pelos conselhos de classe:
Odontologia: 
CFO Resol. nº 166 de 24/11/2015 
Habilitação com CH mínima de 32 h
Enfermagem:
Parecer normativo nº 001/2020 COFEN
Habilitação com CH mínima 120 h
Fisioterapia:
COFITO Resol. nº 380 de 11/11/2010
Biomedicina:
CFBM Resol. nº 321 de 16/16/2020
Farmácia:
CFF Resol. nº 685 de 30/01/2020
CFF Resol. nº 695 de 15/12/2020
Veterinária:
CFMV Resol. nº 1364 de 22/10/2020
Biologia:
CFBIO Resol. nº 614 de 10/12/2021
Princípios 
da Ozonioterapia
— 9 — 
Bioquímica e biofísica da ozonioterapia 
Como funciona o ozônio?
As reações bioquímicas e sucessiva ocorrem em células diferentes em todo o 
corpo, assim, deve ficar claro que uma boa parte de ozônio é consumida pelos an-
tioxidantes presentes no plasma e apenas a segunda reação é responsável pelos 
efeitos tardios biológicos e terapêuticos. Isto deveria esclarecer o motivo pelo qual 
uma dose muito baixa de ozônio pode ser ineficaz ou equivalente a um placebo. ROS 
incluem vários radicais como ânions superóxido (O2), monóxido de nitrogênio (NO), 
peroxinitrito (O = NOO).
A hidroxila, já mencionada, composto radicais e outros compostos oxidantes como 
peróxido de hidrogênio e ácido hipocloroso (HCIO), são compostos potencialmente ci-
totóxicos (Fridovich, 1995; Pullar et al, 2000; Hooper et al, 2000), mas felizmente têm uma 
meia-vida curta (normalmente uma fração de segundo) e, tanto o plasma como as 
células, têm antioxidantes capazes de neutralizá-los, caso suas concentrações não so-
breponham a capacidade antioxidante. As LOPs geradas após a peroxidação de uma 
grande variedade de PUFAs são heterogêneas e brevemente são representados por 
radicais de peróxido (ROO); assim, uma variedade de hidroperóxidos (R-OOH) e uma 
mistura complexa de baixos produtos finais aldeídicos de peso molecular, nomeada-
mente malonyldialdeyde (MDA), e alquenais, entre os quais 4-hidroxi-2,3 transnonenal 
(4—HNE), são os mais citotóxicos. A química e a bioquímica desses compostos foram 
minuciosamente descritas pelo grupo de Esterbauer (1991). Se alguém pensa sobre ri-
queza e heterogeneidade química de lipídios, glicolipídios e fosfolipídios presentes no 
plasma, torna-se difícil imaginar quantos compostos potentes, potencialmente noci-
vos podem ser gerados pelos lipídios reagindo com ozônio.
Ozônio e plasma
O3
Substrates Messengers Targets Functional modifications
Erythrocytes
Leukocytes
Platelets
Improved O2 delivery
Immune activation
Release of autacolds and growth factores
ROS
Endothelium
Bone marrow
Other organs
Increased release of NO–
Generationof super-gifted erythrocytes
Release of stem cells
Upregulation of OSP and antioxidant
enzymes (Ozone tolerance)
LOPs
PLASM
A
Fonte: Conselho regional de Farmácia, 2019.
Princípios 
da Ozonioterapia
— 10 — 
Efeitos fisiológicos
Deve-se enfatizar que SANGUE EXPOSTO AO OZÔNIO, SUCEDE UM ESTRESSE OXIDATI-
VO TRANSITÓRIO - necessário para ativar funções biológicas sem efeitos prejudiciais. 
O estresse deve ser adequado (não subliminar) para ativar mecanismos fisiológicos, 
MAS NÃO EXCESSIVO - para sobrecarregar o sistema antioxidante intracelular e cau-
sar danos. Assim, uma dose excessiva de ozônio ou incompetência em manipular 
esse gás pode ser prejudicial. Por outro lado, doses de ozônio (abaixo do limiar), são 
totalmente neutralizadas pela riqueza de antioxidantes plasmáticos e podem produ-
zir apenas um efeito placebo. O conceito de que a Ozonioterapia é dotada de um oxi-
dativo agudo, incomoda os adversários dessa abordagem porque consideram isso 
como um dano infligido aos pacientes, possivelmente já sob uma doença crônica 
de estresse oxidativo. Portanto, NÃO ACREDITAM QUE A OZONIOTERAPIA INDICA UMA 
RESPOSTA TERAPÊUTICA MULTIVARIADA JÁ BEM DOCUMENTADA EM ALGUMAS DOENÇAS. 
Além disso, NÃO promovem O STRESS OXIDATIVO CRÔNICO (COS), DEVIDO A UMA EN-
DÓGENA E DESCONTROLADA HIPEROXIDAÇÃO.
A RESPOSTA TERAPÊUTICA alcançada após estes repetidos estresses oxidativos, 
pode ser considerada como um Efeito de PRECONDITIONING- eventualmente capaz de 
reequilibrar o sistema redox e alterado por estímulos pato genéticos. (BOCCI, 2002).
Como já mencionado, as concentrações submicromolares de LOPs podem atuar 
como mensageiros fisiológicos, capazes de reativar um sistema biológico despreo-
cupados. Do ponto de vista farmacocinético, os vestígios de LOPs podem atingir to-
dos os órgãos, em particular a medula óssea e o Sistema Nervoso Central. Os LOPs 
são extremamente importantes para informar células específicas e receptores de um 
estresse oxidativo mínimo e calculado, que pode provocar a resposta adaptativa.
Em relação aos eritrócitos, as LOPs podem influenciar a linhagem eritroblástica, 
permitindo a geração de células com melhores características bioquímicas. Estes 
eritrócitos, durante os quatro meses seguintes, são capazes de fornecer mais oxigê-
nio em tecidos isquêmicos. A consequência de tratamentos repetidos, obviamente 
dependendo de o volume de sangue ozonizado, a concentração de ozônio e o crono-
grama, é que após alguns tratamentos iniciais uma parte (cerca de 0,8% do grupo) 
de eritrócitos entrará diariamente na circulação e implacavelmente substituirá ve-
lhos eritrócitos gerados antes da terapia. Isso significa que durante a Ozonioterapia 
a população de eritrócitos incluirá não apenas células com diferentes idades, mas o 
mais importante, eritrócitos com diferentes capacidades bioquímicas e funcionais.
No curso de terapia de ozônio, já foi medido um aumento marcado de G6PD e outras 
enzimas antioxidantes em eritrócitos jovens. (Bocci, 2014).
Princípios 
da Ozonioterapia
— 11 — 
O processo de ativação celular é muito dinâmico e não dura para sempre, porque 
as células do sangue possuem vida definitiva e uma memória bioquímica limita-
da; portanto, a vantagem terapêutica DEVE SER MANTIDA COM MENOS TRATAMENTOS 
FREQUENTES. A toxicidade do ozônio no sangue, fluidos biológicos e órgãos internos, 
podem ser totalmente evitados quando a dose de ozônio se reduz apenas em parte.
O sistema antioxidante tem evoluído durante os últimos dois bilhões de anos como 
uma defesa essencial contra o oxigênio. É constituído por componentes de eliminado-
res, nomeadamente albumina, vitaminas C e E, ácido úrico, bilirrubina, cisteína, ubiqui-
nol, ácido alfa-lipoico, e de antioxidantes intracelulares como: GSH, tioredoxina, enzi-
mas (superóxido dismutase, SOD, GSH-Px, GSH-Rd, GSH-T, catalase, etc.) e proteínas tais 
como transferrina e ceruloplasmina, capazes de checar ferro livre e cobre que, de outra 
forma, pode favorecer a formação de radicais hidroxilo. A riqueza e a variedade de an-
tioxidantes extracelulares e intracelulares, descrito por Chow e Kaneko (1979), Halliwell 
(1994; 19990a, b; 2001), Frei (1999), HoImgren, (1989), Di Mascio et al, (1989), Jang et al, 
(1997), Packer et al, (1997), Bustamante et al, (1998) e Chae et al, (1999), são capazes de 
explicar como quantidades variadas de ozônio podem ser domesticadas, com os resul-
tados de estimular vários sistemas biológicos sem efeitos deletérios.(BOCCI, 2002).
Mecanismo de ação
Em primeiro lugar, o ozônio, como qualquer outro gás, dissolve-se na água, quer 
seja do plasma (a parte líquida do sangue), nos fluidos extracelulares, ou na cama-
da fina de água cobrindo a pele e particularmente a mucosa do trato respiratório, 
intestino, vagina, etc. Na temperatura normal e pressão atmostférica, devido à sua 
alta solubilidade e dependendo da sua relativa pressão, um pouco de ozônio dis-
solve-se na água, mas ao contrário do oxigênio, NÃO É EQUILIBRADO com o ozônio 
restante na fase gasosa; isso acontece porque o ozônio, sendo um oxidante potente, 
imediatamente reagirá com uma série de moléculas presentes em fluidos biológicos. 
Nomeadamente são: os antioxidantes, as proteínas, os hidratos de carbono e, prefe-
rencialmente, os Ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs).
A reação do ozônio com tantas moléculas implica dois processos fundamentais:
1. A primeira reação é conhecida como: “THE OZONE INICIAL REACTION’ - porque uma 
pequena porção de ozônio é, inevitavelmente, consumida durante a oxidação de 
ácido ascórbico e ácidos: úricos, sulfúricos (SH), grupos de proteínas e glicopro-
teínas. Apesar da albumina, os ácidos ascórbicos e úricos dominam a dura re-
atividade do ozônio (Halliwell, 1996); eles permitem essa primeira reação que é 
importante, pois ela gera espécies reativas de oxigênio (ROS); o que desencadeia 
vários produtos bioquímicos no sangue. À ROS é neutralizada dentro de 0,5-1 mi-
nutos pelo sistema antioxidante.
Princípios 
da Ozonioterapia
— 12 — 
2. A segunda reação bem característica é conhecida como “PEROXIDAÇÃO UPÍDICA” 
- No plasma hidrofílico, um mol de uma olefina (particularmente ácido araqui-
dônico presente em triglicerídeos plasmáticos e quilomícrons) e um mol de ozô-
nio, originam dois moles de aldeídos e um mol de peróxido de hidrogénio (H202). 
Estas Duas reações, concluídas em segundos usam a dose total de ozônio que 
gera peróxido de hidrogênio, um oxidante, mas não uma molécula radical (geral-
mente incluído na família ROS) e uma variedade de aldeídos conhecidos como 
PRODUTOS DE OXIDAÇÃO LIPÍDICA (LOPs).
Toxicidade do ozônio
O ozônio nunca deve ser inalado. Esta rota é proibida. O ozônio não é tóxico quan-
do usado na dose adequada e por profissionais treinados com os protocolos clínicos 
corretos. Casos fatais são o resultado de mala práxis (conduta imprópria ou inade-
quada, falha ou falta médica).
O ozônio é uma especie reativa de oxigênio e um componente importante na 
atmosfera. Os efeitos tóxicos da exposição aguda ao gás inalado, que pode cau-
sar inflamção pulomonar e danos as celulas epitelias da cavidade nasal, bronquios, 
bronquiolos, e macrofagos alveolares já sao bem conhecidos.
A terapia com oxigênio-ozônio médico, não se utiliza da via inalatória. Inúmeras 
publicações demonstram que a terapia utilizada por outras vias de administração é 
segura e com excelentes resultados clínicos.
Indicaçôes
O ozônio medicinal pode ser indicado para diversos tratamentos, entre eles: 
• Problemas circulatórios;
• Diversas doenças e condições do paciente idoso;
• Doenças causadas por vírus, tais como hepatites, Herpes simples e Herpes zoster; 
• Feridas com infeccões ou inflamadas de difícil cicatrizacão como úlceras, feridas 
de origem vascular, arterial ou venosas (varizes), úlceras por insuficiência arterial, 
úlcera diabética, riscos de gangrena;
• Colites e outras inflamacões intestinais crônicas;
• Queimaduras;
• Hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares;
• Dores articularesdecorrentes de doencas inflamatórias crônicas;
• Imunoativação geral;
• Terapia complementar para alguns tipos de câncer.
Princípios 
da Ozonioterapia
— 13 — 
Contraindicações
A administração de ozônio é contraindicado quando administrado sistemica-
mente devido a:
1. Glicose-6-fosfato. Deficiência de desidrogenase (favismo, anemia hemolítica 
aguda);*
2. Hipertireoidismo Tóxico - Status de Sepulturas com Base;
3. Trombocitopenia menor que 50.000 e distúrbios graves da coagulação;
4. Instabilidade cardiovascular grave;
5. Intoxicação aguda por álcool;
6. Infarto agudo do miocárdio;
7. Hemorragia maciça e aguda;
8. Durante estados convulsivos;
9. Hemocromatose;
10. Pacientes recebendo tratamento com cobre ou ferro por administração intrave-
nosa;
11. Hipertensão descompensados;
12. Caquexia.
*A prevalência de deficiência de glicose 6 fosfato desidrogenose (G6PD) varia entre os grupos étnicos com frequ-
ência geral mais baixo nas Américas (3.4 Z). Europa (3.9 g) e Pacífico (2.9 g) em comparação com a África Sub-
saariana (7.51 ), Oriente Médio (6,0 g) e Ásia (4,7 Z). Recomenda-se o teste de G6PD antes da ozonioterapia para 
evitar complicações. (MADRI. 2020)
Efeitos colaterais da ozonioterapia
Os efeitos colaterais da ozonioterapia são mínimos:
• dor pela picada da agulha e sensação de queimação transitória (dura segun-
dos) no local da injeção;
• flatulência (no caso de insuflação via retal do gás);
• hipotensão ortostática e;
• hipoglicemia transitória (por este motivo se recomenda que o paciente não este-
ja em jejum ao ser submetido ao procedimento).
Alergia ao ozônio
Em 2002 em artigo publicado na Science, pesquisadores norte-americanos de-
monstraram que os neutrófilos fabricam ozônio DURANTE o processo de defesa do 
organismo para ativar anticorpos, fato confirmado no ano seguinte por Barbior e co-
laboradores. Assim, NÃO É POSSÍVEL ser alérgico ao ozônio, uma biomolécula natural-
mente produzida pelo organismo humano.
Princípios 
da Ozonioterapia
— 14 — 
Paciente em tratamento com anticoagulantes
A administração sistêmica concomitante de ozônio e anticoagulante pode mo-
dificar a via de coagulação, isso implica a necessidade de monitoramento frequente 
do Índice Normalizado Internacional (INR). Se forem utilizados os novos anticoagu-
lantes orais de ação direta (ACOD) ou novos anticoagulantes orais (NACO) indicados 
para o tratamento da doença tromboembólica venosa (DVT), eles são totalmente 
compatíveis com o ozônio e não requerem controles INR (Rivaroxaban (nome comer-
cial: Xarelto@), Dabigatran (Pradaxa@), Apixaban (Eliquis@), Edoxaban (Lixiana@).
Ação oxidante imunomoduladora
O Ozônio induz a liberação de espécies reativas do oxigênio (EROS) que, em con-
centrações controladas regulam a liberação de mediadores inflamatórios e estimu-
lam a produção de enzimas antioxidantes e protetores de membrana, como gluta-
tiona peroxidase, catalase e superóxido desmutase. As EROS muitas vezes constituem 
os radicais livres, que causam danos a moléculas importantes.
Porém, alguns autores sugerem que a exposição a doses controladas de O3, le-
vam a um pré-condicionamento oxidativo no fígado, prevenindo os danos causados 
por radicais livres. Ocorre ainda, estímulo para produção de prostacidina, uma pros-
taglandina de ação vasodilatadora.
Em humanos, a administração de O3 na concentração de 30 a 55 ug/cc, gera um 
aumento na liberação de TNF e interleucina-2 (estimula a produção de linfócitos T, B 
e células NK) e aumento na produção de interferons (proteínas que interferem na re-
plicação de patógenos, especialmente virais, e estimulam a defesa de outras células. 
	1. Princípios da Ozonioterapia - introdução e a história�
	Ozônio
	Como o ozônio se forma?
	O ozônio no meio ambiente
	Ozônio X cloro
	História�
	Legislação (Madrid)
	Bioquímica e biofísica da ozonioterapia�
	Como funciona o ozônio?
	Efeitos fisiológicos
	Mecanismo de ação
	Toxicidade do ozônio
	Contraindicações
	Efeitos colaterais da ozonioterapia
	Alergia ao ozônio
	Paciente em tratamento com anticoagulantes
	Ação oxidante imunomoduladora

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