Buscar

AÇÃO DANOS MORAIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Rodrigues &Rodrigues
Advocacia
Rua Luiza Viana nº135 a 15 Centro, Rio das Ostras – RJ.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZO DE DIRETO DA _____VARA CÍVEL DA COMARCA DE CASIMIRO DE ABREU/RJ.
ZEGUIAR DA SILVA ROEDRIGUES, brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB/RJ 103.986, portador da carteira de identidade de sob o nº 06.999.942. -3 Expedida pelo IFP/RJ, inscrito no CPF sob o n° 007.295.557-04, residente e domicilio profissional Rua Luiza Viana 135 A 15 Centro de Rio das Ostras. E-mail: zeguiar.rodrigues@hotmail.com, vem, por intermédio de sua advogada in fine assinado, Drª Gabriella Kissilla R. Rodrigues, advogada regularmente inscrita na OAB/RJ sob o nº. 216.206, com escritório profissional à Rua Luíza Viana, n.º 104, Centro - Rio das Ostras/RJ, CEP: 28.890-000, advogada regularmente inscrita na OAB/RJ sob o nº. 216.206, com escritório profissional à Rua Luíza Viana, n.º 104, Centro - Rio das Ostras/RJ, CEP: 28.890-000, com escritório na Rua Luiza Viana, nº 135-B, Centro, Rio das Ostras/RJ, E-mail: gabriellakissilla@gmail.com, CEP: 28.893-470, aonde recebe intimações e notificações de estilo, apresentar a V. Exa., à presente, pelos motivos que passa a expor:
 AÇÃO RECLAMATORIA DE DANOS MORAIS 
Em face de AUTO AVIAÇÃO 1001 LTDA, situado Balneário do Remanso, Rio das Ostras- RJ. Cep: 28890-000. Pessoa jurídica de direito privado, tendo em vista os seguintes fatos e fundamentos passa expor:
I-DAGRATUIDADE DE JUSTIÇA
Inicialmente, declara não possuir recursos suficientes para arcar com o pagamento das despesas processuais e dos honorários advocatícios, requerendo seja reconhecido o direito à gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 c/c art. 99 do CPC/2015.
I- DOS FATOS
 O requerente exercer atividade laborativa de advocacia há mais de 20 anos no município de Rio das ostras, Barra de São João, e adjacências, em todo estado no Rio de Janeiro. 
 Durante o ano de 2003 o mesmo prestou os serviços, advocatícios para o Senhor Paulo Roberto Siqueira Baltasar, também esteve prestando os serviços advocatícios, na a época dirigia uma empresa de transporte de denominação social Viação Leão Dourado Rio das Ostras/RJ.
Ocorre que no ano 2004, o requente estava em frente da comissão de direitos humanos da OAB, de Cassimiro de Abre- RJ.
III– DO DIREITO
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA.
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000).
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
DA LITIGANCIA DE MÁ-FÉ 
Dispõe o Art.77 do NCPC que são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo expor os fatos em juízo conforme a verdade; não formular pretensão quando cientes de que são destituídas de fundamento, dentre outros.
LITIGANCIA DE MÁ-FÉ 
Art. 77.  Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
§ 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.
§ 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
§ 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.
§ 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos Art. 523, § 1o, e 536, § 1o.
§ 5o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2o.
§ 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar.
Art. 79.  Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.
Art. 80.  Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
Art. 81.  De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
§ 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.
§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
Pois bem, percebe-se claramente que o Requerido não cumpriu com o seu dever de lealdade e boa-fé, haja vista que além de inventar “falácias”, forjando crime infamante, procedeu conforme acima relatado de modo temerário ao ato do processo.
Nesse sentido, dispõe o Art. 142 do CPC que se convencendo, pelas circunstâncias, de que autor se servindo do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos da parte, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé.
DO DANO MORAL DO ENQUADRAMENTO DO DANO MORAL EXTRAPATRIMONIAL.
Já se observou que os direitos da personalidade tendem à afirmação da plena integridade do seu titular. Enfim, da sua dignidade humana. Em sendo assim, a classificação deve ter em conta os aspectos fundamentais da personalidade que são: “(...) a integridade física (direito à vida, direito ao corpo, direito à saúde ou inteireza corporal, direito ao cadáver...), a integridade intelectual (direito à autoria científica ou literária, à liberdade religiosa e de expressão, dentre outras manifestações do intelecto) e a integridade moral ou psíquica (direito à privacidade, ao nome, à imagem etc). “ 2 YUSSEF SAID CAHALI, por sua vez, caracteriza o dano moral da seguinte forma: “Parece mais razoável, assim, caracterizar o dano moral pelos seus próprios elementos; portanto, ‘como a privação ou diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranquilidade de espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridade física, a honra e demais sagrados afetos’; classificando-se, desse modo, em dano que afeta a ‘parte social do patrimônio moral’ (honra,reputação etc) e dano que molesta a ‘parte afetiva do patrimônio moral’ (dor, tristeza, saudade etc); dano moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz deformante, etc.) e dano moral puro (dor, tristeza etc.)
Consequentemente, uma representação infundada que gerou dano e exposição midiática ao Requerente e consequentemente sua família, que sofreu conjuntamente com o Requerente. Por esse ângulo, o Requerido agiu com dolo, com intenção de prejudicar esse nobre operador do direito, violou explicitamente a dignidade da justiça.
Sendo assim, a responsabilidade civil, no caso, tem como pressupostos a existência de uma conduta voluntária, o dano injusto sofrido pela vítima – direto e reflexo – extrapatrimonial; a relação de causalidade entre o dano e a ação do Requerido; o fator de atribuição da responsabilidade pelo dano ao Requerente, de natureza subjetiva (culpa ou dolo).
DA OFENSA MORAL AO AUTOR ZEGUIAR DA SILVA ROEDRIGUES, foi à doutrina francesa que desenvolveu a teoria nomeada de par ricochet, segundo a qual: “Embora o dano deva ser direto, tendo como titular da ação aquele que sofre, de frente, os reflexos danosos, acolhe-se também o dano derivado ou reflexo, “le dammage par ricochet, de que são os titulares que sofrem, por conseqüência, aqueles efeitos, como no caso do dano moral sofrido pelo Requerente e sua família e vice e versa.” (CAHALI, Yusef Said, Dano Moral, 3ª Ed. São Paulo: RT. 2005. P.116). 
Houve com relação ao Autor ZEGUIAR DA SILVA ROEDRIGUES, a chamada ofensa moral por ricochete ou reflexa, quer dizer, a intenção era manchar inicialmente a honra, a vida profissional do Requerente, mas atingiu toda família, que sofreu junto ao Requerente, por todos os anos de aflição em que a representação tramitou. 
Então, a moral do Autor ZEGUIAR DA SILVA ROEDRIGUES foi atingida naquilo que lhes é muito caro, seus sonhos, suas ideologias e acima de tudo sua profissão, no qual o Requerente zela, pois é o meio de seu sustento e de sua família, e ainda suas honras, seus princípios, o que merece ser objeto de indenização. Apenas para encerrar, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça: “DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. LEGITIMIDADE ATIVA. PAIS DA VÍTIMA DIRETA. RECONHECIMENTO. DANO MORAL POR RICOCHETE. DEDUÇÃO. SEGURO DPVAT. INDENIZAÇÃO JUDICIAL. SÚMULA 246/STJ. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO DE SÚMULA. DESCABIMENTO. DENUNCIAÇÃO À LIDE. IMPOSSIBILDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ E 283/STF. 1. A interposição de recurso especial não é cabível quando ocorre violação de súmula, de dispositivo constitucional ou de qualquer ato normativo que não se enquadre no conceito de lei federal, conforme disposto no art. 105, III, "a" da CF/88. 2. Reconhece-se a legitimidade ativa dos pais de vítima direta para, conjuntamente com essa, pleitear a compensação por dano moral por ricochete, porquanto experimentaram, comprovadamente, os efeitos lesivos de forma indireta ou reflexa. Precedentes. 3. Recurso especial não provido.” (BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp 1208949/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, Terceira Turma, DJe 15/12/2010). DO ARBITRAMENTO DA CONDENAÇÃO Configurada a prática de ato ilícito, surge automaticamente o dever de indenizar pelos danos morais verificados. No momento de fixação da indenização também deve ser levado em conta às condições econômicas da ré, uma EMPRESA renomada com premio de melhor empresa de transporte de passageiro do Brasil, concedida pela revista especializada Transporte Moderno. E neste caso a indenização deve ser fixada para o Autor ZEGUIAR DA SILVA ROEDRIGUES, bem como para cada integrante da sua família: GABRIELA, RUAN E ESPOSA. No que tange ao arbitramento da condenação, mister registrar que essa deve ter um conteúdo pedagógico, visando tanto compensar as vítimas pelo dano – sem, contudo, enriquecê-las – quanto punir o infrator, sem arruiná-lo. Não pode ser um valor insignificante porque, no caso das vítimas, nada significa para elas e, no caso da ré, tampouco significa. De se referir que deve ser o bastante para que o Requerido nunca mais pense em praticar esse tipo de ilícito e o suficiente para que as vítimas não se sintam menosprezadas pela Justiça. Nesse sentido, doutrina e jurisprudência vêm se posicionando de forma análoga à prelecionada por R. Limongi França, que, em artigo intitulado Reparação do Dano Moral (publicado na RT-631, de maio de 1988, p. 33), assim condensa o pensamento de doutrinadores da importância de Maciá, Giorgi, Gabba, Mello da Silva, Orozimbo Nonato e Aguiar Dias: “a) Se o dinheiro não paga, de modo específico, o “preço” da dor, sem dúvida enseja ao lesado sensações capazes de amenizar as agruras resultantes do dano não econômico. b) Não há exata eqüipolência nem mesmo no terreno dos danos exclusivamente econômicos. A incidência do mesmo óbice, tratando-se de danos morais, não constituiria impedimento à indenização. c) A alegria é da mesma natureza transcendente da tristeza. “Seriam ambas (…) valores da mesma essência e que, por isso mesmo, poderiam ser compensados ou neutralizados, sem maiores complexidades.” d) Não se trataria de restaurar os bens lesados do ofendido, mas sim ‘di fare nacere in lui una nuova sorgente de felicità e de denessere, capace de alleviare le consequenze del dolore ingiustamente provate’.”4 4 “De fazer nascer nele um novo sentimento de felicidade e de se tornar capaz de aliviar as conseqüências da dor injustamente provada”. O valor da indenização pelo dano moral não se configura um montante tarifado legalmente. A melhor doutrina reconhece que o sistema adotado pela legislação pátria é o sistema aberto, no qual o Órgão Julgador pode levar em consideração elementos essencial. 
Desse modo, as condições econômicas e sociais das partes, a gravidade da lesão e sua repercussão e as circunstâncias fáticas, o grau de culpa, tudo isso deve ser considerado. Assim, a importância pecuniária deve ser capaz de produzir-lhe um estado tal de neutralização do sofrimento impingido, de forma a “compensar a sensação de dor” experimentada e representar uma satisfação, igualmente moral. Anote-se, por oportuno, que não se pode olvidar que a presente ação, nos dias atuais, não se restringe a ser apenas compensatória; vai mais além, é verdadeiramente sancionatória, na medida em que o valor fixado a título de indenização reveste-se de pena civil. Mais do que isso, a pena pecuniária deve estar abrangida pela prevenção especial, que diz respeito ao Requerido AUTO AVIAÇÃO 1001 LTDA, mas também pela prevenção geral, que diz respeito a todos os profissionais liberais e todas as pessoas, prestadores ou não de serviço, para desestimular este tipo de prática abusiva e falaciosa em todos os estratos da sociedade. Quer dizer, se não é possível impedir que uma pessoa pense em falsear ardilosamente em juízo, é dever do estado e da sociedade civil desestimular que aja esse tipo de conduta, seja contra quem for
Sérgio Cavalieri Filho aprofunda que “por se tratar de algo imaterial ou ideal, a prova do dano moral não pode ser feita através dos mesmos meios utilizados para a comprovação do dano material.” Tal situação “acabaria por ensejar o retorno à fase de irreparabilidade do dano moral em razão de fatores instrumentais” 4 Desta feita, a condenação do réu em indenizar financeiramente o autor pelos danos morais, além do caráter de reparação dos sentimentos negativos impostos à vítima do dano, possui o fator sancionatório para que o requerido compreenda sua responsabilidade perante a sociedade. O autor não pode arcar com as consequências advindas da atividade do requerido! Esse deve estar consciente de sua atuação e dos resultados que poderá ocasionar. Ainda, o dano moral causado ao autor é o chamado Dano Moral Direto, ou seja, lesão específica de um direito extrapatrimonial, como os direitos da personalidade. 3 GARCIA, Fernando Murilo Costa. Op. Cit. P. 69. 4 CAVALIEIRI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. 10. Ed. São Paulo. Atlas, 2012. P. 97 Neste sentido, podemos afirmar que o dano moralé aquele que lesiona a esfera personalíssima da pessoa (seus direitos da personalidade), violando, por conseguinte, sua intimidade, vida privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados constitucionalmente e de forma ilimitada. Aliás, a respeito de tal matéria já se pronunciava IHERING ao dizer que é ilimitada a reparação do dano moral e afirmava: “o homem tanto pode ser lesado no que é como no que tem”. Trata-se de uma "lesão que atinge valores físicos e espirituais, a honra, nossas ideologias, a paz íntima, a vida nos seus múltiplos aspectos, a personalidade da pessoa, enfim, aquela que afeta de forma profunda não os bens patrimoniais, mas que causa fissuras no âmago do ser, perturbando-lhe a paz de que todos nós necessitamos para nos conduzir de forma equilibrada nos tortuosos caminhos da existência.", como bem define CLAYTON REIS (Avaliação do Dano Moral, 1998, ed. Forense). A Magna Carta em seu art. 5º consagra a tutela do direito à indenização por dano material ou moral decorrente da violação de direitos fundamentais, tais como a honra e a imagem das pessoas: 
"Art. 5º (...) X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;(...)”. Assim, a Constituição garante a reparação dos prejuízos morais e materiais causados ao ser humano. Este dispositivo assegura o direito da preservação da dignidade humana, da intimidade, da intangibilidade dos direitos da personalidade. O Código Civil agasalha, da mesma forma, a reparabilidade dos danos morais. O art. 186 trata da reparação do dano causado por ação ou omissão do agente: 
"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". 
Dessa forma, o art. 186 do novo Código define o que é ato ilícito, entretanto, observa-se que não disciplina o dever de indenizar, ou seja, a responsabilidade civil, matéria tratada no art. 927 do mesmo Código. Sendo assim, é previsto como ato ilícito àquele que cause dano, ainda que, exclusivamente moral. Faça-se constar art. 927, caput: 
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
"A personalidade do indivíduo é o repositório de bens ideais que impulsionam o homem ao trabalho e à criatividade e ocupações habituais. As ofensas a esses bens imateriais redundam em dano extra patrimonial, suscetível de reparação. Com efeito, em situações que tais, o ato lesivo afeta a personalidade do indivíduo, sua honra, sua integridade psíquica, seu bem-estar íntimo, suas virtudes, enfim, causando-lhe mal-estar ou uma indisposição de natureza espiritual. Sendo assim, a reparação, nesses casos, reside no pagamento de uma soma pecuniária, arbitrada pelo consenso do juiz, que possibilite ao lesado uma satisfação compensatória da sua dor íntima, e compense os dissabores sofridos pela vítima, em virtude da ação ilícita do lesionador. 
Inúmeros julgados firmam esse entendimento. No STJ: AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL N. 612.310-RS (2014/029173-2) RELATOR: MINISTRO MARCO AURÉLIO BELIZE AGRAVANTE: VIA DIZA DE VASCONCELOS ADVOGADO: VIAN DE VASCONCELOS (EM CAUSA PRÓPRIA) AGRAVADO: MARCO ANTONIO LIMBERGER ADVOGADO: JOCÉLIA MATILDE LOPES E OUTROS EMENTA - CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA C/ INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS 1. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. REEXAME DO CONTRATO E DE FATOS E PROVAS. INADIMISSIBILIDADE. SÚMULAS 5 E 7 DO STJ. 2. RETENÇÃO INDEVIDA PELA ADVOGADA DE VALOR PERTENCENTE AO CLIENTE. ATO ILÍCITO. DANO MORAL CONFIGURADO. 3. VALOR FIXADO. REXAME CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. 4. AGRAVO IMPROVIDO – nosso grifo No julgamento de apelação de caso análogo o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul assim decidiu: Apelação – n. 0818756-94.2012.8.12.0001 – Campo Grande Relator – Exmo. Sr. Dr. Des. Fernando Mauro Moreira Marinho Apelantes: João Catarino Tenório Novaes e outro Advogada: Edir Lopes Novaes Advogada: Denise Battistotti Braga EMENTA – APELAÇÃO CÍVEL – COBRANÇA DE CRÉDITO TRABALHISTA RECEBIDO PELO ADVOGADO E NÃO REPASSADO AO CLIENTE E INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL – ILEGITIMIDADE PASSIVA AFASTADA – AUSÊNCIA DE DANO MORAL PELO INADIMPLEMENTO CONTRATUAL – AFASTADA – AUSÊNCIA DE DANO MORAL PELO INADIMPLMENTO CONTRATUAL – AFASTADA MINORAÇÃO DO VALOR DE DEZ MIL REAIS - VALOR MANTIDO – RECURSO DESPROVIDO. 1. Se a legitimidade processual decorre da titularidade do direito material (art. 6º. Do CPC) é parte passiva legítima para ação de cobrança de honorários advocatícios recebido pelo advogado e não repassado à parte, de todos os advogados constantes na procuração e que atuaram na ação judicial. 2. A retenção de valores afetos a crédito alimentar não corresponde a mero descumprimento contratual, de forma a ser fato gerador para a condenação por dano moral, diante da situação de aflição psicológica e angústia de não recebimento de valores reservados à vida. 3. O valor de dez mil reais a título de danos morais por retenção de crédito trabalhista por advogado não se mostrar desproporcional até porque para que se cumpra a finalidade preventiva do dano moral. Quantificação do dano moral Assim, todo mal infligido ao estado ideal das pessoas, resultando malestar, desgostos, aflições, interrompendo-lhes o equilíbrio psíquico, constitui causa suficiente para a obrigação de reparar o dano moral. O dinheiro proporciona à vítima uma alegria que pode ser de ordem moral, para que possa, de certa maneira, não apagar a dor, mas mitigá-la, ainda com a consideração de que o ofensor cumpriu pena pela ofensa, sofreu pelo sofrimento que infligiu. Na avaliação do dano moral, o juiz deve medir o grau de seqüela produzido, que diverge de pessoa a pessoa. A humilhação, a vergonha, as situações vexatórias, devem somar-se nas conclusões do magistrado para que este saiba dosar com justiça a condenação do ofensor. Há ofensor, como no caso em tela, que age com premeditação, usando de má-fé, unicamente para ter benefício indevido, causando enorme dano à autora. A autora teve enormes prejuízos em relação ao dano ambiental causado em seu local de trabalho, a Baia de Todos os Santos. Aguardou por mais de 6 (seis) longos anos para ter direito à verba alimentar que lhe era devida e viu novamente seu direito ser ceifado pelo requerido no momento em que esse reteve indevidamente valores consagrados judicialmente à autora. Neste caso, a condenação deve atingir somas mais altas, trazendo não só a função compensatória à Requerente, mas também o caráter punitivo e desestimulante ao banco réu, como há muito já vem decidindo os Tribunais: “O valor da indenização para garantir compensação ao lesionado e penalidade ao lesionador, por certo, não pode se descurar da capacidade econômica de cada envolvido no litígio. É válido mencionar, desta feita, que tanto na Doutrina quanto na Jurisprudência, o valor deve ser fixado com: "Caráter dúplice, tanto punitivo do agente, quanto compensatório em relação a vítima." (TJSP - 7ª Câm. - Ap. - Rel.: Campos Mello - RJTJESP 137/186-187. 1. 
IV–DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o Autor pleiteia: 
a) Seja a Ré citada para contestar a presente ação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria fática estipulada na inaugural; 
b) Seja, ao final, julgada procedente a demanda para condenar a ré a indenizar os danos morais experimentados pelo Autor e sua família;
 c) Por fim, seja a Ré condenada em custas e honorários advocatícios, esses arbitrados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação; 
d) A opção do Autor, conforme inciso VII, do art. 319, do Novo CPC (Lei nº 13.105/2015), é pela realização de audiência de conciliação, na qual requer seja proposto um valor indenizatório pelos danos sofridos pela vítima e consequentemente sua família que fora atingida, a ser pago individualmente a cada um dos Autores da presente ação;
 e) Quanto às informações referentes a endereço eletrônico e estado civil da Ré, pugnam os autores pelo adequadocumprimento do § 1º, do art. 319, do Novo CPC (Lei nº 13.105/2015). Além das provas já juntadas e indicadas no corpo da petição e em seus anexos requerem as partes seja oportunizada a apresentação de novos documentos no decorrer deste processo, bem como requer a oitiva de testemunhas cujo rol será proposto no devido momento;
f) Seja garantido o acesso á JUSTIÇA GRATUITA.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito.
VI-DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de 1.000 (hum mil) salários mínimos, R$ 1.039.000 (hum mil e trinta e nove salários mínimos ). 
Respeitosamente,
Pede deferimento.
Rio das Ostras, 09 de janeiro 2020.
Drº. Zeguiar da Silva Rodrigues
OAB/RJ 103.986
Dra. Gabriela Kissila Ribeiro Rodrigues 
OAB/RJ 216206

Continue navegando