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Prévia do material em texto

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE 
CAMPO GRANDE – MATO GROSSO DO SUL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MISAEL ALVES GOMES , brasileiro, 
estudante, portador do RG 2241368 SSP/MS e do CPF 069.817.901-30, 
menor neste ato representado por seus pais MARILIA NOELY ALVES DA 
COSTA, brasileira, autônoma, portadora do RG 934040 SSP/MS e do CPF 
837,067.801-78, e MARCIVAL FERREIRA DA SILVA , brasileiro, casado, 
limpador de vidros, portador do RG 372244889 e do CPF: 279.322.968-70 
ambos residentes e domiciliados na Rua Barbacena n: 1754, quadra 230 , lote 
14, Bairro Jardim Noroeste nesta cidade., vem mui respeitosamente à presença 
de V.Exa., através de seu procurador “in fine” firmado, para propor a 
competente: 
 
 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR 
DANOS MORAIS 
 
Em face à GT COMERCIAL DE ALIMENTOS LTDA inscrito no CNPJ: 
10.235.154/0002-05 Supermercado Santo Antonio, com endereço à 
Rua: Vaz de Caminha, 1414 Jardim Noroeste, Campo Grande, MS, e 
MEGA SEGURANÇA LTDA com endereço à Rua: Monte Belo, 152 
Itanhanga Park – Campo Grande / MS – CEP: 79004-320, nas razoes de 
fato e direito a seguir expostas, para ao final requerer: 
 
 
 
 
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 DOS FATOS: 
 
 
 Que o autor, MISAEL, menor de idade hoje com 14 
anos de idade é morador do Bairro Jardim Noroeste, sendo que a pedido de 
sua mão compareceu ao Mercado Santo Antonio para adquirir 01 leite de 
saquinho buriti no valor de R$ 2,20(dois reais e vinte centavos), as 17:08 horas 
do dia 03/05/2016, sendo que o fez e pagou no caixa(operadora Josiane 
Coelho), porém estava saindo quando percebeu que deixou de pegar 01 
pacote de farinha de trigo DALLAS, no valor R$ 2,49(dois reais e quarenta e 
nove centavos), sendo que pagou também pelo produto(operadora Josiane) foi 
quando deixou a sacola com o leite no mesmo caixa e foi buscar o trigo e 
retornou no mesmo caixa, saindo dali com os 02 produtos pagos. 
 Ao cruzar a porta de saída disparou o sistema de 
alarme e que nesta ocasião foi chamado por um segurança da firma MEGA 
SEGURANÇA, que pelo que sabe o nome deste é Alex, que o mesmo 
mandando que levantasse a camisa e colocasse os bolsos da calça pra fora. 
Como nada encontrou Alex então deixou que o autor deixasse o local. 
 
 
 Haviam algumas pessoas no mercado no ato do 
ocorrido, sendo que o autor fora intimidado e porque não falar humilhado, 
sendo acusado de algo que não fez. 
 
 O autor chegou em sua casa e contou para os pais o 
ocorrido, sendo que estava chateado e chorou pela situação vexatória a que foi 
submetido injustamente. 
 Que a mãe foi ao mercado para tomar satisfação quando 
o gerente somente pediu desculpas. 
 
 Que o autor trata-se de pessoa humilde e estudiosa e 
seus pais que ora o representam são pessoas simples, trabalhadoras e 
evangélicas, que dão duro para ter a educação de seus filhos em dia. 
 
 Que o menor não esquece o ocorrido estando abalado 
emocionalmente por isso, e seus pais inconformados estão pois o menor seria 
incapaz de praticar qualquer ato ilícito, pois apesar de humildes não 
necessitam de subtrair alimentos ou qualquer outra coisa. 
 
 Que a mãe do menor registrou boletim de ocorrências junto 
à 3ª Delegacia de Policia, para que seja tomada a devida providencia e o autor 
do fato responsabilizado por injúria. 
 
 Que o mercado é responsável pelo ocorrido, mesmo tendo 
terceirizado a firma de segurança onde o abordante trabalha, vez que trata-se 
de direito do consumidor, vez que o autor estava ali para consumir no mercado. 
 
 Que a senhora Marília a mãe do menor compareceu no 
estabelecimento Comercial MEGA SEGURANÇA, sendo que falou com o 
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responsável da firma o Sr.º Ítalo e que este não forneceu se era o Alex que 
estava de plantão naquele dia no mercado alegando ser confidencial. 
 
 Ante ao exposto, e por questão de justiça, veio o autor neste 
ato representado por seus pais buscar seus direitos vez que se sente 
humilhado e acusado injustamente, devendo o requerido indeniza-lo por danos 
morais ante ao ocorrido. 
 
 
 DO DIREITO 
 
 A FONTE DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 
 
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
11.- Nossa Carta Magna, em seu artigo 5º, garante aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, e em especial nos incisos: 
 
V- é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, ALÉM DA 
INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL, MORAL OU À IMAGEM;(destaque 
nosso) 
 
X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, A HONRA E A IMAGEM DAS 
PESSOAS, ASSEGURADO O DIREITO A INDENIZAÇÃO PELO DANO 
MATERIAL OU MORAL DECORRENTE DE SUA VIOLAÇÃO. 
 
 
O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
 
 
 
12.- Nossa Lei Substantiva Civil é clara em seu artigo 159, quando diz: 
 
 
 
Art. 159 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, 
violar direito, OU CAUSAR PREJUIZO A OUTREM, FICA OBRIGADO A REPARAR O 
DANO(destaque nosso). A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade 
regulam-se pelo disposto neste Código, arts. 1518 a 1532 e 1537 a 1553. 
 
 
A FONTE DOUTRINÁRIA 
 
13- Carlos Roberto Gonçalves, em sua obra, Responsabilidade Civil, pag. 117, com 
propriedade, 
“observa que à falta de legislação específica, as questões suscitadas a respeito da 
responsabilidade civil dos estabelecimentos bancários tem sido solucionadas à luz da 
doutrina e da jurisprudência, podendo ser a responsabilidade contratual(na relação 
entre banco e seus clientes) ou aquiliana(danos a terceiros não clientes)”. 
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14- Sérgio Carlos Covello, in Responsabilidade Civil, pág. 277/278, anotou que a 
teoria do risco profissional, iniciada por Josserand e Saleilles, e sustentada no direito 
pátrio, por vários juristas, funda-se no pressuposto de a 
 
“RESPONSABILIDADE CIVIL DEVE SEMPRE RECAIR SOBRE AQUELE QUE EXTRAI 
MAIOR LUCRO DA ATIVIDADE QUE DEU MARGEM AO DANO - UBI EMOLUMENTUM 
IBI ONUS -. E, POIS, QUEM EXTRAI MAIOR LUCRO DO INSTITUTO DO CHEQUE É O 
BANCO, DEVENDO SER ESTE RESPONSABILIZADO, EM QUALQUER HIPÓTESE, 
...(destaque nosso)”. 
 
15 - Washington de Barros Monteiro, arreda, desde logo, qualquer confusão entre 
dolo civil e dolo criminal, assim como entre dolo civil e dolo processual. 
“No direito penal, diz-se doloso o crime quando o agente quis o resultado ou assumiu o 
risco de produzí-lo(CP, art. 17, I), podendo ser direto ou indireto. Dolo processual é o 
decorrente da maneira pela qual o litigante se conduz na causa. Dolo civil, em sentido 
amplo, é todo artifício empregado para enganar alguém(“dolus est consilium alteri 
noccendi”). 
 
16 - Clovis Bevillaqua, define dolo, em sentido restrito e técnico, como sendo o 
artifício ou expediente astucioso empregado para induzir alguém à prática de um ato, 
que o prejudica, e aproveita ao autor do dolo ou a terceiro( in Responsabilidade Civil, 
pág. 20l/202). 
 
17- Segundo Demogue, é necessário que se estabeleça uma relação de causalidade( 
nexo causal ) entre a injuricidade da ação e o mal causado, ou seja, é preciso esteja 
certo que, sem este fato, o dano não teria acontecido. Assim, não basta que uma pessoa 
tenha contravindo a certas regras, é preciso que sem esta contravenção, o dano não 
ocorreria.(Traité des Obligations em général, vol. IV, n.º66) 
 
18- CARLOS ALBERTO BITTAR, in Reparação Civil por Danos Morais: Tendências 
Atuais, ressalta que, 
 
“” INTERESSA AO DIREITO E À SOCIEDADE QUE O RELACIONAMENTO ENTRE OS 
ENTES QUE CONTRACENAM NO ORBE JURÍDICO, SE MANTENHA DENTRO DE 
PADRÕES NORMAIS DE EQUILÍBRIO E DE RESPEITO MÚTUO. 
ASSIM, EM HIPÓTESE DE LESIONAMENTO, CABE AO AGENTE SUPORTAR AS 
CONSEQUÊNCIAS DE SUA ATUAÇÃO, DESESTIMULANDO-SE, COM A ATRIBUIÇÃO DE 
PESADAS INDENIZAÇÕES, ATOS ILÍCITOS TENDENTES A AFETAR OS REFERIDOS 
ASPECTOS DA PERSONALIDADE HUMANA. 
Mais adiante assinala que, NESSE SENTIDO É QUE A TENDÊNCIA MANIFESTADA, A 
PROPÓSITO, PELA JURISPRUDÊNCIA PÁTRIA, É A DA FIXAÇÃO DE VALOR DE 
DESESTÍMULO COMO FATOR DE INIBIÇÃO A NOVAS PRÁTICAS LESIVAS. 
TRATA-SE, PORTANTO, DE VALOR QUE, SENTIDO NO PATRIMÔNIO DO LESANTE, O 
POSSA FAZER CONSCIENTIZAR-SE DE QUE NÃO DEVE PERSISTIR NA CONDUTA 
REPRIMIDA, OUENTÃO DEVE AFASTAR-SE DA VEREDA INDEVIDA POR ELE ASSUMIDA. 
DE OUTRO PARTE, DEIXA-SE PARA A COLETIVIDADE, EXEMPLO EXPRESSIVO DA 
REAÇÃO QUE A ORDEM JURÍDICA RESERVA PARA INFRATORES NESSE CAMPO, E EM 
ELEMENTO QUE, EM NOSSO TEMPO, SE TEM MOSTRADO MUITO SENSÍVEL PARA AS 
PESSOAS, OU SEJA, O RESPECTIVO ACERVO PATRIMONIAL. 
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Finalmente, ressalta o Autor que, COMPENSAM-SE COM ESSAS VERBAS, AS 
ANGÚSTIAS, AS DORES, AS AFLIÇÕES, OS CONSTRANGIMENTOS E, ENFIM, AS 
SITUAÇÕES VEXATÓRIAS EM GERAL A QUE O AGENTE TENHA EXPOSTO O LESADO, 
COM SUA CONDUTA INDEVIDA. 
A atribuição do quantum in casu, FICA A CRITÉRIO DO JUIZ, QUE, RELACIONADO 
DIRETA E ESPECIFICAMENTE A QUAESTIO SUB LITEM, SE ENCONTRA APTO A 
DETECTAR O VALOR COMPATÍVEL ÀS LESÕES HAVIDAS””. 
 
A FONTE JURISPRUDENCIAL 
 
 
19.- Se nossa Legislação e a Doutrina são robustamente cristalinas e determinantes na 
proteção ao pleito da Autora, por óbvio a Jurisprudência , por ser o espelho do 
pensamento da Magistratura Nacional, não dissente, seguindo a mesma linha, senão 
vejamos: 
 
“SÃO CUMULÁVEIS AS INDENIZAÇÕES POR DANO MATERIAL E DANO MORAL 
ORINDO DO MESMO FATO”(Súmula 37, do STJ). 
 
“RESPONSABILIDADE CIVIL - RESSARCIMENTO AUTÔNOMO DE DANO MORAL. SE 
A DOR NÃO TEM PREÇO, A SUA ATENUAÇÃO TEM. SÃO CUMULÁVEIS AS 
INDENIZAÇÕES POR DANO MATERIAL E DANO MORAL ORIUNDO DO MESMO 
FATO. SÚMULA 37 DO STJ.” 
(RECURSO ESPECIAL n.º 6301, RIO DE JANEIRO, rel. JOSÉ DE JESUS FILHO, in RSTJ, 
VOL 00040, página 00143). 
 
“AGRAVO REGIMENTAL. INDENIZAÇÃO. CUMULAÇÃO DE DANO MORAL E MATERIAL. 
MATÉRIA SUMULADA - ENCONTRANDO-SE A MATÉRIA SUMULADA - SÃO 
CUMULÁVEIS AS INDENIZAÇÕES POR DANO MATERIAL E DANO MORAL ORIUNDOS 
DO MESMO FATO( SÚMULA N.º 37) - NÃO SE JUSTIFICA O PROVIMENTO DE AGRAVO 
PARA SUBIDA DO RECURSO ESPECIAL. 
Decisão: POR UNANIMIDADE NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO REGIMENTAL. 
(AGRAVO REGIMENTAL n.º 19536, RIO DE JANEIRO, rel. HÉLIO DE MELLO 
MOSIMANN, in DJ, de 23.11.92, página 21872). 
 
“RESPONSABILIDADE CIVIL. DESNECESSIDADE DE PROVA DE 
PREJUÍZO. DAMNUM IN RE IPSA. FIXAÇÃO DO QUANTUM PELA TÉCNICA DO 
VALOR DE DESESTÍMULO. NECESSIDADE DE SANCIONAMENTO DO LESANTE. 
RECURSO PROVIDO.”(I/TACSP, 4a C., Ap. 551.620-1). 
 
 
20.- Dos Julgados do STJ e do nosso E. Tribunal de Justiça, depreende-se assertiva 
condenatória pela inclusão restritiva do nome do Autor, direcionando a vertente 
predominante para a condenação oriunda da prática de tal ilícito, senão vejamos: 
 
ROL DE DEVEDORES. SPC. QUANDO TITULO EXECUTIVO REFERENTE A DIVIDA 
MOTIVADORA DA INSERÇÃO DO NOME DE ALGUÉM EM NOMINATA DE 
DEVEDORES JÁ NÃO HÁ, TAL INCLUSÃO PERDURAR NÃO PODE. RECURSO 
ESPECIAL NÃO CONHECIDO. UNANIME. 
Decisão : POR UNANIMIDADE, NÃO CONHECER DO RECURSO. 
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(STJ: RECURSO ESPECIAL no. 24555, RIO GRANDE DO SUL, rel. LUIZ CARLOS FONTES 
DE ALENCAR, in DJ, de 09-11-92, página 20379) 
 
Agravo de instrumento - Execucional - Tutela cautelar inominada - Inscrição do nome 
do devedor em órgão de proteção ao crédito - Ilegitimidade passiva ad causam - 
Procedimento recursal extinto. A Centralização de Serviços de Bancos S/A, também 
conhecida como SERASA, é uma empresa privada, respondendo por seus atos, 
tendo autorização da Corregedoria- Geral da Justiça de Santa Catarina, através 
da Portaria n. 31/88,para obter no foro judicial e extrajudicial informações 
acerca de concordatas, falências, execucionais, buscas e apreensões. Ipso facto, 
há ilegitimidade passiva ad causam do estabelecimento bancário para ordenar a 
exclusão de registro, que, de resto, inexiste prova documental que tenha provocado. 
Em conseqüência, o procedimento recursal é extinto. 
Decisão : 
 
(TJSC: AGRAVO DE INSTRUMENTO no. 960127534, SÃO BENTO DO SUL, rel. 
FRANCISCO OLIVEIRA FILHO, in DJ, de 24-03-97, pág. 0) 
 
 
DANO MORAL. O INDEVIDO PROTESTO DE UM TÍTULO PODE ACARRETAR ABALO 
DE CRÉDITO ENSEJANDO A INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. 
Decisão: NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO, POR MAIORIA. 
( TJDF: APELAÇÃO CÍVEL n.º 3362, rel. DES. WALDIR MEUREN, in DJ, de 29.09.76, pág. 
8.492 ). 
 
“RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. PROTESTO DE TÍTULO INDEVIDO. 
ARBITRAMENTO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. ART. 1553 DO CÓDIGO CIVIL. 
INVIÁVEL NO RECURSO ESPECIAL A PRETENSÃO DE REEXAMINAR MATÉRIA 
PROBATÓRIA(SÚMULA 07/STJ). NADA OBSTA QUE MONTANTE DA 
INDENIZAÇÃO SEJA DETERMINADO DESDE LOGO PELO JULGADOR, 
INDEPENDENTEMENTE DA NOMEAÇÃO DE PERITO. PRECEDENTE DA QUARTA 
TURMA/STJ. RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO. 
Decisão: POR UNANIMIDADE, NÃO CONHECER DO RECURSO. 
(RECURSO ESPECIAL N.º 43090, SÃO PAULO, rel. RAPHAEL BARROS MONTEIRO 
FILHO, in DJ, de 09.05.94, página 10879). 
 
21.- A Ré, numa demonstração inequívoca de falta de zelo e descuido 
profissional, PRATICOU DIVERSOS ILÍCITOS, DEVENDO SER FIRMEMENTE 
CONDENADA PECUNIARIAMENTE, AO protestar título indevidamente, omitir-se 
para proceder o cancelamento, além de responsabilizar-se pela remessa do 
nome do Autor ao SERASA. 
 
“” NÃO É POSSÍVEL NEGAR QUE QUEM VÊ INJUSTAMENTE SEU NOME APONTADO 
NOS TAIS SERVIÇOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO QUE SE DIFUNDEM POR TODO O 
COMÉRCIO SOFRE UM DANO MORAL QUE QUER REPARAÇÃO. (TJRJ, Ap. Civ. n.º 
3700/90, rel. Des. Renato Manesch, in, ADCOAS/93 134760). 
 
INDENIZAÇÃO - DANO MORAL-SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - A INCLUSÃO 
INDEVIDA DE NOME NO CADASTRO DO SPC GERA PARA O RESPONSÁVEL A 
OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR POR DANO MORAL, DECORRENTE DE ATO LESIVO A 
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HONRA DO CIDADÃO; NO MESMO SENTIDO, AP. CÍVEL 203541-2, 4a C. Civil. rel. JUIZ 
T. SALLES, 18.10.95, BEM. INF. 193423-4/1. 4a C.CIVEL. REL. M.ELZA. 25.10.95.-
AP.CIVEL 221949-6 1a c. civil. rel. P.PENA. 17.09.96-AP.CÍVEL 212970-2 2a C.CIVIL 
REL C. MACHADO 11.06.96-AP.CIVEL 230232-5 7a C.CIVIL REL F. BRAULIO 13.02.97 
AP.CIVEL 234976-8 4a C.CIVIL REL. C.C.PADUANI 14.05.97 
( TAMG : Apelação(CV), n.º1155969100, CATAGUASES, rel. LOPES DE ALBUQUERQUE, 
in DJ/93 
 
 
 DO DANO MORAL 
 
 O patrimônio de uma pessoa, não está 
representado apenas por sua riqueza no tocante aos bens materiais, nele se 
computam também obrigações e todos os bens de ordem moral, entre estes o 
direito à vida, à honra, à liberdade e à boa fama; 
 
Todo e qualquer ato ilícito, praticado em descompasso com o ordenamento 
jurídico, dever ser devidamente punido e desestimulado, tendo, toda lesão a 
qualquer direito, a conseqüência imediata da obrigação de indenizar. 
 
 A responsabilidade civil enfatiza o dever de 
indenizar, sempre que os elementos caracterizadores do ato ilícito estiverem 
presentes. Tal princípio emerge do art. 186 do Código Civil Brasileiro, qual 
seja:“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntá ria, negligência 
ou imprudência violar direito e causar dano a outre m, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito.” (grifo n osso)“Art. 927. Aquele 
que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a 
repará-lo. (grifo nosso)Parágrafo único. Haverá obr igação de reparar o 
dano, independentemente de culpa, nos casos especif icados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo au tor do dano 
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”Devido a 
dívida antiga traduzir novação, instituto este que de CAIO MARIO3 
mereceu, dentre outras, as Seguintes linhas, verbis :“Os efeitos da 
novação aparecem como um consectário lógico de sua própria estrutura. 
Sua função precípua é extinguir automaticamente a o brigação antiga, 
libertando o devedor daquele vínculo. Daí constitui r um acordo 
liberatório, muito embora não chegue a ser um contr ato, em sentido 
técnico. Matando a obrigação pelo surgimento de nov a, logo de plano 
outras conseqüências advêm;”Segundo ainda CAIO MÁRI O DA SILVA 
PEREIRA:“...para a determinação da existência do da no, como elemento 
objetivo da responsabilidade civil, é indispensável que haja ofensa a um 
bem jurídico.”Inobstante temos que em matéria de re sponsabilidade civil 
para que haja o dever de reparar é necessário a exi stência de alguns 
requisitos essenciais para a caracterização do dire ito, dentre eles: 
 
-existência de uma ação, comissiva ou omissiva; 
-ocorrência de um dano moral ou patrimonial 
causado à vítima por ato comissivo ou omissivo do 
agente; 
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-e nexo de causalidade entre o dano e ação, fato 
gerador da responsabilidade. 
 
MARIA HELENA DINIZ, em sua obra Curso de Direito Civil Brasileiro – 7º . 
volume – Responsabilidade Civil, comenta os requisitos apontados 
anteriormente:...ação – qualificada juridicamente, isto é, que se apresenta 
como um ato ilícito ou licito, pois ao lado da culpa, como fundamento da 
responsabilidade, temos o risco. A regra básica é que a obrigação de indenizar, 
pela prática de atos ilícitos advém da culpa...; 
...dano – não pode haver responsabilidade civil sem, que deve ser certo, a um 
bem ou interesse jurídico, sendo necessária a prova real e concreta dessa 
lesão...; 
...nexo de causalidade – se o lesado experimenta um dano, mas este não 
resultou da conduta do réu, o pedido de indenização será improcedente. Será 
necessária a inexistência de causa excludente de responsabilidade... (...) .... 
realmente não haverá a relação de causalidade se o evento se deu, por 
exemplo, por culpa exclusiva da vítima (RF, 282:232)Com base em todas as 
considerações, patente está o direito da Autora em se ver devidamente 
indenizada na forma da lei, conforme preconiza todas as regras de 
responsabilidade civil.2.0 – DO “QUANTUM” INDENIZATÓRIO dano moral 
advém da dor e a dor não tem preço. Modernamente, verificamosque o dano 
moral não corresponde a dor, mas ressalta efeitos maléficos marcados pela 
dor, pelo sofrimento. É a apatia, a morbidez mental, que toma conta do 
ofendido. Surge o padecimento intimo, a humilhação, a vergonha, o 
constrangimento de quem é ofendido em sua honra e dignidade, o vexame e a 
repercussão social por um crédito ou direito negado Na avaliação do dano 
moral, o juiz deve medir o grau de seqüela produzido, que diverge de pessoa a 
pessoa. A humilhação, a vergonha, as situações vexatórias, a posição social do 
ofendido, o cargo por ele exercido e a repercussão negativa em suas 
atividades devem somar-se nos laudos avalia tórios para que o juiz saiba dosar 
com justiça a condenação do ofensor.Há ofensor que age com premeditação, 
como é o presente caso, usando 
de má-fé, unicamente com objetivo para prejudicar, forçar o pagamento. Neste 
caso, a condenação deve atingir somas mais altas. 
 
CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA: 
“...o fundamento da reparabilidade pelo dano moral está em que, a par do 
patrimônio em sentido técnico, o individuo é titular de direitos integrantes de 
sua personalidade, não podendo a ordem jurídica conformar-se em que sejam 
impunemente atingidos.”Devem os julgadores atentar para a repercussão do 
dano na vida do ofendido e para a possibilidade econômica do ofensor. A 
Constituição Federal, em seu art. 5º incisos V e X, prevê a indenização por 
dano moral como proteção a direitos individuais, o que já haviam feito o Código 
Brasileiro de Telecomunicações, a Lei da Imprensa e a Lei dos Direitos 
Autorais, especificadamente. 
 
IVES GANDRA MARTINS considera relevantes alguns aspectos, os quais 
devem ser analisados pelos julgadores: extensão do dano, situação patrimonial 
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e imagem do lesado, situação patrimonial do ofensor, intenção do autor do 
dano. Toda vez que 
houver ataque a honra, a dignidade, a reputação de uma pessoa, deverá estar 
presente a reparação pelo dano moral.Código de Hamurabi, art. 127:“Se um 
homem livre estender um dedo contra uma sacerdotisa ou contra a esposa de 
um outro e não comprovou, arrastarão ele diante do juiz e raspar-lhe-ão a 
metade do seu cabelo”Aí está uma pena de reparação do dano moral. Além de 
outros qual Lei das XII Tábuas – 2 – “se alguém causa um dano 
premeditadamente, que o repare” 
Alcorão V – “o adúltero não poderá casar-se senão com uma adúltera.”Na 
antiga Roma: a cada ofensa moral correspondia uma reparação em dinheiro 
aplicada pelo Juiz. Quantia essa que desse para aliviar ou minorar o dano.No 
Direito Canônico: inúmeros casos de Dando Moral e respectivas reparações, 
principalmente por promessas de casamento.Na Bíblia: “se um homem 
encontrar uma donzela virgem, que não tem esposo, e tomando-a à força a 
desonrar, e a causa for levada a juízo, o que a desonrou dará ao pai da 
donzela cinqüenta ciclos de prata, tê-la-á por mulher, porque a humilhou, não 
poderá repudiá-la em todos os dias de sua vida.”IHERING dizia que é ilimitada 
a reparação do dano moral e afirmava: “o homem tanto pode ser lesado no que 
é, como no que tem”. Lesado no que é – diz respeito aos bens intangíveis, aos 
bens Morais (nome, fama, dignidade, honradez). Lesado no que tem 
– relaciona-se aos bens tangíveis, materiais.A reparação civil é feita através da 
restituição das coisas ao estado anterior e mediante reparação pecuniária. A 
ofensa por dano moral não pode ser reparada senão pecuniariamente. O 
ministro do STJ CARLOS A. MENEZES assim se manifestou: “não há que falar 
em prova do dano moral e sim do fato que gerou a dor, o sofrimento, 
sentimentos íntimos que o ensejam”.Decisões acertadas em relação a forma do 
quantum a indenizar no caso 
de dano moral:“DANO MORAL – INDENIZAÇÃO – ARBITRAMENTO. COMO 
SE REALIZA – No Direito Brasileiro, o arbitramento da Indenização do Dano 
Moral ficou 
entregue ao prudente arbítrio do Juiz. Portanto, em assim sendo, desinfluente 
será o parâmetro 
por ele usado na fixação da mesma, desde que leve em conta a repercussão 
social do dano e seja compatível com a situação econômica das partes e, 
portanto, razoável.” 
 
 (TJRJ – Rel. MARLAM DE MORAES MARINHO) 
“FIXAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO: CRITÉRIOS – 
Inexistindo critérios previstos por Lei a indenização deve ser entregue ao livre 
arbítrio do julgador que, evidentemente, ao apreciar o caso concreto submetido 
a exame fará a entrega da prestação jurisdicional de forma livre e consciente, à 
luz das provas que forem produzidas. Verificará as condições das partes, o 
nível social, o grau de escolaridade, o prejuízo sofrido pela vítima, a 
intensidade da culpa e os demais fatores concorrentes para a fixação do dano, 
haja vista que costumeiramente a regra de direito pode se revestir de 
flexibilidade para dar a cada um o que é seu.” 
Excelência não se trata de pagar o transtorno e a angústia causada ao 
Requerente, porque este não tem preço, mas sim de dar ao lesado os meios 
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derivativos, com que se aplacam ou afugentam esses males, através de 
compensação em dinheiro, o quantum satis, a fim de afastar os sofrimentos ou 
esquece-los, ainda que não seja no todo, mas ao menos em grande 
parte.Destarte, com base nos fatos acima mencionados, resta veemente 
demonstrado os danos Morais experimentados pela Autora.Enfim, tamanha 
tragédia, jamais será esquecida pela Requerente, gerando abalos psicológicos 
imensuráveis, devendo assim tal indenização ser a mais reparadora e ampla 
possível, como forma de se afugentar e aplacar os males oriundos desta lesão 
moral, o que se busca com a aplicação do verdadeiro direito. 
Conforme visto é inquestionável a responsabilidade civil do Requerido, face ao 
prejuízo causado, haja vista o disposto em Lei, devendo portanto 
independentemente da culpa arcar com os prejuízos pela sua omissão. 
 
 
 DO PEDIDO: 
 
 Ante ao exposto, é esta para 
requerer: 
 
1) A citação dos requeridos, nos endereços mencionados no 
preâmbulo desta inicial, para que querendo contestar a 
presente ação, sob pena de revelia. 
2) A intimação do Ilustre Parquet, para colher seu parecer, por 
ser o Requerente menor de idade, incapaz; 
 
3) Seja julgada procedente a presente ação, condenando os 
requeridos na Indenização aos Autores; 
 
 
4) Sejam os requeridos que apresente o vídeo de monitoramentodo Supermercado data e horário para que prove que o Autor 
para que sirva de prova nos autos para que comprove o ora 
alegado. 
 
5) Seja o requerido condenado a arcar com o pagamento de 
DANOS MORAIS ao autor, em face do autor ter sido 
constrangido e humilhado perante ao público, no valor de R$ 
50.000,00(cinquenta mil reais) 
 
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6) Seja o requerido condenado ao pagamento das custas 
processuais e honorários advocatícios. 
 
7) Seja deferida a gratuidade processual ao autor, pelo fato deste 
não poder suportar com o pagamento de custas processuais e 
honorários de advogado; 
 
8) A inversão do ônus da prova, com fulcro no artigo 6º , VIII, da 
Lei n: 8.078/90. 
 
9) Que o autor tem interesse que seja designada audiência de 
tentativa de conciliação 
 
10) Que seja oficiado a MEGA SEGURANÇA, para que confirme 
que era o sr ALEX quem trabalhava no mercado no dia do 
ocorrido, e no caso de negativo informe quem realmente 
estava de serviço no dia do ocorrido e que fez a abordagem; 
 
 Protestando provar o alegado, por todos 
os meios de provas em direito admitidas, e dando à presente causa o 
valor de R$ 50.000,00( cinquenta mil reais). 
 
 Pede deferimento. 
 
 Campo Grande, 19 de Maio de 2.016. 
 
 
 
 Júlio César Marques 
 Advogado – OAB/MS 11.748 
 
 
 
 Andréia Priscila Mateus 
 Estagiária de Direito 
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