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TOXICOLOGIA GERAL 2°- FASE TOXICOCINETICA Fase em que estão agrupados todos os processos entre a absorção do agente até sua eliminação do organismo. Também estão sob estudo nessa fase a capacidade de distribuição e acúmulo dos agentes em tecidos particulares, bem como o comportamento do organismo no processo de biotransformação. Podemos citar quatro processos principais que são objetivo dessa fase: absorção (saída do agente do local de contato para a circulação sistêmica), distribuição (saída da circulação sistêmica para os diferentes tecidos), biotransformação (transformação sofrida pela molécula do agente, principalmente ao passar pelo fígado) e eliminação dos agentes (saída do agente do organismo). 3°-TOXICODINÂMICA Abrange o entendimento dos mecanismos da ação tóxica dos agentes. É a fase em que a interação entre o toxicante e os sítios de ligação celulares ou teciduais são analisados. A descrição dos mecanismos é importante para entendermos as alterações funcionais sofridas por órgãos e sistemas e, assim, atuarmos com propósito de contenção dos danos. 4°- FASE CLÍNICA Momento em que os sinais e sintomas são evidenciados. Todas as alterações promovidas pelos agentes repercutem em desequilíbrio e as disfunções orgânicas se tornam aparentes. ÁREAS DE ESTUDO E DE ATUAÇÃO DA TOXICOLOGIA Toxicologia Mecanicista- é a área de atuação que se ocupa da identificação dos mecanismos bioquímicos, celulares e moleculares pelos quais os agentes exercem seus efeitos. Por meio dos dados obtidos nesses estudos, tornamos mais seguro o contato com substâncias potencialmente nocivas. Ainda, torna-se possível identificar ou desenvolver antídotos que antagonizam a ação dos agentes tóxicos. É uma área importante para a avaliação de risco. CLASSIFICAÇÃO DOS TÓXICOS Reações alérgicas - As reações alérgicas são observadas quando há sensibilização prévia ao agente ou a moléculas com estrutura semelhante. É resultado de reação imunológica. Termos equivalentes como sensibilização e hipersensibilidade podem ser usados para caracterizar esse tipo de efeito indesejável. Elas podem ocorrer mesmo em doses baixas, caso o indivíduo já tenha estabelecido contato com o agente previamente. A exposição subsequente pode resultar em interação antígeno-anticorpo e provocar desde manifestação alérgica leve como a urticária (irritação cutânea) à manifestação grave como choque anafilático (manifestação de sintomas mais graves como dificuldade respiratória e choque hemorrágico). Em muitos casos, reações alérgicas são graves e podem levar a óbito. Reações Idiossincráticas- São respostas que ocorrem em indivíduos com determinada característica genética. A qualidade da resposta em geral não difere, mas a sensibilidade sim. Alguns indivíduos manifestam sensibilidade a doses muito baixas, ou são insensíveis mesmo em doses muito altas. Tolerância- Há ainda indivíduos que não respondem ao efeito tóxico de agentes quando são expostos previamente. É o espectro de efeito chamado Tolerância. Nessa situação, desenvolve-se a capacidade de reduzir a quantidade da substância tóxica no local onde o efeito é produzido ou reduzir a resposta do próprio tecido.Os efeitos tóxicos, quando ocorrem, podem ser reversíveis ou irreversíveis. O quadro vai depender da capacidade de regeneração do tecido exposto ao agente e da lesão patológica produzida. Lesões no sistema nervoso central são, em maioria, irreversíveis, enquanto lesões do tecido hepático podem ser reversíveis devido à sua capacidade de regeneração. Sítio de ação - Outra característica importante para definir a gravidade das lesões após exposição é o sítio de ação. Efeitos locais ocorrem no sítio do primeiro contato. Agentes que, mesmo não sendo absorvidos sistemicamente, geram danos no local de exposição são caracterizados por terem toxicidade local. Os efeitos sistêmicos dependem de absorção e distribuição da substância a partir do seu ponto de entrada para outro local onde produzirão efeitos nocivos. A maioria dos agentes tóxicos, se absorvidos, produzem efeitos sistêmicos. Quando isso ocorre, são caracterizados por terem toxicidade sistêmica. Intoxicação aguda É decorrente da exposição única a uma substância química por menos de 24 horas ou exposições repetidas a substâncias praticamente não tóxicas no mesmo período. Os efeitos surgem de imediato ou no máximo em duas semanas. A avaliação da toxicidade aguda é realizada experimentalmente em animais que, após a administração da dose, são observados os sinais de intoxicação e letalidade. Intoxicação crônica É derivada de exposições repetidas ao agente tóxico em períodos prolongados, podendo ser meses ou até anos. A exposição repetida possui três categorias: Exposição subaguda: exposição repetida a um agente durante 1 mês ou menos. Exposição subcrônica: exposição repetida a um agente de 1 a 3 meses. Exposição crônica: exposição repetida a um agente por mais de 3 meses.
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