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Prévia do material em texto

Data
Nome do Aluno 
C A D E R N O
P1204
Turma
Nome da Escola
LÍNGUA PORTUGUESA 3ª série do Ensino Médio
2021
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE ENTRADA
UTILIZE O LEITOR RESPOSTA ABAIXO DESSA LINHA ENQUADRANDO A CÂMERA APENAS NAS BOLINHAS
 A B C D E
01 
02 
03 
04 
05 
06 
07 
08 
09 
10 
11 
12 
13 
14 
15 
16 
17 
18 
19 
20 
21 
22 
23 
24 
25 
26 
BL04P11
Leia os textos abaixo.
Texto 1
5
10
A Alma dos Vinte Anos
A alma dos meus vinte anos noutro dia
Senti volver-me ao peito, e pondo fora
A outra, a enferma, que lá dentro mora,
Ria em meus lábios, em meus olhos ria.
Achava-me ao teu lado então, Luzia,
E da idade que tens na mesma aurora;
A tudo o que já fui, tornava agora,
Tudo o que ora não sou, me renascia.
Ressenti da paixão primeira e ardente
A febre, ressurgiu-me o amor antigo
Com os seus desvairos e com os seus enganos...
Mas ah! quando te foste, novamente
A alma de hoje tornou a ser comigo,
E foi contigo a alma dos meus vinte anos.
OLIVEIRA, Alberto de. A alma dos vinte anos. In: Academia Brasileira de Letras. Disponível em: <https://bit.ly/2PA6QwV>. 
Acesso em: 6 fev. 2020. 
Texto 2
5
10
15
Precisava te encontrar de novo para me reencontrar em você
[...] Eu só queria que soubesse que precisava te encontrar de novo para me reencontrar 
em você. É que desde que a gente se despediu, ficou em mim uma sensação de que 
estar incompleto seria uma condição quase que eterna. Ao menos, eternamente enquanto 
estivesse longe da magia que morava no nosso amor.
Acredito, verdadeiramente, que alguns sentimentos resistem ao tempo para nos mostrar 
que eles eram maiores do que as nossas expectativas. Que eles superam os obstáculos, 
dão voltas nas mágoas, conseguem escapar por entre as palavras duras que acabamos 
trocando quando o fim se aproxima, mas ganham forma, fôlego, sempre que chega a hora 
de ressurgirem para ressignificar tudo dentro dos nossos corações.
O nosso reencontro não foi por acaso. Assim como o nosso primeiro encontro também 
não foi. Existe alguma química secreta em cada um de nós que, ao se misturar, dá origem 
a sensações e momentos inexplicavelmente únicos. É como se a engrenagem que eu 
sou voltasse a funcionar perfeitamente só por estar ao seu lado. Não mais aos trancos e 
barrancos, não mais com defeito, como estava até segundos antes do meu olhar se cruzar, 
de novo, com o teu. [...]
ROCHA, Matheus. Precisava te encontrar de novo para me reencontrar em você. In: Eoh. Disponível em:
 <https://bit.ly/2tGB8q2>. Acesso em: 7 fev. 2020. Fragmento.
(P110662I7_SUP)
01) (P110662I7) Apesar de pertencerem a épocas distintas, esses textos são semelhantes, porque
A) comparam o sentimento de paixão com uma enfermidade.
B) criticam as experiências vivenciadas na juventude.
C) descrevem as mágoas sofridas ao longo da vida.
D) expressam o sentimento vivido no primeiro encontro romântico.
E) relacionam o amor do passado ao processo de autoconhecimento.
P1204
1
BL04P11
Leia novamente o texto “A Alma dos Vinte Anos” para responder à questão abaixo.
02) (P110669I7) Infere-se do Texto 1 que o eu lírico
A) deseja rejuvenescer vinte anos.
B) foi enganado pela mulher amada.
C) pretende ter outros relacionamentos.
D) sente saudades da mulher amada.
E) sofreu de uma doença desconhecida.
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <http://www.nre.seed.pr.gov.br/toledo/modules/noticias/article.php?storyid=148>. Acesso em: 11 set. 2013. 
*Adaptado para fins didáticos. (P100076F5_SUP)
03) (P100076F5) Nesse texto, a forma verbal destacada no trecho “Limpe sempre as suas mãos” foi usada para
A) apontar uma advertência.
B) apresentar um convite.
C) dar uma ordem.
D) destacar um pedido.
E) indicar uma orientação.
P1204
2
BL04P11
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <https://bit.ly/2Fpyzeh>. Acesso em: 7 jan. 2020. (P100834I7_SUP)
04) (P100838I7) Qual é a finalidade desse texto?
A) Defender uma opinião.
B) Divulgar um evento cultural.
C) Ensinar um procedimento.
D) Expor habilidades profissionais.
E) Fazer um convite.
05) (P100834I7) Infere-se desse texto que Lara Barreto de Sousa
A) é fluente em língua espanhola.
B) está cursando uma graduação.
C) participa como atriz nos vídeos que produz.
D) pretende ir para o trabalho de bicicleta.
E) quer trabalhar na área de música.
P1204
3
BL01P11
Leia o texto abaixo.
[...] A chuva estava diminuindo e a garota estava caminhando pelo centro da calçada com a 
cabeça erguida para que os esparsos pingos de chuva lhe caíssem no rosto. Ela sorriu quando 
viu Montag.
– Oi!
Ele respondeu o cumprimento e disse:
– O que você está tramando agora?
– [...] A chuva é tão boa. Adoro andar na chuva.
– Acho que eu não gostaria – disse ele.
– Você gostaria se experimentasse.
– Nunca experimentei.
Ela lambeu os lábios.
– Até o gosto dela é bom.
– O que você faz, fica por aí experimentando de tudo? – perguntou ele.
– Tudo e mais um pouco. – Ela olhava para algo que tinha na mão.
– O que você tem aí? – disse ele.
– Acho que é o último dente-de-leão do ano. Não pensei que pudesse encontrar um ainda, 
nesta época do ano. Já ouviu falar que é bom esfregá-lo debaixo do queixo? Assim. – Ela tocou 
o queixo com a flor, rindo.
– Por quê?
– Se a flor deixar marca, significa que estou apaixonada. Deixou?
Quase não havia outra coisa a fazer senão olhar.
– E então? – disse ela.
– Você ficou com o queixo amarelo.
– Ótimo! Agora vamos experimentar em você.
– Não vai funcionar em mim.
– Vamos ver. – Antes que ele pudesse se mexer ela havia colocado o dente-de-leão sob seu 
queixo. Ele recuou e ela riu. – Não se mexa!
Ela sondou embaixo do queixo dele e franziu o cenho.
– E então? – perguntou ele.
– Que pena – disse ela. – Você não está apaixonado por ninguém. [...]
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012. p. 40-41. (P110822I7_SUP)
06) (P110822I7) Infere-se desse texto que
A) a garota ficou confusa com as estações do ano.
B) a garota sentiu frio ao se molhar com a chuva.
C) Montag e a garota já haviam se encontrado antes. 
D) Montag e a garota tinham alergia a dente-de-leão.
E) Montag fica preocupado com a saúde da garota
P1204
4
BL01P11
Leia o texto abaixo.
Uma dica poderosa para manter a casa limpa… e aprender o tempo todo
Não sei se acontece com você, mas pra mim é um pouco difícil parar de arrumar e faxinar a 
casa depois que eu começo. [...]
Depois que começou, você quer mais.
Mas por que, se faxinar não é assim uma atividade inerentemente prazerosa?
Em uma palavra: dopamina.
A espuma das pastas de dente e do shampoo não melhoram a eficácia desses produtos. 
Elas simplesmente estão ali para que você veja que ALGO está acontecendo. Um progresso 
está sendo feito. Quanto mais você esfrega, mais espuma se acumula.
O ponto é que, quanto mais frequentemente somos capazes de perceber o progresso sendo 
feito em qualquer atividade, seja faxinar, escovar os dentes ou lavar o cabelo, mais fácil é se 
habituar a ela por causa da liberação de dopamina.
A dopamina, neste sentido, pode ser considerada a “molécula do quero mais”, como diriam 
Daniel Lieberman e Michael Long, autores do livro “The Molecule of More”, totalmente dedicado 
ao assunto.
Podemos utilizar o poder da dopamina de maneira intencional para realizar o que queremos 
em nossas vidas e no nosso aprendizado. Por exemplo: esses dias, finalizei a leitura de um livro 
que gerou várias anotações. Em vez de anotar tudo de uma vez só, eu dividi as anotações por 
capítulo [...].
Toda vez que eu terminava de ler e fazer anotações de um capítulo, eu sentia uma sensação 
de conquista – sinal da dopamina sendo liberada. E isso me estimulava intensamente a ler e 
anotar mais. [...]
O melhor é criar rotinas para observar (e celebrar) os pequenos progressos frequentemente.
No fim do dia, manter a casa limpa e arrumada e aprender o tempo todo talvez não sejam 
objetivos assim tão diferentes.
BRETAS, Alex. Umadica poderosa para manter a casa limpa… e aprender o tempo todo. Disponível em: <https://bit.ly/3gpRLtP>. 
Acesso em: 3 dez. 2020. Fragmento. (P110815I7_SUP)
07) (P110820I7) Esse texto é
A) um artigo de opinião.
B) um diário. 
C) uma carta do leitor. 
D) uma notícia.
E) uma resenha de livro. 
08) (P110815I7) Qual trecho apresenta a informação principal desse texto?
A) “Não sei se acontece com você, mas pra mim é um pouco difícil parar de arrumar e faxinar a casa...”. 
(1º parágrafo)
B) “A espuma das pastas de dente e do shampoo não melhoram a eficácia desses produtos.”. (5º parágrafo)
C) “Podemos utilizar o poder da dopamina de maneira intencional para realizar o que queremos...”. 
(8º parágrafo)
D) “Em vez de anotar tudo de uma vez só, eu dividi as anotações...”. (8º parágrafo)
E) “E isso me estimulava intensamente a ler e anotar mais.”. (9º parágrafo)
P1204
5
BL01P11
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <http://f.i.uol.com.br/folha/cartum/images/2034513.jpeg>. Acesso em: 15 dez. 2020. (P110823I7_SUP)
09) (P110823I7) Nesse texto, a palavra “caidinho”, no primeiro quadrinho, foi utilizada para
A) evidenciar que Chico havia se perdido.
B) indicar que Chico estava abatido.
C) mostrar que Chico sofreu uma queda.
D) revelar que Chico estava apaixonado.
E) sugerir que Chico havia se machucado.
Leia o texto abaixo.
Olha-me!
Olha-me! O teu olhar sereno e brando 
Entra-me o peito, como um largo rio 
De ondas de ouro e de luz, límpido, entrando 
O ermo de um bosque tenebroso e frio.
 
Fala-me! Em grupos doudejantes, quando 
Falas, por noites cálidas de estio, 
As estrelas acendem-se, radiando, 
Altas, semeadas pelo céu sombrio.
 
Olha-me assim! Fala-me assim! De pranto 
Agora, agora de ternura cheia, 
Abre em chispas de fogo essa pupila...
 
E enquanto eu ardo em sua luz, enquanto 
Em seu fulgor me abraso, uma sereia 
Soluce e cante nessa voz tranqüila!
BILAC, Olavo. Disponível em: <https://www.culturagenial.com/olavo-bilac-poemas/>. Acesso em: 30 nov. 2020. 
Mantida ortografia original do texto. (P110829I7_SUP)
10) (P110829I7) Uma característica do Parnasianismo presente nesse texto é 
A) a menção à cultura grega. 
B) a representação de um fato histórico. 
C) a valorização de bens materiais. 
D) o rigor da formação dos versos em soneto. 
E) o tom contido do eu lírico.
P1204
6
BL02P12
Leia o texto abaixo.
À mesa!
Sempre gostei de cozinhar e parece que o faço a contento ou, pelo menos, nunca ninguém 
reclamou dos meus pratos. Mas tenho pena dos jovens que, animados pelos realitys culinários 
e por uma certa onda gastronômica, se inscrevem em escolas ou cursos universitários de 
gastronomia. Estão escolhendo um caminho muito duro de trilhar. Como diz Claude Troisgros em 
“Histórias, dicas e receitas”: “os estudantes entram nesses cursos querendo sair chefs prontos, 
e isso está errado. Deveriam entrar para ser cozinheiros. Chef é um posto, uma função, [...] e 
chegar lá [...] é uma conquista. Na prática as coisas são mais difíceis e duras: é muito calor, é um 
trabalho puxado, são horas em pé, é pressão [...].”
Quem cozinha, mesmo que apenas domesticamente, sabe o stress de controlar um ponto de 
cozimento enquanto se olha através do vidro do forno para cuidar que a sobremesa não queime 
e se prepara o molho da salada. Qualquer interferência nesse momento será mal recebida. [...] 
Tantos jovens entram na profissão, tantos chefs se constituem passando de uma cozinha a 
outra, enquanto as pesquisas nos dizem que, cada dia mais, os humanos das grandes cidades 
estão preferindo encomendar comida delivery e come-la em casa vendo uma série do que ir 
degusta-la nos restaurantes, mesmo aqueles com ambiente “sonoro, olfativo e visual”.
COLASANTI, Marina. À mesa. Disponível em: <https://www.marinacolasanti.com/2020/02/a-mesa.html>. Acesso em 27 nov. 2020. 
Fragmento. (P121031I7_SUP)
11) (P121031I7) Um argumento utilizado para defender a tese de que a carreira gastronômica é um caminho 
muito duro de trilhar está no trecho: 
A) “Sempre gostei de cozinhar e parece que o faço a contento...”. (1º parágrafo)
B) “‘Na prática as coisas são mais difíceis e duras: é muito calor, é um trabalho puxado, são horas em pé, 
é pressão’...”. (1º parágrafo)
C) “... controlar um ponto de cozimento enquanto se olha através do vidro do forno para cuidar que a 
sobremesa não queime...”. (2º parágrafo)
D) “Qualquer interferência nesse momento será mal recebida.” (2º parágrafo)
E) “... mesmo aqueles com ambiente ‘sonoro, olfativo e visual’.” (3º parágrafo)
Leia o texto abaixo.
11 de setembro de 1991
Querido amigo, 
Eu não tenho muito tempo porque meu professor de inglês avançado me deu um livro para ler 
e gosto de ler os livros duas vezes. Por acaso, o livro é O sol nasce para todos. Se você ainda não 
leu, acho que deve, porque é muito interessante. O professor me disse para ler alguns capítulos de 
cada vez, mas eu não gosto de ler os livros dessa forma. Leio logo metade dele na primeira vez. 
Mas eu estou escrevendo porque vi meu irmão na televisão. Normalmente não gosto muito de 
esportes, mas essa foi uma ocasião especial. Minha mãe começou a chorar, e meu pai colocou 
o braço em seu ombro, e minha irmã sorriu, o que é engraçado, porque meu irmão e minha irmã 
sempre brigam quando ele está por aqui.
Mas meu irmão mais velho estava na televisão, e até agora foi a melhor coisa que aconteceu 
em minhas duas semanas de escola. Sinto muita falta dele, o que é estranho, porque nós nunca 
conversamos muito quando ele está aqui. Nós não conversamos nunca, para ser sincero. 
Eu diria a você em que posição ele joga, mas, como eu já lhe disse, gostaria de ser anônimo 
para você. Espero que você entenda.
Com amor, 
Charlie
CHBOSKY, Stephen. As vantagens de ser invisível. Disponível em: <https://thedreamyside.files.wordpress.com/2017/04/as-vantagens-de-
ser-invisivel-stephen-chbosky.pdf>. Acesso em 27 nov. 2020. (P121042I7_SUP)
12) (P121042I7) Nesse texto, é possível inferir que Charlie 
A) aprecia estudar inglês em sua escola.
B) está escrevendo um livro para ser publicado.
C) gosta de assistir televisão com a sua família.
D) possui o hábito de ler livros rapidamente. 
E) tem uma relação de amizade com sua irmã.
P1204
7
BL02P12
Leia o texto abaixo.
Bolo de 141 anos virou herança de uma família nos EUA
A família Ford, que vive no Estado norte-americano de Michigan, tem uma herança peculiar: 
um bolo de frutas de 141 anos. A sobremesa foi preparada por Fidelia Ford em 1878 [...].
O bolo foi guardado em um recipiente de vidro, que traz a data de fabricação no topo. Desde 
então, o doce foi passado de geração em geração e se tornou uma herança para os Ford.
Atualmente, a responsável pelo alimento é Julie Ruttinger, tataraneta de Fidelia. Ela recebeu 
o bolo [...] em 2013. [...]
De acordo com o jornal Detroit News, o Guinness World Records definiu um bolo de 4.176 
anos, que estava na tumba de um faraó egípcio, como o mais antigo já encontrado. Portanto, a 
sobremesa dos Ford ainda está longe de bater o recorde.
ESTADÃO CONTEÚDO. Bolo de 141 anos virou herança de uma família nos EUA. In: Istoé. Disponível em: <https://istoe.com.br/bolo-
de-141-anos-virou-heranca-de-uma-familia-nos-eua>. Acesso em: 27 nov. 2020. Fragmento. (P121039I7_SUP)
13) (P121039I7) Esse texto é um exemplo de 
A) bilhete.
B) diário pessoal.
C) notícia.
D) comunicado.
E) roteiro de viagem.
Leia o texto abaixo.
Ter amigos demais é quase igual a não ter amigo nenhum
“Tem poucos, raros amigos — o homem atrás dos óculos e do bigode.” O verso sempre me 
apavorou. Sempre quis ter muitos, vastos amigos, inúmeros, incontáveis, 1 milhão de amigos, 
como Roberto Carlos, pra bem mais forte poder cantar.
“Poucos, raros amigos”, reitera Drummond, e eu imaginava um pobre homem preso eternamente 
àquele início de festa em que só chegou um casal ou àquele fim de festa em que só sobrou um 
casal. [...]
Lembro a história de uma amiga que foi estudar na Alemanha. Depois de algumas semanas 
solitárias em que seus olhares cúmplices davam n’água,finalmente conseguiu se aproximar de uma 
colega local, com quem trocou um lápis, um comentário maldoso e, finalmente, algumas risadas.
“Acho que esse é o começo de uma bela amizade”, pensou ela [...].
No dia seguinte, aos sorrisos, a suposta amiga alemã passou a evitá-la. Trocou de lugar na 
sala, parou de trocar olhares e, ao encontrá-la na rua, chegou a trocar de calçada. “O que foi 
que fiz de errado?”, pensou nossa conterrânea. Depois de algum tempo, tomou coragem para 
interpelar a colega.
 “A gente estava se aproximando e você sumiu”, ela disse. “Desculpe”, explicou a alemã, “é 
que já tenho amigos o bastante”. E prosseguiu. “Você parece legal, mas a gente estava quase 
ficando amiga, e, se isso acontecesse, teria que ir à sua festa de aniversário, ao lançamento do 
livro da sua mãe. Fiz as contas e descobri que não tenho tempo para mais nenhum amigo.”
Na época achei cruel [...]. Hoje entendo a amiga. [...]
Nos últimos meses, tenho gostado de falar apenas com os amigos de que gosto muito. “Tem 
poucos, raros amigos [...].” É bom também.
DUVIVIER, Gregório. Ter amigos demais é quase igual a não ter amigo nenhum. In: Folha. Disponível em: <https://bit.ly/39ubBmy>. 
Acesso em 30 nov. 2020. Fragmento. (P121032I7_SUP)
14) (P121034I7) Nesse texto, há uma relação de causa e efeito no trecho:
A) “O verso sempre me apavorou. Sempre quis ter muitos, vastos amigos, inúmeros, incontáveis...”. 
(1º parágrafo)
B) “...finalmente conseguiu se aproximar de uma colega local, com quem trocou um lápis...”. (3º parágrafo)
C) “Trocou de lugar na sala, parou de trocar olhares e, ao encontrá-la na rua, chegou a trocar de calçada.”. 
(5º parágrafo)
D) “‘... descobri que não tenho tempo para mais nenhum amigo.’”. (6º parágrafo)
E) “... tenho gostado de falar apenas com os amigos de que gosto muito.”. (8º parágrafo)
P1204
8
BL02P12
Leia o texto abaixo.
Inteligência artificial [...] resolve um dos maiores desafios da ciência
Uma rede de inteligência artificial (IA) [...] conseguiu determinar a forma 3D de uma proteína a 
partir de sua sequência de aminoácidos. Em uma escala de 100 pontos de precisão, o programa 
atingiu aproximadamente 90.
O sistema, chamado AlphaFold, superou cerca de 100 outras equipes em um desafio de previsão 
de estrutura de proteína chamado Critical Assessment of Structure Prediction (CASP). [...]
“Este é um grande negócio”, diz John Moult no artigo. O biólogo computacional da Universidade 
de Maryland em College Park cofundou a CASP em 1994 para melhorar os métodos computacionais 
e prever com precisão as estruturas de proteínas. “Em certo sentido, o problema está resolvido.”
O desempenho surpreendente do programa é benéfico para as ciências e para a medicina, 
pois acelera os esforços para entender a construção das células, permitindo a descoberta de 
medicamentos de forma mais rápida e avançada. “Isso vai mudar a medicina. Isso mudará a 
pesquisa. Isso mudará a bioengenharia. Vai mudar tudo”, afirma Andrei Lupas, que avaliou o 
desempenho de diferentes equipes no CASP.
Entender como funcionam as proteínas é importante porque elas são responsáveis pela 
maior parte do que acontece dentro das células. Como uma proteína funciona e o que ela faz é 
determinado por sua forma 3D. Elas tendem a adotar sua forma guiadas apenas pelas leis da 
física e o que define isso é uma cadeia de aminoácidos diferentes, que mapeiam as muitas voltas 
e dobras de sua forma final.
Ao longo do tempo, experimentos de laboratório foram a principal forma de obter boas 
estruturas. No entanto, as tentativas de usar computadores para prever essas estruturas vêm 
sendo aprimoradas desde os anos 1980. [...]
REDAÇÃO GALILEU. Inteligência artificial do Google resolve um dos maiores desafios da ciência. Disponível em: 
<https://glo.bo/3lQaOPn>. Acesso em 30 nov. 2020. Fragmento. (P121043I7_SUP)
15) (P121043I7) O tema desse texto é
A) a aceleração dos esforços para entender a construção das células.
B) a atividade desempenhada pelas proteínas no funcionamento das células.
C) a avaliação de desempenho das diferentes equipes que atuam na CASP.
D) a criação de uma proteína em forma 3D a partir da inteligência artificial.
E) a fundação da CASP com o intuito de desenvolver métodos computacionais.
P1204
9
BL08P12
Leia o texto abaixo. 
5
10
15
20
Quando eu chegar ao Céu!
Quando eu chegar ao Céu, de manhã, de tarde ou de noite, não sei ainda, pedirei para 
ir à biblioteca, onde curiosamente bisbilhotarei – com respeito – algumas obras. Quero reler 
a Invenção de Orfeu, de nosso Jorge de Lima, sofredor, telúrico1 e místico, homem bom, 
cirenaico2, assim lhe chamou Rachel de Queiróz, quando ele morreu, novembro, 15, do ano 
de 1953. 
E pedirei, sim, para conversar com Manu, Manuel Bandeira, que se chamava Neném. 
Matarei saudades do dentuço Manuel, que foi o melhor ser humano que conheci, neste 
mundo. E gostaria de conhecer Chiquita do Rio Negro, que recusou casar-se com Ataulfo 
Nápoles de Paiva, conviva do baile da Ilha Fiscal. Escrevi sobre Chiquita. Li a sua biografia, 
escrita por Garrigou-Lagrange. 
Meu Deus, convocaria Jaime Ovalle, o tio Nhonhô, que morreu com a idade de Jorge de 
Lima. Ali, na biblioteca do Céu, conheceria o estupendo Ovalle, o do Azulão [...], o amigo de 
Manuel, íntimo de Londres e de Nova York. 
Por fim, suplicaria para falar com João Guimarães Rosa, poliglota, com quem tão 
poucas vezes falei. E evocaria a posse do seu sucessor, na Casa de Machado. Esqueci-me 
completamente dessa posse, ai de mim. 
E fui. Lá estava eu, 1968. Um ano depois da morte de Rosa. Mário Palmério falou 
sobre ele, como seu herdeiro. E gostei tanto do discurso, equilibrado, lúcido, original. Se 
me lembro. Foi procurar cartas íntimas de Rosa para grande amigo, médico e fazendeiro 
em Minas, Moreira Barbosa. Cartas de outrora. Deliciosas, fraternais, confiantes, de pura 
entrega. Reveladoras do ser complexíssimo, fechado, carente, que gostava de disfarçar, 
despistar, ir e vir, comensal3 do mistério. Saudarei a uns e outros na largueza dadivosa do 
Céu, turbilhão de amor, como dizia o insaciável Léon Bloy.
*Vocabulário:
1Telúrico: relativo ao que pertence à Terra.
2Cirenaico: relativo aos que entendem o prazer como fim principal da vida.
3Comensal: alimentado de; nutrido de.
VILLAÇA, Antônio Carlos. Disponível em: <http://sitenotadez.net>. Acesso em: 26 maio 2011. Fragmento. (P090373C2_SUP)
16) (P090376C2) O trecho desse texto que apresenta um fato é:
A) “... Jorge de Lima, sofredor, telúrico e místico,...”. (ℓ. 3)
B) “... ele morreu, novembro, 15, do ano de 1953.”. (ℓ. 4-5)
C) “... Manuel, que foi o melhor ser humano que conheci,...”. (ℓ. 7)
D) “... gostei tanto do discurso, equilibrado, lúcido, original.”. (ℓ. 18)
17) (P090381C2) No trecho “... cirenaico, assim lhe chamou...” (ℓ. 4), a palavra destacada refere-se a
A) Jorge de Lima.
B) Manuel Bandeira.
C) Garrigou-Lagrange.
D) Mário Palmério.
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Leia o texto abaixo.
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Ofertas de Aninha (Aos moços)
Eu sou aquela mulher
a quem o tempo
muito ensinou.
Ensinou a amar a vida.
Não desistir da luta.
Recomeçar na derrota.
Renunciar a palavras e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos.
Ser otimista.
Creio numa força imanente
que vai ligando a família humana
numa corrente luminosa
de fraternidade universal.
Creio na solidariedade humana.
Creio na superação dos erros
e angústias do presente.
Acredito nos moços.
Exalto sua confiança,
generosidade e idealismo.
Creio nos milagres da ciência
e na descoberta de uma profilaxia1
futura dos erros e violências
do presente.
Aprendi que mais vale lutar
do que recolher dinheiro fácil.
Antes acreditar do que duvidar.
*Vocabulário:
1profilaxia: uso de procedimentos para prevenir doenças.
CORALINA, Cora. Ofertas de Aninha (Aos moços). In: Cultura genial. Disponível em: <https://www.culturagenial.com/cora-coralina-poemas-
essenciais/>. Acesso em: 25 maio 2020. (P090470I7_SUP)
18) (P090476I7) Nesse texto, na palavra “Recomeçar” (v. 6), o prefixo em destaque foi usadopara
A) indicar repetição.
B) marcar anterioridade.
C) reforçar negação.
D) sugerir duplicidade.
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Leia o texto abaixo.
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As lanternas chinesas
Quem nunca viu uma foto de uma lanterna vermelha e não relacionou com a China 
imediatamente? [...]
Quase tão antigas quanto a história da China, as lanternas chinesas devem datar de 
antes de 250 AC, e são um dos mais importantes símbolos chineses [...].
As lanternas mais comuns são as vermelhas e ovais, decoradas com amarelo ou 
dourado, que representam a prosperidade e boa sorte. [...]
Só que nem sempre a lanterna foi usada para decoração e atrair prosperidade nas 
festividades chinesas, como o Ano Novo. Ela se originou como uma melhoria para manter 
o fogo usado como iluminação, já que o papel protegia a chama de ser apagada pelo vento 
e ainda oferecia uma forma mais difusa de luz. [...]
Hoje em dia, apesar de não haver mais a necessidade prática para as lanternas chinesas, 
elas ainda são usadas e apreciadas pelo povo chinês, que continuam a ser um meio de 
expressão artística, tanto em termos de funcionalidade como em decoração. [...]
E são lindas mesmo! Adoro… Principalmente quando são colocadas em tons degradê [...].
MAROTE, Christine. As lanternas chinesas. In: China na minha vida. 2019. Disponível em: <https://bit.ly/30PLmAW>. 
Acesso em: 7 jan. 2020. Fragmento. (P070158I7_SUP)
19) (P070158I7) Qual trecho desse texto apresenta uma opinião?
A) “... tão antigas quanto a história da China,...”. (ℓ. 3)
B) “As lanternas mais comuns são as vermelhas...”. (ℓ. 5)
C) “... continuam a ser um meio de expressão artística,...”. (ℓ. 12-13)
D) “E são lindas mesmo! Adoro…”. (ℓ. 14)
Leia o texto abaixo.
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A bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. [...] O garoto agradeceu, desembrulhou a bola 
e disse “legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não 
querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
– Como é que liga? – Perguntou.
– Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
– Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e pensar que os tempos são outros. Que os tempos são 
decididamente outros.
– Não precisa manual de instrução. [...]
O garoto agradeceu, disse “legal” de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da 
TV, com a bola do seu lado, manejando os controles do videogame. [...]
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadinhas. [...]
– Filho, olha.
O garoto disse “legal”, mas não desviou os olhos da tela. O pai segurou a bola com as 
mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro do couro. A bola cheirava a 
nada. Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês pra 
garotada se interessar.
VERISSIMO, Luis Fernando. A bola. In: Comédias da vida privada – edição especial para as escolas. Porto Alegre: L&PM. 1996. 
Fragmento. (P090255G5_SUP)
20) (P090321G5) No trecho “... ou não querem magoar o velho.” (ℓ. 2-3), a linguagem utilizada é
A) comum em bate-papo com os amigos.
B) encontrada em entrevistas de emprego.
C) própria dos textos científicos.
D) típica de uma região do país.
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Leia o texto abaixo.
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Um pedido de casamento pode ser simples ou grandioso, e quem planeja fazer do pedido 
um gesto espetacular procura o cenário perfeito para realizá-lo.
Quando o fotógrafo australiano Dale Sharpe decidiu pedir a mão de sua amada Karlie 
Russel, ele decidiu mirar alto, e foi ao encontro da maior produtora de espetáculos visuais, 
sonoros e sensoriais do planeta: a própria natureza. Dale pediu a mão de Karlie em 
casamento sob as incríveis luzes da aurora boreal da Noruega, no Círculo Polar Ártico.
A natureza fez a parte dela, conforme o combinado, e ofereceu um incrível show de luzes 
para o pedido de Dale – que fingiu para Karlie que ia simplesmente tirar uma selfie, para 
salvar a espontaneidade de sua reação na hora em que se ajoelhou e lhe ofereceu o anel.
Curiosamente, essa foi a segunda tentativa de Dale sob as luzes de tal cenário, mas na 
primeira vez, por conta do excesso de bagagem, Karlie jogou no lixo um vidro de creme 
para as mãos, que continha dentro, escondido, um anel [...].
O fotógrafo sabia que não podia estragar a surpresa e, então, engoliu a frustração, sem 
contar nada para Karlie – que também é fotógrafa – e juntou dinheiro para comprar um novo 
anel. O casal, então, agendou outra viagem pela Islândia, Noruega e Finlândia. Quando as 
luzes pareceram perfeitas para a foto e para o pedido, Dale sacou o novo anel da bolsa de 
medicamentos que trazia consigo, e ajoelhou-se. Karlie respondeu que sim, e ambos voltaram 
da viagem não só com fotografias maravilhosas, mas com todo um novo futuro pela frente.
Disponível em: <https://goo.gl/Qoji3k>. Acesso em: 10 mar. 2017. Fragmento. (P121291H6_SUP)
21) (P121294H6) No trecho “... ele decidiu mirar alto,...” (ℓ. 4), a expressão destacada foi usada para
A) demonstrar orgulho.
B) expressar impaciência.
C) indicar fingimento.
D) marcar teimosia.
E) sugerir ousadia.
22) (P121291H6) A informação principal desse texto está no trecho:
A) “... foi ao encontro da maior produtora de espetáculos visuais, sonoros e sensoriais do planeta...”. (ℓ. 4-5)
B) “Dale pediu a mão de Karlie em casamento sob as incríveis luzes da aurora boreal da Noruega,...”. (ℓ. 5-6)
C) “... essa foi a segunda tentativa de Dale sob as luzes de tal cenário,...”. (ℓ. 10)
D) “O fotógrafo sabia que não podia estragar a surpresa e, então, engoliu a frustração,...”. (ℓ. 13)
E) “... ambos voltaram da viagem não só com fotografias maravilhosas,...”. (ℓ. 17-18)
Leia o texto abaixo.
Disponível em: <https://blogueirashame.files.wordpress.com/2012/12/e9783-capturadetela2012-12-05acc80s10-43-59.png?w=584>. 
Acesso em: 4 nov. 2015. (P110057H6_SUP)
23) (P110059H6) Nesse texto, no trecho “Pessoal, tomem cuidado,...”, a forma verbal destacada indica
A) um alerta.
B) um convite.
C) um pedido.
D) uma instrução.
E) uma ordem.
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Leia o texto abaixo.
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O repouso das coisas
Não gosto de escrever um texto e mandá-lo imediatamente para a redação do jornal. Escrevo 
com certa folga de tempo, para que eu possa deixar o texto dormir um sono reparador antes 
de jogá-lo às feras.
Assim como as pessoas, certas coisas precisam descansar para recomporem-se.
No caso do texto, é fundamental para mim esquecê-lo por um pequeno período.
Quando volto a pôr os olhos nele, horas ou dias depois, consigo detectar melhor suas falhas, 
repetições ou parágrafos confusos: é a hora da faxina, de limpar o que está sobrando, e só 
então liberá-lo para seu destino. [...]
O repouso das coisas é cada vez mais raro nesse mundo onde todos estão atrasados para 
alguma coisa. Diariamente, temos que decidir, optar e cumprir prazos para ontem, sem muita 
chance de deixar as resoluções tirarem uma soneca antes de serem efetivadas. Fica assim 
prejudicada a clareza necessária para detectar nossos erros e acertos.
No calor de uma discussão, levamos a sério todas as bobagens que nos dizem, passando 
rapidamente para o contra-ataque e assim dinamitando a relação. Se pudéssemos levar nossa 
mágoa pra cama e com ela dormir, acordaríamos no outro dia enxergando-a sem maquiagem 
e no tamanho que ela realmente tem: miúda diante de coisas mais importantes do que as 
palavras rudes que, na noite anterior, escaparam sem querer.
Um sim dito às pressas, um não que foi verbalizado por medo, um silêncio onde deveria 
haver um argumento: vacilos póstumos. Pudéssemos botar para dormir nossas dúvidas, 
acordaríamos mais sábios e menos impetuosos. [...]
Sorte a minha que posso me dar ao luxo de trabalhar e viver com relativa calma, deixar esse 
texto dormir na escuridão do computador desligado e só amanhã acender a luz, fazer nele 
alguns afagos e apertar, finalmente, a tecla send1.
*Vocabulário:
1send: enviar, em inglês.
MEDEIROS, Martha. O repouso das coisas. In: ______. Trem-bala. L&PM Pocket. 2006. Fragmento.(P120589I7_SUP)
24) (P120593I7) Nesse texto, no trecho “... e no tamanho que ela realmente tem:...” (ℓ. 16), a palavra destacada 
refere-se à
A) cama.
B) chance.
C) clareza.
D) mágoa.
E) maquiagem.
25) (P120594I7) Nesse texto, no trecho “... jogá-lo às feras.” (ℓ. 3), o recurso estilístico foi utilizado para
A) apontar que a autora gosta de animais selvagens.
B) indicar que o texto escrito pela autora receberá críticas.
C) mostrar que a autora tem um temperamento agressivo.
D) revelar que a autora é uma pessoa inteligente.
E) sugerir que o texto escrito pela autora é ruim.
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Leia o texto abaixo.
Clipe de ‘Thriller’ vira tesouro cultural americano
O clipe de “Thriller”, de Michael Jackson, foi incorporado ao Registro Nacional de Cinema da 
Biblioteca do Congresso americano. Assim, o vídeo dirigido por John Landis em 1983 passa a ter 
um lugar entre os tesouros culturais dos Estados Unidos, fazendo parte do maior arquivo mundial 
de cinema, televisão e gravações sonoras. 
Com a decisão, “Thriller” tornou-se o primeiro clipe a ser preservado no arquivo. Além do clássico 
vídeo do Rei do Pop, outros 24 filmes foram incluídos na lista dos tesouros culturais americanos, 
entre eles “Muppets, O Filme”, de 1979, “Aconteceu no Oeste”, de 1968, “Sentenciado”, de 1957, 
e “Jezabel”, de 1938. [...]
Disponível em: <http://br.noticias.yahoo.com/s/31122009/25/entretenimento-clipe-thriller-vira-tesouro-cultural.html> Acesso em: 31 dez. 2010. 
Fragmento. (P120191B1_SUP)
26) (P120192B1) O objetivo desse texto é
A) avaliar o valor do arquivo de Cinema da Biblioteca do Congresso americano.
B) criticar a escolha de um clipe para figurar entre tesouros culturais dos EUA.
C) informar sobre a escolha de ‘Thriller’ para o arquivo americano.
D) listar os mais relevantes itens do arquivo da Biblioteca do Congresso americano.
E) reverenciar publicamente Michael Jackson pelo clássico clipe ‘Thriller’.
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