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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA AS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS

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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PARA AS MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS 
 
Gláucia Leocádia Pereira Martins de Moraes11 
 
Resumo 
 
A contabilidade como instrumento maior da administração, a cada tempo que passa, 
vem se tornando cada vez mais uma ferramenta indispensável para as empresas em 
geral. A necessidade de encontrar na legislação uma forma menos onerosa da carga 
tributária mostra que o planejamento tributário agregado a uma contabilidade 
organizada influencia na tomada de decisões no momento da escolha na melhor forma 
de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real, pois ela opera uma série de 
operações responsável por múltiplos controles, conciliações e apuração de tributos. 
Nessa visão, o presente artigo vem demonstrar a importância da contabilidade para as 
micro e pequenas empresas. Para verificar a realidade dos fatos foi feito uma pesquisa 
de campo, que teve como instrumento a entrevista. Foram entrevistados 10 (Dez) 
administradores de empresas do Simples Nacional 
 
Palavras-chave: Contabilidade, Simples Nacional, Tributos, Microempresas 
 
 
1 Contador com licenciatura em matemática 
Abstract 
 
Accounting as a major instrument of administration, with each passing time, has 
become increasingly an indispensable tool for companies in general. The need to find in 
legislation a less costly form of tax burden shows that tax planning added to organized 
accounting influences decision making at the time of choice in the best form of taxation: 
National Simple, Presumed or Real Profit, since it operates a series of operations 
responsible for multiple controls, reconciliations and assessment of taxes. In this vision, 
the present article demonstrates the importance of accounting for micro and small 
companies. 
To verify the reality of the facts, a field survey was carried out, which had as an 
instrument the interview. Ten (10) administrators of Simples Nacional companies were 
interviewed 
 
Key words: Accounting, National, Taxes, Microenterprises 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. Introdução; 2. Referencial Teórico; 2.1 Empresa; 2.1.1 Micro, Pequena e Média 
Empresa; 3. A Contabilidade e sua aplicação; 4. O Planejamento Tributário 5. Simples 
Nacional; 6. Lucro presumido 7. O Lucro Real; 8. Metodologia da Pesquisa; 9. Análise 
de Resultados; Conclusão; Referências Bibliográficas. 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O universo das micro e pequenas empresas inseridas no Regime Especial Unificado 
de Arrecadação de Tributos e Contribuições, denominado Simples Nacional, cresceu, de 
aproximadamente um milhão e trezentos mil optantes, em julho de 2007, para mais de 
quatro milhões e quinhentos mil em dezembro de 2010, o que significou um aumento 
da arrecadação mensal da faixa de um bilhão e quatrocentos milhões para mais de três 
bilhões de reais, isso significa dizer, o quanto essas empresas tem influenciado na 
economia do país. Neste aspecto, com a finalidade de simplificar os processos 
tributários das micro e pequenas empresas, o governo federal criou uma lei especial, 
simplificando os processos de apuração e recolhimento de impostos. Essa lei trouxe 
também uma definição própria para enquadramento de micro e pequena empresa. 
Todavia essa adesão em massa, demonstra que de fato há favorecimento do Simples 
Nacional em relação ao Regime Geral, mas, na prática, não ocorre em todos os casos. É 
importante frisar que embora legislação fiscal permita a não escrituração contábil das 
empresas tributadas pelo regime do Simples Nacional (e pelo Lucro Presumido), ainda 
assim, existem várias razões pelas quais uma empresa deve manter a escrituração. Um 
outro fator muito importante é a economia com a redução de impostos. Daí a 
importância do planejamento tributário que, agregado a uma contabilidade organizada 
influencia na tomada de decisões no momento da escolha na melhor forma de 
tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real. Nesse contexto, o presente 
trabalho tem como objetivo principal demonstrar qual a importância da contabilidade 
para as micro e pequenas empresas. 
 
 
2. REFERENCIAL TEORICO 
 
 
Segundo Osni Moura (2011) a contabilidade é uma ciência que possibilita, por 
meio de suas técnicas, o controle permanente do patrimônio das empresas. Ainda 
segundo Osni, o campo de aplicação da contabilidade abrange todas as entidades 
econômicas-administrativas e até mesmo todas as pessoas de direito público. 
 
2.1 Empresa 
 
Normalmente quando pensamos em negócio vem à nossa mente à empresa. Mas, 
como definir empresa? Podemos encontrar as mais variadas definições por diversos 
autores, dentre as quais, destacamos aqui as seguintes: 
 
(...) a organização que se propõe a produzir bens ou serviços 
mediante a combinação de diferentes recursos a seu alcance, 
tais como matéria prima, trabalho e capital visando o lucro. 
(Vivante 1918, p. 26) 
 
 
(...) a organização técnico-econômico que se propõem a 
produzir, mediante a combinação dos diversos elementos, 
natureza, trabalho e capital, bens ou serviços destinados à 
troca, com a esperança de realizar lucros, correndo os riscos 
por conta do empresário, isto é, daquele que reúne, coordena e 
dirige esses elementos sob a sua responsabilidade. (Carvalho 
de Mendonça v. 1, 5 ed., p. 492) 
 
 
Sendo a empresa uma unidade econômica organizada, produz bens e adquire 
direitos e obrigações que precisam ser controlados com o principal objetivo: o de 
crescimento, e garantir a sua continuidade. Uma empresa inicia conforme leciona 
Padoveze (2005), com investimentos necessários, para vender os produtos e\ou 
serviços escolhidos. Assim sendo, para se obter os recursos necessários que uma 
empresa precisa para crescer e se desenvolver, precisa-se fazer certos investimentos 
que servirão como parâmetros iniciais nas suas atividades financeiras. As empresas 
para atingir os seus objetivos elas precisam obter recursos tais como: 
 
(...) contrata força de trabalho, com ou sem vínculo empregatício, unindo o 
capital com o trabalho e obtendo tecnologia e métodos de administração 
eficientes, (...), objetivando a produção ou circulação de bens ou a prestação 
de serviços, visando obter lucro que lhe permita desenvolver-se e remunerar 
adequadamente o capital nela investido (FABRETTI, 2003, p.36). 
 
 
Assim sendo, conforme empresa cresce e se desenvolve vai adquirindo inúmeras 
movimentações, e que cada vez mais, faz-se necessário, técnicas de controle eficiente 
dos seus bens, direito e obrigações, e, emissão de relatórios, que forneça informações 
facilitando as decisões. 
 
2.1.1 Micro, Pequena e Média Empresa 
 
Como explica Filion (1990), a maior parte das definições dos tipos de empresa 
nos mais variados países foram feitos não apenas por razões fiscais. Na verdade, não 
existe uma forma único, universal, totalmente aceita para conceituar as empresas. 
Para classificá-las nas categorias micro, pequena, média e grande, vários fatos podem 
servir de indicações, mas, não podem ser considerados completos, para todos os tipos 
de contexto. Conforme Chér (1991, p.17), há diversas maneiras para definir as 
pequenas e médias empresas, ate mesmo dentro de um mesmo país. Isto significa que 
não há um conceito a respeito de micro e pequenas, média ou grande empresa como 
sendo algo definitivo, mas apenas limitado a determinados pontos de vista, ou a 
órgãos aos quais esses conceitos tenham vinculações. Ainda, de acordo com Chér 
(1991, p.17), ele deixa bem claro que para se conceituar as empresas deste segmento, 
algumas variáveis são utilizadas, tais como mão-de-obra empregada, capital 
registrado, faturamento, quantidade produzida, etc.”. O SEBRAE – classifica as 
micro e pequenas empresas quanto a receita bruta, e, quanto ao número de 
empregados, conforme o quadro abaixo: 
 
Quadro 1 - Classificação quanto ao número de empregados 
 
Microempreendedor 
Individual - MEI 
Comércio\Serviço 
Indústria01 Empregado 
19 Empregados 
 
Microempresa - ME 
 
Comércio\Serviço 
 
09 Empregado 
Pequeno Porte - EPP Comércio\Serviço 
Indústria 
10- 49 Empregados 
20- 99 Empregados 
 
Fonte de Pesquisa: Sebrae – SC (2011) 
 
 
 
De acordo com Longenecker (1997, p.27) as empresas deste segmento também 
podem ser classificadas em outras categorias, baseadas em outros critérios como por 
exemplo o legislador, pode excluir as pequenas empresas de certas regulamentações 
definidas em lei, ou ainda, a empresa pode ser “pequena” quando comparada com 
empresas maiores, e vice-versa. Uma característica importante das empresas deste 
segmento é que o planejamento geralmente é feito pelo proprietário. A maioria dessas 
empresas são constituídas por parentes, e grande parte da realização do trabalho é feito 
por pessoas de uma mesma família e que grande parte deles não tem informações 
técnicas de administração financeira etc. Como deixa claro Gomes (2004), essas 
empresas têm o seu capital formado por um indivíduo, ou por um grupo resumido de 
pessoas, que atua normalmente em área local. No Brasil, existe a micro e pequena 
empresa que na maioria são constituídas por familiares, mas, também é bastante comum 
uma figura muito importante que é microempreendedor individual, este tem a obrigação 
de inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis (Juntas Comerciais), da 
respectiva sede, antes do início de atividade, mediante requerimento que contenha os 
dados definidos em lei. Um outro fator de suma importância é que a responsabilidade 
dos microempreendedores individuais é ilimitada e seus créditos junto aos bancos e 
fornecedores e dependerá mais de seu patrimônio pessoal do que do capital investido na 
empresa (FABRETTI, 2003). O Serviço de apoio a Micro e Pequena Empresa - 
SEBRAE apresenta dados que demonstra importância das micro e pequenas empresas 
na economia do Brasil 
 
Quadro 2 – Percentual da participação das micro e pequenas 
empresas na economia do Brasil 
 
 
 99% 
do total de empresas 
do País 
 
 27% 
 do PIB 
 
52% 
do saldo de Empregos 
 formais 
 
 70% 
 Das novas vagas 
 Geradas por mês 
 
 40% 
da massa salarial 
 
01% 
das exportações 
 Fonte: Sebrae Fonte: Sebrae – SC (2011) 
 
Os pequenos negócios – aqueles que faturam atualmente no máximo até R$ 4,8 
milhões por ano – foram responsáveis pela geração de sete milhões de novos empregos 
com carteira assinada entre 2000 e 2011, consolidando-se como os principais 
empregadores da economia formal, segundo o Anuário do Trabalho da Micro e Pequena 
Empresa, elaborado pelo SEBRAE em parceria com o Departamento Intersindical de 
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o segmento era responsável, em 2011, 
pela geração de 15,6 milhões de postos de trabalho com carteira assinada (52% da mão 
de obra empregada no país). Em 2006, os pequenos negócios foram responsáveis por 
15% das compras governamentais (R$ 2 bilhões), segundo o Sebrae; em 2012, essa 
participação dobrou para 30% (R$ 15 bilhões). 
 
Figura 1: Crescimento da participação das micro e pequenas empresas 
na economia entre os anos de 2006 – 2012 
 
 
 Fonte: Ministério do planejamento 
 
 
Baseado nos dados acima fica evidenciado a importância desse segmento para a 
economia do país. Fato é que a maioria da administração dessas empresas, é o sócio 
principal que administra e a maior parte deles não tem a formação profissional contábil, 
gestão de negócios, ou áreas correlatas, dificultando o processo de crescimento da 
empresa e que muitas das vezes pode levar ao fracasso. Segundo a IBRACON - A 
mortalidade das micro e pequenas empresas brasileiras caiu pela metade entre 2013 e 
2014. Enquanto no ano passado foram fechadas 124.099 mil empresas em todo o País, 
até novembro deste ano esse número foi reduzido para 60.554 mil. Esses dados foram 
divulgados no lançamento da plataforma online Empresômetro Micro e Pequena 
Empresa, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), 
para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e 
Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (SMPE). 
Conforme a FIESP de 100 empresas no Brasil 73 completam dois anos de vida, ou seja, 
27% fecham as portas antes desse período. 
Sem um planejamento financeiro e assessoria necessária torna-se impossível o 
sucesso do negócio, o que na maioria dos casos leva à falência por falta de uma gestão 
eficaz (RAZA, 2008). A maior parte dos prestadores de serviços de contabilidade 
preocupa-se com a quantidade de cliente e não com a qualidade dos serviços prestados, 
ficam temerosos em aumentar o preço para oferecer assessoria necessária e perder o 
cliente. O planejamento é uma das tarefas mais importantes das empresas, e é com 
base no planejamento que se realiza uma administração eficiente e eficaz, 
especialmente com relação às atividades financeiras, que na maioria das vezes exige 
uma parcela significativa de riscos (RAZA, 2008). Outro fator importante que 
contribui para a mortalidade das pequenas empresas é que os proprietários em sua 
maioria não utilizam a contabilidade como ferramenta de administração do negócio. 
Esse fato está ligado muitas vezes à escassez de recursos financeiros para contratar 
assessoria específica e é um dos fatores que contribui para isso (MARION, 2005). Para 
Raza (2008, p.16), “A falta de informações é o grande vilão nas pequenas empresas”. 
Um fato de suma importância que também muito tem afetado os micros e pequenas 
empresas e a carga tributária, que tem contribuído significativamente para a 
mortalidade. 
Para ajudar essas empresas, o governo criou o Simples Nacional, uma das 
justificativas entre outras para criação e dada pela importância dessas empresas na 
geração de empregos, competição de mercado etc., e, não conceder privilégios a 
determinado grupo. A adesão em massa dessa forma de tributação indica que há, 
efetivamente, favorecimento tributário às micro e pequenas empresas, optantes do 
simples nacional, em comparação aos demais regimes disponíveis. Porém, esse 
favorecimento em relação ao regime geral, na prática, não ocorre em todos os casos. 
Segundo leciona Higuchi (2007, p.09), a opção pelo simples nacional nem sempre é 
mais vantajosa que a tributação pelo Lucro Presumido ou Lucro Real. 
 
3. A CONTABILIDADE E SUA APLICAÇÃO 
 
 
Sua função básica é ajudar alguém a tomar decisões. Ela registra, classifica, 
demonstra, e analisa todas as mutações que ocorrem no patrimônio das empresas, com o 
objetivo fornecer informações quantitativas e qualitativas desse patrimônio. Como diz 
Franco (2009, p. 19 e 20) contabilidade é um auxílio às empresas que vem tomando 
forças a cada dia. É através desse mecanismo que as empresas vêm adquirindo um 
maior controle financeiro e econômico, sendo a principal ferramenta de auxílio para a 
tomada de decisão. Franco deixa bem claro que a utilização da contabilidade deve e tem 
que ser utilizada praticamente em todos os setores. Portanto, nota–se nitidamente o 
quanto as organizações necessitam dos serviços que a contabilidade oferece, como 
suporte dentro das organizações indiferente do porte. Conforme Marion (2012), 
contabilidade é a linguagem dos negócios, dela se extrai as mais importantes 
informações para a continuação da existência das empresas. Sendo ela a linguagem dos 
negócios, ajuda os gestores em todos os tipos de respostas sobre as questões vitais, 
medindo, avaliando, dando direção e demonstrando resultados do desempenho dos 
negócios. Marion (2012), também retrata como o uso da Contabilidade é indispensável 
para as empresas, seja ela uma empresa de pequeno, médio ou grande porte. Muitas 
empresas, principalmente as de pequeno porte, têm aumentadosuas dívidas ou até 
mesmo indo a falência por falta da não utilização das informações fornecidas pela 
contabilidade. Milhares de micro, pequenas e médias empresas abrem as portas, com o 
objetivo de lucrar, elas têm desenvolvido um papel econômico de suma importância, 
porém surgem também dificuldades para serem administradas e, com isso, diversos 
debates surgem sobre a utilização da contabilidade ou não. 
Para Resnik (1991), o empresário da empresa de pequeno porte parece não 
acreditar no quanto é importante a contabilidade, e de como usar esta ferramenta 
administrativa na sua empresa. A NBC (2010), relata que os micros e pequenas 
empresas não são obrigadas a prestar contas públicas. A elaboração das demonstrações 
contábeis nessas empresas é muito vantajosa pois fornece informações para fins de 
posição financeira da mesma, para uma tomada de decisão melhor e mais bem 
fundamentada. O art. 127 da Lei complementar nº 123\06 concede às pessoas jurídicas 
tributadas pelo simples nacional a possibilidade de adotarem escrituração contábil 
simplificada para registro das operações realizadas. A Referida escrituração atende às 
disposições da ITG 2000, aprovada pela resolução do CFC nº 1.330\11. Com o advento 
do Pronunciamento Técnico CPC PME – Contabilidade para Pequenas e Médias 
Empresas (R1), as sociedades não enquadradas como de grande porte pela Lei nº 
11.638\07 deverão atender aos procedimentos especificados também nesta norma, e 
serão tidas como de pequeno e médio porte quando: 
a. Não tiverem obrigação pública de prestação de contas; e 
b. Elaborarem demonstrações contábeis para fins gerais para usuários externos. 
A manutenção da escrita contábil, inclusive para os empresários individuais, é 
nitidamente vantajosa administrativa e gerencialmente, para litígios judiciais ou 
manutenção da regularidade empresarial no caso de recuperação judicial/extrajudicial 
ou de quebra. (Pegas, 2009) 
A escrituração contábil observa primordialmente os Princípios de contabilidade e 
as disposições relativas à escrituração contábil (ITG 2000). As receitas, as despesas e os 
custos devem ser escriturados contabilmente com base na sua sua competência. 
(CENOFISCO, 2015). 
(CENOFISCO, 2015 O Plano de Contas deverá conter no mínimo quatro níveis, 
conforme segue: 
Nível 1:Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Receita, Custos e Despesas. 
Nível 2: Circulante e Não Circulante. 
Nível 3: Contas que evidenciam os grupos a que se refere. 
Nível 4: Subcontas que evidenciam o tipo de registro contabilizado. 
Nos casos em que houver opção pelo pagamento de tributos e contribuições com 
base na receita recebida, a Micro e pequenas empresas deverão efetuar ajustes a partir 
dos valores contabilizados, com vistas ao cálculo dos valores a serem recolhidos. 
(CENOFISCO, 2015) 
Importante destacar que a escrituração simplificada não dispensa as 
Microempresas (ME) ou Empresas de Pequeno Porte (EPP), com exceção dos 
empresários individuais, a manter escrituração contábil uniforme dos seus atos e fatos 
administrativos que provocaram ou possam vir a provocar alteração do seu patrimônio. 
(CENOFISCO, 2015). A simplificação da tributação para as micro e pequenas empresas 
também vem acompanhada da simplificação de procedimentos de escrituração, 
previstos tanto na legislação do simples nacional, que faculta aos optantes a escrituração 
do livro Caixa e do livro Registro de Inventário, dentre outros livros previstos no art. 3º 
da Resolução CGSN nº 10/07, bem como no Código Civil (Lei nº 10.406/02), cujo art. 
1.179, § 2º, prevê que o pequeno empresário é dispensado de seguir um sistema de 
contabilidade. De acordo com a CENOFISCO (2015): a “simplificação” não deve 
passar pela contabilidade, pois a falta da escrituração do livro Diário e da elaboração 
das demonstrações contábeis muitas vezes pode acarretar falta de informação necessária 
para um melhor planejamento administrativo e tributário. A decisão por um sistema de 
tributação deve tomar por base dados históricos e projeções que podem ser bastante 
simples de serem elaboradas se houver um sistema contábil, tarefa que pode encontrar 
alguma dificuldade adicional se o contribuinte dispuser apenas do livro Caixa e do livro 
Registro de Inventário. Marion (1988, pag. 29) menciona a importância da contabilidade 
no âmbito interno da empresa: “A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a 
administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, 
mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de 
relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de 
decisões.” É evidente a contribuição que a contabilidade traz para o desenvolvimento da 
empresa, principalmente para empresas pequenas, em que as decisões a serem tomadas 
dentro da organização requerem uma análise profunda para tentar evitar o máximo de 
posições incorretas, pois uma decisão tomada errada equivale até uma falência ou até 
mesmo pode ter sérios prejuízos. Diante disto, precisa entender-se que a contabilidade é 
indispensável para qualquer tipo de empresa, ainda que esta empresa seja, até mesmo, 
um Micro empreendedor individual – (MEI). Pois ela acompanha o controle que a 
empresa necessita para seu planejamento para o futuro. 
 
 
 
 
 
 
4. O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
O Brasil, é um país que possui carga tributária muito elevada e complexa, fazendo 
com que as empresas tenham um custo muito alto com os pagamentos desses impostos 
exigidos por lei nas três esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal. A elevada 
carga tributária praticada em nosso País sem a contrapartida de serviços públicos de 
qualidade gera um desconforto muito grande na classe empresarial em qualquer nível, 
retraindo investimentos em produção e geração de empregos, assim como provocando o 
que, na forma politicamente correta, se convencionou chamar de “economia informal”, 
que nada mais é do que a clandestinidade e a sonegação fiscal. (CENOFISCO, 2015). 
Via de regra, qualquer medida de governo que proporcione uma menor tributação a 
algum segmento social ou empresarial é propagada como um grande feito por seu autor 
e criticada como insuficiente pelos beneficiários. De fato, o abrandamento tributário 
esbarra no aperto fiscal dos orçamentos públicos e o mais comum é dar com uma mão e 
tirar com a outra. (CENOFISCO, 2015) 
O planejamento tributário é uma ferramenta indispensável para dar suporte às 
empresas, dando-lhe condições seguras, para melhor organização dos seus sistemas 
financeiros, James Marins (2002, p. 33, grifo do original): “Denomina-se Planejamento 
fiscal ou tributário lato sensu a análise do conjunto de atividades atuais ou dos projetos 
de atividades econômico-financeiras do contribuinte (pessoa física ou jurídica), em 
relação ao seu conjunto de obrigações fiscais, com o escopo de organizar suas finanças, 
seus bens, negócios, rendas e demais atividades com repercussões tributárias, de modo 
que venha a sofrer o menor ônus fiscal possível.” Para que o planejamento tributário 
possa ser elaborado como se espera que seja; eficiente, é necessário saber quais são os 
impostos, as taxas e as contribuições obrigatórias a serem recolhidas, e ter o 
conhecimento das formas de tributação, bem como do faturamento da empresa. 
Conforme Oliveira (2005, p.38), é planejamento tributário a forma lícita de diminuir a 
carga fiscal, o que exige grande conhecimento. É um estudo realizado, uma prévia, para 
concretização dos fatos administrativos, fiscais, econômicos, para determinada decisão 
com a finalidade de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte”. 
Planejamento tributário para Fabretti (2003, p 32), é “O estudo feito preventivamente, 
ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos 
e econômicos e as alternativas legais menos onerosas”. Coelho (1998) explicaque 
“elisão fiscal é a forma lícita perante o fisco de diminuir os tributos a serem pagos e a 
evasão fiscal é a forma ilícita, ou seja, meios não legais com o objetivo do não 
pagamento de tributos.” É claro e evidente que o planejamento tributário e 
indispensável a qualquer porte de empresa seja, desde uma sociedade anônima, até um 
micro e pequena empresa, principalmente na redução do imposto devido. O contribuinte 
que, tendo a opção de apurar o imposto de renda de pessoa jurídica pelo lucro 
presumido, pelo lucro real, ou enquadrar-se no Sistema Simplificado de Recolhimento 
de Tributos Federais – Simples Nacional, deve analisar detalhadamente a situação e 
depois decide pela sistemática que representa o menor desembolso, pois, embora todas 
as vantagens oferecidas pelo regime unificado de tributo nem os micros e pequenas 
empresas se beneficiam dessa vantagem. Desta maneira, provida de um eficaz 
planejamento tributário, a empresa pode evitar valer-se de certos ilícitos, que 
prejudicam terceiros ou enganariam o fisco. Portanto, a boa dinâmica fiscal de uma 
empresa, através da sua salutar relação com o Fisco, pode ser alcançada com um eficaz 
planejamento tributário, relacionado à lucratividade e à rentabilidade proporcionada 
pela possível redução de impostos. 
 
5. SIMPLES NACIONAL 
 
O órgão regulamentador o Comitê Gestor do Simples nacional – CGSN é 
constituído por quatro representantes da União, dois, dos Estados e do Distrito Federal e 
por dois representantes dos Municípios, tem competência para regulamentar várias 
matérias relativas ao Simples Nacional, consoante dispõe a Lei Complementar nº 123, 
de 14 de dezembro de 2006 (atualizada pela Lei nº 155\2016). Essa regulamentação 
geralmente é feita sob a forma de resolução. Uma das principais resoluções deste 
Comitê é a Resolução nº 94, de 1º de dezembro de 2011 e suas atualizações, que 
regulamenta vários dispositivos da mencionada Lei Complementar e suas alterações. Os 
tributos devidos pelas pessoas jurídicas optantes pelo simples nacional são arrecadados 
mediante recolhimento de uma única guia denominada Documento de Arrecadação do 
Simples Nacional – DAS, com exceção daqueles em que a legislação tributária dispõe 
tratamento diverso. A opção pelo simples nacional deverá ser realizada até o último dia 
útil de janeiro, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano da opção, e será 
irretratável para todo o ano-calendário. Conforme dispõe o art. 13 da Lei Complementar 
nº 123/06, a inscrição da pessoa jurídica no simples nacional implica pagamento mensal 
unificado dos seguintes impostos e contribuições: 
a. Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (PJ): 
b. Contribuição PIS\PASEP, salvo quando se referir à importação de bens e 
serviços; 
c. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); 
d. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), salvo 
quando se referir à importação de bens e serviços; 
e. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), salvo quando se referir à 
importação de bens e serviços; 
f. Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo da 
pessoa jurídica, exceto no caso da ME e da EPP que se dedicam às atividades de 
prestação de serviços sujeitas à adoção do Anexo IV para fins de tributação; e 
com vigência a partir de 2012 o ICMS também compõem a tabela de cálculo. Podem 
optar pelo simples nacional as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte 
(EPP) que não recaiam em quaisquer das condições impeditivas disciplinadas pelos 
artigos 3º (alterado pela Lei n.° 155\2016) e 17 da Lei Complementar nº 123/06. As 
faixas de receita bruta acumulada no decorrer dos 12 últimos meses anteriores ao 
período de apuração para aplicação dos percentuais para cálculo do simples nacional 
foram definidas pela Lei Complementar n.º 123/06 (alterada pelas Leis Complementares 
n.º s 127/07 e 128/08). Atualmente com as novas alterações da Lei n.º 155\2016 o 
limite de enquadramento é de 4,8 milhões, da seguinte forma: Microempreendedor 
(MEI) Receita Bruta Anual de até 80 mil, e Empresa de Pequeno Porte Receita Bruta 
Anual de até 4,8 milhões. O programa propõem uma alíquota única, as alíquotas 
diferem de acordo com a atividade exercida pela empresa, seu CNAE – Classificação 
Nacional de Atividade Econômica que é uma classificação usada com o objetivo de 
padronizar os códigos de identificação das unidades produtivas do país nos cadastros e 
registros da administração pública nas três esferas de governo, em especial na área 
tributária, contribuindo para a melhoria da qualidade dos sistemas de informação que 
dão suporte às decisões e ações do Estado, possibilitando, ainda, a maior articulação 
inter sistemas. Cada atividade está enquadrada dentro de um dos cinco anexos do 
programa, por isso uma empresa que tem mais de uma atividade terá que pagar 
diferentes alíquotas de impostos. 
 
 
 
6. O LUCRO PRESUMIDO 
 
O Lucro Presumido é a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda 
das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL). A 
sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos 516 a 
528 do Regulamento do Imposto de Renda, Decreto 3.000/1999. O primeiro requisito é 
não estar obrigada ao regime de tributação pelo lucro real. Assim, por exemplo as 
empresas de factoring e as que usufruam de benefícios fiscais, não poderão optar pelo 
lucro presumido. Podem optar por esse regime as empresas não sujeitas à tributação 
com base no lucro real, e as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte 
(EPP) que não optaram pelo simples. Não podem optar pelo lucro presumido as 
pessoas jurídicas que, por determinação legal (Lei n.º 9.718/98, art. 14; RIR/99, art. 
246), estão obrigadas à apuração do lucro real. A partir de 2014 Mantidas as demais 
vedações, o limite de receita bruta total será de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito 
milhões de reais), ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) 
multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando 
inferior a 12 (doze) meses (Lei 12.814/2013). 
 
7. LUCRO REAL 
 
É um regime de tributação para apuração do IRPJ e a CSLL que tem como base 
de cálculo o lucro líquido apurado na escrituração contábil, com observância das 
normas da legislação comercial, e ajustado no Livro de Apuração do Lucro Real – 
LALUR, (artigos. 247, 249 e 250 do RIR/99). O referido lucro, é a soma algébrica do 
lucro operacional, dos resultados não operacionais e das participações, definido no 
artigo 191, da Lei n.º 6.404/1976, porém, sem as deduções do artigo 189 (prejuízos 
contábeis acumulados e provisão para o imposto sobre a renda). Neste sentido, chega-
se à conclusão que se a empresa ao apurar prejuízo contábil no respectivo período de 
apuração, não estará sujeita ao pagamento do IRPJ e da CSLL, pois não há 
disponibilidade econômica ou jurídica da renda que constitui o fato gerador desses 
tributos. O artigo 14 da Lei n.º 9.718/98 dispõe a obrigatoriedade da apuração neste 
regime, no caso das pessoas jurídicas optantes, deverão observar as mesmas exigências 
estabelecidas pela legislação, para as pessoas jurídicas obrigadas à apuração do Lucro 
Real. 
 
8. METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
Apresentamos neste capítulo a metodologia da pesquisa utilizada neste trabalho. 
Como afirma Richardson (1989, p. 29), “método em pesquisa significa a escolha de 
procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação dos fenômenos”. Neste 
sentido entendemos que a metodologia científica é técnica, processos utilizados para 
resolver problemas de uma maneira sistemática de acordo com as normas da 
metodologia consagrada pela ciência. Segundo GIL (1994, p.42), afirma que o 
significado da pesquisa é que ela tem por objetivo fundamental “descobrir respostas 
para problemas, mediante o emprego de procedimentos científicos”.Para encontrar os 
objetivos propostos, mencionado neste trabalho o procedimento adotado que foi a 
entrevista, que teve como caráter a coleta de informações. A pesquisa foi realizada 
com 10 (dez) empresas nos seguintes segmentos: micro e pequenas no município de 
Queimados\RJ e foi utilizado um questionário com 06 questões objetivas. Quanto a 
forma de abordagem dos dados coletados a pesquisa é qualitativa com o propósito de 
analisar e explicar o principal questionamento desta pesquisa: Qual importância da 
contabilidade para as micro e pequenas empresas? 
 
9. ANÁLISE DE RESULTADOS 
 
Foi feita uma pesquisa de campo com micro e pequenos empreendedores com 
idades entre 35 a 65 anos no ramo do comércio varejista e prestação de serviços. 
Conforme os dados da pesquisa dos 10 entrevistados, somente 02 apresentaram o nível 
superior, destes, 01 com nível incompleto e o outro com pós-graduação, os demais 
apresentaram ensino médio, dentre estes, somente 02 apresentaram nível completo. 
 
 
 
 
 Gráfico 1 – Nível de Escolaridade
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 Dos entrevistados somente 02 já utilizou algum relatório da contabilidade, deste, 
o relatório foi utilizado para atender as exigências bancárias, os demais nunca pediram 
nenhum relatório. 
 Gráfico 2: Solicitação de relatórios contábeis
Fonte: Dados da pesquisa 
 
0 2 4 6 8 10 12
ENSINO SUPERIOR
ENSINO MÉDIO
ENSINO FUNDAMENTAL
NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS MICROS E PEQUENOS 
EMPREENDEDORES
COMPLETO INCOMPLETO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
SIM
NÃO
MICRO E PEQUENOS EMPREENDEDORES QUE UTILIZARAM 
OU NÃO ALGUM RELATÓRIO DA CONTABILIDADE
SIM NÃO
Na entrevista eles deixaram claro que sem os serviços contábeis eles não 
conseguiriam resolver todos os problemas de sua empresa e entre notas de 0 – 10 
referente a importância da contabilidade, para esses micros e pequenos 
empreendedores entrevistados, teve como média geral 08, isso se deve ao fato, de 
que, conforme os dados da pesquisa, para eles a principal finalidade da contabilidade 
é atender as obrigações fiscais e o departamento pessoal. 
 
 
Gráfico 3: Finalidade da contabilidade 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
PRINCIPAL FINALIDADE DA CONTABILIDADE NA OPINIÃO 
DOS ENTREVISTADOS
FINALIDADE
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
A pesquisa mostrou que o maior nível de escolaridade é o ensino médio 
incompleto, e que nenhum deles tem formação contábil, administrativa ou área 
correlata que o ajudem no processo da administração de sua empresa. 
A pesquisa mostra que estes empresários acham de fato que a contabilidade é 
muito importante e reconhecem que sem os serviços contábeis eles não conseguiriam 
resolver todos os problemas administrativos de sua empresa, só que essa importância 
se dá pelo fato de atender às obrigações tributárias e contratação de pessoal. 
O trabalho mostra também, que, micro e pequenas empresas têm de fato uma 
participação significativa na economia do país e que o simples nacional tem trazido de 
fato benefícios para micro e pequenos empreendedores, mas, que nem todas as 
empresas deste segmento, tem se beneficiado dessa vantagem, e que, realmente estas 
empresas precisam de fato, de um bom planejamento tributário agregado a uma 
contabilidade estruturada de maneira tal que possibilite extrair dados que será base de 
uma administração bem sucedida. A contabilidade na sua principal essência que é de 
fornecer informações para a tomada de decisões segura e eficaz para o crescimento e 
desenvolvimento do negócio é desconhecida pela maioria destes micro e pequeno 
empresário, que no caso são os próprios donos, que tomam decisões baseadas nas 
experiências, que julgam ter. Com a grande concorrência e o mercado em constante 
transformação, a contabilidade vem se tornando cada vez mais, necessária para a 
continuidade da empresa e que a falta de conhecimento do uso dos instrumentos 
contábil (os relatórios contábeis) acarreta em tomadas decisões que pode vir colocar a 
empresa em risco que comprometam a sua continuidade. 
A contabilidade junto com o planejamento tributário pode e tem que ser utilizado 
por essas empresas. Mas, os empresários precisam deixar de ver a contabilidade como 
um mero instrumento cumpridor de obrigações, e procurar utilizar as ferramentas 
contábeis como instrumento maior na gestão administrativa para a continuidade, 
crescimento e desenvolvimento da empresa. 
 
 
 
 
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