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Diagnostico integrado I - prova A2 (1)

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Diagnóstico integrado I 
3° semestre – Prof. Dr. Gabriell Borgato 
 
Radiologia 
A radiologia é uma especialidade da medicina que 
pode diagnosticar doenças através da 
interpretação de imagens dos órgãos do corpo. 
Ciência que estuda o interior do corpo humano, por 
meio de imagens obtidas através dos raios X, os 
quais são capazes de atravessar objetos e 
imprimir a imagem deste numa película de filme. 
 
Radiografia 
Também chamado de raio-X (Radiação Ionizante 
produzida por elétrons em trânsito na 
eletrosfera.), a radiografia é um exame de 
imagem não-invasivo que funciona usando 
radiação em baixas doses para identificar 
rapidamente alterações na estrutura de ossos e 
de órgãos internos. 
Representação é a imagem radiográfica que nada 
mais é do que a tradução dessa interação dos 
raios-x nos tecidos do corpo humano. Dependendo 
a estrutura do corpo, a radiação terá mais 
facilidade ou mais dificuldade em atravessá-la, 
fazendo com que a imagem apareça mais escura 
(imagem radiopaca) ou mais esbranquiçada 
(imagem radiolucida). Por exemplo, um osso, por 
ser denso, bloqueará a maior parte da radiação. 
 
Histórico 
• 1895: descobrimento dos raios X. 
• 1932: descobrimento do nêutron, quando 
tornou-se possível a geração artificial de 
átomos radioativos, que atualmente são 
fundamentais em diversas aplicações médicas 
e industriais. 
• 1895: Wilhelm Conrad Roentgen realizava 
experiências sobre condução da eletricidade por 
meio de gases, no instituto de física de 
Würzburg, na Alemanha, quando observou, 
casualmente, a fluorescência de uma chapa 
recoberta com platinocianeto de bário que se 
encontrava nas proximidades de seu 
experimento. Ao recobrir o dispositivo que 
utilizava em seus estudos com papel preto, 
verificou que mesmo assim ocorria 
fluorescência da tela, e que a energia emitida 
pelo dispositivo atravessava várias 
substâncias opacas à luz comum, afetando 
também as chapas fotográficas. Continuando 
seus estudos, Roentgen verificou ser possível 
registrar sombras de estruturas ósseas 
através do uso desses raios que não refletiam 
nem refratavam como a luz visível, e, devido à 
natureza incerta da radiação, denominou-os de 
raios X. 
 
• 1895 – Dr. Otto Walkhoff realizou a 1ª 
radiografia dentária da sua própria boca 
utilizando placa fotográfica de vidro envolta 
num papel preto, a uma exposição de 25 
minutos. 
 
• 1896 – Abril Dr. Morton fez a 1ª radiografia 
dentária nos USA. Utilizou filme radiográfico 
em rolo, envolto em papel preto. No Brasil, 
Francisco Pereira Ramos, da Escola Politécnica 
de São Paulo, usando uma bobina de Ruhmkorff 
e um tubo de Crooks, obteve a primeira chapa 
radiográfica do país. 
• 1865-1928 – Edmund Kells é considerado o 
mártir da Radiologia Odontológica, pois em 
virtude de ter realizado inúmeras pesquisas 
clínicas, com a aplicação dos raios X, foi vítima 
de seus efeitos biológicos. Sofreu inúmeras 
lesões e teve amputadas falanges, dedos e a 
mão, furos que o levaram ao suicídio. 
 
• 1896: Radiografia da mão como conclusão de 
uma conferência feita por Roentgen à 
Sociedade de Física Médica. O objetivo foi 
demonstrar que os raios X podem atravessar 
os tecidos moles da mão, mas são absorvidos 
pelo tecido ósseo e pelo metal dos anéis. 
 
• 1901: Roentgen recebeu o Prêmio Nobel de 
Física. Logo após a descoberta da produção 
controlada de raios X, iniciou-se a sua utilização 
em procedimentos diagnósticos, sendo o setor 
odontológico de fundamental importância para 
o rápido desenvolvimento de técnicas de 
geração de imagens por raios X, técnicas ainda 
hoje utilizadas. 
 
Radiação 
Radiações são ondas eletromagnéticas ou 
partículas que se propagam com uma 
determinada velocidade. Contêm energia, carga 
eléctrica e magnética. Podem ser geradas por 
fontes naturais ou por dispositivos construídos 
pelo homem. Possuem energia variável desde 
valores pequenos até muito elevados. As mais 
conhecidas são: Luz, micro-ondas, ondas de rádio, 
radar, laser, raios X, radiação gama. 
As radiações eletromagnéticas se comportam 
como ondas e em outras condições, como partículas 
(fluxos de partículas com massa em alta 
velocidade). Exemplos: raios alfa, raios beta, 
nêutrons. 
Dependendo da quantidade de energia, uma 
radiação pode ser descrita como não ionizante ou 
ionizante. 
- Não ionizante: possuem relativamente baixa 
energia e estão sempre a nossa volta. Ondas 
eletromagnéticas como a luz, calor e ondas de 
rádio são formas comuns de radiações não 
ionizantes. 
- Ionizante: consiste em ondas eletromagnéticas 
com energia suficiente para fazer com que os 
elétrons se desprendam de átomos e moléculas, 
alterando sua estrutura – num processo 
conhecido como ionização. Como resultado, eles 
tornam-se eletricamente carregados. 
 
 
 
Radiação ionizante 
Existem vários tipos de radiação ionizante, e cada 
uma tem um poder diferente de penetração e 
causa diferentes graus de ionização na matéria. 
• Partícula α: não consegue penetrar nem 0,1 mm 
de pele, no entanto, sua inalação ou ingestão 
podem ser muito danosas. Blindagem típica: folha 
de papel 
• Partícula β: seus efeitos são superficiais. 
Blindagem típica: acrílico 
• Partícula γ e X: seus efeitos ocorrem de maneira 
mais distribuída devido ao seu grande poder de 
penetração. Blindagem típica: chumbo e grossas 
camadas de concreto 
 
A radiação pode causar ruptura das ligações nas 
moléculas (DNA), afetar células somáticas e 
germinativas (pode transmitir os efeitos pelos 
genes), além de possuir efeitos cumulativos por 
toda vida do indivíduo. 
 
Natureza das radiações 
1- Caminha em linha reta; 
2- Possui a velocidade da luz no vácuo; 
3- É divergente; 
4- Não é desviada pelos campos elétricos e 
magnéticos; 
5- Pode sensibilizar as chapas fotográficas 
(radiografias); 
6- Invisível e inodora; 
7- Pode penetrar corpos opacos; 
8- Não sofre em condições normais reflexão e 
refração; 
9- Produz ionização nos sistemas biológicos, 
alterando o metabolismo celular, mitose e 
quebras cromossômicas; 
10- Produz fluorescência em várias 
substâncias com a consequente manifestação 
dos efeitos biológicos. 
 
Como a radiação pode afetar nosso corpo? 
Todo tipo de radiação contém determinada dose 
de energia, que varia conforme sua frequência. Os 
efeitos biológicos dependem sempre da 
transferência de energia aos tecidos, a qual, 
incidindo no organismo humano, provoca uma ação 
em maior ou menor grau, segundo a quantidade. 
Assim, os efeitos serão tão mais danosos quanto 
maior for a frequência da radiação. No processo 
de interação da radiação com a matéria ocorre 
transferência de energia, que pode provocar 
ionização e excitação dos átomos e moléculas 
provocando modificação (ao menos temporária) 
na estrutura das moléculas. 
 
 
Radiossensibilidade (Rs) 
 “A radiossensibilidade dos tecidos e das células é 
proporcional à sua capacidade de reprodução e 
inversamente proporcional ao seu grau de 
diferenciação”. 
Dentre as células humanas mais radiossensíveis, 
estão: 
■Células basais da epiderme 
■Eritroblastos 
■Células hematopoiéticas da medula óssea 
■Espermatogônias (precursoras do 
espermatozoide) 
■Células das criptas nas vilosidades 
intestinais. 
Essas células têm a característica de se 
reproduzirem muito rápido, sendo indiferenciadas 
da função desempenhada quando maduras. 
As células do corpo humano mais resistentes à 
radiação são as nervosas e as musculares, que já 
se apresentam com diferenciação e não se 
dividem. 
 
Efeitos da radiação 
Os efeitos biológicos podem ser de ordem 
somática ou genética e podem pertencer a duas 
categorias: determinísticos ou estocásticos. 
Os efeitos somáticos acometem apenas o 
indivíduo que foi exposto. Os efeitos genéticos são 
aqueles que podem ocorrer nos descendentes dos 
indivíduos irradiados devido à irradiação das 
célulasgerminativas, levando a mutações em 
gerações futuras. 
A incapacidade de recuperação do organismo 
devido à frequência ou quantidade dos efeitos 
biológicos caracterizam os efeitos orgânicos (são 
as doenças). Exemplo: catarata, câncer e 
leucemia. 
 
Doses acima de 20 Gy podem causar 
radiodermite e, que é manifestada por eritema 
precoce, dor e exudação; o processo evolui para 
ulceração do tecido. 
 
Efeitos determinísticos 
Dizem respeito à relação causa/efeito imediato 
entre a exposição ao tecido e o sintoma. Em geral, 
as manifestações ocorrem em um período de 
latência curto, questão de horas a semanas. A 
probabilidade da ocorrência e severidade do dano 
estão diretamente relacionadas com o aumento 
da dose que as células do tecido suportam. 
 
 
Esses sintomas caracterizam a chamada 
síndrome aguda de radiação. 
■Vômitos e diarreia: em poucas horas 
■Febre, queda de cabelo e perda de peso: em 
algumas semanas 
■Chance de morte em 50% dos casos: em 60 dias 
(se não houver tratamento). 
 
 
 
Efeitos estocáticos 
 São aqueles provocados pela ação da radiação 
que podem alterar o conteúdo do DNA das células, 
podendo ser transmitidos a gerações futuras. A 
radiação nos órgãos reprodutores pode modificar 
o DNA do espermatozoide ou do óvulo e causar 
anormalidade congênita nos descendentes da 
pessoa exposta. 
Não apresentam limiar de dose. O dano pode ser 
causado por uma dose mínima de radiação. O 
aumento da dose somente aumenta a 
probabilidade e não a severidade do dano. 
 
 
Radioproteção 
A dose de exposição sobre o paciente, o 
profissional e o meio ambiente sempre deve ser a 
mínima possível, mas em hipótese alguma 
dificultando o processo de diagnóstico, pois é 
imprescindível que os exames radiográficos 
apresentem condições satisfatórias de 
diagnóstico. Erros radiográficos significam 
repetições, ou seja, representam a necessidade de 
expor o paciente, o profissional e o meio ambiente 
a novas doses de radiações. 
 
Anatomia radiográfica 
 
Dentes 
 
 
 
- Esmalte: É o tecido de maior mineralização do 
dente, apresentando radiograficamente a 
imagem mais radiopaca dos tecidos dentários. 
Recobre toda a coroa, e sua espessura diminui à 
medida que se aproxima da junção 
amelocementária. 
 
 
- Dentina: Apresenta menor grau de 
mineralização e, por isso, radiograficamente 
aparece menos radiopaca do que a estrutura do 
esmalte, pelo qual é recoberta e protegida na 
porção coronária. A dentina corresponde à maior 
porção radiopaca do órgão dentário, e na raiz 
encontra-se recoberta pelo cemento. 
 
 
- Cemento: recobre a dentina na porção 
radicular. Radiograficamente e em condições 
normais, é impossível distingui-lo da dentina, por 
apresentar-se com a mesma radiopacidade, além 
de ter espessura extremamente fina. 
 
- Polpa: corresponde a uma área radiolúcida, que 
se estende da porção coronária, onde simula o 
formato da coroa, adquirindo uma forma afilada 
nas raízes, representada pelos condutos 
radiculares. 
 
- Ligamento periodontal: observado 
radiograficamente como uma linha radiolúcida 
delgada contornando a periferia das raízes 
dentárias. 
 
 
- Lâmina dura: É a cortical óssea que envolve a 
porção radicular. Na radiografia, aparece como 
uma linha radiopaca contínua contornando o 
ligamento periodontal. Sua descontinuidade 
representa o primeiro sinal radiográfico das 
alterações periapicais. 
 
 
- Crista óssea alveolar: Apresenta-se como uma 
linha radiopaca contínua, delgada e lisa, cobrindo 
o osso esponjoso contido nas cristas e passando de 
um dente ao outro, sem interrupção 
 
 
- Osso alveolar: Chamado também de osso 
trabecular, ou osso esponjoso. Apresenta-se como 
uma estrutura trabecular radiopaca, limitada 
por espaços medulares radiolúcidos. 
 
 
 
- Canais nutrientes: Vistos como linhas 
radiolúcidas, que correspondem aos trajetos 
intraósseos das arteríolas ou veias 
 
 
Maxila 
 
 
 
- Fosseta mirtiforme: Depressão óssea existente 
ao nível do ápice dos incisivos laterais e caninos, 
limitada posteriormente pela eminência canina. 
Em RX aparece como área radiolúcida. 
 
 
- Sombra do nariz: Equivale à sobreposição da 
cartilagem nasal sobre o processo alveolar, nos 
incisivos superiores, provocando aumento da 
radiopacidade nessa região. 
 
 
- Y de Ennis: Representa a intersecção do 
assoalho da fossa nasal com a parede anterior do 
seio maxilar. Consiste em uma estrutura 
meramente radiográfica em decorrência de efeito 
de projeção. 
 
 
- Assoalho da fossa nasal: limite inferior da 
cavidade nasal que forma o Y de Ennis junto com 
o seio maxilar 
 
 
- Tuber da maxila: Corresponde à região mais 
posterior do processo alveolar da maxila, 
apresentando-se como um osso medular normal 
com um menor grau de radiopacidade, com espaços 
medulares maiores. 
 
- Hamulo perigoideo: está relacionado ao músculo 
tensor do véu palatino e presta inserção ao 
ligamento pterigomandibular. Esse reparo 
anatômico está presente nas radiografias 
periapicais de molares superiores. Apresenta-se 
como imagem radiopaca, em forma de um gancho 
pequeno posterior ao túber da maxila. 
 
 
- Fossas nasais: Em RX de incisivos superiores 
aparece como imagem radiolúcida acima dos 
ápices radiculares separadas por uma faixa 
radiopaca 
 
 
- Espinha nasal anterior: observado nas 
radiografias periapicais de incisivos centrais 
superiores, acima dos ápices dentários. Pequena 
área radiopaca em forma de V vista abaixo do 
septo nasal, correspondente à sobreposição da 
maxila na borda inferior da fossa nasal. 
 
 
- Forame incisivo: Encontrado radiograficamente 
entre as raízes dos incisivos centrais superiores 
como uma imagem radiolúcida com formato 
ovalado ou arredondado. Este forame representa 
a abertura do canal incisivo para a cavidade oral. 
 
 
- canal incisivo: Duas linhas radiolúcidas de forma 
ovalada, de largura e longitude variáveis, 
externamente delimitadas por duas outras linhas 
radiopacas, que são o registro de suas paredes 
laterais. 
 
 
- Sutura intermaxilar: Corresponde à junção das 
maxilas, representada radiograficamente por 
uma linha radiolúcida com contorno irregular, 
localizada entre os incisivos centrais superiores e 
muitas vezes sobreposta ao forame incisivo. É 
mais bem evidenciada nas radiografias 
periapicais de indivíduos jovens. 
 
 
- Seio maxilar: O seio maxilar é a mais ampla das 
cavidades paranasais e ocupa a parte central da 
maxila. Radiograficamente, o seio maxilar 
apresenta-se radiolúcido, e suas corticais são 
radiopacas. Podem ser observados extensões ou 
prolongamentos. 
■Extensão anterior: caracteriza-se pela projeção 
dos seios maxilares para a região de incisivos 
lateral e canino superiores. 
 
 
■Extensão alveolar: ocorre quando o seio maxilar 
se estende para dentro do processo alveolar da 
maxila, insinuando-se entre as raízes dos dentes 
 
 
■Extensão para o túber: é a mais comumente 
encontrada e pode ocupar toda a região do túber 
da maxila, tornando o local ainda mais frágil e 
aumentando o risco de fraturas, quando da 
avulsão dos terceiros molares 
 
 
- Processo zigomático: pode aparecer na 
radiografia periapical de molares superiores. 
Apresenta-se como uma espessa linha radiopaca 
em forma de U ou V, sobreposta à região dos 
molares superiores. 
 
- Processo coronoide: Pode estar presente na 
radiografia periapical de molares superiores uma 
imagem radiopaca com forma cônica e contornos 
nítidos, logo abaixo ou até mesmo sobreposta à 
região do túber da maxila. Este é o único reparo 
anatômico da mandíbula que pode ser visto em 
radiografias periapicais da maxila. 
 
 
Mandíbula 
 
 
- Espinhas genianas: servem de inserção aos 
músculos gênio-hióideo e genioglosso. Podem ser 
vistas nas radiografias periapicais de incisivos 
inferiores, abaixo dosápices dos incisivos centrais 
 
 
 
- Foramina lingual: ou forame cego, viabiliza a 
passagem da artéria incisiva ao nervo lingual. 
Radiograficamente, aparece no centro da área 
radiopaca correspondente às espinhas genianas 
como uma pequena área radiolúcida e 
arredondada. 
 
- Protuberância mentual: Reparo anatômico 
caracterizado pela condensação óssea da 
mandíbula. Pode ser observado nas radiografias 
periapicais de incisivos como uma linha radiopaca 
espessa, em forma de pirâmide, cuja base 
corresponde à base da mandíbula. 
 
 
- Canal mandibular: Radiograficamente são 
vistos como linhas radiolúcidas dispostas 
verticalmente na região de molares. 
 
 
- Base da mandíbula: pode estar presente em 
qualquer radiografia periapical da mandíbula, e o 
seu surgimento está diretamente relacionado à 
posição do filme radiográfico na boca. Nas 
radiografias periapicais aparece como uma linha 
intensamente radiopaca. 
 
 
- Forame mentoniano: Este reparo anatômico 
apresenta-se como uma imagem radiolúcida 
arredondada ou ovalada entre as raízes ou até 
mesmo sobreposta aos ápices dos pré-molares 
inferiores, o que pode ocasionar uma 
interpretação errônea ao ser confundida com uma 
lesão periapical (sempre olhar a lâmina dura) 
 
 
- Linha oblíqua externa: apresenta-se como uma 
faixa radiopaca que cruza transversalmente o 
corpo da mandibula à altura 1/3 médio das raízes 
dos molares. 
 
 
 
- Linha oblíqua interna: linha radiopaca melhor 
identificada quando cruza a região retromolar e 
molar 
 
 
 
Filme radiográfico intraoral 
 
Meio usado para registrar a imagem 
radiográfica depois de ter sido exposta à radiação 
X e processado nas soluções adequadas. É 
importante saber o tipo de filme a ser usado e 
sua característica. 
 
Classificação 
 
Quanto à utilização: 
-Intrabucais: são os que colocamos no interior da 
cavidade bucal; 
-Extrabucais: filmes colocados fora da cavidade 
bucal. 
-Densimétricos: Mede a exposição dos operadores 
de raios-X. 
 
 
Quanto ao tamanho: 
▪ 2,2 X 3,5 cm (infantil); 
▪ 3,1 X 4,1 cm; 
▪ 2,7 X 5,4 cm; 
▪ 5,7 X 7,5 cm. 
 
Quantidade: 
- Simples: quando vem uma película apenas 
- Duplos: quando vem duas, que possibilitam ao 
profissional ter duas radiografias idênticas. 
 
Sensibilidade: 
Eficácia com que o filme responde à exposição. Se 
refere à sua capacidade de produzir imagens com 
maior ou menor quantidade de radiação. 
A sensibilidade do filme está ligada diretamente 
ao tamanho, à organização e aos formatos dos 
cristais de brometo de prata, como os de iodeto 
de prata. 
D- ultraspeed, E- ektaspeed, F- insight. 
Constituição do filme 
 
A embalagem do filme tem como finalidade 
protegê-lo mecânica e quimicamente de parte da 
radiação secundária, que dificulta a 
interpretação da imagem radiográfica. 
 
 
Capa protetora: tem a finalidade de proteger a 
emulsão do contato com as forças mecânicas 
durante a manipulação do filme, e são 
constituídas de uma fina camada de gelatina. 
Emulsão: A constituição da emulsão é baseada em 
dois componentes principais: os sais halogenados 
de prata e a matriz onde se encontram os sais 
suspensos. 
Base: Sua principal função é o de suporte para a 
emulsão. Deve ter flexibilidade, para se acomodar 
na cavidade bucal. Em um dos cantos da base, 
existe um pequeno relevo com formato redondo 
(picote), que serve de orientação para diferenciar 
os lados direito e esquerdo do paciente. 
 
 
Característica da imagem radiográfica 
O estudo da formação da imagem radiográfica é 
composto por vários fatores intrínsecos e 
extrínsecos. Fazem parte dos fatores intrínsecos 
a densidade, o contraste, a latitude 
(propriedades da exposição do filme) e os 
artefatos inerentes. 
 
Exposição 
Quantidade de energia efetiva que sensibiliza o 
filme e produz determinada densidade 
radiográfica após seu processamento químico. Por 
esse motivo, são usadas diferentes combinações 
entre tempo (segundos), corrente da ampola 
(mA) e produção dos raios X (kVp) para 
determinadas situações. 
 
Definição 
A capacidade de um filme registrar detalhes 
muito finos e pequenos. Os fatores que influem no 
detalhe são: granulação do filme radiográfico 
(quanto maior os cristais de prata, menor o 
detalhe da imagem; soluções de processamento); 
quilovoltagem; placas intensificadoras e tempo de 
exposição aos raios X. 
 
Densidade 
O grau de escurecimento obtido por um filme 
radiográfico após o seu processamento. Quanto 
mais o filme é exposto ao raio X, mais escuro ele 
se torna após o seu processamento, portanto 
mais denso ficará; tempo de exposição curtos 
resultam em radiografias de baixa densidade 
(claras). 
 
 
Contraste 
A diferença de densidade entre as áreas mais 
escuras (mais densas) e as mais claras (menos 
densas). Quando essa diferença é muito grande, 
denomina-se alto contraste, pois poucas nuances 
de cinza estão presentes entre a imagem preta 
e a branca. Já quando se tem uma imagem 
composta por áreas de cinza-claro e cinza-escuro, 
denomina-se baixo contraste, pois muitas nuances 
de cinza estão presentes. 
 
 
 
Imagem latente 
A imagem latente corresponde ao processo físico-
químico na formação da imagem. É 
uma imagem invisível produzida na emulsão do 
filme pela luz ou pelos raios-x e é convertida 
em imagem visível pelo processamento. 
A passagem de um fóton por um cristal de 
brometo de prata enquanto ocorrem os efeitos de 
absorção transmite uma grande quantidade de 
energia (energia cinética). Esse grau está em 
função dos seguintes fatores: comprimento de 
onda, composição, espessura e densidade do 
objeto. 
Durante a passagem do fóton, os cristais de 
halogeneto de prata existentes na emulsão de um 
filme modificam-se e o resultado é a precipitação 
de uma película de prata total atingido pela 
radiação. 
O conjunto destas partículas de prata é 
denominado de imagem latente. Os radicais de 
brometo, que estavam combinados com a prata 
precipitada são removidos durante a revelação. 
Para a formação da imagem latente em imagem 
visível, é necessário o processo de revelação e 
fixação da imagem. 
 
 
 
Processamento do filme radiográfico 
 
Sua finalidade é transformar a imagem latente 
em imagem real. 
Existem dois tipos de processamento químico 
para os filmes intraorais: o processamento 
automático e o método manual, que pode ser em 
câmara escura ou câmara escura portátil. 
 
Câmara escura: 
É o melhor local para processar uma radiografia. 
Deve ser um espaço amplo, onde podemos dispor 
de tanques para as soluções com água corrente 
abundante, de condições de aquecimento 
adequado, mesas de trabalho, etc. 
O fator mais importante é que o ambiente seja 
“à prova de luz”, condições ideais das soluções 
reveladora e fixadora, e também para que a 
temperatura interna não ultrapasse 32,2°C, 
porque os filmes podem ser sensibilizados pelo 
calor ou ter sua densidade alterada. 
 
 
 
Câmara escura portátil: 
As câmaras portáteis são bastante práticas, não 
utilizam um espaço muito grande, e quando usadas 
corretamente, as radiografias apresentam boa 
qualidade. 
Deve ser constituída de uma caixa retangular feita 
de plástico ou fibra de vidro que impeça a 
transmissão da luz, para evitar o velamento do 
filme a ser processado. 
Na sua parte anterior, existem dois orifícios 
recobertos por um tecido preto, para impedir a 
transmissão da luz. Em seu interior, encontram-se 
quatro recipientes feitos de aço inox, destinados ao 
revelador, à água do banho intermediário, ao fixador 
e à água do banho final. 
 
 
 
 
Soluções de processamento 
 
Relevador 
A função do revelador é converter a imagem latente 
em imagem visível. Ele amplifica a imagem latente 
por um fator de milhões (100.000.000), para tornar 
a imagem de prata metálica visível. 
Tem capacidade de converter os cristais expostosde 
brometo de prata em prata metálica. Essa remoção 
do brometo de prata é conhecida quimicamente como 
redução. 
Seus componentes básicos são: solventes, agentes 
reveladores, ativadores, conservadores, 
restringentes e endurecedores. 
▪ Hidroquinona – produz contraste definido, sensível à 
temperatura, e atua lentamente; 
▪ Elon (metol) – atua rapidamente, gera muitas 
sombras cinza; 
▪ Sulfito de sódio – preserva o líquido da oxidação pelo 
ar; 
▪ Carbonato de sódio – acelerador, ativa os agentes 
reveladores que agem em ambiente alcalino; 
▪ Brometo de potássio – restringente, evita o 
velamento. 
Características de um revelador degradado: cor 
marrom-escura, pH menor que 8,5 (ideal de 10 a 12) 
 
Fixador 
Depois que a película é revelada adequadamente, os 
cristais de prata expostos à radiação X se convertem 
em prata metálica. A fim de completar o processo, é 
necessário eliminar da película os cristais de brometo 
de prata residuais não expostos sem danificar a 
imagem, para a película não se descolorir e escurecer 
com o tempo, devido à exposição à luz. 
O fixador também tem a função de endurecer a 
gelatina. Como no revelador, seus componentes básicos 
são: solvente, agente conservador, agentes fixadores, 
agente endurecedor, acidificante e agentes 
absorventes de choque. O agente principal é o 
tiossulfato de sódio (hipo) ou tiossulfato de amônia. 
O tempo total da permanência da radiografia no 
fixador é o dobro do clareamento (remoção da 
aparência leitosa da radiografia, quando ela fica 
transparente e em condições de interpretação). 
▪ Hipossulfito de sódio – agente clareador, remove os 
cristais não expostos; 
▪ Sulfito de sódio – previne a deterioração; 
▪ Alúmen de potássio – agente endurecedor; 
▪ Ácido acético ou sulfúrico – neutraliza o revelador 
alcalino e acidifica o meio. 
Características de um fixador degradado: cor branco 
leitosa, pH maior ou igual a 5,5 (o ideal é de 4 a 5). 
 
Secagem 
Deve ocorrer em uma temperatura de até 49°C. 
 
As etapas podem ser assim enumeradas: 
 
1.Colocar as soluções (fixador e revelador) nos 
tanques. 
2.Preencher os tanques até um nível que cubra por 
inteiro o filme, ou então até o cabo da colgadura. 
3.Colocar o filme na colgadura seguindo as 
recomendações sobre manuseio dos filmes intra e 
extraorais. 
4. Deve-se checar a temperatura das soluções, 
iniciar o processo mergulhando o filme na solução 
reveladora e ajustando o cronômetro segundo 
orientações do fabricante 
5.Agitar a colgadura dentro da solução reveladora 
por aproximadamente 5 s, com o intuito de remover 
as bolhas de ar que possam aderir à emulsão. 
6.Após o tempo determinado na solução reveladora, 
a colgadura com o filme passa por um banho 
intermediário por aproximadamente 10 a 15 s, para 
remoção do excesso de solução reveladora, a fim de 
se evitar a contaminação da solução fixadora. 
7.Remover a colgadura com o filme do banho 
intermediário e introduzi-lo no tanque com a solução 
fixadora. Obedecer às recomendações do fabricante 
em relação ao tempo e agitar a colgadura durante 
5 s a cada 30 s até o fim do processo. Ao agitar a 
colgadura, são eliminadas as bolhas de ar 
presentes, facilitando o contato do fixador com a 
emulsão do filme. 
8.Após o tempo determinado na solução fixadora, a 
colgadura com o filme passa por um banho final por 
aproximadamente 10 min, para remoção final dos 
resíduos da solução fixadora, que continuam agindo. 
Terminado o banho final, a colgadura com o filme é 
colocada em um lugar arejado para sua secagem, 
que será determinada quando a emulsão se 
apresentar dura e brilhante. 
 
 
 
Radiografias intraorais 
 
No geral, existem duas formas de realizar 
radiografias: intraorais e extraorais. A técnica 
intraoral é empregada para a técnica 
radiográfica na qual o filme é mantido dentro da 
cavidade oral do paciente no momento da 
obtenção das radiografias. As técnicas intraorais 
podem ser divididas em: 
 
1.Radiografia periapical 
 - Técnica da bissetriz (cone curto) 
 - Técnica do paralelismo (cone longo) 
2.Radiografia interproximal 
3.Radiofrafia oclusal 
 
Posicionamento da cabeça do paciente 
A prática de qualquer técnica radiográfica exige 
uma série de requisitos para a sua execução. Para 
posicionar a cabeça do paciente, são empregados 
planos antropológicos e linhas de referência: 
■Plano sagital mediano (PSM): Divide a cabeça 
verticalmente em lados direito e esquerdo. Este 
plano deve estar perpendicular ao plano 
horizontal. 
■Plano de Camper: passa pelo pório e pela espinha 
nasal anterior, representado externamente pela 
linha de orientação que vai do trago à asa do 
nariz. 
■Linha trago-comissura labial: linha de 
orientação que vai do trago à comissura labial. 
 
 
Radiográficas intraorais periapicais 
As técnicas periapicais da bissetriz e do 
paralelismo são indicadas para o estudo 
radiográfico do órgão dentário, da região 
periapical e das estruturas contíguas. Por meio 
dessas técnicas, é possível pesquisar processos de 
cáries, excesso ou falta de materiais 
restauradores, relação entre as dentições decídua 
e permanente, mineralizações e nódulos pulpares, 
reabsorções radiculares internas e externas, 
traumatismos dentários, anomalias dentárias, 
lesões periapicais e outras doenças ósseas. 
Em um exame radiográfico periapical completo, a 
maxila e a mandíbula são divididas em sete 
regiões, totalizando 14 filmes. Para se obterem 
radiografias de dentes posteriores, o filme 
periapical deve ser posicionado com o seu maior 
eixo paralelo ao plano horizontal (filme “deitado”). 
Nas radiografias dos caninos ou incisivos, o filme 
é mantido com seu longo eixo na vertical (filme “de 
pé”). 
 
 
 
A face branca do envoltório do filme é o lado da 
exposição e deve estar voltada para o feixe de 
raios X. O “picote” deve estar sempre direcionado 
para o plano oclusal dos dentes; ele indicará o lado 
radiografado: direito ou esquerdo. 
 
Na maxila: 
Região dos molares superiores (lados direito e 
esquerdo) 
Região dos pré-molares superiores (lados direito 
e esquerdo) 
Região do canino e incisivo lateral superiores 
(lados direito e esquerdo) 
Região dos incisivos centrais superiores 
 
Na mandíbula: 
Região dos molares inferiores (lados direito e 
esquerdo) 
Região dos pré-molares inferiores (lados direito e 
esquerdo) 
Região do canino inferior (lados direito e 
esquerdo) 
Região dos incisivos inferiores. 
Técnica da bissetriz 
Também conhecida como técnica da “isometria”, 
foi introduzida por Cieszynski em 1907 e consiste 
em “direcionar o feixe de raios X 
perpendicularmente ao plano bissector formado 
pelo plano do dente e pelo plano do filme”. Nessa 
técnica, o feixe de raios X deve incidir 
perpendicularmente ao plano bissector formado 
pelo plano do filme e pelo plano do dente, por isso, 
a bissetriz exige um posicionamento correto da 
cabeça do paciente, das angulações vertical e 
horizontal e das áreas de incidência dos raios X. 
 
se o feixe central de raios X incidir 
perpendicularmente ao longo eixo do filme, a 
imagem do objeto sairá encurtada. Por outro lado, 
quando o feixe incidir perpendicularmente ao longo 
eixo do dente, sua imagem será alongada. 
 
 
A apreensão do filme é executada pelo próprio 
paciente: na maxila, com o dedo polegar da mão do 
lado oposto a ser radiografado e o restante dos 
dedos espalmados, apoiados na face; na 
mandíbula, a manutenção é feita com o dedo 
indicador, também com a mão do lado oposto, e o 
dedo polegar deve apoiar o mento, ficando os 
demais dedos fechados. 
O filme deve permanecer reto (sem se curvar ou 
se dobrar), para evitar distorções da imagem 
radiográfica, e ultrapassar as superfícies 
oclusais ou incisais cerca de 3 a 5 mm. 
 
 
 
Pontos de referência 
Na prática, quando utilizamos a técnica da 
bissetriz sem o auxílio deposicionadores de filmes, 
utilizamos linhas e pontos de referência que 
auxiliam esse direcionamento. Os pontos de 
incidência auxiliam no posicionamento da entrada 
do feixe de raios X centrais. 
 
Maxila: Posicionamento da cabeça do paciente no 
plano sagital mediano (PSM) perpendicular ao 
plano horizontal e plano de Camper paralelo ao 
plano horizontal. 
Molares: no ponto de intersecção formado pela 
linha que passa 1cm para trás do canto externo 
da orbita e o plano de Camper. 
Pré-molares: no ponto de intersecção formado 
pela linha que parte do centro da pupila (paciente 
olhando para frente) e plano de Camper. 
Caninos: asa do nariz. 
Incisivos: ápice nasal. 
 
Mandíbula: Posicionamento da cabeça do paciente 
no plano sagital mediano (PSM). 
Molares: Encontro da linha que desce 1 cm atrás 
da comissura palpebral externa com a linha que 
passa 0,5 cm acima da base da mandíbula 
Pré-molares: Encontro da linha que desce do 
centro da pupila com a linha que passa 0,5 cm 
acima da base da mandíbula 
Caninos: Encontro da linha que desce da asa do 
nariz com a linha que passa 2 cm acima da borda 
da mandíbula 
Incisivos: Encontro da linha que desce da asa do 
nariz com a linha que passa 2 cm acima da borda 
da mandíbula 
 
Angulação do feixe de raio x 
Os ângulos podem ser medidos levando-se em 
consideração o plano vertical ou horizontal. Essa 
medidas são estabelecidas pelo goniômetro, que é 
um instrumento de medida em forma semicircular 
com dupla angulação, escala 0º a 180º e 180º a 
360º. 
 
 
Angulação vertical: é composta de ângulos 
positivos e negativos, que são facilmente 
encontrados no cabeçote do aparelho de RX. Visa 
emitir os raios em um ângulo reto sobre o plano 
da bissetriz. 
 
 
Angulação horizontal: É uma técnica em que a 
projeção é feita a partir de um ângulo horizontal 
em relação à superfície vestibular do dente-alvo 
perpendicularmente ao filme, com o objetivo de 
evitar a sobreposição das faces proximais dos 
dentes contíguos. Quando o alvo radiográfico é 
apenas um dente, incidimos os raios X centrais 
diretamente na superfície vestibular. Se o alvo 
radiográfico são dois dentes, incidimos os raios X 
centrais entre os dois dentes 
 
 
Técnica do paralelismo 
Denominada antigamente como “técnica do cone 
longo” (os cones foram substituídos por cilindros 
abertos), baseia-se no princípio do paralelismo 
entre o longo eixo de implantação do dente e o 
filme. 
Nessa técnica, o filme é sustentado por um 
suporte porta- filme conhecido como posicionador, 
que facilita o paralelismo entre o filme e o dente. 
Por razões anatômicas, o filme fica localizado 
mais afastado da face lingual dos dentes (sendo 
necessário aumentar o tempo de exposição). 
Desse modo, o feixe central dos raios X é 
direcionado perpendicularmente ao plano do filme, 
produzindo imagens radiográficas com o mínimo 
de distorções geométricas dos dentes. 
Devido ao uso de posicionadores, a técnica do 
paralelismo dispensa o posicionamento rígido da 
cabeça do paciente, as angulações verticais e 
horizontais e as áreas de incidência 
predeterminadas. 
 
 
 
 
Vantagens em relação a bissetriz 
✓Menor distorção da forma e tamanho 
✓Não é necessário posicionar corretamente o 
filme 
✓Maior simplicidade e execução da técnica 
✓As radiografias são padronizadas 
 
Desvantagens em relação a bissetriz 
✓Maior possibilidade de movimento porque o 
tempo de execução é maior 
✓Não deve ser utilizada em crianças e pacientes 
de temperamento nervoso 
✓Proporciona desconforto ao paciente 
✓Preço mais elevado devido à necessidade de 
maior número de radiografias 
 
Radiografias intraorais interproximais 
 
Também conhecida como técnica bite-wing, a 
técnica consiste no uso de uma aleta ou asa de 
mordida acoplada ao filme, que, ao se posicionar 
sobre as faces oclusais dos dentes posteriores, 
com a mordida firme da aleta, o filme é mantido 
em posição paralela aos dentes. Antigamente, o 
filme utilizado era maior em comprimento, o que 
permitia o registro radiográfico das coroas dos 
molares e pré-molares na mesma região. Com o 
emprego do filme periapical, esses dentes são 
radiografados separadamente e são realizadas 
duas radiografias, uma para molares e outra 
para pré molares. 
 
Indicações: 
• Avaliação das superfícies interproximais dos 
dentes e estruturas circunvizinhas. 
• pesquisa de cárie de superfície interproximal, 
sua evolução e recidivas 
• pesquisa de cáries oclusais; 
• análise de restaurações e incrustações 
(adaptação, excesso/falta/contorno); 
• avaliação das cristas ósseas interproximais; 
• eficaz na deteção de cálculo nas áreas 
interproximais dos dentes ou tártaros. 
• Verificar as coroas dentárias como um todo: 
 - câmara pulpar (calcificações e/ou anatomia 
previamente à preparação de 
cavidades/tratamento endodôntico); 
 -cálculos salivares em superfícies 
interproximais. 
 
Posicionamento do filme: 
Essa técnica não é utilizada para dentes 
anteriores, pois as outras técnicas já bastam. 
Para os dentes posteriores, o posicionador para a 
radiografia interproximal é composto por uma 
estrutura para manter o filme paralelo ao dente, 
além de suporte ou plataforma para mordida e 
uma haste, em forma de T, que orienta o 
direcionamento do feixe central de raios X. 
 
 
Na impossibilidade de se utilizar um posicionador, 
adapta-se colocando uma asa de mordida de PVC 
ou cartolina, ou fita adesiva, em um filme 
convencional para técnica intraoral. 
 
Posicionamento da cabeça: manter em horizontal 
a asa nasal/trago. Semelhante ao posicionamento 
da técnica radiográfica periapical. 
Manutenção do filme: solicitar ao paciente que 
morda levemente com os dentes molares maxilo-
mandibulares a asa de mordida. 
Direção do raio principal: voltado para baixo 
(angulação positiva) de +8°∼ + 10° em relação 
ao plano de mordida. 
 
 
Radiografia intraoral oclusal 
Esta técnica radiográfica é assim denominada 
devido ao posicionamento do filme 
radiográfico/sensor paralelo às superfícies 
oclusais dos dentes ou rebordo alveolar. A ideia 
principal desta técnica foi utilizar um filme maior 
que o padrão (tamanho n°2) para abranger uma 
área radiográfica maior. 
 
 
 
Indicações: 
• Visualização de áreas mais extensas da maxila 
e da mandíbula; 
• análise dos rebordos alveolares para avaliação 
protética; 
• pesquisa de dentes inclusos/impactados; 
• pesquisa de anomalias como dentes 
supranumerários, toro etc.; 
• pesquisa de corpos estranhos calcificados como 
sialólitos, flebólitos, antrólitos, instrumentos 
odontológicos fraturados, raízes residuais etc.; 
• análise de disjunção palatina. 
 
Posicionamento do paciente 
No exame oclusal da maxila, o plano sagital 
mediano (PSM) do paciente deve estar 
perpendicular ao plano horizontal, e a linha de 
orientação trago-asa do nariz, paralela ao plano 
horizontal. No exame oclusal da mandíbula, o PSM 
deve estar perpendicular ao plano horizontal, e o 
plano oclusal dos dentes superiores, em 90o com o 
plano horizontal, obtidos com a inclinação da 
cabeça para trás. 
 
 
Posicionamento do filme 
De acordo com a área de interesse, os exames 
oclusais são divididos em totais e parciais, tendo 
que ser alterado a posição do feixe. 
 
Maxila 
 
 
Oclusão total: 
 
 
Oclusão parcial: 
 
Mandíbula 
 
 
Oclusão total: 
 
 
Oclusão parcial: 
 
 
 
Métodos de localização de imagem 
 
Apesar da existência de métodos de diagnóstico 
por imagem mais recentes e inovadores, 
infelizmente, a radiografia, seja intra ou 
extraoral, limita-se a fornecer uma imagem 
bidimensional (2D) de uma estrutura 
tridimensional (3D). Portanto, sempre haverá o 
registro de apenas duas dimensões (altura e 
largura), faltando a terceira dimensão 
(profundidade), essencial para verificar a 
extensão completa de uma entidade anatômica ou 
patológica.Outro fator inerente ao exame radiográfico é a 
sobreposição indesejável das imagens 
radiográficas de estruturas contíguas, que 
prejudica, muitas vezes, a interpretação 
radiográfica. Para solucionar esses 
inconvenientes, foram idealizadas técnicas 
especiais de fácil execução, destinadas ao 
cirurgião-dentista e possíveis de serem 
realizadas no próprio consultório. 
 
Método de Clarck 
Também chamado de técnica do deslizamento ou 
técnica do deslocamento horizontal do tubo, ela 
consiste na variação da angulação horizontal de 
incidência do feixe de raios X. 
Se dois objetos de dimensões semelhantes, um à 
frente do outro, o objeto mais próximo do 
observador encobrirá o objeto mais distante. Se o 
observador se movimentar para a direita ou para 
a esquerda, o objeto mais próximo dele se moverá 
em sentido contrário ao seu deslocamento. 
 
O objeto mais distante do observador se moverá 
no mesmo sentido do seu deslocamento. 
 
 
 
Indicação 
- Localização radiográfica de dentes não 
irrompidos, corpos estranhos e processos 
patológicos na maxila 
- Localização radiográfica de pontos de reparo 
anatômico, como os forames incisivo e mentual, 
distinguindo-os de alterações periapicais 
- Dissociação de raízes e condutos radiculares. 
 
Execução 
O método de Clark necessita de duas incidências 
radiográficas utilizando-se filmes periapicais. 
1. A primeira, denominada ortorradial, é a 
radiografia periapical da região onde a 
estrutura se localiza. 
2. A segunda é chamada de mesiorradial, 
quando o tubo de raios X (cabeçote) for 
deslocado para mesial. Ou, caso o desvio seja 
para distal, haverá uma incidência 
distorradial. 
 
 
 
 
 
Quanto à localização radiográfica dos forames 
mentual e incisivo, o procedimento é o mesmo: são 
executadas duas radiografias com angulações 
horizontais diferentes. Não é raro, em algumas 
incidências, a imagem dos forames se projetar no 
ápice radicular dos incisivos superiores ou dos pré-
molares inferiores, o que poderia levar a uma 
interpretação errônea de lesão periapical. 
Executa-se, então, uma segunda radiografia, 
variando a angulação horizontal, e a imagem do 
forame afasta-se do ápice radicular. 
 
 
Como sei se está virado para mesial ou para 
distal? 
Observamos qual grupo de dentes será 
abrangido. Deslocando para mesial pegamos 
dentes mais anteriores e focando para distal 
pegaremos dentes mais posteriores. 
Objeto se movimentou do lado oposto do cone? 
Certamente estará por vestibular. O objeto por 
lingual/palatina acompanha o movimento do cone. 
 
 
 
 
 
 
Método de Miller-Winter 
Chamada de técnica do ângulo reto, foi criada 
devido às diferenças anatômicas da maxila e da 
mandíbula. É utilizado para a localização 
radiográfica de estruturas mandibulares nas 
três dimensões. 
A técnica consiste no princípio da dupla incidência: 
uma radiografia periapical e outra oclusal cujas 
incidências são perpendiculares entre si. 
Primeiramente, executa-se a radiografia 
periapical da região, essa incidência fornecerá a 
posição do dente em altura e largura (sentido 
mesiodistal). Faltará, então, a profundidade, ou 
seja, sua posição vestibulolingual, que é obtida por 
meio da segunda incidência: uma radiografia 
oclusal utilizando um filme periapical. 
 
 
Indicação 
É indicada na localização radiográfica de dentes 
não irrompidos (em geral, o terceiro molar 
inferior), de corpos estranhos e de processos 
patológicos na mandíbula. 
 
 
 
 
 
Uma das limitações consiste na posição da borda 
anterior do ramo da mandíbula, que atua como um 
obstáculo para o posicionamento do filme 
periapical. No caso de dentes localizados muito 
posteriormente, essa limitação dificulta a 
obtenção de uma radiografia completa. 
 
Método de Donovan 
Donavan solucionou o impasse da limitação do 
método de Miller-Winter, que não é eficiente 
quando os dentes estão localizados muito 
posteriormente próximo ao ramo da mandíbula. 
Ele alterou o posicionamento do filme radiográfico 
e, consequentemente, a incidência do feixe de raios 
X. Desse modo, o filme deve permanecer inclinado 
sobre o ramo da mandíbula. Com o dedo indicador 
da mão do lado oposto a ser radiografado, o 
paciente mantém a outra borda do filme apoiada 
na superfície mésio-oclusal do segundo molar 
inferior. Assim, o filme estará voltado para a 
região do trígono retromolar. 
 
 
Indicações 
A técnica é indicada quando a radiografia oclusal 
do método de Miller-Winter não registra 
inteiramente o terceiro molar inferior não 
irrompido. 
 
 
Método de Parma 
Dependendo da posição do terceiro molar inferior 
não irrompido, a radiografia periapical também 
não registra inteiramente sua imagem. Por isso, 
Parma modificou o posicionamento do filme e 
solucionou o problema. 
Na radiografia periapical convencional, o longo eixo 
do filme acompanha o plano oclusal do paciente. 
Então, Parma sugere que o filme seja inclinado, 
formando um ângulo entre o longo eixo do filme e 
o plano oclusal. Se a borda distoinferior do filme 
causar desconforto ao paciente na região do 
assoalho bucal, deve-se dobrá-lo para lingual. 
 
 
Indicações 
O método é indicado quando a radiografia 
periapical convencional não registra inteiramente 
o terceiro molar inferior não irrompido. 
 
 
 
 
Portanto, para a localização radiográfica de um 
terceiro molar inferior não irrompido, indica-se o 
método de Miller-Winter. Caso a radiografia 
periapical não mostre inteiramente o referido 
dente, aplica-se o método de Parma. Se o mesmo 
ocorrer na radiografia oclusal de Miller-Winter, o 
impasse é solucionado utilizando a técnica de 
Donovan. 
Método de Le Master 
Na técnica da bissetriz, devido à configuração 
anatômica e ao posicionamento do filme na região 
de molares superiores, a imagem do processo 
zigomático da maxila pode se projetar sobre o 
ápice dos molares superiores, dificultando a 
interpretação radiográfica. 
O método consiste na fixação de um rolete de 
algodão (rolete para isolamento relativo) na face 
ativa do filme radiográfico. Recomenda-se o uso 
de fita crepe para não descolar com a saliva. 
O rolete é fixado na metade inferior do filme, 
afastando-o da coroa dentária, o que melhora as 
condições de paralelismo entre os longos eixos do 
filme e o dente. Consequentemente, diminui-se a 
angulação vertical de incidência dos raios X e 
elimina-se a sobreposição das imagens do 
processo zigomático da maxila e do ápice dos 
molares superiores. 
 
 
Indicações 
O método é indicado quando ocorre sobreposição 
das imagens do processo zigomático da maxila e 
das raízes dos molares superiores. 
 
 
 
 
 
Radiografia digital 
 
A radiografia é um exame complementar que 
auxilia no estabelecimento do diagnóstico, 
colabora no plano de tratamento e orienta e 
acompanha qualquer manobra terapêutica. A 
radiografia digital, por sua vez, representa um 
grande avanço tecnológico que potencializa o 
papel da imagem no processo de diagnóstico, com 
recursos indisponíveis nas técnicas convencionais. 
A radiografia digital pode ser dividida em 
radiografia digitalizada e radiografia digital 
propriamente dita. 
- Digitalizada: é obtida pela captura da imagem 
do filme radiográfico por scanner, máquina 
fotográfica digital ou câmera de vídeo ou do 
celular. 
- Digital: ser obtida de maneira direta, pelo 
sistema charge couple device (CCD), e indireta, 
pelo sistema de armazenamento de fósforo. 
 
 
Vantagens 
- Imagens radiográficas em tempo real: é 
possível ver o resultado radiográfico, 
imediatamente pois não há necessidade de filmes 
radiográficos e processamento químico. 
- Manipulação da imagem com finalidade 
diagnóstica: as imagens podem ser manipuladas, 
alterando contraste e densidade (brilho) 
radiográficos, zoom, pseudocolorização e outras 
ferramentas que aumentam muito a capacidade 
diagnósticados olhos humanos. 
- Redução da dose de radiação X 
- Facilidade na manipulação e no armazenamento: 
as imagens podem ser armazenadas e acessadas. 
- Exclusão do processamento químico radiográfico 
 
Desvantagens 
- Sensor rígido: Nos sensores há fios ligados à 
caixa plástica que saem da boca do paciente e 
conectam o sensor ao computador. Esses fios 
podem atrapalhar a tomada radiográfica e 
serem quebrados, além de serem espessos, 
volumosos em relação ao filme intraoral e causar 
maior desconforto para o paciente. 
- Sensor de placa de fósforo (PSP): não oferecem 
a vantagem da observação imediata da imagem 
radiográfica, pois precisam de processamento 
digital ou leitura pelo escâner a laser. 
- Padronização dos softwares de gerenciamento 
das imagens 
- Necessidade de impressão das imagens digitais: 
a maioria dos profissionais preferem verificar as 
imagens digitais em películas radiográficas 
impressas, analisando-as em negatoscópios. 
 
Convencional X Digital 
A radiologia médico-odontológica experimentou um 
desenvolvimento extraordinário nas últimas 
décadas, como, por exemplo, as imagens por 
radiografia digital (RD). Porém, muitos 
dentistas ainda relutam em adotar essa nova 
tecnologia, principalmente devido ao custo do 
sistema de radiografia digital. 
 
Convencional 
No Brasil, ainda hoje os filmes radiográficos são 
os principais anteparos para o registro da 
imagem de objetos radiografados. Porém, para se 
obter a imagem final o filme tem que passar por 
uma série de processos químicos que irão revelar 
a imagem latente. 
 
 
Revelador: O revelador é a solução de 
processamento radiográfico que amplifica a 
imagem latente para tornar a imagem de prata 
metálica visível, revelando os cristais de prata 
sensibilizados pelos raios X. 
 
 
 
 
Lavagem intermediária: Finaliza o processo de 
revelação e, ainda, impede a neutralização da 
solução fixadora por solução reveladora (alcalina). 
 
 
Fixador: tem a função principal de remover os 
cristais de prata não sensibilizados pelos raios X, 
além de endurecer a emulsão, evitando maior 
deterioração da imagem com o tempo. 
 
Lavagem final: Lavagem de elementos residuais 
existentes na emulsão e das substâncias químicas 
produzidas com a fixação → procura-se, assim, 
conservar a radiografia por um período longo. 
 
 
Secagem: Eliminação da umidade existente na 
emulsão → facilita a prevenção contra danos na 
superfície de emulsão, armazenagem e 
conservação. 
 
 
Digital indireto 
A utilização de escâneres e máquinas 
videofilmadoras, celulares e máquinas 
fotográficas digitais, tornou a digitalização 
radiográfica tarefa fácil, porém muitos cuidados 
devem ser tomados para que essas imagens 
tenham realmente qualidade diagnóstica 
 
 
Vantagens: 
• Armazenamento das imagens no computador 
• Possibilidade de manipulação da imagem 
Desvantagens: 
• Aumento do tempo de trabalho 
• Não eliminação do processamento químico 
• Custo do scanner/máquinas digitais 
 
Digital semi-indireta na placa de fósforo 
Método que utiliza uma placa de fósforo foto 
estimulada no lugar do filme convencional. 
 
O sistema de armazenamento de fósforo 
utilizado para a obtenção da imagem digital 
indireta apresenta um sensor que se traduz em 
uma placa óptica de sais de fósforo e caracteriza-
se por não ter fio acoplado e contar com 
dimensões similares às do filme periapical 
convencional. 
 
 
Quando o sistema de armazenamento de fósforo 
é exposto à radiação, determinada quantidade de 
energia é armazenada na superfície do sensor, 
criando uma imagem latente nos pixels da sua 
face ativa. O processamento da imagem é 
realizado depois, em um scanner apropriado, que 
inicialmente faz a pré-leitura da imagem, 
estimando a quantidade de radiação recebida. 
 
Então, a imagem é calibrada para uma produção 
de ótima qualidade, e, por meio de uma varredura 
a laser, a energia latente é liberada da placa e 
convertida em uma série de sinais digitais, que 
são enviados ao computador para a exibição e o 
armazenamento da imagem. 
 
Após a leitura, se existir ainda alguma energia 
residual no sensor, esta é descarregada por meio 
do brilho intenso de uma luz halogenada, sendo 
possível reutilizá-lo inúmeras vezes. 
 
Vantagens: 
• Tamanho, espessura e flexibilidade dos 
receptores 
• Área ativa do receptor semelhante aos filmes 
Desvantagens: 
• Tempo para escaneamento curto 
• “Fragilidade” da placa de fósforo 
• Custo do equipamento 
 
Digital direta 
Utiliza sensores de CCD (chips) sensíveis à luz ou 
aos raios X. 
Os sensores de CCD convertem diretamente os 
fótons de raios X em carga elétrica para a 
formação da imagem final. Eles são 
caracterizados por terem um fio condutor 
acoplado com a função de fazer sua conexão ao 
restante do equipamento e, ainda, por 
apresentarem tamanhos diferentes. Após a 
exposição aos raios X, o sensor capta a imagem e, 
por meio de um conversor analógico/digital, envia 
o sinal para o computador, que irá armazená-lo 
como figuras numéricas e exibirá a imagem quase 
que instantaneamente por meio de monitor ou 
impressora 
 
 
Vantagens: 
• Não há a necessidade de processamento do 
filme (químicos) 
• Muito prático para cirurgiões clínicos 
Desvantagens: 
• Alto custo (conversor + computador) 
• Tamanho do receptor 
• Cabo de fibra ótica 
 
Conceitos de formação de imagem 
É um sistema de elementos eletrônicos que 
permite ver as imagens obtidas por raios X de 
forma digital em um monitor. Para isso, em vez 
de utilizarmos filmes radiográficos para gravar 
as imagens, elas serão registradas em sensores. 
Esses sinais gravados são convertidos em 
números binários (digitalizados) e estocados em 
uma memória digital. 
 
Bits 
O bit é a unidade fundamental de estocagem nos 
computadores, e significa binary digit. Há apenas 
dois valores de bit: “0” (zero) e “1” (um). Assim, 
todas as operações computacionais são 
realizadas com esses valores. 
Um dígito binário (segunda base, 2x) pode 
assumir apenas um de dois valores (0,1) 
 
 
Byte 
É o conjunto de 8 bits 
 
 
A cada combinação de 8 bits, tem 1 byte, e essa 
configuração numérica varia de 0 a 255, 
totalizando 256 tons distintos. 
 
 
Pixel 
É a menor unidade de uma imagem digital e cada 
um dos pixels contém informações que 
determinam as suas características. 
Quanto mais pixels por polegada tiver uma 
imagem, melhor será sua qualidade ou resolução. 
Cada pixel também carrega a informação sobre a 
cor ou o nível de cinza que ele representa. 
Desse modo, quanto menor o tamanho do pixel e 
maior a quantidade de pixels formadores da 
matrix, maior será a resolução espacial da 
imagem e melhor será sua qualidade. 
 
 
Matriz 
O conjunto de pixels está distribuído em colunas e 
linhas que formam a matriz. Quanto maior o 
número de pixels numa matriz, melhor é a sua 
resolução espacial, o que permite uma melhor 
diferenciação espacial entre as estruturas. 
 
 
Bit depth – profundidade de cor 
Refere-se à cor ou à escala de cinza de um pixel. 
• 32 bits de cor representam bilhões de cores; 
• 24 bits, 16,7 milhões de cores; 
• 16 bits, 32 mil cores; 
• 8 bits, 256 tons de cinza; 
• 4 bits, 64 tons de cores ou cinza; 
• 2 bits, 4 cores ou tons; 
• 1 bit, preto e branco, na maior parte das vezes. 
 
 
Resolução de contraste 
Capacidade de distinguir diferentes tons de cinza 
(densidade) na imagem. 
 
 
Escala dinâmica 
Faixa de exposição na qual o receptor consegue 
formar imagem útil para o diagnóstico 
 
 
Recursos para manipulação da imagem 
Operações de realce de imagem são realizadas 
para alterar a aparência visual da imagem para 
cada examinador e sempre com ênfase na 
requisição diagnóstica. Ferramentas comuns de 
aprimoramentos incluem: brilho, contraste, zoom, 
mensurações, filtros, inversão/negativo, alto 
relevo e pseudocolorizaçãoBrilho: relacionado ao grau de escurecimento da 
imagem 
 
 
Contraste: diferença entre os tons de cinza 
 
 
Zoom: ampliação da imagem para observar 
melhor uma região 
 
 
Mensurações: é possível determinar medidas 
lineares e angulares. Muito utilizada em 
especialidades como ortodontia, endodontia e 
implantodontia. 
 
 
Filtros: ajuste de saturação, nitidez, suavização, 
realce da borda 
 
 
Inversão/negativo: há inversão dos valoresde 
cinza dos pixels 
 
 
Alto relevo: atribui a estruturas de maior 
densidade um relevo, estacando seus limites 
 
 
Pseudocolorização: transformação dos valores de 
cinza em cores

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